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CAPITULO 1 EXODONTIA DE RAIZ RESIDUAL Data de aceite: 0901/2022 Wilson Trevisan Junior Marcela Moreira Penteado Roberta Gava Pratt Guilherme Schmitt de Andrade Marina Gullo Augusto Todas as medidas possiveis sao tomadas parapreservaros dentesnacavidade oral, porém fem alguns casos de ralzes ou fragmentos néo ha possibilidade de manté-los @ a postergagao fem extrair pode comprometer outros dentes ou ainda a saiide geral do paciente. ‘A técnica simples ou fechada & comumente utilizada em casos mais simples que do precisam de retalho cirdrgice. Apenas 0 uso de sindesmétome, alavancas efou férceps séo suficientes para remover 0 dente condenado, @ raiz ou o fragmento. Em casos em que houve acidentalmente fratura de raiz ou que néo hé possibilidade de usar a técnica simples, pode-se langar mao da técnica cirdrgica a retalho, também denominada aberta. Para isso, realiza-se uma incisdo que separa os tecidos moles do osso alveolar de modo a obter acesso cirtrgico © expor a regido que necesita da exodontia como: raiz fraturada, sepultada, longa, fina ou divergente, dente multirradioular com coroa destruida ou ralz convergente, dentes anquilosados, com hipercementose ou lesao periapical Aincisdo sulcular 6 realizada com bisturi Bard Paeker até a lamina entrar em contato ‘com 0 0850 @ precisa apresentar forma regular para evitar dilaceragées do tecido. Em seguida, (© descolamento comega pela papila até rebater toda a extensdo desejada, © ‘etalho precisa ser plancjado para vita injurias das estruturas vitals localizadas proximas regio da cirurgia. Deve ser mucoperiosteal, com sua base sempre mais ampla que seu apice para favorecer a nutrigao do pediculado, de tamanho adequado para favorecer a visualizagéo de toda a area irdrgica © deve estar apolado sobre osso sadio. Sua manipulagdo precisa ser culdadosa evitando torgées, compressées e distensdes excessivas que comprometam a sua integridade prejudicando a sutura posteriormente. E para que tudo isso seja possivel realza-se inciséo vertical de alivio ou relaxante de forma obliqua 0 lado da papila, denominada parapapilar. Capitulo 1 yee Figura 1: Imagem A demonstra retalho realizado incoretamante, a letra B demonstra a falta de irigagso sanguinea do retalho devido a incis8o incorrla, a letra C demonstra o retaho ‘orretamente realzado em que a base do retalno & maior que a altura, proporcionando um adequado suprimento sanguineo. B . Cc rs Sah AA ae x x v Incisdo relaxante naregizo no centro da corea, o que gera problemas peradentals posteriormanta ‘Aimagem C demonstra uma in's4o parapaplar coreta Figura 3: Rebatimanto de retalho através do incisdo rolaxante do forma obliqua. Obsorva-se {que as papilas estio preservadas para favorecero reposicionamenta do retalho posteriormente De acordo com a necessidade pode-se optar pelo tipo de retalho mais adequado para cada situagao clinica, O retalho em envelope & 0 mais utilizado, pois as incisées canta i | rolaxantes néo so realizadas e sim uma inciséo no suleo gengival até a crista éssea para rebater apicalmente o tecide que inclui dois dentes anteriores e um dente posterior a area cirdrgica, melhorando a intencdo de favorecer o reparo. Figura 4: Retalho em envelope realizado para crurgia na regio do dente 45. Aincsio realizada 0 tip intra-sucular, por isso as papilas so apenas descoladas e rebatidas. € outra maneira possivel de preservéras Outra forma para rebatimento de tecido & o retalho em L, trés Angulos ou triangular ‘que consiste em inciséio em envelope associada a uma inciséo vertical relaxante com _ampliagao para distal e para fundo de vestibulo, Figura 5: Retalho em L com a ordem para executar as