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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CISNCIAS BIOLOGICAS DEPARTAMENTO DE ANATONIA Neuroanatomi Recife - 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Reitor da UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Prof. Amaro Henrique Pessoa Lins Chefe do DEPARTAMENTO DE ANATOMIA Prof*. Fernanda Maria de Oliveira Villarouco REVISORES Prof. Gilberto de Sousa Filho Prof*. Sandra Lopes de Souza RESPONSAVEL PELA EQUIPE DE DIGITACAO DO TEXTO Prof. Gilberto de Sousa Filho RESPONSAVEL PELA CONFIGURACAO DO TEXTO E INSERCAO DAS FIGURAS Prof. Gilberto de Sousa Filho Técnico Alexsandre Bezerra Cavalcante ‘DESENHOS Equipe do Departamento de Anatomia ESTA 3° EDICAO FOI REALIZADA TENDO COMO BASE A 1°" 2° EDICAO, COORDENADA E EXECUTADA PELO PROFESSOR Jo&o Rodrigues de Sampaio ‘TENDO A COLABORACKO DO PROFESSOR Alexandre Motta Bittencourt UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA NERVOSO 1) Introdugao € um sistema complexc com vérias estrutures e dérgaos especializados, com a finalidade de cocordenar, integrar, analisar as informagées recebidas, armazend-las para que possamos torné-las conscientes ou n&o integrando o individuo as mais diversas formas de reag&o, comportamento, emog&o e etc. A) Orgios constituintes, localizacio e divisto do S.N Grgios constituintes do §.N: receptor nervos, gfnglios, medula espinal, medula oblonga, ponte, mesencéfalo, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo. Estes integram uma estrutura unitdéria de modo que todas estdo em continuidade entre si e assin, qualquer critério de diviséo é falho, valendo apenas como artificio para facilitar sua descric&o e entendimento. Localizagao do S.N. © sistema Nervoso estdé situado na cavidade craniana, ne canal vertebral e, a partir destas partes centralmente situadas, espalha-se por todo corpo. Divisio do S.N, quanto aos critérios: anatémico, embriolégico, funcional, e metamérico. Critério anatémico: Esta divisdo leva em conta principalmente a localizacéo das partes, de modo que se entende por Sistema Nervoso Central (SNC) os constituintes do Sistema que ocupam as cavidades do esqueleto axial e por isso formam o neuroeixo. Por Sistema Nervoso Periférico (SNP): entende-se aqueles constituintes que estdo fora destas cavidades. Parte do SNC esta contida no canal raquiano, é a medula espinhal; e a parte que ocupa a cavidade craniana 6 0 encéfalo (quadro resumido que se segue abaixo). Divisdo do $.N pelo critério Anatémico: - i ose eto iat - came aii cesta some aes we { oe Receptores: masa Pagina 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Critério Embriolégico: 0 §.N pode ser dividido de acordo com a erigem que cada um dos seus érg&os constituintes tenha tido no espaco embrionario. © SNP provém das cristas neurais, placodes e também do SNC e neste caso deixa o interior das cavidades ésseas e se faz externamente. © SNC se origina a partir do tubo neural e das vesiculas encefélicas. A luz das primitivas formagdes embrioldgicas permanece em cada formacéo definitivas constituindo as cavidades do SNC (veja Quadro II resumido que se segue). |Fomacges Emorondtis| comagiee ecudéins | Formaybes Deities | Gavan do SNC e Vesicule Telancotatica Talancdtalo Ventricuos | Vestas Prosencaiiton |S Dlencatiice Bencatlo Ii Venice | | Vesicule Mesencettica | Vesicula Mesencetiica -«Mesancifalo «= Aquadiula Mesenecafaio | ——————— Metencetiica | Cerebelo e Ponte Vesicia Romine | Ys i Sesaioe Roe aa Tubo Newral “Tubo Newal Medulaespinnal Canal Central da modula Critério Funcional: Segundo este critério o SN fica ividido em duas partes: SN Som4tico ou da vida de relacdo e@ SN Visceral ou de vida vegetativa. A 1* divisdo tem como func&o adaptar o organismo 4s condicdes do meio ambiente enquanto a segunda realize, juntamente com o Sistema gndécrino, a integracéo das partes que constituem o organismo. para que ele se torne uma unidade funcional. Ambas as divisdes, SN da vida de relacio e SN da vida vegetativa, contam com representantes nos diversos segmentos do SN, sob a forma de vias aferentes, centros nervosos e vias eferentes. (Observe o quadro abaixo). Vias aferontos Da vida da relagde{ Centos Nervosos (Somatico) Vas eferentes Nerveso Vas aferantos Da vida vegetative es Contos Narvoses ‘Simpatico oferentes ve sie stron { No 1* grupo, as vias aferentes conduzem aos centros nervosos aos estimilos captados em receptores dispostos na periferia, informando-os sobre as condictes de meio ambiente. As vias eferentes conduzem as respostas adequadas, integradas nos centros nervosos, até os efetores, que as manifestam através da UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO contragéo dos misculos estriados, portanto movimentos voluntarios. No SN da vida vegetativa, as vias aferentes conduzem os estimulos captados por receptores dispostos nas visceras, levando-os aos centros nervosos. As vias eferentes constituem o Sistema Nervoso Auténomo, e trazem as respostas até os misculos lisos, cardiaco e tecido glandular, cuja atividade independe da nossa vontade. Critério Metamérico: © SN apresenta partes segmentares, com segmentos que se scbrepSem A maneira dos met&meros e partes supra-segmentares. O SNP é segmentar e o SNC nés temos partes segmentares e partes supra-segmentares. Observe o esquem abaixo. Telencttalo, CENTRAL Deencttaio orebeio Tronen Eneatatics PERIFERICO = Médula espinhal Nerves © Gangies -Receplores ¢ Efelores As partes segmentares tém os segmentos marcados na sua superficie pela conexfo dos nervos, entretanto, essa segmentacfo ndo é absoluta como no caso da minhoca. Nestes aninais encontramos septos, em profundidade, separando as unidades de funcionamento. No homem, ites segmentos se comunicam internamente e 0 que os caracteriza é a penetracdo ou saida de nervos, dotando-os da capacidade de receber estimulos e emitir respostas. © SN Segmentar é, portanto, aquele que se relaciona diretamente com as diversas partes do corpo e com o meio externo, dispondo de porta de entrada e saida. O SN Supra-segmentar nfo mantém conexSes diretas com nervos lexcegdo feita ao olfativo e ao éptico que nfo se enquadram na definic&éo de nervos propriamente ditos) e recebem estimilos e emitem respostas através das partes segmentares. Filogeneticamente mais recente, ele 6 tanto mais desenvolvido, quanto mais alto estamos na escala zoolégica. Bm enimais inferiores, a medula espinal e o tronco encefdlico tém maior autonomia do que nos animais superiores, onde estas partes segmentares so subordinadas e controladas pelo SN supra- segmentar. Observa-se uma diferenca estrutural entre as partes do SNC que pertencem a outra divisao, pois partes segmentares apresentam a subst4ncia branca na periferia e a cinzenta no centro, enquanto que naquelas supra-segmentares, telencéfalo, diencéfalo e cerebelo, a substancia cinzenta se dispée em camadas contimias UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ne superficie, constituindo o cértex, respectivamente cerebral @ cerebelar. MEDULA ESPINHAL (MORFOLOGIA) Objetivos: No término da aula o aluno deveré saber: Estabelecer os limites da medula espinal, citar o mimero e o nome de suas partes ¢ de seus segmentos modulares, definir cone medular e filamento terminal, citar e definir as intumescéncias. Em sua seccao (corte) da medula, localizar o canal central, a subst@ncia cinzenta e a substancia branca. Na substéncia cinzenta, identificar as colunas (cornos em cortes transversais) e a subst€ncia intermediaria. Na substancia branca, identificar os funiculos, os sulcos e a fissura mediana anterior da medula Citar o ntimero e dar a divislo regional dos nervos espinhais e identificar a cauda eqiiina. Em relagéo aos constituintes de um nervo espinhal, identificar © definir filementos radiculares, raizes, tronco, ramos, ganglios © ramos comunicantes. Definir fibras aferentes sométicas, fibras aferentes viscerais, fibras eferentes somaticas e fibras eferentes viscerais. Identificar e definir meninges, espagos meningicos, filamento terminal e ligamento denticulado. Citar os meios de fixagdo e protecao da medula espinhal. Consideragdes Antes de iniciarmos o estudo da medula, vejamos em limites gerais os limites entre os diversos segmentos do SNC. © cérebro (telencéfalo e diencéfalo) esté limitado com o mesencéfalo por um plano que passa em nivel de quiasma éptico e fitas Opticas; o mesencéfalo esta limitado com a ponte pelo sulco pontino superior, a ponte esté limitada com o bulbo pelo sulco pontino inferior; o cerebelo mantém conexdes com o tronco encefélico por meio dos pedinculos cerebelares, estando unido ao mesencéfalo pelos pediinculos cerebelares superiores, 4 ponte pelos pedincules cerebelares médios e¢ a0 bulbo, pelos pedinculos cerebelares inferiores, o bulbo estd limitado com a medula por um plano que passa mais ou menos pelo foramen magno do osso occipital; o limite inferior da medula corresponde aproximadamente 4 borda inferior da vértebra Ll, Aspectos gerais da medula espinal Conceito: A medula espinal é um cilindro de substfncia nervosa, situada no interior do canal vertebral (porém, sem ocupd-lo totalmente no individuo adulto), que se estende desde o forame UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO magno & borda