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Procedimentos alegéricos: apropriagao e montagem na arte contemporanea Benjamin H. D. Buchioh "A montagem & um procedimento 00 qual se aplicam todos os procedimentos ‘alegéricos: opropriagde e subtraedo do sentido, fragmentasao e justoposicéo diolético dos frogmentos, separasco do significance e significado". Com bose na ‘concepciio de olegoria desenvalvida por Wolter Benjamin, em seu texto sobre Baudelaire, Benjamin Buchlon analiso as estratégias olegéricas e de montagem da ‘rte contempordinea e suas relacdes com os insitulgdes de arte, a cultura de massa @ 0 tistema de produsdo capitalista em que estd inserido, a or ee Cee cacnene cr See ee intrinsecamente alegérica:"alar nas entreiahas" cl .gem/montagern compreenderam que, ‘em resposta a proibigo de expressarse €m sobre a priticasignficante, poética ou publica, George Grosz pictérica, realizavam operagdes que incluiam Soo ent oa nn eto Gee Pe esa provera: imensas possiligade: nem 3 atividades de propaganda, mais explicit e Soot ees ontrevess por promo, aris Que ‘SSuurdave aquta reve invengée Sobre am evident, por exemplo, nas recondagbes. de pedoo cota ctvomer una corge 1931, de Raoul Hausman, sobre 2 evlucdo ‘eanunces piers de és pars dos poeras endios datas ras polbmeas bun decoders go mania pve _—paltas do grupo Dada de Bern ‘tun de Samo oe urate do tn. So ‘efoto recortacas de uo revista fstade, ‘No comente de anions. pass ree nage, 0 {Glononagum 20 posse! de to moos ‘Snecemar com prs. one Duramentefnatin os dada era lplesram 7 mesees pepo 9 roprseacto Dlsrat Ne mie exept, fram 0 Dries 3 crit» parti de olmentos De forma exremamante condensads, George Grose. mapela 0 tereno da rmontagem, assim como seus moos legietos de confiscacio. de superposcso emus ria @ par 6 alomanioe ‘de fregmentagSo. Ele desceve os materials ftir ateapaaab ree (itzados e augere a Galetea daeztéics ca fer ranpor una inagers espe vou ¢ rmontagem: ide uma cortempicio gntvamente nov, de um peri de £205 rmeditatva da reifeagso 3 manipulagto de piano quras a de rela sblam lum paderoso nstrumento de propegands ‘uw sou metodo inks ur pou iniseco de agtagio de massa. Historcarente {ie poparonse que ave eonterporanes ‘poderamor vero materiaaado, por razor de sno eet et fxempio,na oposgio existe entre o 1 ecesiia crag Jo monn oo reogtnun of rov-ennouscno cu AEs wun tak «unas « 200g (© poten diico da denice de rmontagem, 20 Qual Hausmann 3 refers, Creo ava realizar histérica ne Contrada exempifeads, por um lado, pe Crescenta esotinagao einteriorizasio pricligiea ens ténics de colagem & Frontage no surrealism (com su {ubseqvente exploragio na publeidade & no produto de propaganda) ¢, por outro. no Gesenvohimento histérico smutinen das priticas rvolucionéras de montagern © of Drop ma obra de El Lssizigy Alerander Roccheric © Hearted « na desaparedmento ‘quae total desaspritias de sua fungio Socal e publica, exceto pela ivesigncBes isolacas da vanguarda contempordnea Paralelamente & erergtncia dessasténicas a Iteratura no cinema e ras artes visas, testemunhamos 0 deservolvenento de uma teosa ds montagem por meio dos escritos de nurmerosos altores, desse o ral da ‘década de 1910: Serge Esenstein. Lev Kulechov e Serge Tetiao, na Unio Sovitea Bertolt Brecht Heartfield Walter