You are on page 1of 70
net et ee A ee ee eee) complexas do processo terapéutico, Enio Brito Pinto RG acon eee cee Co eee eae ee ee tinguir oito estilos de personalidade ~ 0 dessensibi- lizado, o defletor, 0 introjetor, 0 projetor, 0 profletor, See CRe Ce Le Met oot) See eu ed Pee Sere mn ey moldes fixos. Seu objetivo, levado a cabo com dida- Cena eee escur ae a eee CO eo meee ede ee ay Dee cute ee ae ee ey COO Re | ee etn ith it er ad an BRITO PINTO ee UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA Corse ee ea) 20s modos de ser cap-seas, carauocago na FONTE SIDA NACIONAL 0 EDTORES DE IVS, #3 Pina, xo Brita enero para uma compen cl de conta» on odor ar Pia: Suns, 205. loci iboata 1. Acompothament tapi, 2, Picola. 8, Pella 59666 con: 3822 en ctee ape em garde ftoconia acral que vet por um a recerpents seus sites 1 0s comida 2 produzir mas sere o tea; Incense editoes a encamenday, tga» publiat cubes obras sobre oassurts: page aos iris pr exact lever ae ood tos aaa sua informer eo seu entretenimenco, Cada ea que voct di pla ototpia no auterzada de un io Financia o ire ajuda a mata a prociao imcelectual de sev pts. ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA O ciclo de contato e os modos de ser Enio Brito Pinto Introdugio a. Revendo alguns fundamentos dacompreensio diagnéstica . . 5 5... 19 Singularidades e pluralidades . aes ‘A compreensio diagndstica etn Gestall-tetapia algumas delimitagdes. ©... Sees O pensamento diagnéstico processal. Seago Funges da compreensio diagnéstica : hoe 2 Acompreensio diagnésticae apersonalidade . . . . 35 Estruturae proceso... 40 ‘Acompreendin dagnstcaloesilode pesoralidade. . . 42 3 Ociclodecontato. .. . . .. eens I scontinaaches commc deaas teen ss As descontinuasées J Aen er en Bisiods cciodsconsiarmnotipciaga. .... » + 62 stratus. 5 era 6s 4 Os estilos de personalidade O dessensibilizado Odefletor. . Ointrojetor . O projeior. O profletor Oretrofletor. Oegotista. Oconfinente. ss Comentitios finais Referéncias Anexo m 76 Be 80, 99 107 45 - 114 1B 135, 39 Introdugao Quero comEgaR ESTA Introducao contando, | um aspecto ainda e infelizmente pouco explo- rado na Gestalt-terapia. Desde o infcio de minha atuac&o profis- sional, Logo que terminei a faculdade de Psicologia, fui trabalhar em. ue pertencia a um ‘um tio meu, Lutz Sousa Bustamante. Ele era um psiquiatra sensf- vel e cuidadoso, profundamente atento ao aporte teérico, € me CTT TEED omc it» ED = propriedades de uma tipologa que poss scr QBS, Partindo do exposto por Perls em seus textos, fago uma ampliagao desse modo de utilizar a compreenso diagndstica em psicoterapia « GERSON 21 adaptado do modelo concebido por ena Ribeiro (2007), como fundamento para a construgao de um referencial tipoldgico, uma das facetas da compreensio diagnéstica feno- menolégica em Gestalt-terapia. Defendo também a importan- cia dessa compreensio diagnéstica como narteadora do traba- Iho psicoterapeutico, “Tal compreensio em Gestalt-terapia ainda é um tema que demanda estudos, pois um maior mimezo de discussdes ¢ de teorizagdes sobre cle seria importante na formagiio de novos te- rapeutas ¢ na atuagao de imimeros profissionais, os quais, pela falta de debates, correm o risco de nao explorar adequadamente as potencialidades da compreensio diagndstica como norteado- tnio eRito pinto 1a na ajuda a seus clientes, Meu trabalho pretende cobrir, em parte, essa lacuna. A julgar pelo que observo no contato com colegas gestaltis tas e tendo em vista os trabalhos de Pimentel (2003) e de Frazo (1991, 1992, 1995a, 1995b, 1999), para mim fica claro que é preciso que se desenvolvam na Gestalt-terapia discussdes ¢ teorizagées sobre a compreensio diagnéstica, *Trata-se de B.com base em minha pratica clinica e nos estudos que te- nho feito ao longo de minha vida profissional que defendo o 10, 1991, 1992, 1995a/b), somado a Feita dessa maneira, a compreensio diagnéstica € um impor- tante orientador do trabalho psicoterapéutico ~ um indicador de caminho -, uma vez que toda a estratégia terapéutica e todo © trabalho psicoterapéutico dependem e derivam da compre- ensio diagnéstica alcanada. Parece-me importante realgar que essa minha propasta re- presenta, de certa forma, uma novidade nos estudos sobre 0 diagnéstico nas psicclogias fenomenolégicas, uma vez que se trata de um olhar que abre a oportunidade de discusstio sobre uma possibilidade humana pouguissimo explorada com clareza dentro dessa abordagem (a excegio talver de Tellenbach): a exis- ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO téncia, naturalmente limitada, de estilos de personalidade que podem servir de referéncia para uma compreensto diagndstica e ‘para a postura terapéutica, Quando defendo o uso de uma tipologia em psicoterapia e penso na indispensivel pergunta de PHG (1997, p. 249) tenho clara ideia de que esse uso 6, para o terapeuta, mn te “ys Nigereier di para ocliene saber aque tip corespon> (GREER g0 que vai de encontro ao ideario da psicologia fenomenolégica. O estudo que desenvolvo neste livro visa ao terapeuta, pretende dara ele um instrumento que facilite a eficécia da terapia, que norteie seu trabalho e sua postura dian- ‘ec cher fideverdosercompreen como iformagoes ao cliente uma avaliacio sobre um. ‘Assim, a compreensao do jeito padrao de ser do cliente € referencia essa de grande utilidade para a eficiéncia e o abreviamento do trabalho teraptutico. Ao estudéla, cada terapeuta acabard encontrando seu estilo proprio de personalidade, « que implica 0 risco de que {sso se transforme em um molde; porém, tal isco ndo pode ser evitado, A tinica maneira de lidar com ele ¢ a propria tera qual, quando bem-sucedida, he abrird a possibilidade de ir além do proprio estilo, de responder a cada situagio com a amplitude DIAGNOSTICA EM PSICOTERAFIA de acao exigida, 0 que acabard sendo dil também na facilitagao senvolvimento que @RAtSO Giang ea aay SeOHOED do mesmo processo por parte de seus clientes. Nao podemos também deixar de considezar o risco de o te- rapeuta, ao fazer uso de uma tipologia, encarcerar seu olhar so- Eno Balto Pinto Em sintese: conhecero estilo dos clientes facilita a descoberta do melhor caminho para que a terapia thes seja iti retudo, | a Também esse deve ser 0 ca- minho do profissional diante de seu cliente: embora tenha na compreensio diagnéstica um referencial di: aproximando-se, assim, da disposigdo para experienciar o desco- brir sem finaltdade nem fim, Ao