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ANALISE EsSTRUTURAL Osyjetivos po CapiTuLO ‘© Mostrar como determinar as forcas nos elemen- tos de uma trelica utilizando 0 método dos nds e das secées * Analisar as forcas que atuam nos elementos de estruturas e maquinas compostas por elementos conectados por pinos. 6.1 TRreLIcAs SIMPLES A rrelica 6 uma estrutura de elementos relativamen- te delgados ligados entre si pelas extremidades. Os elementos comumente utilizados em construgdes sd0 de madeira ou barras de metal ¢ em geral so unidos uns aos outros por meio de uma placa de reforco na qual eles si aparafusados ou soldados, como mostra a Figura 6.1a, ou podem ser mantidos unidos por um grande parafuso ou pino que perfura cada um dos elementos, como na Figura As forgas entre os elementos desta ponte de telica devem ser deter- 1p ‘minadas para que cada elemento de sua estrutura posse ser / X aw A @ Figura 6.1 Trelicas Planas. Treligas planas sio aquelas que se distribuem em um tinico plano e geralmente so utilizadas na sustentagao de telhados € pontes. A tre- liga ABCDE mostrada na Figura 62a & um exemplo tipico de treliga de sustentagio de telhado. Nessa figura, a carga do telhado é transmitida a treli- ‘ga nos pontos de conexio dos elementos por meio de uma série de travessas, como em DD’. Como o carregamento imposto pelo tethado atua no mesmo cap.6 ANALIse Esrruturat 221 plano da treliga (Figura 6.26). a andlise das forcas desenvolvidas nos seus ele ‘mentos € bidimensional Travessa a Treliga de tethado o » Figura 6.2 No caso de uma ponte, como & mostrado na Figura 6.3a, a carga no piso € primeiro transmitida as fongarinas, em seguida as transversinas e, finalmen- te, as juntas B, Ce D das duas treligas de apoio lateral. Como no caso da treliga de telhado,o carregamento da trelica de ponte é coplanar. como pode ser visto nna Figura 6.35, ‘Treliga da pote Figura 6.3, Quando as treligas de pontes ou telhados se estendem por longas distin cias, € comum 0 uso de balancins ou roletes para apoiar uma das extremidades, como, por exemplo, a junta E nas figuras 6.2a ¢ 6.3a. Esse tipo de apoio per- mite liberdade de expansdo ou contragao dos elementos, por causa da tempera- tura ou da aplicagao de cargas. 222. Esrarica v Tragto @ Compressio Figura 64 Figura 6.6 © Hipoteses de Projeto. Para projetar os elementos @ as conexdes de uma tre- liga, € necessério, em primeiro lugar, determinar a forca desenvolvida em cada elemento quando a treliga é submetida a determinado carregamento. Por isso, sero consideradas duas hipsteses importantes: 1. Todas as cargas so aplicadas aos nds, Na maioria das situagdes, como no caso de treligas de pontes ¢ telhados, essa suposicdo € verdadeira, Frequentemente na andlise de forgas, 0 peso dos elementos é desprezado, uma ver. que as forgas que eles suportam & bem maior. Se o peso de um elemento deve ser incluido na andlise,em geral & satisfat6rio aplic4-1o como uma forga vertical, distribuindo metade de sua intensidade para cada extre- midade do elemento, 2. Os elementos sao ligados entre si por pinos lisos. Nos casos em que sto usadas conexdes aparafusadas ou soldadas, essa suposigio & satisfat6ria, ‘uma vez que as linhas centrais dos elementos ligados do concorrentes, como na Figura 6.14 Por causa dessas hipoteses, cada elemento de trelica atua como um elemen- to de duas forcas e, conseqiientemente, as forgas em suas extremidades devem ser direcionadas ao longo do seu proprio eixo. Se uma forga tende a alongar 0 elemento, é chamada de forca de tracio (T) (Figura 6.4a); enquanto, se ela tende a encurtar 0 elemento, é chamada de forca de compressao (C) (Figura 6.4b). No projeto real de uma treliga, é importante definir se a natureza da forga € de tra- ‘slo ou de compressao. Com frequléncia, os elementos sob compressio devem ser mais espessos que 0s elementos sob tragao, devido ao efeito de deformagio ou flambagem de coluna que ocorre quando um elemento esté sob compressa. Trelica Simples. Para evitar a perda de estabilidade, a forma de uma treli- a deve ser suficientemente rigida, Obviamente, a geometria das quatro barras ABCD na Figura 6.5 perder sua estabilidade, a menos que um elemento dia- gonal, como 0 elemento AC, seja adicionado a estrutura. A forma geométrica rigida ou estavel mais simples € a de um cridngulo, Comeqientemente, usta trelica simples € construida a partir de um elemento triangular bésico, tal como ABC na Figura 6.6, € entao conectando-se dois elementos (AD e BD) para for- ‘mar outra estrutura triangular. Cada elemento triangular, composto de dois elementos basicos € um 6, é inserido na estrutura, tornando assim possivel a construgao de uma treliga simples. Figura 6.5 6.2 O MEéTopo pos Nos Para analisarmos ou projetarmos uma treliga, devemos obter a forga em cada um de seus elementos. Se consideramos um diagrama de corpo livre da treliga como um todo, entao as forgas nos elementos devem ser tratadas como {orcas internas, de modo que nao podem ser obtidas a partir de uma andlise Cap.6 ANALISE ESTRUTURAL 223 de equilibrio. Se, em ver disso, consideramos © equilibrio de um né da tre entao a forga sobre um elemento se torna uma forga externa no diagrama de corpo livre para 0 née as equagdes de equilfrio podem ser aplicadas para obtermos a intensidade da forca. Esse procedimento constitui a base para a aplicagio do método dos nds Devido ao fato de os elementos da treliga serem todos elementos retilineos de duas forgas e pertencerem a um Ginico plano, o sistema de forgas atvantes em cada n6 é coplanar e concorrente. Consegiientemente, 0 rotacional ou 0 equi brio de momentos é automaticamente satiseito no