Berjamin. a2 Republica de Weimar: e, ais tarde, Louis Aragon, na Franca Entre ees, ‘Water Benjamin. em seus chimas textos ue nos fomece ua teoria relevant, seitamente relacionada a suas teoris Sobre os procedmentos alegricas na arte moderna, se quiermos chegor 2 ura liara Adequada da impartincia de certos specter da montagem contemporinea, de Sous madeloe histérics « do signified de sua sranformacio na arte contemporinea, Em sua andlze sobre as condgBeshistricas aque devarnoriger 8 prices slg6ricas na Ieratura europdia barroca, Benjamin sugere {que a emantacia ri do Barroco ~ sua frientagio secular conduz & perda do Sertide de antecipagio ede utopia ¢o ‘tempo hisérico, €logar 2 uma ‘experiencia de tempo estitca e quase ‘oncebivel em termos de espaco.O desejo de agi © produzi ea ela de ura pati politica recuam para ums attude, geralmente ‘ominacte, de contempagso malanedica, “Tacoma a percepsto gerald natura pereciel do mundo durante © Barroco, percebe-se a ilidegdo do mundo dos 180 cbjetos materi com sua transformacio. fem mereadoria uma transformagdo que se praguals com a intoducio generaleada do redo de producto capitate ‘esvalriacdo dos 20s, sua dvsto em valor de uso @ var de roca, assim come © fato de que eles, ne fa fonconam txclusvamente como produtores de valor Ge toca, feta de maneiraprofunds a fexpentinea do individu Em sous times textos, particlarmente em Frogmertos, sobre Cadelae, Benjamin esenvoleu uma tora da alegora © db ‘ontagem baseada na noyto marxista do feticismo e 6s mevcadora, Nese estudo, Benjamin escrevev um capi intl A rmercadoria como abeto poatico e, em um Gor fragmentos, hi uma descricio quase programsica ds esta da {olagemimontagert:"A depreciagto dos ‘objetos em algoria & superada pel Imereadorla no proprio mundo dos objtos (Go) Os emblemasretoram como ‘ereadorias*. Napoca em que este texte {ol exert, a percepgao das mercadorias como emblems jestava presente nos reody.mades Ge Duchamp © am grande parte de obra de colagem de Schwitters em fu 2 linguagem ea imagem, colocadas 2 Straigo da mercadora pel publica, fram aegorinadas pels téercas de montages de jstepcsicso © de fragmentacso Ge ignifcames dosaorzados® ‘A mente alegrica se pe & parte do objeto fe protesta contra wa reducio 20 estado de trereedoria, desvaorzando-e uma segunda ‘er por uma pica alegéica, Na separaco o sipncantee d> significado, oalegorsta fubmere 0 signe a mesma dvsio de fncoes 4 cue fo! wbmatida © objeto dora su traneormacio em mercadoria. Repetiro ato orignal de depreciagio © arbuir a0 objeto ur sentido novo © redmem, No elerento gréfico da escrit, no fuel a linguagem é smultaneamente incorporaéa em uma configuagso espadal, Oo alegorsta descebre o ugar essencial de ‘eu procecimente: 0 poeta dadsstapriva as Daler as slabs © of Sons de todas 3 fangBese referEnas semanas ‘eadiiomais até tornétos visuals © concretas Seu complemento daléico 6 a dimensio ‘onda da linguagem lberada no poem sonora dada, no qual a expresso ‘enconta Berta da imagem especizada do Tnguagem ¢ do sentido mmposto pelo costume. montagem & um prozedmento 30 qua se apicam 10008 05 principio epéricos apropsiaco e subracbo do Send, fagmentacio «justaposcto Galties dos Fragmentos, separacio 60 sigifcante © do sigficado.De lo, es observa, eraida de Frogmersos de Benjamin. sabre