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Levantamento preliminar dos institutos Igarapé e Sou da Paz mostra que o acervo de armas
dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) chegou a 1 milhão em julho de 2022,
ultrapassando o número de registros ativos de armas de pessoas físicas no SINARM/PF.
Pessoas físicas com registro de arma ativo junto à PF para defesa pessoal*
novembro
SFPC junho 2020 dezembro 2020 2021 julho 2022
Total: 238.439 308.510 491.771 673.818
Destaques:
● Estamos crescendo um banco (Exército) que é uma caixa preta; polícia não tem
acesso, e que é mal controlado (falhas no registro reconhecidas pelo próprio
Exército; não consegue detalhar armas que registra, pouca fiscalização, queda
no orçamento e pessoal para
fiscalizaçãohttps://oglobo.globo.com/brasil/orcamento-do-exercito-para-
fiscalizacao-de-armas-cai-apesar-da-explosao-de-estandes-clubes-de-tiros-em-
791-no-ano-passado-25152761.);
● Armas de maior poder de fogo autorizadas pelo Exército e o alto limite liberado
(até 30 armas para atiradores, 15 para caçadores e sem limite para
colecionadores) geram aumento da infiltração do crime organizado (casos PCC,
CV em vários estados).
● Este crescimento descontrolado se inicia fortemente a partir dos novos
privilégios concedidos à categoria em 2019 por Bolsonaro, através de decretos
que estão sendo questionados no STF. Os processos, que já tem algumas
decisões contra os decretos, completam esta semana 11 meses parados, por
conta de um pedido de vista do Ministro Kassio Nunes.