n6 (ou pino),sendo necessirio apenas satisfazer SF, = 0.e SF, = 0 para assegurar a condigao de equilibro. Ao utilizar 6 métoda dos nés, & necessitio primeiro desenhar 0 diagrama de corpo livre dos nés antes de aplicar as equagdes de equilforio, Para isso, le bre-se de que a linha de acdo da forga de cada elemento que atua no n6 & especificada a partir da geometria da treliga, uma vez que a forga em um ele mento atua ao longo de seu eixo geométrico, Como exemplo, considere o pino no né R da trelica na Figura 6.7a. Trés forgas atuam no pino: a forga de S00 N as forgas exercidas pelos elementos BA e BC.O diagrama de corpo livre é mos- trado na Figura 6.7b. Como se pode ver, na estépurando” o pino,o que significa st las sto uiisadas para sen que 0 elemento BA est sendo tracionado, enquanto Fic esta ‘empurrando’ o M0 thao do prédio de metal Note Pino e, conseqUentemente,o elemento BC esta sob compressio. Esse efeitos si0. Soma dc nine de wont rope claramente mostrados isolando se 0 n6 com pequenos segmentos de elementos ares da tlhado anton cars conectados a0 pino, como na Figura 6.7c. A ago de empurrar ou puXar esses os nos Pequenos segments indica 0 efeito de compressio ou tragdo neles préprios. como or elementos seunem em um ponto 8 * so0N ~ tn | \ @ o © Figura 6.7 Em todo caso, a anidlise deve comegar no né que tem pelo menos uma forga conhecida e nao mais que duas desconhecidas, conforme a Figura 6.76. Desse modo, a aplicacao de 3F, = 0 e XF, = 0 gera duas equagdes algél que podem ser resolvidas para as duas forgas inedgnitas. Quando aplicamos essas equagdes, o sentido correto de uma forga desconhecida pode ser deter: minado utilizando-se um destes dois procedimentos + Admitir sempre que as forgas incognitas dos elementos que atuam no n6 do diagrama de corpo livre sejam de iragdo, isto €, que estejam ‘puxando’ o Pino. Dessa forma, a solugio numérica das equagées de equilibrio produ- Zita escalares positivos para os elementos sob tracao e escalares negativos para as elementas sob compressdo. Quando uma forga inedgnita do elemen to é encontrada, utilize sua intensidade e seu sentido corretos (T ou C) nos diagramas de corpo livre dos nbs subsequentes. * O sentido correto da forga incdgnita de um elemento pode, em muitos casos, ser determinado ‘por inspegao’. Por exemplo, Fyc-na Figura 6.7b deve empu Tar o pino (compressio) porque seu componente horizontal, Fxc sen 45 224 EstAtica deve balancear a forga de $00 N (SF, = 0). Da mesma forma, Fay é uma forga de tragdo, uma vez que equilibra o componente vertical, Fixc cos 45° (SF, = 0), Nos casos mais complexos, o sentido da forga incégnita de um elemento pode ser escolhido arbitrariamente; entdo, apds a aplicagio das ‘equagies de equilibrio, o sentido adotado deve ser conferido por meio dos resultados numéricos obtidos. Um resultado posirive para a intensidade da forca indica que o sentido adotado € 0 correto, enquanto uma resposta ne- gativa indica que 0 sentido mostrado no diagrama de corpo livre dever ser 6 oposto. Esse é 0 procedimento que usaremos nos exemplos mais & frente. PROCEDIMENTO PARA ANALISE Este procedimento apresenta uma estratégia ti ica para a anélise de uma treliga utilizando o método dos nés. * Desenhe o diagrama de corpo livre de um né com pelo menos uma forga conhecida de no maximo duas inc6g- 1s. (Se 0 nG esta em um dos apoios da treliga, entdo é necessério conhecer as Feagdes externas nesse apoio.) + Utilize um dos dois métodos descritos anteriormente para estabelecer o sentido de uma forga inedgnita * Oriente os eixos x e y de tal forma que as forgas no diagrama de corpos livres possam ser facilmente desmem- bradas em seus componentes x e y e entdo aplique as duas equagdes de equilibrio de forgas SF, = Oe SF, = 0. Resolva as equagdes de equilibrio para as duas forgas incégnitas do elemento e verifique se seus sentidos esto © Continue a analisar cada um dos n6s quando € necessério escolher um né que tenha no méximo duas forgas incégnitas e pelo menos uma conhecida, ‘+ Uma vez encontrada a forga em um elemento a partir da andlise de um n6 em uma de suas extremidades, 0 resultado pode ser usado para analisar as forgas atuantes na outra extremidade. Lembre-se de que um ele~ ‘mento, quando sujeito a uma compressao, ‘empurra’ 0 n6 € um elemento Sob tragdo ‘pUuxa’ 0 n6. EXEMPLO 6.1 + Determine a forga em cada elemento da treliga mostrada na Figura 6.84 7 00 8 € indique se os elementos esto sob trago ou compressio. SOLUCAO Analisando-se a Figura 6.8a, verifica-se que ha duas torgas incognitas nos elementos do né B, duas forgas incégnitas nos elementos e uma forga de rea- : as ‘glo no nd Ce duas forgas inedgnitas nos elementos e duas forgas de reagio A © desconhecidas no né A. Como no deve haver mais que duas forgas inc6gni- tas e € necesséria ao menos uma forga conhecida atuando em um n6, L-2m——1__comegaremos a anslise pelo n6 B. N6 BO diagrama de corpo livre no pino em B € mostrado na Figura 6.80. Zo7T.LN Aplicando as equagdes de equilibrio para esse nd, temos: AEF. 0; SOON — Fy sen 45° 0 Fy ~ 70R1N(C) Resposta 4PEF,=0; Fac cosds°— Fay =0 Fax =S00N (1) — Resposta Como a forga no elemento BC foi calculada, podemos iniciar a andlise do 16 C para determinar a forga no elemento CA ¢ a reagio no apoio no balancim. N6 C. No diagrama de corpo livre do n6 C (Figura 6.8c), temos: YF, = 0; —Fea + 1071 c0845°N = 0 Fea 00N (T) Resposta o Figura 68 +1EF, = 0; 707,1 sen 45°N = 0 C S00N Resposta Cap.6 ANALISE ESTRUTURAL 225 N6 A. Ainda que nao seja necessério, podemos determinar as reaches de apoio no n6 A utilizando os resultados de Fea = 500 N¢ Fay = 500 N. Pelo dliagrama de corpo livre, na