You are on page 1of 122
pevorva-o IME RSITY poo LHCONTRE ESTE LVRS, Pom FAVOR yh ® on /PoLLARh STATE SALA PAA, BIBLIOTECA CENTRAL . VIDIO Of — 2contur iste onquane ‘tulor CP@aCR Que Voc? sain covendo 1) Ce, ; : mite mak. ce fica . OMe etoKth vecd Ghia hole. por. Arabothor 71 ee copier um exe para. mim | ~ jn i O NAVIO de TESEU El— SE VOCE Gostou, DEVE RIA TERMInAR. DE QVALQUER MoDO, BV PRECIO DE UMA FOLCA- CDEIKE MA GLTIMA PRATELEIRA DA ESTANTE SUL QVANDO TERM NAR. lee iA Ad — Has ede Si © resto de vex ie ae Livro (2 dou ada Lit.) — dew Apdo 0 mistrie — @ Livro , Strake , tude-- Ocho que realm. pucisana le uma pge- CARA ESTUDANTE DE LiremaTuRA’ SE NOCE AcKoU QUE ERA UMA HFUEAY, EWTAO NKo ESTAVA LENDO COM ATENGAO- QVER TenTaAR NOVAMENWTE @ Fg gigs: amstagis Nos raargens Para que vers posse VOC “Come ex Li comullongdc . Mas © que E —> Lu dx ? dou apenas wa 2 NAO ACREDITS Qe NO MEU EEE ES Pols ¢ Fes muita prisungas da rine porte Nie pucua conor © Dire > tum Novomnd?. Bon dev. core der Lighplhe 0k , alior Ved deinen passam ture Cosa “mpertante Z eh FX. Calacinn .— €01 O FATO DE ELE SER UM MALVCO COMPLETO? PoRQVE PRATICAMENTE TODO ESTUDOSO SEMo DE STRAKA DE TOROS OS TEMPOS ACHA 1550. © SE Voc@ Acuna ave Sen © PROPRIO TOAD ETE Se en ee ee Nem wm nem cube. PAC pesveas pederiam ara Se i tan Aaypnora, DESCVLPE. SERVO. ESCREVI ALGUMAS NOTAS EM RESP: AEOLARIA OvvIE © GE Noc® Aca. EStCSTAS Dewespaerodte. ? YALVEZ. TAMBEM DE V. M. STRAKA bu gue 04 nas Milagre em Braxenholm ole nedope dee realmoite ae 2 2 Wars Nie A cordillera 4eun Angprmelires ? Soot te A praga alausin — va A d ee a Saimere caverna pintada Loahe? A marcha de Santana STRAKA ESTAVA MORTO NA EPO. Triptico de espelhos Ag bation idee née Ache pees ngs dovanes Poulin do O gato malhado Cobeleina iste |r Pasta. mad gan j Preto dezenove Olly aes Cem meses de abril em Amritsar “Nos 7? Ore, dose foi um U0 O humor da vibora Washington & Greene AIDA PENSA ASSIM? Enforcando 0 morto Com cultzo-- Lopevi Paligadas da noite anes A brigada Nock pruciaa. pee A mina de Wineblood "Os sapatos alados de Emydio Alves Coriolis 9 NAVIO be TESEU de v. M. STRAKA ‘Uyey! Lwre ? \ocd be tlion dz uno. vreote | COMO SABE QVE Ful EV Tt BEM, ELES WAD vio sentria, FAUTA. ERA UM DESPERDI CIO DEIKAR ESTE LivRo NAQVELE LUGAR. EDITORA SAPATOS ALADOS NOVA YORK t--y (Este Eo som meus Bier. REVIRANDO) —————————— Os personagens ¢ acontecimentos deste livro sdo ficticios. Qualquer semethanga com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidéncia, eee eee Coryricut © 1949 sy V. M. STRAKA e F. X. CALDETRA Impresso nos Estados Unidos Todos os direitos reservados sob as Convengdes Pan-Americanas de Copyright. Publicado em Nova York por Editora Sapatos Alados, Inc., e em Toronto, Canada, por Editora Sapatos Alados do Canada, Ltd. PRIMEIRA EDICAO: Outubro 1949 NOTA DE TRADUGAO E PREFACIO' por Fe X. CALDEIRA I QUEM FOI V. M. STRAKA? O mundo conhece seu nome e sua reputagio como 0 prolifico autor de obras de ficgao provocativas, romances que rrubaram governos, envergonharam industriais piedosos e anteciparam a horrenda onda de itarismo que tem sido uma praga nas diltimas das, Conhece-o como o mais gil dos escrito- . cujo dominio de variados idiomas e abordagens arias era exibido livro a livro, até mesmo entre capftulo e outro. Mas 0 mundo nunca conheceu livre teria sido publicado por meu antigo ‘empregador, Kerst & Son — como foram todos : ‘onteriores de Strake. Contudo, a empresa fechou os portas de forma abrupta e sem 406 equipe. Ev — 0 um grande custo pessoal (financeiro e outros) — criei minha proprio de modo que 0 ponto alto de obra de Straka pudesse ser apreciado pelo piblice. Lay © rosto de Straka, nunca soube co Yinico fato da vida do homem. SDE 0 ENSINO MEDIO, ‘De forma previsivel, embora desapontadorz [ACHO. ENTAO)\4 15 ANOS. rio da identidade de Straka se tornou mais. © conjunto de sua obra. interesse na hist6ria ¢ 4 —. vida é compreensivel, claro, j4 que ele € a reconhecido como um dos escritores mais i ; cos ¢ influentes da primeira metade deste século3 eitores que 0 apreciavam queriam conhecer 0 criad das historias que adoravam, e seus inimigos q 7 saber quem ele era para que pudesse ser silenciado, 0 furor sobre a identidade de Straka é partieul mente intenso em fungio dos boatos sobre suas gue foger chopors Peis © QUE se Ama. DERoIS GRIGVE FEITO —dades ¢ ligagdes — boatos repletos de histérias LOVEA QUANDO AS PESSOAS i iragh ke TENTAREM TIRA® \S60, DE sabota; espionagem, conspiragao, sul Parsee vem Voce. apropriagio indébita e assassinato™Se ha uma cé fom comoho— imma, tia de fimprobidade) ds ssociado na imprensa popular (e em alguns a |irritantes se fazendo passar por “andllise literdria”), ee desconhego. Talvez isso seja de esperar, jé que a NCeee pria obra de Straka com frequéncia inclufa ¥ Quan dine tude conspiragdes e acontecimentos obscuros. A poo Arr verdade ? EVIDENC\A? Niko HX NADA NOS ARQUIVSS) DE STRAKA NEM DE KEM 4 Dererve ve Aavem —— vock PERGUNTA. MUITAS | FAVOR ME DIGA QUE 1550 Who Eo MELMOR QVE PODE FAZER, se vay E (hiss: 0 fose ho. Heccitor'oi a8 AMIODES ambos. Apenas na vida particular do autor — que tancia “quem” ele “era”. fas poucas declaragées pibli- cas verificdveis de Straka konfirmam que também ele, acreditava ser equivocada a polémica da autoria — para nao dizer uma ameaga perniciosa A sua seguranga, liberdade e paz de espirito. nen. Dezenove romances sao atribuidos a Straka, sendo DETONAt o primeiro a aventura satirica Milagre em Braxenholm, vA grande sucesso da Europa em 1911, ¢ 0 ultimo, o livro que esté em suas mos. [Aqui também encontrarao extensas notas com que contribuf, em beneficio dos dedicados leitores de Straka e dos académicos respon- , xON (\451)— = NOVAS DE FHC = acha. ESQUIZOFRENIA sdveis que estudam sua obra.) ..-5 il Embora o facga com apreensao, vo resumir os eure argumentos mais comuns acerca de “candidatos”, para Az evitar que os leitores busquem tal informagdo em 100m NGRACADO NU tes pouco confidveis. TCowreCTAbS SER Alguns acreditam que o escritor V. M. Straka foi o we Sees operdrio industrial Véclav S Straka (nascido em 1892 na Que Wenn nome no vio ? fs b b Nho . a remrando, O Gur Pignifice. 0 EX, 0 home de Cobding? F= Francisco ov Fue berenve DA Fone) XS KABREGAS ee soémia do Sul) embora esse aTBUme® prova por uma noticia de jornal que d dio de um homem de mesmo nomeent Outros — incluindo muitos soi-disant literatura” — questionam a teoria por ra da polémica sobre O prof. Moody Joi 0 acontece no caso u fi com das obras de Shakespeare, eles por turra. palustre, dob. i ido escritas por um dase rae minha. tune. ybras nao poderiam ter a ry : rmal. Nao, dizem, deveria de Lit, eisaditana. % — com pouca educagio fo coutra pessoa escrevendo sob o nome de Straka, a denciais de maior destaque, como: ame : ESPERO QUE TENHA \GNORADO CADA ALDITA com cre PALAVEA QUE ELE DISSE- cs a ‘ a oe qt VOR «0 autor de livzos infantis sueco Torsten Estrom: Ele For MEV DRIENTADOR De DISSERTAGAD- Ae 4g TeRMINOY MAL” vfactnnes; ou ua oere eo eve * Oromancista e memorialista espanhol, antes reveren- € MENTIADSO E LADRAD. ciado e hoje fora de moda Tiago Garcia Ferrara; ou + © romancista pulp e roteirista americano Victor Martin Summersby, que tem as iniciais adequadas; ou Entoe " Aus Covina + Oaventureiro canadense C. F. J. Wallingford; ou ; oe bee Rg + O anarquista e polemista alemao Reinh ‘ com Mev ts Feuerbach; ou ELE ESTA PRE! 5 STES A O destacado poeta e dramaturgo tcheco Kaj WCRAR COM MEU TRABALHO. Hruby; ou até mesmo ou fildsofo, romancista e bon-vivant escocés Guthrie — { viii } GRANDE Edy i QVE ELE GSK weeny, SEMENCA, sisi asad EMS Deven TER SE TONAGCIDO . DETALHES EM . 