You are on page 1of 16
Midia, Estética ¢ Cultura A critica conservadora: | um texto exemplar | The conservative criticism: an | exemplary text op ty the tor and Palabras claves: pero car cris, consrvad Monteito Lobo, m dow nis | fato do detrainadojulgemente sobco Célobves~o inflizes ~ amigos fi Anita Ma taraotonsado insstentvel publicadesplaimprense brasil. act- | —hojgom di, mas sim indager quae os r0- Voom 1017 por ocesigo de uma mosta de | ennistos tls gonércesdoagimentagao ‘quadios do Anita Malfatti, o texto faz vee- que extioom ogo -e quo podom mpelirse, Tnentssalagues pinto, que se dexava | &fodo momento, no case do iimems ot- Soclzirpolas‘extrvagincias dePicassoe | Was mmnifestagéesartsticas Gia” Anta Malfat vita a or raconte O ideal seria spoon na integra a como uma das mals importantes artis: artigo, quo foLepublicado em “Idéias de tas basieires do séeulo 2, o 0 artigo | Joca Tatu, Mas nao prcio,imagino, Lobato passou paraa hisénia comoumeé- | ontrar om mais dotalhos do que os que Tei caso do erteiteza cities ou apoatar aul Tromos anasto com corto detabe, niosp devidod sua importnciahiseria | Arte normal, nojorralismocultral basleim, maspor | Arte anormal que é exemplo de algumas caracteristicas | fax seorrontes da atid const MQ Yedora na cia dente \ “p aranéia ou Mistificagdo?”, de | que perde o penal. Nao nos interessa o O artigo de Manisiro Lobato comeca eon uina ising cic, “centfce, 96 Goncentiams nose ands | podermos asim dizer seam es aspects basices do | Fg cs expr dats, Una comport Pensmeato antimodemo, que | dosque eemnonndmenteas cons cm om ono deMonlairoLabsotiue | sequlncn aca arto pura, guard o eter fecnmclawaa Gnprindmli: | tor rlimor da vido, o adolados, pare © msindedajulgerumadbes | coneretiardo dos emagdesestiens, os pro ee pe estos eldsicos dos grandes mesies, neva paid rion nll | aa pr ata send tn gh € réveis, jd ostabelecidas, anteri Proviteies na Grécia, é Rafael na ftdlia, & joes extamos& prépra be. Ryda Halles Flan 5 4 sogundo Tugar, a avallag0. | Reynolds no Ingiteta, ¢ Der na Aloma 3 equ vivercs un peroda de | he Zoran Suton in na Pang € z tine dee | Zags tn opi wai egroseor a pldiade de satdlites que {juve om foro desees tis inormedours. ‘rete espéie forma dos qu vom anor inal nataree Doixemas provisociamente dead ossa utr especie” dos “anormnis Os dois rimoitos parégrafos do loxte [afer ‘Raterial para comentérios, antodo ponto dio vsta da “técnica jornalistica”, quanto das idéias do autor Jommaliticaments,o esto de Labsto co- :negi de um modi qn hoje seria besfante musa. Nt se menetona o nome comaploto da pintora, nom a galeria onde so waliza a exposigi, nem se dstac agama caace- raica especial daquilo que se vs critica 1 Sp Pl, tone, 10 TT genomig, de downga cultural, inicio, ‘postulagio de que o eritico & roprosentante | do publce, da “hemen: coi, qu es Serenganada pelo arise. Nuno én miis Sinltica, tems um ertico que & 0 mesmo | toma fiscal nico © promotor de Justia. ‘sos textos adguira un ar de boli de nrc, de csgntstico pscesocial ede | Gensincia publica ‘0 pardgrafo acime & bastante duro ¢ lov do condenagbes, Nada mats fil do quo condenar in cxlco do passado pelos nas” quecometes. Sem divi, Mostra Labato otro ao falar al de Anita Malfatti Seni inal se simplosmonte apontarmos | esse ero, como serclama das mass | gosde previo do tempo ox do um joguor B32 ‘Se excetnarmos a ttalo cam que o artigo fi ‘riginalmentepublendo, “A propio da Ex posicio Malfati, aquilo que sera o objeto da etic ou ao menos 0 “gancho” do texto aparece no nono parégrafo,depoisdemui- tas consideragies “leéricas”,se podemosdi- ‘erassim,Importalhw apresentar, dodo logo, 1 prnefpi em que se boseia sua argumen. topo. HG uma arte-normal ¢ outra anormal Podo-seadivinhar claro, em que categoria se inchuida.a pobre Anita Malfat. \ \ Critérios claros para a critica? Tocamos aqui num problema essencial para toda atividade critics, Monteiro Lobato est sondo mato claro homesto em seutex- to, Parte do-uma distingao basica ~ ou se 6 ‘normal ou 82 ¢ anormal ~ ¢ seu julgan das obras especificas do Anita Maliatt ir sumir-soa dizor so se inscrovera no primo ‘0 no sogundo grupo. como um “controle ddequalidade” mma insta: o prodato tem do atonder tise tas especiticacbes tai «as, objetivamente mensuriveis, e $e n80 0 fizer sera descartado. Nao seria isso 0 que deve fazer todo et tico? Ou soja, apresantar sous eritiios ge ras do quatidaci 6, tomando em macs a obra X, avaliar se otonde as exigenefas cstabelecidas previemente? ‘Aresposta, ameu ver, é negaliva. Oc tico que fizer isso pode ter sua vida bein facilitada, mas estaré condemado a sor um “controlador de qualidade” um “medidor do cbras, Nao existo nada mais objetivo do quo uma régua: um metro 6 um metro om todo gar, nfo mada sues, Mudam os ob- Jotos que submetemes & mensuracao. Vai- se do geral para o particular. Mes, na txiti- «a, esse sistema tende a nao dar vito, Tomemos um exeruplocaricatural.Imi- gine-se um erfico do miisica popular bra- siloira quo ia 6 soguinte:“Charinko, para ser chorino, precisa sor tocado com via lao ¢ bandolim.” Surgo um misieo qual- ‘quer quo om voz de bandolim use, diga- \ res om ine Hog dete: 80 Drouin, nox ea “chant Poti Nte Sa a capropaoe ine ma ae guar onde gu so nd for ciah? rca qu nnn lie dain ud sonata ingen cre A smn tsp fo uno oho Cuts ease doxtdniciao |, ae acneni a do tnt dolts cx detelrates eta encae guia dna dir nog | Gaston nar eia pelo imstaitdnde | ‘atmos clsqutow sw elesn Seton nt to ln cetama esac, nin unc va as ign spree Eng Tito tah apenas tar gee debe Rn on Sn ptt ide der gu pr, Coindeteammtobeagede cage Som msde pono gyn pores nn de por En mK Pn cata "nd gus ug one cP qeeepanene soca a polis conte cen re Ha cmt nes nf on eso tr se Sots lr, nee peed signe prop intutttnots dr gu so in Um ont com pt its rs npr a dns gun Set shes num flo Estamos naturalmente caricaturando as csi easy tr eg ata, om ec ‘npg on gu impr a ta pro a sa a i Robot ‘ne Demonia scmowabe | { 2 Somente om 1918, 00 ser roodiado no coletinen bis de Joca Tat, 0 argo eben o iu de "Paranda ou Miscagdo? 