Figura 6.8d, temo: AER =0; SON-A,=0 A, = 50N NTEE,=0; SOON A, —0 A, — 500N \ sont | sagas a gOUAN Os resultados da andliseestio resumidos na Figura 6Se, Note que 0 diagra~ so9 SPs AY Ga ma de corpo livre para cada pino mostra os efeitos de todos os elementos so N conectados ¢ as forgas externas aplicadas sobre ele, enquanto 0 diagrama de 5 corpo livre de cada elemento mostra apenas 0s efeitos dos pinos no elemento. i“ Figura 6.8 EXEMPLO 6.2 Determine as forgas que atuam em todos os elementos da treliga mostra- da na Figura 6.94 SOLUCAO Analisando, verifica-se que ha mais de duas incognitas em cada n6. Consegtientemente, as reagdes de apoio na treliga devem ser determinadas de inicio. Mostre que elas foram calculadas corretamente no diagrama de corpo livre na Figura 6.95. Podemos agora comegar a anilise no né C. Por qué? N6 C. Com base no diagrama de corpo livre da Figura 6.9¢ ~Fep cos W? + Fepsen 4s? = 0 SKN + Fepsen 30° ~ Fegcos 45° = 0 Essas duas equagdes devem ser resolvidas simultaneamente para cada uma 2m R das duas inedgnitas. Veja, no entanto, que uma soluedo direta para uma das for- 4 as incdgnitas deve ser obtida pela aplicagio de um somatorio de forgas a0 «4 longo de um eixo perpendicular & diregio da outra incdgnita. Por exemplo, a >" 2m—+—2m { soma das forgas a0 longo do eixo y’, que € perpendicular & directo de Fey (Figura 6.94), fornece uma solugio direta para Fem. tsk tok » +7 EFy = 05 1,5 cos 30°KN — Foysen IS°=0 Foy = S02KN (C) —— Resposta De maneira similar, 0 somatorio das forgas ao longo do eixo y”, na Figura 6.9e, fornece uma solucao direta para Fep: N— Fepsen15°=0 Fey = 410KN (T) —Resposta Figura 6.9 226 EstAtica N6 D. Podemos agora analisar 0 n6 D. O diagrama de corpo livre desse né € mostrado na Figura 6.9f. AEF, =0; —F pq c0s30° + 4,10 c0s 30°KN = 0 Foa=410KN (T) Resposta +TEF,=0; Fon — 2(4,10sen 30°KN) = 0 Fog = 410KN_ (T) Resposta A forga no iltimo elemento, BA, pode ser obtida do n6 B ou do A. Como exercicio, desenhe 0 diagrama de corpo livre para 0 n6 B, some as forgas na ditegdo horizontal e mostre que Fg = 0,776 KN (C).. EXEMPLO 6.3 L Figura 6.10 Determine a forga em cada elemento da treliga mostrada na Figura 6.10a. Indique se 0s elementos esto sob tragdo ou compressio. 400 « SOLUCAO Reacoes de Apoio, Nenhum n6 pode ser analisado até que as reagdes de apoio sejam determinadas. Por qué? Uma diagrama de corpo livre de toda a treliga é fornecido na Figura 6.10b. Aplicando as equagdes de equilfbrio, temos: ay = 0; 6O0N-C,=0 C,= 600N (+2Me = 0; —A,(6m) + 400N(3.m) + 600 N(4m) A, = 600N +18, 600N = 400N=C,=0 C,=200N A analise pode agora se iniciar pelo no A ou C. A escolha € arbitratia, uma vez. que ha uma forga conhecida e duas forgas desconhecidas que atuam nos pinos em cada um desses nés. N6 A (Figura 6.10c). Como foi mostrado no diagrama de corpo livre, hd trés forcas que atuam no pino no né A.A inclinagio de Fy é determinada a par- tir da geometria da treliga. Analisando, vocé pode ver por que essa forga Cap.6 ANALISE ESTRUTURAL 227 considerada compressiva, enquanto Fp € considerada de tragio? Aplicando as equagdes de equilibrio, temo: 41ER,=0; 600N- {Fp =0 Fup =750N (C) Resposta ASF,=0; Fap- (750N)=0 Fay = 450N (T) Resposta (6 D (Figura 6.104). © pino nesse n6 & o proximo a ser estudado, jé que, » examinando-se a Figura 6.10a, verifica-se que a forga em AD é conhecida ¢ as 7 IF, forgas incdgnitas em DB e DC podem ser determinadas. Somando as forgas na x “ direc horizontal (Figura 6.10d), temos: ) ASE, =0; —450N + 3F pp + 600N =0 Fpg = -250N O sinal negativo indica que Fryg atua no sentido oposto' ao mostrado na ® Figura 6.10d. Consequentemente: Fog =250N — (T) Resposta Para determinarmos Fc, podemos opcionalmente alterar 0 sentido de Fry ¢ entao aplicar ZF, = 0, ou aplicar essa equacdo € manter o sinal negati- Vo para Fpp, isto €: +128, Foc - (-250N) =0 — Fp = 200N (C) Resposta N6 C (Figura 6.10e), AER Few ~ 600N Fes = 600N (C) Resposta +TEF,=0; 200N ~200N = 0 (prova) A anilise, resumida na Figura 6.10f, mostra diagrama de corpo livre ja corigido para cada pino e cada elemento. 4008 200 N 600N_Compressio 600 Nj Se ee L000 8 7500 as0n 2 N 4 g . 3 250N — oo oy "08D Fa o Figura 6.10 "0 sentido correto poderia ter sido determinad por inspego, antes mesmo de se ter aplicado a equagio EF, = 0, 228 EsrArica 7 z a 2 « 5 z ® Figura 6.11 > 6.3 Evementos pe For¢a Nuta A andlise de treligas utilizando © método dos nés torna-se bem mais simples se em primeiro lugar somos capazes de determinar os elementos que rio estdo sujeitos a nenhum carregamento. Esses elementos de forga mula si0 usados para aumentar a estabilidade da treliga durante sua construgao e tam- 'bém para fornecer apoio caso 0 carregamento seja alterado. 0 uma ver que send #0 (0s elementos de forga nula de uma treliga geralmente podem ser deter- minados por inspegdo de cada um dos nés. Por exemplo, considere a treliga mostrada na Figura 6.11a. Se um diagrama de corpo livre do pino no n6 A'é desenhado, como na Figura 6.115, podemos ver que os elementos AB e AF sio elementos de forga nula. Por outro lado, note que ndo teriamos chegado a essa conelusio se tivéssemos desenhado 0 diagrama de corpo livre dos nés F ou B, simplesmente porque ha cinco inedgnitas em cada um desses nds, De forma semelhante, considere o diagrama de corpo livre do n6 D, na Figura 6.11c Nesse caso, novamente, podemos ver que DC e DE sio elementos de forga nula, Como regra geral, se somente dois elementos formam um né de treliga e nenhuma carga externa ou reagdo de apoio é aplicada ao né, entéo eles deve ser elementos de forca nula, A carga na treliga, na Figura 6.114, €, portanto, apoiada por