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: : TAA sem Axrlea HLS ip em mul roe Inteligéncia Emocional: Teoria, Pesquisa, Medida, : Aplicagdes e Controvérsias Emotional Intelligence: Theory, Research, Measurement, Applications, and Controversies Carla Woycickoski & Claudio Simon Hutz" Universidade Federal do Rio Grande do Sul Resumo ‘A Incligéncia Emocional (IE) constitu um construto psicoldgico recente, € um dos aspects da intligncia ‘ais dseutidos na etualiade, Ela refete, sobretudo o estudo das interagdes ene emogJoeineligéncia,0 que ‘os permite inert acomplensdace do campo conceitual, bem cg a dfculdade metodpldgicas da decorrents. Este anigo visa informa ao leitor © corte stats da IE do pooto de visa cientifie, apresentando-se 0: ‘modelos tedicos correntes desta forma de ineigtnca, beri come suas principals earaterftcas,quliddes, fatha, eras 8 teorn plicapBese corelagtes com outros consruos pscolégicos.Além disso, apresenia-se umn discusido acerca dos tipos de istrumentos de medida da IE que tém sido utlizados, incluindoaspecis e pesquisa relacionadas & capacdade destas escals de predizer comporamenios, de forma independee das ‘medidas psicométcicas existentes. Embors sejam novivels a ampliagao do campo e oF progressos 20 desenvolvimento da tora da IE, bem como dos testes que'se propcem medi-la ainda hi problemas 2 serem ‘anatos e melhor investigados (como os referents validade de const e aos tpas de escalas de IE exisentes). Estes e outros aspectasSerdotelatados e problematizados ao longo do artigo. Palavras-chave: nteligtocia Ervocionalitligecis; emosio; personalidade; testes de Intligéncia Emocions. Abstract ‘Emotional teteligence (EI) is reent psychological construct, and also one ofthe most discussed aspects roguding intelligence. Moceover, i ests the stu ofthe intereations between emotion and inclignce, ‘which allows us wo infer the complexity of is eoncepual Field, a8 well as its methodological difficulties. This tice aime to inform the reader ofthe curentstaus of El fotn a scieafie point of view. Therefore i om ‘ise the curent El theoreieal modes, a4 well ass main characteristics, quails, pall, cides, applicu. tions and corelations with other psychological constructs. Additonal, it will be discussed ‘meats that have been used to assess El including aspects and eesarches related to the capacity af these scales to predict behavior, independently ofthe exsting psychometric measures. hough the progress in the develop ment ofthe El thory is nodiceable, as well asthe ests that are devised vo measure It. there ae sl problems remaining unsolved which oupi tobe beter investigated like those related to construct validity and the types oF fexislent sales. These and other aspect wl be repered and diccuseed throughout the article Keywords: Emotional Ineligence; inte gence; emotion pefvonaity; Emotional Ineligence teats Tnvcigtncia emogdo so temas que tém instigado pes- uisadores ¢ gerado potémica por mais de um século de suds epesquiss (Matthews, Zeidner, & Roberts, 2002; Sigocie, Barbosa, & Alves, 1998). Intligtncia Emocio- ‘nal (E) consul un campo de investiga relaivamente ‘ye, que raz consigo a propasta de ampliaroconceto do iis 6 accito como tadicionalmente inteligent, incluindo ‘0g dominios da intligéncia aspectos relacionados av, mundo das emogdes seatimentos. As concepg6es ati sobre intligéncia constituem o produto do pensamenk teabahoe investigagbes de centnas de pesqusadores, qu ‘20 longo da hist6ria, definiram 0 que € ser inteligente. As- sim como atualmente € possivel perceber