inferior da vértebra Ll e se encontra circundada por um sistema de membranas de meninges. Limites: Além dos limites citados acima, outros critérios podem ser adotados para se estabelecer o limite cranial da medula. Assim é que a medula ainda pode ser separada do bulbo por meio de um plano horizontal que passa ao nivel de um ponto egiiidistante entre as emergéncias do 12° par (hipoglosso) e 1° nerve cervical, ou ainda por meio de um plano horizontal que passa aproximadamente a 1 em abaixo da decussagdo (cruzamento) das piramides bulbares. Forma intumescéncii A medula tem a forma de um cilindro achatado em sent: ventro-dorsal, achatamento este mais visivel ao nivel do segmento cervical. Entretanto nfo possui um calibre uniforme em toda sua extenséo; apresenta duas dilatagdes ou espessamentos, uma ao nivel da porg&o cervical e @ outra na porcio lombar, chamadas respectivamente, de Intumescéncias cervical e lombar. Essas intumescéncias estdo relacionadas com a inervagdo dos membros, sendo que na cervical tem origem o plexo branquial que vei inervar os membros superiores e na lombar, o plexo-sacral, para os membros inferiores. Anatomia Comparada Nos tetrépodes: Essas intumescéncias estéo unidas por meio de um segmento intermediario mais ou menos cilindrico do qual se origina @ inervag&o da musculature do tronc Na tartaruga: Cuja musculatura do tronco é rudimentar, esse segmento intermediario esta reduzido a um filamento muito delgado e as intumescéncias cervical e lombar sao proporcicnalmente bem desenvolvidas. Nos 4podes: Nao ha intumescéncias. Cone Medular: denominagfo dada A porcdo final da medula, imediatamente apés a intumescéncia lombar, que constituida pelos segmentos medulares §3, S4, S5 e coccigeos. Divisdo: A medula se divide a semelhanga da coluna vertebral, em 5 porgdes, cada uma das quais apresenta o mesmo niimero de segmentos que as vértebras; com excecHo da porc&o cervical que apresenta 8 segmentos; assim é que temos: 8C, 127, 5L, 5S e 1- 3co. Meninges e espagos meningicos: A medula e o encéfalo estaéo envolvidos por trés membranas concéntricas e que sao as seguintes: dura-mAter, aracndéide e a pia-miter. A dura-méter: (sinonimia: meninge dural, membrana dural, meninge fibrosa) € a mais externa das trés meninges e esta constituida por uma espessa membrana fibrosa que se estende Pagina 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO desde a abébeda creniena até a parte média do canal sacral, distinguem-se nela duas porgées: a dura-mdter raquiana e espinhal e a dura-m4ter craniana. A porcéo craniana envolve a massa encefaélica e esté intimamente aderida ao peridsteo da caixa craniana. A porcao espinhal, situada no canal vertebral, se estende desde © forame magno até S2 ou S3 e nfo esté aderida ao periésteo do canal vertebral. A aracnéide é uma membrana conjuntiva que se encontra acoplada a face interna da dura-méter. A pia-mdter (sinonimia: meninge nutridora, meninge vascular) é a mais interna das trés meninges, recobrindo a face externa da neuro a eixo qual esta intimamente aderida e d4 origem ao ligamento denticulado e ao filum terminal. © ligamento denticulado (denteado)- € uma prega longitudinal formada por uma série de processos triangulares, disposta ao longo de toda extensio da medula espinhal, indo da face lateral da medula a superficie interna da dura-miter, onde se insere, na aracndéide e na dura-m4ter, em pontos que se alteram com as emergéncias dos nervos espinhais. © £ilum terminal ou ligamento inferior da medula espinhal é um cordao delgado que continua apés o término da a em nivel do cone medular e que se estende até a face posterior do cOccix, onde se prende. Sua porcdo terminal atravessa o saco- dural ao nivel de S2 e a partir desse nivel, se continua envolvido por uma expanséo da dura-méter. a essa porcéo terminal do filum terminal envolvida de dura-mdéter denomina-se ligamento coccigio (sinonimia: ligamento sacro-dural, ligamento duro-coceigeano, ligamento anterior da dura-méter, filamento da dura-maéter espinhal) . Qs _espacos: As meninges delimitam espacos, denominados de espagos ou cavidades meningicas que compreendem: o espaco epi- dural (entre e parede esquelética do canal vertebral e a dura- mater, que contém tecido adiposo (coxim adiposo, e um plexo venoso, espago ou cavidade sub-dural (espaco quase virtual entre a dura-méter e a aracnéide) e o espaco ou cavidade sub- aracnéidea (entre a aracnéide e a pia-méter contendo o liquido raquiano -LCR). & oportuno lembrar que nado existe espaco epi- dural no cranio porque nesse nivel, como foi dito acima, a dura-miter adere ao periésteo craniano; também n&o existe espago sub-pial porque, como jé foi dito anteriormente, a pia- m4ter adere intimamente a superficie do SNC. Meios de Fixag&o e protecdo da medula UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Meios de Fixag&o: A medula é mantida em sua posigfo no canal vertebral gracas aos seguintes elementos: cranialmente pela sua continuacio com o bulbo, caudalmente pelo lig. coccigio ou filamento da dura-m4ter espinhal e lateralmente pelos nervos e ligamentos Denticulado (direito © esquerdo) . Meios de Protecao: Funcionam como meio de protec&o mecénica e também biolégica da medula espinhal, os seguintes elementos: paredes do canal vertebral, coxim adiposo, sistema de meninges @0 LOR. Topografia __vértebro-medular: denomina-se de topografia vértebro-medular 4s relagSes entre a medula e o canal vertebral. No embrido de trés meses a medula ocupa todo canal vertebral, havendo uma correspondéncia entre cada vértebra e os segmentos medulares, em conseqiéncie disso, os nervos tem uma orientacao horizontal porque o seu ponto de fixacdo na medula esté situado no mesmo nivel que o forame vertebral. Durante o desenvolvimento h& uma diferenca no ritmo de exescimento entre a medula e a coluna vertebrel, a coluna cresce mais rapidamente do que a medula, e esta, por esté fixada mais fortemente ao bulbo como que arrastada para cima. De modo que, no adulto, a extremidade inferior da medula esté situada aproximadamente ao nivel da vértebra Ll. im conseqiéncia disso, os nervos tém uma orientac&o obliqua para baixo porque seu ponto de fixag&o na medula esté situado no nivel mais alto do que seu forame vertebral, essa obliqiidade eresce da porgo cervical para a coccigica de modo que se pode afirmar, de maneira esquemdtica, que os nervos cervicais sao horizontais (ou quase horizontal). os tordcicos sao obliquos e os lombares, sacrais e coccigeos, verticais. Denomina-se de cauda egilina ao volumeso feixe de cordées nervosos (formado pelos nervos lombares sacrais r coccigeos) envolvendo o filum terminal. AplicacSes praticas: 34> ° perfeito conhecimento da correspondéncia existente entre os segmentos medulares e as vértebras tem grande importéncia pratica no diagnéstico topografico das lesSes raquimedulares; 2'- © espago sub- aracnéide 6 extremamente importante, pois dentro dele encontramos 0 liguido cefalorraquidiano ou liquor. Este liquor reveste todo o SNC constituindo um mecanismo de defesa contra choques mecénicos e ele € retirado nas puncdes para diagndéstico de certas doengas. Abaixo da 12 o espaco subaracndideo ¢ muito grande, apresentando muito liquor e nfo existindo medula, por isso é o local ideal para pun¢6es, introducdo de anestésicos ou de ar (paxa radiografia de um tumor, por exemplo). C) Constituicéo: A medula 6 constituida pelo canal central, subst4ncia cinzenta e a substéncia branca. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 1) Canal Central: ou canal ependimério é um canal longitudinal que ocupa todo o comprimento da medula espinhal. 2) A substAncia cinzenta da medula é central, corresponde & camada do manto, contem no centro o canal ependimério e esta constituida por corpos celulares e por fibras nervosas desprovidas de bainha de mielina. Consideram-se na substancia cinzenta as colunas (anteriores, posteriores, e laterais) e a substéncia intermedi4ria. As colunas anteriores (cornos anteriores em cortes transversais) em numero de duas, direita e esquerda correspondem 4 lamina basal e representam, ao lado dos miicleos homélogos dos pares cranianos, os centros de inervacao motora som4tica e nelas terminam todas as vias descendentes ou motoras e se originam os neurénios que vaéo inervar a musculatura estriada. AS colunas posteriores (cornos postericres em cortes transversais) também em numero de duas, direita e esquerda correspondem & lamina alar centros de terminagdes sensitivas somiticas e nelas e nelas tém origem as grandes vias ascendentes ou sensitivas. As colunas laterais (cornos laterais em cortes transversais) direita e esquerda representam ao lado dos micleos homélogos dos pares cranianos, 0s centros aut6nomos ou de inervag&o visceral; a inervacio visceral compreende dois componentes: simpdtico (ou téraco-lombar) e o parassimpitico (ou craénio-sacral) A subst@ncia cinzenta intermédia esté representada pela substancia que envolve o canal central e esté constituide por neurénios de associagao. 