33 se possvel eprovar qualquer novo artista | polo cxime de ni ser Rael, Prasteles ou | Ronbrandt, ow dent os iia \ Se atentarmos melhor, li algo préximo de uma contadigao lita nos dois parr fbsiniiais do texto. Reconstruinda oraiu- cfnio: pare Lobato, os atistas “normals” so aquoles que fazem “arte puma” adotando, “para acneritimetn das emopdesestiticas, os processes clisicos dos granios mestres, Quem fizer isso, continua v segundo part ‘grafo, “se tom genio” 6 Rafael, Rembrandt, Rubens ete. & um tanto estranho dizer que Rafiol, Remand, Rubenssoeloiéveis por tere aotado “08 procesos clssicos dos ‘grandes mesres" Pois "grades meses 0 eles préprios,£ como se houvese sen preum “grande mesire” ante- Hur abs artistas que citamos, ‘num rograsso no infinia, Tes tn-so, clasamente, no propia estritura doraciocinio, de urna ‘iso "epigonalista” da ante: a Para Lobaio, os artistas ‘normais” qualidade deumaristaesténo sdo aqueles que fa- etinpisaeeaa te zem “arte pura” De resto, no precisamos ‘esmiucar tanto a arguments Mo. Basta notar que, estca nhamente,Lobaly identificao | génioao "aomal” —oquefoge considoravelmontoats mesmo da novia cor quoira, eonsorvadora, que temos da que soja um gonio O sogtnda parigrafo cumpre, em toda ago, uma outa fango no texto, que tae bbém diz respoito a uma questae de tenica jomalistca, A sooiéncia de nomes em ex fiada, que vai dos célebres Rafael o Rombrandt aos nomos mais “socherche snaisraros, de Zorn eZaloage,comrosponde aqui a uma nocessidadobisien ~o um tan to lamentivel~ da criti jomalistica, que ‘ado mostearanteridade, indica quo er Licoesté falanda com conhecimenta deca sa, O procedimento se epete alguns pani srafos adiante, quando o destempero do | autor jé assume um tom exclamative | | Aries Como se ndo fassm sodernisimos esse Fotm que cole de flee, deinando ati do ‘uma esteira lammose de miermoree dvinos see André om saravihoo viruose do de- senio e da pinta; esse Brangwyn, gonto | tembrandtesco da babi incl e & \ Condes: esse Pau! Chabs, mins poo das ‘mani das dguos mansas «dos coos J |) nse Goo, Como se nao fosse moderna znodorassma, \ tote a legiao tual de incomardves artistas dio pincehs de pena, da dgu-fore da “ponta- seca", que fazem danas cpace una das as Jecurdes cam abrasprimas de quantesdeixa- tain marcos dle uz iso de humenidade De tao gonsrico, este limo pardgrato ‘nao quordizerabsolutamente nada ~s faz indicar quo o autor do artigo tom familieri- lo com tormos tenscos como dgua-forte ponta-seca” originalmente, Talat ina escrito em inglés, “dry-piat) B também ‘como mostra de conlecimento ques ow [2 lisa do atin “motrin cando Rodin, 6 euros qu | atlas © Brangwyn, como a acentuar avelun- tariamerte a opcto do autor pelo wpigomal Continvando. O que seria, enfin, “arte zormal” para Manteo Labato? Citeros os parigralos 6,708 to texto os timos da “introdugio tadrica” que entecede a pr ‘moira monggo a Anita Malfatti ‘das ast so repos por pines nce taves, leis fundamentals ue do doponder da ltinde nem doe | ‘Ae medidas do propor v do equirio na Jorma ou ne cor decorem do que chaatance Sent, Quand a coisas do mando extern se transformam eas impressdo cerebral, sen mos" Para quo sintamos de aneita deme, cibica ou futurist, ¢ forgo que ou a har. nia do universo sofa completa alterat, on ue 0 nose cOrebro esto om dsarran por Crude de alg grave destenpece. Enguantou perp sensoral ise ro ho: ‘mem nermaimen', através da porta coms ios cinco sats, em ott dont dm aie nfo poderé“entr”sendo ui gots e & Jilka ¢“interretagao" que do bichano fzer ia tts, un escarmvo ou um emantonds Se cubos transparent, 34 Aroupagon Mloséfca dessetrcbo uaa | escon oto asingsaexpataten doa Yor Pedo-se, apenas, lism na pintura aque a represening da un gato soja om Thanto a um gito ral © erly da "nor smlidado” 60 da semelhanga. Batrtant, © consorradoviano eatticn ooesponts a Tom iis cls do qi as snp exigin clas de realism et rte. Pos 0 comserva- or, no adel 1. poten muito bom we provarom Gourbt ou cm Manat crea falta de idealizagao com que reproduzi realidadescomiqueirs, emo ume popula: (fio aldek ov asenr-cerinOnia de una pros- tut, Por volts de 1860, quem se escanda- Tizou com a Olympic, do Mand cetarnonte sao eslavaragindo a um tipo de patra aque “oprosentsse mal” a relidade, sa ta reagindo a un ipo de pinture que “re presenta mal" kia do que & um qua- dro, « idea do que um quadio deve se. Diante da Olympic, a di: “una mu Ter no 6 dees elo" as: nto 6 dosse jello que se feu quadro", Aqullo era un ‘orto de nmalir, nas nao pari ait vol que aqui rato de mulher posse sor cham de “pinta \ \ \ \ \ \ Principios, regras, convencées Curiosamonte, enta,misturam-se dois conceitos na critica de Lebato, Quando ele reage a quadros como os de Malfatti (pea semos, por exemplo, em “A mulhior dec bolos verdes"), sua erica tondo a soe du pla, Parece dizer: “uma mulher nao 6 dosse jet”, e “um quadro nao é desse jei- to”. De um lado, hi a defesa de uma te- presentagio do real, do um realismo. De outro lado, hd a defesa do determinadas snormas que deveia ser soguidas para que algo sej chamado de obra de arte; hi a dofesa de determinadas convengéas ospe- cificas; de um convencionalismo. Da sta frase no pardgrafo 6: "Todas as artes sio regiias por principios imutaveis, leis fun- i 35 damentais que nao dependom da latitu ‘de nem do cima.” ‘Aos nosses ouvides, o raciocinio pax roceclaramente consorvador. Bis, entrolan- ‘to, um tema para discussio. O que se est quorendo dizor com a palavra °prineipi 5"? Com a palavra “leis? Seré que pode- ‘mos entendé-las come sindnimo de “ze res"? De “codigos”? Vollamos a questa ‘do acadlemicismo. Oque o acadbanico pres: ‘rove éaobodineiaa cotosminadas regis Assim, na Lagédia clissica, ent forposo beciocor a regra das trés unidledos, a8 ws dades de tempo, de lugar e de agao. Além dessa chediéncia aregras, havia ceras con- vvongdes, certas regras ndo-explicitas, alg sas das quais bastante curiosas. A tradi: G20 do twatzo clissico francis do siculo 17 ~atradigdo do Comoillo, Racino o Mi ~ era ainda bem forte dais séeulos depois. Em pleno século 19, conta Walter Benja- min, uma encenagao do Otelo de Shakespeare em Paris causou muito mal- estar na platéia, pois a todo momento os atoces proauuciavam uma palavra exces sivamento vulgar para o clima trégico da pga: a palavea lenga.