apenas cinco elementos, como mostrado na Figura 6.11d. Consideremos agora a treliga mostrada na Figura 6.12a. O diagrama de corpo livre do pino no né D € mostrado na Figura 6.126. Direcionando 0 eixo ¥ ao longo dos elementos DC € DE ¢ orientando 0 cixo x a0 longo do clemen- to DA, podemos ver que esse é um elemento de forga nula, Note que esse também o caso do elemento CA, na Figura 6.12c. Em geral, se trés elementos formam um né de trelica para 0 qual dois deles sao colineares, 0 terceiro ele- ‘mento & um elemento de forca nula, uma vez que nenhuma forca externa ow reagav de apvio é uplicada no ni. A weliga mostiada na Figura 6.12d €, por- tanto, adequada para apoiar a carga P. Pana JN CER =0; Fon NEF 90, Fe = For » Figura 6.12 cap6 ANALISE EsrRUTURAL 229 cae Feo | LONG ra a Fesen=0: Fey =O uma verque send #0; : +E -0 Fon —Fen © ® Figura 6.12 EXEMPLO 6.4 Utilizando o método dos nos, determine todos os elementos de forca nula dda trelica Fink para rethados mostrada na Figura 6.13a. Considere que todos os 1s estejam conectados por pinos. Feo SOLUCAO t Procure os nés que apresentam trés elementos para os quais dois so coli- neares, Temos: N6 G (Figura 6.13b) +1 y= 0 Foc =0 Resposta Observe que ndo poderiamos concluir que GC & um elemento de forga nula pela andlise do n6 C, em que hi cinco incdgnitas. O fato de GC ser um elemento de forga nula significa que a earga de 5 kN em C deve scr sustenta- da pelos elementos CB, CH, CF e CD. N6 D (Figura 6.13c). Figura 6.13 +0EF,=0; For =0 Resposta 230 EsrArica, 7 2a : Ne igura 6.13 0 4NEFy = 0; 2KN = Foy = 0 Fan Note que Frye deve satisfazer SF, qiientemente, HC ndo & um elemento de forga nula. N6 F (Figura 6.134), +1EF,)=0; Frecosd = 0 Como 6 # 90°, Fre = 0 Resposta Veja que, se 0 n6 B for analisado (Figura 6.13e): 2KN (C) (Figura 6.13f) e, conse- L PROBLEMAS 6.1. Determine a forga em cada elemento da treliga ¢ indi que se esses elementos estio Sob tragdo ou compressio. Considere que P, = 800 Ib e Ps = 400 Ib, 6-2. Determine a torga em cada elemento da treliga e indi que se esses elementos estio sob tragio ou compressio. Considere que P, = 500 Ibe Ps = 100 Ib. Problemas 6.4/4 63. A treliga usada para sustentar uma sacada esta sujita a0 carregamento mostrado na figura. Considere cada n6 ‘como um pino ¢ determine a forga em cada elemento. Indique se 08 elementos esto sob tracio ou compressio. Considere que Py = 600 Ibe P: = 400 Ib. 64, A treliga usada para sustentar uma sacada esta sue ta a0 carregamento mostrado na figura. Considere cada n6 ‘como um pino e determine a forga em cada elemento. Indique se os elementos estio sob tragio ou compressio. Considere que P, = 800 Ib e Py = Ob. 6. Determine a forga em cada elemento da treliga ¢ indi que se esses elementos estio sob tragio ow compressao. Considere cada né como um pino. Considere que P = 4 KN. 66. Suponha que cada elemento de uma treliga ¢ feito de ago com massa por unidade de comprimento de 4 kg/m. Considerando que P = 0, determine a fora em cada ele- ‘mento e indique se esses elementos estio sob tragio ou com- pressio, Desconsidere 0 peso de cada placa de reforgo © coonsidere cada 16 come um pino. Resolva © problema admi- tindo que o peso de cada elemento pode ser representado ‘como uma forga vertical, metade da qual é aplicada na extre- ‘midade de cada um deles. | 4m +m —, Prob 6.7. Determine a forga em cada elemento da treliga ¢ indi ‘que se esses elementos esto sob tragdo ou compressio, 7] 2m ——+ Problema 6.7 68. Determine a forca em cada elemento da treligae indi- que se esses elementos estio sob tragio ou compressio, Considers que Py = 2 kN ¢ Py ~ 1,5 kN. 69. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi que se esses elementos estio sob trago ou compressio, Considere que P, = P; = 4 kN, Problemas 6.89 6.10. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi- que se esses elementos estio sob trago ou compressio, Considere que P, = 0 Ps = 1,000 Ib 6.11. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi {que se esses elementos estio sob tragio ou compressio, Considere que Py = 500 Tb ¢ P: = 1.500 Ib Problemas 6.10/11 cap.6 ANALISE EstruTurat 231 *6.12, Determine a forca em cada elemento da treligae indi- ‘que se esses elementos estio sob tragdo ou compressio, Considere que P, = 10 kN e P) = IS KN, 6.13. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi- que se esses elementos estdo sob tragdo ou compressio, Considere que P, = Ne Ps = 0kN G B c Problemas 6.12/13 6.14. Determine a forca em cada elementa da treligae indi {que se esses elementos esto sob tragdo ou compressiio. Considere que P; = 100 Ib, Ps = 200 Ib e P, = 300 Ib. 6.18. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi que se esses elementos estio sob tragdo ou compressio, Considere que P, = 400 Ib, P, ~ 100 Ib e P; ~ Ob 6.16, Determine a forga em cada clemento da treligae indi- que se esses elementos estdo sob tragdo ou compressio, Considere que P= 8 kN. 6.17. Se a forca maxima que qualquer elemento pode sus- tentar € 8 KN de tragio e 6 KN de compressao, determine a forga maxima P que pode ser suportada no né D. bk am am Problemas 6.16/17 232. EsrAtica 6:18 Determine a forga om cada elemento da treliga ¢ indi ue se esses elementos esto sob trago ou compressio, Dica: ‘componente horizontal da forga em A deve ser nulo, Por qué? pee 800 I Bi f @ 4 | fda > 3p Problema 6.18 6.19, Determine a forga em cada elemento da treliga e indi- que se esses elementos esto sob tragiio ou compressa. Dica: a forga resultante no pino E atua ao longo do elemento ED. Por que? 6.20. Cada elemento da treliga é uniforme e tem massa por unidade de comprimento de 8 kg/m. Remova as cargas exter- nas de 3 KN e 2 KN e determine a forga aproximada em cada elemento devido ao peso da treliga. Indique se esses clemen- 10s esto sob tragdo ou compressio. Solucione o problema ‘admitindo que o peso de cada elemento pode ser represen- ‘ado como uma forga vertical, metade da qual € aplicada as extremidades de cada um dos elementos. smas 6.19/20 621. Determine a forga em cada elemento da treliga em termos do carregamento externo e indique se esses elemen- {0s estio tracionados ou comprimidos. 