Baudelaire descreve com ‘ealidie 0: procacientos da ‘montagemicolagers A mente aegis snelone ritrariamente (ovate dsordenado mater que seu oacinente fo ofrece Et concordor time pore com outa, para verse os pach combina ao Fer enti com esa ager fu sea image com ose vert. ‘Gresatago nunca preisel gun 80 Ne Imecogsa organi ent 05 dos | teora da montagem de Benjanin deine, tenfm, uma ees stérica da parcepeio. © ino ea vanguarda moderna carci com texse momento crucl da stra no qua fob o mnpacto da crescent partiipasao ds ‘mavats na pracugio coletivs, 0 modalas Iradicionais, que contrbuiram pira {ormagio do cariter do indvidvo burgus, fram reetndos em favor de rodelos que econhaciam 0 ftos soca de ura stuagio fitérica na qual 0 sentido de igunace ce hia intenieado a tal ponto, que exea gual poder ser wdqurida até ‘asin partir de Um dro, gars 205 ‘eios de reproduc Esta mudanca de percepcio negua toda qualcszio particular dewmantelava. por mpicacio,o 2stema de Crdem herdrquca da extutura do eater burués Essa trarsfermario da piclogia Indi doe grandes esruluras soca se nunelava not nova tecnicase estatépas ca frontage, na qual uma nova tngblidade ttabelecia uma nova Sologa da percepeio. ‘A transormacio da mercadoia em fernblema ~ endmene que Benim ‘observa na poeta de Baudet ~ realzase por completo nos readpmodes de Buchamp. nos quai a dedaralo intenconal de um objeto inaterado come sigicatioa © fo ato de sua apropriacdoalegorzevan = ‘iagio, assocando-2 2 um objeto anérimma produnido em série, Com os readymades da Duchamp parece que a tradicional eparagfo do process pictérico ou fexcultrico em procedimantose rrateras (construc, signicante visual € Slenfcado nao tem mals lugar ou, ants. os {res se funder no gesto aegérica de apcopriago do abjeto @ de nezngto da ‘onmtrugio real do signe. Aa mesmo tempo, tes Enfate 90 signiicante manutatrado € ‘8 thuda ecténea revelam os fatores ‘cults que determinam o trabalho @ 2s Ccondiges 0b as quas ee & percbido Exar conde incluem desde 05 modos de sprecentacio e 2 estruuraisttucionl 3s ConvengSes de aibugto de sentido no Interior da prepa arte.A observaczo recente de Yve-Alen Bois sobre a pntura ‘de Robert Ryman, parece apenas ena meia- ‘verdad se aplicada& obra de Duchamp: (9 nmacte de process iataura ue ‘Siado prima um reorente oslo ndementa que Bogue cada nero? Devernos evacar LH0.00, de Duchamp, 1919, qutermos abordar ours dimension das operagies dadastas de montage: 6 principio de apropriacio. Ao se apropriar de ti kone da sora cultural reproduido fr maze, 2 one liso, de Leonardo da Vine Duchamp submeteu 3 imagem Impressa 203 procedmentos essencamente segéricos de confscagzoe a iscreveu em tom coniguragia textual que existe como texto apenas em sua performance fondtica,A imagem mecinicaments reproduzds do ‘obra, cutrora tiga e aura, opera come ‘0 complemente ideoligico de mercadaria Imancfatrada que o ready-made enguadre fem seu exquemsalegsrco. Coma se sie, a parr da metade dos anos 50 e durante o desenvolvimento da pep cr. 235 Imagens de prodvtos comercas © de objetos de consumo se justapunhar ov ‘oma cam reprodugaes de cones da ‘altura erudita na obra de Robert Rauschenberg Andy Warhol Roy Ye seviers 00 rrocnana a roscnsouache eu aRyts vinUAKS f04 = ¥InH = Lehtonen, © redjmade iwertido de Duchamp, Rembrandt