* ‘De qualquer moda, antes de sorrir com superioridade diante de tantas presericdes, cabe sempre lembrar que o modernisino ‘também tem as suas: © que se “longo” pra cia choeante aos erfticas clo séeuto1, ag sfamos do mesmo modo s v1 paeth ox ‘ronista, ao osczover sobre o Natal, came- ‘casse seu texto com esta frase: "Bimbalham. | os sinos! Eis que, ne manjedoura, nasce © | | 7a i Lata fe dense pio “oie anion" eotestnda po Tad Chanel Cee cos atipe do “nntraiena™ siamo ern Charl odicrna “Pareto dear mena, entond 9 ces qe nce perce rsa uma a et ra de anand do ania vn ep x carters dos ntti iene oe sen por a= enka. Salogs arpoe aproxmar das on tascam) v= pros som um i de defo. {so vaprasivo que damprmota a erase apaent | 0 qe aU oc {pzoximarin sob dos toncietns ong Parc Segundo pti" Jn, Obras Boles - Charles | | | | Vernisages, 9.31. ‘Beudelaie, um Litico no Aug do Captaismo, p. 8 Menino-Deus!"Oleitormapiamenta—esta | vel @ dois fatos separados. Em “The frase 6m explo coecido dos joa | Adwtureosgu sation bln lstae—abandonariaotesioaotopar com | oid fio un sorte com ana ena. No tum vocabuliio assim. A nfo sor que. @ | toeate bo wale stad ert no sor quo se souboss0 que o nvior da fra~ | Eee coda eu ono o sonvete detao cute so gosta da ironiae de parddia,rosorvanda | ‘fe, auende ey me o ste lea eae alguma surpresa na linha seguinte | do dale, rem cur no pescago da dame. _Dingpentreinacdoe era. como sev, | primer is emu pom price: io faci de decid. Una inguagen farago; 0 segundo, mailo moon, revue do bet inde mga ea pes | le dont pred mno uns infagio 6 faz sntido, x6 tom axpres- | B08 spo ae saos sividade, num contest em que determine Difcs| duvidar da eficécia da “rogra" dos regrasexistem, cada infracio"bem-so- de Chaplin, Qutra coisa € pensar que obe- cedida”, por assim dizer, tende a scr uma | decé-la ¢ garantia de ser tio engragado nova “regra” que nasce. quanto Chaplin, A questo mais importan Estivenosinsistindo aqui ao texmo “re | te surge, entretanto, so indagarmos qual a "au melhor, numa acypgio ainda mais | raedo doossa mgr exist Porque éprefo- ‘rita, “convengio”, poisédis | rfvel que uma fato provogue das gargalha- toque Monteiro Lobato parece | das, em vez de dois fatos separadas? Nao estar falanco quende se efere | estaria aqui em joge um “principio” — © 2*principiosimutiveis”emsea | principio da economia -, bastante geral © . ce x TWNlo, AO contrtio do que diz QO jogo entre infragdo — Lovato, as “convengies” de eregra, como se vé, San ue mal ndo é facil de decidir —™0 elimino, contudo, uma questo mais bisica, que o tex to onda sigrin Digamos que | —cipios desse tipo que aplicnmos quando 4s “coaveneéas” que o conser | esas onticando, ou meramonteaproci vadorquerrespeitadassejamos | ando, ou, ainda mais simplosmeate, en aspecasexteriorescrcunstan- | tondondo-uma obra do ata? sloeeanities Lip mim | He tg om eplnae di est, oma tonlidade exoesivament clam | tea, um composttorondite brasil! ve ‘num retrato, um villo que timia nofinal de | corren a exempla interessante para ilus- ruma telenovela: ais coisas “nao podem” ooo | trar uma regra bisica do contrapento. A. rer,porguefbremasconvencoes.eoqrticesim- | regradiz que, quando uma melodia acom- plesmonteacionaréseureperticiodeinvectvas pana a outra, é bom quo so movara om © mtivos quid w depararomm ssa. Uma clnegdos aposas:so.a molodia do bulxa visiomais liberal comrelacio isconvungiese | vai-se encaminhando para alturas mais 2smprastalvezpossa.ontianto,coavivercam | agudas, é bom que a meledia do tanoe vs «idéia de alpnns “prinepios" da arte, menos | “descendo” rumo aregiées mais graves, € ‘expliciveis, menos “endificveis" dope para | vice-versa: indesejavel que ambas as vo- ‘erica conservadora, seria de desea es sigam paralelamente por muito tem- Charles Chaplin, mum artigo ntitulado po.bssaéaregra~que doscrevo somaspro- “Mou Sogredo", dé indicagoes do uma | cistos do vacabuléce tecnico. poquona “rogca quo gosta de seguiz: {J quando wm 36 aconteciments pode pro- |x fia Ales das ves fs, Can ocat duas grgalhedas diferente, 6 prefer | * Mine Ficrlh,cmunncya0 pessoa! 36 Pois bem, qual a “razio” dessa regra? A primeira resposta é puramente gramatical: se as duas melodias seguirem sempre na mesina diroglo, nfo cabe utilizar 0 temo “contraponto”. A prépria idéia de contraponto exige dus ou mais voaes mo- vendo-se independentemente, uma “con- tra” a outra, como o nome jé diz. Passemos ‘a uma outra questio: por que é interessan- te, ou desejavel, ow artistico, usar ‘eanitraponto? Af vom oexemplo do compo- itor. A ondulagio, o eontraste, o jogo ent ‘duas melodias é bom do ouvir, dizia ele, ‘assim como é gostoso ver a chama de uma vola ou o fogo numa lareira, Hd uma sua alternncia de posigdes, nunca no mest lugar, puncs totalmente fora do esparado; 0 -vaivém das expectativas contrariadas e pectativas alimentadas 6 0 que prende nos- sa atongio, Podemos ficar bons minutos Agora, de volta aos omaate(.) los contin ‘md, fazendo amor. O marido desce do ti. (Omalandroarrama ogravata ese prepara para ‘stir O maridocomegaa subir os escuds. Chee fant a fompo? O ropaecenseyui escapar? Se Indo, 0 qu val acontoer? Sf porguntas que @ lata ef, e quero mardo eee n.a tempo. uma stacdo de suspense fi cioda. £E divi, partir do que fo exposto acim, que Suspenaee terror ndo podem coctsti-. ‘A cltima frase desta citagao é, sem dt- Vida, una regra. Nao é muito aziscado di zor que estamos diante de uma regra prat- ‘camente impossivel de infringic. uma zegza de tipo “gramatical” como no exeu- plo do contraponto mais acima, Ox seja, a prspria definigao do que é suspense, oi do {que 6 contraponto, estara sendo contraia- dia caso pretendéssemos fugic& regra. To- ‘memos agora aquole absurdo exemplo an- terior, ocasa do eritico ultraeacionério que \ \ | © lhc o ogo de urma laters. Mos. diziao | nao admiteaaxieincia do um chorinkoto- ‘compositor, quem se interossaria ex fcar_ | Gado por um duo de volino e piano. "86 6 olhando para a hz de ua tampada? Cchorinho se tiver bandos e volo.” Em Valea esse propésito lembrar um rac- | que frase do critico musical dfere da de- iio de Alfed Hitchenck,bem préximodos | fnigio do que é suspense? ‘exemplos que estivemos citando, Falando sobro o medo no cinema, 0 diretor faz uma distinglo entre “duas categorias amplas — terror e suspense.”” No primeizo caso, a ssuprosa 6 fundamental. Uma mulher se contra com 0 amante num quarto de hotel. Sabemos que o marido dela estava em out ‘dade, De repente, abrese a porta. O mari do aparece. Esté com um revélver. Terror. Mas como representariamos oincidente se dese- |éssemos criar suspense no terror? Lembrom se da nosed regu: o fertor 0 obtém cont a sus _presazo suspense, pelo avis antecipado. Mul bem, comegamos com as dois amantes no quar 10 do hotel. Fcamos sabendo. pelo trecho me os pessoal da conversa deles, que acham que 0 ‘morido estd em Detroit. Bm seguida, vemos 0 marido deseende de um avito, Mas aque isso? [eso ndo¢ Detroit, é Nov Yor! Em favor daque- Jes que nao ext fariliarizados com os dois e- roportos, a cimera mostra de modo significa. +o, um sina de idemifcagao no aeroporto ou, tale até melhor. a placa do téx, enquanto 0 -merido do endroro do hotel 'Nio ¢ prociso muito bom senso para percebr quo estamos lidando com dots ti pos de frase, ou do critério de avaliagdo, bem diferentes entre si. A rgra que dife- rencia terror © suspense, conforme plicagio de Hitchcock, 6 “gramati Volve uma dofinigdo do proprio termo. inadas regres estabelocom, do for- ‘imutavel”, 0 que é um género artistico~ se coma, drama ou tradi, por exempla, No caso do critico musical, parece evidento que cle estétomando um aspecto inessoncial da miisiea ~ 03 instra- mentos utilizados ~ como algo indispen- sivol a definiggo do género. Definir chorinho pelo instramento utiizado, ¢ de- ctotarquo al misica nda 6 chorinho s for tocada em iastrumentos inusuais, 6 no ccompreender o que é um chorinho: éfor- tra | | | ama ome dro © Mantenho otermo satlind ma ediga omer por icheock,costine> detestos entrtto ong por Stiney Callie, p 14008. a = — 37 ular uma definigao errada do que é chorinho;¢nfa teria da que sea" séneia” dosse género musical Talvex o tas pico da erica conser adorn procisanonte,considararesson- ial 6 qu 6 stesso, o que 6 matavel nam determinade gAnero artistico; erighrem “prin- ‘ipioesttioo” o que és segra do um ginero, ‘Una definite estreta demais de seu objeto hard, sempro, de excluir do pepe cam- po dovisia muitaswalizagies gta. Iso bo épintura, rage ctten dante de uma obra novadora; provavelmente, aqueckm, Snovadora estardfazendo éjustamente bus- car aproximarse da “esséucia” da pintur, ‘ropondo uma definigao do que 6 pintura {que nfo Tove wa eon caractoritiens as sérias como ouso decamdis- crelas, a insiténcia emt mot wos consagrados (flores, relatos, paisayens) ou resto \ \ “oto ndo 6 pintura’, —Ssamethangacoma alae , Noss sentido, Montete reage 0 critica Labato estar agindo menos dante de uma camo umes. mals cama tum “classificader" um censor, ‘em seu artigo poidmica. Se os quodras de Anita Malfatti nto sp inscrevem no estegoria da arte “normal”, forgosamente deveromes advertira attista de ‘quoseaproxima perigosamenteda “outraes- pécio” da artistas, os que professam a “arto normal”, Retomemos otexto de Lobao: es ses artistas, ‘ec intexpretom 3 he de teoriasefemers, sob a sugestaoestdbica do oscoas brides, surgidas ‘¢ lé como jurtinenlos da es}mea exenssivn. So pmdutas do cansaco do sadismo do ees vs poriodos de decadéncia Go fratos def de estegdo, bichados no nascedouro. Boreas cu- lentes, brilhom um fasta, as suas dus vezes ‘am azo aetndal, «somone logo nas ners do esquaciments -Embora so dm como novos, como procurso: ss duma area vr, nada é mais voli do que arte anormal au teratolegica: nasce com poranéta« a mistiffeng to obra inovadora Sem onommalmentea naturez | | { { \ | eh muito que a estudam os psigeiatas em seus tulados, documentando-se nos atime 1s desenhes que omam os paredes intenos dos tanicOmios. A nice ciforga é que noe ‘montcdnmas wsxe arte € sincera, prodato log 0 dos cérebros trnstomades peas mots es ‘ranhas psicases@ fora dees, nas exposides piblicaszabumbadas pee imprensa parte | tio mas no absorvidas polo pibico quo com pra, ndo ei sincordade nenhuma, nem ne- Inhune tic, sendo tudo mistifieacdo pure. Taminém inate trocho 6 posstvel abso var certas esquisitices de raciocino, Passe | mos sapidameate em primero Lugar, pelo atjetvo com gue Lobato qualificaa rte dos locos "produto lca” de“cSrebrostrans- | tomatoe? Obvmente, se en ot | mo "Igo" no sonido die“ineitiel, visivel". Mas 6 estranio que aproxime tio vividamente (e por dvas veres) a légiea ea loucura ne arte dos loueos, ao contrrio da tte mistificadora, ainda hi Légica, diz clo na aso final da citagao) (ponte mais questionavel de seu argu- mento 6 todavia outro, Lovato uilize um conheeido reeurso do pensamento conser vadar:o de oparsn anovicade dizonda quo ‘novidade nfo é nova. “Nada émais velho do que arte anormal ou toratolégica: nas- ceu.com a parancia va misificageo", diz © aulor. Masse a arte anormal 6 tao vella as- sim, como afi™mar que os artistas anormais, ‘lo prodtos do cansago o do sadismo do toios os perfodos de decacéncia: so fri tos de fim de estagio"? No minimo, pode ramos dizer em favor dos artistasanormats | quo oles vieans trazer uma navidad a do | que, como outras civlizagaes, a nossa co- | mocou «entrar em decadénci | Muitosartistas modems to ato se apre- sentaram como arautese mesmo apologists da cecadéncia de nossa civilizaglo, Ocrit- «co conservador parece levis na da Te tus, mas de modo muito particular. Tora a e moderna como sina como sintoma de doonga, de que of actsias modernos ‘nfo sv sabem acomatidas. Seo artista “lou co" faz um quar monstruoso, “terato "Monteio Tabata op. p 560 38 logia0", pouco importa o que esteja preten- «dodo comunicar. O que o quad significa, ‘oqueo quaiiro representa, arevelia do artis. ta, 6 tama Gnica mensagem:a civilizagio ost ‘em decadéncia, perdeu-se 0 critério das col \ sas, j8 nao so soho mais pintar dizsite, acel= | ta-se qualquer* borracheina, para usar @ exe possio de Lokato, ‘Mosmo detestandoa arte modema, pode- ‘amos fazer um raciocinio oposto ao do iu tor. “De fato," escreverfames, “ess pints fo horrorosas, aprasentam as mals loueos Adoformagies. Mas com isso pintar pretend dizer quo noxso mundo moderna é deforma do e louco; que a heleza do passado foi ilestrufda; quo nossa épaca é de total deca- ddincia; sus obra é uma dendacia,” Kis wna ddefesa da arte moderna em que praticamente no se diverge do “gosto” consorvaclo Pode- siamos profocr, como Lobo, quadros ralis- tas, poderfamos detestar qualquer distargao, ‘qualquer caricatura, ainda assimentendoc” «8 pintura: podemos também