6.22. A maxima forga de wayao permissfvel em win elem tode treliga € (F,Jmax = 2KN € a maxima forga de compressio permissivel & (F max = 12 KN. Determine as intensidades ‘maximas P das duas cargas que podem ser aplicadas & treli ga. Suponha que L = 2me #= 30°, 6.23, Determine a torga em cada elemento da tretiga € ndt- {que se esses elementos estio sob tragio ou compressio. 624, Determine a forga em cada clemento da tesoura upla em termos da carga P ¢ indique se esses elementos esto sob tragaio ou compressio. Problema 6.23 Problema 6.24 628, Determine a forga em cada elemento da treliga e indi- que se esses elementos estio sob tragio ou compressio. Dic © componente vertical da forga em C deve ser igual a zero. Por qué? 6.26. Cada elemento da treliga ¢ uniforme ¢ tem massa por unidade de comprimento de 8 kg/m. Remova as cargas exter- nas de 6 kN e 8 kN e determine a forga aproximada em cada clemento devido ao peso da treliga. Indique se esses elemen- tos estdo sob trago ou compressio. Solucione © problema ‘admitindo que 0 peso de cada elemento pode ser represen- tado como uma forga vertical, metade da qual ¢ aplicada & cextremidade de cada elemento, cap.6 ANAUISE ESTRUTURAL 233 kN Problemas 6.27728 Problemas 6.25/26 627. Determine a forga em cada elemento da treliga em termos da carga P e indique se esses elementos esto sob tra ‘Glo ou compressio, 6.28. Sea forga maxima que qualquer elemento pode sus- tentar & 4 KN de tragio © 3 KN de compressdo, determine @ forga maxima P que pode ser sustentada no ponto B. Con- sidere que d= 1m. 96.29. A treliga de dois elementos esta sujeita a uma forga de 300 Ib. Determine a faixa de @ para a aplicagao da carga, do forma que a forga em cada elemento no exceda 400 Tb (1) 01 200 Ib (©) 6.4 O Méropo pas SEcoEs O método das secdes € utilizado para determinar as forgas atuantes den- Wn tro de um corpo. Ele baseia se no principio segundo qual, se um corpo esta oa em equilfbrio, entdo qualquer parte dele também esta em equilibrio. Por exem- imernas™~ plo, considere 0s dois elementos da treliga mostrados na Figura 6.14. Para de tagio determinarmos as forgas internas aos elementos, qualquer segio imaginéria, como a indicada pela linha preta horizontal que esta dividindo a garra em duas } conseqiléncia, ‘expor’ cada forga interna, tornando-a externa no diagrama de i corpo livre mostrado no lado direito da figura. Podemos ver claramente que a : condigdo de equiltbrio requer que os elementos sob tragio (T) estejam sujei- tos a um ‘puxdo’ e os elementos sob compressio (C) estejam sujeitos a um © { “empurrio’. eto das sds também peer iiadopara“crtar’ o secionar | 0s elementos de uma treliga completa. Se secionamos a treliga em duas e dese- ' nhamos 0 diagrama de corpo livre de uma de suas partes, podemos entio aplicar i as equagdes de equilibrio para determinar as forgas nos elementos na “segiio Soke} de corte da pare holads, Como somente tres equagdes de equlibrio indepen inf rc dentes (SF, = 0, 3F, = 0, 2Mo = 0) podem ser aplicadas a parte isolada da treliga, devemos tentar selecionar uma segao que, em geral, passe por nao mais do que trés elementos nos quais as forgas sa desconhecidas. Por exemplo, con- c sidere a treliga na Figura 6.15a. Para determinarmos a forga no elemento GC, Compressio a segao aa deve set apropriada. Os diagramas de corpo livre das duas partes Figura 6.14 234 EsrAvica Dias trligas Prt sao ui ‘ construgdo desta passarela sio mostrados nas figuras 6.15b e 6.15e. Veja que a linha de ago da forga em cada elemento é especificada a partir da geometria da treliga, uma vez que a forca em um elemento passa ao longo de seu eixo. Note também que as for gas que atuam nos elementos em uma parte da trelica so iguais e opostas Aquelas que atuam na outra parte — terceira lei de Newton. Como ja obser. vado anteriormente, os elementos considerados sob tragdio (BC e GC) estio sujeitos a um ‘puxo’, enquanto 0 elemento sob compressdo (GF) esta sujeito a um ‘empurrio’ oy & Figura 6.15 As trés forgas inedgnitas dos elementos Fac, Fac € Far podem ser obti- das pela aplicagio das trés equagdes de equilibrio a0 diagrama de corpo livre da Figura 6.15b. Considerando, porém, o diagrama de corpo livre da Figura 6.15¢, as trés reagdes de apoio D,, D, e E, devem ser determinadas em primei- ro lugar. Por qué? (Isso, € claro, é feito da forma usual considerando-se um diagrama de corpo livre para toda a trelica.) ‘Ao se aplicarem as equagdes de equilibrio, deve-se encontrar um modo de formulé-las para se produzir uma solucdo direta para cada uma das incdg- nitas, em vez de se resolvé-las simultaneamente, Por exemplo, 0 somatério dos momentos em relagio a C na Figura 6.156 produziria uma solugio direta para Fop, uma vez que Face Foc criam um momento nulo em relagdo a C. De maneira semelhante, Fac pode ser obtido diretamente pelo somatério dos momentos em relagdo a G. Por dltimo, Foc pode ser encontrado diretamente de um somatério de forgas na direcio vertical, uma vez que Fore Fac nao tém componentes verticais. Essa capacidade de determinar diretamente a forga em um elemento particular da treliga & uma das principais vantagens de utilizar 0 