evolugées no pensamento em muitas éreas, também tem sido levantada a necessidade de se repensar 0 que se entende por inte! gtncia e por comportamento inteligente. A verificasio das ‘lags entre cognigo © emogio poderia resultar a0 r- ‘conhecimento da capacidade do homem lidar com seu mundo emocional de forma inteligente, compativel com seus objetivos mais amplos de vida. ‘Na parte inicial deste artigo serdo apresentados o hist6- rico © as caracteristicas gerais da inteligéncia e da emoyio, ‘bem como o contexto histérico do surgimenta da IE. Ex seguida, sero relatadas as suas principals caracteristicas, ‘bem como os aspectos relacionados aos diferentes modelos existentes de definigdo © medigto da TE, Além disso, serio abordadas as iter-relagdos entre a TE ¢ construtos jest Psicologia: Reftertoe Cte, 223), tt. belecidos como personalidade e inteligéncia, edo como base as discussbes t6ricase pesquisas evidenciadas na ite ratura. A segunda parte do artigo reservard um espaco para, 1 discussio do status atval da pesquisa em TE, bem como 83s principas dreas de pesquisa e aplicagSes priticas, des- tacando-se 0s presentes achados relativos & capacidade preditiva da TE. Sallentase que este 6 um aspecto funda- ‘mental no processo de constituigio de um novo eonstruto, ‘especialmente no que se refere & construct da proposta de uma nova forma de inteligencia. Por ultimo, serdo apre- sontadas as consideragSes finas, beta como serio aponta- dds cumintos para pesquisas futuras. : Historico e Deflalesio [A partir do século XIX, observou-se um crescente inte- resse pela inteligéncia humana, especialmente quando Herbert Spercer e Francis Galtah sugeriram uma capaci ‘dade homans geral e superiot'Galton entendia a inte- ligencia como reflexo de habilidades sensoriais © per- ‘ceptivas transmitidas geneticamente. Assim como este, Raymond Cattell também acreditava que testes baseados ‘em habilidades mentais simples.(como tempos de reaglo, liseriminaglo sensorial e associaglo de palavras) pode- riam coustituir ituportantes preditores do desempenho acad#mico, Contudo estudos posteriores demonstraram que ‘scala baseadas em habilidades simples nfo constitufam preditoras de sucesso académico, além de nto serem ade- ‘quadas para medir ainteligéacia (Carroll, 1982). W tnetgene |ApGs ter investigado os testes mentais claborados por . ‘ac cures pagar, A Bin ose a: Calas que inclufssem capacidades mais complexas € dades do dia-a-dia seriam mais. adequadas para medir:a inteligéncia. Em 1905, ele e Théophile Simon criaram 0 primeiro teste satistatério de inteligéncia, por meio de uma solicitaydo do Minisério de Educagdo Francés que objet- ‘ava diagnostica ciangas necesitadas de educagto espe- lizada (Matthews et al., 2002). A escala Binet-Simon inclua itens que abrangiam a compreeasto da, linguagem hhabilidade de raclocinar a nivel verbal e no verbal Este teste constituu a base de pesquisas futuras e foi uti zado em virios pafsese linguas. Apés alguns anos, inicia- ram-se-as pesquisas em avaliagdo mental de adultos, espe- cialmente quando em 1939, David Wechsler criow a Escala ‘Wechsler de Inteligencia para Adultos (WAIS), também revisada posteriormente. Com relasio a sula defiigio, € possivel pereeber duas correnteste6ricas. Ha autores que w definiram eomo unfa cipacidade geral de compreensto e racioc(nio, enquanto ‘outros a desereveram como envolvendo diversas eapocida- des mentais relativamente independontes umas das outs. Binet e Wechsler foram adeptos do primelro pressuposto. Do mesmo mado, em 1904, Charles Spearman sugeriu 2 cexisténcia