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\oandeus 7 ‘Terga-feira, 21 de Junho de 2016 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.510,00 Toa & CarspOndea, quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio dda Repibliew, deve ser diisida & Imprensa [Nacional - EP, an Luanda, Rua Hearkue de Ccarsao m° 2, Cidade Ak, Caixa Postal 1306, teleg Asteée ten AL! sere wowimprensanscional govao - Ed AD eee ngs, AR sae IMPRENSA NACIONAL—E.P. Rua Henrique de Carvalho n° 2 e-mail: imprensanacional @imprensanacional.gov.a0 Caixa Postal N° 1306 CIRCULAR Encontrando-se neste momento og Departamentos ‘Ministeriais,Istitutos Piblicos ¢ demais Unidades Orgamentais ‘8 preparar as propostas para 6 OGE/2017, para efeitos de cabi- mentagio orgamental para esse exereicio; ‘Vein a Imprensa Nacional EP, recomendar a todos os Departamentos Ministeriais, Orgios ¢ denmais entidades que publicam emTe I Série, anevessidade de inserigao atempada do custo anual deste servigo no orgamento e cabimentago para 2017, por forma a que seja asscaurada a quota financeira adequada a0 pagamento da subscrigao do Servigo Jurisnet, cumprindo-se destemodo o estipulado na Lein® 7/14 publ cadanal Série do Diario ca Repiiblican’ 98, de 26 de Maio, que obriga os orgéos e entidades que publicam actos lexstati- vos e normativos a subserever aquela Plataforma Informatien de pesquisa e lesislagio mngolana, A subscrigio do Heb Service — Jurisnet, propriedade da Imprensa Nacional, é destinada a todas as Entidades Piblicas € Privadas, ¢ obedece a um niimero minimo de 50 Acessos/ Utilizadores, com 0 valor anual de AKz: 2.100.000,00 (cquivalente a AKz: 3.500,00/més/utilizador) englobando a disponibilizagao (online) actualizada diariamente, de todos 0s Didrios da Repiiblica da I, e III Séries, para além das funcionalidades de pesquisa milo VI A113 Os egos eentindes que pba os egisatvs ou ‘absctea Fife nfm Je equi «cvs de apo de ges Nosiode fom asc um cer men across deere ese NATURA ‘pres de cada Tt pb ica nos Dios (ha Republica L* © 2° eeie€ de Ke: 75.00 e para 132 sate Kz: 95.00, screcido do rexpectivo Ano Ke: 611 79850 e361 27000 Ke 18915000 Kz. 150111.00 Imposto do selo, dependendo a publicagao da | edie de dep ésitoprévioa efectuarnatesouraria a cena Nacional “EP. SUMARIO Ministério do Inter Decrsto Executive n* 272/16: “Aprova as Nona de Execuyto Permasente do Servigo Panitencito Revo tos a disposigbes que emtarian o presente Decreto Bective Ministério da Economia e Governo Provincial de Luanda Despacho Conjunto n.°24816: (hia # Camitto de Gesto, encrreaue de geri a Hinpresa de Limpera ‘Sieateto de Lusnda, El, EP, coordeuads por Manuel Nite ‘caaya Ministério da Agricultura Despacho n* 24616 Teevnta a pribigao do movimento de sninais bimguladoe (ovinns, ‘aprines, ovis, sunes, fal, antlope, et) e seus produtes€ sbprodutor, om excepto do Municipio do Cuma, Provincia do val Co, na Repblicn de Angola e da rain do Zanbeze (Copeii).na Repu da Namibia Ministério do Comércio Despacho n° 24716 ‘Cin Grupo de Tbalhoparaprocelero Cadaramento eLicecinnents| “de Entranges, we lado os egal, que descavolve Actividades CComerciais ede Presta de Servigos Mescanis relevantes para a Bcencmin Nacional» fn de tomar contribs Fens, om ‘Actividades Conrolada pelo Fata, cootdenado por Isabel Mara [Rodrigues da Costs Amo, Diectea do Gabinete Judi, Despacho m* 24816 (Chia uma Comissio de AvaliagSo, que tert como tela avaia 08 dete Minis MINISTERIO DO INTERIOR Decreto Executive n° 272/16 4 21 de Junho 0 pessoal do Servigo Penitenciario deve exercer as suas actividades em cumprimento das normas metodoldgicas & disciplinares previamente estabelecidas, 2382 DIARIO DA REPUBLICA ‘Tendo em conta a necessidade de se