3) A subst@ncia branca da medula tem uma situacdo periférica, corresponde a camada marginal, envolve a subst@ncia cinzenta ¢ 4 constituida por fibras nervosas mielinicas. Na superficie da medula distinguem-se os sulcos e os funiculos (ou corddes). sulcos tém uma orientag&o longitudinal e compreendem: a fiesura mediana anterior, dois sulcos laterais anteriores direito e esquerdo (nos quais tém origem aparente as raizes motoras dos nervos espinhais), o suleo mediano posterior e dois sulcos laterais posteriores direito e esquerdo (nos quais tem origem aparente as raizes sensitivas dos nervos espinhais) a porgdo cervical da medula apresenta o sulco intermédio posterior que fica situado entre o sulco mediano posterior e os laterais posteriores. Os funiculos da medula so cordées longitudinais de substancia branca delimitados pelos sulcos e compreendem: os funiculos anteriores (direito e esquerdo), laterais (direito e esquerdo) e posteriores (direito e esquerdo). Os funiculos anteriores, est&o constituidos por vias descendentes (motoras) que se originam no c6rtex cerebral e Pagina 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO micleos sub-corticais ¢ por vias ascendentes (sensitivas) que se originam nas colunas posteriores e terminam nos segmentos do SNC acima da medula. Os funiculos laterais, limitados pelos sulcos laterais anteriores e posteriores, & semelhanca dos anteriores, estéo constituidos por vias descendentes (motoras) e ascendentes (sensitivas) cujas fibras tém origem e terminagao idénticas; G&o insergéo nas suas faces laterais, a borda interna do ligamento denticulado. Os funiculos posteriores, limitados pelos sulcos mediano posterior e laterais posteriores, na Porgao cervical na porg&o cervical da medula, cada funiculo posterior se encontra dividido pelo sulco intermédio posterior em dois fasciculos: o grécil (interno ou de GOLL) e o cuneiforme (externo ou de BURDACH), os funiculos posteriores. aco contrario dos laterais e anteriores, est&o constituidos somente por vias ascendentes que se originam nos ganglios espinhais, que penetram e ascendem pela medula e que termina em niicleos bulbares homélogos 4 coluna posterior da medula. D) Nervos sao corddes nervoses que unem o SNC a todos os demais sistemas organicos. 1)Mimero: distinguem-se de 12 pares de nerves cranianos (que se originam no encéfalo e atravessam os forames da base do craénio) e + 31-33 pares de nervos espinhais que se originam na medula espinhal e atravessam os forames vertebrais. Os nervos espinhais se dividem em: 8 cervicais, 12 tordécicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 a 3 coccigeos. 2)Constituicdo: em um nervo espinhal se distinguem: raizes, tronco, ramos, e génglios. As raizes sao em numero de duas, uma dorsal (aferente - centripeta - sensitiva) que se fixa no sulco lateral posterior e conduz o impulso nervoso da periferia para © SNC e a outra ventral (aferente - centrifuga - motora) que se fixa no sulco lateral anterior e conduz o impulso nervoso do SNC para a periferia; as raizes estéo fixadas na superficie do SNC por meio de numerosos filamentos denominades de filamentos radiculares. QO tronco é resultante da unido das duas raizes e depois de um curto trajeto se divide em ramos: Em niimero de dois (ventral e dorsal), se distribuem: o dorsal para o paquimero dorsal e ventral para o paquimero ventral. Do ponto de vista funcional, o tronco e os ramos so mistos, isto €, estdo constituidos por fibras sensitivas ou motoras; enquanto que as raizes so simples, iste 6, ou sao sensitivas como as dorsais, ou s&o motoras como as ventra Os g@nglios: s& aglomerados neurénios situados fora do SNC; os ga@nglios anexos aos nervos espinhais sao de dois tipos: Sensitivos e auténomos ou viscerais: cada raiz sensitiva do nervo espinhal possui um g@nglio sensitivo anexo, chamado ganglio espinhal e cada rano ventral, um ganglio simpatico, enquanto que os ganglios espinhais estdo situados na espessura das raizes dorsais ou sensitivas, os ganglion auténomos simpaticos estao unidos aos ramos ventrais por meio de pequenos cordSes nervosos denominados de ramos comunicantes (branco e UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO cinzento); por outro lado, os ganglios simpéticos estao unidos entre si, por meio de pequenos cordSes nervosos denominados de fibras interganglionares, formando no seu conjunto duas cadeias simpéticas (direita e esquerda) situadas de cada lado da coluna vertebral e se estendendo desde o occipital ao vértice do céccix. Origens real e aparente: os nervos esta constituidos pelos prolongamentos dos neurénios. Denomina-se de origem real de um nervo. 0 local onde est& situados os corpos celulares dos neurénios; assim é que a origem real da raiz sensitiva de um nervo espinhal esté situado num ganglio sensitivo ou ganglio espinhal e a origem real da raiz motora esta situada na coluna anterior da medula. Denomina-se de origem aparente de um nervo © local onde o nervo se fixa na superficie de SNC; assim que é a origem aparente da raiz sensitiva de um nervo espinhal corresponde ao sulco lateral anterior. Resumindo pode-se afirmar que um nervo espinhal possui duas origens reais (sensitiva e motora) e duas origens aparentes (sensitivas e motoras); a origem real da raiz motora esté situada na coluna anterior da medula; enquanto que a origem real da raiz sensitiva estd situada no ganglio espinhel e sua origem aparente, no suleo lateral posterior. 4) Componentes funcionais: Cada nervo espinhal possui 4 tipos funcionais de fibras: aferentes e eferentes, cada uma das quais se subdividem em somdticas e viscerais. As fibras aferentes sométicas sdo sensitivas (aferentes) que se originam na pele e no sistema locomotor (ossos, misculos, articulagées e tend5es) e terminam na coluna posterior da medula ou nos nicleos homélogos dos nervos cranianos. As fibras eferentes somAticas séo fibras motoras (eferentes) que se originam na coluna anterior da medula e inervam a musculatura esquelética. as fibras eferentes viscerais sSo fibras motoras que se originam ma coluna lateral da medula (T1-L2-simpético) ou no tronco encefalico e regido sacral (parassimpético), estas fibras inervam es visceras (tecido glandular, musculatura cardiaca, e musculatura lisa). As fibras aferentes viscerais so fibres sensitivas que se originam em receptores situados nas estruturas citadas acima e que apés penetrarem na medula espinhal fazem sinapse na coluna lateral da medula (regulacao do reflexo da atividade visceral) e originam colaterais que ascendem em direc&o aos centros superiores juntamente com as fibras aferentes somAticas. 5S) Pung&o: os nervos espinhais ou raquiano s&o responsdveis pela inervacdo motora e sensitiva do pescoco, térax, abdémen, pelve e membro. A inervagéo da cabeca é dada pelos pares cranianos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Fu 1 + Medula Espintal e Nerwos Figua 2- Medula Espira Floua 3 -Medula Espintal Figua 4-Meringes Pagina 13 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Pagina 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO TRONCO ENCEFALICO (MORFOLOGIA) Objetivos: Utilizando uma pege de um tronco de silicone, identificar a medula oblonga (porcSes aberta e fechada), a ponte, ° mesencéfalo, 0 cerebelo, 4* ventriculo, a fossa rombdide, a tela coréide do 4* ventriculo e os recessos laterais. Definir tronco encefélico e estabelecer os limites da medula oblonga, ponte e mesencéfalo. Na medule oblonga, identificar os sulcos e a fissura mediana anterior, as pirémides, a decussacio das piramides, as olivas, os funiculos laterais, os fasciculos grécil e cuneiforme, os tubérculos dos micleos grécil e cuneiforme, os pedinculos cerebelares inferiores. Na ponte, identificar o sulco basilar, as eminéncias pontinas e os pedinculos cerebelares médio: No mesencéfalo, identificar pediinculos cerebrais, a fossa interpenducular (e 05 constituintes do hipotélamo ai situados), o tecte do mesencéfaic, os coliculos, os bragos dos coliculos (= os comstituintes do mesencéfalo relacionados com esses bracos} @ 0 sulco cruciforme, os pedtinculos cerebelares superiores, o véu medular superior e o frénulo do véu superior. Na fossa rombéide, identificar os sulcos mediano e limitantes, as eminéncias mediais, © colicule do facial, o triangulo do nerve hipoglosse, o triangule do vago, as féveas (superiores e inferiores), as 4reas vestibvlares e os pedinculos cerebelares (superiores, médios e inferiores) . Citar o nome e dar a classificagfo funcional dos nervos cranianos. Citar e identificar a origem aparente dos nervos cranianos desde o 3* até o 12* par. TRONCO ENCEFALICO Consideragdes Gerais: o tronco cerebral é a regido de transicao situa entre a medula espinhal e o cérebro. Esté ido pela medula oblonga ou bulbo, ponte e mesencéfalo. MEDULA OBLONGA OU BULBO: Definigfo: & 0 primeiro segmento do encéfalo que se segue & medula espinhal, sendo continuado pela ponte e esta ligado ao cerabelo pelos pediinculos cerebelares inferiores. Ka verdade, no bulbe encontramos no segmento inferior fechado, os mesmos sulcos, fissura, fasciculos e canal encontrados na medula espinhal. 