comme plenche 8 repaser 1919, ue propunha 3 tranvformacio de um [cone cultural eal em cbjeto wir, nfo teve grande Fepercussio, uma vez que tanspuna os limites iconeclatas clkoraimente acetiveis, ‘és anos 20,0 deseo pelo valor de uso fn arte no retornara& superficie, certamente porque esta encoberto sob © salor de trota pitsca Em 1953, Rauschenberg obteve um deseno ‘de Wilern de Kooning depois de informs lo sobre sun intenci de apapiio e comvertélo em tema de um tabaho pestoal.Apés 0 cidadoso exercio de papi, devando verges Ge lpis © impressfo vise ds lnhas desenhadas como pistas para o reconhecimento vs © sesenho {oi calocado em uma moldura ‘dourads, Uma placa de metal gravada,feada | moda, identifica 0 desenbo como um trabalho de Rabert Rauschenberg intitulsdo Erased de Kooning Drowinge datado de 1983, No auge do iciowa do texprestionieme abstrato e de seu dominio no mundo da ate, ese to pode ter sido ‘consderado pelo artsta ais avancado da ova geragio ums sublenada agressio Darieda, mas, no presente, parece ter sido {un dos primeinos exemplos de alegoragio ‘a arte da pos Escola de Nova Yor, Podemos reconhecto como ta em sus procedmentos de apropriagio. de ‘depreiagso da imagem coniscaca, de superposiio ou dupcacio de um texto ‘sual por um segundo testo e de Feorertagio da atencdo © da letra para © {apostive de enquadramento.A proprio de Rauschenberg confronta dois Paracas do desenho: aquela das lnhas Senotatvas de De Kooning e aquele das fungbesindiciais do apagameato. O procedmento de producto (gest). 3 ‘presto; 0 sana (represenasio) pafecem ter adeurdo congrtnia materia semintics Enuarta os dads sensei fest oculos ou foram remawror da Soperfcte wadiclordl do exposito. 0 geste de apagar desis 0 foro de atercao pare proceso histérica sprapriado. 1m ‘Um segundo exemplo,igualmente aotivel a Fog, de jasper Jahr, 1955, nko apenas rmarcoy 0 ino da recepeio de Duchamp na are american, ¢ partanto 0 comeso dt pop art conn inirelii, para sermes mais recisos, un métoce pictérico até entdo ‘esconhecido pela Escola de Nova Yorks 3 spropriagia de um objetalimagen cujos ‘ipecton de extutera, cor € compasions terminaram as escolhas do pintor durante st execucio do quatro A rigid estrutura icdniea ata como um gabarte ov un ‘iporitvo de enquadrarmente que agrupa ‘dot dcarsoe apirerte e mutuamente feclugertes ~ grande arte e cultura de massa ~ mesmo que, paradovalmerte, 2 jung revel ands mais 0 hiato entre elas. Nos read modes ce Duchamp, a etcoiha do ‘objeto cotilano permanece aeasria & arbitra, Poceramos quaseafemar que,do nese modo que oF readyeades © brat da pop a anericana. que dees deriva, se drier & cultura de massa © 5 imagene reproduaias mecericamente como Condes abetratas univers, esas obras fatham em expictar ax condigbesespectizas {seu proprio enquadramerto e de sua Feifcagao come arte no intarior da fstruture inten do museu, de "eologia do modernism ed forma de istibigio da mecadoria. [A partir de meades dos nos 50,05 mados ‘de apropragia bam equllrados © rmoderados, es ber-sucedida sintese de racicalemo © comencionasmo relatvos {elmitam a posigio da pop art americana Esse programa sempre se caactrizou por ‘aa reconciiage liberal eum dominio fear do confito etre priia indivi produgio coletha, entre as magens da curs apulr produsdas