estabelecerem normas, orientadoras da actividade diaria dos especialistas peniten- ciirios na execu das tarefas que Ihes S80 atribuidas com efciéncia e eficacia, Em conformidade com os poderes pelo Presidente da Repiiblica, nos termos do artigo 137° da Constituigao da Repitiblica de Angola, ¢ de acordo com o n° 1 do artigo 8° do Estatuto Orzénico do Ministero do Interior, aprovado pelo Decreto Presidencial n° 209/14, de 18 de Agosto, determino: ARTIGO 1 (Aprovagao) Sto aprovadas as Normas de Execueao Permanente do Servigo Penitenciatio, anexas a0 presente Decreto Executivo, que dele sao parte integrante. artigo 2* Revosag0) ‘to revogndlas todas as disposigdes que contrariem o pre- sente Decreto Executivo. aRTIG03* (@éntdas « ass0e) As diividas ¢ omissdes tesullantes da interpretagao e apli- cagio do presente Decreto Executivo so resolvidas pelo Ministro do Interior ARTIGO 4 (Entrada em vio) O presente Decreto Executive entra em vigor na data da sua publicagio, Publique-se. Luanda, aos 30 de Margo de 2016. 0 Ministro, Angelo de Barros Veiga Tavares. NORMAS DE EXECUCAO PERMANENTE DO SISTEMA PENITENCIARIO- TITULOT ‘Normas de Execucao Permanente do Sistema Penitencisrio CAPITULO Disposigdes Gerais, aReIGO 1 (Objecto) presente Diploma, doravante dencminado por NEP, estabclece as bases gerais de execugao das medidas operati- vas ¢ procedimentes do Sistema Penitencitio, ageigo2* mbit 1.0 presente Diploma contém as disposigdes legais que regulam as actividades, categorias e situagGes juriico-peni- tenciarias estabelecidas no artigo anterior, conjugadas como previstona Lei Penitencitia, Regulamento da Lei Peitencistia, ‘no Reatlamento para Orsenizagtio do Trabalho Prisional, no Regulamento da Organizacio ¢ Funcionamento dos Grupos Militarizados do Efectivo do Servigo Penitencisrio e no Regulamento do Tratamento do Rechuso de Dificil Correcga0 aplicados nos Estabelecimentos Peniteneiérios, garantindo @ ‘execucio das penas e medidas privativas de liberdade impos- tas aos cidladaos pelos Orzios Judicinis competentes € nas Instituigdes Penitenciarias em todo o tervtério Nacional As Normas de Execugao Permanente do Sistema Penitenciario aplicam-se as aeges de natureza penitencia- as seguintes 4) Seauranga Penitenciria, ) Controlo Penal Asistencia, Reablitagio e Reinsercdo Penitenciéria, ) Produgao Penitenciaria, &) Ordem Interna ARTIGO 3° (efinieso) 1, As Normas de Execugao Permanente do Sistema Penitencidrio constittem um conjunto de acgdes operativas «© administrativas de cardcter obrizatério a serem desenvol- vvidas no ambito da Assisténcia, Reabilitago, Reinsergio Social, Seguranga, Ordem Interna, Controlo Penal e Producio Penitenciaria 2. A exectgio do previsto no mimero antetior visa assegtt rar a mamutengao da ordem prisional, garantindo a protec¢a0 ‘de pessoas ¢ bens privados ¢ publicos, eraaizar e promover ‘6 controle fisico, documental, processual-penal, o trabalho Reabilitative no Estabelecimento Penitenciario ao recluso, assegurando a execusto das medidas a ele impostas pelo ‘Orgao Judicial competente. 3. Apresente NEP também €aplicada ao recluso colocado nos periodos do regime prisional de: 4) Prisio Preventiva; b) Tratamento Reabilitativo; ©) Liberdade Condicional e Indulto 4. 