0 segmento superior é aberto e forma o triangulo inferior da fossa rombéide (assoalho) do 4* ventriculo, No estudo do bulbo sero consideradas duas faces: A@ntero-lateral, isto porque, ocorre no bulbo um achatamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ventro-dorsal e os funiculos latereis vio pera diante e uma face posterior. Face antero-lateral: apresenta os seguintes elementos: Sulco bulbo pontino ou pontino inferior: que separa o bulbo da ponte e onde encontramos a origem aparente dos seguintes nervos cranianos: abducente ou 6* par, facial ou 7* par e vestibulo coclear ou 8* par. Bi mediana anterior: continuacio da fissura mediana anterior da medula espinhal, a fissura termina no sulco pontino inferior numa depressdo, o forame cego; essa fissura préxima ao limite do bulbo e medula espinhal é quase totalmente cbliterada pelo cruzamento de fibras descendentes motoras das piramides bulbares, que no lado direito passa para o esquerdo e vice- versa formando assim que designamos de decussacéo cruzamento das piramides. As piraémides bulbares: s& dois cordSes brancos de fibras longitudinais que estao situadas de cada lado da fissura mediana anterior do bulbo. Funcionalmente essas piramides apresentam a passagem pela medula oblonga, das vias motoras voluntérias que se originam nas células das piraémides de Betz do cértex cerebral e que terminam na medula espinhal. Os _sulcos laterais anteriores: situados de cada lado das pirémides, constituem os prolongamentos para cima dos sulcos laterais anteriores da medula espinhal. Cada sulco se bifurca na sua extremidade superior e apresente, ao nivel dessa bifurcagéo uma saliéncia alongada designada de oliva; a bifurcagéo anterior do sulco pré-olivar (origem aparente do nervo hipoglosso ou 12* par craniano) e a bifurcagéo posterior do sulco retro-olivar. Os funiculos laterais: s&o dois cordées da substancia branca Situadas atraés dos suicos laterais anteriores, correspondendo ace funiculos laterais da medula espinhal, agora presentes no bulbo que funcionalmente estdo constituidos por vias descendentes (motoras) extrapiramidais e por vias ascendentes (sensitivas que se originam nas colunas postericres da medula espinhal e que terminam no cercbelo, tecto do mesencéfalo, substancia reticular e télamo. Os funiculos laterais estado limitados pelos sulcos laterais anteriores e posteriores como vimos na medula, no sulco lateral posterior de cima para baixo, termos a origem aparente do 9* par craniano ou glossofaringeo, 10* par craniano ou vago e 11* par craniano ou acessério. Face posterior Apresenta uma porcaéo fechada e uma aberta no bulbo. A porgao fechada, que serd estudada agora, corresponde ao segmento inferior do bulbo, e apresenta um canal central que nada mais é, do que a continuac&o do canal central da medula espinhal agora no bulbo. A por¢ao aberta seré estudada com o 4° Pagina 16 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ventriculo, corresponde ao segmento superior do bulbo, cujo canal central abre-se para formar o 4* ventriculo. Serdo considerados na face posterior fechada do bulbo, os seguintes elenentos: Sulco_mediano posterior- que é uma continuag&o para cima do sulco homélogo da medula. 0s funiculos posteriores do bulbo- situados de cada lado do sulco mediano posterior, como vimos na medula espinhal; apresentam-se dividido pelo sulco intermédio posterior em dois fasciculos: um medial ou grécil e um lateral ou cuneiforme. Na extremidade superior, os funiculos posteriores se separam abruptamente na linha mediana, contornam os limites inferiores da fossa rombéide e penetram no cerehelo, superiormente os fasciculos medial e lateral, préximo aos 4ngulos infericres do 4° ventriculo apresentam duas dilatagées bem evidentes o tubérculo do nticleo grécil e o tubérculo do niicleo cuneiforme; 0s segmentos dos funiculos posteriores situados acima desses niicleos s&o denominados de pediinculos cerebelares inferiores ou corpo restiforme; portanto os pedinculos cerebelares inferiores sfc cordSes nervosos, que limitam lateralmente a fossa rombéide ou assoalho do 4* ventriculo e que unemo bulbo ao cerebelo. Na extremidade superior desses pedinculos, encontram-se os micleos cocleares ventral e dorsal, relacionados com a func&o auditiva © pertencentes ao nervo vestibulo- coclear ou 8* par craniano. ¢) Ponte 1) Definicado: € uma eminéncia de forma quadrildtera, situada acima do bulbo, abaixo do mesencéfalo e adiante do cerebelo. Apresenta para estudos duas faces: anterior e posterior. 2) Face anterior: serfo considerados os seguintes elementos: Sulco bulbo-pontino - j4 estudado no bulbo. Sulco pontino superior: que separa a ponte do mesencéfalo. Sulco basilar: situado na linha mediama e que aloja o tronco basilar (tronco anterior formado pela confluéncia das artérias vertebrais) . As eminéncias pontinas laterais: situadas de cada lado do sulco basilar, corresponde a passagem pela ponte, das vias descendentes (motoras) voluntdérias que se dirigem do cértex cerebral para medula espinhal. As origens aparentes do trigémeo ou 5* par craniano: que servem de limite convencional entre a face anterior da ponte e os pedinculos cerebelares médios. Os pedinculos cerebelares médios: situados lateralmente por um plano horizontal que passa pelas eminéncias dos nervos trigémeos, representam o meio de ligacdo entre a ponte e o cerebelo. 3) Face dorsal: serd estudada com o 4* ventriculo Pagina 17 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO D) Mesencéfalo 1) Definic&o: € um segmento do tronco cerebral situado abaixo dos hemisférios cerebrais e acima da ponte. Esta limitado superiormente pelo quiasma ptico e fitas pticas e inferiormente pelo sulco pontine superior com e ponte. Seréo consideradas para estudo duas faces: uma ventral e outra dorsal ou tecto do mesencéfalo, 2) Face ventral: 0s pedinculos cerebrais: sdo dois cordSes de fibras nervosas que procedem da face ventral dos hemisférios cerebrais, convergem na linha média e penetram na ponte pela sua borda superior. Apresentam o mesmo significado funcional, que as eminéncias pontinas e piramides bulbares. Fossa interpeduncular: é uma depressdo triangular, de base para cima e de vértice inferior existente entre os pedinculos cerebrais. A fossa interpeduncular apresenta superiormente elementos pertencentes ao hipotélamo que é um dos constituintes do diencéfalo estes elementos s&o quiasma éptico, tuber cinéreo, infundibulo, neurohipéfise e corpos mamilares, é oportuno lembrar que dos constituintes do diencéfalo, os estruturas que nao s&o envolvidas pelos hemisférios cerebrais. Na fossa anterpedunculares temos a origem da aparente do nervo oculomotor ou 3* par craniano 3) Fossa dorsal ou tecto do mesencéfalo: Os coliculos: em numero de quatro s&o dois superiores e dois inferiores ¢ est&o separados entre si pelo sulco cruciforme. 0s coliculos superiores, sdéo maiores e menos salientes do que os inferiores, partem desses coliculos dois bragos que servem como elo de ligagao entre os corpos geniculados laterais os quais estfo relacionados com a vis&o. Os coliculos inferiores sio menores e mais salientes do que os superiores. partem desses coliculos dois bracos que servem de elo de ligac&o entre os corpos geniculados mediais; essas estruturas estdo relacionadas com a fungao auditiva. Morfologicamente os corpos geniculados mediais e laterais pertencem ac metatalamo que é um dos constituintes do diencéfalo. © sulco cruciforme: que separa os coliculos entre si. Apresentam em sua extremidade superior intima relagio com a glandula pineal ou epifise. Os coliculos superiores e inferioy que chamamos de corpos quadrigémeo: em conjunto, constituem o E) Quarto ventriculo: 1)Definigao: 0 4* ventriculo @ uma cavidade do rombencéfalo e se comunica com © 3# ventriculo por meio de um aqueduto cerebral e com o espaco subaracndéideo por meio de 3 aberturas: Pagina 18 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO uma mediane € duas laterais encontrades na membrana tectérica do 4* ventriculo e com o canal central do bulbo. 2) Constituig&o: o 4* ventriculo visto através de um corte sagital mediano representa a forme de triangulo, se distingue um assoalho ou fossa rombéide (que corresponde as faces posteriores do bulbo e da ponte) e um tecto (que corresponde ao cerebelo © membrana tectérica do 4* ventriculo). 3) Assoalho ou fossa rombéide: para se estudar a fossa rombéide do 4® ventriculo, é necessério seccionar o cerebelo. A fossa rombGide vista por trdés, apresenta a forma de um losango no qual se distingue dois triangulos um inferior que corresponde a face dorsal da porc&o aberta do bulbo e outro superior que corresponde a face dorsal da ponte. Limites: a fossa romb6ide spresenta como limites quatro lados e quatro angulos. Os lados s&éo dois inferiores (que corresponde aos pediinculos cerebelares inferiores ou corpo restiforme) e dois superiores (que corresponde aos pediinculos cerebelares superiores). Os @ngulos séo: superior (que se continua com o aqueduto cerebral), inferior (que se continua com o canal central do bulbo) e dois laterais (que se comunica com o espaco subaracndideo) . Acidentes: na fossa rombéide se distingue os seguintes elementos - sulco mediano que se estende do Angulo superior ao inferior; as eminéncias mediais situadas de cada lado do sulco mediano e limitadas lateralmente pelo sulco limitante. Na parte inferior das eminéncias observa-se duas pequenas reas triangulares: triangulo do nervo hipoglosso medialmente e o trigono do nervo vago lateralmente na parte superior das eminéncias encontramos duas proeminéncias arredondadas, os coliculos faciais formadas por fibras do nervo facial que contorna o niicleo do nervo abducente. Lateralmente aos sulcos limitantes encontramos duas depressdes superiores e duas depressées inferiores, designadas de féveas superiores © inferiores; entre as f6veas situa-se a area vestibular que correspende A projegdo do niicleo vestibular (8* par craniano) . 