de um fator geral de inteligencia (go qual ‘permearia o desempenho em todas as tarefas intelectuais. Segundo ele as pessoas seriam mais ou menos inteligentes; dependendo da quantidade de g que possufam. Spearman estava especialmente interessado na natureza psicolégica «© na interpretapto do componente mental que tende a pro ‘dutitcorrelagdes positivas entre os Varios testes, Por micio de vérios estudos,ele sugeriu que o g era um fator central € supremo em todas as medidas de inteligéncia, o qual representava a capacidade de raciocinio ou a génese do ppensamento abstrato (Carroll, 1982: Sternberg, 1992). ‘Todavia, em:1938, Thurstofe criticou a inteligencia feral de Spearman, e postulou que a inteligéncia poderia ser decomposia em vérias capacidades bisicas através ‘da andlise fatorial. Thurstone identificou sete fatores (omprecnsio verbal, luéncia verbal, aptiddo numérica, visualizagio espacial, meméria, racioeinio ¢ velocidade Petcepliva) ecriow o Teste de Capacidades Mentais Bisicas (Butcher, 1968/1974), Similarmenté, Guilford (1967) ‘propos que a inteligencia comproenderia 150 fatores, ‘Gardner (1995) criow a teoria das Inteligéncias Msiplas, independentes entre si, as quais operariam em locos separados no cérebro, obedecendo a regras propria inte ligéncia't6gico-mstemitica,lingtstica, musical espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal e interpessoal, NNeisser et al (1996) propuseram que as pessoas so di- ferenciam nas habilidades de compreender idéias com- plexas, de se adaptarem ao ambiente, de aprender com & ‘experiéncia, na maneira como conduzem seu raciocinio e sesolvem problemas através do pensamento. No entanto, ‘mesmo que estas diferengas individuais sejom substnci clas raramente sfo consistentes, uma vez que aperformance intelectual de determinada pessoa varia em ocasides ¢ ominios diferentes. Sendo assim, muitos teéricos da atuaclidade (Campione, Brown, & Feirara, 1982: Gardner. 1995; Mayer & Salovey, 1997) sugeriram a existéncia de rauitas inteligéncias, as quais constituiriam sistemas de habilidades. Num documento emitido pela American Psychological Association (APA), enfatizou-se que pouco se sabe sobre as possfveis formas de intelig2ncia, ¢ que os testes atuais seriam capazes de capter apenas algumas estas inteligencias, sugerindo a existGncia de outras, as (APA, 1997). Conforme Campione etl. (1982), ‘ia académica constituiria uma das formas de inteligen- cia possivis (nfo a nica). Em 1997, Swemberg salientou que uma das caracteris- ticas mais imporantes da inteligéncia seria a eapacidado de pensar de forma abstrata. Seguindo esta premissa, “Mayer, Salovey, Caruso e Sitarenics (2001) gessaltaram que ‘© racioeinio abstrato somente seria posstvel através de ‘um inp ov entrada de um est{mulo (informaso) no’ tema, de modo que diferentes inteligéncias seriam defini as de'acordo com 6 que entra ¢é processado no sistema, ‘Os autres argumentaramy que a informagio ingressante poderia ser de ordem vetbal, espacial, social e emoctonsl, ‘entre outras. ‘Uma das primeiras tentativas de ampliar 0 conceito de ineligéncia para além de capacidades intelecuais gerais, (asualmente relacionadas a competéncias acad8micas) foi ‘conciuzida por iniciativa de Thomdike (1936). Ble propos ‘a Inteligacia Social (1S), como a capacidade de perceber ‘5 estados emocionais préprios e alheios, motives e com: * Wioycikoshi C8 Hut, C5. (2009), Inteligtnca Emocional: Teal, Pesqulsa, Meda, ApicagSes« Controvaan, Portamentos, além da capacidade de agir com base nestas informagdes de forma Stima. Sobretudo, a