0 Director do Estabelecimento Penitenciério deve garan- tire ctiar condigses especificas para que quando seja violado umn direito ou beneficio penitenciério do recliso, nemenda- ‘mente licenga de sada prolongada, procedimentos de liberdade condicional, indulto, de nudanga do regime penitencidtio, formagto técnico-profissional, escolarizagao ¢ cutros cons tantes de deliberagoes legalmente constituidas, seja garantido ‘a sua impugnagao nos termos do. 1.0 intemamento é um acto por intermédio do qual a auto- ‘idade legalmente competente, mediante mandado de condugao devidamente assinado e autenticado, ordena o intemamento de um individuo num Bstabelecimento Penitenciério e con- tem os seguintes elementos de identifiengio: a) Nome completo; b) Filiagao;, ©) Wade: Data de nascimente; ¢) Natralidade; I SERIE -N¢ 101 ~ DE 21 DE JUNHO DE 2016 2383, FNacionalidade; 1) Estado civil; fi Profissa0; 8 Crimes J Nismeto do processo; b Entidade que ordena a prisao, 2. Osactos previstos no mimes anterior do presente artigo devem ser executados pelo Controlador Dia coadjuvade pelo Reabilitador Dia. axriao s (Stodaiades de itermamento) 1. O interamento no Estabelecimento Penitenciario 56 pode ocorrer nas seguintes condigGes: @) Com mandado de condugao devidamente assinado por um Juiz, Magistrado do Ministerio Piiblico das entidades tipificadas na Lei da Prisio Preven- tiva em instrugao preperatoria: ) Apresentasio voluntari, pando pese uma ordem de piso sobre o individuo; c) Transferéncia ordenada pelo Director Geral do Ser- vigo Penitenciéio; d) Em transito de um estabelecimento para outro, «) Por capturafeitapelasautoridades poicais compe- tentes on por qualquer ida em flagrant deli. 2. proibido o intemamento de menores de 16 anos de idade, sendo obrigado o Oficial Superior de Assisténcia foto- copiar o respectivo mandado de condugao € elevar ao Director do Estabelecimento Penitenciario que deve encaminhar a entidade que o assinou para 0 devido efeito, sem prejuizo do cumprimento das diliaéncias erdenadas pelo represen tante do Ministerio Piblico destacado no Estabelecimento Penitenciério ou do municipio em que se situa, para onde 0 caso deve tambén ser encaminhado. ARTIGO 6* (Formalidades a camprie na entrada deredusos + anotagSesposterires) 1. No acto de intemamento, o Director do Estabelecimento Penitencisrio deve garantir a existéncia do seguinte: a) Un livro de registo, onde o Especialista do Controlo Penal deve consignar pela ordem de entrada, 0 pronome e onome, verdadeios efilsos, as aleunha, © lugar do nascimento, idade, 0 estado civel € a profissio de cada rechuso, os nomes dos pais ce quaisquer outros dados que aproveitem a sua iddentificagao,o dia c hora de entrada, pessoa que © acompanhou, motivo da detengao ou prisao, a autoridade que as ordenou e aquela a disposigiio de quem fica b) Se o recluso for intemado para cumprimento da pena, procede-se de igual modlo ao reaisto, dura 20 € data em que termina, tarefa que cabe a0 Controlador Dia, ©) Nomesmo registo se deve indiear oportunamente a data em que orecluso for posto em liberdade e por tarde de quem, tomando-senota do seu destino, tarefa que incumbe a0 Especialista de Control Penal em servico. 2. Alem do registo a que se refere artigo anterior, 0 Controiador Dia deve preencher un boletinn biosrafico para cada rechiso onde deve constar: 44) Todos os dados necessérios para a sua identificag 0, entre eles, Fotografias, indicagies antropométricas € dactilosespicas; b) As informagées resultantes do processo oat colhi« das por outra forma acerca da conduta anterior & pristo, ambiente familiar € vida escolar, profis- sional e social; ©) Oniimero eespécie das condenagoes que tiver sofrido © as penas que cumpriv; ‘A condutannos Estabelecimentos Penitencisrios onde esteve intemado anteriormente e o resultado das observagaes ai feitas, €) 0 resultado das observagoes medicas, antropolo- sivas e psicoldgicas feitas ao recluso durante © intemamento actual eas indicagSes dadas para 0 seu trotamento; PAs aptides do recluso para o trabalho e qual the deve ser distribuido, 2) 05 castigos, louvores, tots as rmudangas de ocor- réncia que tiver, arazo delas e os demas Factos dda sua vida penitenciéria que