em sria eo feane de Indiiduegao que cada pintsra consti ‘Agu reside fonts do sucesso da pop ort & fo zegredo aris do tual resgate da pinta fe de sua coneagrateinsttucenalizacio sob (08 auspicos do lead da pop ort redescoberto ¢ reefrido. Se os lemos em ‘contrarte com o momento histérico| ‘ominado pela extica e pela ideologla do ‘epressontmo abetrat, nto 0 Facum fe 1 Face i, ce Ravichenberg ambos de 1957, como a primeira Flog. de ohas, podem pasar por escandaiosss Fepresentacaes de rider por cenegar a validace da exprestio individual ea autora cative Sto, entretanto,esruturs de \ecado equilbri, depurando uma defrigio _estual e justpando 6 ofl invidualado o patra um automatism, primeira vista anbnimo, quando compara 1 radical cruezaepisteralégia e ao mmpacto aparertemente inesgotével do Pidmensona te inaerade ready-mace, Seria. uma das maiores ionias da histrin s. depois de tudo, percebéssemos que no formalsmo conservador de Clement Greenberg estvesse contd uin momento ‘de verdad racical Greenberg sbstovese de reconhacero impacto a obra Je Duchamp as obras dos artistas pop peo mesmo motivo ~ porque tes flav, segundo 548 Percepgto, a suto-eferénciaespectica que permita a arte purcarse © auto-avalarse fem todas az condiges do su reaizapSo © psi. Ae menos esa posturaempirico- fresno se preciptou na prematura isto {uma reconcilaggo imesiata de arte « ‘tora popular como estavaimplieto 02 Dobra dos sequidores de Duchanp.Apenas (as geragdes mais tarde, em meados dos anos 6D, emerge um canjnto ce obras que, levando em conta at estratgis d3 nial € da op. ireegra também as raifcagbes hsténete do made'o do reedynade © 35 conseqdéncias de uma andve ato- rferencl da prépri constugio pica, ‘Com estat obras, vemos asses “oriitos sleangarem um novo evel de sgrieaczo histories. Nas obras de MichaelAsher Marcel Broodthaers, Darel Sure, an Graham, Hans Haacke © Laurerce Weiner percebemos tanto 0 iiio de uma revisso 1 context que define 0 signe da imagem ‘quanta uma andle dos princpos ce ‘estruturagdo do prépro sgn. Um trabalho como Hames fordmenic®, 1966, de Dan Graham. cancetico come um artigo de revita de ate, tornase agora {otaimente interpretive como um dos pemeirs evemplos de descomiro Slegéria em que o mado de dstrbuto,« rmateriaidade o hgh ce exsncla a ‘obra determina sya estrutura, deste seu inci, Homes for Americ enfocava 0 sistema Conterporinao de informacio esti, pga impress dh evista ea reproduto Fotogriea, como uma espéce de "ead mace descartvel O trabalho inscrevi-se ho conterto htérico da ato-referéncia da scat minimalsta © sinultaneamente & fegiva 20 trocar o "eontesdo" da rjitture suburban pré-fabriced, ccancardiznds @ em série. or caminhos independentes, Geaham & ‘roodthaers perceberam as consegiéncias bistéricas de obra de Stéphane Malarmé ‘Or intressesingstcos serisuicos dos primeirs artistas conceitaisconcusirm a ‘oma redeseoberia das ivestiqaes de Matarmé sobre a espacialzagio de ‘dimensio temporal @ near da exerts © da letra, Em seu enstio The Book as Objex?, ‘escrito « publicada em 1967, Graham arasau 6 projeto de Mallarmé para ‘Le Livre’ de 1866, no qual 0 poets concebeu tum iro cua geomevia multidimensional implica uma completa restruturagto da letura © 2 excita na forma como a8 conheciamos desde aivenezo da leva impreaea Em 