4) Tecto do 4* ventriculo: o tecto do 4* ventriculo esta constituide pelo cerebelo e a membrana tectérica do 4° ventriculo. No cerebelo se distingue o véu medular superior (anterior) e o véu medular inferior (posterior); fastigio que é o Angulo formado pelos véus medulares ¢ os pediinculos cerebelares superiores que ligam o cerebelo ao mesencéfalo. A membrana tectérica vista pela sua face dorsal tem a forma de um triangulo e se insere nos pediinculos cerebelares inferiores. Est4 constituida por dois folhetos: um externo que corresponde &@ pia-méter e outro interno que corresponde ao epitélio ependim4rio do 4* ventriculo, ai encontramos o plexo coréide UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO que é representado por uma serie de enovelados vasculo- celulares situados na membrana tectérica e que se dispde A semelhanca a letra ™ apresenta uma porc&o longitudinal e outra transversal; & oportuno lembrar que existem plexos coréides ac nivel do 4%, 3% ventriculo € nos ventriculos laterais 1* e 2°, cuja fungéo @ produzir o liquido cefalorraquidiano (LCR); na membrana tectérica encontramos trés aberturas: uma mediana (ou Magendie) e duas laterais (ou Luschka), através das quais, o LCR passa do 4* ventriculo para © espaco subaracndideo. F) Nervo Craniano Nos nerves cranianos sero abordados os seguintes tépicos nimero, func&o, classificac&o funcional, origem real e aparente e importéncia clinica. Numero: s&o doze os pares cranianos assim classificados: l*olfatério, 2*éptico, 3*oculomotor, 4* troclear, 5* trigémeo, 6* abducente, 7*facial, 8* vestibulococlear, 9* glossofaringeo, 10* vago, 11# acessério, 12 hipoglosso. Fungéo: 08 pares cranianos controlam a inervac&o da cabeca em sua grande maioria e as visceras torécicas e abdominais através do vago. Classificacdo funcional: enquanto os nervos espinhais so todos 08 nervos mistos (motores e sensitivos), os nervos cranianos pertencem a 3 categorias: sensitivas (1", 2*, e 8 pares), motores (3%, 4", 6# e 12% pares) © mistos (5%, 7%, 9*, 108, 118 pares). Lembramos como menenénico, que distribuicdéo dos pares cranianos nessa classificagéo obedece a sua progresséo aritmética. Origem real e aparente- recordemos que todos os nervos espinhais sdo mistos, possuem duas raizes (sensitiva e motora) © que essas raizes tém origem aparente préprias, isto é, cada uma delas tem uma origem aparente independente. Nos nervos craniano, ao contrério, hé uma oricem aparente comum para as duas raizes em si tratando, é claro, dos pares cranianos mistos. Lembramos que todos os pares cranianos, com excegdo do 1 e 2° pares, tém suas crigens no tronco encefélico. 0 i* tem origem aparente no bulbo olfatério e o 2* na retina. 0s 3% eo 4° pares tém origem real no mesencéfalo e aparente respectivamente, na fossa interpeduncular e de cada lado do freio do véu medular superior e abaixo dos coliculos inferiores. 0 5*, 6%, e 7* pares tém origem real na ponte e origem aparente do 5¢ na face anterior da ponte e a do 6", 7? inclusive 8" no sulco pontino inferior. No bulbo temos no sulco pré-clivar a origem aparente do 12° par e a real encontra-se no trigono do hipoglosso; os pares cranianos 9#, 10, 11° tem sua origem aparente no sulco lateral posterior do bulbo e a origem real 10* par encontra-se no trigono do vago e a real do 9* e 11* na estrutura do tronco encefdlico. ‘Pagina 20 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Importancia Clinica: 0 conhecimento das origens real e aparente dos pares cranianos tem grande importancia clinica neuroldgica e@ neurocitirgica- pois a pesquisa dos reflexos desses nervos permite a exploracdéo funcional da por¢&o do SNC relacionado com os mesmos. ‘Fosse Intorpeduncaar Pediinaulo Cerebral Figure 7 -Tronce Encatilice (Visi Antaror) Figura 8 - Tronoo Enostiicn (Vista Anterior) Pagina 21 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Figura § - Tronco Enoetition (Vista Posterior) Pagina 22 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CEREBELO (MORFOLOGIA) Objetivos: i)Identificar as faces superior e inferior, a borda cicunferencial, o verme, os hemisférios cerebelares, as fissuras (priméria, horizontal, pré-piramidal e postero- lateral), os lobos anterior médio posterior e fléculo-nodular. 2) Definir arquiocerebelo, paleocerebelo, e neocerebelo. 3) No verme, identificar: lingula, 1ébulo central, ciilmen, declive, folha do verme (folium), tubér, piramide, uvula e nédulo. 4) Nos hemisférios cerebelares, identificar vinculo, asa do 1ébulo central, lébulo quadrangular, lébulo simples, ldébulo semilunar superior, 1ébulo semilunar inferior, iébulo biventre, tonsila e fléculo. (5)Identificar o corpo medular, cértex cerebelar, os micleos (denteado, emboliforme, globoso, e fastigial), a arvore da vida, os véus medulares (anterior e posterior), o fastigio e os pedtinculos cerebelares (superior, inferior e médio). CEREBELO (MORFOLOGIA) Abordaremos os seguintes tépicos: conceito, situacao, constituicio, morfologia, estrutura, divisdo, e consideragdes andtomo-funcionai Conceito e Situagao: 0 cerebelo é um érgio supra-segmentar que tem como principal fungéo a integragaéo do sistema locomotor. Esté situado posteriormente ao tronco encefélico e, ao qual esté ligado por meio dos pediinculos cerebelares: superior, médio e inferior, respectivamente ao mesencéfalo, ponte e bulbo. Constituigao: 0 cerebelo esté constituido por uma por¢So média, chamada de verme e duas porcées laterais, chamadas de hemisférios cerebelares. Morfologia: © cerebelo apresenta para estudo trés faces: superior, inferior, e anterior e uma borda circunferencial que separa a face superior da inferior; a face anterior é também designada da borda anterior e a borda circunferencial de borda posterior. A face superior apresenta com uma convexidade na linha mediana que é chamada de verme superior e lateralmente esta face € quase plana e corresponde aos hemisférios cerebelares; essa face é, portanto, convexo plana e esté separada do cerebelo pelo tentério do cerebelo. A face inferior @ céncavo-convexa apresenta uma depressic na linha mediana denominada de vélvula e, no fundo dessa depressdo encontramos um relevo, que chamamos de verme inferior; lateralmente essa face € convexa e corresponde a face inferior dos hemisférios cerebelares. A face inferior repousa na fossa cerebelar do osso occipital. Pagina 23 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A face anterior apresenta uma porg&o lateral representada pelos pedinculos cerebelares e, medialmente contribui para formar o tecto do 4* ventriculo. A borda circunferencial separa as faces superior e inferior e apresenta a incisura na linha mediana. Na estrutura do cerebelo destacam-se os seguintes elementos: corpo medular do cerebelo, cértex cerebelar, niicleos cerebelares, sulcos e fissuras, folhas (circunvolugées ou giros) e a @rvore da vida. O corpo medular € a substancia branca do cerebelo e 0 cértex cerebelar é a subst@ncia cinzenta do cerebelo situada perifericamente e envolve superficialmente © corpo cerebelar. Os nicleos cerebelares sfo 4 pares de micleos de substéncia cinzenta situadas centralmente ao corpo medular e sao denominadas de fora para dentro: denteado, emboliforme, globoso e fastigial (micleo do tecto). A superficie do cerebelo ndo é lisa, apresenta numerosos sulcos dirigidos transversalmente quando esses sulcos s&o mais profundos os denominamos de fissuras: os sulcos dividem o cerebelo em delgadas laminas de substancia nervosa chamadas de folnas do cerebelo (gires ou circunvoluctes) os sulcos e fissuras mais importantes s&o: a fissura primaria, o sulco pré- piramidal e o sulco postero-lateral; as folhas formam os lobos do cerebelo que é subdividido em lébulos do cerebelo. Arvore da vida € © aspecto ramificado apresentado pela subst@ncia branca do cerebelo, vista através de um corte longitudinal que passa pelo verme. Divisdo: o cerebelo pode ser dividido nos 3 aspectos: morfolégico, ontogenético (cu embriolégico), e filogenético, cujas subdivisdes de um correspondem aos dos outros. Quanto & morfologia o cerebelo se divide em verme (porc&o mediana) e dois hemisférios cerebelares (porgées laterais). 