IS refletiria 8 ‘nabilidude de decodificar informagbes oriundas do con: {texto social e de desenvolver estratégias comportamentais ceficazes com vistas objetivossociais(Siqueira tl, 1999). Stemberg e Salter (1982) jé haviam referido’que grande parte da inteligéncia consiste em resolver uma variedade de problemas apresentados nos diferentes contextos sociais. ‘Sternberg (1997) argumentou que os seres humanos sio cessencialmente socisis;e # austneia de habilidades sociais poderia significar uma limitago importante na capst dade de adaptaso social bem sucedida. Assim com reco- ‘nhece-se a importincia destashabilidades, eabe destacar 0 papel das emogoes na adaptacto social e no comportamen- (o inteligente. ye » 2 emote (I.E) ‘Conforme salientaram Matthews et al. (2002), para que ppossamos compreender a TE é necessério que se tenba cla- +0 a concepeio de emogdo. Além disso, o proprio aspecto ‘multidimensional das emog0es ovasionaria uma concep- ‘slo de TE complera. Segundo Fortes D'Andrea (1996), ‘poueos fatos psicol6gicos se comparam com as emogies, pois elas demarcam fatos importantes em nossa vida, mas Inais do que isso, clas influenciam s forma como reagionos ‘ estas experincias. Smith e Lazarus (1990) argurienta- ‘um que elas podem eausar importantes impacios no bem- star subjetivo das pessoas, na saide fisica e meatal, nas interagées sociais,além de influenciar acapacidade de reso- lug de problemas. Campos, Campos e Barret (1989, cita- os em Garber & Dodge, 1991) sugeriram que as emogdes ~ serum reaponsvels plas relates da pesoe com 0 a bien exter, bem Gomo pela sua manutengto oo ite ripeda. Para ests autores a coordenagto de miliplos procesos€ uma eaactetitin| yemoeto Spade sts, asta conepeade ata SUNG __ cdbiolégica complexa, que envolveria inteligéncia ¢ moti eee | sonalidade, que acompanbados de mudangas fsiolégicas, ‘expressariam um acontecimento signficante para 0 bem- \cstursubjetivo do sujeito no seu encontro com o ambiente,” sae ria parcialmente biologica- ‘mente determinada;e parcialmente o produto da-experita- cia © do desenvolvimento humano no contexto socioculty- ral (Smith & Lazarus, 1990) Lopes, Bracket, Nezlek, Qphitz «© Salovey (2004) salicntaram que compettncias ‘als sfo exsenciais nas interagdes soci alimentam fungSes comunicativase sociais;além de con- ‘rem informaydes sobre os pensamentos ¢ intengbes das pessoas. Segundo os autores, aocorréncia de uma interagdo social positva e satisfatGria demandaria que 0s individuos Pefeebessem, processassem e manejassem a informagio ‘esiocional de forma inteligente. A visto de que as cont peténcias emocionas s8o cruciais-para adaptagdo tem sus- itado 0 interesse pelo tems da inteligéncia emocional e ‘nspirado muitos programas de aprendizagem sociale emo- cional em escolas e em ambientes de trabalho; } tnteigtaca mete A Inteligéncia Emocional (IE) constitui um campo em expansio que engloba véria dreas de pesquisa. A concep- o-da TE como-uma habilidade foi desenvolvids numa série de artigos na década de 1990 (Mayer, DiPaolo, & Salovey, 1990; Salovey & Mayer, 1990), sendo que a pes- ‘quisa inicial visou a aspectos teérioos de delimitagao de construto, medieio ¢ comprovacio empicica, baseados no ‘modelo psicoméirico de inteligencia (Mayer, Salovey, & ‘Camiso, 2002). Ela foi definida academicamente pela pri ‘mera vez por Salovey e Mayer (1990), como uma subform e 1S que abrangeria a hablidade de monitorar as emogses «© sentimentos préprios e dos outros, diseriminé-tose util {2a essas informagées para oricntar peasamentos ¢ agbes s primeiros estos