1969, Broodtheers pubscou sa préprie verso do poema de Malsmé Un coup ce dés jamais nabola le hasaré®, ‘que apicvaIterlmente todo 08 pincpios (e soropriagto © de montagem aegércas ‘Sefaidas por Berjain. Broodthaers ve aproprinia dos detahes representatives, do formato, do desenbo © de toagraia de coberture do poems de alarmé Un coup des és, tal como fo publeado peas Edtlons Galleard em 1914 fem Paris. nome de Mallarmé, cortudo, fo) Substtudo por Broodthaers. De maneira similar 2 Rauschenberg, ue apagou © Sesenho de De Kooning Broocthaers interveio sobre as confguracoes ds escrita do poema de Mallarmé: texto propriamente cto do poema foi sbstuido pele prefics orginal A dimenaio vies © ‘xpacal de configuacio do poema na gina foi mantis, mas despojada de sua 'nformagao semaiica © lic, AS madiicagbes tpograticas desapaeceram erm proveito das demareazées puramente sico-neares que correspendem ‘utamante & posi, 2 calocaczo, 20 taenarbo a0 peso © dregdo da eserita tipacialzads de Malaemé. Cama 0 bo de ‘roadthaers fo! presso sobre uma especie ‘de papel decloue meio transparent 35 piginas podiam ser sa" eegundo uma ‘ordem linear ¢ erizental tradicional ‘erganizada em um plano vertical como tambim sobre umn eixo de planes superportos ou, in, pelo verso A desconstugio alegévica de Broodthaers ‘a casaprisdo do. mocerism osaliava ‘ere sua lnguager insttucionaizads © seus ‘bjetcs tart fundou um museu ftir em Broelas em 1968, onde 0s cones do Modernismo eram mostrados sob 3 forma de cartSes-postas quanto apresentou ua instaarao am grande ascala Le see des ‘Ailes, em Disselrt, 1972, onde 260 lartelatos eram submeidos uma vez mals @ lum process de abstragio hist mediante 2 consruo de uma eo mca seaudia!* Em 1972, Daniel Buren witrou a sproptiagho para desir a atengdo 60 ‘spectador dos objetos exposts para 2 fesrutur subjacente que determina as condiges de sua apresemacio Em Exhibition of on Exon, su instaagz0 para a Documenta de Case? daquele no, Buren cic a segSes da expesgio prevamente defnicas (pura, escultra publcidade cartazes de propaganda, or bot tc) com elementos (tras brancas sobre papel branco) que serv para cemarear 3 ‘oldurainstuzionale,em um dos casos. pare constiuinse realmente em ure pits auténoma A colo mais espetacuie deve ‘quando, por coincides, a lag de johns, 1955, colocada sobre uma des paredes Sree demarcada, reveando a distincia Iistrica entre os dois trabalhose a espectcidade com 3 qual Buren haia superado 0 carter aleatrio a tenatva de Jone de fund gande tee eutra de asa Um dos primeirs trabulhos que realmente incorporoua enruia da mereaderia retarente 20s elementos de apresernagio {ota contrbuigo de Hans Haache, ort vivant american, para o festival de vero na Fondation Maeght en Sint Pa de Vence, Franca em 1970: Heackeatendeu a0 pedide dor organandares de contribu para um “erval de vanguaréa com fine n30 lucrativos,vineulanco sue particpaggo & ‘simld promocio de objetos vendéveis ra fundazdo ni lucrative. A performance de Haacke conssia na gravagzo de uma Mania recital de progas descr de gravras pertencentes & Galerie Maaghe a venda na Hvar da Fungo A gravacao era interrempida apenas por andncias de bgtocia de notcas Ido 20 telefone da redario do jornal Nee Matin. Parece que sé mesma o medo do rotesto do pdblico slssuadiy corganizadores