You are on page 1of 5
1003 ‘Seminério Internacional incluso em Educagfo: A Universidade e Participacao 3 (ASp3, Sem inert prscpsionecenenrntnsin 3, ME DEMO DE9: WO OE EHO BL BN 67885 89063:02 ENSINO COLABORATIVO: POSSIBILIDADES PARA INCLUSAO ESCOLAR, NO ENSINO FUNDAMENTAL Cristina Angélica Aquino de Carvalho Masearo Carla Fernanda Siqueira Vanessa Cabral Amanda Carlou Andrade Santos Fundagiio de Apoio a Escola Téenica- Faetec Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERT Eixo Temitico: Formagao de professores e processos de inclusio/exclusaio em educagio Categoria: Poster INTRODUCAO, projeto proposto visa desenvolvimento de uma pesquisa sobre inchisto escolar de alunos com deficiéncia intelectual na escola regular por meio da bidocéncia que, de acordo com Beyer (2010) & uma estratégia que tem sido empregada nas experiéncias europeias de inclusdo e tem como prineipio a parceria entre o professor da classe comum e © professor da Educagio Especial. A pesquisa propde o estabelecimento do trabalho com a bidocéncia em turmas do primeiro ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual de Ensino Fundamental Reptiblica, nas quais estejam matriculados alunos com deficigneia intelectual, que até 0 ano de 2012 encontravam-se matriculados no Caep/ Escola Especial Favo de Mel. A finalidade é realizar um estudo que envolva a equipe técnico-pedagdgica, docentes e demais fimeiondrios das unidades escolares com 0 apoio do Programa de Pés-Graduagao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeito. Objetivos objetivo geral € investigar 0 proceso de ensino e aprendizagem por meio da bidocgncia de uma turma de primeiro ano de Ensino Fundamental que possua alunos, com deficineia intelectual, matriculados. Sendo objetivos especificos: Favorecer 0 processo de eucagaio 1004 BD) sBepMHonterajonal nto em Educcto Universidade e Participacao 3 (ASp3, Sem inert prscpsionecenenrntnsin N: 78-65-09063.192 na diversidade; capacitar docentes na elaboragio de estratégias para o ensino colaborativo no contexto da educagao inelusiva; desenvolver medidas de apoio individualizadas para favorecimento da inclusio escolar; implementar adaptagdes razodveis para avaliagtio de alunos com deficigneia intelectual no contexto escolar. Referencial Teorico Entendemos que a Edueagao Inclusiva nao privilegia esta ou aquela metodologia de eusino, mas sim a construgio continua de um modelo edueacional que busque eliminar todas as formas de exclusio, A inclusto é um processo no qual ainda estamos aprendendo a encontrar formas vidveis de tomar nossas escolas em ambientes favorecedores do desenvolvimento das potencialidades de todos os alunos. abertura da escola para recebimento de alunos com deficiéncias e outras condigdes atipicas cria a necessidade dos sistemas de ensino ressignificarem seus conceitos de aprendizagem, curriculo e avaliagao. seja na Educagao Infantil, no Ensino Fundamental, no Ensino Médio ou mesmo no Ensino Superior ¢ a Educagao Especial passa a ter um papel relevante neste novo contexto. Bueno (1999), pontua que o ensino especial tém mantido alunos anos a fio em escolas ou classes especiais, sem resultados positivos em relagdo A sua escolarizagao e ressalta que, por outro lado, o ensino regular tem exeluido grande parcela do alunado com diversas justificativas (problemas familiares, sociais, distiubios diversos, ete...). Diante do exposto, podemos dizer que toma-se imprescindivel uma anilise sobre © caso da escolarizagao de alunos com deficiéneia intelectual, que siio alvo deste estudo. Ao analisarem as priticas curriculares ¢ © processo de ensino-aprendizagem de alunos com deficiéncia intelectual, alguns autores apontam como