metodo das seydes” ‘Como no método dos nés, hi duas formas pelas quais se pode determinar © sentido correto da forga incdgnita de um elemento: ‘Por comparagio, se 0 método dos nds fosse utilizado para determinar, por exempl, a forga no clemento GC, seria necessirio analisar 0s nds A, B e G nessa ordem, Cap6 ANALISE ESTRUTURAL 235 © Admita sempre que as foreas inc6gnitas de um elemento na seco de corte estejam sob rragdo, isto é,‘puxando o elemento’. Ao se fazer isso, a solugao numérica das equagdes de equilibrio resultara em valores escalares positi- vos para os elementos sob tracao e em valores escalares negativos para os elementos sob compressito. + Osentidy corset da forga incognita de um elemento pode,em muitos casos, ser determinado ‘por meio de inspecao’. Por exemplo, Fac € uma forga de tragio, como representada na Figura 6.156, uma vez que 0 equilibrio de momentos em relacdo a G requer que Fc gere um momento oposto aque: le provocado pela forga de 1.000 N. Além disso, Fc € uma forga de tragao, uma vez que seu componente vertical deve balancear a forga de 1.000 N {que atua para baixo. Em casos mais complexos, o sentido de um elemento inc6gnito deve ser adorado. Nesse caso, se a solugdo produz um valor esca- lar negativo, isso significa que o sentido da forga € oposto ao indicado no igrama de corpo livre. Esse & o método que usaremos nos problemas dos exemplos a seguir. PROCEDIMENTO PARA ANALISE As forgas nos elementos de uma treliga devem ser determinadas por métodos de se¢des, utilizando 0 procedimen- toa seguir Diagrama de Corpo Livre + Decida como ‘cortar’ ou secionar uma treliga através dos elementos em que as forgas devem ser determi- nadas + Antes de isolar a segdio adequada, é necessario determinar as reagdes externas da treliga. Feito isso, trés equa- s de equilibrio estio disponiveis para resolver as forgas dos elementos na segio de corte. ‘+ Desenhe o diagrama de corpo livre da parte da segdo da treliga que tenha a menor quantidade de forgas atuan- tes sobre ela. ‘+ Utilize um dos dois métodos descritos para estabelecer o sentido de uma forga incégnita de um elemento. Equacdes de Equilibrio ‘+ Os momentos devem ser somados em relagio a pontos que se localizam nas intersecgées das linhas de agio de duas forgas desconhecidas, de forma que a terceira incdgnita seja determinada diretamente da equagio de Se duas das forgas inedgnitas so paralelas, as forgas perpendiculares & diregao das incégnitas podem ser soma- ddas para a determinagio direta da terceira forga incognita EXEMPLO 6.5 Determine a forga nos elementos GE, GC e BC da treliga mostrada na Figura 6.16a. Indique se os elementos esto sob tra¢do ou compressio. —, 400 8 Figura 6.16 236 EstAtica Figura 6.16 SOLUCAO A secdo aa na Figura 6.16a foi escolhida porque corta os trés elementos cujas forcas devem ser determinadas, Para que possamos utilizar 0 método das segoes, no entanto, devemos primeiramente determinar as reagdes externas em A ou D. Por qué? Um diagrama de corpo livre da treliga como um todo é mos- trado na Figura 6.16b. Aplicando as equagdes de equilibrio, temos: ASF,=0; 400N-A,=0 A, = 400N (#2M4 = 0: —1.200N(8m) ~ 400.N(3.m) + D,(12 m) D, = 00N +1DFy Ay ~ 1200N + 900N = 0 300N Diagrama de Corpo Livre. O diagrama de corpo livre da porgio esquerda da treliga secionada mostrado na Figura 6.16c. Esse diagrama serd utilizado para a andlise das forgas porque envolve a menor quantidade de forgas, Equagoes de Equilibrio. © somatério dos momentos em relagio a0 ponto G elimina For e Foc e permite uma solugio direta para Fac (4 2Me 0; -300 N(4:m) ~ 400.N(3 m) + Fac(3 m) = 0 Fac = 800N (T) Resposta Da mesma forma, o somatério dos momentos em relacdo ao ponto C for- nece uma solugao direta para Foe: 300 N(S m) + Fee(3m) = 0 For = 800N (C) Resposta Como Fac € For ndo apresentam componentes verticais, 0 somatério das forgas na diregao y fornece diretamente Fasc, isto €: +1EF, 300N — Fee = 0 ON (T) Resposta Foc Como exercicio, obtenha esses resultados aplicando as equagdes de equi- brio ao diagrama de corpo livre para a porgio direita da treliga secionada. EXEMPLO 6.6 Determine a forca no elemento CF da ponte da treliga mostrada na Figura 6.174. Indique se elemento esta sob trago ou compressio, Suponha que cada elemento esteja conectado por pinos. SOLUCAO Diagrama de Corpo Livre. Seré utilizada a segao aa na Figura 6.17a, uma ‘ver que ‘expe’ a forga interna no elemento CF, tornando-a uma forga ‘externa no diagrama de corpo livre tanto na parte direita como ma esquerda da tre a. E necessério, em primeiro lugar, determinar as reagOes externas em cada Cap.6 ‘uma das partes. Verifique os resultados mostrados no diagrama de corpo livre da Figura 6.176. 1 salty Forests “St Fe 4m ach ge Foe SN 475 KN) sen oy SAN 4754 © Figura 6.17 (O diagrama de corpo livre na parte direita da treliga, que é mais simples de analisar, € apresentado na Figura 6.17c. Ha trés forgas desconhecidas, Fr. Fore Feo. Equacoes de Equilibrio. O método mais direto para solucionar esse pro- blema requer a aplicacdo da equacdo dos momentos em relagdo ao ponto que elimina duas das forcas incdgnitas. Conseqiientemente, para obter Fer, deve- mos eliminar Frc; e Fep efetuando 0 somatério dos momentos em relacdo a0 ponto O (Figura 6.17e). Note que a localizagio do ponto O, a partir de E,é determinada pela proporgdo de tridngulos, isto €, 4/(4 + x) = 6(8 +x),x = 4m. Ou, colocando de outra maneira, podemos observar na Figura 6.17¢ que a inclinagao da diregao do elemento GF sofre uma queda de altura de 2m em cada deslocamento horizontal de 4 m. Como FD é 4 m (Figura 6.17¢), para que 0 prolongamento do elemento GF intercepte a