0 verme compreende 9 partes: Lingula, lébulo central, ciilmen, declive, folium, tuber, pirémide, wvula e nédulo Os hemisférios cerebelares compreendem também 9 partes, as quais tém Correspondente morfoldgicos no verme: vinculo, asas do 1ébulo central, lébulo quadrado, iébulo simples, lébulo semilunar superior, iébulo semilunar inferior, lébulo biventre, tonsila e fléculo. As formagdes da lingula ao folium do verme e seus correspondentes hemisférios cerebelares estéo situados na face superior do cerebelo, enquanto que as demais formacdes, isto é, do tiber ao nédulo e do lébulo semilunar inferior ao fldéculo ficam na face inferior, os constituintes da face superior estdo separadas dos constituintes da face inferior pela fissura horizontal. Quanto & ontogénese: o cerebelo se divide em trés lobos: anterior, médio (ou posterior) e fléculo-nodular, o lobo anterior est4 separado do médio pela fissura prinéria e na sua constituicao entram as seguintes formacdes; do verme- lingula, l1ébulo central e ctilmen e dos hemisférios - os vinculos, asas UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO dos lébulos centrais e os ldbulos quadrangular, o lobo médio esté separado do fléculo-nodular pela fissura péstero-lateral e na sua constitui¢géo entram as seguintes formacdes do verme: declive, folium, tuber, piramide, uvula, e dos hemisférios lébulos simples, 1ébulos semilunares superiores e inferiores 1ébulos biventres, e as tonsilas; © lobo fléculo-nodular esta constituido pelo nédulo do verme e os fléculo dos hemisférios. Quanto a filogénese: o cerebelo se divide em arqueocerebelo, que é a porc&o mais antiga e que corresponde ao lobo fléculo— nodular; paleocerebelo que é a porc&o que aparecem em seguida e que corresponde ao lobo anterior representado pelos seguintes componentes do verme e os correspondentes dos hemisférics mais dois constituintes do verme que epesar de estarem situados no lobo médio, pertencem ao paleocerebelo que so: piramide e tivula; 0 neocerebelo que é a porcio mais recente corresponde aos constituintes do lobo médio com excecéo da pirdmide e avula. Consideracdes funcionais: o arqueccerebelo est ligado ao vestibulo pelas vias vestibulo-cerebelares e tem como funcdo a manuten¢&o do equilibrio. 0 paleocerebelo esté ligado & medula pelas vias espino-cerebelares que conduzem est im:los provenientes do aparelho locomotor (ossos, _misculos, articulagdes, e tendSes) e tem com fungdo a manutenc&o do ténus. O neocerebelo est4 ligado ao cértex cerebral pelas vias cértico-ponto-cerebelares e tem como func&o a regulacdo dos movimentos delicados, principalmente os das m&os, o cerebelo pode ser a sede de lestes que determinam as sindromes do paleocerebelo e do neocerebelo. A sindrome do paleocerebelo é€ uma les&o arqueocerebelo e do paleocerebelo determinado, principalmente, pela perturbag&o do equilibrio e instabilidade ma posigéo ereta. A sindrome do neocerebelo é uma lesfo dos hhemisférios cerebelares, © determinando, _—principalmente, hipotonia (diminuic&o da resisténcia & movimentaclo passiva) astenia (fadiga muscular e falta de energia dos movimentos) e assinergia (incoordenagao e desarmonia motora) . Pagina 25 Figura 12 - Carebalo (Vita Antari @tnfrio| Foes © Figuia. 13 - Cerebeto (Corte Sagal Mesiano) Pagina 26 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DIENCEFALO (Morfologia) Objetivos: Identificar 0 terceiro ventriculo, o hipotélamo, o subtélamo, e © télamo, bem como o metélamo, © epitélamo. No 3# ventriculo, identificar as paredes (superior, inferior, lateral, anterior, posterior), os —forames, (2 interventriculares e superior do aqueduto cerebral), os recessos (éptico, infundibular, pineal, e suprepineal), 0 sulco hipotalamico, a aderéncia intertalamica e comissura posterior e a tela coréide. No taélamo, identificar as paredes (superior, inferior, medial), © tubérculo anterior (extremidade anterior), o | pulvinar (extremidade posterior), a estria medular e 0 sulco apagado. No epitdlamo, identificar o corpo pineal, a comissura das habénulas, o trigono habenular e o érgéo subcomissural. No metatdlamo, identificar os corpos geniculado (laterais e mediais) No hipotdélamo, identificar o corpo mamilar, o tuber cinéreo, o infundibulo, a hip6fise, o tracto éptico (raiz medial e raiz lateral), o quiasma dptico e a lamina terminal. No subt@lamo, identificar o micleo rubro e a substAncia negra. No estudo do diencéfalo sero considerados os seguintes tépicos: conceito, situagdo, constituicéo, terceiro ventriculo, télamo, hipotdlamo, subtélamo, epitdlamo e metatélamo. Conceito e Situag&o: o diencéfalo € um érgdo supra- segmentar situado acima do mesencéfalo e inteiramente recoberto pelo telencéfalo, excecéo feita ao hipotélamo cujos constituintes sdo visiveis na fossa interpedunculer. Constituigéo: esté constituido de uma cavidade central (o 3* ventriculo) e de conjunto de formagdes que contornam essa cavidade, denominadas de formacaéo talémicas. 0 3* ventriculo compreende 6 paredes (superior, inferior duas laterais, anterior e posterior), 3 forames (dois forames interventriculares e o forame superior do aqueduto cerebral) e 4 recessos (pineal, suprapineal, infundibular e o 6ptico). As formagées talémicas esto divididas pelo télamo, epitélamo e metatAlamo e outra - ventral constituida pelo sulco hipotélamo em uma porcéo dorsal, a semelhanca do corno posterior da medula, est4 relacionada com as vias e funcées sensitivas, enquanto que a porgo ventral, a semelhanga dos cornos lateral e anterior da medula espinhal, est4 relacionada com vias e fungSes motoras e viscerais. Ventriculo: o 3* ventriculo visto ao nivel de cortes sagital medianc apresenta a forma de um triangulo cuja base corresponde 4 parede anterior e cujo vértice, 4 posterior. 0 seu estudo compreende, como vimos acima, 6 paredes (duas laterais, superior, inferior, anterior e posterior), 3 forames (2 forames interventriculares e © forame superior do aqueduto cerebral) e 4 recessos (pineal, suprapineal, infundibular e 0 éptico). As paredes laterais so constituidas pelo télamo e hipotdlamo e Pagina 27 > UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO apresentam, cada uma, um forame interventricular comunica os ventriculos laterais com 03° ventriculo; o sulco hipotalamico se estende do forame interventricular ao forame superior do aqueduto cerebral; 0 télamo esté situado acima do sulco hipotalamico e o hipotélamo abaixo. A parede-inferior ou soalho hipotalamico e apresenta o forame superior do aqueduto. A parede superior ou tecto esta constituida pela cordéide. A parede anterior est& constituida pela lamina terminal a comissura branca anterior; essas formacdes pertencem ao telencéfalo, mas so estudadas com o diencéfalo. Os recessos sio depressSes existentes na cavidade do 3* ventriculo; o recesso pineal e o suprapineal ficam situados na parede posterior, ao nivel da epifise ou pineal; o recesso infundibular fica situado no assoalhe, ac nivel do infundibulo; e 0 recesso éptico fica situado na parede anterior, ao nivel do quiasma éptico. Resumindo, pode-se definir o 3! ventriculo como sendo a cavidade do diencéfalo que se comunica com os ventriculos laterais por meio dos forames interventriculares e como 4* ventriculo, por meio do aqueduto cerebral. Télamo: no estudo do tdlamo, seré visto sua situacdo, morfologia e significado funcional. 0 télamo é uma formacdo par situada na parede lateral do 3° ventriculo, acima do sulco hipotalamico. Morfologicamente, apresenta, para estudo 4 faces (superior, inferior, lateral e medial) e 2 extremidades (anterior e posterior. A face medial, livre, olhar para a cavidade do 3° ventriculo de cuja parede lateral faz parte. a face medial do télamo de um lado est unida a do lado oposto por meio de uma trave de substaéncia cinzenta, chamada, de aderéncia intertalémica. A face superior, também livre, estd separada da face medial por meio da estria medular do télamo na qual se fixa a tela coréide do terceiro ventriculo; por outro lado, essa face esté separada do nticleo caudado por meio do sulco terminal no gual se encontram, a estria ¢ a veia terminais; essa face apresenta, na sua parte média, um sulco suave, chamado de sulco apagado em cima do qual repousa o férnix ou trigono cerebral que € uma lamina de substancia branca situada abaixo do corpo caloso e que pertence as vias olfatérias; a porcio do face superior que fica situada para fora desse sulco, faz parte do assoalho dos ventriculos laterais e a que fica situada medialmente faz parte da fissura transversa do cérebro que é um sulco profundo situado entre corpo caloso e o tecto 3* ventriculo. A face lateral, oculte, esta em relacdo com a cépsula interna (que é lamina de substancia branca compreendida entre o micleo lenticular, de um parte, o niicleo caudado e o Alamo, de outra parte). A face inferior, também oculta, esta relacionada com o hipotélamo que fica situado medialmente e com © subtdélamo, situado lateralmente. A extremidade anterior, delgada, esté em relacéo com o forame interventricular. A extremidade posterior, mais espessa, chamada de pulvinar, faz saliéncia na face dorsal do mesencéfalo e cobre o metatdlamo; o Pagina 28 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO pulvinar de um lado delimita com o lado oposto um espaco no qual fica situado o epitalamo. Funcionalmente, o télamo representa uma estacio de parada obrigatéria para as vias sensitivas, sendo um filtrador das sensagSes e o centro da consciémcia afetiva, em suma, € o centro da integracdo da sensibilidade. 5)Hipotdlamo: Situag&o, constituic&o e significado funcional. © hipotdlamo é uma formacéo impar, situado no assoalho e paredes laterais do 3* ventricule, logo abaixo do sulco hipotalamico. Quanto a sua constituicéo, compreende: os corpos mamilares, o tuber cinéreo, o infundibulo, a neurohipéfise, o quiasma éptico; todas essas formagSes sfo visiveis na face ventral do mesencéfalo, ao nivel da fossa interpedunculer. Quanto significado funcional, o hipotdlamo controla todas as fungdes viscerais por meio do sistema nervoso auténomo (simpaético e parassimpatico); também controla todas as secrecSes endécrinas e regula o metabolismo (da 4gua, dos lipideos e hidratos de carbono), também regula a temperatura e, segundo Papez, faz parte do mecanismo da emocao. 