5 ANERNA PINTADA 60° Popem Te Algumas pessoas supostamente sérias sugeriram ori- sobrenaturais (Uma garotinha recebendo men- s de uma freira do século XIV! Um antigo rei nazca, originério de um planeta distante! A gra-duquesa Olga, exerevendo antes © depois de seu assassinato!) € outros absurdos (Um nacionalista _sérvio _assassino conhecido apenas como “Apiss Amanuensis)! O quase Tawwtiiom te certamente ficcional “tiltimo pirata espanhol” Juan Blas 4g. }icort 4 hate Covarrubias! © teorema do macaco infinito!) que sé Cae mae VOH ser mencionados como alvo de deboche. E, AINBA BEM ' ae QUE VOCE NAD DISSE - Tenho pouco interesse em argumentar qual “candi- dato” — plausfvel, fantastico ou outro —a Straka éo > Exerc? mais forte. Nao sei seu nome de batismo, seu local de / BOMBA EM WALL ST. EN ei | assassimaro (5) DOTROMEN, nascimento ou sua lingua materna. Nao conhego sua GawToRIwi; WAVITAS MANIFES= rt fi «4G. | TAGOES TRABALMASTAS 3 altura, seu peso, seu enderego residencial, seu histo- | TGCSS VIMO Res ones. De” rico profissional ou os caminhos que percorreu ae ESQUERDA, MEU PREFERIDO® a ees = =" \TEGROU 0 GRUPO OVE AS suas viagens [Nao sei se cometeu qualquer dos atos ile- Siwov © ARQUIBUQUE Tee ‘ z u j " SARAJEVO E, RORTANTO, gais, subversivos ou violentos dos quais tem sido acu- Comeqov A \> QvERRA- ab|Niomeinteressa quem as outras pessoas acham a. Pessoas.acham. € Prater l9 purece unde ave ele foi ou o que pensam dele.* Conjiarcie Aa rmuites u MMS TOUS Gv ¥ a RTEORA DO — da Mae Me + 4 ica voce s& Leu PIAL Aion Touma ® imhomen paigett Telver, se oct epretentste um porigo pa a ease Oia Made excrilir. — Paruce womigo Add ae eee L 20% Am ak NE Micon, FOSSE. MAS (e 2X) akiah) a MENTE WKO ( ix } NO FINAL \MPORTOU © QUE AS ee “aaa ENIDEW CAA PESSOAS ACAAVAM DELEE _MONTANDO PARA DURAND. BY los vale . Pq EStOU WA PSU AK BANOS — i | NUNCA VOu Consesulm ME sia sia a PERTO DE MIM- , 2 BR ie aerive tekc @eAn Se annn ae Yoc® PREcISAVA DE "FUGA"? Em gramoe porte. haw totalmente. " Eu me interesso pela qualidade artistica obras ¢ a paix de suas convicgbes. Nao u quer anseio de identificd-lo, porque 0 conhec. V mundo pelos olhos de seus personagens; ouvi sua vo CO\SAS ASSIM MOSTRAM QVE EXC ERA UM P\CARETA. ‘suas hist6rias a um pdblico mais amplo. Seus mis ios, seus segredos, seus equfvocos? Esses no sio, nunca foram nem nunca serao minha preocupacdo. mI Confesso: é meu desejo mais fervoroso que um dia meu correio da manhi contenha outro daqueles enve- lopes de papel pardo amassados e sujos de tinta, com um carimbo postal borrado e sem remetente, que den- tro dele esteja um dos tipicos originais datilografados tewmbem em papel de carta de Straka escrito, como de habito, geet A p, eee em um idioma que eu nao tinha conhecimento de que nr quer >} , oxtaie? 0 autor sabia)—, e que esse vigésimo romance, provo= VER DESSARDINE (I982,)~ _cativo e encantador, evasivo e revelador, se revelaré SVGERE QVE VMS who ERA REALMENTE FLUENTE. PRECISAVA DE ALGYVEMPARA — Mas isso ndio vai acontecer. V. M. Straka esté morto. BSEITAR AS COISAS. Por Nab Lecrewor he- uipnka. gu vot rualwawte conker? 430 & mabuguice. EXCENTRICIDADE. um acréscimo valioso & oeuvre do autor. Por obra de quem, nao posso dizer’ MAWAVICE. D, wre. ? De Meatiola ODEIO QVANDO CONFUNDEM RMBOS. DOCS. DE POLK AS dVAS. Descul po (pe FRANGA) EVA) URS) ann a i MOST b Esclho Jinn de polowras {x} gveriam o ROM Nae Ou 6 Que MORTO. IDEM PARA j A quorio. din ey = ALGUMAS OUTRAS HA trés anos, no final de maio de 1946, recebi um telegrama de Straka me convocando de Nova York ao Hotel San Sebastian, em Havana. LA, dizia, ele iria me entregar o original do décimo e tiltimo capitulo de seu novo romance, O navio de Teseu.® Tive a honra eo prazer de trabalhar com Straka por mais de duas décadas, traduzindo treze de seus romances (cada um para varios idiomas),’ mas embora nossa parceria 2 fosse profunda e produtiva, florescera apenas por MAS UM PoUuco I intermédio de correspondéncia;® nunca, [pelo que DE AcREEe sei, ]nos encontramos cara a cara. O telegrama insi- a Coun nuava que ele por fim estava preparado para se reve- lar a mim, confiando plenamente em que eu nunca revelaria nada que pudesse comprometer seu anoni- mato e sua seguranca.® a icneco —P HRUBY? Enilow FC choy gore eo ONY one g ros chimes ishas emus nés dis. debotssomos pesselmente, DVEZELL I WAGINAR 1 melhores deles so, om minha opinide, © gato molhod (1924), Preto dezenove (1925), / AL GO MANS Wothington & Greene (1925), Palisados da noite (1934), A mina de Wineblood (1939), Os sope- t e fot sleder de Emydio Aires (1942) « Cviol (1944), Nenhum wodutorrecebeu crédito plore ONE VENER VME FAZER. bal nos sis prineirct romances de Siroks. le. Nenhume quentic me remuneraria per todos nei (a 15— Vo WOTELLA GRANDE HORLOGE Bw canis RO DEUX MARTRES — ENQUANTO- ENS Cheguei ao hotel como planejado, na ma junho. Na recep¢ao, perguntei por ele menciona (pseud6nimo sob o qual viajava|(que nao vou |, aqui, embora cle nao 0 utilize mais). © reeepelonis PO BUR enon ue 0 “Sefor F—" aa 6 pedi ANKGRAMAS, ETC. qualquer visitante esperasse seu retorno no restaurante do hotel. Esperei até o restaurante fechar, 4 meia-noite, Doente de preocupagdo, convenci o recepcionista da noite a me levar ao quarto. O que encontramos foi uma cena que nunea esquecerei; evidéncias de uma Iuta ter- 1 — cadeiras quebradas, uma mesa virada, buracos WS. coRTUNUS"— NIMS usou \5S0 EM ACABEA DE. SABER QUE UMA FoTO DA cena Mvel FO\ COLOCAPA EM LEILMe cortes nas paredes emassadas, roupas espalhadas, SURGiU Do NADA. Esrou Ido PARA NY. Wanderer de cabega para ARQuivos DE MUNIQUE E PRAGA ALEGAM T MAQUINA DE ES (Psu pecipw NAO AD@VIR\R~PR MooDY _— gando um corpo enrolado em a para a traseira baixo no chi, sangue no parapeito — e a janela aberta para uma queda de trés andares até um beco. La embaixo? Dois homens em uniformes da policia farre- be avnua t’ beste eA.) de um caminhio e o levando embora) E depois disso? Pox que Fx Nada, a nfio ser a fumaga do escapamento do caminhao inwentoris. issp-? © algumas folhas de papel de carta voando. (A) F xc ERA EsauizorRévico —(Deveria ter seguido o caminhio?)Talvez. Mas, em (CEDDESINFORMAGAO meio ao choque e a dor, agi por instinti i corren PARA TIRAR AS PESSOAS b OE ee yO RASTRO DE VMS. Para 0 beco e juntei os papéis. Como eu tanto esperara (C) FxC ERA VMs quanto temera, eram parte do original de Straka para o décimo capitulo de O navio de Teseu. Essas, juntamente ®) Amsos (2 © Cc) ¥ Erle tudo 0 que FXC wi foc ia (E) TODAS AS RESPOSTAS AC\MA - € Verpape. © owhromes ne Naa ASVMS NAO EScRI de cotho, MAIS ay DEPOVS ss © NUN { xii }}souBe DELE. SEN MORREU, FEZ UM BELO TR SE FINGiINDO DE Mo com algumas p4ginas adicionais que uma faxineira encontrou enfiadas sob 0 colchiio no quarto de Straka, sfio a base para a versio do Capitulo 10 que logo lerao.° Dei 0 melhor de mim para reconstruir 0 capitulo e preencher as lacunas de forma (consistente com as intengdes de Straka] LE NUNCA = €x¥rLicA] DOCUMENTA \osok Vv “Se Straka esté morto”, perguntaram alguns, “entio O quid onde est4 seu corpo?” Por que isso importa? Se seus restos esto em algum lugar na terra, j4 se tornaram Ne ROU ARE : parte dela em sua totalidade. Se estdio na gua, entao NENRUMA ENTER IMS. NUNICA EIKO FALAR POR ELE. PC PESSOAS ACKAM QUE EL IWVENTOU FKC TOTALM enchem nossos oceanos e chovem de nossas nuvens. Se esto no ar, entdo os respiramos tao certamente quanto respiramos a vida de suas pegas de ficgao. V. M. Straka nfo era apenas um contador de historias, ele era uma Enlace, historia. E a historia é resistente, multifacetada, eterna. sa ox VI mower [Nenhum livro de Straka jamais incluiu um prefacio, uma nota do tradutor, de rodapé ou qualquer texto ~O BRASIL No FINA\ ANOS \AS0. MORRE NOS ANOS 1960 equela contendo 0 verdad 1 recuperadar. 10 € preciso notor que, do obre-prime de Sirah: 1) No sentido literal mais mund: pergunta provavel 1 nenhum letor pet mundot SEMPRE mE IMPRESS ONOV QVE Voce CONLEGUISSE a { xiii} DESENHAR 1950 TAO BEM . “! Ee ya mee via como alguém que se obra, que ajudou suas palayras a tores, € que protegia com dependia sua integridade artistica — sobrevivéncia.” Ele compreendia CLICHE. BRVTAL pdade a ele era, e 6, inal alével do infcio Ge esfoc om __regides mais ternas de meu coragiio e d ia (p 464). E om que minha ligagio com V. M. Straka Aopates Uados (p.268) onde deve terminar. 2 Como Voct TEVE Tempo PARA LER TUDO \SS0 7 Qbandorada recinlinante, mmlande- auto. ve VOCE NAO ESTA’ LENDO NA ORDEM. Muunce. Pui Loo. om Wsicrrnse. tone informages pestoais sobre Straka. Fiz perigo coloborando com ele, « nae tencione ENGRAGADINHA. Avue, { x} © A BASE PARA \SS0 €...7 Voce PRECISA vice —& O QUE COMEGA,@ com tos OG QUE TERMINAVN4 € DE CAPITULOS ComPLYcAro PELO FATO WUNGVEN GABER QUEM & NVMS" DE QUALQVER FORMA: A MAIORIA DAS PESOAS s ta DECIDE LOGO DE IWICLO_EM QU ACREDITA E NAO WMUDA | SANTARDECER. O Bairro DE IDEA. Velho de uma cidade onde 0 rio encontra o mar. O que ved acha? Um homem de sobretudo cinza-escuro caminha Ev BASICAMENTE pelas ruas do bairro, uma trama de vias de paralelepf- Sov UM (am pedos que partem do porto e se espalham pela vizi- ‘“ aN ae a Oe nhanga onde os cheiros de especiarias variam, mas a Dio 8 il triste decrepitude é partilhada. As construgdes, ene- ti inc eae qx grecidas pela fuligem de séculos, se elevam acima porto o Lwre dele, bloqueando a maior parte do céu e a todo 2 avr apmmas de momento tornando dificil saber se ele esté indo na diregao da égua ou se afastando dela.! Aerma doles? 