um dos maiores obsticulos para a aprendizagem no contexto de uma classe regular a falta de conhecimento dos professores (BUENO, 1999; 2001; GLAT; NOGUEIRA, 2002; GLAT; BLANCO, 2009; REDIG, 2009; PLETSCH, 2010) Sobre os alunos com este tipo de deficiéneia, cabe destaca a definigdio mais utilizada em documentos oficiais do nosso pais, que ¢ a da American Association on Intellectual and 1005 BD) sBepMHonterajonal nto em Educcto Universidade e Participacao 3 (ASp3, Sem inert prscpsionecenenrntnsin N: 78-65-09063.192 Develpmental Disabilities - AAIDD '(denominada anteriormente American Association on Mental Retardation - AAMR?), onde o individuo é categorizado nesta condigtio quando apresenta limitagdes significativas no fiuncionamento intelectual e no comportamento adaptativo (expresso em habilidades adaptativas, conceituais, sociais e praticas), manifestadas antes dos 18 anos (AAIDD, 2010). Esta visio esta embasada numa concepgio sécio histérica, a qual reconhece que_o meio em que © sujeito esti inserido contribuirt (ou mio) para o seu desenvolvimento (MASCARO, 2012) Essa coucepeao nos remete a Vigotski (1998) ao discomer sobre o que uma crianga consegue fazer com a ajuda de ontros, que pode ser muito mais indicative do seu desenvolvimento mental do que aquilo que consegue fazer sozinho. Sendo assim, entendemos que a utilizagto de apoios proposta pela AAIDD (2010) pode ser compreendida na perspectiva do coneeito de zona de desenvolvimento proximal eriado por Vigotski (1998). Nesse conceito, a ajuda ou suporte para realizar uma atividade, se traduz em indicativos para o planejamento de agdes para potencializar 0 desenvolvimento da crianga, que pode ser considerado de extrema relevancia ao pensarmos no planejamento para o trabalho pedagégico com a crianga com deficiéneia intelectual. Nesse sentido, entendemos que a praxis pedagdgiea com esses alunos, dentro dos pressupostos da Edueagaio Especial na Perspectiva da Edueagao Inclusiva (BRASIL, 2008) coaduna com a proposta do presente projeto que preconiza a ago colaborativa dos professores envolvidos. Segundo Maset (2011), (.] @ tmica maneira de atender conjuntamente numa sala de aula alunos diferentes ~ tal como exige a opcio per uma escola inclusiva ~ implica introduzir rela uma organizagio de aprendizagem colaborativa, em detrimento de uma corganizagio individualista ou competitiva que ainda ¢, atualmente, dominante nas eseolas (p.46). ¥ qssociagho Americana de DeficincaIntlectale Desenvolvimento > assocagdo Americana de Reardo Mera QcnPq Orapers we 1006 BD) sBepMHonterajonal nto em Educcto Universidade e Participacao 3 (ASp3, Sem inert prscpsionecenenrntnsin N: 78-65-09063.192 Para o autor citado, as escolas regulares com orientagao inclusiva necessitam trabalhar com uma pedagogia baseada na colaboragio entres professores no que se refere ao ato de ensinar, assim como a colaboragio entre alunos no que se refere ao ato de aprender. Metodologia Considerando os objetivos propostos neste estudo, pretendemos realizar uma pesquisa de abordagem qualitativa por meio da pesquisa-ago. Glat e Pletsch (2011) apontam que A pesquisa-agio ¢ um métedo de investizagao cientifica concebido € realizado ‘em estreita associagio com uma ago voltada para a resolugio de um problema coletivo [..]