possam ter interesse; Wy O conceito que o Director formar do reeluso pelo estudo que dele fizer e pelas informages do pes- soal que com ele convive, bem como consequente cvicntagao a dar ao sen tratamento, 3. No acto de internanento sem prejuizo do contetido do artigo anterior devem ser preenchidos pelo Controlador Dia ‘s seguintes documentos: @) Livre de reaisto; ) Uma capa eum boletim bioaréfico, ©) Uma ficha (Modelo 4) arquivada no Estabelecimento Penitencidrio¢ elaboragio de uma relagdo nominal pata remessa a Direegto Provincial do Servigo Penitencirio; d Noacto de intemamento os mandados de condusao devem ser averbados no verso € os duplicados devolvidos a0 Oficial de Dilizéncia; ©) As fotografias tiradas aos reclusos clever ser colo- cadas na parte superior esquerda da contracapa do processo: /)O rectuso intemado no Estabelecimento Penitencisrio deve ser resistado na base de dados, com todos os clementos de identificagio e sinais particulares, 2384 DIARIO DA REPUBLICA 8) 0 internamento do recluso deve ter lugar fora da presenga de outros, particulamente quando seja exigida a protecgtio da sua esfera intima; ‘hi Orecluso deve er informado das disposigses legais, ceregulamentares desianadameente as que definem ‘o regime do Estabelecimento Penitenciario; 1) Apés intemamento no Estabelecimento Peaitencis- rio, € garantido ao recluso o direito de informar familia on a quem legalmente o representa, ficando a comunicagao a0 cargo da Direcgao do Estabelecimento, quando aquele nto o poder fazer, J) Orecluso deve ser presente ao médico ou técnica de satide e submetido a exame, no prazo de setenta € duas horas, contado da data do intemmamento no Estabelccimento Penitenciatio, para diagnéstico de ddoengas, anomalia fisicas ou mentai, que obrigam. a tomada de providencias especinis ¢ imediatas. 4, Orechiso deve ser revistado obedecendo 0 estabelecido non.° 3 do aitigo 102° das presentes NEP. ARTIGO 7= (Mtandados) 1, Domandado de condugio devem constar os elementos: seauintes, sujeito a confirmagdo do Controlador Dia 4) Dados de identidade do recluso; ) O delito ox crime praticado, ©) Acentidade judicial que ordena @ Data de intemamento. 2. 0 Oficial Superior de Assistencia deve fisealizar a actividade prevista no nimero anterior ¢ tomar as medi- das de comeccao que se impoem € elevar ao Director do Estabelecimento Penitencidrio para os efeitos pertinentes. AKIIGO 8° (Etementos dor de resist) ‘No Estabelecimento Penitenciério deve haver um lvto oficial deregisto, com paginas numeradas de modelo aprovado pela Direcgao do Servigo Penitencisrio, em que so consignados pelo Controlador Dia relativamente a cada recluso o seauinte: a) Nimero de matrieula, b) Nome completo filiacdo, local e data de nascimento, estado civil, morada, hablitagdes literarias e pro- fissionais, bem como quaisquer dadosrelativos & sua identidade; ©) Dia ¢ hora de entradas @ Entidade que orden o intemamento, @) Motivo de Intemamente, 9/0 Agente que o acompana; 2) Relagao dos objectos reirados ao rechiso: 1h) Os dados constantes das alineas anteriores deve ser registados em suporte informatio, ARTIGO 9: (Attbulges do Oficial Dia en servo no act de laernamento) 1. No acto da recep¢ao do recluso pelo Oficial Dia, 0 Controlador Dia averigua a legatidade do documento que ordena o intemamento, seguido do registo do recluso e 0 preenchimento da ficha Modelo n. 4 2. Compete a0 Controtador Dia a constituiglo do processo de cada recluso intemado no Estabelecimento Penitencidvo. internamento: ARTIGO 102 rocessodo rectus) © Controlador Dia, no acto de intemamento do recluso, «deve abrir um processo individual, do qual devem constar os documentos seauintes: 4a) Capa — utilizada para a protecga0 do processo © arquivo dos diversos documentos relacionado a0 recluso; ) Boletim Biografico — utilizado para o registo de cocomréncias, promogves de regime, apresentagoes emJuizo,transferéncias, fotografia e demas Factos nportantes da vida do recluso durante 0 periodo depermanéncia no estabelecimento penitenciario; ©) Mandado de Condugao — Ordem pela qual os Oradios Judiciais legalmente competentes ordenam © intemamento de cidadios, na condigio de detido, condenado ou sujeito a medidas de seguranga, Copia de Sentenga — Contendo extracto judicial do processo, sentenga ¢ liquidagao da pena aplicada pelo tribunal competente, ¢) Antecedentes penais — Documentos solicitado pelo Estabelecimento Penitenciario ao arquivo do resisto criminal ¢ poticial, contendo os ante- cedentes criminais do recluso; P Registo Dacadéctilar — de impressoes disitais do recluso recolhidas por intermédio de dispositivos electrénicas para efeitos de identificago, ARTIGO 11! (ratamento do prcesso do reese) Para a execugio exchusiva e sob controloe fiscalizagao do Chefe do Controlo Penal do Estabelecimento Penitenciario, ‘0 Controlador Dia deve 4a) Garantire proceder & abertura do processo individual dorecluso ¢anexarnele os documentos previstos no artigo anterior; b) Colocar por ordem de entrada os documentos em posse do rechuso na altura do sew internamento; ©) Proceder ao reaisto fotoarafico, dactiloscépico © biométrico do reciuso, fotosrafias ¢ impressoes digitais; @ Garant a introdugio no Sistema Electrénico de Registo e Cenirolo detodos os dados do recluso, ARTIOO 1 (@rocedimentes de assis piclosies) (O Niicleo de Assisténcia Psicoldgiea deve executar a acti- vvidade primaria psicolbgica nos seguintes termos: a) Noacto do internamento de recluse, 0 Especialista Psicologo deve receber do Controlador Dia 0 mandado de condugao para precncher © modelo dd entrevista prinsiria do recluso com todos dados que constam nele; ) Apos o preenchimento do modelo, 0 Especialista Psicdloge deve fazer uma avaliagio do estado I SERIE -N¢ 101 ~ DE 21 DE JUNHO DE 2016 2388 siquico dorecluso, com intito de saber em que condigdes se encontram (orientado, semi-orientado, desorientado), ©) Realizada a avaliagao, o Especialista Psicélogo deve encaminhar o recluso a0 Especialista de Reabi- litagao para cumprimento dos provedimentos de intemamento. ARTIGO 18" (Crocedinwntor de seguranca) ‘No acto do internamento, o Especialista da Orde Intema Dia, cbrigatoriamente, deve: 4@) Solicitar ao Chef de Seegio da Ordem Intema o fective necessirio para 0 acompanhiamento do recluso até ao local adequado para orientagoes diversas; ) Prestar ao recluso todo 0 esclarecimento: ‘ou por escrito sobre as normas e praxes do Esta- belecimento Penitenciario por um dos integrantes a Ordem Intema, alén da entrevista individual para informages sobre eventuais problemas de satide, de convivio a serem gerados por razoes diversas do recluso, seu crime e relagies sociais, ©) Comeuzir 0 recluso a sala destinada a triagem:; @ Proceder A revista a0 recluso e retirar os objectos proibidos; ¢) Registar os objectos proibidos apreendidos, P Proceder a entrega do uniforme regulamentado ¢ demais vestuirios ao recluso, registar no livro proprio € o rechuso assinar;, 8) Encaminhar 0 rectuso a barbearia para o corte de cabelo e depois oregisto fotogratico, hi) Confirmar junto da Secgao de Controle Penal 0 certificado médico do recluso que apresente ccontusGes ou ferimentos ¢, em caso negalivo, 0 Oficial Superior de Assisténcia deve informar a0 Director do Estabelecimento Penitenciério, que ordena 0 reagresso do recluso a procedéncia sob custédia do Agente que o conduzit, ' Preencher a ficha de controle Mod, 12 que possibilita © controlo intemo do recluso, cial verbal ARTIGO 14" nspeecaoe bert histirea clinica) 1. 