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18565416022012sociologia Organizacional Aula 5
18565416022012sociologia Organizacional Aula 5
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sĂŵŽƐůĄ͍
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Sociologia Organizacional
v
crença generalizada – porém, ainda não totalmente explicada – de
que os fatores culturais eram um diferencial entre as organizações
mais bem-sucedidas e as menos bem-sucedidas.
Com o advento da globalização da economia, quando fusões ͞ďŽĂĐƵůƚƵƌĂ͕͟ŝƐƚŽĠ͕
e aquisições passaram a fazer parte do cardápio das organizações ŽĐŽŶũƵŶƚŽĚĞǀĂƌŝĄǀĞŝƐ
ƉŽƐŝƟǀĂƐƋƵĞŝŵƉƌŝŵĞŵ
multinacionais, o estudo desses fenômenos se intensificou e permitiu
ƐĂƟƐĨĂĕĆŽăƐƉĞƐƐŽĂƐ͕
a constatação de muitas certezas para as afirmações até então teóricas
ƐĞƌŝĂĂƌĂnjĆŽĞdžƉůŝĐĂƟǀĂĚŽ
sobre a cultura da organização. ĚĞƐĞŵƉĞŶŚŽĞŵƉƌĞƐĂƌŝĂů͘
A globalização da economia e a multinacionalização de organi-
zações possibilitaram os estudos e a construção de conhecimentos sobre
aspectos e impactos culturais de uma nova organização que se instalava
em outro país e de uma antiga organização que passava a ser regida
por nova orientação, muitas vezes, não condizente com os componentes
internalizados pelos trabalhadores sob a administração anterior.
Valores, tradições, costumes, símbolos e linguagem –
inclusive a gíria –, personalidade do gerente ou líder ou supervisor
e uma série de outros elementos materiais e imateriais da cultura do
local em que está instalada a organização passam a ter significado
próprio e, na maioria das vezes, determinam todo o novo processo
administrativo a ser implantado, seja na fusão, seja na aquisição de
uma organização por outra.
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Sociologia Organizacional
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as emoções e os sentimentos criados e cultivados;
f
as crenças propagadas e as percepções transmitidas; e
f
as informações que circulam horizontalmente e verticalmente.
f
interferem no todo do processo e na própria organização,
de modo diverso, normalmente não mensurável;
f
existem em diferentes graus em todas as organizações; e
f
são percebidos e sentidos de maneira não uniforme pelos
membros da organização e também por outras pessoas
alheias à organização.
Resta sabermos ainda a respeito de tais variáveis:
f Qual é a sua natureza?
f
Até onde tais variáveis interferem, positiva ou negativamente,
nos processos administrativos da organização?
f
Qual é a sua operacionalidade efetiva para a melhoria da
gestão?
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Sociologia Organizacional
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v
dirigentes com a cultura na qual nascem e se desenvolvem as próprias
organizações.
Ao discorrer sobre a cultura, Berne (2006) também atribuiu a
ela os mesmos estados presentes nas relações – os quais ele chama
EŽƐĞŶƟĚŽĞdžƉƌĞƐƐŽƋƵĞ de transações – que se estabelecem entre as pessoas.
v
ĚŝƐĐƵƟŵŽƐŶĂhŶŝĚĂĚĞϰ͘
De fato, a teoria criada por Berne (2006) usa o termo
transação no mesmo sentido que foi dado ao termo relação: ela trata
o relacionamento humano como sendo basicamente um complexo
de transações, palavra de amplo uso no comércio e na vida comum
ŵĐĂƐŽĚĞĚƷǀŝĚĂ͕ das pessoas. Nesse contexto, transação implica a troca de bens, de
retorne a Unidade 1 para
serviços ou de suprimentos entre duas ou mais pessoas ou entidades:
ĂƌĞůĞŝƚƵƌĂĚŽƐĞŶƟĚŽ
ƌĞĨĞƌŝĚŽĚŽƚĞƌŵŽ͘
“alguém dá alguma coisa a você e você lhe dá algo em troca”.