erpricor emonsiaram a hab dace das pessoas em ideolfcaeniogoey om coe, 008¢ formas (Mayer ct al., 1990), além de tet sido investigado a ompreensSo de emog6es de personagens em histrias (layer & Gober, 1996). Ente 1994 ¢ 1997 rocedese 0 fendmeno da popu- lariapo da TE, espectaimente quando Danie! Goleman (1986) langouo lo ital “Emorional meligence xasionando a ampllagso ea "manga dfn a TE (em especial ma mia era popula), ue pee de endo pussou a Inlultanpecto da peronaliade, A reas populares, por pane dos proponents da TE (Mayer Salovey 197) fot de questonarexpetavas infyndadas, além de term redefinido a TE: ‘A inteligécinemocional evolve a cpacidads dC) | pester curdamcnt, de vali ee expesa eo | besa capaci de pereber ou gee sone | undo els fciam 0 pensar! capsids de | compreender a emocio eo conhecimento emocional e} || 8 capacidade de controlar emosdes para promover 0| _erescimento emocional e intelectual. (Mayer & Salovey. 1997;p. 15). a an A pat desta revisto, 0 processamento de infonfibes emocionai fo expicado através do un malo de quay iniveis: (a) percepgdo acurada das emogSes: (b) uso da emo- (0 para falar penameno, resolu de problenasc Cratviade; 6) comprecosto de emoytes; (0) conse ds emoses para cresciatetopescl (Maer ly 202). Segundo os autores, a Pecepedo Emocionl (PE) const tii amas bin das Baiada El rela 8 ato para econbecer dats emogées em © nos ‘tes de manera scurada, lem da capaidade ds express las mas studies social PE poder ear associa um sntimento de eompetteia pr iar com diferentes situagdes © pessoas, na medida em que o conponcee émocionl podera apr como wn important recurso de infomagto: A Emopdo camo Falitadora do Pensametc tele 8 cascade deo pensmeno sera emogte ben Como a possibiidde dus mesma inlvencarem o proces © cognitiv, Conforne Forgas (195) e Schvar (1950), ‘moe poderiam nflunsiarprocessos de penser pot tno da romoyto de distin etatyas de process 4 informagio,Pestoashabcis em integra sans emoyves Pool: Raferdo e Cre, 2(1), AL. coma cognigio, tedeiam a uilizar emogdespolftivas para dlesenvolver criatvidade e processar a de for ma integrada. Alm disso, estas pessoas necessitariam de menor esforg cogntivo no processamento de informago «sa resolugo de problemas de ordem emocional (Schwarz, 1990) |Acapacidade de Compreensdo Emocional (CE) estar celacionada a us hebildades: (a) eapacidade de ident Ficaremopbese coisas; () entender 0s seus signfi- cados, curs e a maneira como se constituem e se corr- lacionam; ¢ (6) conhecer suas causas e conseqUéncias. Adicionalmente, a CE indiaria 0 quo bem uma pessoa ‘seria capa de entender significadose situngbes emocio- ‘ais, através da utlizago de processos de meméria eco- Uiticagfo emocional (Mayer, Selovey, & Caruso, 2002, 200A). Gohm, Corser eDalsky (2005)¢ Lyons e Schneider (205) refeiram que a eapacidade de entender © prever novas emogbes poderia estar asociada a sentimentos de previsioe contol. O Gerenciamento Emocional (GE) efle- tri a capacidade de regular emoges em sie n0s outros, into 6 de gerat emog6es positivas ereduzie as negatives, conforme case (Mayer de Salovey, 1997) Pessonshibeis ‘em modifier es emogdes de forma a.modelar respostas sfetvas de acordo com seus objetivos © com 0 meio, po- deriam obter beneficios em variadasstuagbes, como de estresse, por exemplo (Lyons & Schneider, 2005). Igual rmenie, 2 possbilidade de reduzir emog6es intensas © de sera experincia emocionais poderia casionar sentimen {os de auto-contole.Ahabilidade de regular as emoges nos ‘outos poderia ocasionar sentimentos de controle situa- ional. Alem disso, GE fol relacionado &satsfaydo com a qualidade das intragSessocais, bem como com uma ten- «enc a obier suport dessas (Lopes, Salovey, & Straus, 2003), Sobretudo,o controle emocional traduzira a ha bildade de regular emoges com 0 objetivo de promover tenes erscimentoemociona e intelectual. NA critérios para Padrontzagto ds TE: ‘Dols Modelos Telcos Mayer, Carso Salovey (2000) referiram que a IE re- quero eumprimento de tts ertriosrigorosos para atingit 6 status de uma inteligéncia como as j estabelecidas: conccitual, conelacional e desenvalvimental. O primeiro” associa-seb necessidade dea TE refleir uma performance rental a0 invés de formas de comportamento, autos ‘ma, ou caracteistias nfo intelectvas, sendo que as habi- lidades relacionadas hs emog6es devem ser medidas ara- ‘es de estes que requeiram desempenbo mentalaO segun- do critétio, que descreve padres emplricos, tradua-se pela necessidade da TE abranger um conjunto de habilidades, ‘relacionadas que sriam similares, mas distntas das babilt- dades mena descr por ineigencias previamente exs- tents (Neisser et a, 1996). O terete entéio posta que 2 inteligtncia deve ser passvel de aprimoramento ao lon- 20 da vida (com a dade e experitcia. CConforme mencionado anteriormente, emibora a IE te- nhs sido cancehida como uma habilidade, que abrange processamento cognitivo da informagdo afetiva ¢ emo- ional, ela também foi definida como envolvendo muito sais que habilidades como perceber,assimila, entender « gorenciar emogdes. Foi assim que surgiam as concep 524 alternatives da TE, como os modslos proposts por Bar-On (1997) ¢ Goleman (1996), os quais possuem campos de definigfo vastos, como motivagio e dimen- Ses de personalidade, ais como, perssténcia, elo e ot rismo (Goleman, 1996; Schutte et al., 1998). Mayer, Caruso, etal. (2000) denominaram estas concepyies de sistas, por incluizem nas suas definigSes concitos no intelectivos. Goleman (1996), por excmplo, afirmou que ATE envolveria autoconscitncis, emmpatia,autoconule, socibilidade, ze, persisténcia¢ auto-motivagto. Refe- riu-se ATE como carder, ¢ sugeriu que cla deteminaria em grande parte 0 sucesso ou o fracaggo das relapses e ‘experigncias cotidianss. Em outo livrofirmoss que a TE responsavel por cerca de 85% do desémpenho de lide- res bem suoedidos, ou que comparada com 0 Ql, a IE é diuas vezes mais importante (Goleman, 1998). Mais tarde, entetano, 0 proprio Goleman (2000, p. 22, citado por Mayer ota, 2004a) teria reconhecido a necessidade de mais pesquisa acerca de tals afiemagoes ‘Uma das maiores contibuigoes de Mayer, Salovey ‘Caruso (2000) para o campo de investigagSo da IE, refere © 20 fato de que sua teoria nio se baseia em promessas {ncomuns relacionadas ao potencal da IE. Estes pesqu ores ttm procurado expor as promessas edits popilares referentes & TE como infundados, visio a falta de evidén- cias capanes de sutentar tas afirmagGes. Eles afatizaram «que cienistas académicos deveriam disceric entre senso comum e pesquisa cientica, Contaiamente sobrepo sigdo de conccitoscorrente nas concepges mists da TE, pesqulsas tém apoiado « existénca da TE como uma ba. bhlidade mental (assim como a definem Mayer, Caso, ct 4, 2000).A tora prodiz quo a TE 6 una iatligencia como ‘utrasexstentes,poselacompora tus rts empticos: (@) problemas emocionais tém respostes cera ou erradat avaladas por méiodos de escoresaltematiyas (Por conse 40 do grupo por eopecialisias ou por consulta ao avo, isto €4.pessoa que expressou emogdes a serem avaliadas em

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