1 ofeta os personagens por tode 0 conjunto da obra tantogbo& medide gu de OS Imgmas Ym Coriola er, 2 Usas ee OLOQVEL UMA cbs NESTE Liveo. NOCE VAI Ter TRABALHO PARA Se AS LATITUDES. YENTE SE TIVER TEMPO. Voc? hoo prwcuna 7 eV Ei A "A MAD PO ENSING MEMO. 6o0sToO. we DE USAR AaveLaA. oe * eal 2 sad mm mn apt O homem suspeita de que eta um Pot ‘mesmo quem passou toda a vida nela se ey tut zo sabe se 6 uma dessas pessoas. Nao oh antes. Nao sabe por que est ali naquele “i A medida que 0 céu escurece, as construgée ro declinar precariamente. Na luminescéneia go postes eventuais (de aparéncia nova e BEM, VOCE Sst forte, incongruente com o ambiente), elas QUE GOSTAVA VE TAISTERIOS, bras em Angulos estranhos e aparentemente ae yu ys que sugerem que aqui a luz se comporta de DO+ — rente; esta é uma cidade de geometrias antigas e fa Cai uma garoa constante. O homem de § tudo passa por pessoas que se abrigam sob marquises, avangando com a cabega baixa ec bem encaixados, se agrupando sob trapos: nos @ Tannber ( p. 144) Embora seja uma cidade vigiada, os olhares pa ESPERA Al: VOCE TAME oN (eu ©5587 sobre ele e se afastam. Esse 6 um Teo q EM Re chama atengao. ¥& Uma mulher de quadris largos esta de pe helt, ra. Bibbaton fora de casa — um prédio estreito de tijolos / Needy quom vie quatro andares de altura e coberto por yok ? Biwi cunts, eee de liquen — e pendura uma placa FO\ \LSA DIRKS, OVTRA QUARTOS. E a esposa de um capitio DRIENTANDA DE MOODY. Elo. ¢ profesern. - dusislimt. do mina nue. de potsin do Atcule XX. Pareee. 5 ENFASE EM "PARECE", ELA ME TRAWU FEZ 0 TRABALHO S¥3O DE MOODY PARA ELE. {4} POR FALAR WNISCO™ WRO DICA A ELA BVE FAL Nae Jal com vock. Voc’ Sake © ‘anos antes em um navio rumo a uma as colinas estariam transbordando de prata, os vales { * tomados por frutas exGticas e caca. Ele esté oito meses REALMEN atrasado, e a conta bancéria, vazia, ent&io ela comegou a PE PEGA! hospedar e alimentar marinheiros sifiliticos e piolhentos, ENCONTRAR | além de seus trés filhos vorazes, todos sonhando em) pp\ne\kO DE My) seguir 0s passos do pai e zarpar para o desconhecido. / DETNNES SE « Nenhum deles sabe ainda que os ossos do marido dela esto sob um quilémetro e meio de dgua, alguns debaixo de uma pilha de tébuas partidas perto de Cabo Fortuna, CF. WAVANA! ae um lugar do qual nunca ouviram falar, e outros espalha- Noe roRTuaaa dos ao longo de quilémetros por carniceiros pelagicos. (Isso 60 que acontece, claro: homens se perdem, homens} ¥os>. UMA REE ho desaparecem, homens so apagados ¢ renascem.) PREPRIO VMS — IDE NER a = oe = UIDA. TAMBEM! APAGAVEES A mulher recua, olha a placa, tenta determinar se est Ex. Otahei dg mardan alinhada. Dé tapinhas para um lado e para outro, insatis- ym £-mavl ppaxo- se feita, e fica se perguntando se € 0 prédio que esté torto ou Years ra PAUL. a propria cidade — ela ouviu rumores de que esté afun- dando, Independentemente da causa, ela nfo vai tolerar YN tee ec ae uma placa torta — aquele homem de sobretudo indoem ©-MA\L.NKO CoNFIO sua direcdo a passos lentos pode estar procurando um aan Colca. 27 quarto, e se ela quer inquilinos de uma classe superior rus whee Re sa precisa passar boa impresséio —, e inclina a placa para uum ye2ES ANO SoS Jado, depois para 0 outro, e recoloca onde es © ALGUEM ESTAVA TENTANDO — assa. E ROVBAR MEV TRABALHO: hor ymem passa. Ela ergue os olhos bem a tempo de ver a PA VERDADE; MNS Se Bais \ LIMA PESSOA: \MPOSS1BIL\ DADE Nobek as [Cone voc abe DE EQUVILIBRIO ‘ | viper Ww ‘; Gee ae rae. {5} > Koper dine, QVASE NAO DEIXE:— ACHEL ERA © RISCO MAIS. \DioTA. TUNKA CoRRIbO. 3 Provardnante 4 eee gi ei ern MY Bek te QUVER © EMPREGO? Na, werdade, roe — mas tor een O Navio DE TESEU pore nao RECUSE | spore cos Soe QUAL E ARAL X0on, Bear LEU "an BoA MENTE PERSPICAD n DEMAIS PARA DesrerpiGARcuva da rua. Se ned becen e nt COM ALGO TAd GROSSEIRO. Ela suspira e pensa na panela de sopa marp MAN eULAT i ie. Ru P tom lamentavelmente rala que ferve na cozinha e em con a wdo.."* \fazer para que ela dure a semana inteira. ml ESQUEGA NPY gk ogve vee? £ Por que o homem de sobretudo esti to molh a } Talvez tenha passado horas caminhandona chuva, Ow a Ves ounwis 6 boalis & vez tenha vadeado pelo labirinto de(téneis semissubmen Aabre Ttinyin ae, z so9)que existem sob a cidade tortuosa. Talvez:um passante Bic, andnimo o tenha pescado das guas sob a a ponte instével COMO VACLAN STRAKKA? que cruza o Tio, ligando o Bairro Velho ao Novo. Talvez simplesmente tenha engatinhado para fora do rio salobro como um anfibio ancestral do periodo devoniano. a Um mistério para si mesmo, ele tem apenas trés de Kk I 0 :) ligagdes com uma vida anterior. Uma esté no bolso do” casaco: um pedago de papel sujo de tinta no qual aere- dita que um dia algo importante foi escrito, eml tudo o que consiga ver claramente seja um simbo elaborado em forma de S. Outra est no bolso da calg um pequeno orbe preto que poderia ser uma ou talvez um pedaco de fruta antiga petrificada. At MOKTES PoR OvEDAS: [ ceira corre por todas as células de seu corpo: uma Vag VACUAY sAgRKA (rote) | mas aterrorizante sensagdo-lembranga de cair de u EkSTROM (vARANDA) Sere Summersby (AMVRADA) grande altura. Mas cair de onde? E no qué? E por FEVeREACH (EM CASA) eee eo FUZILADA PELAS TROPAS DE FRANCO De 6 gue fleinaneay: @ Gelthorwn ae qu la primero com Uo. PF ainda vstann eee (dm, DISSE X INSINUOU, NAO E A MESMA ColSA. a gr & posivel, De 1 pau nit de nn Goer seen ilusio criada pela luz, pela sombra ou por aquela cidade torta, mas por um curioso momento a luz refle- tindo na superficie ganha a forma de um rosto de mulher. E ento, com a mesma rapidez, a imagem some e a poca é simplesmente uma poga de novo, com algumas faixas de luz e um arco-fris gorduroso em sua superficie. — Flores! — anuncia uma voz vinda de um beco. REF. A FLORENCE — Flores! Fechando a loja! Ele vira outra esquina. © entra em uma rua ainda mais estreita, onde untae gato subnutrido pula ansioso para uma poga, fazendo ELA ALEGAVA 5 ComUNt uma pausa para arquear as costas e chiar quando o homem de sobretudo passa perto dele. Varias cente- MUITAS PESSOAS LEVI nas de metros a frente, um imigrante recém-chegado\$s0 A Seip EM DADO que fala o idioma com dificuldade entra em uma loja MOMENTO: E IMPRESS ——$— er No QUE AS PESSOAS ‘para devolver um realejo alugado. S.dono, que veste uma camiseta amarelada com mancha dé barriga, se levanta da escrivaninha onde estava cor tando uma salsicha cinzenta em um prato, pega 0 tealejo do imigrante e o encosta na parede com os 0 Pr outros dezoito realejos que ele aluga toda manh& para O Moms Ja. sure q ga Par? Totelmunts colle COMO ADIN HOU Outros imigrantes igualmente recém-chegados e igual- PERMANECE A QUESTAO® © QUE J QUER 77 EG) 2oubuse, provardminte 9- nde cilaua oscrevnde: ne onke- as 3 de 7 Jnanha.— WAS TANEZ S\M. FALWNDO SERIO 7? Nae ie RIO ~ Se NAD MARKETING, 0 QUE? [Nao nko ou Ye 6 que doveuo. ‘eodke Com mais Gun. on P ta mente incapazes de recon Estende a mio para receber a je d do tocador de realejo. _ er © tocador de realejo ainda no enter local, entao dé ao dono sua caixa de chat das, pede por intermédio de gestos de mao. de frases que faga as pilhas e divida por ele duas pilhas. Empurra a mais alta pela mesa do tocador. A pilha menor, que vale muito m: esta, aparentemente, também uma cidade r antiga e falha), ele joga em uma gaveta a O tocador, que ao alugar o realejo en’ aquele homem inescrupuloso iria engané-lo en quer oportunidade, antecipara o golpe ¢ guarda alee a erinde? parte do faturamento do dia. As moedas, enrolad Wao DE MUiTo.EU YEND\ um lenco, esto enfiadas no bolso do easaco vel ALOUMAS, CoISAS. NAO © UM MOBO RVISA DE VVER ASSIM — gasto vestido por seu macaco-prego.