de ‘excuir o trabalho fe Haacke, A histria dae tersativas,por parte as autoridedes de smuseus e dos lorganizadores de ‘exposigies, de ‘esforgos de Haacke para reintroduair flementor recaleados da ssc secoomums UN COUP DE DES JAMAIS NABOURA TE HASARD produgio cultural tanto na face ofcial coma ‘no funcionamenta cas instsiées, ‘demonstra a avtencdade das quaidades alegsricas da arte ds Haack, Ein um certo ‘mero de wabslas, Haacke decidis fescrever a histria dart’ como a “hiséra da mercadora’, nctadamene na ‘cronologia dos progrietirios de Une botte qualquer comeuda como se as esrtdpas de tognertacso rapt cenlemporines st howesem rebsirads ao lel de moti domestica O fue autora na obra de Antoni Gauche Smon Reda. (am fice ds paripgso coletia na vid coins ds oormdoe © porados «que pot conic ents comin algae ae ere constr e026 tke como na pntra de Schrabel, a qunguihaas em quieres cetinadoe a un lena cue ose lta sos ineadores de erat Por out fda, 0 trabahos contemporineos de Ashar Birnbaum, Levine «Roser empregim métodos de apropriagio e montagem de forma concludente © expla, som estetii-los em tum conceito historicista que atuara como lm disfrce aurtico da mercedoria, Podemos encontrar extratéis ¢ procedimentos de ctacdestextuais © de Spropragio na pintura contempornes, mas 2 propria icssnerasa da pinturaJé supe uma experiénca cearge Gio. or Hie Re De nt ‘tin Cana Dumont, 963 Fac nn ‘2 Deun dae Fistor Pan inclement Hrs ihe a ‘irs Fone 198. * od Hise Fotontne AZ. 0 Co, Soo 03 fps em ae ina legs de evan oer anrpoceen 5 ‘ale Baran Zane Gramma Sen, Net 2 Feet crm 1960 om paras ge Can nus ems una ae ‘ac lire -vacro oe Re Redes She fo ou Carts Harte roe Se (hub cater shee 198.80) “A wpa do pa ae ce ua poste extant Bain it ine nt eran Lie Gang acres een wht Senor c rca ra se ‘coset a conor sora [Sagar nase goo 0 nea ‘etbno ve reoaan emacs ade ‘ena mp mes ae ‘fou Silent ew co or ‘poco merce rat Goad Minar uc nares meverce tea Yanrma cag tart Se taza se erp atms rro eee csi ema trot ‘Gs Cnn Conts a Pr, wheat seseensongmcs ere ‘Nec am ere event protesmens seg agente 2 Seneca an eam acopetnn pores ds prcece Fc ndamenas 291 fest rade de ven Oo se hymen trian Reb Pan Vaso ce Royde Gavin ins 16) et ga edres frqutetr Ro der POC SEigeie now ora Dyn Gra The Book bea nA Mya “nr etry Wasi Spc ar 90 agli, Dar Adv Orin bi "onal ven tn de gran ‘ina on concent Be, Baekceaee 197 fh se ie Frome Hasta ark, Non a Clee of Terra gt pen tur meray re ‘rats Eee De Romer cone Pad Here ater 1988 om Teor ‘aa Meare 182), "te eage d xponsto rian Dara oat Eales Aron SC Sara oe Site Sec cade ede eco nee Aer ‘nc oh obs Rca rn "neg rg ond ede a, "Gas csr BPE "Aes cro acs temo rons [Seugewonogen cor tos: ong isccTa Pate Connor Suse, [Steuer stone {omen he ‘Cpe se agg od ter ee ss recht rn CN) Sheri Ln. cro nin lo pub sam ‘Sey spraaradeene 0 "Wer arene Agee ows Far ean scene Wier Beran The ahr Protech "foes Retr ono Ur Pe IrefenpemOmtrovoeue® (tne Cocaine Sige fo oes ie Pruners Seabee 138), 2 uta Ro Take rks His Now Sc "cies cert an Dun Pes 1981 > aa Rrra Hah Gevec Meme, ‘outa 8h Den Gan eo Areca, New “umn ent Colo rand Deg Fes NewYork Ut rm 97 "rae do om pater sales opi mecca eae ovo pao ano eo tanoecees + tensamin wo eeewton 197

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