pensarmos em um referencial de modos de ser, é preciso que duas questies fundamentais estejam bem presentes. A pri- eira € 0 fato de qu ‘omo mostrarei jé no inicio das discusses tedricas deste livro. A outra questio, igualmente i importante, é a confianga de que TPELP ERE Te ae errr am tae 1. Revendo alguns fundamentos da compreensio diagndstica Um pos runpameNros da atividade psicoterapéutica é que o terapeuta faca uma compreensao diagnéstica de seu cliente, © que inclui, além de om ome nos parte desse diagnéstico pode ser fundamentada na concep- ilo gestéltica do ciclo de contato, instrumento muito étil para o psicoterapeuta, independentemente de sua abordagem teéri- cade base. B essa parte da compreensio diagnéstica o foco des- telivro importante observar, no entanto, que em um processo psicoterapéutico a compreensio diagndstica ndo pode ser ape- nas um diagnéstico do cliente: ela precisa envolver a situaciio terapeutica e a situacdo de vida do cliente como um tad, além, é claro, das disposigées do terapeuta para aquele trabalho clini- ©o. m Gestalt-terapia ainda @BRD Outzo ponto importante g ndstica Enso pRito Pinto “ra da queixa, do sintoma ou, melhor dizendo, do sofrimento de “ nunciado no momento, A compreensio diagnéstica € um (QRS HMERaInEDS, un@BBAPdispensével, pois, do meu ponto de vista, o trabalho terapéutico nfo € possivel sem uma adequada compreensio diagndstica que Ihe dé suporte e norte’. Na forma como realize a compreensio diagnéstica, como explicarei adiante, 0 modo ca- racteristico de ser, ou estilo de personalidade, € uma qualidade distintiva humana, ou seja, integra a estrutura da personalidade, Mais adiante, deixarei bem claro a que me refiro quando falo em estrutura de personalidade. Como jé levantei em outra obra (Pinto, 2006), no trabalho psi- ccoverapeutice que desenvolvo com meus clientes fago uma compre- ‘ensiio diagndstica baseada em quatro pontos fundamentais: @ 6 undo, ou seja, o estilo de personalidade que dé sustenta- do A queixa e subsidia, igualmente, a tecelagem de sentidos feita pelo cliente; @ a figura trazida pelo cliente, sua dor, suaq) um cuidadoso olhar para seus pontos atuais de descontinu- ogue inehai ago mais importantes no ciclo do contato; @ a situagio terapéutica a cada sessio, 1. Até mesmo os psicoterapeutes que dizem no fazer diagndstico em seus atendimentos na pritica nio deixam de fazé-lo. A maioria dagueles que te outros aspectos da estratéyia¢ da postura ftades acada trabalho com os clientes, Terapeuticas a 20 OIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA Essa compreensio diagnéstica, aliada a outras questdes, permite delimitar a possibilidade e, em caso positive, a estratégia bsica da psicoterapia a ser desenvolvida. Dadas essas quatro linhas focais a@@ verificadas em um pro- cesso de compreensio diagndstica em Gestalt-terapia, é hora de fazer um (SOE. Privilegiaret aqu — ALALTAASETTALEERED cr gua fazendo, poderei trazer & comunidade gestéltica algo ainda pou- co explorado ¢ de enorme eficicia em um processo psicotera- péutico fenomenolégico: a possibilidade do uso de uma tipolo- ‘gia como ferramenta de compreensio do cliente e até do proprio terapeuta. Friso que, de forma alguma, a compreensio diagnés tica pode ser reduzida a compreensio do estilo de personalidade do cliente, mas que este é, sim, um passo facilitador da tarefa psicoterapeutica, em meio aos outros passos necessarios Ao se usar essa tipologia, e cuidando para que a compreen- sho diagnéstica nfo se torne iatrogénica, & preciso far alerta para nio reduzir a singularidade existencial ¢ a histéria do cliente a um rétulo, © olhar diagnéstico aqui proposto é com- preensivo; pretende conhecer o cliente, pereeber 0 ponto de sua trajetdria existencial em que est e como significa esse mo- mento ¢ a caminhada até aqui, bem como suas possibilidades futuras, Além disso, por ser uma busca compreensiva, tal atitu: de erapensicn Ra ee ED (CGSAUEROTRMERMAANIEAAD urna vex que, como jé é bem estabelecido na abordagem gestaltica, Soa so complexo, de forma que querer reduzi-laa uma suposta nor "malidade é uma maneira de the tolher desenvolvimentos, limi- EE © car por que a compreensio diagnéstica siga es xantirei, a0 mesmo tempo, que o cliente nao precise aprofundar suas defesas, protegendo-se também do diagndsti- ingularidade, mas, ao contrario, possa, ‘com o terapeuta, fazer da compreensio diagnéstica uma ferra- menta de autoconhecimento, Embora aqui cu va tratar sobretudo de uma compreensio tipolégica que aborde a estrutura da personalidade humana eal- sgumas de suas mais importantes configurasdes, tenho claro (e repito) que tal compreensio é apenas parte da compreensio diagndstica; & uma ferramenta a ser usada a servigo do cliente, pois, como bem lembra Perls (1977b, p. 98, grifos meus), ‘a Gestalt-terapia ¢ uma (GQREEERER Hea OM MERIaRIEAEDS Singularidades e pluralidades co para manter sua Un processo TeRaPEUrico comEga pela possibilidade de que 0 terapeuta interaja com seu cliente valorizando a pessoa singular que ele é, com sua histéria fmpar, seu momento tinico, suas do- res e conquistas caracteristicas, seu campo distinto, Como afirmam Kluckhohn € Murray (apud Pervin, 1978, p. 1) en1s0 ser titi, durante o proceso de compreensio diagndstica ¢ no processo terapéutico como umn todo, atentar para os dois primei: ros itens a fim de realgar ¢ compreender ainda melhor o iltimo. TOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA Acompreensio diagndstica em psicoterapia se refere aquela pessoa que esté A frente do terapeuta e se fundamenta também em uma generalizagio. Porque “toda lei cientfica, todo sistema filos6fico, toda generalizagio, baseia-se na busca do denomina- dor comum, do fato idéntico a varias coisas. Em resumo, da ‘ges- tal’ comum a diversos fenémenos” (Perls, 2002, p. 104), a com- da parte da compreensiio diagnéstica que estudo neste livro, a gestalt co- mum refere-se ao item “b" de Kluckhohn e Murray no que diz espeito a personalidade, & vivencia de um jeito de ser caracteris- tico ea existéncia de estilos limitados e descritiveis de personali- dade humana. Concorde com Carlos Vinacour (1999, p. 17) quando ele afir- jute terapeute "exigea neces de proporgene: CAGES PRD Para esse autor, mesmo a0 se levar em conta que as Categorias diagndsticas de todas as abordagens em psicologia so construtos, estando assim sujeitos a corregdes & medida que avanga o conhecimento