|O macac QUE VOCE ABANDONA A IDEIA DE QUE MERECE MA'S- sério, amarrado na ponta de uma corda fina p > P passador do cinto do tocador, sem revelar nada} GESTO DE] ContiANGA pex.. Mooby . (ere ACAGOU COM MEU FINANCIAMENTO. EV ATE TIVE QUE DEVOLVER CE, YMS NOS BOUCHARD; " UM MUNDO F © RoR MACACOS QUE DANGAM Resp Straka do “prestigioso” Px PELA PROME eae DE MOEDAS-” Oque vod Aabe Asha, Hone Bouchard ? —scontuse n ’ NBo MVITO. EMPRESA DISSOLVIDA DEPOIS DA IP GUERRA, E ELE Ce TAMBEM A FAMILIA? Se TORNou RECLUSO. ELE C/ CRTZ. Fol A ANSPIRAGAO PARA WINEBLooD EM AMINA DE {8} DE IWEBLOOD — O MAIS PURAMENTE MAU Dos ees RSONAGENS DE STRAKA. Ey dei. Eu Li. CLARO av 6 um truque novo para ele. Assim que o imigrante dei- xara loja, o dono mandard seus filhos de mente fraca, Ce yragos fortes, seguirem o homem pela noite, pelo Vi tempo necessério, até que ele se denuncie — talvez quando se esgueirar por um beco ao lado de uma taverna e esvaziar os bolsos do macaco, momento em que os filhos o pegarao na rua e esmagarao os ossos dos seus pulsos até virarem p6é com canos de chumbo. Pegarao o macaco em fuga pela corda e tentarao ven- der o animal na taverna. Ninguém vai querer, claro, entdo continuarao tentando em bares cada vez menos Nko © PER respeitaveis perto do porto. Finalmente os irmaos —@ pes ARDINS— essa altura bastante bébados — iro ao cais, amarrarao VELWO DE Pi algo pesado a outra ponta da corda e testardo se maca- SOBRE UMA cos sabem nadar. Mas nada disso aconteceré antes que se passem horas, Naquele instante, enquanto o dono fecha a ©& Ocha gaveta com uma pancada e o tocador embolsa seu pe magro faturamento, o homem de sobretudo escuro passa do lado de fora. (Os homens nao o notam, mas 0 macaco, esparramado junto a porta, mostra os dentes e rosna.) O dono e o tocador se despedem com um aperto de maos que esconde e codifica a desconfianga miitua, e o homem de sobretudo escuro desaparece {9} THE DAIL) GHORIV ga e 8 DE DAN. or encone re deen oe lacée ne comércio de cangéo, moeda € : Holl ? guinchando levemente nas pedras, EU Nfo ESTAVA TOMANDO em uma noite verdadeira. DECISOES MUITO BOAS NAQVELA EPOCA- . | Erie HUSCH de sobretudo se vé em uma rua as escura Tem contigo??? Jonge alguns sons agudos, percussivos — pe SIM. SURO- tra pedra, é como soa —, mas ali, ao redor dele. Prager (prevcasria,runli) esté deserta, silenciosa a nao ser pelas batidas s um coweci- le, da chuva, tao silenciosa que ele imagina poder Z _3.Huach . as vozes sussurrantes das pessoas que ens Eu (PROVISORVAMENTE) seu fim naquele Iugar onde o rio encontra om AdoRo ESSA FRASE. naquela cidade © naquele labirinto de GZ ) correndo logo abaixo de suas ruas,{na antiga aldet bes entreposto enterrada abaixo do labirinto, nas Ae cumbas abaixo disso e no assentamento de casebre de barro enterrado ainda mais fundo, através dos a7 Que Duroind om pessée.’ estratos das civilizagées,]Os sons chegam a cle @ EXC DARA Oe ye TOLO uma Mobius sénica de sussurros; as palavras DE SUA PARTE: indistintas, mas os tons — de faria ¢ lamento, ds ie ue ee Z peso e cataclismo, de dissidéneta, vinganga e dor HO ia Cone clam - MEV INSTINTO D\2. QUE RAM INTIMOS- © meu Kambein Somes Arilhanter . NAO VAMOS NOS PRE CIPITAR - TEMos AVE SER CAPAZES DE PROVAR- Geta Git hey gut Nao FA2 SenTibo SvreRA-LO Ge who ESTIVERMOS CERTOS- so afiados como laminas.® lhor as vozes, mas a chuva bate mais forte cando-as em uma onda de som, e entio recon 1 as batidas de pedra contra pedra — nove sons agudos, em trés grupos de trés —, e seus pés 0 levam avirar-outra esquina... Ba até um trecho bem iluminado da rua.[Os trés CF. cae. ae (ENORME garotos que estavam langando pedagos de tijolo nas 5 ico cépulas de vidro brilhantes|se metem em um beco PUBLCA DA G IMAGEM QVE quando 0 homem de sobretudo aparece. Fazendo forca para conter o riso despreocupado da transgres- sio, eles esperam que passe. Nenhum dos trés se preocupa em olhar para seu rosto, pois quem 6 0 homem para eles? E um adulto, portanto apenas um representante sem face da ordem e do julgamento. Ele é 0 coque do cassetete do policial; é a surra que _ os aguarda em casa; é o fim de todas as emogGes pos- siveis; portanto deve ser evitado. Além disso, nao deve ser levado a sério; deve ser tratado com des- Prezo e depois esquecido. Brezo e depois esquecido. (ny sua sombra passa pelos prédios a fi esperam, e finalmente ele some. Logo rua, apontam e langam pedras em um dos: da cidade. O primeirissimo arremesso a echo {langando uma cascata de cacos de vidro e Pp x. QA Inwvdagde de —cintilante na rua. Os garotos riem e saem ¢ Somdofi yt Hall. Fumaga branca se eleva da rua molhada) ev NAOTWE XJANTO PRAZER NISSO BEEYECNOCE IMAGIWA. a ida que o homem de casaco se porto, uma das vozes da cidade volta a entoando uma frase acima dos sussurros que 1 O que comega na dgua lé deve terminar, eo q mina deve mais uma vez comegar.t O que ESSA FRASE SEMPRE ME doua Id deve terminar, eo que Id termina d PARECEU FAMILIAR, MAS NYNCA CONSEGU!I ACHAR Wma vex comegar. O que comega na dgua. A FONTE. FRUSTRAWTE. Fin wor Quuicos. O capita i adgy ipitao do porto esté no cais, olhando pela} Nab achi rade, e através da escuridao e da chuva para uma formae : ACABE) DE ME DAR Cont: BAVA ALGUMAS paLavaas 2 distdncia, na embocadura do porto. Todos \wint GIVES NO FINAL DA FITA DG SUMMER SBY, Pero DA BATIDA WA Port) PODERIA SER ELE DRENDO nas sas ae \SSo. REALMENTE : 7 homem ou mulh Prodigle os ene, Bi COSTARIA DE PODER ov eelerase g VOLTAR € CUTAR — ATE MESMO LEvaAR PARA AWALISAI (SE HOUVESSE ALovem COUR Aes, (porahoot age PARA FAZER \S30), ee ae wis Se ov aie! ee Moule pporo. vod ENVELHECE, WENOs —WKO CONTE CoM \Sso, FEMA FRENTE. Porat. Talrey eu rewbe. 2! fee vehe- PARA © CASO DE Who ESTAR BRINCANDO: NAO. oe navi storizados a ancorar ou atracar jé haviam sido - yecebidos, € nao havia mais embarcagdes programadas Ee para chegar naquela noite, no dia seguinte, ou mesmo : vis dias depois —no até o enorme navio de passage! ros Imperia zarpar. A forma na 4gua parece vagamente com um navio, mas € desajeitada e estranha; ou estava se inclinando demais na bafa protegida dos ventos ou era produto de um artesdo indbil, flutuando apenas pela ewtXo : UMA CXDADE DI Les FISVCAS FALRAS 4 grag caprichosa de Netuno. TAMBEMT Baixa a luneta e dé de ombros, concluindo que a “ deve ser uma formagao de nuvens, talvez i ay eseura deve Soe ae rons APARENCIA (ubo. algum ico de ar agitado produzido pela tempes- x rj tade que forga ao rolar sobre o mar e entrar no REAL\DADE hosicormnle to(Hora de ir para casa rumo & lareira, uma refeigo - 2 4 a P nde acho.? quente, uma cama seca € 0 estalar das agulhas de tricd de sua mie)na casinha bem-arrumada que dividem na ee margem do rio no bairro. Ele levanta o colarinho, curva Voce & Pung go. os ombros para se proteger da chuva e comega sua U0. 4 a f caminhada por ruas escuras, 0 vidro quebrado dos glo- NA VERDADE a bos das luminérias sendo esmagado sob seus sapatos. edloxio. eoboran? Trinca os dentes de irritagdo; que época aquela! Cumprimenta com a cabega um homem de aparén- cia encharcada de sobretudo escuro e chapéu homburg; tag assur ohomem o ignora e segue com seu passo molhado, o prodides ; eo que 0 irrita ainda mais. O que aconteceu com a camara- jlo me Lombrary de (13) segue para uma das tavernas | ponto de encontro para os person veis, bébados moralmente falidos 6 soas a quem o capitéo do porto nunca associar. Balanga a cabega, a irritago com estranho ainda o incomodando. Outro bébado- bard como o resto. Que desperdicio de vida. A taverna é um prédio de tijolos baixo de duas ruas que formam o ponto central do cidade, uma mistura poderosa de peixe m DULGAMERNTOS Sea baixa e efltivios humanos, caninos e felinos. tijolo, iluminado pelo tnico poste intacto, um familiar: a torgao elegante que permanece vi papel em seu bolso. ___ NA VERDADE NAO. ESSA & A VERSAO DO MUNDO DE STRAKA PARA CikCVLOS EM RLANTAGOES. FE isso, pensa. Ele pode TvDO FACILMENTE FALSIFICAYEL gnifica, mas seu reaparecimento faz algum aqui que ele deveria estar. O que comega na dgua Id deve te diz, e 0 que Id termina deve mais uma » Filor por gui? Ucaba Arde win Lobia sobre los? TALE? VMS ESTIVESSE P Vio & A MINHA PRAIA.DS Livros, NADA No MUNDO YOCS., ARTEFATOS...€ al ove EV Vey oOo ACHO QUE ESTAD AS RESPOSTAS. Nae ae Aeapseed dos PESSOAS, Horn neapestes » lewees UM QVE CONHECIA eet Bt a Ar. NSTRUGAO.)DISSERAM QUE SERALHO GUE ee NA CO ete SOBRE STRAKA CM ‘2 ANOS. Nko SE\ Pot ee nt MNAviO DE TEsEU AQUELE TRABALHO ERA UMA Bos IPP 59", na | Veck wade gute ae od 2 ae Fonabins Que achou wine dil. jo foe Moopy TE AcHou. ELE NA \ VERDAVE, oe Do lado de dentro, o taverneiro cheira um copo no. one vazio, 0 bigode comprido escovando a borda. Seu rosto guste de prronabdade. Evdae, ui, hepssiton — torce, como se o cheiro trouxesse de volta uma ee 6 cheguc ? Jembranga desagradével. diizia de escroques J¢ 5 aye Quep peER COM porre chamam. nome, gritam e batem os proprios wypa\"? AGORA EV POSSO VASITAR, OS ARQUIVOS — \R A PARIS, 20 homem molhado de sobretudo pelo tempo necessé- ee nae + Ree rio para pegar seu dinheiro, encher 0 copo ofensivo © jy FILE ESTA NoITE. baté-lo no bar A sua frente. Aquele estabelecimento tem TOMAR YM VINKO PARA WAAR - sua cota de homens encharcados; duas vezes por noite ACOMMPAN Unn, copos vazios no bar, entio o taverneiro s6 presta atengao 1 algum marinheiro sai cambaleando para o porto, cai € 201/07 volta em busca de outra bebida para se aquecer; duas L ra vezes por dia algum pobre cretino é jogado de seu navio ENGRAGADA- para o mar e nada em busca de uma bebida, uma prosti- tuta e um novo empregador, quase certamente nessa ordem. O homem de sobretudo molhado dé as costas, bebida na mio, e 0 balconista se esquece dele imediata- mente, virando-se para servir o préximo canalha carente. O homem de sobretudo encontra um espaco em um banco de madeira do comprimento do salfo e se aco- moda com o suspiro cansado de um homem que acre- ovTRo? dita estar no fim de uma longa jornada. Olha ao redor do saléo, para os grupos de marinheiros cambaleantes, 7 Comp 22% apagade. gritando, rindo, dando tapas nas costas, xingando e Ved agora ¢ ye Nunca, bue W@ PALL. AINDA ME DEIKA FURIOSO— UM ADMINISTRADOR. ASSINA, UM FORMULKRIO E DE REPENTE VOCE (ou PELO MENOS UMA PARTE, {15} DE VOCE) SumrLESMENTE SOME Corte do. dun histsrin—nde part de vec, SE VOLE QUER TER UMA CARREIRA ACADEML. © ESSENCIALMENTE A MESMA CoISA. Tole. Mar oles rae podem tira, | empurrando, e para os homem de cabelos cacheados co altura da cintura, que por alguma martelo de carpinteiro e o gira pre aquele homem 14, amarelado e de olhos i tido com o negro de um coveiro. E a jaleco marrom, sentado em um banco no bat nando a multidao e de vez em quando cdes em um caderno. Esses sao 0 seu pe: descontentes, essa reuniao de estranhos e de: Ele estar em sua patria? A moeda que’ \ copo de cerveja Ihe era estranha... Mas ta no tivesse lembranga de sua moeda natal. “v y A.uma mesa ao longo da parede mais dista N uma jovem de nao mais de vinte anos, s Voce ESCREVEY VIZ : VOTAS BOSE. MEDIA lendo um livro — um volume grande, grosso pe 28 POR VEZ- Quixote — a luz de uma arandela na parede 2 como se aquele buraco caético e ébrio fosse uma b teca. Lé com um dos cotovelos sobre a mesa, © Pe apoiando 0 queixo, um dedo pousado n sobre os labios. Sua pele azeitonada e os FX ANTEC\PANDO CEINCAS QUE AINDA wo FoRAM FEITAS — © SuRONDS AVE NENRUMA — ERR MeRiTo \ FXC pail aye, us nae OU QVEIRA QU! MOS QUE GA Sim — parece. ddlovmimode a ia Am 0 DEVE), VENDEDOR Ave DI! YS Navio DE TESEU yyyloc 2 a WUE O NARRADO! pe eee Wn ConA DE CUGA De CORLOIS? do mliido onde’ Sol brifha mais quent e com mais frequéncia que naquela cidade, que tem o clima das lati- tudes cinzentas ao norte. Estranho que esteja sozinha ali; ‘s6h4 um punhado de outras mulheres, todas elas tendo o ‘comércio em mente, passando por entre os grupos de marinheiros & procura de negécios. Ainda mais estranho que nenhum daqueles homens, repletos de coragem abundante, esteja com a atengio voltada para a jovem lei- tora( Ela parece gostar de sua solidio piblica; hé uma gragarelaxada em sua postura empertigad} e na elegancia de seus trajes (um vestido verde-esmeralda bem-cor tado), no modo sem pressa com que vira a pagina, em como coloca um dedo sobre os labios e olha para longe, diretamente por entre o tumulto, talvez refletindo sobre uma frase que acabou de ler. Confortdvel, sozinha e facil- mente ignorada. Um espfrito semelhante? Talvez — se no equivalente ao homem que é, ou era, entio ao tipo de homem que ele nao se importaria de ser. Ele entdo pensa em como os outros o veem. Deve imaginar que espera por algo ou alguém, mas nao est4 certo sobre o que, ou quem, poderia ser. Ou bebida, ele se inclina para a frente no banco, ele vé as Betas de 4gua caindo no piso irregular e seguindo por Ta jo. Yurde dyssa fale 0 esta. fovea. pq que um Pre prin informante da policia ou do capitéo de um navio. Ou Xotabnanto. 7 simplesmente um viajante solitario, Ele toma sua “lowe ‘JER CulDADO Com AS Conciu ENGRAGADO PENSE PLGVEM QUE Secon FAVA De ToD0 © SISTEMA CAPITALISTA (0 UM VENDEDOR. TALWEZ ELE PLANE )ASSE DERRUBA-LO DE DEMTRO PARA FORA: ves AW, ESPERE = vo ESTAVA FALANDO SoBRE MIM ALI) a ya, Baw Saba dy of mene — ounrndd porn ¢ (de fovma, romirntica,). CUIDADO AO LIGAR TUDO EM UM LIVRO A PERSONALIDADE DO AVTOR. AS VNEZES Ficcho ¢ : aa u APENAS FiCe Ko. 505 © ROMPIMENTO {17} um mot. de oxempbes de ; “ ¢ voce forxundo a meme Pupstincca, ow ide 3! one NAO EStov piZewpo QUE MAY” ‘ OA ; FAGO — APENAS QVE NOS PREG S, A QE CHEK cle em un ide eM catantilpor dna, vez em quando sem ser correspondido. O porta, deixa seu olhar percorrer a multidao, es tem esperanga de — ser reconhecido. Ele deve t hist6rico naquele estabelecimento, ou alguma ra estar ali,( sfmbolo deve significar alguma intuigdo precisa ter uma base. . é Um marinheiro com um corte recente no Ié Guo 2, % 7 — queisoensanguentado passa chapinhando e bate ds wenee 428‘ nos do homem de sobretudo) O marinheiro par Ms ee Ceeezn . nove cendo perplexo por algo sélido ter impedido seu UMA CRITICA CRAMADA adualmente olhos verm nce Aero gra nte seus olhos elhos se co FICoU FAMOSA PoR FAZER homem, que se prepara para um insulto, uma OMDT EM PEDAGOS: um punho. Em vez disso o marinheiro cambaleia ali, Qt Ogu ved acre? —— ferindo o peso erraticamente de um pé para outro, Nee eee oe — Vocé esta... — diz o marinheiro, Eu. MAS BA ALGO palavras — molhado. SoBRENATURAL NAQUILO — Vocé esté sangrando — ho PELO QUE S. ESTA PASEANDO: er retruca 0 € eu SEMPRE ACRE! QUE sobretudo. MOMENTOS COMO ESSE TEM Aa Uigh QVALADADE. SURREAL, DE O marinheiro leva um tempo para ente DE SAVU DESORIEMTADOR, palavras. Talvez 0 homem de sobretudo Ove SE ENCAIXA - Tupo 0 ave. ¥ ELE EAPERIMENTA COnO sotaque muito estranho ao marinheiro. F IWTUIGAC PODE SER ALOD DE jy arinheii QUE ELE FELORDA DA VIDA marinheiro assente. a TRE-AMNESIA, MAS ELE — $ 6 verdade — fala, arrastado. AO PODE TER CERTEZA- POSS: VMS DIZENDO QUE REAL? Eloy REFR Ae Jhso. ditia seguinte especulando a aa oo sobre a origen) e FORMA, & BOM OM o objetivo do pesado navio no limite do porto e sobres Que yA ALGUEM P R salérios que o dono de uma embarcagio tio medonha ACHANDO @VE Sou estaria disposto a pagar para atrair uma tripulagao a e@duy dwt bordo) O homem de sobretudo nfo seria tema, muito VOCE Capoy. Contos VOL © menos parte da conversa. O marinheiro se esqueceu come Lund 0 dele imediatamente. NUNCA PENSE NISSo O homem fita o copo, suspira, contempla. Como DESSA FORMA- ficou tio molhado? Por que seu corpo déi, especial- mente o joelho e o quadril direitos? Na verdade, todo o lado direito de seu corpo parece muito contundido. Hé uma sensagio de queimacao atrés da orelha direita, agora que ele come¢ou a secar reconhece uma sen- oe we sago grudenta nas costas. Terd ele caido de uma altura ti ip? tolv ior @ significativa? Talvez esteja simplesmente tio absorto acon soroko- aa na catalogacao de seus ferimentos, ou talvez tenha TAMBEM BA O FINAL D Feado relazado demais por nfo ser pereebido — tals yo AE Se vpayo em Benes no duram p: ipre, claro—, mas demora SEX \DENT\F)CADO] #notar que agora a jovem o observa do outro lado do RAGTREAD salio. Seu olhar pode ser de reconhecimento, mas foe.) pode nfo ser; sua intuig&o nao lhe d todas as outras partes dele concordam perspicaz investigar mais. Ele para a varios passos da mesa dela e faz na direcdo da cadeira vazia & sua frente. — Posso perguntar se espera por alguém? — Depende do que quer dizer — responde a Sua voz o surpreende. Parece que pertence mulher muito mais velha. ; — Quero dizer aqui, agora, esta noite, espe 2 alguém se junte a vocé? — Achei que vocé poderia. — Posso me sentar? hinguth — Vocé esté muito molhado. KAW yi 4 i Truk “copes ((—Busei. Parece ser minha caracterstica mais Lmyrogaals , vay UA — Certamente h4 mais sobre vocé do que is quz ole €-De Voce deve ser alguém quando seco.) — Nao consigo me lembrar da éiltima vez em SEMPRE ACHEI ISSO. _estive seco. — Por que nao tira 0 casaco? ee Ne Be — Prefiro continuar com ele — diz. Ele eg] qua et no pergunte por qué. Ele nao tem um motivo. Aj Jo. 2 Wn duasse. un temor. ; Voc’ GOStA DE FILMES ANTIGoS? — Talvezvocé seja o tipo de pessoa que Sim! precisa deixar os lugares depressa — sugere Tonhe ile ruite a6 combi ostuctanite. — puto. momovo cle eCupar as Nos. ————— Elza acabaram ce foaen urn Festival Bogart. Incciel Ev Ful NER UMA AVENTURA WA Marrinica.