6)Subtélamo: SituacHo, constituic&o e significado funcional. © subtalamo é uma formagdo de transi¢&o entre o mesencéfalo e o diencéfalo, sendo por isso designado de formacio meso- diencefdlica. Esté constituide de um par de substfncia cinzenta ({nicleo rubro, substancia negra, miicleo subtaldmico e zona incerta) e de uma parte de substancia branca (os campos H, Hl, H2 de FOREL). Quanto ao significado funcional, o subtdlamo faz parte do sistema extra-piramidal que € o sistema controlador da motricidade autom4tica ou involuntéria. ‘7)Epitdlamo: Situag&io, constituigdéo e significado funcional. © epitdlamo é uma formac&o diencefalica, situada na parede posterior do 3° ventriculo, ao nivel do espago delimitado pelos dois pulvinares, logo acima dos coliculos superiores. Esta constituide por formagSes secretoras (habénula, ou pineal ou epifise e 0 érg& subcomissural) e por formacdes nao secretoras (estria medular do tAlamo, trigono da habénula, comissura da habénula e comissura posterior). Quanto ao significado funcional: a epifise tem fung&o de secretar um pigmento (a melatonina); o érgio subcomissural controla a sede; a comissura posterior est4 relacionada com as vias dpticas e as demais formactes estdo relacionadas com a olfagao. Metatélamo: situagdo, constituicAo e significado funcional. OQ metatélamo ¢ uma formacdo situada na face dorsal do mesencéfalo e coberta pelo pulvinar. Esté constituido pelos 4 corpos geniculado: dois laterais, e dois mediais: os corpos geniculado laterais estado unidos aos coliculos superiores por Pagina 29 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO meio dos bracos dos coliculos superiores; e estao relacionadas com viséo. Os corpos geniculado mediais estdo unidos aos coliculos inferiores pelos bracos dos coliculos inferiores e est&o relacionados com a audicdo. Figura 14 - Diencdalo (Conte Sagi Medano) Nervo Troctear (IV Par) Figura 15 ~ Diencétalo (Vista Posterior) Pagina 30 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO TELENCEFALO (CEREBRO) (MORFOLOGIA) Objetivos: No telencéfalo, identificar as faces (stpero-lateral, média e inferior), as bordas (superior, inferior ou medial e lateral), os pélos (frontal, occipital e temporal), as fissuras (longitudinal e transversa). Na face stpero-lateral do hemisfério, identificar os sulcos (central e occipito-parietal externo), delimitar os lobos (frontal, temporal, occipital, parietal, e insula) e identificar em cada lobo seus sulcos e giros. Na face medial do hemisfério, identificar o corpo caloso (e neste o esplénio, o tronco, o joelho, o rostro), o indusem griseum, a estria longitudinal medial, a estria longitudinal lateral, e o giro fasciolar, septo pelicido, o férnix (e neste as pernas, o corpo, e & comissura), a comissura anterior, os sulcos (sulco do corpo caloso, sulco do cingulo para-terminal, marginal, sub-parietal, parieto-occipital e calcarino, os giros (giro do cingulo, frontal, medial, lobo paracentral, pré-ciineo, ciineo). Na face inferior do hemisfério, identificar os sulcos (olfatério, orbitais, hipocampal, colateral rinal e 0 3* sulco temporal), os giros (reto, orbitais, parahipocampal), uncus, lingual, occipito-temporal, lateral, 0 lobo olfatério (e neste © bulbo, o tracto, o trigono, as estrias olfatérias medial, e lateral) e a subst4ncia perfurada anterior. No telencéfalo (cérebro), localizar, as seguintes dreas funcionais do cértex: 4rea motora voluntéria, érea somestésica, centro receptive visual, centro receptivo auditivo, dreas olfatérias, centro da palavra falada e escrita, centro da compreensio da palavra falada e centro de compreensio da palavra escrita. Nos ventriculos laterais, identificar a parte central, os cornos (anterior, posterior, e inferior), o nicleo caudado (e neste a cabeca, 0 corpo, e a cauda), o sulco terminal (e neste @ estria e veia terminais) o férnix (e neste o corpo, as pernas, e as colunas), © septo pelicido a lamina afixa, os plexos cordides, o télamo, o corpo amigdaldide, o hipocampo. o tribunal colateral, a eminéncia colateral, o calcar avis, o bulbo do corno posterior e o corpo caloso. No telencéfalo om secgtes (cortes), identificar o télamo, o niicleo caudado, o niicleo lentiforme (e neste o putémen e o globo pdlido), o claustrum, a cA4psula interna (e neste joelho, © brago anterior ou lenticulocaudado e o braco posterior ou taélamo lentiforme, a c4psula externa, a cépsula extrema, o cértex da insula, o centro oval, o centro semi-oval, a coroa radiada) . Identificar as seguintes formacdes relacionadas com o sistema limbico: cingulo (ou 1* giro limbico), © giro parahipocampal (ou 2# giro limbico), 0 lobo olfatério (e neste o bulbo), o tracto, o trigono e as estrias olfatérias medial e lateral, o Pagina 32 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO giro intralimbico ou 3* giro limbico (e neste o indusim grisium, as estrias longitudinais medial e lateral, a fascicula cinérea, o giro denteado, a fita de Giacomini, a fita diagonal e drea subcalosa), o férnix (e neste as colunas, 0 corpo, as pernas), a comissura hipocampal e as fimbrias, a estria terminal, a estria taldmica, a comissura anterior, a area piriforme (e nesta a estria olfatéria lateral, o leme insular, © hipocampo, o uncus e o corpo amigdaldide) . ‘TELENCEPALO (MORFOLOGIA) 1)Conceito: Constituigao: FISSURA LONGITUDINAL FISSURA TRANSVERSAL 2 HEMISFERIOS QUE SE DIVIDEM EM LOBOS © ESTES EM GIROS. 2)Morfologia dos Hemisférios: A)3 Faces: SUPERO-LATERAL (CONVEXA) MEDIAL (PLANA) INFERIOR OU BASAL (IRREGULAR) B)3 Bordas: SUPERIOR INFERIOR (MEDIAL) LATERAL C)3 Pélos: FRONTAL ‘TEMPORAL OCCIPITAL D)Face Stperolateral 1)Constituicao: a)3 sulcos: Sulco Lateral (Sylvio) Sulco Central (de Rolando) Suleo Parieto-occipital ou perpendicular externo b)5 Lobos: Frontal Parietal Occipital ‘Temporal Insula Lobo Frontal Situagdo: Diante do lobo parietal e acima do temporal 3 sulcos: pré-central, frontal superior, frontal inferior 4 giros: pré-central, frontal superior, frontal medi, frontal inferior ou giro da broca que compreende trés partes: orbitaéria, triangular, e opercular. Lobo-Parietal: Pagina 32 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Situag&o: Atrés do lobo frontal, adiante do occipital, acima do temporal. 2 Sulcos: Pés-central, intraparietal 3 giros: Pés-Central, lébulo parietal superior, lébulo parietal inferior que se divide em duas partes: giros supra-marginal, centro da compreensio da palavra e giro angular, centro da compreensdo da palavra escrita. 3)Lobo occipital a) Situag&o: Atrés do lobo parietal e do temporal. b)1 Sulco: Occipital transverso ou suleo lunatus ¢c) Giros: variéveis em numero 4)Lobo Temporal: a) Situacéio: abaixo do lobo frontal e do parietal, adiante do occipital b) Sulcos: temporais transversos, temporais superior e médio. c) Giros: Temporais transverso, temporais superior, médio, e inferior. 5) insula: a) Situacdo: No fundo do sulco lateral (de Sylvio) e coberta pelos opérculos frontal, frontoparietal e temporal. b) Sulcos: Sulco circular e central c) Giros: Varidveis em numero @) Limen insula (limite de insula) E) FACE MEDIAL l)Acidentes: corpo caloso dividido em: (rostro, joelho, tronco, esplénio), septo pelucido, comissura anterior e férnix. 2)Sulcos: suleo do corpo caloso que se continua com o sulco hipocampal ; Suleo do cingulo dividido em para terminal, sulco marginal, e sulco subparietal. Sulco parieto-occipital Sulco calcarino 3) Giros: Giro do cingulo (ou gire do corpo caloso, 1* giro limbico) Giro frontal medial (ou giro marginal) Lobo paracentral Pré-ciineo (ou lobo quadrado) Cineo Giro parahipocampal (ou giro limbico) ncus Giro lingual (que corresponde 4 parte posterior do giro hipocampal), Os trés wltimos giros pertencem a face anterior do hemisfério cerebral. F) Face Inferior (Basal) 1) Constituigao: a) Fossa Sylviana b) Porg&o frontal e occipito-temporal 2)Por¢aéo Frontal: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A) Sulco olfatério que aloja o tracto olfatério b) Sulco orbital (orbitérios) c) giros: reto (olfatério) e orbitais (orbitérios) a) Lobo olfatério: bulbo, tracto, trigono, e estrias (medial e lateral) 3) Porc&o occipito-temporal a) Sulcos Sulcos hipocampal: no fundo sulco hipocampal encontra-se a fimbria, o giro denteado, a fasciola cinérea. Sulco colateral 3® sulco temporal b) Giros: Giro parahipocampal (ou 2* giro limbico, 5* giro temporal, occipito-parietal medial) Uncus Giro occipito-temporal lateral (ou giro fusiforme, 4* giro temporal) Giro temporal inferior Giro lingual (que corresponde 4 parte posterior do giro hipocampal. PRINCIPAIS LOCALIZACOES FUNCIONATS NO CORTEX Area motora voluntéria: corresponde ao giro pré-central e metade anterior do lobo paracentral. Area somestésica: corresponde ao giro pré-central e metade posterior do lobo pra central Centro receptivo visual: que corresponde ao sulco calcarino Centro receptivo auditivo: que corresponde a 4rea transversa de Heschi (situada no giro temporal superior). Areas olfativas: reas piriforme (que compreende ao uncus, o gizo parahipocampal, o corpo amigdaléide, o leme insula e a estria olfatéria lateral). Centro da palavra falada e escrita: que corresponde ao giro opercular do giro frontal inferior. Centro da compreensdéo da palavra falada e area do esquema corporal: que corresponde ao giro supramarginal do giro parietal inferior. Centro da compreenséo da palavra escrita: que corresponde ao giro angular do giro parietal inferior. Areas relacionadas com a meméria: 4rea do lobo (hipocampo). Areas relacionadas com a emoc&o, comportamento e controle do sistema nervoso auténomo: sistema limbico. F) Estrutura: Cértex cerebral Nicleo da base Substancia branca (centro medular) Ventriculos laterais (1" e 2"). 