humano, po- demos utilizé-las de Procurando entender a singularidade de cada pessoa, a compreensio diagnéstica camimha do singular ao genérico, 20 que € compartilhado com outras pessoas, para voltar ao singular, destacando melhor e com maior precisde «, além disso, 0 que ha de “positivo’, de potencial realizado e-de-potencial a ser desen- fn Sgn ean peo ga OGRE ssim, a compreensio diagnéstica, tal como aproponho} ntes pelo contréric AAEEND assim como ¢ importante nao usar esse geral como uma cama de Procusto onde colocar cada cliente. Imaginemos uma situagio em que certo cliente relata ao te- rapeuta, entre outros aspectos e de determinada maneira, uma série de vivéncias que o fazem procurar ajuda terapéutica. Imaginemos ainda que, de posse desse relato (com seu conteticlo € sua forma), o terapeuta busca emt sua teoria 0 construto que ‘melhor descreva o que se passa com o cliente e descobre tratar- -se de um quadro depressivo. Verificando a propriedade desse construto (o genérico),o terapeuta entdo volta ao cliente a fim de compreender como é o estado depressivo daquela pessoa naque- Je momento (volta ao singular). S6 assim ele pode vislumbrar 0 caminho terapéutico mais indicado. Uma vez realizado ess Por ser uma espécie de pesquisa sobre o cliente, a compre- ensio diagndstica deve se apoiar nos trés fundamentos da ati- tude de um pesquisador destacado por Goldstein (ef. Holdrege, 2096). Assim, 0 pesquisaclor-terapeuta precisa ficar “aberto & leve to completa e precisamente quanto possivel nas impres- sdes’, nfo dando, a principio, preferéncia a nenhum aspecto es- pecffico do fendmeno observado. O préximo cuidado necess4- rio € descrever de modo compreensivel o fendmeno observado, evitando julgamentos baseados em preconceitos tedricos. Por fim, e muito importante, todo fendmeno deve ser considerado ELEWENTOS PARA UMA COMPREENSKO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA Jevando-se em conta o organismo como um todoe a situagio na ‘Todo conhecimento teérico em psicoterapia s6 tem sentido se usado a servigo do cliente, 4 GQRAMEROMOIPORINED A0 fazer um: (Gide aD CRGMBSETH In ove set pedi 2 ETS STS ‘Também nite nos deve impedir de esbogar essa teoria sobre 0 cliente, pois € com base nele que se desenham com melhor cla- reza 0s caminhos possiveis para o trabalho psicoterapéutico. A compreensao diagnéstica em Gestalt-terapia: algumas delimitacées Como jk arinntsi, MINHA intengo neste trabalho é incrementar 0 corpo tedrico da Gestalt-terapia no que diz respeito 4 compreen- sio diagndstica, detendo-me sobretudo nas bases fenomenol6gi- cas da Gestalt-terapia e do diagnéstico. Toda abordagem em psi- cologia apresenta uma visio acerca do ser humano que sustenta 2 a simese crise conn rm constante tnsoARGO cortentes filoséticas ou psicoterdpicas, como a psicologia existen- cial, a psicologia fenomenolégica, a psicologia humanista, a psica- nilise (freudiana e de alguns disefpulos de Freud’), os trabalhos de Martin Buber, Kurt Lewin e Reich, a psicologia da Gestalt, a teoria organismica de Goldstein, a teoria de campo de Lewin, alguns as- pectos do tzoismo ¢ do budismo e, mais recentemente, questdes ligadas 8 fisica quantica e & psicologia transpessoal. A atitude fenomenoligica é o ponto que da sentido e coe- réncia & configuracdo gestéltica de modo a que ela seja um todo harmdnico (Loffredo, 1994). f por isso que Tellegen (1984, p. 42) afirma que a Gestalt-terapia tem suas bases no “homer em rela- «0, na sua forma de estar no mundo, na radical escolha de sua existéncia no tempo, sem eseamotear a dor, 0 conflito, a contra- digo, o impasse, encarando o vazio, a culpa, a angustia, a morte, ar ee ae Moteita (2009, p. 7) discute com clareza 0 posicionamento da Gestalt-terapia no rol das psicologias fenomenolégicas. A au- tora parte de uma pergunta desencadeadara, que se torna o titu- lo de seu artigo ("A Gestalt-terapia ¢ a abordagem centrada na |, para aprofundar essa pessoa sio enfoques fenomenolégicos?’ questio, afirmando que, ainda que Frederick Perls tenha pouco explorado seus funda- ‘mentos filosdficos, raramente mencionando a fenomenologia como possivel influgncia ou base metodolégica de seu traba 2. Hoje, sobretude no que diz respeito ao diagnéstico, comegam a inlluic no iesenvolvimento da abordagem gestltica algumas teorias também dissidentes eee primeiro lugar, ela é uma = sola que! m segundo, o processo de> CC eee mesma calma, O terceiro fator & que, pele ligagio da teoria de 16st escolha do terapeuta a outtos sistemas de di \Garque oF dads emeram da expeincia media) 110 ENIo aRiTO PINTO do cliente, embora a exploragao que faz desse passado seja feno- menolégica, uma tentativa de compreendé-lo sem presumir que ele € responsivel pelo presente, como jf vimos. Por fim, a compreensdo diagnéstica da area. Yontef (1998, p. 279) afirma que o: pode ser Ele continua; “Fazemos disctiminagdes a respeito de padres ge- tais, sobre que tipo de pessoa o paciente 6, a trajet6ria provavel do tratamento, que abordagens téra maior probabilidade de fun- cionar, os sinais de perigo’. E conclui: “Nio podemos cvitar diag- nosticar. A nossa opgéo ¢: fazé-lo de maneira superficial ou no deliberada, ou, ao contrério, de maneira bem ponderada e com awareness completa’, Para Yontef iia SoeoeneeoReED Penso que, neste momento em que a Gestalt-terapia passa das seis décadas de surgimento, seria interessante desenvolver modelos diagnésticos a ser empregados pelos Gestalt-terapeutas, como, alids, destacou Adelma Pimentel (2003, p. 234) em seu es- tudo sobre o psicodiagnéstico na Gestalt-terapia brasileira, Em suas conclusées, ela aponta que hl apenas o inicio de um campo comum pata a formulagdo diagnéstica na abordagem em nosso pals, o qual inclui, entre outros aspectos: a)a concepgio do diag- néstico “como uma produgio humana na relagio intencional com 0 outro”; b)a colocagio do diagndstico junto da psicotera- ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA pia, no como algo alheio a ela ou separado dela; ¢) 0 conceito de diagnéstico como uma aco processual realizada ao longo do processo terapeutico. Tratando das proposigies fenomeno- logicas do psicodiagndstico, a autora (ibidem, p. 239) destaca outros pontos em que a concepgio e formulagio diagnéstica ‘em Gestalt-terapia vio, paulatinamente, adquirindo pontos de identidade sustentados: nna valorizagio e apreensio do fenémeno tal como ele aconte- ce, no estabelecimento do didlogo, na