0 Expecialista da Sate Dia deve garantir © executar que, 20 intemar no Estabelecimento Penitencidrio, o reclso seja submetide a inspeccao médicano prazo de setenta e duas hhoras, contadas da data do intemamento no Estabelecimento Penitencidrio, para diandstico de doengas, anomaliasfisicas ou mentais, que obrigam a tomada de providéncias especiais « imedliatas, devendo elaborar a historia clinica e arquiva-ta, ‘no respectivo processo individual, nos termes previstos no artigo 11.° das presentes NEP. 2. 0 Especialista de Satie Din deve preencher o modelo detriagem méitico santa pre-intemamento onde deve fazer constar 0 estado actual do recluso eos seus antecedentes pes- soais ¢ familiares respeitantes & sua sade, 3. 0 Especialsta da Satide Dia deve garantir que os dados ‘constantes na histéria clinica tenham cardcter confidencial, podendo unicamente ter acesso 0 proprio recluse, que tem 0 Aireito de serinformado, deforma compreensivel, sobre o seu estado de satide, salvo se por necessidade operativa o Director do Estabelecimento Penitenciio autorizar 0 acess0 20s dados «do recluso, sob proposta escrita do Chefe dos Servigos de Satide do Estabelecimento Penitenciario. ARrico 15° {uternamento de mutes com erianas) © Director do Estabelecimento Penitencidrio destinado ‘20 intemamento de mulher deve garantir que se obedega aos secuintes eritvios 4) O fio da reclusa deve viverdiariamente com ela, durante o seu segundo ano de vide, de conformi- dade com as condigdes que forem estabelecidas inkemamente ¢ com as rearas do Regulamento Interno pertinente; b) Ouse decompartimentos adequados a mae-recluse, separados dos rstanes pavilhdes, endo em conta asnecessidades higiénico-sanitarias pedag dos menores, )Areclus que interna no Estabelecimento Penitencrio em estado de gestagao, no oitavo més, deve set separada até que se internada na maternidade. ARTIOO 16° Precedent reads) ‘Noacto de internamento, o Reabilitador Dia, obrizato- iamente, deve: 4) Efectuar a entrevista priméria ao reeluso com o preenchimento do modelo de tratament individual para detidos e condenades até um ano de prs, ») Informar ao recluso, recém-interado, sobre os its e deveres constantes na cartlhe relativo 20 procedimento do rechiso no Estabelevimento Penitencirio: ©) Orientar a compartimentagio do recluso recém- -interado de acordo no delito, idade, nacionali- dade, patolosia e regime: @Fomeces a cada rechiso uma contilha esrita em por- tugués, contendo extractos do regulaento interno ¢ de disposigdes legais relativas a execusio das medidas privativas de iberdade, )Informar, verbalmente, a0 recluso quenio saa le escrever ou falar a linaua portuguesa, sobre © conteido da cari: ‘P Informar ao recluso sobre as disposigBes legais © regilamentos que regem a vida no interior do Estabelecimento Penitenciévio. sgicas 2386 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 17" (Critéro geral da compartimentagae do recluse) 1. Sem prejuizo do estabelecido no Regulamento da Lei Penitenciaria, o Director do Estabelecimento Penitenciario deve ordenar que o intemamento do recluso obedega, obri- gatoriamente, a compartimentagao sob o critério geral da Familia Deitiva, devendo ser intemado no. @) Bloco/A — recluso que cometeu crime contra as pessoas, b) BlocoB —reeluso que cometeu crime contra a propriedade: ) Bloca/C—rechiso que cometeu crime eontra orem, a tranquilidade publica ) Anexos dos Blocos anteriormente previstos, n0 caso de se observar preenchimento das vagas nos blocos. 2. 0 Director do Etabelecimento Penitenciério deve garan também que no acto de internamento de recluso se eumpra 8a separagio por sexo, faixa etatia, situagao legal ¢ sujcito a ