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HISTORIA
Lilia Moritz Schwdcz
Fernârdo Â. No\ais
- Pt sideflE do
.ooÀanÃdot d4
conselho
cowo
DA ViDA PRIVADA
-
láura de Melo e Soüza
Lüz Fdipe de Alencastro
- organizadon de whme
oryaúzaàoÍ de rolune
NO BRASIL
Nicolaü Sevceúo
-
orÍa,izadoí de vollme
fernanda Carralho
- ronsultora.de ionogafa
-

Cotidiano e vida Privada


na América Portuguesa
Coordenador-gerâl da coie,;eo:
FERNANDO A. NOVAIS

OrsãÍrizadora de volumc:
ro
LAURÀ DE MÉLLO E SOT]ZÀ

Apoio cultural:

.!á'wruIE,,amlts 6MPA
,N
NHL\ DAs f,f,rRo.s
/,4 q1
A SEDUÇÂO DA LIBERDADÉ
CoTTPId.TO E CONTESTAÇÃO
POLÍTICA NO FINAL
Do sÉculo xvnl
Istuárl ldncú
üD ü üüü t ü Ü ü D D Ü Ü üÜ ffi ÜÜÜÜÜ lÜ, t üÜ Ü Ü Ü Ü Ü Ü Ü ÜÜ Ü ! Ü Ü Ü Ü a Ü +u
a ÍolcÀc DÀ tsÍnoÀct ' 38!
388 . DÀ vrD^ 4rvaD^ No 8rÀet i
"r!ôtuÀ
de um
rioÍ.1odo! cles se pÍopondo a coíeçào de di!frlÍl(oes
ilrn;il bom'e,u(rô mas localnente rn'l erercrdo' c
".,r".., a. ;rsúiz'ção do Poder se rorna o âlÚo
"1,.. "*;j po' ouÚà afirmá sc como o
i* itic"" su, ""t"ttuiúo
" " * t'..ens o nolo que desPontJ e a \edl
"n:J. "". -*"
àá..;"áae'iao. * p-.*' ne5§e final do século ru.t 'zÉo
à
a
..""úa" "i*ra. " **lu(ào. A sediêo é' c todos Perce-
i.?', a*sa *-"t.,. -"junto nârutea
da! práti'as de 1ub
" enquanlo
versiva oue, referidar a revolu(ão' anunciam-na
aPena no (Ún
oossib iàde, mesmo quando ie con'Íetizjm
o
iú'à*ãi;,e-r". o 'átç,o e. entâo â revoluÊo deleiadà'
rt*ara. , p"t o.a do tuluro no\ intersrícios do pre-
Ã,t r"
senie. É drsso que advem seu FPel úíosi'o
muúo ma§
sÉDlÇÃo E l',lDA PRrVÁD"A. nâieôso Dara o stâtu quo do quc o\ \iolentos molD' ou re
i'a,i' .u. .ouiti-*rn grande\ md§âs de homen ' nom' em
(Ônrtíá
rtrê os anos de 1789 e 1801 a§ autoridades de L;boã \'1- ao'üá o re,, morru o nau Sovemo" exPre$á' dà bu*a
ram-se dimte de PÍobiemas sem Precedentes. De ú- ã" q"" "r" *u,"" - r''aalenrn' da o'dem'
rntes
rias regiões dâ sua colôniâ âmericana chegavâÍn noli- resrau;lo\'
os ensaios sedi(io\os do fina] dÔ ''culo '!'rrr anuncrm
a
cias de desafeição ao T.ono, o que era sobremaneira sràve À
preocüpanre Roúdade residia no fâto de que o objeto das ooso ae un modo ae qdÀ Â 'r§e 8;r;l d" ÁntrÉô Regimr
màniíe'ráçóes de devgmdo, {iequentes desde o' Irimeiros desdobrâ.re nas areâs Pentética do 'i(emr
Ju;nl! o po'(
-
sécülos da .oloniaÉo, desloc2va-s€, nitidameote, de asPectos . ,*i"i. a" ,"^e.;rr tonügÜek - aponlddo Paía d
pârticuiares de açÕes dc governo Pâra o PtaÍ)o mais geÍal da
",'", a" *"* a"''d"' oe o'oen:menro da vida so
ors,nD1,:;o d" t.Ladú. Nâo se tratrvd mais. nc§e ÊnJ Jo "-"."-l';
a,j. ü,";r"u<u* p.t,t' * de \à 'ri.r o\ cn\ri^ le
rdi'iÔ
,.i,lo *' d" .on"L,nt. "romper dâ5 (oni'adiçóe\. lrÍ)'Óe' lú(dr arur, pàrâ aler dJ ne:àu" Jo abralurr('n ' mrnaÍ
',,,
a desaguâr€m nos violertos €onfftos que Pontu'ám a histó- .-"^..'t"U" " a..r-'", a" Ã'r' I"rm"' de *rr'bJrdadÊ
â do sistema colonial Português na América. Álgo de novo l"ãima" ,..",,"' no pulsar do 'oúdrano' r:n1 dá' elite'
(oroni'l'
despontaB, para além de motins de §oldados em razão do I"*.. à"' ã*-' a;*";' scsmcnro' 'o"i(drJe da
poL
âtraso no pâgamento do soldo, dos saqües aos amaáns Por '"-i"""""-"à. "ãt, aa 'mersinru do desconíoro organva-
motivo de abastecimento insuiciente de gêneros, de re!'olta§ .- 0"" '" "a"*" *,i,t"'enre rorlrndo^erebeldrr
,i,. J-."-" ,,1 ürompcndo no esracô dà vrd'J publilrti
e
contest .ndo rÍcessos §sais ou, ãté, Íedetuindo heSeúonia§
do
de úrmgência locâl Essâs inupçoes coletirz< de reheldia' , o'i""a", Ícvela frce surPreende're'
einda oue erdémic6, ao 6m e ao ebo esum-se no espec'-
".'fiU*a.
Er em Colônia.
'na"
querse úàduz'z em consPiraÇàn' que' 'edpte
6co de suà moti\ãçao inedialÀ e <up.rados os Problemãs ...t ..- r rr" í"" f"*:' rrú<gre<ào' olre-scpela ênía'e
pontuais que estâvam na $la ba§e, ainda qu€ median& o Íe- ."-".r". a*r* ""* dimensÕes' não M como dei-tat

orso à üolên€ia, ô TÍono emergia inquestionado € a Monar-


"',-"
de oerceber que. na traieroriJ de
rda um du\ evento\ em que
e públi'a !i'rr
quiâ üa-se presenãda no seü papel de núcleo ordenador dâs i."ís" *íiÀ". ^ a-en$eí Privad"' 'l'r
lesitimidades e legâliàdes. $.ial 5e âíiculãlam de manena djvc*a d's '^nv'h!rond<' privada'
que se percebe. agom. nos úúrboídamentos da ÊoD
o "ã" *, à,4".a* "o restrito espaço da üda de fÍan'
tei!â da"legâlidade e§tlna coisa que está presente Íos ahstúÍ- * -i."rii .*a,-,
""", oâs §edições, sua disPosiÉo
bios, saquÀ, motirs, sublevações e reoltâs do Peíodo ânte- qrã* tu i * a" q* *ã tido por Pút'lico' negando Ô siste-
390 Hrí.r a D; r D. !vÀúr fr.r scÀ! ,

elite local. E, Dor Ân, o des€oDcêÍro dâs autoridades


dia'te de
Da que os ex.luia. Mas convém lembrd que, mesmo ânun
{atos dessa natureza revelâ-§e por inteiro Íos tortuosos ca_
c;ando intençoes de erientâmento com a ordem institúda, em per
*,** q." f.**.
à Priíào oi lrmàos Suassuna'
chegaÀdo en algulls cÀsos à pÍoposiçào ineqúvoca de supre$
.,--s"co r rsor l, qu-dà, âo 6Jn e ao cabo' lair aur'rrid"des
úo desta e insiauraçào de uma nova ordem, ô conftonto de-
* màis m adminisrrar 'z( ver\i'es do
rivado de prálicas sediciosâs efetivoü-se prin ipaiinente em "-.t,',* r"l.ip*a.
(lue os Íáto§ quc as SeraJam'
' a bu,ia coo'islenre de per'eber significado dessa'
Rigoiosamente, âpenô os errntos de Miüas Gerâis (1789) "idéiâ de ÚrecrPacào
p di BJx/ , I e8' .on6guam $diços. tu medidd em que n§ i(oes contestarotia5, pam a.lem da 'aga
tcs s9 tratava de deliberada e organizada vontade de subverter ã" *,i**.- a. u.i'uiade Ptenuntlando o advenro dd ir-
Jependêncü e do Ê(rado Dacionil brasilerro deve
* a Fet
a ordem púbtica e os padrões de orsânizâçâo do Estado. Mas j reus âponrimenro! âbrrám uma Pertlecl'vo
a pouca nitidez da linha demaÍcatória entre o que é ou deixa !àndo No6s
de seÍ contestação, e â imprecisão dos limites que separam ,lê mvestrsã(ào desdobraoa' num Primeiro moÍtenlo tor
eslã dasediçãÕ revela-se tanto nestes quanto €m outros episó' Carlos Gü]herme Morz. Trarav. r' prm ambo§ d' Lnregrdr
dros do finâl de século na Amúrica portuguesa. ,\ nüniftsla\ôes de úcontomismo na í.olóm'r no quao'o
I indiscuÍivelque âs Àutoridades se sotem pisândo sobre leral ddt rraníoÍtnaÇóe' Pel,§ quait Pàssrvâ o lJnpdr'o lusu
nd
tcrreno mo*diçr,, da mesDra forma que os hâbitantes da Cô oro.eso . ujr variivel íui apontrda Por Novai\ "Preen\do
]ônia. I tudo issa côlo.ava problema.s politicos grarcs relati da crise do sisteúa.
r n,' aan. e e Ienifi,rdo üs açóe, repressiva" ar mr desve.dame to da natürea d€ssá crise ab'iü enormes
o
'.,-nr. tipo conlestatorio, pois, afinal, a justiúcativa DossiDilidadc< parà d 'omPr(en\do das mafl"e'ràçoes
de
nitestaçÕes de
ÍJtima dx pÍópria exislência da Monaiquiâ residia no seu pa- i*"'",-"-o ooüri.o no interioí do §Pàço (olunidl ao

p.l de depositária natural da administraçeo da justiçâ. DaÍ .onfêrtr iíre[sibi]id.dc hiíoric. â ãnr"uracàô do' drrerso"
t.) *-"** ,"rã..t"'* *- o quadto gerãl de Lr"nsíotmaoc'
decorÍe que a represseo, quando suportâda pelos padrôes e
criiérios âceilos pelâ sociedade como legítimos, se configura- ir. .* .à i**i". * *ncreriza'am' o e'Dr'lr'co mineür'
dc
'ada
bJàna'
va como umâ dâs feições de aquela se fazer. Mas sabia-se que, ,"rp""tu f.A p-" u p",..pçáo dd cÍrse tosle

ao .olidrÍ com ô que era tido por prática socialmente consa pemambucmi ou carioca, integrava-se a pãnir de ent'o no
'"*à e*"1 a" supcÍaçào de§a me'ma -rre sem que Ínse
grâda, essa cofldiçâo da r+ressáo
-
fazer-se justiça --
se
rnr i'úloniali\mo rrrr nt' resuiru
desveecia, pelô que aquela reduzia-se ao puro arbítrio, tor- -";'ã, *-r.,n a. g.*ri(o
nando se, potencialmente, gerâdora de desafeição g€neralizâ- i".,t ,-o..*Uot i"auzido podet ea?Lcarivo Lnnqutcid"
da ro Trono num conteío politico contaninâdo peio sucesso ..- o' irnoona.r"s.'tudos áe Xcnneú Máraell sobre o\
evcnros de iúinas Gerais. e desdobrando-5e em rírbJho'
mà'
da RevoluÉo Amêricanâ e, mais tdde, Iran esa. O €onde de (179a) e da
Resende instauia uma de ssà para apurar Fopósitos sedi- ."..n." t ntu"ao dâqueles do tuo lmeiro

ciosos dos menbros da Sociedade Literária do Rio de Iânei
n,ii, , rzsgl. * ,niiol"ç0.' internrs das socieüdcs 'olo
dais. sobledelermi^âdar pelas linhas de do caPiraL\mo
Ío (1794) por perceber nâ ini€iâtiva as seDentes da sediçáo, 'orcaviÍam se re§tau
em erDansào mas nào drssolvidã5 por esràs
nâs seu iuiz, colide com o dâ Corte, pdo qüe acâba sendo
desautorizado, Na Bàia é a Corte que êxigÊ a apuraÉo de -,tÀ;â 6ndicào de tundamenro( dn iíteliBibilidade de suá
DróDria histôria.r
fatos de .âtueza sediciosâ envolvendo honens proerrinenlês ' 'Dê(ç e(Íôr@ de reür;o re'salta lenrÀ más PeAr§tenre
daquela capitania, mas, nesse caso, o governãdor é cuidâdoso "
amoliacào do e,p"co da bu«a de noEs alrerndtivas
tanto em sepdar essa averiguação * à qual não poderia se 'oci.l
tunar da de\ãssã já eln curso por motivo de públi€o inrên- o-l " i,a.*-à,á p"t,;co do u'rjw!§o colonial Percebe-se
-
to sedicioso quanto em conduzir o ÍorÍnal esdarecimento dos
q". .ut ..4ç.o ;"i',tod". na Âmerica PoÍtuguesà da üLima
resPostas pollt;
faros Ílo setrtido de eximi de culpa os suspeitos, membros dâ dr,.ara ao i.uro rlrII os t'omeüs Procumrn

tr-r-rat-ta--
) D O ü ü ü O D ÜÜ Ü ÜÜO D Ü Õ ÜO O ÕO Õ |I ü t' OO ÜÕ Õ t at { r U LLr r, r r, r,
ÍoucÀo 5a rsÉ(oaof ' 393
392 . h5ros4 DÀ vD^ av DÁ No sPÂsr l ^

ca§ para a crisc que §e €sprâiâ\.4 no inteíor do sisÍemà Aindâ


que esta crise nâo teúa sido perc€bida como tal, e nem tenha
resultado ern discu$o§ teóricos coerentes e perfdtâmente
ajustados aos paradigmas ilüsúados da éPo€a nota-5e que,
têndenciaLDente, os evmtos sediciosos r.r€lâm o e§gotâmetr-
to da eficácia de forrÍâs ügentes de ordenamento poÚúco da_
sociedâde e dos padrÕes que regem §ua reireraÉo, PadrÕgt de
abrãDgência \âriável, a deperder de cada umá das sitqaçóes -
côncretâs consideradâs.
O eigotamento de pâdrões tladicionais que se revda nos I Rcatrn.ia do cônúatddaÍ laãô
enunciados e buscas de âltematiãs (Poderosos sintomas de P,àti,r.td. MadnD noje Íant"'4"
crise) perpa§§a o todo da údâ social Está presmte no inter€sse a ;ü dú c'nto\ t vik Rna'
Aa qt tuno di.o lat b l dt
por novas formas de organizaÉo do Estâdo, en1 esPecial aque- ôn$ d
runlõ.' \edn@tÉ
lâs Íesúantes das Revoluçõet Amqicoa e Frâncesa m㧠Íeve- dú@b.ía da Lt ônfiinàt D4]oi\'
la-se, tâmbém, na emergência de uma notla cultuÍa política' 4únda )a aüan
a: rtrAur«ja
dtr1
assim .omo no arloiar d€ novas fomas de sodqbqdâd€. C-om- fot pako du \üiódú\ou'sún
(lardú MonrÍ|da Cúto
F.h
ponamoros tidos por dcsüúres da boa ordem, aoles molivos da

dê escârdãlo € passíveis de dgoro§a sançao, com€çam ã ocoíer


e, conquanto causando con§Úangimento, são, aindâ que dê
velhâs
modo Í€ticente, tidos por âs§imilávei§ O ânônimo autor de F.D oütros contextos que não de eÍo§ào de '€rte-
lowm onriar da gwniçio da
§Í$^ íoffiana Pelos honens paàos do .íàa'
Relaçno da Francezia ,,,.;;;;';;;...'.' ";m mânirelraÍ
Jt)
de da Bahias atÍii]ir ao govêrnâdor a respombilidade pelas íi;I. r"' de cai'menro' PuhliLa
que agitou a sede dâ câpitâniL Se- ".*r* p"t"'eu
J* a."o*- e Pelas d" Sant?
dimosões da contestâÉo -""i. 'erimónià§ó§rm pír
'eÜgiaoinimaginávelquc
Àiâ.IÍê tlreia. Seria, en.Íelrnlo.
gundo êle, agrâvos à boa ordem âflorar?m otidiânamente, tra-
duzjndo-e em arenGdos âo5 nicho{ onde o povo * reunia à ."il"ã.iJàr** a, punic'io devidá eque Pcrmrnc'esq inre
1.,i" - ."-1, a. Poir Íor u se \erificou fo' '
nôite, para ÉzâI o teÍço1em exâItados excessos verbãis contra a
il;;i.á;""," "n.Liãro
de Hermogene' de Asurrdr Panror'
religiáo € os sacramentos dâ lgl€ia, óegâDdo ao limite da
âgressáo "aos rcügiosos que estavam re?ândo o offcio divino à ."La" *1" ..r"a*. * riru"rs aÊrmando ao prroro'quc
ouc tomav" á
meia-noite, comô o fizerâm âos Frarci§cãnosi6 EntÍetanto, os i do aouno era abu"o que bastava elc dtclarà' maior rhê àd'
que, no governo, "por justiça a isso est^ãm obÍigadoj' nada ;;;;;;;,ü* i. r,en.hum probrcmi
por
sdbrdo
tueràm, "atribuindo (pois €les de ürdo sabiâm), â Pabulâ8ern ,"L J"ã .orr0.""-""ro ainda que esse íosse

de nulatos, a folsuedos de râpâz€si? Sabia-E, é dâro, Por onde ,ffii.at.."


múros.
palsÀ â lin]E diÍiúria euúê o Permitido e o iÀt€Ídito' m⧠torm momenros d" 'ondensâcao da Lriç
perdiá-se â dúea quarlo à Íe§ponsabüdáde de cadá quâ1 oa r;--iã""i-"i," r."-. "a colônk Nes'r areá PeriÍc! ic'a do
presemÉo aa Uoa oraem. Ioaquim lose dos Palços. uma de(l' Efr"-ã, ""'ã"r...àçôes que anunciam a hegemonra no ouir dà
dâ ants do" elcàndalos de SahadoÍ relarou ã um ami8o. Por i'I*ã, """.*"..' r".ta mar peôistenremmrc
o.âsião de um batizado ao quâI e§tiveram presedcs !ários dos iilii.*iã,ã*,à" u* o( de'dobrJmenrcs umr estnra periÍEt'es dJ
a" .odo unitorme sesüindo
indiciÂdos na devâssa de Mina§ GeÍú, ter prcsenciado o sâr- -* "-r-...!,.i,-
rr"-'iãa" i, o* espectfrcâ eclÔde em rnmos
sento-[lor Lü\ Vâz de Tôiêdo Pui declM que conria d c -a"
Éeç" do go"erna,lor, rnÀ§ não lhe oorreu delrú'lo' Pois o' oartic'nares. NicolÔoia "iruâ\ao
n§m o 4!ti8o Regime tem â mesma
ditos the par(qâm "ftioleirasl' i":âT:'*;t;; G.;p.r" it. 'ã* ";,g""*
a^
39! . Ê!3:orn ,À vrÀ *v.o{ to.r 3rÂ, , 39

rÍansíormaçóes (ou da resistência a estas) pensam alternativas poder p,oporcionrr tc o conÍorro d( um erltavo. curta â(e\
com base nas mesmas valiáreis que rníormavam oi óbjétiÍos ('vel arc Dára um arlesào meÚuamenre bem-u(edido.
e tu práricâ\ do\ páru(,pe( Jo' Lonffros europeur. Era tomem inqüeto e insubmi§so. APó§ tcr sentado Pra
de l78l áÔs 21
'Que a dia.léúcâ do público e do privado tenha assumido §! no Primeiro Regimento de Linàa em âgoío
forrnâs ôversãs em cada üm dos ensaios sediciosos não dev€ mos de idade,lo desertou três vezes entre 1786 e 1791, tendo
surpÍeenderi poi§ §e tratava, em .âda uma das situaçõ€s paÍti- sido reiteradamente submetido â Conselho de GuerÍa § pri
culâres, de grupos de honens que se difereciavam pela ida- menas purições náo o des€ncorajaram, pois desertou nor"à-
menre. fsla uJtiDà lenlárirã cunou_lh€ mai) !aru
q*o que.
de, pela riqueza, petos hábitos e pelas €sp€ranças dâs quài§
erdm ponrdores.5e 05lo(àn privilesBdc df conspiraÉo nàs condenado a pena severa permaneceu preso por aigo omo
ano e rneio, tendo sido libeÍtâdo em onseqiiência da anisÍiâ
Minas Gerais sâo as aãsa$ é porque os homens que âl coDspi
râvam as possuíam em condiçõês de asseguar a privacidade decretada por ocasião dos festejos do casamento da princesâ
nccês§.iria paÍâ fdzê-lo. Era o que sê dâvâ quâÍrto aos mem, da Beira-
bros da elite baiara, dez anos mais târde, mas para os homens A disciplina de seu off€io o iffomoda\a. Procurava infor-
pobres que aí sonharam con a liberdade, o espaço da pivaci- md-se das disposições réeàs que deÊniam a§ rcrma§ da údá
dade estãva principalmente tras rua ê locâis ermos da cidade de soldâdo, sêm pedeÍ de üsta a§ condições d€ iubilmento da
por mouro ae rua conú1ao. E peícebe-s€ que a própria cdca. cârrenà dâs almas. Registra de própÍio Punho que é vedâdo ao
local privilesiado da üdâ piivâda, tem seu signúcado enri- solàdo que eçtiver de guardâ áf6ta'-se de seu Po§to e que, se o
quccido. Os mernbros da Sociedade Liteiiriâ do Rio de ]anei- 6zer por mais de meia horn, o ü.ü8o pres.rrro a a Pr§do ime
óara. D<staa a oorma pela quJ e prorbrdo ro oli. rJ Jà8uárda
ro, ainda que iúplântando rcvâl formas de sociabiüdâde de
€onceder üc€nça aos soldados sem autorizâçào expressa dc §eu
§ fDndo burguês e democático Ío interior de uma sociedade
comn€1, recoÍdando, porém, que foi "limciâdo dâ rondã dô
de auto.reíercncra esramml, e radi.adr no escravismo, cir
mar pelo tenente Hermógênes de Águilar Pantoja' sendo o pri
cunscÍeviam às residêncid panicular€s o espaço €fetivo da
prática da liberdade, na revelação de que os ensaios de mptu
neiÍà lfavor desse tipol que alcân.ei em âção de serviço':lr
)essâ passâgeÍt âflolê um seotimento de reconheci&ento Pró
ra dos limites da üda públi.a se €ngerdravãm Do intêÍior do
ximo dâ graiidâo, rãio momento em quc abandona o &m es-
útamente impeisoal do disculso. E não há cômo neo indiúr
Tudô isso pcmit€ a6rmir que, neste quadrante do mun'
que os pãíicipantes de§çâ pequena transgr$§ào, Luis Goluga
do, a dialética do novo e do velho, da mudança e da perma-
é o t"n"nt., ,o-".-ao, de quaEo anos aoós aquele sábado
nêftia revela, nâs sediçÕes e seus desdobraÍnentos, pane de "erca
de seiembro de 1794, €nvohidos na demsa que apurara delito
sua intimâ natuezâ.
de sediÉo na Bàia de 1798.
Com cer2 nonia dadas as condiçoes §ofrÍvcis des.ritas
OS HOMFNS EÂS IDÉIÀ§ por viaiant€s cuja âtenÉo íoi atraidâ Por esse àspecto da üda
ioca.l,r) o granâdeiro ânotâ nos ws exrhos a rega pre'crita
o soldddo do Resimenlo dos craíadenos Luí c;nza;4- estabelecendo que,'â.hado-s€ o Regim€nto ÍÍrâi pâgo e mal
das vilgens e Veigq-Erà honem de parco cabedal, e a-orií€n fàrdado, seiarn r6po$ár'Êis os óeÍ4: e âindâ Eais selerâ
tado por isso. O soldo anual de 21 200 réis pou.o coníoÍo meote câstigâala seÉ sua conduta, se descobrir alSuma cir
Ihe poderia proporcioDar Sem font€ alternativa de receita, e €unstância +le façâ mais agravante â §üa culPtltr Confere
restÍingindo seu consumo alimênlar às 52 quartâs de ÍâÍi dêstaque âo pequeno privilégio que cabe âos soldados, Pelo
nha que lhe .abiâm €omo compiemento dos referidos 2l qu"lé dêver dos aiudantÊs de cirugiâ faar-lhes a baba, aÍ
mil-ráis e pouco que pêicebia por ano, Lús Gonzâga teria sim (,mo à limitãçào impostâ à tropa, Pela gual eÍâ ledado
que poupar int€gralm€nre seu soido por quase dez ano§ pârâ aos soldâdos €mprestâr diúeno aos seus camarâdâs ou a

1^ta^t^
)D ô ô&&üôDüôôüDO üü0ÕÕ ÕÕÕf lÕüÕ rü{l{Õf t Dr Dt I I tt l rr rt,
rsrÔca DA vDÁ nuoÀ Nc ÊL^s: r
À 5roú(ao o rsEiDÀDt ' 397

sup.rior perfeitamote, pois consta de suas anotaçÕes,


E sâbe outÍa dimensão da üda qDe não ã dcsle mundo, pelo qDe vem
ásrociâda ao fato d€ que Lús GonzaSâ fez "confissão
gerâ1"
que no caso dos deliros Ínaiore§, como motim, "é a tràdição
não deter a pena de mort€i" a mesma que lhe foi aplicada no naouel. mesmo dia. Â dar aêdno ao que dedârou quJndo
Ja 8 de núvcmbro de l-9e. por crime de 'ediÉo. do; inrenosalónos levàdo' i cabo pâra identÚ(rr o àurot de
Além dê copiar t€xtos legâis que normatizavam a vida da oasouins súcio.os afxados em I"(r'i publi(o' em,ago"ro d(
tropa, registrava nos seus câdernos incômodos da vidâ de sôl- i zsá na cidáde da Ba]'ia a sud 'erceirã deser cdo nao err
alhe»
dado: prisões, tanto strâs quanlo de seus aÍnigos; bus.as e ar Drc,:arirs .ondiçôes de uda p'oPriás â um soldado' No RiÔ

cercos a criminosos; ausências iustificâdâs e injustiâcâdas ao Grãnde do Norte. pàra onde ha,ra sc terirrdo aso' roLr-" "
serüço; pequenos favores de sup€riores âos quais se mostrava umâ operação de negócios com gado, atiúdâde lu'râtivâ que'
reconhecido, confo.me já se mostrôu. E não se encontra aPe- entÍetúro, Dôr fualizz; 'e em r.r. h"ertà' lcvÔu o " Prsao'
nas ressentimento nas §uàs notas. Além do fâvor que lhe Pres re.onhccido e údade dú Rc'oncJvo
delârâdo quc ,oi nâquelã
tara o teneote Hermógenes, Iembra que a 6 dê dezeDb'o de No desejo de organizâr os deklhes dâ sua üda drsÚibuiu'
1794 deu enftada no hospitd, e aÍ perrnâneccu internado por tentitivamente, as 24 hor⧠dos diâs sobrc cuio temPo aPenas
quinze diãs, tendo tido alta ro dia 20. Convocado no mesmo a ele caberia dispor aqueles nos quâis estãva livre das obri
d," p,rJ , rení, dr úoDa. derxou Jc comrareur scm avto. o
- enrre esudo teirura. de"
Êa\ôes do scrvi\,, -
ilue era tido poÍ grave inÊãçâo, mas não se lhe destinou pri ne.tivos mter!€los. O Í1.' rn.' r dr em duas etap n: t'mr
rão peh 'raáo jDstissima supra'lr5 oela noirc, qumdo se prcpara para CormL Por volr. dr üm"
O fâto dê ter poucãs posses leva-o a rompaÍt€s de con- iroru da manha, e oula rPô. o m.tu d; ÍhoÍrric ô'' iúri)'
trole dc sua economia doméstica. No pimeiro dia de mâio de Drolonlando-se rre à' dua' dâ ratdc. num IorJ de nÔr hoÍJ ) A .iAoar qu., .ró' J.t \.dc d,
Calô"'a tot dni: dt àrj.nh: anas-
1796 fixa-s. nessâ int€nção, anotúdo que dei Principio I PeL mLna lc,arr*"e enrre rs 'er' "u íÉr' h"rr'' J I rôündo
qua o dá i !n\nkr' ?n t798.tot) i
rcgular os lucros e gastos'1'6 mâs é de suPor que a emPreitada às nove. Então Ei à missa e volta pelas onze hora'r, tuakaaçào Íôladat \lond aatàat
não tinha resdtado em sucesso, pois menos de dois meses lição, o quc repete âpôs o descaDso que se scgue ro iaDtar' .,r
lPbspc.t, dr Silvadôrl, 1753,
depois, , 22 de junho. vôita âo tema Íegistrando que "PÍinci- ,r.-."nào i,c. a, La,ae. Na 'equ{ncid. d^\r'trd rr'\ h"ía' Núi.ir g.nla, dpihnú d? Bâhix
piei à rcfonnâ da üda:'? ftÂse ambígua, iemerendo talvez a
".
pa* I",ruro, .ntr eg-do -. a 'cguit "o" JrJ/er' § etiEido' Pclo
3t8 rÍô' D vú p!qo/ j! eÁlL

âsseio pessoâi. '1'omâ a estudâr aré a hoÍa de recother-se. Su- cu.ltura política se exprime menos por um elaborado consen
mârimdo, anorâ que destinou oito horas parâ estudo, três so teórico, mas sobrêtudô por um sistema de referências no
horas para ieitüra, novc horas para descanso, lrrra hora para qual se recoúecem todos os membros de uma mesma famÍlia
Iiçâo e três horas iomâdas por intervalos entre as diversas polltica, os quais, no caso, sào os envolvidos nos projetos sedi-
. atividades âlteriormente relacionada§, perfâzendo um total ciosos e sua pÍ€sumida audiência. É ai que se dese.ha a trama
complex do fl'.rir d€ idéias potticas que colid€ coÍn as fomâs
Homem de pouas posses, mas Dão destituído de âtgu_ nadiciomis de di6r$o e, priDcipâlmente, de islegraçâo destas
mas luzes, Luís Gonzága compun}la üm personagm atipico, como üsrrumenro de pratica. E os â8mles desse proú{so ia
se ,on\iderado o qüe *r o paradigma de sotdado pobre d. tauram formas de sociabüdade que Edefinem ôs sisnificados
'a
Búia de 6ns do século x\.,Ir. Entre os seus papéis abundâm de práticns consagladas.
petiçÕes de vários ripos â diversâs autoridades, redigidas num O e'praiar dssa nova variante de cullua pglÍticâ peÍcebe-
e5til^ ,ebu,udô e contu:o. morivo de riso de seus superiores se ranio nd õu teor qr:anto no inuduào dos locais em que se
que sistematicamenrc as recusar,zm, mas guardavam alguns aniíesra:Im Mina. Gsais frla-s. eÍn levante por lodâ parte:
desses papéis pelo curioso de seu teor. E foi com base no nâs ruâs, êm estâlâgens, em rarchos de beira de estrada, envol
conhecimenro de sua grÀfia pecutiar, conhecida das aülorida- vendo homens das mais divenas condiços. me,mo ar mai.
des por via dàs lnúfleras petições e requerimentos que ihes ín6mas. Iná.io Corr€a Pa.rnplona lembÍa de um episódio eÍn
cnvjâva, que esas se fy,âram como provávd que Manud Pereim Chaves, aboÍdado por um ,nendigo que
auror dos pas{tuins sediciosos espalhados])etos quadranres da pedia por snâ €ãridâde e pergüDtmdo a este se já slrecade.
.idrdp Jnundrndo r Revolucáo Repubfi(j,1à qu< deveria. bastantes donativos, o pobre Ihe respondêrâ, queiroso, "que
proÍimâmeDte, eclodir na Baàiâ. tudo €stavã perdidq e agora muito mais, polque Sua Excclêociâ
ô fato é qu.lia e escreviâ müito, sendo esse o sisniÊcado Io sovemador] queria lánçâ á Dtrrama. Ioa,do oiro oitàtd.
o. do es,udúr. ãtivi&de à qual dedicava a maior pârte de seu de ouro por cabeça, e que o poro estam para ievmtar se, dizen
Iempô livre. Pelã es.â]a dos recrrsos de que dispunha, confor do que queria viver €m suà liberdadd:r' No Rio de ,âneúo,
me ja se viLr, não podc.ia sc per, rir a comprâ de iiwos. Isso, ,penas dois rôs passados da comoção geÍadâ pelâ execuçâo
enúelanrô, nao the vedava ô âcesso ao conhe€imento dar no- do atfers loâquim losÉ dâ Sitva Xaúer, discutia se acrlorada'
vas idéias qüe chei:avam da Europâ e que, teDia mas consis- mentc em bot!@s, praçar, ponâs de iglej3s e âté rlmto à bâIca
tentcmente, baliraiãm a emerg€ncia de uma cultura potítica de peües do cais da cidade, iugar dos mais públicos, acero dos
conflitante com aquêlâ da iluskaÉo conservadom. acontçcimentos re\tlücionários da Froça, e nao temiâm a]-
o novo que desponta, e qüe pode sei percebido nas rra,e, sús, entre os quais Joáo da S vá Ántünes, defender pubüc?-
tó.iâs de homeft como Luis GoEaga e seus compaJüúos na mente e em altas vozes a saoíega idé;â de que os Êanccses
Báia ou, antes deles, dos envoiüdos em concilübutos sedi- 'haüam feito müto b€m em matff o R€i, pois como í,s povos
ciosos em Minâs cerais na decada arterior, ou nas outrâs eram os mesmos que os faziam ê levaÍtawn, os podiâm tam-
situaçô€s que compõem o todo das manifestaçOes de descon- bem dât{': O ca.pintêiro Franúco comes Tou8inho, ao rc-
fo o côm a ordem coloüiâl do Ântigo Regime porruguà nâ iatar o episodio, não dêixâ de destâcar que tâ1 disursô ploduzi-
Colôruâ, é a emergénciâ de uIna culrura polrica alreruü!". ra gràtrd€ .omoÉo, e que haüâ os que, entÍe ôs cirmdaÍtês,
gue contras-úiõ-m a do-min-anrà. Ào ôDüário .taiiÍtura po-Í: §e nÉúifestassem pelâ aplicaçáo de imediato e exemplu castigo
tiLa do abaólütirino ilu5lrado, (n(bscritâ às etires e ngorosa coÍüa s€u auton mas Íecoúece que, ao fim e ao cabo, o episó
mente excludente, â no1? gue êmerge tem por podadores os dio encerrôu-se sem maior€s conseqüencia§.
letrados, mas, ao lado dstes, e§rão agora, ta.Ebém, homen§ de C-ontudo, é coEveniente respeitar â escala desse processo.
rrúm!
rJrlrm! coDcüçao drr da çoca,
coodição no dirr epocê, ôrados.
.lolados. conrudo.
cônrudo. dã u:
de_u- Nas Mitr4 ftrai§, à época das primeiras deserções de Lui§
sáô-rã[ricá, qua.lqu; que seia seu Divet cu]turat Essà nõvâ Gor"aga na Búi3, âhà na décadâ dos 80, essa cultura polí
oDooooooDoDOoüOoooootN!! rl,lrr{ütrILrrrtIt tI IItIt
,,00 . H,Íoir^ ôÂ vDÁ h$.À rÍ. riiÁrr

t a ÀA.r.r$ dn natda êrpethn


r 6nrnnt :odal ,1êraqtu.a. ptu?ti,
n a.h\i1., dt lrÀr,noíat
nnÍ in.rt pía a,ú,tiln.aô 4t,
nn ltdhtt. xtlolna d ndtçào dt
Jr9f (l l:,,r lori Momhôs,
( lóJO, vinà d. uú cngc.ho
J!. h d. rç!.Àr,. l6J0)
Umâ das aracterísricas dos parricipcs dessa cútuÍri poliri-
ca emerg.nte, e isso independia de condiÇão sociai, e.ã a àüdez
na bu\ca de úuôim(ü+ lobre + rrud"n,.s que o mudo cx
ticâ de novo iipô emergia no interior dos contor.os daquela
pe menrãva. Par. o' membro. das clrre. lou;.. ro*cnr rta
dâ ilustrâÊo. Dava-se nos seus limites e .onfome os seus Éàhia, de Minar Gerais, do tuo de janciro ou dc pelnatÍlbuco,
rilos. Manuscriros deteor cítico circulavam êsboçándo a ten
os grandes centros de conver8éncia do 'continenle do Brâsjt,
dencial Íratura polirica da sociedade, mâs os crirérios da críri-
êâ eram âcentuada.rnente €omporramentais. À CarÍaÍI?iir,
- exnrhsdo genéÍi- a dcrgnJr na cpuu a rcatrd"de ",p.,. irr
oa Ané.ic, poíugue(a rujá ronton" pot,rro era od"rn.do.
,laszr e)gressavan, no acre da sátira, um sentimenro de nào se percebendo, sequea como sua parte inregrante o longin_
impotê.cia politica de vies tradicjonat, uma varianre corrosi- quo Norte amazônico o âcesso a e§sas informacõe! era r:.1ô
vâ do "üva o Íei, morrâ o mau gôvemo', cjrcuns€ritã à Repú- -, dL sua (ondi{oe.. Das via8cn. qdc
por roiineüo, priv'legio
blica das lrtras, espaço privativo das eüt€s locais. Não que o llam ii Iuropa reroma\m rrdaDdo liEos. údâ qut prorbr.
descontentamento delrasse de se expr€ssar em termos raali- À!"re, Madel.dô
cais. Pasquins de teor poltrico eram dilrtgados nas Minas da
dos.Iosd ser inqúioo a re5pcito dh, mare.
ria. co.Ârma pos\ür a Hso-ia d? Ár, *, aiejí dú rbâde
dé@da de 80, como aqueles que sê puseram em Mariana, e RqÍrâ1, teÍdo-a adquirido em Bimjngham por dois sbilings
que 'diziam que tudo que fosse hornen do R€ino ha1,ia de trllm leilâo, "cuidando que tinha feiro grande comp.â:/, Me;
morrell:: mas, âo menos peto que se l€ÍnbÍaE o coron€l Bâ- IÍ)o.em Iisboa essr: ü!ro( erm comprddos. embdrcados na
silio do Lago, quândo inqürido por ocasião da dêvassa da bÉSagens pe(orir 5em n,rior§ cLudddn.. p(lo que ,t-nroj,.o pc
coniüa mineira,r: estes s€ âÂ{&am âtÍibuindo,se sua auroria renalopes se recorda de ter üsto obras do ntesmo âbade entre
a uns quilombolas, des.ârscrerizando-os como e.?ressÕes de o" Penences do douro, tor Pcrerra. oumoo runro. 6zcm..
urDa articDlâção poütica consistente. ua8tr dc reromo do Reino.- lrwo, conoenddo! r,án, J e*r
1C)
esta Ca-
relãto dos acontecimentos dizendo que "Goversando
s"H" o Fcrnando de Portugal aponou nc<ra -rda'
"l*ira,
ã" ,-, *' n-** q*. dePoi' de descdÍresar com lodo o
seqredo e sÀgacidade os Liqúúo\ cuio 'onle'rdo
rá ensrnâr o
.*i,:-.a" de faze Í sublee\óes no5 F\rrdo' 'om
-ia.
jnfalível efeito, úni.â .arga que sem dúüdâ traria' se reriÍou
nra o Rio de lareiro]'/
' o autor do manuscriro se da 'onta de q'" nao eram
membros da elire que se inrerersavam por lJwot
prot
aDenas
iij... ^* paÍdinhos e hrequrnl'oi'
seme de "-ue^,.
pouca valia.
'"u;erudo,
Es5r suPosta amPlia!;o do Públt(o leirol
que in
:hoíavâ sc, entÍeranro com um prublema' O\ rã1o(
os coloniais sobre âs grãndcs novid!
iàrm"ram critic",ne"te
des do mundo e, em palticulaí, áquele§ que
divulgavân o
id*rio ."vot".ioniao áo século )1'rrr, nao contâ\'âr' 'om edi-
io", po,rr,s:,.,. p"io qre o Jc*5o uo llú ' orrinh"m er
n,--, o" n..i*ia,a" a" domrntô do rd:om" nán"' e rn
"n,
aa *, ro âCe*.., *,'oc' manur rir'" I b'm"'dddequPd
ãil" I"rrud".a.. g."l aPdÍtcolJrrnr v'rqd'"-'r 'dtu'
mesma Iorma, quc, tcndencialmcnre'
-as. mâs é verdâd;dâ
o rnreres.t pelat novas idii.i, ultr'pr'\"va o resrrir' cir'urt'
oo oes,r eLrc. loaquim lose da Sil!à Vvier us'u" e v'/erro 'É
'
conhecroos, airda que pe,§oa' rom c quri"
tiiesr
"edru
oau.- inrimidJde, que lhe lÍadub'em rcflo do tnde" iàu
ma aue n3o domlnava, e mesmo ú \u h 'rs deteriJ 'e
n"

'"*-.
dc unr dt io""rr' do aurl
-"a.^", p"; s" mun:adesfazer, quândo muiro em-
' ,.,, o-, .,*p." não sc mostravâ disposto a se
I me.mo n. Colónia quúdo ÍÀz;m Parre de
5. altnçr.l! ídnún Mdtia
o:esLmrio.o riumenàmenre Por Prazo) timird6^\'"
)

^ 6 in
Prr.at anfrtltn.!5 ar ?ana e c,* r:su rondiran aÍematrdor' ^con(ndo \Pm ' Nessd\.olónia\ de§pÍoüdà' de imPrún\â' à\ no\at idé'd'
nónnr, t*flnda ,rota: n ".p;lo.,
nrôolemr. ,ua cü.üdçro por rar uâr" Ourra formâ dt bulà" hvíu\ J'
T, r.nrc D€lrs <l! espráir!àm se por :rreio de rre§ rupo''t(: u' 'uPrr
(Auros de
o" .Jnt.ol! - d.à p.'l- L.mprà de imP,cssu§ no' nrvios qJe oral' tr' ai _ rÍe§ mJlrLe'
rnó.ridincil Mntní I I7e.rl ) --r*.rta, d"ste' e a [ngtldBem
cüegâvm dâ Europa, quer sÊ úâlasse de liwos' quer das gâz€tâs
cuia cnculaçao eri vedada pelo governo.
* i,ot* de estudo dos diâs liwes do soldâ
""" "li-.oto"u*
io erú.derro Luis Gonzás. das Vrrgens e Vei;a'
Iranci$o Mufliz Barr€to de tuagão, sedi€io§o baiâno,
Qudndo se rÍatâ!ã de liflo\' o seu rasrrPamenlo 'ÚmecJ
não vê Foblema cm reconhecer que trôuxera liuos de Lis -biUtotcc"'.
pel^ ,ri"da que Dão lo+êm numerusÀ nr Coló
boa, e considerou uma indignidade que a Posse dest€s fosse
r aroüda contra cle durote a deva§s de 1798. Tudo isso Per-
nia. as oue havü nao eiam despr"'id^ de qudhàde' Luil
Ite;cia ao universo do toleráve! e do consentido, pÍivilégio d$ villàlLa áemoníra oue brbliorcca\ mrneita'' do meno\ rquc
i clites. E livros eram, âindâ, .onirabúdeados' fato aciementê lo cuia romposir;á d Po5'i\Él r"uPer'r. úhrm "lruLurr
denuncirdo nclo sonimo (ronista que destreve. sediçao dJ *roo-u,4 * *-p"i^. t"sPeiüdÀ ar e(.Ja' e oDdrçoc' de
b-hi.. o qui. iBd)gnádo, dcua às Jutoridade' de leniénciá na seG possuidore'"'Os regisrr^' reÍerente' á po$e d' lilro'
mâtéria Sem dechÉr a íonle de sus informações' iniciâ §eu por pane dos envoiüclos nâ devassa que o corde de Resende

ãô to ato tt oe ooo Q§tQr


)Dôüôôôülô CÕÕüDÕÕCÕÕÕÕÕÕÕüüÕÕaÕÕÕÕt ÕÕÕÕÕôôÕôÕerr-
,i0.1 , fl.ró*a o viôÁ rtova!^ r.3r^t

.o

6,7 o natinàíio àn Yà*no


FrPdúea !' a n.niltio Í,arybt:
1 17q, úr Prsq nL qu citdldYa
?í\ Mdtiana, d)"liio o táúnfidtída
Miftnd. tPütai nvnu«ib
úídro,lnrl do.kula )X4 Miíü
I

mandou instaurar contra os que s€ reunia'Ín na Sociedade cas posterioÍês .omo José da Silvâ Lisboâ ou Joáo Rodrigues
Litêráda do Rio d€ Janeirc demonstam que os envolvidos a. Àrito," tnâstambém outras Peitenc€'tes a homens de
não enfrotavalll timitâÉo no âcesso â ü,Íos. Nâ Búia âlé1, mediana condiçào.caso do requerente Domingos dr silvr
I i(-
da célebre biblioteca do padre FÍancisco Àgostinho Gomes, a hôâ driô Derúso Íoi bem diverro.lrarava s. dc âlguém qLc
neo soiàva dâs simpatias drs âutoridades, a LJI Ponln quc
única que sâbidamente, na Colônia, contava com exemplaÍes l'oi
de obras de Ihornas Paync o rnars divüsado e editado o prilneiro sobre q"em À rusPeitô dc aurotia do'
-
publicista das idéid revolucioniínãs do período exiÍiah 'ecâíram
DMuiÍs sediciosos. Por eesã.u1peirr foidetidÔ mtu' como \e
-,{
outras de bom tamanho € variedãde de titulos e assuntos. taurn de equiroco togo comPro!àdo. fojLibcrado sPot a Pri
Nao eram de qualidade apenas as bibüotecas dos ilustra- sho de Lús ôowasa iabe*ique posLla um' rciumo'a bi-
dos que se notabilizram po! bo-suedidas trajetórid públi bi;otec.a. fomada ior máis dc M útulos Publnâ'lÔ\ e ma
,10ó . n6r.rÁ D,i r,r^ ,rlaDi !. s!Ásl

rusffitos vários,3r ainda que Íâo seja possí1€t reco.§trü. a


qualidrde deisás obra!. ncm J composiçao dd bibüoLeca. poi!
or regríros ço precJios. Para sone sua Ía ocasião (pois a
suspeitâ de ter sido o aüror dôs pasquins sediciosos aàUou
*ndo aÍa*ada. do que resutrou o pou.o cüdado dãs áulori-
drde.. quanto ao registro dir conreudo dos seus papeis), epJrâ
pe.ar dos hkroriddo,es de hop , para os quais <erii de HISTOIRE
srdnde PEILOSOPHIQUE
\ãüd sâber o qüc contirüam). resla aperds a (on ectúr sobre
a eventuai posse de livros de cjrculaçzo proibid& ET !OL ITl QIJE
Os li\aos .ircuh\lm e. púr essa vià. idiiá, que .onri
nhrm. Arndâ que ., referência, direta, a ^ prartca diceder ou
romrr fivro: púr empreslimo nro ,c,àm múro ÊegUent. . na
remttnLrcenre, pcí.ebcre que is,o era urual,
'lo.Lmentdçáu
jnrciô lose dc \lvà,eagâ, quÀ,do da derãs"a de
Mioa,, relara
qus rüniã das ÍrLritàs o.asiôes em qrc foi à câsa de Francisco
de i)aula freir. de ÀndÉdq o íez €om o firo de..rirar um tivro
para ler'|rÍómulà quc apoma para práticâ corrjqueiÉ. Co
nii iá s. mosirou, o alícrêi loaquim José da Silva xaüer, o
l-ir.denres, era listo .om fteqüênciâ com tiwos Êaceses e
ingl,.ses qur provavehrente nio the peÍenciâm.
de pL*oá. gr,e doroma!àm .s,c, idromas. pedúdo.thes ^cer.ava,se
que
rrJdr/,$em $c.ho, da' obra\. Lom esd Ânrtjd.de p,oLUro ,
f, Frd" r.c. XJlier Nldchado. na.a,a desrc, ponando um crem
rial de produzn côpias a serem distÍibuidar, ainda que os 3n Ilisror.d6irü l.d.!, n,
Dhr e f.dindo.lhc que lhc qui'e,se rrâdun. um crprrüo del(
temas centrais dessas reunioes rão o íossem,pois não se pode ahaà. Rdrn L, sitEtunÀ tatlo n
qüe vinlã a ser o diio livro ern Êancês,I1 e é o pÍ;plio Ma pensan.ht itu:naào a«na Íto
tomar por convencional o trato de idéiar sediciosas.
chrdo qüenr sc leDb!, quc o âtí6es procuÍou o sargenro,mor ..|útúàiao iu.nPi§, Ínon,ô tti
Na Bania de 6ns do sécülo ffn, durãnte o govcrno de d.
Simào Pires Sardinha, "levandolhe uns liros ;gteses paa 4,rl / tank\ ltlturn obqatón.
Fernando ,osé de Portug.l e Castro, €ssas reuniÕes rcâ-Lza- \a1nàt qr traihóô\ da' rdnaso\
trariuzir ern .e'1os lugâres'l c que íoi acremente reiusado pe
lam-se en pleno palácio. O próprio d. Fernando estava em, tu Anútul,ó r,,,una. I t7301
lo dito sargenio qumdo es.e se dcu conta dâs idéias conrida§
penhado nâ elâboraÉo de uma Hnória da Büia,ró e é prová
vel que as suâs e outras obras mãnuscritas tenham circulado.
Irà hJh.ro dos terádo( reunLr.m.se para a lenura coleu
rJ d( rerro\ dc Oue so ocorir perceoe-se no .aru oemprar ds rrrsoe. ,' r
lo"e Bernârdo dâ Srheirc prais da lJotícia geral àe íoda esta epittinia dÁ Bohta dcsàe o
Frade, denunciante dos que se congregaram na Sociedade Li
s?u .lescobíimento Atl o p'tüet1te ano de 1759, àe losé Anionio
t.rfia do Rio dê ,aneiro, relâta que p.esenciou, .à cása de
Caldas,rr da quâl \athena trmscreve, no 6nâl do século, ire
MaDuel Ináci.r dà Silva Avarenga, uma dessa reuniÕes. Lá
.hos integrais, indicio seguro de que o teve em mãos-rú
esla\am, .ôm o anfitriio, yários outrss .oN,iÍas que, sobre
Mas, arndn qse tenha algumâ se elhânça com esra,
Lriri..re,n o Eôv€r}[Jor. liam'obra5 poerica reiras conlrá
uma sociabiiidâdÊ de úpo novo emerBe dás discussôes cujo
cJ..iani.os, [... ÂLe'J\ \ inda" d! Frsça e ourro5 d,'(.ursus
\ob,. â hberd.oe:" Tíaravà \c nesse\ caso!. e em müro, ou 'uporte à\ rdÉ;J. erâm. Jem de liwos. rran..riçoe" m,nus.
cliras de trechos de maior interesse. Os càdernos de LuÍs
t,os jemelhaotes, de uma forma d€ sociabiiidade perfeita-
Gonziga das Virgens e Veiga estào lepletos delas, ê segura
mente convenoonat (iÃposição da própria dific,ndâde;áie-
meiuc umà pâíe do tempo q]re dedica ao estudo foi ocupa-
tE8ô&EEStôSD8Ü8DÔ0ÔÔÜüÔÔÔÔôÔoÔ8eÕÕÕ tÕsÕoÔÕÕÕÕÔÕÕt
loâ . ' í.§ À Dr v.i 4íA0i tr q;!

e E* nsin * abn\:i P&enttt


a laarun lo* li Sitn xant,.
t nnsnr (Si.ia Xvll. bn<14),

da com essa tmbathosa cóPia Ali estâo traduçoes do orado, tA C,na oúÍa: !il*|ft'd'ns tt
delvr d( rcconhecer qur ' enrP '\ lctrrdÔ5'
â
dos Estados Gda;, óa Fala de Boissy d'Ahglas, óo Avka de ;r Nro hà como nomdà donr do síata X\'|lI
saLo Petertb tgo,3' além de teÍos de teor Glo§ófico e de uma d'.'ud \ociabirrJ"d(' Da-á o s;n hli i.t Rci Ínrúae íu 'ô"
ft..i"1" ',- ',ú" -portanre de poema' que coment htú,nw. aa qu. tulr nàÍà
Íniscelânea quê comPreende desde a fórmuia para se trans- I".i*?'*".a*' s'-oe quanÜd'de
{ormar água salgÀda em Potáv€l até oraçÕes para serem ditas l.'-J* ''
ã*à*".:i" t'\rrs de rutoni dc oloni''i irus'rdd^' ldtõoid l\. r X\''111 Trútnn:
nâs mais diversas situações da vidâ côtidiana. O fato é que'
- ;;;;;"'," \i com Poer^ de me.t' o
para entrar de posse desses escritos, Luis Gonzaga reria de c' I qu ' in'lep"'
--"",i..'1",'..- 'er"r'dorc" 'be \o
participar, como de fato o fez, de uma Íede de relaçÔes de ,iil:J;,; ;;i;.h""*' "r p,odú' ( áo dc ver:o''Ir'uravà
iir'
natureza políticâ, cuia tessitürâ permitia, e até estimulava, o lil'i"l*i" J-r'*', oe Mma' 'e
àn Man o Antonic
d'
acesso a ienos quc sen'issen "para desabusar" os que dela ll"i "I'ã"r"., a.""s sôi iâl' da telrç o'l e^Pte!"o
poemr' rcn!1o'
us iuror$
pâ icipassem. Luís Gonzagâ não configuÍava um caso i§ola' 'o 'te '
do. Pelo contrário, ele é integrante ativo de uma rede cuja
^l^"' . "...",i.. a" .',1. é nA nsmà5
ãrn À"a" " ' *"o dc dlem-monc ".t
trama é possivel esboçâr no caso bâiano' e que foge do p,- áI.,i.",L.*. *o' * p"peis do coÍÔnel lo'e Airêi Gome'' en-
e{pres'd §em
dr.o de sociâbilidade üterária dos ilustiados minenos €nvol á"".À" r* r."g't"to de poemelo uro o rodô quc o
rco!
vidos no projeto de levânie do fiml da década de 80. ;;i:;;;;i;*;' de.isperd re'orrd 'onrír
a""p"-' p"r""
Nas Minas Gerais, como ocoEia Por toda Parte ond€ haüa
concentm€o de ietrados, circulavarn iivros e canâs' estas com
lil:fi ài;;;';;*""1*'a-ao
iJ "*"ç"" a"Iê
'-'" h\hi
benefiria*m'
'e 'ão
vr\rÔ'
Êcqüência que hoje causa espdto. o que chama a atenÉo' "".-.ã
:;J:;;":.;r;' râb,csos mdcriado\ l
Patirc'(i Pio
eÍtretanto, é a imPortâncü que assume, como foma de ar_ il.á'.';;""i fi."'^ --r""'' rn*e';dos 're \im
pressão anística e de sociabilidade liteúna a prátio do reree-
] \.,!:i.0Á . -1]]
'!:|D;,|

,iÍ./ ,i,,,

tt os @íor qrc n{oÍn^o


.núa eat os.ôlon)aa< rabrt
yr dei nôúArns Ao nurdo t.
^m pfli.ub\ a4uú5 qú dtntuÍáú
o id.átta ftyatKianátió ào situlo
x\411, aÃo .dúaw .or1 êd,çàü
àn ?on4sê:... : 6t" ütttpld, d|t,
his noft Õttn@nas íni. qrü1a
, radifu, . hh.ada pla\
,n.otrfi ao'rB 4.,\r,ú (turxlil
desloi\ .onsnútv.s ri.i oloni.:
&gloEe\, .onÍ.düB sou. h
d.nonnúion d'Ebr! (rrn1 d(
T.r]qu. *pr.nr'onal. r;i:3)

"p.nlido5, â chorar no Brasil Íseusl pecados,, e, no âfã dô


Banix) rapido e tácí, ocupan as boas posições faz€trdo-no, Ietra de mÀo que não era PÍópria do sobredilo Domingo§ da Jl OIJr d. Cláud,o Mânlcl
l.J - ^
dz cósta: Pn 1763, viú|c dnas ana:
o que é pecado ainda mâior, seÍl se tembrar€m dôs..antigôs Silva Lisboa':'i da tn ontdé na, a t ótta r fut"ra
esiados vis'li: O auto. da cana,diatribe nâo sabe bem como E é na Bahia que liânchco Muniz Barreio de Aiagâo é çdi.ior, deàiúva tttt rd.o\ ao
transforma o esboço em poema, pelo que pede a Áires Go- tjdo por autor de ümar décimas sôbre â iSu3tdaÍie e iiberdadc' ?nho lpkhndot da .dPndn'a
m.s qu! lhe dê fornis, seja ljomà sonero. seja .omo décirEâ- O cúa útima €stroíe diziâ: à? M1n6. úntt dt YalüiaÍe3.
referenciãl da criticâ é nitidâmente arisÍocráú.o, e nesse senti
do confotme ao pensar da elite mineira, que peÍcebiâ ,]o eslâ Quando os olhos dos baiano:
qua&os nivisarett'
ruto €olonial úi amêaça à reireração da boa oÍdem. Essas
E hnqe de si lan{iíeh1
Nào se trats dr üE Íaro isolado nem de íenômeno .ir
Mil des,óti@s Tin tos'
.unscrito à regiào mille;a. lá se viu que os membros da
Que íeti,es e sobennos
Socirdade Liteíária do tuo de laneno v€rseiavam, e üâJn
Nas srat tet s sefio1
scus poemas em reuniÕes_ Na Balia esres também circula_
Oln que àoce .odoçno
vm, ,untãrenre com outrâs larTas rnanuscriras da variada lentutú,
ExPêÍinent4rào etsas
p.cdrrção litêiária loc"]. D lemando losé de portugâl e Ca§,
Sô elas, ben que Íuturat
.r".q:-nJ" Jr unL" de rua. açoes para repr imir os sedrcio
Preêflchern neu c.ísçãô.
\o\ L,rdno\. rnÍurnra que rntre os pãDéis de Domingos da
5 % I ;\hoa, hom.m "Lm ranro solto de hnguj, peio que ProfessoÍ régio em Rio de CoDtas' o autor desse§ lersos
mcÍ(crdo, dc su\pe'ra. lor"m en.onrrados ,.uns versos a fa. erá amigo de dois irmaos de ilu5rrê Íamilia do Recôncavo: o§
vor r conrra â liberciâde e iguÂldade'los quâis coasiderou de Borses de Barror. Um dele5, DominBos. rolrbili,.ou-5e como
má qualidsde visro qüe "mai orgâni?âdos" sendo -iodos d. diplomata e homern público, vindo a se. agraciâdo com o
bBü ÜüOÜÜ}Ü DDÜDÜ ÕÕüüDff LL ,,,I'L' trrltt!ltltrarrra,
112 . Ê ÍótuÁ DÀ vDÀ Frv ôÁ !. eÀs r
\ 11uçÀ. DA r!Írt: ' il3

titulo de visconde da Pedra Brancâ durante o Prim.ilo Rei no cônleúdo de uBa folha de PaPel encontrada entÍ' os Per-
rlado, apesar de ter sido tomado por âgente revotucionário a tencês de Manuel lnácio da Silva Alvârerga quândo do se-
seniço da lraDça napoieônica quãndo de seu retolro ao questro que se seguiL ; §r/á priÇo. ctbo\ando or po'tros Drrn-
Brasil em t8ll." Apesar dc suspeitas, rornou-se poeta de clpais de um e(taluro dr \oricdadc redi8rdà de PrôPrru
püúo pclo delido. O terto áJ'onla Paft umr novà unccP\d''
prestigio, com obras publicadas.a5 Seu irmào, Iosé, seguiu
trajetóÍia diversâ. Enrclvido no ensâio de sedição de 1798, àc ordenamenro da prarru LnteJectual partilhad" pclo' mcr
foge da Bahiâ para o Reino. Ài tem problemas com a Inqui bro. dâ sociedade. e que / rlaoçrnrmJE numa uÍFrnraÇirr
siçào eú virtude de suas vinculaçoes com â maçonaria,i6 clandestina ou, no dizeÍ da época' numa sociedade secrela A
pelo que foge novamente, agora para a Inglâterrâ, onde urde conÊôntâção do teor desse docümeDto com aquêlt dos estâ-
um4 complicáda traBa que anvolvia falsiÊcaçâo de dinheiro ruros dá Sociedâdc Lirerarrà apro\ado\ em l78h pe-mit( rrr
com o objêtivo de levantâr tundos visândô a revohção nâ ceber a DÍotundidade da mudançâ
Búia. É preso, e no cárcere conhece Diogo Geilingron, a A Drirnerr. deÊnc que vo rundamcnlo' o' \" rcddd' '
quêm se a§socia para um pÍojeto sem€thante. O .ovo plano
''U- ic no*o Par' c o no§o amo- Pelà\ tiÓn.rJ 'irrrgu
de.mo"ona an Li,boa (,ellinglon e presô e in'errogJ- 241), mâs estipDta o 'siléncio o mais escrupuloso" no trato das
^ndc
do. Ê quando o inglôs sc rccorda que ]osó Boryes de Earras, .ruestões relisiosas (artigô 301), e pro§crck "dâ So'rcdade to
'),,.4,c('e b lani.u. rinha por hjbrro e diveF;o e.cre\." á* o. "r""nto" cuia discussào tendcr a di§putal solrc a
poeÍnns Íevolu.ionários, que lia parâ os companheirôs de CoDstituicào Politica de nossa Pátria e Naçáo: Por {ren as
câtiÍeiro. Mas aDtes disso, e o sâbemos por via dô defoi Maúrias inteiranrente alnejas ao nosso Plano" (ârligo 31'-l'{6

mento do professor de Rio de Contas, freqüentou reuniôes A nôva Sociedade, a de Sih'à Alvarênga . de §eus comprnhci
ros dã década segdnte, romPe radi€almente (om legàIsmo
(l
(, que pouco tinhâm em os corclâves lireários
!786. o esboço de
dos ietrãdos de Minas cerais.a, ãtlsolutista oue e;tá nâ base do.statuto de
179a é cla; quanto aos obierivos, situando-os no estudo da
r.\a Bahia espraiàvã-se un1ã forma de sociabilidade literá-
'Füosofiaem ioda asua extensào, no que se compÍc'nde rudo
ria tolalÍnerte diversa da tradicional- As reuniõc\ dâs quais _n:ô w rrrba
Barreto de Arâgão e losé Borges de Bãrros padicipâlan reali
quantu podc stÍ inleres\,iFle" de\tr' ando que
lnara marcria' noq'. mar tamb"m rubr' a ii
avam se, entre oDtros iocais, em casa de Hermósenes de 'omente -m
será útí conservat e renoqr as idéiâs adquiri
Âguilar Pantoja, o tenente que libeÍou Lús conzaga do seryi- sabid.s, porque
ço de rondâ do mar em setembro de 1794, e a €stas compare-
da'+ MÀ o mars (urprcendentc no túcant. â. tompimcnrr
ciam homens de bâüa e)'1laÉo e, pelos crirérios dâ época, de com âs formâs tradicionãis de sociabilidâde de letrados ê a
poucas luzes. Tratava,se de algo impensável pelos ill§trâdos ênfase na "boa-fé € o sêgrcdo, pâra que ninguén sâit'a do que
minenos tlma década a es, € até pelos envolüdos na d€vâssa se trâtôü na Soliedade", e é afrrmado o prin€ípio de que "nào

ordenáda pelo conde de Resmde no tuo de laneiro: insrâurar deve haver superioridade algum/ er seu interjor, e ela'1erá
a supressâo de todos os sinais que tudicâssem as diferençrs de dúsiãFáln-enitpor modo democrâticoi{
condiçao e saber colno deânidorcs de elegibilidâde dos pârti, Essa now loma de conceber â olgarltzlçáo rproxima 'e
cipantes numa iÍriciativa dêssa nati,ieza- das due resulbalam dâ $ciabilidade busuesa em exP'n'ào nr
É bem r.erdade que, entre os eventos de Minâs cerais € Europa,'r ma.5 nàda Permile a-6mÂr que os let.dos cúro'd'

âquele\ dr Bahia no ocaso do se(ulo, algo de muito no\o vis*m na Sociedade Lilerária um in'úlmento organEal'vo
emerge dos pâpeis apreendidos pelas autoÍidâdes decididas a de naluÍeza Dolrtila, strporle Jc.on'Püàç;o c everlualmcnle
dar Gm à terÍati!? de restaurâr, no Rio de Ianeilo, a Sociedâde de tunua trànsgressio, aindd que. poten.ialflente HrÀ reu
Liteúriâ que, tendo recebido seus estatutos do üce-Íei d. kís Dr§se a§ condições paÍa tanto. E nadâ údicâ que lhes pas§a§se

de Vasconcelos em 1786, teve seu frrncionammto suspenso pela obeçâ a hipótese de admitir §ó.ios que, Pelo sabe'' lhes
por decisão do conde d€ Resende. Nesse caso, o novo se revela
IIi dn,i,
/ vruaÀo ú1L 6ÍriÚr . .415

NJ BJtrir. arnd" qu( as reunioe. que aj se mulupl.Jvâm


em que se definiam os paradigmã§. A se dar crédito a ,osé de
náo ren}lm .e\ulrddo em Íorma! precrsÀ de upo orgduárivu
Freitai Sacoto, homem pardo que aGbou seus dias em degrcdo
um outro .ritério iâ ganhando coryo conformc os enconIlos
na ,(Fica pena que lhe coube por envolvimento nà sedi-
iam ocorrendo, cirério que não condi.ionava â admissâo à
a
-
traduÉo dos tenos revolucionâios que ÉircDlavan
condiÉo social ou âo saber, mas à est.ita confiabüdade poüti- Éo -,
entre o§ homens de pou(ás posses erâ obra conjunta do tenente
câ. No caso das reuniões sabiddnenre redizâdas na câsâ do
H€ÍInógeng e do padr€ Francis.o Agostiúo Gom€s,letrado c
tenente âvesso âos iruâ; da tgreia, ou nas de ouúos sediciosos.
herdeúo de uma das maiores íorrunas dâ Baiia.5': segudo Sa-
,udo údjcd quc ál ia s. uàravr dF socÉbijidadc pohtjca l por-
coto, esse materiâl se Produzia Para qüe servisse de base a reu-
srel per-eber ne«e\ âconrelimenro\ r mancnr.omo o ensdo
,iô€s cujo objetiao era, por um lado, desabusar os râpdes
dc ruptura dos limites da esferâ púbiica da üda na Cotônia
rclig;osoí' e, por outÍo, "adquirnem los seus auto.esl número
(pois é disso que se iiata ao se fâlar de sediÉo) se engendrav.
de genÍe suficientc paa üma revoluÉo que se proje.ttl,a fizel
nc inteÉor da esfcra privada, redefinindo-lhe os signifiados. E
nesta cidade'lr' .euniões que se r€alizavarn em ltapagipe, ná
. d( nord qu( ú. rnodejo' tlcsJ. rcuniÕ( \ .on,pirrronàs erJm BaÍrâ, em.asa dc Frliculares, "lúto dos sobreditôs Hermóge-
rndJ o d, lc,rrdus. de ondc o apeso ào rúro r€re \c d. les e Padie Gomes, como nas de seLs confederadoll!,
). a ítdça pnutr ti n.nnit, jII'c.rô mJnu..r ro.ae p,,-. o,. pr^ia,e(Lio\upnfl( mi,c
.a f.ial, pdn
Í ü la n, t,. rr aaü )
n É nesse csnrerlo co:rspiralório que circulou o ii .(a.i,l )1 A tÍtat ld Padal., ttõrnna
d$nvotflntút! Í\: $õrt,ihttlr
i..,1 crd. rn!rto hi.,ucnremenrÉ 4pcnds á mcmúnd 2 ltr|ttút t"l Sdradat t,üa, t
ao poenâ de Frarcls.o Muniz Barr.to JcAragão, dtsceôdcnrc d€
rrJrõür (r1 t,r{n(, À.ur,r, .
.; hu..àrmü. o no, dr,* fâmr qu" ,( dedolr:-\" rr
íamilia ilqst.e, c nâo i de causar surpresa. considcràda â sua
i79t. t\' iíntnát.o: i..rt.d."tos
|.l,tl.a c,n l.nú,hu... rrd.r l^l i lo,rra. lhe,Jremv. oos n,ve| mab àro( da,o.iedà.ie lôcat.
qualidatie, quetenhasido preservado tão-somenr. pôr ter ser
i/ola,,, ü.r,: r,,Í.xra, Praa
(,
btôGü&üüüüüüüüô f, ÕüÕ üÕüô ô!D DÔOO8 ÕülfüDõtlDôtôttf,tt
,lé. n5roRÀ oa vrM Pi yÀDÀ !ó Br^rr À n0rcÀ..À r!LrrÁDr . ll
vido de iÍstrumento pãm "desâbusar'i entÍe ouEos, a Manuel Essâs expressôes de contestação cauegadas de subenlenrli
l'austino dos Santos Ltâ. O fâto é qu€ o poema é hoje con}le- dos eryandiam uma mnà de indeÊDiçao que ianto ms.arava
cido porque foi incorporâdo à devassa da conjun baiânâ por quarto magnficava signficados. É mais rma vez Freitas Sacoio
via dã lembrânça de Manuel Fâustino, âprend; de atfaiate, quem aftma, no seu depoimento, constarlhe que o coro-nel
homem pardo de âpenâs dezoito ânos de idáde, ânalfabeto, IereiÍa Lucena soubera dessas transgÍessões e as ievim ao co'
gue o haüa memo zado na integra, repetindo-o durarte um úecimento do governador, o qual, porém, as "considcrara
dos interrogatórios âos quais foi subm€tido no correr da ditâ .omo bebedeira e Epziada':r E a trusgrcssão às nomâs da
devassa,$ ao fim da qual, condenado à forca, foi executado e Isreia eÍ? reiterada por meio de jantares de carne às seftàs
seq .orpo e§quarrejado êxposto à exccrâÉo públicâ. O pró fç,iqbuando o s€u consmo era r;sorosamente interdito, sen
prio Luis Gonzaga perpetÍava versos e um, êm esptriâl, mere do subsútúda por pej.xe) em vários loeis da .idade do S,lva
ce atenÉo. Tratâ-se de um soneto de mâ lalra cuiô tema é o dor segundo "voz pública'l isso si8nificãodo qüe todo mmdo
rompimeíio dâ dependênciâ coionial, tarefa que deveria con- sbia deles. cspécie dc de |oüchinelô. E 6dos sabiam,
cretizar"se sob a lidêrânça do próprio governador da Bahia, 'egredo Àgoíinho «)mes, ti.lo por pi
"de ouür dizeÍ'l que Frmcisco
d. FerDando ,osé de Portugal, homem lalhado para tanto dre aúda que não tenha sido orden.rdo, pafli.ip:ivà desscs i,n
dàda â sua condição de membro dâ aorlga nobreza, bas. da 1aÍes, e até os p(trEoüa. porém. crlre ns mrrti\ ieilcniunhar
legitimidade necessáÍia a uma açào de§sa m:rgnitudc.í ouvidis parâ apurar tâis fat$. nr.huma dclai <icrlaror qrt
I Mas essas re.rnlÕes, que esboçaEm a cultura poliiic: reaimcnte poderia confirr$r â \cucidade dâ suspcru-!" O er
antiâbsolüiista Faütadas por umà nova $ciabilidaile,,lesdo- cândalo qusado pelôs lanrares íoi d,j rãl nragDirüde qo. su!
bravam-se. no .otidiâno dã cidade e de seDs ã.rêdôres. eÊ noncia Lh+oü r ( orle. mâ" na, .c ,pu."u nad" rrn^tr.r .
! variàdaexleriorizãçâo. maiores enbuaços por causa do intcresst do gLrrcrnadot enr
desvincúâlos do ensaio de scdiçao alÀlhâdo.
TnANSCn$SOIS r. SÍUS SICNIT]CÀDOS Iântares constiiuiâm umi dàs íormâs frivilegiàdas dc
^s
reunião políti.a, trate-se dcstes dc caÍne envolverdo o padrc
Na Bahia dos anos 6nais do sédno À.,,rü, percebe se Ditida Gomes, ou de outros reâlüados parâ pctmitir o .onlato enúr
menie que a cíticâ ao statu quo valia-se dâs opoíunidaCes que iocais e estraÍ€eiros que, por algum nrotivo, arril)assem na
a permanente .cileração dos rituais da lFeja o6ereciâ pâa as cidade. O p.óprio tcnênre Hermogenes chegou a 5cr puDido
de derconreotamenro co{ a sruario viSenrc. por seu comandante por ter propiciado üm en.onlro dessl
Há fortes indícios para se aoediiâ! qüq entre os âdercntes à ordern, rermindo jovens locais e frarceses de umr nau anco
tramâ sêdiciosa ai em clrso, â rejeiçáo de normar de comporta- rada no porto, e tuja guedâ lhc havia sido confiâda.5'
mento plescritd pela lgêja assumia, na t.ansgressão públicâ Lindl€y Íelâta um episódio semelhantc, envolvendo "cin-
de padrôes de comportameoto consagâdos, uin sigdEcado co pêssoas respeitáveis, entre elas un câpitâo e unr ienente dc
político. Para os que a.arim agiam, ess€ tipo de piática tinha a infantaria" cuios nomes não decÍna, âs quâis, cont âÍiando às
vârtâgem da ambigüdade, passílrl que em dê láiâs intêrpre- proibições coíent€s, üsitârâE lm navio inglês mcorado na
tâçÕes pelos não-iniciâdos, sendo, por outro lado, pe os 'se.- Bahiâ. O gokmâdor, tendo sido noti6@do da tresgtessão,
tários dâs nc&ndâs idéiâs", a reúmaçao visivel de firmeza da ordenou que fossem detidos, ftcolherdo-os à sala do Conse-
adesao â estâs. E pode-sê avali& o impãcio social de tais ações lho de seu quartel. Lindley, ele mesmo sob vigilància dâs au
no interioi de üma soci€dâde pà"a â qual a páti6 retigiosâ nô toridades e proibidô de sân da cidade em razáo dá acusâção
âmbito fâniliâr eÍa reiterâdâ diâliâs€Tlte, r€unindo-se todos, de contrabando, acompanhado pelo capitao do nâüo, resol
agegÂdos e escrdos indusil'e, pe juntos rezar€m o terço, o vêu visitá-los. Encontlou-os'Inuito confortâvelnente âlojâ-
que impli.âvâ, a depender dâ demção do óefe da familia, um dos e rodeados de amigos, que eram os moradores d€ melhor
rirual doméíi.o que durâ% ho!â ou máis. categoria do lusar Haüã entre eles irm padre da cidade e um
.4l3 . ns]àt^ D\ Y,DÁ I vat^ d' 3rÀrL j

.ômDo5iroÍ que onrou ao violio


su's proprias mú'icail"

r
nâo
a] r,"*"';"*na' Ai'da quc o coqúabâídis*
i.",],li^" envolvido'
,..n,ãaur"a" nomes o per6l dos penonàsens amiso orã
,,'t"","àiü.,,'r..";"
i.;;;
seu iorem
' " "srâ'',tàs de farecdos sene
""'."'*"dr com tg*ntE,p*upr.,.
ü.,á"1I"*:*"J"J: :I"iil'l;,**-.,"
"," ,,",io*;''
i'lll"i,i.*"' 'A e5se ProPósito'
â adnx-
reci!Úa
pe-
:::;l;
l--"j' i'""l"'a" a"""upos rnair iovers dr sociedade'
;;náo *ta de rai ordem que nio
rhe
i;:i:i:l.?;.uil.;; não causd-se' evenrualnente
11,,."". 'i:ia """'ánciÁ
uma-i,r*-* na situa§ão Politl'a:*
'" total mrldança
a. .r,mr''tdrnenro e"andJo'o
r","llí' ãn.i.' à, "'"pJ paBd ..rd
, .,,'- ,,"'. a. -."n. * 'era_leira da
maior
Pairão
reiterado Pe
Pdte
dc
ô
Panr'iPo'r
l'o5'
riÉor
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*+,:3$tffiN**-P
,'^ q* P"'' ra'
:' Ti.";;;.; ;:';,,.'"r ob"rvàd'r'om e''r ) relieio flfl ff J:l'#T;";Ã""t"'
s*'" sro de t;ntà vürudet
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ÀiJ PcrÚ
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v'ronderran'erre c cÚíÍ oropÚjr"
-"' -"rn "tia-" *-lr'dôim"nr" Polrltã' nJJ rrc P!rEli\J ""..L
.'."-"-i."".
.i . l;."';.' ;;;';" ." nom"- pdr'ro e rràiare " -"'"""
l:.:".1.,""".;;;;ú,-. nio'era'ondcnddô Prcs\uro'
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,, dcabou Do' *r morr\o ::'::J'',..;,*i i,i" rs'eir:' \rêsm" a Íú ür";ncrs-i'


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renenre lo" *'-'11'1;51t; ;1,1
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'"," 1','e"
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ipe áa 'on'pir-"çao ". - "Jli,"
ili.^ -u'u',**'
" ú"rer nd' rrdn\Etcsoes
o..
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"*.--.-
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de Íei\ãÚ antrclL '"];;r.'i,.f.a,,ia" d( ohru§T u' enq
rongo' rÍecr'\
r.as e.qurrccidà
oi"à' q* A'ànddr^ du j,a.," '"ni
o;'*dade "' úo ro: aúú
umâ re'e
., ::l;:f;;;"id,à' Pdra
d!vJl6as§(r'
i,li- a.
jnú'Iveti m3' urr'' nrrurdl
'":i:':;."r .-.;-, c brJnquinlo'' da 8àhid
'r" ô 'nidilü'* - -j","1
^-'r^" a"mo
'jfili.:d;:;,;';;, ' PrndLr';n

r:ji i,. -*i+ d6, màndo que !;o hrnâ


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cn(onüá!,rn cJm o ll'"il"à â. í.. *"' usmdo enrÍdda m'riro
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.;;;";; o"' c,io motrvo nÀ5 ocàrÓs er, que se levava o i,'^ffi#*',ri"*.p;do e dmuito descomposo no cwe'r
' t-" 1.."i"*t p"r"" ''À se àioerhâv',- ou dobrâ!ãm lli,i.,l.,r.ãa.' ú "irüa homem branco tÍsÀdo na
í;;.;;';.;#o! ou nào ),".'i.l***..'L'" a'
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pôYo"" essa é âPenô ^merda
lei\. ia enEado nos cinqüenra ano'
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compârecrdo
sà,Ícnre.om o,lormáiirmo do\ lelrádos mineirus qudto moíe do Senlor Rei D. pedJo r dô \enhor pnn.
aos pe D toÇ
,iro-s oâ q0a put'tr(a e. em cspeLiál.quJnto nem nas que fez o Vigário pelos mesmos
ros quc enlolüdm Senhores. csranrlô
J aümàçáo pútlr(â de reUgjosidade em \ua cã<J lem molisú: arêm
ou fidelidade Em c ta dc rcr.ido. enl.o ..o imei
aÍ,on'mà ao n\onde de BárbJcena. ro que de,xou tr
tevãnr"-se \ulpeiçào luto: TomJl An,oniô Gorl7"qá, nà. (ar,ar
q_udro j con6abiüdade potirjca do c t,úas, éÍnordü nà cnti.a ao desreüo n. oÉ,"_"n.,
ouvidor Luis Fefreird, e a-,
eoue ds evrdên(iâ( pdrâ ranto argrijdas
eíj o tàlo de nro rer ro pres., iro, pu. o, a,.,,". .otener
,\ao acerrã que À1e8ms de pr.cdr
Â.u Mum lereTAtadd.
.122 " f6Íoir^ oa yDÁ *rvÁDÁ !o arÁs( I
a $DUcÀo üÁ B€ÊD{D! . t23
por quem quer que s€ià. dinda que se tràre do govüDdor. e bebida. Pârticipavam das festas púbücas tãrto por prâz€r
the repugna que as muth"res c.uzrm as p"rna,;,rna sob." a quânto por ÍposiÉo de suas condiçÕes. liam obras sua-s e ar
oürrâ'; abandoÍrando a ígida e LieÍáricâ postura que cabiâ ütimar noüdad€s dâ Iüropa Viaiavam muito pdas esúadas
obsênâr por âquelas dê alta condição.,r de Mina5, p€dregosÀs, visitando.se recipo(menre, pois, apc-
Às diferenças âpotrtadas cêrtamenre têm a ver com o sâr de râdicalnêíte urbanos pela sua culrura e hábitos, p§-
momeÍro e as reÍerêncirs que idormavatr os pmjeros polri tenciam a uma elitê que viã nâ grande propdedade rurâl o
.os, já seja no caso mineiro, já seia no Gso da Baàia. Em Âmdãmerto de sua preeminêÀciâ e poder. Nas sed€s das fa-
Mlna§
9erai\ o paradigma para â ruptura dâ dependeDcia z€ndÀs ou nas Íêsidtucias citadilas onde se Íeunim quando
.olonial viÍIâ dos reros dos itustrados Êanceses.i dos m, da ch%ada de üm visit nte, reiteravam durante dias ai já dee
Blo àmeri.Jnos no que ai imaginàvârn rer sido ã sua revotu, c-!!§ !!4iÊILl!!.ado!, cultivando a arte da conversâção,
ção. Á pàrtir desses refeienciais, a idéiâ de liberdade, reaii 4elqabr,4g-a de iogos de cârtas ou samao, ambos müto
zaçao süprema da razao, nào eÍa pensada eE termos de su-
PgP4"r"s.-
prcssào de todas as desigua.tdades. Mas outro en o caso da Bebiam muito, e quandc' isso ocorria âs lÍnguas se solta-
Bilie, onde a rernénciã mâior que informava o compoÍa- vâm, e palâvras indiscretãs chegavam a ouvidos pouco
menro politico (dhensão da cuttura potitica que ampli:rva connáveis. o padre José t,opes recorda que, por o.asião do
s.u espaço) pnlviúa da lraDça revolu.ionária. .om rudo ô baÍizado de uD fi]ho de ÀvaÍenga, íoram dit3s Inoitac coisas
qu. issi] lnplcayÀ_ nconvenientes e comp.ometedoras pôr pessoas qu{: cntâo se
embe'rredaram durante o banquet,T' e várias testemunlâs ou-
!r PFJ() DÀS D]F[Àf]NC^S: IDÁDE§. vidas no correr da devassâ rclaram discursos e brrndes cujos
qrr\ ,FQ' 'À. r \:\ô!. lJt , r..LRD{Or: teores erâm de tãl ordêm que acabarm sendo rrgüidos con
tra seus autoÍes. Ma.ç tudo isso estava conforme com o con
@ Além da diferençâ entrê os refeÍenciais reórico-práticos vencionãl e, não fossem os destemperos verbais, nada hâveriâ
renpre aGnados .om ae rendências de rastormacao ao que reprovar E, contudo, bavia, e isso pode ser pcrcebido por
mDoo .]tl;nlnu r.volui.unJd. a..ediçõ.s minc d e hardnd depoiÍrentos qüe inzem à luz intersecçôes de projetos poliri-
apr.!er'!ar, q.ianilú conÊ.!Íádas, ourras diferenças: â diver cos .om estÉ1égi6 individu.is ou famiiiares, pelos quais se
.,.ôrnp,,5jÇ. ,oc'Jr Ju: Êrul'u, ncla. cnvorvido< e, anãa, a percebc a invasâo do espÀço prn?do pelos vriiores da eíerâ
.. grur,d€ d eren\" enrrr r . omfo,jçáo erâria dos partrcrpanre\ pública.
nc,s rio§.prqlras. A me.La de iddde dos coniurados de Vinâ,
/A percEryzo da deperüodâ coloDia.l como limitante de
é de 43,2 ,nos, contra apenar 27,2 ânos no caso bai
o, co._ pmjetos pessoais de â.Iéscimo d riquezá ou de prcstieio, a.§sim
side-ando-se. rarJ eÍeiro de c.ilcuto. Jpcnas os a.uddos (ujà como o recoútrimento de que a ruptura da subordiüção polí-
idade coD,tâ dos Egistros {49 no Laso mineiro, quarentj no. ti@ §eú o cár íIo adequado pan o aÍastamegro do, timires
da Bahra r. F*a diíercnça de
geíaçoes desdobm-ie, no con- impoíor. desdobÉ-se no plano dá üdâ priEdÀ'D ,!arjá lfig€-
fionto dos evêntos, em eleiÉo preÍerenciat por insrrumenros ú,61b2 de bacio Iose de Alyarensa, era tràBdá dr "PrIllcesa do
de sociabiüdade de ripo diferente. Brásil" por sua mÀe, deDEo de casa, e esta prodamam qu€, quâlr-
Do que é dado depreends da documentação rclativa aos do "este coDtinedte üesse €In algrun qmpo a ser govemado por
lerados mirçiros. o rirmo g€ral de suâsüdàs era DaurddÕ Do! Daciorúis sem suj€iÉo à EuIopa: o dnno lhe s€ria devido, poi§

'"
, - .rit.,i",o {o,'"di me;G. rãG"; ;A" tu..;.,""a,,*-; 'lh€ pêrt€nciâ por mtiguidãde de pÀrlistas, s€ndo a fârúia e sua
(asa das primeirâs'da terrÀ,5 Ái"dâ que se esteia co-som€$re
ê;iãEertciAosn dóúáos àe pos&ões de destaque. F;qüei;-
vm-se quando dos müriptos evenros familiares que impu_ diánte de rEórica faÍliliâI dos Alvalenga, e náo sê tome essa
nham comemorâção, rais como batizados ou . à""t.i.. Passâg€Ín dos âutos da de\"§â por indicatiB de efetivos obie.i-
que implicava, üa de regr4 boâ úúsicâ, mesa fana e muitâ vos dê nobiütâÉo por via d rcvolução pretenôda a Êase pren-
BLDDDLDLDTDDDDDÜÜÜI 'lll alllür aa lataataaaaaaaaaaaaa
42r' . !sÍo!^ oÁ vDÀ úvÁoÁ irc sp^si I
4 rÍDúaÁO DÀ L Â0dÉ . d2.

de a âtenÉo. O .onreIto em que ôi pmferida erá .ââcreristica-


Fsse entrêcrqzâ! de prcjetoslessoais com os dc nâturcz,
mente privado,r)â medidâ ern que obieti lã deÊnir os timites
políl&g,ge!4bpr"se"t., na Bahia de 1798, um pcrfl bem di- :
do rigor pedagógico aceiálel no qMd'o das relações enüe um
verso. É bem verdade que a doflmenkçâo âi rem.rncsceDie É -.
pmíessor de músicâ de baix condiÉo e sua aiuna de piano
escâssa quanto âos Fojetos de membros das elites locais, c
pouco empmhadâ no esürdo m⧠apesâr disso, merec€dora dar
quarto aos homens de menor (ondi\á" delc t.r rdo dc(m..
defêrencias ineÍentes à suâ condiÉo de membro da nobrerâ da
aa com o esíúàr.se aá niedo.lique o confluo ahenu enrrc
terÍâ. O fâto é que, independe.te do contexto em qüe forãm pro-
os que deíêndiam a ordem .olonial e âqudes que a nesavm
feridâi. as expressôes utilizâdâs rcretam o p€so de duâs tradiçôe§
instaurou se, em giande parte, como repressâo.
conEaditórid mas coqinentes, a paurarêm  vi§ão de mundo
Isso de or sedjciosos desíaerem se de papcis -.mpromr-
dos:colo ais, aindâ qre sediciosos e antàbsoluútas. pôr um tedores quando a repressão se fez iminente iá se nota nos episó-
Iado, fâz-se presente â Eadição de bale locá, firndameüto de urna
diosde Minas Gerah. ondc cnvolvrdo! na conlua b,et em
a.cesEâlidade instituià independmtemente da meEopotitâna,
po para deles se desfazerern. Várias testelruúãs reiaiarani que.
er"re§,ão de uma difdênça peÍc.bidã e como tâl ?ssumida, pela
duÍante a noite que preced€u à6 prisôes, um embuçâdo cstcvc
qual o .olono nào se vê mais como o colonizdor mas @mo o
nas cÂsas de lbmár Âniônio Gonzagà e dc CláLrdio Manuel da
coionizâdo. ltatá-se d eadicitaçâo de uM identidade de bâse
CôsrÀ,,nsrândo queGd" {lu,i 'cac,ut"i.r.scttup. l rqu
Iocat, amencana, que se realiz na sua aiieridade djútc da euro-
querim prender. e que já ncsta noite nao dormiss€ .m .rs3'1"
péia, reinol. Po. ouiro lado, êssâ nova idcnúdâd€ revela,sc.,ã.i-
pelo que tiveram ternpo para sc livrrem dc tudo o que coqtrr
dnte na eleiç.o dos orerlo' ordmadore. da sôcjeJade quei
argüdo tuturamente.
eles pudesse ser
nr.rerdrJ crergmte do mmpimenrô dâ dependéndJ GJànd, O cuidado .om . .cFurúr- ópârê.. (.'n . 14 !r,- r,' I
p€19 qu( recome àqueles que têm ügén€iâ no lm])elro poíxgpêi
dez na Bahia. Confronlando &s f.lÀs dc âc$ados r tcstenlu-
dô Anti8o Regirne.
(, nt-s ri,r, J que foi apreendid., pelas áuroÍidadrs, rornr'sc
.o PàrJ o. l(trrd,'' d( Mina. Gerai\ ou pdrr o, aue dpird.
eüdente que os envo)vidos, quando tivcram temoo para hze
sem a essa coídição, a dependência cotoniat inrerferia nos
lô, derâm 6m aos papéis quc sabiaú 3erem cotrt!(,Detcdo
proierc' dc' ida i'rôüdudi\ de varir, rnàneirds . nào s. rrârd
res. O que se encoÍtroú nx casa do tenente Herm.igc.cs,lrr
va apems dàs dimcnsões mareriais da a\istência. Iosé de Re
dutor de io.1os revolu.io.arios Êanceles,,r.ur ois poü.os dr
zenrie Costa relata que, "Íomândo tenção de iJ p a o Rro r posse per{eitâmente iusúÊeda por estrlkr !nt.res{ ptuÍi3siô
Íieqúe âr â Universidàde de Coimbra. fâtarâ ao Vigário de ,ra1, como, a títulc dc erernpJo, ensãior gerais sobr.. tádcr
São losé, Carios Correâ de Toledo, que râmbém se prereDdia
militâr. Nâda que pDdesse consrltuii evcnrual pro\1, de üÍen-
âusentar peâ PortugâI, a 6m de o conduzn €m suâ compa
çào snbveisiva. O que constà lcr sido en.ontrado na casa de
Í!hia, no qual o dito ügário e concordou,t passado Luis Pnes, homêm branco, la\.rânle. âponta Ía mesma dirc'
algum tempo, e{contrando-se "sseDriu
os doÀ e ietomando o tema, o
Éo. O seu caso é de interesse, visto qse úrios depoirenlos
ügário Ihe conÂdenciou, debaixo de ouiro s€gredo e reco- são coincideDtes quanrc ao fato de qu€, em sua casa, cíde.no!
mênd,ndo muitâ câut€la, que nao haüâ mais ..necessidade d€ de teor mdicãI êstâ\€m expostos à vista de todos, e que os
n a PortugãI para fteqüenrâr os esrudos, porquanto estâ\,.a oferecia pâ.ra ieitura dos que se úosrassem interesados. Ess.
próximo a ía?er nesrÀs Minas rUÍ levânte p a se erigüem em Lurs PiÍ€s toi dos poucos acusados que ronseguru e\JpJr o
Repúbüca"-a S€u pai,loão d€ Rezênde Costa, consrmâ o epi- prisão, âinda que tenha sido, mesmo aLsente, condeDado à
sódio, âtribuindo, entretanto, a notícia do iminmte tevante âo mort€. Tudo lew a cÍer que antes dâ tuga conseguiu retirâÍ de
irmão do ügário, o sdg€nto-mor Luís Vãz d€ Totedo, o quaj strâ casa o $e fosse de valor e pudesse compromctê-lo. ôu a
com a maior clâreza Íeafrma qüe, caso o l€vante tivesse êxiro
nõ Minas,"se hâüa d€ tundàr na mesúa ReDúbtica UÍüversi O que foi encontrado é múto pouco, sc €omparado com
ô que se seqüesüou dos dois primenos d€udo§ Domingos
-
42ó ts 5:ar/ r4 ÍLr .; /ai,. ,,.,.1A! 427

revolução. Â cada um destes, ioâo de Deus atribuía u,r gànho


Jnual de 2:lJôS000 rêi', d-lgo como la4cúou rer. aô nre) o
eqüvalente ao preço médio de m esÍavo saudável e hábn no
trabâlho. TràtaM se de umâ soma l,llltosissima- Ao titulnr de
uma cadeira de âlosofia cabia, por ano, um oráenado de
400$000 réis, mesma quantia percebida, entrc outros, PorÚ
lhenâ, professor de grego. Um Professor de escola Primária
nãô poderia âspnãr â mais de 150$000 réis Por oo Subnldo
na hieÍarquia do serviço do rei, o secretário do Estado e
Governo recebia, entre ordenados, propinas e cmolume»ros,
1:600$000 réis ao aDo,roe essa era a mais â.lta remunerâçào da
âdrninistraçào Íégia, se isnorarmos o total dos gnhos do go-
/i úú r0 rrr.d ,r.í/i,lrxr ],,d. vcrnadol Trâtava-se, pois, no caso dos númcros de Iotio de
i,rrnm Co,i:.!i úr r,l À(r íi!,i Deus, de algo tio gràndioso quc os rendnnentos lotajs do
Celeiro Público entrc i785 e 1798 não ser;am su6ci.ntes pâra
cob.r as despesas com a Íemuneração anual dos quãrentâ
4., SiLu Lúirór . Luis Gonzagr dâs \/irgcns e Veiga
-, .ujas
.dJs csiavanr aba.rotadas de papéis. Quanto a cÍ.. Pode'sc
depuÍãdos dc suas fântasjas, entre os qüais pÍovalclmentc sc

JdEilir que, quaDdo d! {,:r prisáo, rào se sentiã ameâçado, Ainda que se trate de dcvân.io, este se inÍegra nolavel
for, a6nal, as ãltoridàdes seguiM pista falsa, atribuindo jtrdica
" mente na imâgem que se pode rraçar do afaiate. Tudo
a loria Jos pasquins a Silva Lisboa. Mâs m eÍeire da prisao que era homcm vjolentô a ponto dc ter, durantc uÍnâ alterca_
q d, oldJdu i,rJrüJerr. ,' Jd\ ourr} qu( rc lhe 'eguri.m. o
Éo deftonte da casa de sua arÍrásia, riscÀdo o roslo de V3lérlo
mcdo espaltou s. entr. os sediciosos. José Ântónio, homem da Silva com uma faca que semprc razia consigo."i Não es
br nco noradoÍ no Cais Dourado, relata ter sabido quc, na condia de dnguém, pelo contrário proCamâva o sempre, que
c.Íavizinha à da sra fithx, a mulher do cirurgião que ai habi seu grande obierivo erâmudar de coodiçeo. Entre as testemu
r.va, que era ô sedi.ioso ,osé dc Frcita sâ.oto, "estava muito ntràs ouüdas após a sua prisão, várias sc lenbrarem de taJ.
.horosa'po.que umâ sua irmã a tinha visitado com "dois olrüdo aiard€ar "que havia de se. nesta terrâ um homem
hornens, a dizer-lhe que qu€imaise os papéis que tinha, e que muito srandels: Que isso de vi. a ser grande dâ terrí implica
com efeito lod queÍmarà sem demori:" va tornar se muito n.o, Percebe-se pelo retãto de uma sua
É de notar que entre or periences seqüestrados de Joãô disputa com ántôtrio Ioaquim de Oli,eira, homem pâLdo íoÍ-
dc Deus tâmbém não consta te*o algum, aindã que s€ saiba, ro que viüa de ser procurâdor de €aNas. Fazendo-se trans-
por viá de depoimentos, que o alíaiate orgarüava üstas de portâi em diâ de chuva ruma cadeira de muar, e "parardo os
adeÍentes, e estimúava seus compaúeiros a Íaz€i€m o mes' pretos nâ portâ dâ loia do dÍo Ioão de Deus oDde aniaram a
mo. Essàs lisras nunca íoram encontradas, e é de supor que .âdeira quardo este se recolhia de fora para a loja" Para tugn
tenhm sido dêstrúdas. Ma algo bem diferente aÍIora de um da ôu\", ôi-lhe obstado gue se fâzia carr€8ar "Porque ê rico
pedâço de papel com algumas anobçôes suas, mtturâdas a [e] nao quer molhar os pési o prôcurador & câusd teria
ouúâs com rêgistros de serviço, tais como medidas de en€o- respondidq apaziguadon "qüe são mercês do Gu I ao que João
menda§ € orçanretrtos. Trâtâ-se de uma 9!IioE!99 de de Deus retmcou que "está feito, e o t€mpo viÉ em que Possa
!im!I!Ilço§!!E! 4!!ErJ e, o que ê de maior intcrasc. ser que eu a:}d€ de câdei!â, e vossâ Mdcê a pé':8r
dos prov€ntoj_quj cã5eriâÍn 4os qsqgqtg qqplBlqq1tuj]: A base dâs espera4âs que convergiam paft a sedição era,
ra Di€ta relDblicq!1 ! ser irstiturda qlmdo do Íiunfo da em câdê caso particular, a condição sociâl de seu PoÍtâdor. Se

t r r a r r l l r !l ,- t r a l a a a a a
DDDDDDDDDDDDDD DDT taatlaaaaaaaaaaa. alaaaaaaaa.aaa a

-4?3 Hr:rô À nÀ ! iÀ kvÀDÀ N. aúi r ÍDUC,iô i^ r "(rro/.. . r'29

püâ Âlvarenga, ern MiÍas Gerais, o acesso aos titulos podeda do batizado de umâ fi1hâ de Lucrs DantÀs do Amorim Torres, âo
estâr enúe os motivos que o leva.!ãm à sediçâo, o 6cravo Iosé qual concoÍ€râln, enrrc outÍos, os lênertes HermógeDes e
Félix, na BâIia, êra moüdo pela pcÍspectivâ de supressão ge- losé GoÍlês de Olivêüa Borges. Que aí esteve, Hermógenes
ral da condição que êra a sua,'r  profunda diferedça que não o nega, mas ciÍ.unscreve os motivos com muiio cuidado,
aflora do sisnificado de übe.dâde paÍa os envolvidos n6 sedi- situândo-os nos iimites da boa ordem das natüâis desig al-
çôes mineiÍa e baiana Íevela-§e radicalmente nesses dois pro- dades a seÍ€m ôbservâdâs. o motivo de ai este é justiÊcado,
jeios pârticulares, e que não se e'.pü.â âpenas petos dez anôs pois seu irmão era padrinho dâ cÍiança. Dc res.o, permane.eu
que medeiam entre ambâs, com todas as impli.âções históri pou€o tempo, Ievâdo não poi especial simpatia, mas pelo
car dal derivadas. O que ressalta poderosamênte é que, para simples "intuito de ouvir cantaiitr o que sugere distância-
uns, überdad€ srgnificak, pâra a]ém da reiterâção dÀs diferen- mento. Essa ênfase na impessoalidade das relaÇoes com ho-
ça, num uiverso dã dciigualda&s. o reíorço de reu pode, In!4!l1q!4!q !4façâo ê msistentemente reforçada peio te
mcdiànre a supres\áo do iugo rolonial queJuru..-rarãseu plem nente. Nega que eÍes trves\em â.esso J( rcunrnc' quJ \
cicrocio. Trauva-se. aí. da l;berdade roúrida porseúores de ã,rn a-ir:ae em sua .,sa e, quando admitc ter eshdo nã
iscravos. No segundo caso, o do escÉvo baiano, a liberdade companhia de alguém de qu.lidadc inícrior, circunscrevc os
era tidá pôr condiçao da igüaldâde, o que implicar?, cabál- episódio\ áos mârcos .h i',cíençd. I' ofi.ral re onneLe,ruq
mente, a supressão da próp a relação êscravista constirutiva em certa ocasião durante a guâÍda, mandou comprar agud
da subordinâçã.' coloniai €, poitanto, ã supressão râmbém dente e beberanr iüntos no seu câmarote, eie e o soldâdo l.u-
câs Dantas do Amorim TorÍes, ma§ cnfaúza quc náo o kâtava
É em torno desse conceito, o de libeÍdade, qüe sc deve como iguãI. Pelo contráno, via no soidado o aíesào a qucm
procure o núcleo ordenâdo. dã dimensão histórica áâs sedi- encomêndara a f€ituJa de um teâr De lãlo, este executoü na
o. çôes. ! por meio dos seus diversos sig âcados que se pode c6â dô tenente o serr'iço, que d[Íou três dias, seDdo the Pago
pcnetrêr no emâranàâdo constituído pelos padrõês de com- o preço combinado. Durante seus dePoimerlôs, recusou a
pnídmento solidÀmcnre atraiSador que , onvn.uÍn com a, possibüdade dc tratar cono igxal a ri8!ém que se desquali!-
novâs formas de sociabilidade. Nas pióprias reiàções quc os cava socialrnente a ponto áe seoir de mensâ8efo dâs 1...1
envolvidos em tramâs sediciosas mantüiam entÍê si, âs prári côrÍespondênciãs anoíosas" de seu iúrãô Pedro Leào."" R.
cas sociais de diversa temporalidade sobrepunham-se, senr pele, aindâ, qualquer aproximaçào collr loão dc Deus, admi-
que Mas se diluíssem nâs ouúas. tindo apenas que lhe hâüa en.omendádo umãs pantalonas,
lsso de novo se toma mais *idente na Babia d€ 1798, na ne8ócio que acabou nãô se concretDando,Ú mate.do essa
nedida em que aí se verifica o únicô ensâio sêdicioso envol- ãtitude tamkm em íelaçao a Lús Pires, ao qual admiti! co-
vendo homens das mâis diversas esferãs da soci€dade locâI. nhecer, pois lalaarâ 'algumas obr6 de praÍn ao dito seu ir
Cl)mo as m{ormações hoje disponiveis são âquelas que cons- mão"," ldnculo e§ritamente pro6ssiônâ1. Quantq aqueles de
tâm dos registros da devassa, é preciso cuiàdo em lidar com ível so.ial compaúvd com o seu, .om os quais poderia, Por
os sigdÂ.âdos dos Íatos e de suas veÍsoes, em especiál côm bom motivo, malltÊr re]aciondenlo mâis estÍeilo. câsos do
âqudas dÂaas pelos acusados, evidentemente preocupados médico CipÍiaro Bdatâ, do pÍofessor l.dcisco Muniz Darre
em â,ütá-las aos padrôes presaitos de sociabilidade. to de Áragão ou de Àniônio da Rocha Dantas, fiIho de dc§em-
O que se notâ no co.Éonto de fatos e versÕes é que o bâgâdoa reconlece de bom grâdo a sua mi?.de.
demoúatismo dâs Íeuniôes poUü6, das quais üdâ quàJ pdai- Escoiúados os fatos dÀ condicionantes das Ycr§ôes, pode
cipàva independentemente de su condição. repetia-se em ou- se percêber que, concomitmtemente à Ema sedi€iosa que se
tras circunstâncias do €otidiÀú desses homens. A difeÍene_de d,á nos marcos de novar formas de sociabilidade politrca, os
condiçôes não imp€de que o6ciais participem de fesras de bari-. me.nos homens que desta paúicipavd Dantinhâm ent.e sj
ãão uo filho ilesítimo de um siÍ'iles sold"do. ú-ioiã-.a; outrás rêlaçôê§ pautadrs po! vaioÍes e Padrões de tipo estnta
menle t.adicionàI. I cômo se â5 diferençâs de condiçàô, aindá Mas é na5 relaçÕe§ mlre homens livres e escralos envol_
que recusadÀs com base em conúcçÕe§ Pollticas, §e iestâur3!' üdos nas sediçõ.s que o peso da tradiçáo se revela cÔm maior
scm ni esfera da cotidisidâde erquarto §uPortes da constru- litidez. Em MinÀ Geiajs' quando ocorrcm relerências a es
.,avo!. erter dparecem como ci'(unsriin.id' de seus senhorcs,
çâo da côn6ânça mútua entre os eÍvolüdos, confiança qüe tc
rritcÍava. enú. olrúa§ Prática§, mediânte a tIoca de favores. Jnda oue de;osir#o. de sur confianra c sabedores da ate
de ier e escrever' Á cli,agcm rudrcal que dár'ia r condiç'o
de
E fácil perceber que essa dimeD$ão da sociabilidade dos foi
sediciosos, por seD tuno, preservava o Peso das diferenças. O ada oual na souedade e'cta"isl" em nenhm molD'rrto ât

,nraÉedl \,lêmo em sitüaçdo eÍrcma. caso d" tugâ dd


rénente êrrcomenda um tear âo soldado Lucas Dãni6, e paga
,eore'suao iminent., o escraro arumpanhr o seúor por
por isso, ajudando-o a aumenÍãr a sua renda, que e'â Poucâ, 'eu
;mposrç-ao de suá (ondiçro. carregando-lhe o' pcrt<nces e
'a'
pclo que, objetivamente, aquelc se torna ser devedor. Seu ir
mJ! Pedio Leào ,qu. e condeÂ"do a revelia. pois consegue risiuendo suas necessidades imed;atas.
h, r ,s.im cuc côme\rr" r' pflroes, conrráta seívrlo. do o vipdno de Sdo,ose del Rei, Cârlô" ( orrer d. loledô.

L'ranrc Lus Puc,, pelo que pJsd. CrPnano Búdta e làr"rador nroruou'oosuadn Frdcisco Anrôni^ dc Oiivrira t Pes.
de cana nas terrâs de loaquim lnácio de Cerqueirâ Bü1úo, po ;.-.' "",i.'...""' quddo du turu'o levsre, i; quc esl(
der$o srnnor de engeoho menciona.io como enl'olvido múa- eodcr,a müro bem aProntár vmtt n,8ros fJJo d Lmpreitada'
nr. E esre seDhoÍ de engenho rem em ,oão de Deüs do Nasc; i qu. 'erra dc muira ,ÀIa. Doi umlreFrúcom'rnrd'âlíôr
m.nro o úiesii que costurou o vestido de cAanrenlo de süa rE nr re<ta !e Jürava a morrcrl" Ohve;r" t p.. !eü'ta,
noiva. ti Ioaquina,6lh d. n)orgado,osé Pires.{'I n.,s Dántâ§. retrucou que "sc libeÍtasse vinte negros ficava sem 1€r com
cluando se decide pcla lugà após o mâlogro da reunúo do Di- ouc lràh,lia, 1* pel- que nàL "e rornor ã que'têu o pJdÍe
.1,r, J unrc. re.r.r,LJ ir ea;rr d rePre\Ço minenre @m d t;,é da sila de oL,eird Rolún tinhá mur(a .ônfiüçd em 'eu'
q- es<ravos, e não Podia Passar sern eles mesm'' em situações
Drisno dc LLis Gonzaga . retugia-se em t€r⧠do engenho de
Cerqleirí Bulcão, integrândo-se ao comboio que demandâ eÍremas. Sâbendo-se Procurado, decide-se Pela tuga- Primei-
propricdades do nlesmo no se.tâo longínquo. Ta$bém o te- rmenre refueta 5e nüma sur (àsa no Arraidl d" leluro' mâ'
nentc )osí (iones de Oliveira Borges, que ao fim do pro.€§so sentinoo !e a.uÀdo. mrrda-s€ Frr J cosr de um amr3o paru'
(tmDre
acabou cordenado. mesmo se a Pena leve, e que mnheciã loão dd, rerúr! \e PJr" o" mâlô\ d€ ulrJ ro(c dc \cu pâi
dt leus, rcduziu a csiera de suas rclâçôes e$rirarDente àquela§ aconoanhado de um seu escra\'ô, por nôrÍre loâquim, de nâ-
cabiveis enÜe um âiesào e seu ciiente. afrmando que o dfúate çao üale, por quem foi serüdo até suâ Prisáo'
fieqúenrâ\'a sua ós:r com o fim único de "tomâ. a medida, Na Bahia do ânal do século o quadro é ourro. Escravos
provar a obra, trazê la depois de condúda [e] ür büscaÍ algurn envolvcm se nd]!:drção ma / cLvagem \o.jdl nao delrpdec€
Lrcer uMdo Anronro
pío de di!Àeno"fr cdo ahda a isso fizess€ itrs. No que d; -"ri-ndo.'e-em oirrra ambisurdades.
,;sé,-ásá;vo bok€no do tetrente-coronel Caetano Mauricio
re§peito às $as Í€lâçÕes com Lucas Dantas, a este tmbém fazia
eDconendas de seniços <ie madena câso de uma beDgalâ que Machado, envenenado na cádeia do Tribunal da Relação aPós
1er inseÍido pane da reÍeição enviáJa Por seu '"nhÔr'
o soldado executou, mas ressâlva qu€ de fâto lhe tjnha amizde 'ons-e
r."1" ã" ..or, roucirúo, cune osada. choutiro do rcüm
porque fora salvo pelo soldcdo quando, duràÍte uma Í€vista a
un1 navio dinamarquês alcorâdo no pono, ôs da triPulaçno, um tanto de farinla de mmdioca,'5 sobre quem nada mais se
que contrabandeavam, atentârâm côntra a sua üda, pelo que sabe, o envolvimento dos outros dez escÍavos no PÍo'esso
insraurá{tô DoÍ ordem de d. Fernando )u"i de Porrugal Íeluld
lhe deüa 8râtidão.'r CipÍia.o Beâtâ âdmite conhm* algus
poucos cÍrlre os ârtesãos envolüdos, ma§ aP€nas àqueles que diferenças á matües sigaificdlivo§ no rrato de'"P"ôÉ ô" ho-
meór liwe' de baixã condi(ao com quem Ptrvrvm'
úe haviam pratado serviços proÊssionai-! caso de Goíçalo
Entre os outros dez escravo, e.volúdos oa deva§sa, rcve
Gorçalves, alÍaiate, a quem encomeDdaÍa üma obr4 e eú cuia
eram homens Pardos trãtivos da terra. Âpenas um' o cscravo
casa esteve para saber do atram M entr%&'1

â r- Â ar.& rat^ a a /ar.a ra ra


)LLLLLLIüL LDlDDltlü aaaaaÕaaüaaara.a aa.a.a... .. a. a

r'3? . frrôrÁ ô^ voa e,aDÁ N.r !PÀ!, !L!,i! D! L[r.aDE z

dc aluguel ücente, zlfaiate por ofício, erâ, entre os processa-


dos, negro e aÊicano. Este Vicente trabalhava na o6cina de
loào de Deus medianie duas patacas por semana,s pelo que
se tornava submisso às ordens do mestre que o alugârâ, e é
nessa condiçâo que se vê envolüdo em ações vincllâdãs à
trama sediciosa. ,oão de Deus serve*e dele para enviar reca
. dos a outros sediciosos, determinando-lh€, pojs é de seu direi-
to por âlugâlo, que o acompânhe à reunião do Campo do
Dique do Desterro, motivo, afinal, de sM prisão. Luís Henri
quc Dias Tavares anota com acuidade qu€, âo contrário do
qu€ se percebe entre os homens pardos, independentemenre
de (uJ Lond,ç;o dc lrner, forro' oL c(rrvoJ, e quc mâÍrn-
Dham entre si relaçôes de amirâde e câmaradâg€m, Íieqúen
ia.do juntos reuniÕes políticas, festas, bailes ou "tunções de
râpaÍigas"'r pelas noites dâ Bahia, o tÍatamenlo dispensado ao
africano escravo de aluguêi era, da paíe de loão de Deus, Ce
estÍito distanciamento e rigoroso controle.
Po. mais que prof€ssassem id€ais revolucionáíos, a gene-
râ1i72çãô do escraüsmo a@bara por ler?r os man ertrenados ü
de 'um moleque de I1aÉo Mina ajndâ bolal, [c de] uma negri 1ô .n\a àa inrcnfrÍiaÍ! tadr
.Fdi. roso\. 60 do merÚe rlÍaare. a \e âjurrJrem r, sisrcmd (.aia dr 1ôttr rn Sna tr\. 4.1
Angota de nome Àngelua'}"" E FortuRato da V.ig. simpoio,
que projetavam sup.imir. Nao se deve esquecer que todoi que ri.. {nd li.ar.tr.5 r(lÀd ,. l,
o. 61ho de uma ex-escravâ conhndo apenas dczoito inos d. idâ 1i1êlo :i.rk, ta\'111. frà4.at..,
OJ tinham posses suEcientes paÍa tânto erÀ'n possüidorel de e§- de. rraprnd d'oÉcio. rmhr por "- r"n'tu:., d' r r. , t,rc'..
cr.\o§, sem que is$ os tomâsse meDos radi@ls Dâ coDtesteçâo que lhe tocou por monc de süa mà. le aol .rioulo l.uis, cm q,rL
dô Anrigo R€gime na Colônia. O lÀÍmte Luis Pires, ainda que do valoíl""
lúnha al rnetade seu
íunca tivesse tido escravo que lhe servisse, compÍou um mole o escÍâvnmo perpassava de talforma o cotidirno quc, dc
que de nome lrmcisco Àngola para quc o Êzesse à sxa mar táo generalizado e ônipresentd, tr.nsfo.mava-se, n,1 r-blôniâ,
Dâmásia MÍiâ dâ Cnnceiçào (ela mesEa ex-es(Íâ%), noleque na limitação maior à privacidáde dos seDhoÍes. Nàr MiDâs
que, parâ srúde pesú delâ, veio a falecer de "diarréiã de sd-
Gerirs. e em esleciai na5 c,dâde . o\ c(.,dt.\ n io rro, rp.
gue'l provavelmente c6leE?,Cipriano Iosé Barata de nas as mãos e os pés dos senhores como queria .o
^lmeidâ
tinha, quando de suâ prisàó cinco escravos, relelando acentua- inicio do sécúo xwr,rc)ma. eram'quas. sua somt ^ntonil
ra. oíl4s c
da preferênciâ por nom€s bÍbücos: os três homens tiniam os ouvidos aos q:ais nada escapara.
. nomc( de Noé. Moisis e lsàias. e Às mulhscs ff Riouel e  relação escravista, mántidâ pela oniprcsenre po5sibi
Cusródra, e de1€ sido senhor de número maior qusdo se
- 'er Iidade àe recurso à rnais extÍema violência caso losse con
dedicaw alarru cana em tenas de ioaquim hácio dá Crrquei- tàsúdâ, desdobravâ-se em relações de cooperà(ào cDtre sc_
ra Bul-o.'Este era serüor de mgeúo, pelo que possür escra- nhores e escravos por imposição de su2 ,.iteixç.', (ôii'
vos era eriEéncia dessa coodiÉo e oficio. O teneni€ Herllóge- diâna.'0r Existiâ um reduzido es!aço pa.á a ciitrgirci" J.
nes, homem de pacos recursos â ponto de, ao ser libeÍâdo da lealdJde. rcciprocr..
prisão e rein.orpo.âdo à tlopâ no seu posto de oficiâl, pedÍ tivameDte, ao úiverso d. vida privada. À loaidad. que o
(no que foi atendido) que Íosse liberado do pegmento das escràvo devolavá ao scnhor rinhJ Lítetlà t',J.ir"'\n.
cxsrrs do Drocsso- pois, em câso contráÍiq nâo "poderia spa- ".J
o trãto que este ihc dispcnsava ou o luturo 9u' Ihc ofÚc_
recer com o doidô luimento na praça? era, cootudc, seúot cia, e isso era percebido, com te,noÍ ou ,.rÍ Por
'il'rllo
À !.rrÇÀ. i! Ls:PDror . .43:

ro Trono encontrâ sua íormulâção mâis precjsa ms palavras


de d-lernandolosé dePortugal, o go,ernador que cônduziu
a devassa ao fin da qual foram enforcados Luis conzâsa
das Vi.gens ê Veiga, Lucas Dantas do Àmorim Torres, Ma'
nuel FaustiDo dos Santos Lira e ]oáo de Dcus do Nascirnen
to- na prâça da Piedade, por crime de sedição, em 8 de no-
vembro de 1799. Dizia o governâdor, em sria âo ministro d.
Rodrigo de Soüa Coutinho: "o que sempre se receou nâs
.olónià. é a c,crâv.rura, em rrzro de \u. .ond("o e purgue
é o maior número de habitântes delas.não iendo tão natunl
que os homens empregados e estabelecjdos qucr em bens e
pÍopriedddes queiràm (oncorrer pdra uma !or\prrJçdo ou
lç liag tnta: da: n"vt tu tot.o
ü,' qff .r ÍoÍn. t1 úntt\na, Ío' atentado de que resultariam péssimas conseqüênciâs, vcndo-
,vurdi.lnaÀ,r.J . r»r. se até â serem erpo§os a serem assarsinâdos por seus pró
A"! r.t: tln lto fttittt; tttu\. I
iot, ill'm ndn,i,, {S{,1,lillJl O .otidiano das sediçÕes revela, em especial quando se
rrah de grupos politicos com cornposiÇão social helcrogÉnca
to.ios que liriam .ssâ Íelação e. em especial, pelos que pen c2§o particular dos eventos bâiânos que a trama politi
-ca se dcsdobrâva -,
ô. siran o desdohramenro dâ conspiração conro prática so numa Ede de pequenos fâvorecimentos- Lrâ
ciai magnificrda. dâ naturczâ da sociedadc colonial que, entre hômens trvres de
A. \dr\nt' Jô ÊnJl dô.i.ulo i\, crLunscr\rán , Jo .ondiçeo distinta, às lealdades iDterpessoais.orrespondessesr
!.i!.rso dos hon.ns livres. aiDdã que, no limite, chegassem a outras relaçoes, envolvendo vantagens reciprocas. Issa era a
, ri.Jr rom J nJn. ind ,ôdLc.crrvo.curatrdti(d.ocUl(ori bÂre do .lientelismo ligent€ nessa sociedade quc, málgrado
,lidrr dotavà ix das meios de inlcgr"çio em formas de socia repousar sobre o trâbalho escravo, se percebia segundo os cri
bilidade quÉ abrian a perspectiva de regaçao poLítica de sua téiios estamenrais do Ântigo Regimq alvo da critica teórica e
condição. Enüe os escravos envolüdos nos eventos de 1798, prática dos mesmo! sediciosos. Esses eram homens de seu
todos inseridos e,n âtividades urbanas, a maior pãrte sãbia leÍ tempo, e era como tais que desenvolviâm sua ação políticâ,
e escrever, convi{ia proʧrionalmenie com homens ljwe§ de assim como üüam seu cotidiàno.
baixâ condição, pâúicipava com estes das mesmas festãs e 'tudo isso é contnditório, o que nâo é de €spantar na
folguedos, alâr de panilha conr estes crenças e padrôes de medida €m que a épo€a em que vileram esses homens carac-
consmo semelhantes. Ainda assim, as impliGçôes politicas teriza-se exatemente, vistô qu€ de crise, pelo seu .aráter cam-
desse corte radical da sociedade colonial. antepondo homens biante c contradit6Íio. Âs contradiçôes dâs quais os sedjciosos
In,res a escravos, erm percebidâs por todos. Mesmô ctrtre os eEm portâdorer deriw!am dÀ müriplas deremmd\uc" ,lue
sediciosos baiânos, quândo se tmtara de homens brancos de demarcâvam tarlto os ümites de sua prática poliúcâ quanio os
box condição social, a desconÊança acerca dos dotados de atri- dos pmjetos de tutum qüe as ê.Íormavam.
butos íisicos de oulrã ordem está prcsente no alerta de Cipria' Anunciando a erosào de lD modo de vidâ, os agentes l I
no Batata a seu amigo Luís Cersent, ao recomendâr'lhe que
tivesse 'cüdâdo com a canalhe aÊicea"ie no tocante a as-
dâs ações sediciosás deram início, no 6nal do século :rwu, a I .
tÍaie!ódas que configuraram ümâ Íegularidade disna de ãten l
-
5
§rntos de natureza pohica- Éo. Â sua açao marcou o inicio d( um Plo.e-o de " unul.,
\o.dn,Fô do nudcr. a lercep\ào de que o e:.ravisÍno çâo de cxFeriênciâ pôlitica que enfonnou, nás primejras dé :
constituia o mais sólido âlicerce do âpoio das elites coloniais cadâs do seculo seguinte, lanto os artífices da politica con
'soI8?J.L{ud ã §E qE8oxàrd sEnsep op5"
-I3said Pu lplun ãrüãur31ur§ã, ânb epulE 'orPseqos 3ruâü
-súrad uI3 §o EDsã âp s.roqu.s 3P lPPpârros É uPrã^Íls?ür
! $qnàq3r §Ens ruor'rnb susur oq 'sor Dpràq Iod son
'ssro^âr
-no oruirsl]uà uPi l eperuode IJs e eprprre;n8:: enno
Eum E ãlâtsâJ anb o
tÉÍqÍld ?pi !P ouçuàtr oP ã1uâru!^Íru
-g.p urEÉrârsdssãP sa§sa 'sosorrP3s sorâtord uI' üIsrâ lo^uã
ai À"-1ua oEirpüo rouâur ãp suaúoq soe orwnÔ
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cPrlls'ràll!)e1 \Pp
ogorl3d op so!rolEl\rluor solu:un^oül soP
elun J ànb ôllIsÍIEol op oruàtulduor oP
(à1g e srláP sÔrrnu
sredr:urrd soa sopt''t
'onb nrels op og5ursauor ãp soluara
.roaua uuro. urBrnsar oln"᧠oP oP §o'rpàs \oP
PuU 'PU
-in1,nu, soPrrrPd eoq ruq §rnrrlod
lr)
"u: -anor,P 'orquDt!
àppprirqp,,o( 3 oe:P E eiPd \orrIUErPd su^ou
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