{ 20} Ex tombem ! Pas! te encontro em circunstancias ‘Atualmente me enc eee incertas — diz. — Diga-me, j4 nos encontramos? ober og Ela suspira. AVTORE! hee O __ Essa 6 velha. E normalmente serve de prelti ce Goce ws i te tediosa. ERA UMA CO1 a.uma proposta igualmente tediosa. oe ares. Ja fecha o livro e o coloca na mesa. As letras : Bs . tom cofinn de relevo da capa esto descascando, mas ele consegue "Paty ¢” dwerdada | ‘dentificar o titulo eo autor| Os contos do arquetro, \sho tA WeNHUM 4 de Arquimedes de Sobreira] Nenhum dos dois Ihe ee Do ARQVEIRO (ov So#REIRO) EXISTACIU) FORA parece familiar. ye onor. — Vocé mora aqui? Nesta... cidade? + — Estou viajando— responde. — Viajo frequente- \/a¢is anoaldinices Olt. mente. Cheguei no navio de cruzeiro. O Imperia. i CLarovmonta. ive — Sempre viaja com livros tao pesados? ie 00 ee — Nao confio em ninguém que nao o faga. YA. MAS COMO VMS SABLA Ele aperta os labios, assente. Diet (e poe Ave USAR UM oO — Entio, acredito que saiba o nome desta cidad® ove eae A eee Ela inclina a cabega e 0 olha de soslaio. Depois ri, OS PVTROS?) — Vocé esté debochando de mim. Qual é 0 seu jogo? Jog : * Ey tine a oportunidada de — Eston curioso sobre se vocé sabe quem sou,“2cudon em Faris — Voce é alguém que eu deveria conhecer? "Dep, cle. Enamcds Mpa { 21} QUE Pena. Alepr toe pa it voce 2490 VR ing Ev Who Sou EXATAMENTE - Tom 'Nisso. perquitlon claxeleymstite: quem peck acha que oa Shoko. SUMMERSBY, TALVE2 SUMMERSBY & EKSTROM SuUMTOS. 4 yy. & mb ELE E UMA OPGAO COrAPLICADA: OS Q NAVIO DE TESEU ESTUPIOSOS SAO QVASE UNANIMES EM QUE VMS E! CURSED Ov NORTE-AMERICANO, POR CAVSA DE SEVS AMBIENTES , PREDLYPAGOES, APARENTES INPLUENCIAS LITERARIAS | Blo Maha. €'8 pana. BESTETRA To CERIO. ENTAO POR QUE SMiMiZUt— Provavelmente nao. Nao tenho certeza, a £ um agorne, cu O olhar que ela langa pede mais exp] ae oe arparses Girodecide — embora seja mais um impulso que) tn a decisio — oferecer a coisa mais proxima da ELE NAO Co UNC. Jude Lem, wn me — Algo aconteceu com minha meméria dinte um Cam qualauor espera, tenso, pela resposta. dolcs... Singh, Naseud, Bla pega a bebida — um veio de liquido ¢ Dwand, ate Garcia. a em um copo alto e estreito — e bebe, Fovian, 1 puro. 2 & ; Zannbein. Algo nela naquele momento Ihe parece LEMBRAN DO: movimento do brago? O formato da mao? A ru © PIRATA & FLCCIOMAL -4bio superior? Ele nao sabe. Nem tem eomo diz é ane pense se o que sente é um fragmento de memoria ou al que sua mente, desesperada por conexdes, ACRO QUE ELES NAC sozinha. ie Aaa FE uma longa espera angustiante antes qu QUE Nao SABAMOS - devolva o copo a mesa e seque os labios com o cante um lengo. — Vocé deveria tomar cuidado com que isso a — diz, indicando todo o salao, ou mundo, com um passar de olhos. — Muitos x que conhece. vantagem. — Sem davida. — Sabe seu nome? Onde mora? — Nao. — Tem algo nos bolsos? Algo que pudesse...? Ele pensa na massa de papel molhada no bolso do eae REF, Ao WOMEM OF} sobretudo, mas decide nao mostré-la ainda. Nao até SANTOR NN descobrir( que o stmbolo significqlou o que mais havia_y @®) escrito naquela pagina — ou, inclusive, quem ela 6. )o Ele balanga a cabega. 50 e — Ah, vocé tem algo — diz com um sorriso brinca- ife dé Iho. — O que 6? ; Isso langa um desconforto pelo seu oe — ela. .c 00] aNs BAB A ser Conneciba Celow saber, ou sentir, seus pensamentos —, _ pases | VISTO POR DENTRO) procurando uma maneira de mudar ¢ procurando com tanta intensidade que nfo, \)¢\cpave > PARAL\SIA ra o rangido penetrante da porta da taverna se S& VERDE ©M SUA CABEGA abrindo, nao percebe os passos pesados indo na dire- su Lem come & + i un, €Y TAMBEM. WA AUD\GAO nome, cle est4 prestes a dizer quando nota uma eu MAL COMseade mudanga na expresso da jovem: os olhos se arregalam — p\zeR UMA FRASE. de leve, a boca muda do sorriso para uma careta tensa, O que é aquele olhar? Desaprovagao? Resignagao? Surpresa nfo parece fazer parte dele. gio deles nas tabuas empenadas. Vocé néo me disse seu — O qué? — pergunta ele, no momento em qué um lengo imundo vem de trés e 6 apertado em seu rosto. _ Ele luta, mas 0 aperto é como ferro. Tenta nfo ins- que nao consegue evitar, e sua visio comega a c e desfocar enquanto um cheiro doce mas ae Bee eos sua cabega, lembrando a ele dos bolos com e ANTERIORES 7 de que gostava quando crianga. Em panico, ele insp ect ‘oncowhou anya. ? de novo, involuntariamente, e todos os sons ao ficam metilicos e indistintos — no centro dessa nuver esta a voz dela, dizendo palavras que parecem ser, € Biscoifo PE GENGIBRE, Ao BOLO. Probbma fe ap? saldo que gira e se curva despe essas palavras de infle pov. NEO. EXC xio, de modo que no consegue entender as palay TAMBEM FEZ AQVELE. 0 que ela quer dizer ou mesmo com quem fala. | UMA~ EM CoRIOLis. MAS | uma Ingua desconhecida, mas a distorg&o no ar; voz, masculina, retruca com uma resposta grunhi bilabial. E entdo, quando a tltima brasa de sua co ciéncia se extingue no canto escuro daquele bi 4 escuro, naquela noite escura da cidade escura, ele lumbra o rosto do homem maior e fica chocado eo Qual a coi44 G42 sua familiaridade;(lembra um rosto que sua men Vood mais geslaria. pinta como sendo o seu} mas com cicatrizes desce oe reel rae? do centro da testa e se separando brutalmente SoA Como percuwta pe cima da sobrancelha — um delta de rio de te ENTREVISTA DE EMPREGO cicatrizado. Nao um gémeo, nao necessari ov fvbiaagRo DE INTERMAGAQ. 4 al uma semelhanga fraterna; mais como a de um prin a cuja vida tratou com mais crueldade e que em con EV PREFERIRIA MAO. a saan Melville nd quéncia aprendeu a ser cruel. Ou talvez tudo seja ap Citar MOF nas um efsito do vapor. Eyton ficomdlo Jira. a ornrde nm “SSA CCN co vapor es Ain POU ind vitor. aaustada, con TALVEZ ELES ESTEIAM ENSINANDO ALGO ADS ALUNOS Aaul. | Vor: nelas ontircows Hof "a Cig prepotovcia. ing D Ninguém nota o homem de sobretudo- enquanto deixa o bar, embora esteja sendo carre nos ombros de outro homem, flacido como um saco de patatas. Apenas mais um viajante derrotado pela NATAL pebida, ndo merecedor de um grito ou mesmo um risi- vet nho cfnico. Olhares, como vimos, passam por ele e seguem em frente. Do lado de fora, o choque do frio e da chuva caindo d4 um iltimo instante de consciéncia ao homem de sobretudo. Ele abre os olhos no momento em que um macaco vestindo farrapos de veludo eruza arua correndo, arrastando uma corda que bate suave- mente nas pedras do calgamento. Ele ouve impropé- S MINHA MENSAGEM Ph tes E. UMA SENSAGAO. DESCOBRIR QUE VOCE do mundo se tornar um negro! Corra, macaco. Corra. “o mMACACO D © Movimento. Sua mente parece no sentir, mas seu corpo sente. Ele é arrastado e puxado, uma carga resistente. Sacode na cadéncia dos passos de outra jy pessoa. E igado, balangado, jogado, arrastado e jogadons 10% ¥ dk ytidade un din cesses novamente. No POSS AGORA . TRABALHO DEM (ieee eee EXPLICAR) : E REALMeNTE AGRADEGO te O Navio DE TESEU , ei bei rales Entio, surgindo lentamente da imobilidade: emblaig™ ew 16 —Psolavanco gravido. Transversalidade fluida e embalos lon- 4 £ ase que & Ne gitadinais. Sua consciéncia retorna gradualmente, pres- tien chansy de siona as paredes daquela cela escura, do tamanho de uma 1 we if 2 noz, expandindo cada vez mais, e seus outros sentidos vol- yore WA AchaA OVE ama fancionar. Uma curiosa umidade no ar. Uma avalan- ae or a EZ 19507 1. de sons: uma onda de fricativos baritonos, uma Ace: i ceneae. percussio de tecidos sacudidos pelo vento, uma nota mezzo-soprano de madeira rangendo® — tudo que, em Ihe permite saber, antes de abrir os olhos, que depositado no mar. conjunto, > esté no mar, que foi roubado da terrae con 05 oS ce aye nie, Oque comeca na dBa und, By ae Sa cctd cm uma rede que cheira como se tivesse re) yee i By nando em Agua salgada fedo- passado décadas mari a wh | renta, Seu sobretudo, a dele como um cobertor. Ele pisca — uma, duas vezes _., depois esfrega os olhos gora seco, foi colocado em cima ERO TITULO DO CAP. \. Ce vemere-sé DE OVE Dee os ew aoe eet Est4 em uma pequena cabine escura que tem 0 come Que WAVER UMA AZAD primento de uma pista de boliche largura apenas para PARA \SS0 Aqut.--) A ; acomodar a rede, que foi amarrada as duas paredes. Na Auperde 4. extremidade mais distante, uma escada leva a uma esco- MK 8 fe tame ELE EScRevEU. WAC : PASSEL A VIDA INTEIRA | suomi —e ESTupAMDO UMA FARSA wD ieais ebundom em ja-escuro de luz solar. Ele tem uma dor terrivel e se sente febril e lento. Aquele ardido ainda assombra suas narinas, entretanto €l6) faz mais com que se lembre dos feriados de que desfru. tou quando crianga, mas dos que nunca mais iria desfru- tar novamente, agora que no sabe quem é ou onde — se hé algum — fica o lar. ; Ele desce da rede — as pernas fraquejam como as de um cervo recém-nascido — e enrola o sobretudo no corpo para afastar o frio. Acabou de pisar no primeiro degrau da escada quando percebe os cortes de faca ferindo a madeira escura do anteparo logo acima de onde sua cabega estava quando deitado na rede: uma versio grosseira e irregular daguele mesmo simbolo de S. que vin do lado de fora do bar e naquele papel. Mas desta vez entende seu signifi- cado de forma muito diferente. Parece dizer que este é 0 Ailtimo lugar onde deveria estar.) ITAB\ADADE De S\ontF\CADO No alto da escada ele espia cautelosamente. A esco- tilha dé diretamente para o castelo de proa, o que lhe parece estranho; pelo jeito sua cabine nao é ligada a nenhuma outra parte do navio, como se fosse usada para quarentena — ou prisdo. Mas se ele 6 um prisio- neiro, por que a escotilha estaria aberta? Atecenhecim urn “kowece’. EU RECONHECERIA. Come? Qindla mais Ampere, por. Qua MEU TIO VELEDAVA . GOSTAVA DE ME ENSINAR CoiSAS. - E vec’ estown intwwssade- 7 one ERAM CoIsAs A SAGER, & EV ESTAS ‘ - a INTERESSADO EM Sager ‘© navio propriamente\dito 6 uma CoISAS. NKO IMPORTAVA 0 aparéncia arcaica. Ele o reconhece com : Que ERA. ? 2 = xayeco, esguio e de pequeno calado, (um navic dab. 6 mite ao _, _ mastros apreciado pelos piratas dos séculos ant PopeRia eee mas um anacronismo nos mares modernos — ¢| Ze Gon ee Mu ae tem uma aparéncia improvavel, a meio cat BRA¥ENHOLIN Ceucevro quedecrepitude e uma bela reforma, embora u AQUIESTA’SE DESFAZE™DO). realizada por um marceneiro trabalhando de Be a ron porns fon, ional. O convés ganhou tébuas novas em a : CeERTO— DAI o TiTULS pe enquanto em outros a madeira apodreceu, d OWDT — OBSERVE retsBieR, TiOREA. stove nozelo de um marinhetroy qunmeiiaaaan ng ‘ynpimdio-: on Tine inteiro. Duas das trés velas latinas parecem’ Cony que peaquirox gadas da loja mais préxima, enquanto ate OS dets. gadae esfarrapada, um simbolo desbotado de: pendendo de um mastro da mezena cujo arece enegrecido, como se atingido por um ALGUMAS vezeEs Fico pensanpe! ee a sore SE 0 PROPRIO VMS TevE ‘amnesia Uma revelacao: ele 6 alguém que ‘ _ a 19 MARI NE menos algumas coisas sobre navios) 7 ia i , Ele conta dezenove marinheiros no co eee eee EE 2. minis 7 Brey no tombadilho superior, nenhum dos Kedomecnho-. °Omaurgéncia que ele associa até mes: \ SERIA & Repemowno €R4 mais indisciplinadas e ressentidas. Em \ROVIA DIFEREITE. VAS é. MANS CLARO QUANTO A \$0,tam-se de uma tarefa a outra, CRVEL. algum modo mantendo o navio & buracos grandes o suficiente para prender e pai O Navio DE TESEU Muto LEGAL Vv. z IMERGIR EM CF OS CONTOS DO ARQUEIRO' NAD SE ESQuEGA DE SE F qe QuLACAo COMO SOMA Cu noe VOU on Li pe TRADIGOES ? 5 - ‘suavemente. Nao consegue ver com a rostos a abaixados, mas tons de pele e compleigées variados sugerem uma tripulagdo heterogénea vinda de todos os cantos do globo. Ele os observa por um longo tempo, os Suvidos tomados pelo vento que enfiuna as velas e bate no cordame, pelo bater e quebrar das ondas e seus bei- jos aquosos no casco de madeira, antes de se dar conta de como a tripulacao é estranhamente silenciosa. Nao hf ordens de comando, nenhuma das respostas grossei- ras do oceano, nao hd resmungos, gritos ou queixas. Em algum lugar acima, alguns passaros gritam (mas os tripu- antes sio silenciosos como mortos)* Veet velej onal Supde que deve se juntar a eles) Afinal, ndo é para pe ver ee eons coo isso que as pessoas sao sequestradas? Para fazer um ESTA’ gaa DoT So’ TinHAaMos UM CARRO—UM FORD 44.MEU TIO TIVHA tem pressa de comecar, inseguro quanto ao que 0 cerca UM BARCO- UMA PORCARIA DE 76 PES QUE ELE MESMO eafogado em uma sensagao de ameaga, ainda tonto do ConseRTou - MEV TIO trabalho que nao fariam voluntariamente? Mas ele nao TINBA MUTO ORGULHO PELE. ~ cloroférmio e com o que sabe ser as pernas € 0 est6- mago sem firmeza de um homem da terra. Evie tan on 3 Nuvens escuras delineiam o céu, suas bordas ilumi- fos ok pasion ae 4 nadas pelo sol alaranjado, raiadas e baixas no horizonte. if vindes oe: Brosh Teré cle dormido um dia intro? Inicislmente fica sur- 1923/1928, 7p Peso, mas aos poucos se dé conta de que a sensagao éa de que ficou inconsciente muito mais que isso. Até o INOS: momento ele estava bastante calmo—no minimo calmo Fe __ UAU. SERIO, VAY. —> (Y ENtho: TALE? AMORT e Enilace-: Labvoy VOLE REALMENTE ACROU 15507 E MELHOR | MBO ESTAR SRCANDO. MUDA Nobo. Nie vteu Srimcomde. { 29 }CASA COMIGO- : " —mesme Come pinda, . Pole mines ale nes oncorbarumes, we , dopsis tambon. Descucre, ANimacge DO EXPRESSAR EXTREMA GRATIDAd: a ree RESPEITO. WAD ESTOU ae re A duaes aia n forma fundamental sem que ele notasse pele. Ele sente o temor pesando em estémago parece denso como merctirio. e pensa: Estd se pondo. A estibordo, mos indo para o sul. Ele expira. Que a mesmo que vago, sobre a diregao em que Um surto de trinados agudos esganigados. aves marinhas, ele pensa, erguendo os olh nao as veja — o traz de volta ao presente. percorrem 0 navio e o mar, pensando em terra A vista. Nenhum navio para o qual, canto do convés principal h4 uma lona cobri poderia ser um escaler, mas nunea conse} : sozinho. Aparentemente sua tinica opgao é se VACLAV / nas ondas e|depositar fé na 4gua, e algo no fu FONTE® Foi wa mente Ihe diz que ja tentou esse tipo de eoisaal oe aia ee sucesso.|Estremece com uma rajada de ‘Seas aperta o sobretudo com mais forga. DEPENDE Do ave ELE A ESPERAVA Que A AGvA Entao: uma voz rascante chega a seus FIZESSE. cialmente isso o assusta, pois ele pe 1900 foi o ano de publicagtio anénima de um pooma chamade “La | Nilo eSPANTA GUE VMS NAOT cguer € panda que Sroka calves frnede una iotadnee atan | @uisesse woras. 1550 & psinino. Ex cynfour & perma, (lho que vocd wstA° conte. Ev Sei Que Esrov Certo, voce wo PRECISAVA PEEVES Sev Tempo. ESTE PoEMA NAO se ao, Tm ao Bairro Velho, fjosin som vern da convés principal aba dele. agacha, esperando ter passado despercebido, ez continua — realmente € mais como o chiado de um cilindro de cera que uma voz, mas esté Id no navio, ; 6 real —e repete sem parar uma palavra enquanto se aproxima dele. S—, diz a voz. Nao é uma palavra que signifique algo para ele. Ouve pés subindo degraus para o castelo de proa. Voo8, ele owve. S—, Nao tera como se esconder. Entio adota{uma pos- \wreeecsa tura impassivel, se empertigando no castelo de proa PERSON AGEN ® 3 PREOCUPA para enfrentar o que vem na sua diregio.| 0 dono da voz é um homem gigantesco, vestide do pescogo as canelas com uma Jona grossa de marinheiro. Um dos bragos da camisa est cheio de rasgos e desbo- tado em cem tons de marrom e preto; 0 outro € de um perfeito branco-osso, com uma sequéncia de pristinos pontos brancos o prendendo ao ombro. (Uma espiada répida na dirego da popa revela que o restante da tripu- lagdo também veste, em diversos graus, semelhante hete- rogeneidade néutica.) [A cabega do marinheiro € calva e com bolhas de sol; sua barba 6 um redemoinho de pelos negros) Ele no parece carregar uma arma, mas isso nao om faz.com que o homem de sobretudo se sinta mais seguro sobre sua atual situagdo ou suas perspectivas futuras. — Eu? Vocé. S—, — Esse é meu nome? O marinheiro assente. S—. Ele repassa 0 nome na mente e Continua a nao significar nada para ele. Ape palavra. Ainda assim, de repente se sente mais € muito melhor ter um nome do que nfo ter, Ele agora sabe de dois fatos: Estou em um n indo para o sul. Meu nome, no momento, é S—. O marinheiro diz algo que soa como me talvez figos, no entanto S$. nao consegue ouvir mente, pois é abafado pela brisa forte. Mas hd i magOes mais importantes a conseguir, — Qual o nome de sua embarcagio? — pe Ndo minha, diz o marinheiro. — Qual o nome desta embarcagdo? Sem nome. A voz dele é surpreend insubstancial, mais percebida que ouvida, — Sem nome? Teve um dia. Nao mais. — Qual 6 seu nome? pees Aneauaia thes diz o homenzarrao. so maméto? ...| dpogronce dace hens a Baie Me page » Nomes sdo problema. Paap oI chan de Gm OMmines , que devoriodn wntoroloy per WTEs Clowacmente i | \ {a2} SOP TRAM FORMA, . PE VOCs e” Q tnica Sa VOCE se ApResentou. ; £ mesme a. Mi aie ~ dos, como pequenas lépides amareladas instaladas de "forma irregular em gengivas cor de terra. Problema, ele diz. Seu sotaque é uma coisa estranha — parece nao vir de um lugar espectfico, mas sim ser retirado de um refogado transoceanico de dicgdes ¢ gaguejos. — Por que fui trazido para c4? — S. pergunta, — Onde esté o homem com a cicatriz? Ele traga uma linha descendo pelo meio da testa, depois afasta a mo de repente, desconcertado ao des- cobrir que a pele ali parece sensfvel e coga. Um arre- pio percorre sua espinha. Néstemos ordem para levar voce, diz 9 mariner, 1 —0 que quer dizer com “me levar”?) 208 AOA Yee A a porn alice Levar voce. & que fager Cem a. 4nfsumagae — Levar para onde? vock vowel ‘este Cente Lugar nenhum. Bem. Qnanh& a — Preciso falar com 0 capitio. Onde esta ocapitio? Caf na xo Sem capitéo. — Como pode nao haver capitao? Sem capitéo. $6 nds. Cuidamos navio. Faz um: UM MUNDO SEM PODER, é a cee pausa. Fazendo o que é preciso.nut0%) DA» ' ONDE Voce ESTA RALIZADO : O grande marinheiro parece calmo, mas 0 erradoPESCVLPE, EV @ MAS NAO PUDE. nele, em seus camaradas silenciosos, naquele navio de ae ‘ Bom, $e vec pi eet formes ae nes a Fike pumande ae AO NAo E Isso. JuRO @ uma onda de panico. Sente o cor coluna ficando gelada. Ele 'eus joelhos fraquejam e ele des 2 A madeira € molhada e fria em sua boche rece uma espécie de alfvio. Ouve o ho um assobio agudo, ouve muitos pares de o convés na diregao deles, sente que € puxa cado novamente de pé e sustentado no omb marinheiro. Examina a fila de rostos di enquanto o homenzarrao se dirige a eles com rascante, perturbadoramente insubstancial, cebe algo estranho: a nfo ser pelo hom os marinheiros tém defeitos na boca. tando compreender que tipo de deficiéne’ ou hébito tabagista poderia ser quando o tripulante que o segura se vira — estd tao perto, os narizes quase se tocal uma linha preta fina entrecruzando se rane, 4or, algun 8 Ropidamente os leitores reparara Anilide. pelos polémicas sobre @ autoria mais populares. MAS Ao ACHO QuE SeJsA VERDADE. VASCULHE © LIVRO E TenTe APEQUER _ AS DESCRIGOES COM EKSTROM), Berets Seach FERRARA, IMMERSBY-MESMO PURAND — _ ‘ET AL. WAO PARECE FUNCIONAR minando em um né apertado em um canto. pontos rosados marcam onde os pontos entram ¢. da pele. S. engasga audivelmente, e os labios do Jante se esticam para o lado, forgando a linha e nando os pontos rosados vermelho-sangue, desejando poder voltar no tempo para poder seguir a vida sem ver de perto o que passa por um sorriso naquela monstruosa embarcagao sem nome. 10 Nao. NAD YOu menmin: & MAS ME PARECE INSUSTO ESPIRITO DA COSA, Q)... DIAs e duas noites se passaram a bordo do navio. S. permanece longas horas. Courexto D ‘em sua cabine, nauseado com o movimento de sobe € MAS ATEAMA/. desce do navio, sacudido pelo mar agitado. Algumas SIMILAR. ESPECI veces consegue manter a comida no estémago, outras) Neh laa nao, Ele é alimentado de forma adequada, embora nao agradivel: biscoitos duros ¢ sem sal e porco curado, ambos com um tom vagamente azul, e 4gua fresca, mas com gosto bastante lodoso. Marinheiros silenciosos levam-lhe a comida em um prato de metal, a 4gua em uma caneca de metal, e, émbora saiba que deveria ten- tar se comunicar com eles, nfo consegue sé forgar a -<_thhé-los no rosto. Aqueles fios pretos 0 revoltam, ater rorizam, levantam perguntas que ainda nao est4 dis- posto a fazer, nem sequer a — Por favor, me es — Eu sou um passageiro? Pa eu trabalhe... "i Vai trabalhar até cair e mats. Pode ac — Eu notei que... que vocé nfo... q tripulagdo tem... — comegou. Como gunta? — Que voeé 6, ahn, livre para ee oe ‘@ née“ Redemoinho leva as mos a0 rosto © e Lge Cop.2 espessa da boca, revelando lébios cheios de dur 0 gualqunr cu Mas nio é isso que o homenzarrao est4 tentan d trar. Nao: é o horrendo padrao de MAS, Como NO CAP.1) mos ae 58 nce Pee ALGUMAS PARECEM FAZER dos que contornam sua boca. Contudo, nao | COMENTARIOS SERS e explicagdes. ovTRAS NAO. (e, So" PARA CONSTAR , ACHO que — Diga-me — pediu S. — Estou sendo FECNICAMENTE JEVERIAM ESTAR CHAMANDD oso DE “alguem que me deseja bem ou mal?! Enjae _ CIFRAS ys Behe aust fRonica mond Nao posso responder ass9, Joep & FXG — Por que nao? — S. pergunta. : E& desaparveou quod F bs NENHUI D Fol vi oe, Beis ee a jase NAO ~- So'uma. MuiTas S a-personagem ecoa uma que o autor com frequéncie| s PessoaS ACKAVAM QVE ELE les & um dos poucoseemants de vid ERA VMS) ENTAD UM 2? 16 copéordéncia universal. (Depstde segundo desoparecimento do DESAPARELIMENTO DEE. Leone. ‘m 1930, fi ou 0 mais convocddo 6 deienpenhar © popel de TeRia Sino noticia . MAS © SE VMS FO\: Seu PROPRIO GBH MENAVMA IDEIA DO QUE KARST WAS PUBL COU SS NUTAS 9 RA FxC pee FS ¥ ‘parba pendurada e te. Os camino diem que Sola brlhon com voce Ss ples como SO, Sat cuidadosas e bem pensadas. ee Ifo sei o que isso significa — diz S. — Poderia, por favor, ex.-? Mas 0 rosto nao costurado do marinheiro desapa- rece da escotilha, e S. ouve 0 convés gemer sob seu peso enquanto segue para a popa © desce 20 convés principal. S. dé um pulo, pensando em ir atras dele, mas o navio sacode e faz girar seu est6mago e con- tetido. Senta novamente no chao, apertando o corpo 4 solidez de uma parede. Curvando-se, suplica a uma gama de deuses nos quais néo acredita que fagam pas- sar rapidamente esse surto de néusea.) Durante todos aqueles dias e noites S. ouviu os sons dos marinheiros andando pesadamente no convés como se estivessem ocupados navegando o barco. De vez em quando Redemoinho grita ordens e observagdes em um dialeto particularmente inescrutavel de linguagem néu- tica, mas com maior frequéncia a comunicagao da tripu- lagio tem a forma de assobios como de pissaros, vibrando e trinando em uma ampla gama de tons, ritmos tempos que colocam os homens em ago. Soa como se E Tombein, Kook of quose aim amagone. pore empre ACHE) QUE\SSO a een cove MANS rete ? passarinhos alucinados. ‘A razo para isso, que ele confirma com um olhar: bidamente fascinado para o marujo que traz sua seguinte, 6 que os marinheiros de bocas costuradas levs bexe rare WES HEOV.VOS apitos em barbantes nos GA: ARTO DE Z 2 . eter cL gtmBeto furos estreitos que conseguiem encaixar no espago € DES MARCADO A pontos e soprar. Esse marinheiro parece ter uns trinta ERRO - - eae er te Mg cinco anos; tem olhos sonolentos e cabelos divididos eee Sabo. ? %* vneio, com duas ondas em forma de erista que pare ALGuMAS Sim. LooPER orelhas de morcego no alto da cabega. S. tenta chamar sua CoLocou EM LEILAC EM atencdo, esperando uma reagdo — qualquer reagao, até \A2s (suwTO com 19 PEGAS ino uum simples assobio. O homem o ignora. DE OBSIDIANA GRAVADAS c[0$). Drsse AVE TUDO Portanto, a voz que ouve com maior frequéncia 6 a AaviLO ERA PREGOSO PARA a a a VMS, TUDO Com SECULOS prépria, enquanto murmura sozinho, tentando arrancar: DE |ExistEwcia, enconTRAdoqualquer fragmento de meméria que ainda possa a} UM HAVERKED PE ATED dentro de si. Diz. quaisquer palavras ¢ frases que Ihe oco Tin Sicoder dove (2e ule rem, seguindo a trilha de associagées até seus inevi _ MOG £710 . becos sem safda. Captural cas imagens que lhe A who ser Que PRECISASSE ptorabs poucas imsseaaa pe DINHEIRO. a cabeca — uma ovelha negra em uma encosta uma truta em um anzol, pingando, sacudindo e um aposento frio e escuro com uma valise no centro de um lado para outro; uma parede de neblina uma rua escura}— mas essas imagens sao apenas BOA PERGUNTA — Vou peRwu! INTAR A TENHO UMA BOA RELAGAD Com Een Ko parece Bom. PRECIO Rc fate Reniover © ARTEFATO; oiPeccesso penaeat 40} : REOLe (PRDVAVELMENTE Who Sema” ve EU TAMBEM .

You might also like