compartilhr da idéin de Lobato (‘este mundo wala pesto”) ainda assim admitirvalidade oomunicativa 4 pinfura “anormal”, Nao Gart, mas est di zendo alguma coisa importante corte que, nacritiea conservadora, por definigao o artista “nao sabe” que esta sub- metido a influoncia de fenémenos que Tho silo exteriors. Frate de sua mento daentia, ‘ou de um processo de decliaio da gultira,a ‘obra é puro sintoma~e nesso sontido tanto faz que seja “parandia” ou “mistificacae”. Neste stim caso, podemos inesiminar 0 artista de md fé; mas, de qualquer modo, io interessa absolutamente sabera que ele estava quetendo dizer, ¢ sim de que modo sua obra exemplifica 0 estado do cuisas (que se chogou O “efeito Baju” | “Tulvez bj exatamente por isso que tan- {os movimentos de vangnarda termainara ‘dotando, para identficarse, os proprios ter sigs depreciativas com que foram: tratades pela critica, Os “Tnuvistas” derivam esse | | 39 nome le comentério critico de Louis ‘Vauxcelles,queao ver ma esculturade ipo tldssico no Salao de 1905, em meio aos vi- brantes quadros de Matisso, Vlaminck © ‘Derain, escreveu: “Un Donatollo entew.as fo ras!" mesmo Vauxcelles quealguns anos mais tarde daria nome ao cubismo, numa critica is pinturas de Georges Braque: “tudo sereduzacsquemas goométricos, a cubs. Cerca de trinta anosantes, 0 mesmo pre: ‘essa se verificaria com o impressionisina, O critico Louis Lorey, num artigo pars © Gharivari,imoginava um didlogo cémica die tte do. quadiro, hoje famaso, de Mone: Que representa essa tela? Veja no eutilge. = “Impressto, of nascente | ~smprossai, eu nde tink divide, Bw me data | tami, jéqueesiow impressionado,dews fae | versmpressd all dontro. & que iberdade, que ‘éevontad nafatura Une papel de presents oa cstudo embriondria ¢ ana nis aeabado do 4queessa marina!” \ \ [Na literatura, fo! um sos préprios poe- las “malditos”, Paul Verlaine, quem assim dosignou sous “corceligionérios” Rimbaud, Mallarmée Baudelaire. Deste dio, 0 pr0- ccosso de autocondenacao, os hdbilos de salanismo sio fartamente conhecidos, Bra | fins do século 19, todo um grupa de pae- | {assimbotists,cropuscalares, adeptos de | Mallarmé e Baudelaire, assumin 0 nome de “decadantista”,cultivando os extuemos ruflnamentos de sensibilidade e dandis:no que se atribusiam ao excesso de cultura, & hipercivilizacao da belle époque frances. poeta e publicista Anatole Bajs nar. ra estratégia por tis do langamento do ome "docadente", Apés enumerar as dic vorsas discurdiineias que o opunham ao naturalismo de Zola, © as razdes de seu entusiasmo por Baudelaize, Vorlaine, Mallarmé e Rimbaud, eis « que osureve ‘pum texto de 1887: Foicheios dessasidsias que Meurice du Plesys 0 rsoremos fundar wie publica quo re ise os eserits os qua se manifesasse as | { Apud Sve Palin, Lmpression .. impressionisme, p. 15. 0 ‘esto deBary fo palate 25 de bl do 1874 Por que os artistas querem tanto chocar optibco? tendéncias da nova forma teria.) Foi com- tinado ave 0 jomal se chaimeria 0 Dcadent san titulo, que 6 um verdad conteasanso, ros ora imports Eis porque oaevitaros, avis jalgum fempo que os cronistas parsenses @ pertcwlaneonte 0 St. Champsoue designavame ‘om roniaoesrdres da nowa ecole pelo ape lida de decedent Pra evo as m8 sore ses que ese palavr pouco prvilead podia fazer nascer 0 nosso respsio, prefers, par ‘encermar aso, toma conve bane Aidentificagio entre dctitio, pertrbagio nervosa, rfinamonto esttico, distincia do gosto vulgar. hor ao senso comune afir ‘magiodamodemidadvaristicacraacsta, de fonda eutilizada quase camo slogen pelos préprios artistas 9 vacabuléia da arusagio ‘tea ora acoto de bom ginda polos ns justamente contra ssa hipersofisticacao do “deca- dentismo” que se insurgicia luma arte mats rade, mais es pontinea e éspers, que estava ‘influenciar Anita Malti. propdsito de ehocaro pablica Dburgués (*épater le bourgeois conforme a eslobre expresso, que Lobato nao doixa de repe- tin) sedovorin nocessidade de rompot,comum armaissalvae m, 0 ambienta do ostufa do tsteticisma da fim de século Novamente, entrtanta, corre uma écie demé-vontade, de resistOncia por par te docritico conservador Lobato, como tan- tos outros, pore a intengao de “pater. Podoria simplismonte pergunias: por que fs artistas querom tanta chocar 0 pbico? Haveria um sentido nisso? Seguin a pré- pra terminologia © 0 fio das consideracins de Lobato, poderiamos dizer que, se tanta tborracirs”, tanta mistificagio tanta pa- randie aparacem hoje em dia, 6 talvez por que, num ambiente do exenssiva civiliza cio, de cansaca com tante cultora, 6.05 absurdos, s6 as maiores barhuridados so capazes de chamar a tengo. O curioso & quo Lobato, evidentemente checado, diz quo esta ato no choga minguém. \ | | | r 40 A arte “caricatural”, os rabiscos, as cnibics, sto assim sintoma de dosnddneda nam sentido opasto ao que se empregava cima. Aaxedecadente, ai, estava de acor ‘do cam a época do devadéncia; a doenca serio oxtansodecivilizagio, Aqui, unaarte rade, caricatual aparatemonte"ado safc tical, eonsoniBncia,sintoma, dessa do cadéncia e mesmo sins! de revolta contsa la; 0 problema nao de excesso de civili- cao, mas sim de babar. nesse sentido ‘que cabo condendla, AAinda mais pore, tificlmonte so podria conside- xara “eur axons" uma earaciostica dio nosso ambiente, Mais ume rezko, alts, | pata te Labato se fnsrgsse conta o dis pasate da exposicf; teorasextrangeiras tariam send intodaidas numambienteem «que eram absolutamente inadequadas. Mas sso ponto, pelo menos, ela ado explora | Aeaitcspeiquiticn’ da ato medor | na néo foi, par corto, inveniada por -Monteito Lobato nem encnreons cara sou toxto, Numa obra publicada ema 1892 pelo nédico @ jornalista Max Nordau (1849 1923), Degeneraedo, vemos um diagndsti- co especislmente estridente da “insanida- do kia arto moderna | 0 éramaturgn ~ ¢ taminim extico — Goorge Bomard Shave escraveu urn longo #8 demolidar ensaio a respeito das idéias de Nordau, Seu texto, publicado em 1895, } sob a forma de uma carta aberta eo editor | Benjamin Tucker, da revista Liberty, me- roce ser lilo @ relido nos dias de hoje, igualmonte prdigos om diagnésticos pe simistas quanta aa estaio de sai ca cul- tuca, Nao havia nada de novo nas teorins expostas em Degeneragdo, ofirma Shaw. Acaxda novo surlo de nena nate soa 0 mes sno pit declare: ¢ nme