Quando tais trocas se dão em aspectos materiais (a
compra de um objeto, por exemplo), pouco se tem a analisar.
f
julgamento: – Isso não serve para você!;
f
ordem, autoridade: –Vamos fazer assim...;
f
normas: – Você deve ater-se a...Você não deve...;
f
críticas: – Aquele cidadão não deveria ter feito...;
f
comiseração: – Coitadinho! Pobrezinho!;
f
juízos de valor: – A melhor maneira de progredir...; e
f
desprezo, rebaixamento: – Burro! Estúpido! Ridículo!
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Sociologia Organizacional
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Instituição, Tecnologia e Expressão, querendo dizer que uma
organização manifesta um caráter, uma marca, uma tendência mais
acentuadamente institucional ou tecnológica ou expressiva.
O caráter institucional de uma cultura manifesta-se quando Essa marca ou essa
há uma valorização acentuada dos preceitos, das normas, das regras ƚĞŶĚġŶĐŝĂŽƵĞƐƐĞĐĂƌĄƚĞƌ
ŶƵŶĐĂĠĞdžĐůƵƐŝǀŽ͘
de conduta e dos regulamentos, dos padrões, da hierarquia e das
posições, da autoridade, do uso de poder, dos horários, dos rituais e
das crenças, dos valores que se cultivam implícita ou explicitamente,
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Sociologia Organizacional
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Sociologia Organizacional
KçãÙÝòÙ® ò®Ýç½ãçÙ®Ý
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dos processos e de sua fácil aplicabilidade. Não é, entretanto, matéria
única ou incontestável. Edgar Schein (1985), retomando alguns
ƐƐĞĂƵƚŽƌƚĂŵďĠŵ enfoques produzidos por Berne (2006), deu ao tema uma consistência
trata do tema em outro singular, vinculando-o à questão da liderança e tratando-o como
ĂƌƟŐŽ͕KƌŐĂŶŝnjĂƟŽŶĂů matéria que vai além da simples sociologia: caminha com os estudos
culture, publicado em
da psicologia das organizações, uma vez que atinge ou abarca também
ϭϵϵϬŶĂƌĞǀŝƐƚĂAmerican
Psychologist͘ŵďĂƐĂƐ
os sistemas de crenças das organizações.
ŽďƌĂƐ͕KƌŐĂŶŝnjĂƟŽŶĂů Inúmeros tipos de abordagens e seus consequentes
culture and leadership questionários foram divulgados para tornar o acesso ao conhecimento
eKƌŐĂŶŝnjĂƟŽŶĂů
da cultura de uma organização mais fácil e identificável. No entanto,
culture͕ƐĆŽĐŝƚĂĚĂƐĞŵ
Psicossociologia das talvez o tipo de abordagem de Roger Harrison professor em Harvard,
organizações,ĚĞ:ŽƐĠ seja mais acessível, em razão também de sua simplicidade. Harrison
DĂƌŝĂĂƌǀĂůŚŽ&ĞƌƌĞŝƌĂet (1985) propõe outras variáveis. Segundo o professor, as organizações
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são criadas, formadas e desenvolvidas, alimentando-se de quatro
características básicas: poder ou autoridade; forma ou função;
trabalho ou resultados; e desenvolvimento e satisfação das pessoas.
Para entender cada uma delas, veja a descrição que preparamos para
você, a seguir:
f
Poder: no sentido weberiano, é a capacidade que alguém
tem de fazer valer sua própria vontade, em razão de sua
posição ou de sua força, ainda que outros não queiram ou
lhe façam oposição. Ainda que não queira, o soldado está
à mercê de seu superior hierárquico; pode até discordar da
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Sociologia Organizacional
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çÃÊ٦ĮþÊ
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v
de medida e de avaliação. Normalmente, o instrumento mais comum
é o questionário escrito, cujas respostas podem ser traduzidas
numericamente e interpretadas estatisticamente.
Quando falamos de “práticas ou procedimentos”, não
ƐƋƵĞƐƚƁĞƐĚĞƐĐƌĞǀĞŵ
ƉƌĄƟĐĂƐŽƵƉƌŽĐĞĚŝŵĞŶƚŽƐ excluímos de modo algum aquele conjunto imaterial de elementos
ŽƉĞƌĂĐŝŽŶĂŝƐ͕ŶĆŽƐĆŽ culturais que estão sempre presentes e internalizados pelas pessoas
exigidas respostas exatas que fazem parte da organização e que, de um modo ou de outro,
ŽƵĐĞƌƚĂƐ͘
permeiam o ambiente da organização.
Nesse conjunto imaterial de elementos culturais estão as
crenças e as crendices, as esperanças e os sentimentos, as regras
escritas (cultura ideal) e as regras praticadas (cultura real), os
símbolos e os sinais, o modo de encarar a organização, o trabalho, o
mercado e o concorrente, enfim, a universalidade das impressões e
das expressões daquele todo chamado organização.
Dessa maneira, um questionário, via tais procedimentos,
buscará concordância ou discordância, em maior ou menor grau, do
membro da organização em relação a esses diversos traços e faces
que constituem sua cultura. Mesmo que tais aspectos (faces, traços)
não tenham sido ainda notados, isso não significa que não sejam
vigentes ou praticados na organização.
DĂůĄƌŝĂĚĄĚĞĚĞnjŶŽŐŽǀĞƌŶŽ
Há quatro anos, o Brasil dava sinais de que tinha conseguido
conter a malária. O número de pessoas que contraíram a doença
caíra de 640.000, em 1999, para 350.000, em 2002 [...] os
casos se multiplicaram. No ano passado, o número de infecções
voltou à casa dos 600.000 [...] Em Manaus, a principal causa do
crescimento da malária foi a ocupação de 130 km de igarapés
por favelas. Nesses braços de rio, agora repletos de palafitas
e assoreados pelo lixo, a água represada transformou-se em
criadouro de mosquitos transmissores. A piscicultura também
está entre os fatores de disseminação da doença. Apenas em
Manaus há 300 tanques de criação de peixes. Metade é também
viveiro do Anopheles [...] A maioria dos negócios não deu certo
e os reservatórios viraram integralmente piscinas de mosquitos.
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Sociologia Organizacional
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f
os objetivos da organização forem claros para todos aqueles
que estão diretamente envolvidos no processo de trabalho;
f
a análise do mercado disser com propriedade quais
necessidades não estão sendo satisfeitas e por que não
o estão;
f
a clareza de objetivos incluir também a definição dos
meios e a habilidade no uso adequado de tais meios para
as questões levantadas no item anterior; e
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Sociologia Organizacional
f
as rotinas – traços culturais positivos ou negativos que
favorecem ou não o alcance dos objetivos propostos –
estiverem devidamente identificas e classificadas.
f
a substituição dos traços negativos por traços positivos e o
fortalecimento dos traços positivos já existentes;
f
a definição de prazos e de medidas em que tais etapas
serão implementadas, processadas e estruturadas; e
f
a contínua avaliação desses procedimentos a ser feita
periodicamente e dos sistemas de satisfação (premiação) a
serem outorgados àqueles que se enquadrarem no processo.
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Sociologia Organizacional
Complementando...
Nas organizações, quando pessoas oriundas de culturas diferentes,
expressando elementos materiais e, sobretudo, imateriais, se encontram de
modo permanente em um mesmo espaço e um mesmo tempo são tomadas
de ansiedade e de sentimentos (surpresa, desorientação, incerteza, confusão
mental, estupefação e mesmo nojo etc.) e sentem-se em meio a dificuldades
para agir nesse novo ambiente social (de convivência, de trabalho),
elas entram em choque cultural, tendo de abandonar o que lhes era
familiar e usual para encontrar um novo caminho e se sentirem bem. Nessas
circunstâncias, não saber o que é adequado e o que convém fazer pode gerar
problemas sérios de convivência até que uma das culturas seja assimilada.
Amplie seu conhecimento sobre choque cultural fazendo a leitura
sugerida a seguir:
Resumindo
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Módulo 3 ϭϰϯ
Sociologia Organizacional
Atividades de aprendizagem
ŚĞŐĂŵŽƐĂŽĮŶĂůĚĞƐƚĂĚŝƐĐŝƉůŝŶĂ͘sĂŵŽƐǀĞƌŝĮĐĂƌĐŽŵŽĞƐƚĄ
seu entendimento sobre os temas abordados nesta Unidade?
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ŽƐĐŽŶŇŝƚŽƐĞĂƐŶĞŐŽĐŝĂĕƁĞƐƋƵĞǀĞŶŚĂŵĂƐƵƌŐŝƌ͘
Módulo 3 ϭϰϱ
Sociologia Organizacional
ϯ͘ Ž ůŽŶŐŽ ĚŽƐ ĮůŵĞƐ Sociedade dos Poetas Mortos e Perfume de
Mulher͕ ǀŽĐġ ƉĞƌĐĞďĞ ĐŽŵŽ Ă ĐƵůƚƵƌĂ ĚĞ ƵŵĂ ŽƌŐĂŶŝnjĂĕĆŽ ʹ Ğŵ
ĂŵďŽƐŽƐĐĂƐŽƐ͗ƵŵĐŽůĠŐŝŽ͕ƋƵĞĠƵŵĂŽƌŐĂŶŝnjĂĕĆŽĞĚƵĐĂĐŝŽŶĂůʹƐĞ
ŵĂŶŝĨĞƐƚĂĞŵƵŵĂŝŶĮŶŝĚĂĚĞĚĞƚƌĂĕŽƐĞdžƉƌĞƐƐŽƐĂŽůŽŶŐŽĚĞƉƌĂƟͲ
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ĐͿ KĐĂƌĄƚĞƌĞdžƉƌĞƐƐŝǀŽ;ĂůŝďĞƌĚĂĚĞ͕ĂĐƌŝĂƟǀŝĚĂĚĞͿ͘
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ŽŶƐŝĚĞƌĂĕƁĞƐĮŶĂŝƐ
ÊÄÝ®ÙÎÝ¥®Ä®Ý
Caro estudante,
Ao longo desta disciplina, tivemos a oportunidade de
desenvolver um conhecimento que expressa como a vida do homem,
em suas múltiplas faces, aparências e realidade, não somente
é complexa como também extraordinariamente interessante.
Ao buscar satisfações em seus semelhantes e no ambiente que
o rodeia para suas necessidades, o homem vai criando formas e
modelos de relacionamento que se tornam complexos à medida que
novas necessidades vão surgindo. Com efeito, as sociedades dos
povos indígenas e de outros tantos povos ditos primitivos estavam
apoiadas em elementos culturais extraordinariamente simples,
dentro dos quais, podemos dizer, tudo funcionava organizadamente.
As complexidades começaram a surgir quando o número de
participantes, a multiplicação de necessidades, a diversidade de
ambiente e a criação de novos instrumentos, cada um a seu turno e
sua vez, tornaram a vida complexa.
Foi nesse contexto que surgiram as organizações. À medida
que se analisam as dificuldades, a busca de soluções faz nascer a
diversidade das organizações, cada uma delas, no momento presente,
desenvolvendo uma marca própria que a caracterize e lhe sirva de rosto
perante os demais membros da sociedade a qual todos participamos.
Mudar, alterar, mexer, redirigir ou reconfigurar uma organização
dessa natureza é tarefa que requer uma série de informações, de
estudos, de cuidados e de ações especiais que a Sociologia, aliada a
outras ciências no campo da Administração, pode e deve fornecer.
Sem tais precauções de informações, de estudos e de cuidados, a
ação intervencionista, ainda que imbuída de propósitos de melhoria,
pode resultar em passatempo, inutilidade ou mesmo em desastre.
Módulo 3 ϭϰϳ
Sociologia Organizacional
Referências
BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo C. Sociologia aplicada à
administração. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
Módulo 3 ϭϰϵ
Sociologia Organizacional
SILVA, Deonísio da. A vida íntima das palavras. São Paulo: Editora
Arx, 2002.
Módulo 3 151
Sociologia Organizacional
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