incisdes, om que 1 realizase incisdo parapapilar na mesial de molar, seguindo com incisdointra-sucular ato panto 3. Como ralaxanta ubliza-se incl parapapllar até o ponto 2. Ja 0 retalho quadrangular apresenta incisio em envelope com duas incisées verticals relaxantes como mostra a figura 6 abaixo. Sempre que possivel deve-se evitar incisdes relaxantes no meio das faces livres ‘fou papilas, afim de evitar suturas em regides de tensdo que vao prejudicar o reparo © causar danos de coaptagao do retalho. canta fs | Figura 6: Retalho quadrangular ou trapézio ‘Alm das incisdes tradicionais mencionadas anteriormente, pode-se necessitar da semilunar a qual 6 feita na regio apical dos dentes em casos de lesdes apicais ou ainda inciséo em Y realizada em palato duro de forma a fazer duas verticais relaxantes menores que ndo comprometam a regido da artéria palatina. Figura 7: A linha tracejada demonsira a regiéo apical do dente 11 e a disposigdo da testo periapical naregido. Para que sea feita a crurga parendodéntca,aincisdo semilunar 6 utizada '@ est representada pela nha continua em forma de semiua Essa inciso permite rebatimento do tecido e acesso & lesa. coms is] Figura 8: Incisfo em Y que proporciona acesso & regio palatina da maxla para exodontia de raizes, exostose, lesdo periapical ou supranumoriio. Vale ressalar que se indica anestesia na {fossa incisiva para analgesia da rogido que 6 bastante vascularizada, ‘Apés realizado o retalho mais adequado para a cirurgia em questo, ha duas formas de prosseguir: exodontia em casos em que a raiz ou dente esto apropriadamente ‘expostos ou osteotomia em casos que ha tecido ésseo alterando a distancia biolégica, Aosteotomia & a remogao de tecido ésseo alveolar de suporte suficiente para criar abertura e visualizagdo da raiz ou do dente para restabelecer as distancias biolégicas. Realiza-se usta da tabua éssea vestibular ou do septo inter-radicular através de alta ou balxa rotagao e brocas cirdrgicas esféricas de grande diametro ou ainda de ultrassom piezoelettico, Mesmo que hala irigagdo com 0 uso de brocas, a osteotomia precisa ser realiza com toda cautela, pois o aquecimento do tecido 6sseo & consideravel @ por isso a cicatrizagao 6 comprometida, podendo ocorrer até sequestro ésseo. Observa-se na literatura que o uso do ultrassom piezoelétrico favorece a cicatrizagao por apresentar irrigagéo constante prépria do aparelho, evitando super aquecimento da 4rea doadora, facilitando a visualizagao para o operador @ removendo a crista éssea. Dessa maneira, 0 ato cirirgico torna-se mais rapido e com cicattizagao mais eficiente. Captule Figura 9: Caso cadido pelo gontlmente por Darl Ostrowicz. Raz residual cariada do dente 14. ‘Com a remogio do tecido carado, 0 remanescente radicular icaria demasiadamente curo para receber nicleo protic razdo da indicagdo de exodontia. A: Sindesmotomia da taiz residual ullizando ponta OP1. Observarse manulongdo e integridade dos tecides moles adjacentes. B: Remocdo de raiz residual em movimento de tragdo Unica, evlando fratura da tabua éssea vestibular. C: AWéolo apés a remogao completa da raiz residual, sem comprometmento da Inlegridade da crista 6ssea.D: Preparo para intalacto de imolanteimediato. E-:Preenchimento do alvdolo com biomaterial Gaistich Bio-Oss 0,25mm-imm. Capitulo 1 Figura 10: G: Insergo do implante. H: Pesiconamenta adequado do implanta. |; Colocagso de ‘membrana para manutengo do biomaterial. J; Posicionamento da membrana entre o retaho 2 0 periésten, Colocagao do cicatizador. K: Aspecto final antes da sutura, onde observa-se a ‘membrana posiionada, L: Realizagdo da sutura para manutencdo da integrdade das papas. 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