reta horizontal tra- cejada, isto é, 0 ponto O, a distancia horizontal a ser percorrida sera de 8 m, que € a distancia de D até O. ‘Uma maneira simples de determinar 0 momento de Fer em relagio a0 ponto O é usar o principio da transmissibilidade, mover essa forga até 0 ponto Ce entdio decompé-la em dois componentes retangulares. Assim procedendo, temos: (+3Mo = 0; ‘cr sen 45°(12m) + (3KN)(8m) ~ (4,75 kN)(4 m) = 0 Fer = 0589KN (C) Resposta ANALISE ESTRUTURAL 237 238 EsrAvica EXEMPLO 6.7 Determine a forga no elemento EB para a treliga do telhado mostrado na Figura 6.18a. Indique se 0 elemento estd sob tragdo ou compressio. Law i 3.000 fe ox | Abe a aD Ae Neo t we |e Figen 0" 2m 2m 4m 4000 Fen sen 3 w ® SOLUCAO jagramu de Pelu metodo de seydes, qualquer secionamen- to vertical imagindrio em EB (Figura 6.18a) deve atingir também trés outros elementos para os quais as forcas sio desconhecidas. Por exemplo, a linha de segio aa corta os elementos ED, EB, FB AB. Se 0s componentes de reagao em A sao calculados em primeiro lugar (A, = 0, A, = 4.000 N) e se conside- ramos um diagrama de corpo livre para o lado esquerdo desse secionamento (Figura 6.18b), € possivel obter Fp pelo somat6rio dos momentos em rela ‘sd a B para climinar as outras trés incdgnitas; no entanto, Fry nao pode set determinada pelas duas equagdes de equilibrio restantes. Uma maneira de obter Few € primeiro determinar Fep com base no secionamento aa e entdo usar esse resultado no corte 6 (Figura 6.18a), que é mostrado na Figura 6.18c. Nesse caso, o sistema de forgas € concorrente € 0 diagrama de corpo livre se- cionado € 0 mesmo para o pino em E (método dos nés). Equagdes de Equilibrio. Para a determinagao do momento de Fep em rela- cio ao ponte. R, na Figura 6 18h, decompomos a forca em componentes retangulares e, pelo principio da transmissibilidade, desloca-se essa forga até 0 ponto C, como mostrado. Os momentos de 1.000 N, Fn, Fes, Fen € Fp €08 30° sio todos nulos em relagio a B. Conseqientemente: (+2Mp = 0: 1,000N(4m) + 3.000 N(2 m) ~ 4.000.N(4m) + Fp sen 30°(4) = 0 Fep = 3000N (C) Figura 6.18 Considerando agora 0 diagrama de corpo livre do corte bb,na Figura 6.18, temos: +3F, F gp cos 30° — 3.000 cos 30° N = 0 Fer = 3.000N (C) + SF, = 0; 2(3.000 sen 30° N) ~ 1.000N ~ Fey = 0 Fr = 2000N (T) Resposta Cope ANAuse Estrururat 239 L PROBLEMAS 6.30. Determine as forgas nos elementos BC, HCe HG para 4 trelica da ponte e indique se eles estao sob tragio ou com- pressao. - 12m,.6x 2m — | Problema 633 634. Determine a forga nos elementos CD, CJ, KI ¢ DJ da tweliga, que ¢ utilizada como apoio do piso de uma ponte. Indique se esses elementos estio sob trago ou compressio. 6.35, Determine a forga nos elementos ET ¢ JI da treliga, 631. Determine as forgas nos elementos GF,CFe CD para que € utilizada como apoio do piso de uma ponte. Indique se a trcliga da ponte c indique se eles estio sub (rago ou com- 8868 elementos este sob trayiu ou vompressi, pressio. Problema 6.30 000» Eee era ora a Problemas 6.34/35 af 6.36. Determine as forgas nos elementos BG, CG e GF da treliga Warren. Indique se eles esto sob tragio ou Problema 6.31 compressio. 637. Determine as forgas nos elementos CD, CF ¢ FG da tre lica Warren. Indique se eles estio sob tragio ou compressio, Hatiaaelaeiaraleah %6.32. Determine a forga nos elementos DE, DF e GF da treliga em balango e indique se eles esto sob tragéo ou com- pressio. oun BkN Problema 6.32 Problemas 6.36/37 633. A trliga de telhado sustenta o carregamento vertical 6.38. Determine as forgas desenvolvidas nos elementos GB mostrado na figura, Determine a forga nos elementos BC, © GF da treliga da ponte ¢ indique se eles estio sob tragio CK e K/-c indique se eles esto sob tragio ou compressio. ou compressao. 240 EstAtica 642, Determine as forcas nos elementos BC, HC ¢ HG. +10 ps Ops ——= Apis a trelgn ser secionada, utilize uma Unica equagao de equilibrio para o cileulo de cada orga, Indique se estes ele- T ‘mentos estio sob tragdo ou compressio. 643, Determine as forgas nos elementos CD, CF © CG ¢ 1008 indique se eles esto sab tragio ou compressio. a4 ? 7] c ee 800 Ib Problema 6.38 9639. A treliga sustenta a carga vertical de 600. N. Determine as forgas nos elementos BC, BG ¢ HG em fun gio da variagio da dimensio L. Faga um grafico dos resultados de F (considere nas ordenadas as forgas de trago ‘como positivas) versus L (na abscissa) para 0 < L$ 3 m. Problemas 642/43 *6.44, Determine as forgas nos elementos GF, FB ¢ BC da trelica Fink ¢ indique se eles estdo sob tragao ou compressao. con Problema GAS. Determine as forgas no elemento GI da treliga e in que se ele estd sob tragdo ou compressa, er ee ins lets rag com cg Demrminem tora canto GC ati ein cat eo eee gar a al ‘sae indique se eles estao sob tragao ou compressio. Indique 1.00015 também todos os elementos com forga nula, B c D> DN kN ON J 6.47. Determine as forgas nos elementos GF, CF e CD da treliga de telhado e indique se eles estao sob tragio ou com- Problemas 6.40/41 pressio. Problema 6.47 68. Determine as foryas nos elem treliga e indique se eles esto sob tragio ou compressio, Ths - 12m4x3m Problema 6.48 649. A trcliga enviesada € submetida & carga mostrada na, figura. Determine as forgas nos elementos CR, BE ¢ EF © indique se cles esto sob tragdo ou compressio. Considere {que todos os nds estdo fixados por pinos. 