oss alarm. do mostao mado quo as prfecias sore o fin do nur, some tim os pbleo hana ddesurproedente no sucesso dow Hero come ‘su, que poder lt side produid por goal que peso one pesqusasse nas velhas red \ \ "fj "Awe sobre eos donee Monta, ali (4 CarnbosdeDeendentis Brame, 97 Pee a tes de jornais¢ nas bibliotecas publicas todas \ Tocris taoaottinescratennenee \ Ghaantnacingte ds opapao. | Nord idontficn nos poomas de Swinburse ono lito de Wagoor sit tomas de doonga mena a"scoalio” Shaw le \ \ \ \ Imaginemas nm entusiaste de rime enlougies ‘ldo que comegasse a praduzt Ios como sos tiveseeJendo um diciondrio de cimas, Vooe die “Vem 0 ela retruca com “trem, Helém, ni gud, lambéen, vinkiee™o assim por diants ‘Os migdicas dao o nome de "ecolaia” ¢ vex ‘enformidart,(..) Swinburne escreven versos ‘bem conhecides que comecam dizendo “Se 0 ‘amor fosse 0 quea rasa 6”, prasseguem com belasrimas wcontrv-rimas quo xprmssar wen sentizento sem pronuneiat qualquer cheats (fo Fntelisvel;etemos inimeras rims infan tis que nd fazem sentido (..} As pessoas ndo esczovem esse tipo de coisas com 9 objelive do transmit informaydes,e sim para diverts fe dar prazer(..). Noréau chega wo absurdo (} do afiemar que qualquer rimo gratuite, ddefinida como o quo ni trunserite uma men Sagem intelivel, condena 9 autor por soe do “ocalalia”(..} Pade, desse modo, conde rnorcomo degenedo qualquer poeta de quen ‘le nd gosta. (0 que dizer entdo, prossegue Shaw, de ‘um autor como Shakespeare? Hi em suz obra verses sem sentido, puramente musi- cals, como as que seguer: "In spring time, the only morry ring time, when birds do sing hey ding a dina”. Se isso nf 6 sinto- made *ecolalie”, angumenta Shaw, “entéo 1 que Gecololia?™ Mas ¢ que Shakespear “no senclo poeta do século 19, estzagaria, a argumentagao do que a degeneragio & uma doeaga moderna. (..) Portanta ‘Wagnor 6 um dagonarado porque fez jagos de palavras; & Shakespeare, que fez pio res, f/m grande posta.” ‘As preocupacdes do Max Nordeu no deixam de lembrar aquolas de Simao Bacamaric,o personagem de Machado de Assis que em nome de saidy piblics tor mina querendo interar toca a populayio de sua cidade ~@ asi propcio ~ no mani ccomio que havia construfd, | i | at Antes fosse esta, contudo, a pri Jombranga que as tories do Nordau susci- tam no leilor contomporineo, “Arte dege- neracla” (entortete Kunst) é, como se sabe, 0 termo pelo qual os nazistas designaram. as principais correntes da pintura e da es+ ‘cultura modernas, numa eélebre exposigao ‘Minoranto organizada om 1988. Promovia- se a execragio piblica de artistas coma Picasso, Kleee Kokoschka, em nome do de- al de belera cléssica que o Reich prometia, instituir. O documentatio Arguitetura da Destruigdo, de Peter Cohen, 6 muito v ‘50 no coaloxto dosin debatu. Veruas ali de que modo tanta obsossa0 com « sade men- | tal, ahigione e a beleza tisicatransformau- seem laucura, perversidale © morticinio, | Aopiniao geral | do ptiblico © toma da “estética nazista” ~ com sua valarizacio da ordem, da uniemmidado, da dliseiplina, da mpassibilidade e da morbiien ~ € om divida amplo demais para ser anal sado aqui. Tampouco socaso de associa odo conservadorismo esiéticy a uma predisposi- ‘Gio toalitatia; certamente, nfo éesla a pesi- | Gio politica de Monteiz» Lobato'. | Pado-seespocular,entretanta, se ali das coincidéncias de gosto nie haveria por parte do tantos inimigos da “arte degenerada” uma fundo comum de motivagbes,"prépolticas", se podemes dizer assim, mas de todo mode rolativas& ortenagio da vida social Rir-so da arte modema, ou dotesti-la, 6 atituce que por sis6 nto parece ser sufici ente para a sensacio de “dever" que aco- ‘mete 0 critice conservader. Sua atitude & Tina Vado Degenorada do Nowa” inv © Toatrn dae alas: Panel Pfr.) 5, 2 Mam, 78 » de 70. * Gump dingy ademas, o en da terme “Agent: fao"= un seas conatng ombrasanas, genie = Estos dus. bam mis deeming, de pasos eons “decade” ou “eclno"Bfradedivid, errant, que sus stones patcipen do mero compo semi, po endo funconardferntaento cou iastramnos decor sdesupin a qucique fou ds inovegl ante. antes vingativa do que derrissria, O adver- sario do modemismo tampovea manifesta | ‘losalonto, muito mes cariasidade (fen tien que fosse}diante das abercacaes em ‘curso, Nao parece astar apanas defenden- do os valores eternos que jalga cons- | prcados, mas de alguma forma so mostra sempre consciente de quo sua causa vst ertotada de antomio, E a “vex clamanti in dosorto”, 6 o campatia salitarin da verda- cde que vem romper o coro majaritécio dos ‘ombustoiros e dos enganados, Sua dentin cia, suas acusagdes, sio um ato deaudicia, tum ato de contustaeao e de ruplura. Diss ss: umato vanguarista nfo fosso a var- suarda a inimigo que cummpre destruir. S30 ‘um ato isalado, algo que sé alguns poucos individuos sto capazes de fa- Nada é apreseniado como exempio dos zer; 8 vor que se ergue mminotilézia~ mas étambém a voz da maioria Faz-se agui quase que uma paréfease ca préprio tex- todv Labato, Confira-se a tre- ict cho final de su artigo, WiIOS QUE LODALO A ees pt inpagur denuncia nos inspira bel ales So. Naja no iano aqui com esta si ce considers desa ‘grdives, Coo fs dove er out: tio mumorosoe logos @ sc nova tide ettion, he de feta como descotsinpetindnoia vo since que tem quedar heemania do ca de sons Fnizeanto, se sfletie mia boot yard gu lbsonja mata ea sinceridade salva Overedete amizadie um pintor nde éaqnle | (que oantantoce de fourores sim o que the ad | Une opin sinoeee, enone duct tae dtezchament, sem reservas, aque tados pen. sam dele por} Juma rim, merecedoa do alts Bomena- | gem qun sor tomada sii vreoebrarespoto Gls ene ue opie since —evaioa pl jae sero reflex da init pel pie cotta it, dase etn, sca. donee norm oe sts clogs i al irada dos Ss apologist. ; 8 os seus epoloises, sin. dona Mat, porque ‘ambi cles poncom de md.. pe Disponsa comentarios, provavelmen- to, a estategia rts ridade 6 a [vaga) homenagem ea talento da pntora 0 rata derma cxtiea cons inutiva, do um oto de amizade, por que lové-lo a pitblien, como se fosso uma do- svincia?Talvezfrustado peo txdiowsfor- co de moderar o tom de seu algo, Lobat diige-se & artista dretamente, traandoa \ com umn nada eortas “dona Maat, O rite da moga de: fansliacorrompida pela | dovassicto lo ambiente porpassao texto | Besa artista poss um talento vigoroso, fora dvcomus. Poucus vee attads deme obra | tore em mde, e nota fantas «tao precios aides latentes SEfeteno, seduaia pas tars do gue ola cham are modern, penetreu nos donsion dle um ingpressinisana discus, «pe todo o seu talento a serviga de wna nova ep co de caer, ‘Sejamos sincoros: futurismo, cubism impressionism tats quanta pussu de outtes tants ramon da arte cactontral. fextensio de cucicalaea @ regices onde a0 Ihavio até agora penetra, Caricature da cor ercatura do foram -mnscoreatira qe no visa, como a eerdadtieg, ssoltar wis ida, | mas sion desnonear,aparvalias, clordoar a ingenutdade do espostadon* ("parti pris do tmchoacima quaseque passa esporcebide, tal o dominio de Labao soe o ritmo da frase. Afirma-se que a "ver: \Inlirscnricatura” visoaressaltarumaidei, eo paso ques diferent "isms", ainda que “ramos da arte caricatural” n3o tm sso ob- Jetlvo. Seria o caso de porguntarsisuplesmen- {e: por que nio toriam? Se um quad come "A Boba” ~ als nfo inchulde na expos {de 1917 —evaca-nas, ee fata, ua canines [enio hé razin para nogar isto em nome de Anita Malfatti), nia podemos dizer que, com. {sto, a pintora estava a rossaltar um aspecto darealidade muitas vezes ocultado polos eu- fernismos da arte académica? Valeria obseevar,ademats, que 0s tr 1 especialmente earregades do estilo de hatin lao, on ep am: dom. 9. 6 i Lobato (bem mais préximos, neste artigo, da caricatura ou da “charge”, do que da en Lica) parecem estar @ um passo de tomar ‘consoigncia desi measmos,@-ensao defletem fem divecain a0 objeto eriticate,.. Sabenito- se taleo, pala ha mor deide e pelo exagera, tem auto de ricatusa, é coma Lobato livrasse sou artigo dessa virtual qualificngao, voliando-a con: ‘ta.a arte moderna. E ainda com cert ve lidade de cartunista que o critica passa a doscrever imediatamenteem seguidaae par rigrafo citad, “a fisionomia de quem si cdo uma dostas exposigéos" wor de at esto qi (oud das amas ‘Nenhuuna impressdo de beleau ou de prozer | modes 0 We despa tamonto de quem esta inceri. duvatoso de si Alonneiaa as care priprio «das autso, incapae de raciacinar mutta doseonfiada do que o mista Coorte quase que uma inversio dala quedonominavamos o “feito Bau". Naque- le caso, o artista ofendido apropriavaso los :mesmos terms da ofansa que soley, ras ormanclo-os em bandeira deseu mevimen lo. Agui,o aspecto pelo qual ¢ autor pacer ser eriticado so transforma, antes mestao da critica, om carncteristica da adverséro, De qualquer modi, Lebsto vem apor a esse pubblico desapontado, estranhanente “incapaz de aciocinar”, como dizele, wna ‘minoria, compesta "de cerles eriticas so- Ibretudo", que teoxtzan agua com grande disper do pa mado tenn, descodrem na tela tence ino. cesses ao val, jstifian-as com a indpan decide inteprctoesia do etista: eaves que o pica # ma tsa vas, as ntondis, lim gripe gaia de iniiedas nas omens sabiinos dem Bstétco Superior [No fondo, riearse uns dos outros ~ouatisto do cnttcn, 1 crtca da pintor. & mister que a biico seria de asbos. Este 4, elo Larios os trechos do artigo, [ suenos Wonvincmnie 8,0 mesma iempa,o | als veda, Toto oxpliar.O quo | toma menos c | inconte6, som davica, 0 \ \ fato de que neous exemplo de palavre- ado tecnico som seatide, nenhuma frase concreta, nenbume justificativa absueda, neniroma suposta intenco do artista que o crticnestaria vindo aclacar, nada éapre- |, sznado come exemple dos wcios que Lobato denuncia. Seria muito diferente so |, Setlcaconsersader tomas fat gum argamonto dos sous advezsérion © |, tpontase, por exemplo, em uso ncoxeto o palavreaco tenico. Ao exame de alge | ma intencio do artista modenno, Lobto | profere tomar como axiama o fato do que zi exist inlengae nevliun |, atiude nos coloa dane de un ds sna: ou acltames a autoridada de Labato | nosto caso ~6 ole quem diz que nfo existe intengdo nenhumana obra moderna ~,0u.as intengoes apontadas pelos crticos pedaates existe de fat, mas nao apenas $0 "i | sveis ao vulgo", mes tami sioinacest- veisao proprio Labato.Aautoridade do tiso coservidar nn eat todavia provada “teenicamonte™(xcxto pela enfiada do n0- smesde atstas que comentavamos no infcio deste trabllo). 84 se pode concluir que Lobato deriva sa mutortadvenatament do | fato de starassumindso ponte de vista do | pilica (mister que o een e a") om nor, dese piblion arn qoem aston «es da atsta so inacessves, para gem 9 | palawreedo:écnicoéde dif compromsio, desse “wu” de nic-iniciado.. | "Nuns palovra, para defender o pabli- co que nada vntende da obra modotna, | Si nse pri arin | sve pripeompmeno Os pr ‘zero mesmo, 8 medida que 9 critico con- sorvador nfo entende nada, ele se identi fice com o pulico que nada entende. Uma intengao de obscuridad, tanto nas obras quantonna cfliea, 6d fate nott- vol na arte erudita do século 20, e seria Ingonuo dn pata de vista socialégico ne- sligenciar oquanto 0 usa ea abuso de “pa ders, — "tens, 2 43 levreada téonico”e das piscedelas de olho 208 “iniciados” sao instcurmentos do prus- tigio e de exclusao social. So incontiv os exemplos, em especial na crtica de ar tos pldsticas, de prestidigitagies termi- noldgicas que nada contribnem para a en- temdimento ou a andlise de uma obra eapecifice. Ridicularizar os criticos pemésticos, apontando seu desconhecimoa- toda obra que estao a comentar, 6 bem dif. rente de, em nome da luta contra 0 pernostcismo, adotar a postu militants © ‘agrossivaem favorda prspra ignorineta, no ssinero do “nfo estoxentendendo nada logo no hd nada o que entender.” Nesse caso, 0 silencio seria a atitude mais indicada. E aqui que o impeto populista, ov mes ‘mo democcatizant, do eitco ‘conserva so aproxin rap amente da demegogia, do tantinisocualismo odo seis mo. Poise defesa do pblicont \ \ \ Oimpeto popuilista do critico conserva- dor se aproxima da demagogia pnasce: mas de uma reivindlies- (hode“inelusio”, isto, da von- {ade de entender o que se pas- sa, € tampouce 0 critica esta disposto ou aparelhado para ex- plicar o que quer quo sea, kar tase simplesmente de experi _meatar 6d dianto dota festa para.a qual nin fames convida: tos. Citco © artista “so riem’, diz Lobato: ‘outro mada dadizac que se enterdem,on que desfrutam de algo qve mio sabemos hem 0 que 6. A simples raiva diante disso posteria Jevar vontade