valorizagiia do saber do cliente, na suspensio do julgamento clinico, na busca da com- preensio posstvel da totalidade do cliente como ser humane inserto em um contexto socioecondmico-histérico-cultural Por fim, € fundamental estarmos atentos ao fato de que & compreensio diagndstica tem duas vertentes mais importantes: 0 contato com 0 cliente, ou seja, 0 que acontece entre terapeuta € Glente a cada situagao clinica; e a semiologia. Do ponto de vista fenomenolégice constituindo-se, assim, no que Minkowek cher dS ETE ee! TTT (Tassizn, 2008, p58). Pa ‘Tatossian (ibidem, p. 59), uma das possibilidades desse diagndstico_ édese ho {gue & semiologia nfo tenha importancia, =x 4 (GoEPEUEMETION Neste trabalho, ao mesmo tempo que ressaltarei a preponderfncia —_- aten Eo BRITO pinto ‘Psicoverapeuta deve fazer para melhor compreender seu cliente semiologia compe 0 pano de fundo para 0 diagndstico por penetragio - ou atmostérico ~ a0 propor algumas questées que psicoterapeuta, baseado em sua fundamentacio teérica, deve fazer sobre o cliente. Uma vez estabelecidas a necessidade e a utilidade da com- preensao diagnéstica em um proceso psicoterapéutico, deparo com a questo mais importante deste didlogo que ora estabele- cemos: qual é a fundamentagao teérica para o uso do estudo dos modos de ser na compreensio diagndstica em psicoterapia? 2.A compreens4o diagnéstica e a personalidade Como jA viMos, a compreensio diagnéstica parte de (mas no se limita a) uma compreensio da personalidade do cliente, Como neste livro concentro-me sobretudo na compreensio diagadstica da personalidade da pessoa, € preciso deixar o mais claro possivel como compreendo a personalidade humana de minha 6tica gestéltica. Seguramente, ao longo do trabalho, terei de me deter nese ponto, haja vista que as poucas tentativas que até hoje encontrei na literatura gestaltica de definicdo desse conceito apresentam problemas conceituais, Assim & que, por exemaplo, Delisle (1999, p19), quando define ‘(de eo impacto que ele provoca nas outras pessoas’ ¢ cic «je personalidad se fundamenta errs ECCS TE SAEED ‘computa para a cog niglo a Neste trabalho, minhas reflexdes trafegam em especial pelo campo da ESO interessando-me mais 0 segundo tépico nas ponderacdes que seguem. Com isso, procuro compreender 0 comportamento humano por meio das ‘maneiras ¢ peculiaridades como cada individuo existe e faz.co tato na interagio dos diversos aspectos que compdem seu todo. Seiljeito complexodesen Para tanto, parto da compreensiio do homem como um ser@iMGbIOPSIEGEUMEREAD ou seja, compost por trés niveis articulados ~ o corporal, 0 pstquico e o espiritual vivendo em ur A@UNEGTaGRE PGR SER VEZ eeonhigirada social? ‘geogrifica ¢ historicamente e compée um campo cue configura CORSAGES HAAS OEE END Dessa forma, certos da- dos sio estruturais na personalidade de cada um, dados esses que sao entrelagados pela intencionalidade na composicao do sujeito humano, Fazem (QR gaeSEE EN aca perso anendena aD TEEWD-ncre outros aspecto {SERA SES OIGSENBER ticas; a possibilidade da emogo, do sentimento e do senso de identidade, da reflexdo profunda sobre si, sobre a existéncia e sobre o mundo, bem como da hicrarquizagio dos valores. Kes modo de pensajgaCOnOreiglitlesestsres SecialeveHte He STESERE - da pelas disposicdes penéticas & pela sexualidade, compono, com alintencionalidade, 0 corpo vivido. |: » psiquismo esta so: brevute presente na possibilidade de lidar com as emogdes e os sentimentos, compondo a apropriaclo da realidade vo senso Ge identidade, enquanto a espiritualidade faz-se presente na possi bilidade da hierarquizagao dos valores, nas decisdes, na reflexio’ profinda sobre a existéncia e, Fenstrentalmeate, ma possibilic dade - eu diria até (ag@eeSsadleD= queNenieSeHIiMSaRGvaS tecer um sentido para a sua vida, de ter um bom motivo para GRAVID) Pell, 2006; Pinto, 2009). Minha experiéncia como psicoterapeuta fez-me vet 44g) lado do que podemos charmar de estrutures Lavras da personal dade humana, h4 o que Laura Pers (1092, P68) denomir aim SRUMARAMAOP: 0d0 caracteristico de ser, o estilo de perso- FLEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA nalidade @QEREERREUISEMRIATEAGA), o qual se constréi pela combinagio daggimmumggandadanoommarenistémcizevivicias €™ espe- cial nos primeiros anos de vida ~ compondo um jeito de ser que nio € necessariamente patoldgico e se mantém quase inalterado a0 longo da vida. Esses padrées de comportamento que compéem ¥ o estilo de personalidade sao, via de regra, @ESSROMEHS 0 Ehtendo o modo caracteristico de estilo de personali- dade, como (ESET UIE longo da vida por meio de (ESS TSRiUStAMEROSIEEALNDs que pevinitem & pescoc lial ellSOE Comos estimos intemos ex (EMONNMIEOSPOD cla, O estilo de personalidad: qgemesiconeatlan cionalgrem como Funsio @itaraRidajeomatrealidadey- ein cere forrma padroniada de sere agi. Somente ¢S6(SieURSEANC ameagadoras em demasia esse estilo pode crstalizar-se, goal ‘ivéncias psicopatoldgias., BOiidealmente podemos conceber uma pessoa tiio flexivel que nao tivesse um estilo de personalidade. Na lida cotidiana dos processos psicoterapéuticos{@meomtamnosindividuos quer; sam flexibilizar seu estilo de personalidade. Ajudéslas nessa flexi Dilizagio gyno meu modo de ver, o limite da psteorerspis. Penso nao ser possivel ajudar alyuém a alterar seu estilo de personalidade ~ @Ulinnite da psicoterapiay qualquer que|sejala abordagem utilizada, ¢ auxiliar a pessoa a conhecer, integrat, aceitare Mlesibilizat sou estilo de personalidade, A dissolucao de um estilo de personalidade, a volta a uma natureza primordial, nao é, nem pode ser, o propésito da psicoterapia, pois est além das possibilidades desse tipo de trabalho. A fronteira gltima da ia é g faves da ae “ aceitayio © da flexibilizagao do estilo de personalicade de cliente. Isso ¢ que se chama, nas psicologias humanists, (2gEaISeIogueseRts a Enio orita PINTO Como bem afirma Beisser (1977.12, grifos meus), “a meta da terapia passou a ser nao tanto o desenvolvimento de um bom ¢ fo coxitr, ms CATA A ATSD (EBRPHP inca que retendo alguma estabilidade individual” Conhecer e integrar 0 préprio estilo de personalidade sig- ils experimentar limites ¢ possibilidades de maneira que a _ pessoa se tome confiante nas previsdes que faz de si,10 mesmo Além disso, requer a busca de @(GGSCORRCSRERESNGL® mea_—] ssa forma, em vez de ter as possiveis repetigoes como acidentes ou inevitabilidades, & possivel conhecé-las ¢ escolher, a cada momento, ceder a elas ou néio, Desse autoco- nhecimento e da integragio do estilo de personalidade depen- dea posterior aceitagao do estilo, matriz da ampliagio da pos- sibilidade de flexibilizagio, Quando falo em aceitacao do préprio estilo de personalida- de, nao quero dar ideia de passividade, no sentido de que a acei- tagdo possa ser algo semelhante ao conformismo, Longe disso! ‘ Assim, por exemplo, (GERTEEGESSAEPANEMNNTEINN, tendo consciéncia disso a cada situacio e buscando desenvolver cada vez mais sua empatia. De igual forma, essa mesma pessoa tratard de aperfei- ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAG DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA oar seu empreendedorismo e sua capacidade de lideranga para colocar-se mais plenamente no mundo. Aqui, é preciso deixar claro que o cliente nao fica a pat da denominag3o do estilo no qual se enquadra. Desse modo, ele nio diré: "Bu, como retrofletor que sou, preciso cuidar para no ser escrupuloso demais", mas: “Eu, tendo em vista o que conheco de mim, preciso me cuidar para no set escrupuloso demais” Entre essas duas frases hi uma diferenga abissal, pois a primeira traz um risco de um molde ao qual se adaptar, a0 passo que a segunda indica desvelamento e unicidade E preciso levar em conta que o desenvolvimento de determi- nado estilo de personalidade nao impede o surgimento dos ou- tos. O que se torna procminente é 0 que caracteriza a ps mas nada impede que ela se apoie em outros estilos (antes pelo contrario), a depender da situagao e por determinado tempo. Na tipologia que estudo aqui, baseada no ciclo de contato, cada pes- soa desenvolve um estilo de personalidad principal que a carac- teriza, ficando as outras sete possibilidades como estados, aces- sives, cada um a seu tempo, quando a sitagéo exige ¢ a of fexibilidade do individuo permite. ws Essa flexibilizacio do estilo de personalidade pode se dar em duas direcdes.jgualmente importantes no excludentes a pone, ol mili ie CoS itis (GEHIPUAR, Mesmo tendo preferéncia por determinado restau- rante e, acle, por determinado prato, uma pessoa de estilo re- trofletor que esteja suficientemente atualizada encontrar pra~ zer também em outro estabelecimento e/ou em outta iguaria, Ewlo Rito pinto embora vez ou outra volte ao seu restaurante preferido para comer seu prato predileto. ae, . s & a0 como estaclo, o que explicarei mais adiante; porém, € preciso - deixar claro desde jé que See Uma pessoa de egtQ}eOmiiURie, por exemplo, estando atualizada, pode, por algum tempo, apoiar-se 5 CCRRERETESEDNRE ern coorve viagem sultétia. No enn © tee See SrEERTEDS ee se YF Para compreender melhor esse tema, faz-se necessatio dife renciar talons GHIOMEBersonalidae. Estrutura e processo ADSICOLOGIA DA PERSONALIPADE ensina-nos que hina persona- lidade SPRITE Também se pode depreender que a personalidade _€um sstema, ow sea, um todo complexo edinfinico - scorn esse que pode ser percebido c estudado (HIRSCH pOEED 40 ELEMENTDS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA © sistema/personalidade tem essencialmente duas partes: Dizendo melhor, caracteriza-se por set um _Aeestrutura da personalidade tende a ser constante. Trata-se os SARTESTERTETIERES ou, no dizer de Messick (apud Pervin, 1978, p. 555), ‘So componentes da organizacao da personalidade relativamente estiveis, usados para explicar as semelhangas reincidentes ¢ consisténcias do comportamento a0 longo doy tempo e através das situagdes”, A estrutura possibilita certapre-(9 Visibilidade na vida de cada pessoa e também o autoconheci- "¢ mento, permitindo-nos fala: em un _QQBOIBEB. Partindo dessa Gefinigao, compreendemos qu SETECCETEPELEAORAMEMISTICA ‘ou base em uma "emerge de bao gear 1%. 73). Ao contrario, a GERD ura Se Sue pOSSIITOs oe rpanieaT Corn ctiatividade ao longo do tempo e das situagdes vividas, para que. 9 jossamos nos abrir com coragem aos process0s, 3s Em constante dilogo com a estrutura est o processo, 0 ou- \Y t2o componente do sistema/personalidade, oy ‘Traz a possibilidade da mudanga, da surpresa, da inovagio, pr yocando, a0 longo do tempo, modificagéies em aspectos da estr tura da personalidade ou na maneira de expressar alguns aspec- (GHEE enema a Estrutura e processo sto igualmente importantes no siste- ma/personalidade, c (RIBESSGRSERS, do ponto de vista psico- légico, tio (GSeaAUREMEOB logo he constantement (@™atwMD Se pensarmos no famoso aforismo de Séerates, Ewto Rito pinto (CCAD veremos que, pata cle, a estrutura 60 ponto mais importante; se pensarmos na resposta do zen 2 Sécrates, “Nao tu mesmo”, veremas que a énfase estd coloca tno processo, Do ponto de vista da psicologia da personal somos estrutura ¢ proceso, sempre novos e potencialmente mo- dificaveis, sempre os mesmos, embora diferentes. Assim, como recomenda EaaiEEG? 00 sugere a resposta do zen ao flésofo grego. Acompreensaa diagnéstica do estilo de personalidade Nu proceso piaGNéstico § extremamente itil compreen- der 0 fundo, ou seja, 0 estilo de personalidade que fundamen- ta as relagées ¢ da sustentagdo A queixa trazida pela pessoa assim como sustentari também a retomada do desenvolvi- mento). Discutiret de agora em diante como o uso da tipologia fornece elementos para a compreensio diagnéstica, favorece a compreensio relacional, bem como mais consideraggio e res- peito para com o cliente, ¢ ctia condigdes para que se aceitem as diferencas sem julgamento, possibilitando ajudar ao outro como ele necessita set ajudado, e ndo segundo um padrdo es- tereotipado de ajuda. Além disso, uma tipologia torna o psico- terapeuta atento as tendéncias psicopatoldgicas a que cada cliente possa propender, ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO OIAGNOSTICA EM PSICOTERAFIA ‘Como bem apontam PHG (1997, p. 250), por serem criativas, as pessoas produzem “sua propria singularidade concreta recon: ciliando incompatibilidades aparentes ¢ alterando 9 significado dlestas’, de modo que @)pROpOSHOMA EER ateajudaife/PASIERTS sim, numa bem-sucedida, at © talvez, se}a 0 Hnals 1e~ ressante paradoxo da utilizagao de uma tipologiaem psicoterapia: buscamos compreender um padréo pata ajudar a pessoa a ym desse paradoxo a necessidade de que a compreensio tipol6gica de um cliente seja aberta ao todo e, a0 mesmo tempo, atenta ao padriio. Ao ajuudar a compreender as pessoas pelo uso de certos pa- drées universais com base nos quais se organiza a singularidade de cada individuo, a tipologia tem valor apenas se for utilizada, ‘como seferéncia ~ pois, como vimos, nunca encontraremos um estilo de personalidade puro. Além disso, duas pessoas com 0 mesmo estilo podem ser muito diferentes em amplos aspectos davida. Assim, tipologia ¢ Rea aS a POAESESEED iio se pode dizer que se conhece alguém porque ‘essa pessoa € de determinado tipo, segundo determinada tipolo- gia, mas seguramente se pode afirmar que a compreensio de uma pessoa pode ser aprofundada se o terapeuta considerar, com a devida seriedade e 0 nevessario cuidado, a estrutura que fundamenta a individualidade de seu cliente. Para conseguir tal Eto sRiro pinto compreensi sini, fo terapéutica, & mar- cantea necessidade de que; como nos adverte Buber (gpud Hycner, 1997, p. 40, grifos meus): métodos, se € um QSEMEEISBL a favor dos métodos, mas ape- eo ee era eta ord ena ee eee ee ee ee Ping ian ese pee peta coca ge oe epee Una dpologia utilizada por alguns Gestalt-terapeutas é 0 laranjo, 1997; De Lucca, 2012), ahordagem que des- Creve QOYSTPOSMEPESGRAMAAE outros, entre os quais jd me incluf, utilizam-se de outra tipologia, baseada no uso do DSM (Delisle, 1988, 1999, 2005; Greenberg, 1998; Vinacoutr, 1999). © DSM é um manual de diagndstico desenvolvido pela Associagiio de Psiquiatria Norte-Americana (APA, em inglés). Referéncia mundial na classificacdo e na compreensao dos soft: mentos psfquicos, serve sobretude para criar uma linguagem co- mum entre os profissionais da drea, a fim de que possam se co- ‘municar com clareza independentemente de suas abordagens tedricas. O DSM propée um roteiro para diagndstico dos trans- tomos e dos tragos de personalidade que pode ser utilizado como tipologia da personalidade, Depois de muitos anos usando 0 DSM como referencial, aos poucas fui percebendo que temos na Gestalt-terapia um ELEMENTOS PARA UNA COMPREENSAD DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA instrumento mais itil que ele, facilitando um didlogo com esse manual e, por meio dele, com colegas de outras abordagens, Falo d 10, um dos conceitos fundamentals da abordagem gestéltica O didlogo que tento estabelecer, por meio do ciclo de conta- to, entre a Gestalt-terapia e 0 DSM encontra sentido, entre ou- tros motivos, no cunho descritivo que encontiamos nas diversas versdes do manual, o que facilite @E0IAEICRO MeO SCO BaD (©@B ono afirma Delisle (1999, p. ae as categorias clinicas do ‘manual, “com excegio das desotdens nas quais alguma lesio do sistema nervoso central ocupa papel significance, estic( SEHR ‘mais em um critério descritive que em inferéneias", ‘Ao buscar o didlogo entre o ciclo de contato e 0 DSM, apoio- SESE dose enlo eRiTa PINTO _ SEAOSEPEAAAOE) dessensibilizacio GmaAO\aparece como defesa quando andamos por uma cidade grande: se ni nos dessensibilizéssemos, se estivéssemos atentos a tudo que poderia ser percebido, rapidamente entrariamos em colapso; en- ‘Go, nos dessensibilizamos para a maioria dos estimulos que nos atingem, abrindo-nos para aqueles que podem ser importantes cu arses COMrEsaday a dessensbiizaao aparece como __ ode 2 ee caracteriza, entre outras peculiaridade: = se rio corpo e do corpo do outro. ranco ou profando[Como ato) uma das deflexdes mais comuns se da pelo olhar: quando estamos préximos de alguém, de tempos em tempos precisamos HEHE isnteos 0 conto: 36 fOlego para continuar 0 contato| a deflexio se ca- racteriza por um. - — jomo estilo de ‘personalidade| a deflexio se caracteriza pela Por certa prodigalidade de contatos interpessoais qu@iiiplialo) ee quando a pe ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA mente dela. B .ov-< ssuneira mais comum de aprender qualquer GI.» 1010)e-0 ¢ sequids pela (GGSHBRRIGAHu seja, aquilo que estava introjetado é perpassado | Por uma atividade eritica ¢ agressiva, a qual aceita algumas partes -do.aprendido e rejeita outras, até que haja uma incorporagio € a parte assimilada se tome integrante daquela pessoa @QRiGiato) por exemplo, a introjeco aparece quando estamos aprendendo certa danga: a principio prestamos atengao aos passos a fim de fazé-los como nos ensinatam, o que nos deixa até meio desajeita- Re modo que passarnos a nos mover de acordo com a musica, 0 que ‘torna nossa danga graciosa e tinica, mesmo que submetida a pas- 50s convencionados( GMORSaAO) GOED caracteriza pela vial para septs o qu lo out do gue Ergo =e Ws «que a pessoa acaba por engolir sapos, por manter em si comporta- ‘mentos,atitudes, valores que nfo sto exatamente seus, mas toma- dos de outros e nao digeridos. £10 caso, por exemplo, de definigies sobre nds mesmos que ouvimos de nossos pais e seguimos repe- tindo pela vida afora como se fossem verdades inquestionaveis. @ no bem destacam os Polster (1979, @ (Como estruturajainirojegao favorece uma vida marcad{6OHSD (GEREIEED 46 mesmo tempo a introjegio como estilo de ser possbilita uma postura diante da vida marcada pela@JI0 ENIo aRITO FINTO _ N&pipjegao\ha uma confusio entre o que é de fato da soa, de modo que ela atribui ao extemo algo que é na v cea. GATS como dizem os Ginger (1995, p. 35), CES DORIS {IVAUEIOHAUNAGTEREENGT) EME ode ser um bom exemnplo de boa projegio ~GSSiMa EOMOWANBED, quando vejo no outro o belo que em verdade sinto entre n6s. QE EOESOUEREDISIO caracteriza-se pela falta de percep e de aceitagao da responsa- bilidade por atos, desejos, atitudes, valores, 0s quais sio, por isso, Giribuidosao ote. CoMO EDP exemplo mais sonoro AGRO GAGEMANSISEN GD: aco alguém atribui ao outro o pecado que gostaria de cometer, mas (iQRSSS—Uel =U iene pOnSESE- Gade'pelo proprio desej6. Se o introjetor diz ew quando quer di- i (Ribeiro, 2007, p. 62).€omo estado} a sirojeeSOsaveReCe EAA ISHED, wna FEREPOESIIEEER existencial tio necessdria cm momentos cle laisser-alfer. COm@veSI6 de petsonalidade) ela faeiitana pes: soa uma atitude mais constante de vigilancia ¢ até de suspeita quanto ao mundo, lugar do que nao cabe nela. de certa forma, é uma unio entre a projegaoe a FERBIEDPPomponco um meio de defesa pelo (UNDE 20 outro aquilo que gostaria que esse outro fizesse aela [ssa des- continuuiu se earacteriza por um fluxo energético veltado para GSH. Desa (oa Mando R/PONERIOS PATOISEICD, 4 pessoa praticamente passa a existir no outro: sua identidade depende do outro, send o autossuporte substituido pelo suporte cextemo, ‘30 geta sentiments de isolamento e de abandono, além de vivéncia dg ‘comportamentos im impulsivos derivados da in- suficiéncia de um: HenSOEPEMaAd®, Como aic}a proflexioG@lay por cxemplo, @SGiaiiratjeCiieie celica reSpeeaSHE para CGATTSEREYComo estado/facilita certa sASeRAgASOBEERG o 60 ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSKO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA ‘ante de escolhas mais importantes existencialmeme Conic es ilo de personalidade, encontramos ura GSCI) dade, uma dificuldade de coesio interna com os afetos, podendo, em situages extremas, propiciar A@URABIESSAO) (CRRABAD: « <:pacidade eFC ja que potencialmente deveria ir para o exterior, ‘Irata-se dle autocontrole por E um fazer a sio que gostaria gute os outros Ihe fizessem, como nGGSHFBEH® Na retrofle- ‘du, €comum uma luta interna, um conflito entre entregar-se 38 situagdes.ou manter-se atento ¢ autocontrolado: ‘Uma retrofle- xio genuina esta sempre baseada nessa cisio da personalidade e é composta de uma parte ativa e uma parte passiva’ (Perls, 2002, .309){Como ato) a retroflexic Qi a, CSRPSHEMEMID como c stad) a ser sinal de lta com 0 cor- POISEESLEREMGome estilo de personalidade) fundamenta ‘uma vida conscienciosa ¢ metédica, de poucas ousadias. Olegotismo pode ser descrito como @Gia pela il eR desenvoive tim eu tio controlado e autossuficiente que pode anu- Jaro contato com os sentimentos ¢ s potencial transformador. “5 bipertrofia do eu ¢ as condutas narcisieas té1n rl) egotismo, Como atolo egotisme pode aparecer mia IE [Some estado cristalizado) ¢ pQES ACIS eUpreSeng sien dos palsSERUMIMERESEMMLED(L oven, 1989; Delisle, 2005); como estado saudivel, aparece nog SRESPEHEED ou.e (SERIE IEEE Mboreatposieoesalcangadas. Como osrilo ce. ~ persons sonalidade} fundamenta, de um lado, grande parte do empre- endedorismo e, de outro, grande parte da Ai RSEVGaReeaa! falta de solidariedade de nossos tempos. (Confluencia|¢ » @aCRMMCMEEASESETSUER. Possibil ‘a empatia, quando saudavel, ou o Fanatismoflependéncia mor- eNio sRiro pinto Caracieriza-se, basicamente, pela > : Espera-se™ {que a pessoa, depois de compor onés, possa voltar a9eu. Quando tal possibilidade esta deficiente ou ausenit ntrega a outro(s), pessoas ou coisas ou entidades. Como estado cristalizado (GRATER; como. idavel, permite a vivén- ia{como estilo de personalidade|se manifesta em servigo, controle e dependéncia. O.uso do ciclo de contato como tipologia A watonia pos GusrAL-TERAPLUAS que teorizaram sobre o tera toma cada descontinuagiio do contato como um estado ~ portan- to, um processo, algo que pode ter wm fim, o que me parece corre- to (PHG, 1997; Ribeiro, 2007; Ginger e Ginger, 1995). Esse tipo de uso do cielo de contato jest consagrado na abordagem gestalt ca, © que proponho aqui é um avango, uma nova compreen: desse conceito clareador para a compreensio do ser humano: a GSS anne. Cada descontinuacio do ciclo de contato pode caracterizar um ato, momentineo; um estado, quer dizer, uma alterativa ao estilo de personalidade; uma estrutura, ou estilo de personalidade, ou seja, GA NONAMEORAEE ) Como estado, quan- do patolégico, ele pode ser dissolvido e ultrapassado; como estru — ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA Espero daqui para a frente deixar ainda mais claro como a descontinuagio do contato pode ser estado - alternativa ao esti- Jo de personalidade ou cristalizagio anacrénica - e estrutura ~ jeito preponderante, mas nao nico, de estar no mundo. Para buscar essa clareza, tratarei das descontinuacdes como estrutura de personalidade. Entendo que a descontinuago como ato jé est deveras elucidada com os exemplos que dei anteriormente. Estrutura DepoIs DE TER LANGADO os fundamentos do conceito de estru- tura de personalidade, quero retomé-lo aqui para fazer algumas considerayGes que wie patecem relevantes do ponto de vista da psicologia fenomenoldgica. Nao compartilho da visio de alguns autores da Gestalt- -terapia, como Philippson (1996), que criticam a possibilidade de sermos estrutura e processo, preferindo ver a ser humano sadio como s6 processo, No meu modo de ver, talvez essa postura ad- venha de certa falta de clareza quanto ao conceito de estrutura. ‘Deum Indo, nig devemos confundir estrutura com rigidez, com -ctistalizagdo, por mais que uma estrutura possa se entijecer, mas © fato de um avido poder cair ndo quer dizer que ele v4 fazt-lo. Deoutro, esses autores, (ia cae -spstiticama pastura fieudians, mats especificamente aseyunda) a ae Basse tipo de TERRE gue PHG se ‘opdem, concebendo as funcoes do self - CARSOEEOIEEOND) ° enia arita Pinto fungao permonalidade - como processos, visto que fundamen. ‘toda a teoria gestiltica do contato e, por conseguinte, toda a Ghordigemipestaliea) Nesse segundo sentido, a mim também me parece que SSG(es@ae eee neuen faz Freud em sua segunda tépica Isso ni quer dizer, no entati- ‘0, que no possamos falar em estrutura de personalidade, come discuto a seguir. Cada um de nds desenvolve, ao longo da vida cespecialmen- tenos primeiros anos. um modo vectliar de ser um» densidad, a qual, mesmo petmanecendo a mestia, muda com tempo Esse €o fundamento e 0 paradoxo da estrutura de personal de, pois s6 podemos mudar se houver algo que ermanece, dé iodo que € a estrutura que possibiita a plasticidade e o cresci- nento, Se fBssemos s6 processo, nfo poderiamos mudar, pois Data que se perceham ss mudancas tio neceaadras as Fronteras, CGUMMIESGUEMAREOREGD ese muito cedo 0 ser humano descobre e mantém uma constancia de comportamento, o que std longe de ser necessariamente rigid, acomodagio oi GGGRIEED. Asin, em fungi dessa plasticidade da estrutura de” Personalidade, por exemplo(@iiHRfaS tts ese RSaeaD ter consciéncia dessa peculiaridade, colocat-se de maneira mais Griticarsempce. disc 5c sn it scjetadonamplisRaOya SENG, sua capacidade de assimilaclo agressiva dos eventos vitais Assim, @ estrutura de personalidade é algo plistico, flexivel, emi constante reorganizagao e atualizacio, com element: elementos novas ‘se misturando a antigos, de modo aque a pessoa possa mudar ap ‘ongo da vida permanecendo a mesma, Se ha certo padtio dé comportamento configurado pela estrutu: jestrunna, issqiae ) nao quer uer dizer ‘igidez, mas constincia, nfo quer dizer fixago, mas referéncia: ndo quer dizer alienagao, mas limitagao, ELEMENTOS FARA UMA COMPREENSAO DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA ubis, a vida impos a0 individvo eificuldades tais que soi ae ‘fou como altemnativa transformar referéncia em fixag! emestagnago, renovaciio em fonte de aprisionamento, /». possibilita ao cliente conhecer os outros estilos que tém_ ‘em si para que possa langar mio deles nas situacées que assim ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAD DIAGNOSTICA EM PSICOTERAPIA exigirem, sabendo que isso nao o tornard esse outro estilo de personalidad, Por exemplo, (3 S552 =H Eee iat VES zes sonhard em entregar-se ao momento de maneira até incon- sequenite, como faz com naturalidade © profletor A terapia 0 ajudard a soltarse a ponto de viver assim impulsivamente em FR te GOIESOBIESI) oistro estilo de personalidade torna-se um te- curso, uma roupa que se coloca para determinada ocasifio ¢ pode até ser muito confortavel, adequada e bonita, nio tendo porémo ‘mesmo sabor da nudez na intimidade. Esse tipo de uso que proponho para o ciclo de contato permite-me compreender o jeito de ser e a experiéncia do clien- te; facilita minha compreensio de como ele se relaciona consigo © com o meio; ajuda-me a apressar a compreensio de suas virtu- des, de suas faltas © de suas necessidades. Enfim, ilumina o cami ‘oho entre a percepgao ea compreensio da originalidade de meu cliente e a percepgio e a compreensio do que ele tem de comum ‘com outros seres humanos, trajeto basico para um diagnostico bemefeito. Como todo instrumento psicolégico, tambem uma tipologia baseada no ciclo de contato (ae EseOuma comp Reenaaay Go cliente. A experiéneia do cliente é maior que qualquer diag- néstico que se possa fazer dele. ‘O ciclo de contato Qi instr UMeREgREmmrecursoprmantis- ramenta que se coloca a servigo da relagio dialégica — esta, sim, ercoravtoniomrabaiomerapéution, Utilizado da maneira como ‘proponho, nao pode ser visto como uma camisa de forga ou uma gaveta onde se deva encaixar cada pessoa em nome de uma su- posta uniformidade. Esse uso da tipologia nao ameaga nem realca-a substitui a originalidade de cada cliente. Ao conte no encontro terapéutico, ENio BRITO PINTO Quando utilizo o ciclo de contato para fazer a compreensaio_ diagnéstica, busco compreender o fundamento, a estrutura eo rocesso em que se apoia 0 softimento denunciado pelo cliente. Entendendo-o como uma tipologia, ao diagnosticar, trabalho cor 0 que o estilo de personalidade apresenta no somente no sentido de transtomo ou de patologia, mas dle uma posigao exis- tencial, Fomeco a seguir um exemplo disso. Em épocas diversas, ouvi de trés clientes, todos adolescen- tes, a mesma queixa; um tinha por volta de 14 anos ¢ os outros dois estavam perto dos 20. Nenhum deles experimentara o pri. meiro beijo na boca com uma garota, Cada um tinha um estilo de sere viveu essa questo de uma maneira que, se nao determi- nada pelo estilo, configurada por ele. O mais jovern nunca havia beijado porque se o fizesse se sentiria na obrigagio de namorar, 8 qne nfo queria; 0 segundo, com uma calvicie bem adiatitada para a idade, néo beijara ainda porque “ninguém ia querer beijar um careca’, 0 terceiro no yrque no sabia como fazé- O primera, a aaa acionee o terceiro, (GRGAOSHNW beijo na boca. Com cada um adotei uma postura a ino terceir ei se ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSAG DIAGNSSTICA EM PSICOTERAPIA (CRABB bvi0 que nao se pode fazer um reducionismo e dizer que essas vivencias foram determinadas pelo estilo de per- sonalidade; também é dbvio que essas vivéncias foram configu- radas pelo estilo de personalidade somado a outros fatores, Vale salientar que, assim como nesses casos a compreensio diagnds- tica do estilo de personalidade deu um referencial para uma ati- tude pontual em terapia, ela também é um instrumento eficaz pata ajudar 0 terapeuta a compor a estratégia bdsica de toda a terapia, fundamentando os propésitos e 0s caminhos possiveis para o trabalho e orientando-o sobre a melhor maneira de se portar na relagdo terapéutica a fim de ser 0 mais itil possivel para seu cliente. ‘Trabalho com os estilos de personalidade de maneira muito parecida com a que Greenberg (1998, p. 1) lida com o que ela de- hnomina “Gestalten inte1 pessoais", Diz ela que pedemos reconhe cer essas Gestalten interpessoais pela observagiio do que habitu- almente € figura pata a pessoa em suas relagSes GES rnés, de modo que somos “especialmente responsivos tanto a questées interpessoais que parecem prometer 0 cumprimento da maioria de nossos desejos e necessidades quanto 0 que des- perta nossos medos interpessoais mais profundos” ‘Ao fazer essa andlise da personalidade do cliente, no estou interessado em determinar a presenga ou a auséneia de uma en- éwio sriza pinto fennidade, nas ENT TEE TED (GAA AAMETAAEDD vised, assim, ampiiar ‘a sentido de cooperagio necessario no proceso terapéutico, Por fim, importante salientar que, assim como o terapetita tem um estilo de personalidade basico, também os clientes 0 tém; assim como 0 terapeuta aprende seletivamente, baseado em quem ele é, também 9 fazem os clientes. Dessa manei : so ainda lembrar que dife- rentes estilos reagirdo a diferentes agentes catalisadores como indutores de mudanga (Denes, 1980), 4. Os estilos de personalidade Daqut para A frente, partinde ‘games esa —= -terapia cada modo de ser apoia-se preferencialmente em uma defesa, em uma descontinuagdo do contato, 0 que caracteriza 0 estilo de personalidade na linguagem gestaltica. Desereverei as principais caracteristicas de oito emp nas descontinuagées do ciclo de contato conforme concebido por Ribeiro (2007) ¢ adaptado por mim. Assim, temos as personali- dades dessensibilizada, defletora, introjetora, projetora, profle= tora, retrofletora, egotista e confluence. E interessante destacar, rata possivels posquisas posteriores, que provavelmente esses e formam pares comple- ra; a introjetora A projetora; a profletora a retrofle 2 confluente. Tal polarizacdo ajuda-nos a compreender muitos dos amores ¢ dos édios “gratuitos” que testemunhamos ou vi- venciamos pela vida afora. Para facilitar o contato do Gestalt-terapeuta com os cole- gas de outras abordagens, farci também uma aproximagao com 5 CEL LAOTESTNAMOSTEEANSRETD) personal- dade conforme descritos no DSM. Assim, se tomarmos por re- feréncia esse manual, a personalidad ABAEMMOMIBSe assemelha so projetor, as personalidade (@UIRBRER esquizorfpicas ca- racterizam pessoas dessensibilizadas; a personalidad (aaa) ne se parece com a proflexiva; aGSEHOMIEDSe assemelha 40 es- Ento eRito PINTO Uo deflexivo;

You might also like