6.50, A treliga enviesada € submetida & carga mostrada na, figura. Determine as forgas nos elementos AB, BF ¢ EF ¢ indique se eles estio sob trago ou compressa. Considere ‘que todos 0s nds esto fixados por pinos, G51. Determine as forgas nos elementos CD ¢ CM da tre: lica da Ponte de Baltimore ¢ indique se eles esto sob tragio ‘ou compressio. Indique também todos os elementos de fora, nul, 652. Determine as forgas nos clementos EF, EP ¢ LK da trelica da Ponte de Baltimore ¢ indique se eles estio sob tra- ‘40 ou compressa, Indique também todos os elementos de forga nula, ANALISE EsrruTURAL 241 Cap. 6 Problemas 6.51/82 653. Determine as forgas nos elementos K/, NJ, ND © CD dda irelica Ke indique se eles esto Sob trago ou compres- so. Dica: faga os cortes aa e bb. 654, Determine as forgas nos elementos JI e DE da trelica Ke indique se cles estio sob tragdo ou compressio, 15001 1 300m nn 2096 20 ps, PS 20p BRET Problemas 6.584 SS 242 EstAtica *6.5 Trevicas Espaciais Uma treliga espacial consiste de elementos ligados entre si em suas extre- midades para formar uma estrutura tridimensional estavel. A estrutura mais simples de treliga espacial € um teiraedro, que & formado pela interconexio de seis elementos, como mostra a Figura 6.19. Qualquer elemento adicional ness estrutura seré redundante na sustentagao da forga P. Uma trelica espacial sim- ples pode ser construida a partir desse tetraedro basico acrescentando-se tr outros elementos e um n6, formando um sistema de tetraedros multiconectados. Figura 6.19 Hipéteses de Projeto, Os elementos de uma treliga espacial devem ser trata- dos como elementos de duas forgas, uma vez que o carregamento externo é aplicado nos nds, os quais podem ser considerados conexdes de juntas esféricas. Essas suposigoes so justificadas se as ligagdes dos elementos, aparafusadas ou Lina sipiea veiga espacial de sutent S0ldadas, se interceptam em um ponto comum ¢ os pesos dos elementos podem (ao de tcthados Note a uilizagte de St desprezados. Em casos nos quais 0 peso de um elemento deva ser incluido juntas esfericas nas conexdes dos ele- nia anélise, em geral é suficiente consideré-lo uma forga vertical, sendo metade ‘mento de sua intensidade aplicada em cada uma das extremidades do elemento. PROCEDIMENTO PARA ANALISE Tanto 0 método dos nés como o das segdes podem ser usados para det rminar as forgas desenvolvidas nos ele- mentos de uma treliga espacial simples Método dos Nos Em geral, se as for smentos de uma treliga devem ser determinadas, 0 método dos nés é mais adequado para a analise. Quando se utiliza esse método, € necessirio resolver as tres equagdes escalares de equi rio, SF, = 0. ZF, = 0.3F, = 0 em cada nd, A solugao de muitas equagdes simultaneas pode ser evitada se a anilise das forcas ¢ iniciada em um n6 com pelo menos uma forga conhecida ¢ no méximo trés forgas ineégnitas. Se a geometria tridimensional de um sistema de forgas no n6 € dificil de ser visualizada, é recomendavel a utili- zacio de uma anilise vetorial cartesiana para a solugdo. as em todos os el Método das Secoes Se apenas algumas forgas devem ser determinadas, deve-se utilizar v mxétodu das seges. Quando se faz um corte imaginério em uma teliga e esta é separada em duas partes, o sistema de forgas atuantes em uma das partes deve satisfazer as seis equagdes esealares de equiltbrio: SF, = 0,XF, = 0, 2F. = 0,3M, = 0,3M, = 02M. = 0 (equagdes 5.6). A escolha apropriada do corte ¢ dos eixos para 0 somatério de forgas © momentos permite calcular diretamente muitas das forgas incdgnitas dos elementos da treliga espacial, utilizando uma Gnica equa- ao de equilibrio, Cap.6 ANALISE ESTRUTURAL 243 EXEMPLO 6.8 Determine as forgas atuantes nos elementos da treliga espacial mostrada na Figura 6.20a. Indique se cles esto sob trago ou compressio, ‘Uma vez que hé uma forga conhecida e trés inedgnitas atuantes no n6 A, comegaremos a andlise de forgas da treliga por esse n6. N6 A (Figura 6.20b).Expressando cada forga que atua no diagrama de corpo livre do n6 A em notagdo vetorial, temos: P= {~4j} KN, Fas = Fah. Pac = —Fack, Fae = Far( 22) = Fue(0STH + 057) ~ 07%) Or: Para 0 equilibrio: 0: P+ Bay + Buc + Bye = 0 , ’ ~4] + Fuad ~ Fick + 0577 Fyph + OS71Egaj ~ OSTIFyek = eee OSTIE ye: = 0 oo 4+ Fag + OS77F ap - 0 real NL —Fyc ~ OSTI gp = 0 - Fic = Fag = 0 Resposta Eup =4kN (1) Resposta : ‘Uma vez que Fag € conhecida, 0 n6 B deve ser analisado em seguida. N6 B (Figura 6.20c) BE = 0: Ry cos 45° | 0,707Fng = 0 =F, ; 4 + Rysen 4s’ =0 % 2 + Fap ~ 0.707Fgp = 0 Ry ~ Fax -5,65KN (T), Pap = 2kN (C) Resposta 244 Esrarica A equagio esealar de equilthrio também deve ser aplicada diretamente 20 sistema de forgas no diagrama de corpo livre para os nds De C, uma vez que ‘os componentes das forgas podem ser facilmente determinados. Mostre que: For = Foc = Fee = 0 Resposta L PROBLEMAS 655. Determine as forgas em cada um dos trés elementos de 6.87. Determine as forgas em cada um dos elementos da ‘uma treliga espacial que sustenta um carregamento de 1,000 Ib treliga espacial e indique se eles estdo sob tragdo ou com- € indique se esses elementos estéo sob tragao ou compressio. _pressdo. A treliga & apoiada por roletes em A, B e C. Problema 6.57 Problema 6.55 6.88. A treliga espacial é apoiada por uma junta esférica em De por conexdes curtas em Ce E. Determine as forgas em ‘cada um dos elementos e indique se eles estdo sob tragdo ou ‘compressio, Considere que Fy = {—S00k] Ib e F: = (400j} Ib 4656. Determine as forsas em cada um dos elementos da treiga espacial ¢ indique se eles estfo sob tragio ou com- pressio. Dia as reagdes de apoio em E atuam ao longo do tlemento EB. Por que? 659, A troicn espacial énpoinda por uma junta esféica em De por conexoes cutas em C e E. Determine as forgas em cada um dos elementos indique se cles esto sob tragi0 ot compressio. Considere que Fy ~ [2004 + 300} ~ 500K} Ib ¢ B= [4001 eo oxN roblema 6.56

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