1) Nicleo da Bas 1) Nicleo Caudado: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO @) Forma; em virgula ou em “c* b) Situacdo: para dentro da cépsula interna fazendo saliéncia nos ventriculos laterais (corno anterior, corpo e corno inferior). ¢) Divis&o: cabeca, corpo, caude. 2) Lentiforme a) Forma: lente biconvexa b) Situaca&o: entre as cépsulas interna e externa c) Morfologii face lateral (relag&o com ae cépsula externa), face medial (relac&éo com a cépsula interna, face inferior (relag&o com a radiacdo auditiva) d) Diviséo: putamen (parte lateral), globo palido (parte medial) e)Conceituar: - corpo estriado (que corresponde ao caudado e lenticular) - paleoestriado (que corresponde ao caudado e palido) - necestriado (que corresponde a putémen) 3) Claustrum a) forma: lamina deigada b) situagéo: entre as cépsulas interna e externa 4) Corpo amigdaléide: a) forma: massa arredondada b) situagdo: na extremidade da cauda do micleo caudado. 5) Significado funcional a) caudado, lenticular e claustrum: so motoras e fazem parte do sistema extrapiramidal b) corpo amigdaléide: esta a olfacto. G) Substancia Branca (centro medular) 1) Conceituar: - centro oval - centro semi-oval ~coroa radiada 2) constituicao: - corpo caloso - capsula (interna, externa e extrema) - septo peliicide ~ comissura anterior e férnix CORPO CALOSO Forma: lamina horizontal Morfologia - 2 extremidades: anterior e posterior - 2 bordas laterais unidas a cépsula interna - 2 faces: superior (est4 em relag&o com a fissura longitudinal e giro supra caloso) e inferior {em relacio com o septo pelucido, férnix e tecto dos ventriculos laterais). ©) Divisao: rostro, joelho, tronco e esplénio. Cépsula interna Conceito: fibras de projec&o ascendente e descendente Pagina 35 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Divis&o: brago anterior (lenticulocaudado) joelho e braco posterior (lenticulotal&mico, retrolentiforme e sulentiforme) Considerac&o clinica: Fornix Conceito: fibras de projegio e comissuras Divisdo: corpo, colunas, pernas e comissuras hipocampal. Ventriculos Laterais: 1* e 2* Forma: em “C" Divisdo: parte central e¢ cornos (anterior, posterior, e inferior) Corno anterior: Situag&o: lobo frontal Tecto: corpo caloso Parede medial: septo pelicido Soaiho: cabega do micleo caudado Parte Central: Situag&o: lobo parietal Tecto: corpo caloso Parede medial: septo pelicido Soalho: Férnix, plexo coréide, tdlamo, corpo de niiclee caudado, estria e veias terminais. ©) Corpo Posterior: Situag&o: lobo occipital ecto e parede lateral: tapetum (corpo caloso) Soalho: bulbo (corpo caioso) e calcar avis (sulco calcarino) £) Corno inferior: SituagSe: lobe temporal Tecto: radiacio auditiva, estria e veia terminais, cauda do niicleo caudado e corpo amigdaldide Soalho: fimbria (FOrnix), hipocampo, eminéncia colateral e Plexo coréide. OBSERVAGAO GERAL Corpo Caloso: entra na constituig&o do tecto das 4 divistes dos ventriculos laterais. Caudado e estria terminal: ocupam o assoalho (corno anterior e porg&o central) e o tecto (corno inferior) dos ventriculos laterais. Férnix e plexo coréide: ocupam o assoalho (porcdo central e corno inferior) dos ventriculos laterais. Rinencéfalo: sera estudado adiante. Vascularizagao do SNC Objetivo: Citar os troncos arteriais que vascularizam a medula espinhal. Descrever a rede arterial perimedular. Pagina 36 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Descrever a origem e a distribuigao das artérias centrais da medula espinhal. Citar os troncos arteriais que vascularizam o tronco encefélico € © cerebelo. Descrever a origem e a distribuicio das artérias cerebrais anterior, média e posterior. Vascularizag&o Geral do SNC A) Medula: 1) Tronco arterial- as artérias que vascularizam a medula sao: as espinhais (anteriores e posteriores), ramos das vertebrais e as artérias espinhais laterais (ramos vertebrais, intercostais, lombares e sacrais). 2) Rede arterial perimedular: essas artérias se anastomosam entre si em torno da medula uma rede arterial perimedular. Essa rede é assim constituida: a) as artérias espinhais anteriores (originadas das vertebrais), em mimero de 2, confluem num tronco tnico, formando o tronco espinhal anterior, que desce ao longo da fissura mediana anterior da medula; b) as artérias espinhais posteriores, também em numero de 2 (originadas das vertebrais), descem ao longo dos sulcos laterais posteriores da medula. c) as artérias espinhais laterais, em numero igual aos nervos espinhais (originadas das vertebrais, intercostais, lombares, e sacrais), penetram pelos buracos de conjun¢do e acompanhando os nervos espinhais se dividem em dois tipos de ramos, anteriores (que se anastomosam com o tronco espinhal anterior) e posterior (que se anastomosam com as artérias espinhais posteriores); a) as artérias espinhais anteriores e posteriores, além dessas anastomoses estdo unidas entre si, ao nivel de cada segmento medular, por anastomoses transversais. fm resumo: temos uma rede arterial perimedular formada por trés troncos arteriais longitudinais (espinhais anterior e posterior) e unidos entre si por anastomoses transversais ac nivel de cada segmento medular, troncos esses que recebem as artérias espinhais laterais (ramos das vertebrais, jintercostais, lombares e sacrais). 3) Artérias intramedulares ou artérias centrais: Tem origem na rede arterial perimedular; penetram na medula, perpendicularmente & sua superficie, numerosas ramificacdes denominadas de artérias intramedulares. As mais importantes Gessas artérias sd: as medianas (que penetram pelos sulcos medianos anterior e posterior), as radiculares (que penetram com as raizes dos nervos) e as acessérias (que penetram em qualquer ponto dos funiculos). Essas artérias so terminais. B) Tronco encefdlico e cerebelo: Pagina 37 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 1) Troncos arteriais- A vascularizagéo do tronco encefélico e do cerebelo pode e deve ser estudada conjuntamente. As artérias gue vascularizam esses segmentos do SNC sdo as artérias vertebrais e seus ramos (Aa. cerebelares inferiores e espinhais anteriores e posteriores) e artéria basilar e seus ramos (aa. cerebelares média e superiores e as cerebrais posteriores 2) Generalidade: a) As artérias vertebrais se originam nas subclavias, atravessam os buracos transversos das vértebras cervicais, Penetram no cranio pelo forame magno, cruzam a face lateral do bulbo e convergem no sulco pontino inferior onde formam a artéria basilar; durante seu trajeto pela face lateral do bulbo emitem seus ramos acima especificado: b) A artéria basilar, situada no suleo basilar da ponte, se origina no sulco pontino inferior pela confluéncia das artérias vertebrais e terminam no sulco pontino superior dando origem as artérias vertebrais também acime especificadas. c)as artérias cerebelares, no seu trajeto para o cerebelo, cruzam as superficies do tronco encefalico, sendo que as inferiores cruzam em diagonal a superficie do bulbo, as medias cruzam e as superiores, caminham pelo sulco pontino superior. 3) As artérias centrais: as artérias basilar, vertebrais, cerebelares, espinhais e cerebrais posteriores emitem no seu trajeto numerosos ramos, denominados de artérias centrais, que penetram no tronco encefélico, perpendicularmente & sua superficie. Essas artéri: centrais, como as artérias intramedulares, sao terminais, isto ¢, nao apresentam anastomoses dentro do tecido nervoso. Em consegiéncia disso, a lesio de uma dessas artérias determina necrose na 4rea correspondente. C) Prosencéfalo (Diencéfalo e telencéfalo) Troncos arteri o diencéfalo e o telencéfalo sao vascularizados conjuntamente por ramos da carétida interna (artérias cerebrais medias e anteriores, comunicantes posteriores e coroidesis anteriores), da artéria basiler (cerebrais posteriores) e pelo poligono arterial cerebral (de Willis), artérias cerebrais anteriores e posteriores, comunicantes anterior e posterior e carétida interna Divis&o do prosencéfalo segundo os territérios vasculares: de acordo com os territérios vasculares, o prosencéfalo é dividido em trés partes: 1) Cértex cerebral, 2) diencéfalo e nicleos da base; 3) ventriculos (Laterais) e 3* ventriculo. Céxrtex Cerebra: 0 cértex cerebral € vascularizado pelas artérias corticais ou cerebrais (anteriores, médias e posteriores). A cerebral média ou Sylviana tem origem na carétida interna e caminha pela fissura Sylviana e vasculariza a face lateral dos hemisférios (menos o polo occipital, as circunvolugées e metade superior da frontal ascendente) e mais a circunvolugdes orbitérias da face inferior. A cerebral Pagina 38

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