. Visa, portanto, atender, de imediato, 4 demanda da comunidade que serve como eampo de estudo (p.109), ‘As autoras corroboram destacam que nesta metodologia a necessidade da colaborago, pois, destacam que uma das caracteristicas da mesma é a patticipagtio ativa dos individuos pertencentes 20 campo onde o estudo esti sendo desenvolvido, o que pressupde uma estreita interagto entre sujeitos ¢ pesquisador. Outra caracteristica da pesquisa-acao é a flexibilidade; pois o pesquisador nao vai a campo com todos os procedimentos previamente determinados, mas, a partir do didlogo com os participantes, o pesquisador vai agregando diferentes contribuig6es que permitem a elaboragao coletiva de sohugdes para os problemas detectados (GLAT: PLETSCH, 2011). Resultados esperados A intengio é que os dados colhidos no estudo ¢ as reflexdes oriundas da anélise do mesmo possam subsidiar as praticas do corpo docente e da comunidade escolar como um todo no que conceme a incluso escolar e social dos alunos na perspectiva da inclusao A partir das consideragSes sobre o estudo, que tem como foco a especificidade do aluno com deficiéncia intelectual, pretendemos que o mesmo torne-se referéneia para elaboragiio de diretrizes para o trabalho pedagégico na perspectiva da incluso escolar com os alunos com essa categoria de deficiéneia no contexto da escola regular. eeeebe @ = aD QCNPq Orapens we 1007 ‘Seminério Internacional incluso em Educagfo: A Universidade e Participacao 3 (ASp3, Sem inert prscpsionecenenrntnsin 23, "3. E 50EMNO DE-DE ERO. BSL SEN, 978.85-89085.10.2 REFERENCIAS BILBLIOGRAFICAS AAIDD. ASSOCIATION ON INTELLECTUAL AND DEVELPMENTAL DISABILITIES Definition of Intellectual Disability. 2010. Disponivel em: - Acessado em: 05 de novembro de 2011 AAMR. AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Retardo mental: definigao,classificagao e sistemas de apoio. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. BEYER, H. O. Incluso e avaliacao na escola: de com necessidades educacionais. Porto Alegre: Mediagao, 2010. BRASIL. Ministério da Educagao. Secretaria de Educagao Especial, Politica Nacional de Eduecagio Especial na Perspectiva da Educagio Inclusiva, Inclustio: Revista da Educagio Especial, Brasilia, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008 BUENO, J. G. Criangas com necessidades educativas especiais, polities educacional e a formagao de professores: generalistas ou especialistas. Revista Brasileira de Educagio Especial, v. 3. 1.5, p. 7-25, 1999. A incluso de alunos diferentes nas classes comuns do ensino regular. Temas sobre desenvolvimento. Sao Paulo, v.9, n. 54, p.21-27, 2001. GLAT, R.; NOGUEIRA, M. L. de L. Politicas educacionais e a formagao de professores para a educagao inclusiva no Brasil. Revista Integrago, Brasilia, v. 24, ano 14, p.22-27, 2002 GLAT. R. : PLETSCH.MD. Inclusao escolar de altnos com necessidades educacionais especiais. Rio de Janeiro: E(UERJ, 2011 GLAT, R: BLANCO, L. Educagao Especial no contexto da Educagao Inclusiva. In: GLAT, R. (Org). Educagao Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Sette Letras, 2009. p.15-35 MASCARO, C. A. A. C. Capacitagdo de pessoas com deficigucia intelectual: estudo de caso de um curso de Edueagao Profissional, 2012. 116 f. Dissertago (Mestrado. em. Educagio) — Faculdade de Educagiio, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. MASET. P. P. Aulas inclusivas e aprendizagem cooperativa. In.: RODRIGUES, D. (Org.). Educagao Inchisiva: dos conceitos as praticas na formacao. Lisboa: Instituto Piaget, 2011. PLETSCH, M.D. Repensando a inclusao escolar: diretrizes politicas, priticas curriculares & deficiéncia intelectual, Rio de Janeiro: Nau: Edur, 2010. REDIG, A. G. Ressignificando a Educagio Especial no contexto da Educagao Inelusiva: a vistio de professores especialistas. 2009. Dissertagao (Mestrado em Educagao) - Programa de Pés-Graduago em Educagao, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 2009. VIGOTSKL, L. S. A formagio social da mente. Sao Paulo: Martins Fontes, 1998, tebe 8 = CS QQCNPq Orapers wt.

You might also like