de arombaras pertase tentar entrar forea no sallo onde se desenrala a festa, Mas nfo é de raiva, mas sim de ressen- limento o que se trata. Passamnos aodiara fos ta, no quem deisen de nos convidar Me calnemaeee sim, sem dtivida, que 0 fascismo estimulou, | Se eee plas” (wilkisch, dizi os lemées)e “sau- | Eiareanasamueamn | | O contexto Mario da Silva Brito, em sua Historia do Modernismo Brasileiro, refere-se a0 dias que antocedorans a publicagio do anti- Lolito como tipicas da nins da tompestade". f de es- pocial iniocossn para 0 joraista cultural compara as noliins que iam aparecendo sabro 2 oxposigho Mallat eo texto polé 1mico de Lobate. Notas ereportagens carac= torizavam-se pela modest tentaliva deen tender 0 que se passava, e por uma impressionada, provinciana timidez. Bis 0 comentério de Comeio Paulistano publica 0 em 14 de dezombro de 1917, dois dias «lepois da abertara da exposica, Aexposigio da sonhorito olf, tote ale do ‘nto moderne, apresonta win apecto original te bieares, desde disposi dos quatro aos Imotios trtaios om ada uz doles Denmapidavista no cataloge,o visite pode nti se fgo de ata qu sal obser Tropical e Sinfoma colori, sao nomes que ‘gualguoe pintor daria e260 wine pasagem, Fens an fg, como to be o esa vk. ‘Ho impresionista de ator, Essenciaimente moderna, «ate da seahocta Malfatti s distancia eonsidorovelmants das Imétodos clisices. A figura ressalta, do undo tioquaia, comosenosapresantas ci cada waco, quaseviolrto, una aresta do cantor do retrtado. A passagem ¢ leno, Huiad, Gudse sompre tocada de una tue craa, Ineritana, que pe em selv9 as paredes Yas, nt embarithomenio devilassrtanefos, conden minudencia se aesta pans a ais forte Impress do comiuto. Asim 60 grave, a aguaroo, a eereatur, 0 dosenho cdo une tego ano wrdpid, como se ants tess rceio gue a deta prj ‘ions a omapan, {ola de ante que se fee ctuabnente noe mais adianiotos melas de eutira* Som se constitu em apalogia da pinta 1a de Malfatti ~ notaso a reagio de esta \ | | 2 Sa it, Hikira de Medora Bras. Antecedents da Semana de Are Modeme, p20. Hada am Maria Rossetti diatista, Anita Malfatti na tempa ena eapaga, p72 : \ \ \ Imheza ede desacordo por pate do jornalie ta—essa matéra enfrentaa trol da descro- vor um pouco 08 quadros dé exposii, © mesmo de procuray, por tris da estraheza experiment, as intonghs da atora (a riuducia se alata param mate forte ia prosso do coajunte”, por exemple) Aatitude esse texto écertamente pele- rivel manifestada porLebsta. Nao moral 2zomos, entrtanto, em toma do “eta” eda “etrado” nossas quost6s. A pruuiéneia do Corteio Pastistano pode so vista cama ai- de sensbilidalo do exteos mas 6 tan byém futo de um ambiente social bastante cand, a menos em dois aspectos, ‘Numa cidade de 500 mil habitantes, em ‘que cram inexistentes as galorias (ama apo nas, @ de De Bellido © Companhia, dato do 1917 a 1919) ¢ que coniava com apenas ‘um museu (a Pinacoteea do Estado, aberta com 1905}, eortamente a noticia de ume mostra de pure, pors 6, tendiaa ser vsta cam bons olhos. © fato de ser uaa mostra de arte moderna, como destaca 0 Cora Poulistaro ‘aarto quose fazctualmente nos tmais adiantados moios de enltora), tem também uma conotagao positiva, indepen dentemonte até do julgamento que se fga a seu respeito. Sinais de “adiantauento” « ‘odemidavt eram, antes de tudo tester anho docrescimento de Sto Paulo gat de prestigo para quam os sprovasse. Vale Jeabzar quo varias obras de Anita Malfatti foram compradas nos primetzos dias da mostra. O impacto da modernidade que mpresontavom simplesmentengo fora pencebido, $é depois do artigo de Lobato escindale se con‘igurou, passande da tiea para o publico ~ compradons enti dovolveram as quadros 8 pintora* { | 45 \ Nesse ponto, podemos sugerir que, paradoxalmente, o texto de Monteiro Lobeto nao deixa de ser um texto “mo- derno”, apesar de seu aatimocernismo, Pare um pablico v uma imprensa ainda acostumadlos aos padrGes de eultura como ‘ornamento da sociedade, como atividada algo inécun e destinada a suavizar os cou- tarnos do cotidiano, talvez nao houvesse sequer como percebera ruptara que omo- ecnismo, om sous momentos mais ex- prossivos, visavae concretizar, Estrana- vam-so aquolos quadres, por certo = mas cera “a que se fazia nos meios mais adiai- lados de cultura”, como dizia © Correio Pautlistano. 0 grito de alarmo de Montel Lobato. embora hestil passava recibo da quilo que inal oa nfo de parte da pintora) havia de provocacso, de contes- Tago desse papel ornamental da arte na vida social. Intitular um quadro de “A Mu her de Cabelos Verdes” era justamente chamar a alengao para a distancia que so queria tomar ca pintuza tradicional. No- tando isso ~ o afastande-se do bom-om ila impronsa paulistana — Lobate estave, livia, integrando o “sistema modes e podomos dizer assim, de ruplu ra/reacao escandalizada/lenta aceilagio que marcava, desde meados du s6eulo 19, a cultura européia, Lim erro de julgamen- to, ainda que tio comprometedar e rade como « de Lobuto, 6 ainda assim melaor do quo nenhum julgemente, (f Chiarelli, op. et. p18, O ator etota a fxr de (que cambionisartitieo/em S90 Paula nao erat suf Lente quanta protenden os adeplos do madersao, ge saturalmontFalarfeam exposicao Salta « w Serna (lo. 22 como oxaats fendodans de nosea vida euler Thidam:p. 5 Referéncias bibliograficas BATISTA, Marta Rossetti, Anita Malfatti no tempo e no espaco. Sio Pail: IBM Brasil, 1985. BENJAMIN, Waltos. "Paris do Segundo tmpério”. In: Obras escolhidas HI ~ Charles Baudelaire: tum Iirica no auge do capitalism, Sho Paulo: Brasiliense, 1989, CHIARELLL, Taceu. Um jeca nos vernissages. Sao Panlo: Edusp, 1995. GOTTLIEB, Sidney (ong). Hitehcock por Hitchcock. Rio: Imago, 1998 MONTEIRO LOBATO, |B. de. feéias de Joca Tatu, Si0 Paulo: Brasiliense, 1946 MORETTO, Fulvia M1 (ong Caminhas do decadentisma francés. Sao Paulo Fdusp/Perspectiva, 1988, NEVES, Jodo Alves das. ong.) Carlitos. Sao Paulo: frs, sd PATIN, Sylvie. Impression... impressionisme. Paris: Gallimard, 1998, SHAW, George Berard, “Uma visdo degenerada de Nord”. Piza Idéias. Sao Paulo: Companhia das Lovas, 1996 SILVA BRITO, Mario, Historia do modeznismo brasileiro. Antecedentes da Semana de Arto Moderma. 4 odigo, Rio: Civilizagdo Brasileira, 197 Daniel (org). 0 Teatro dae 46

You might also like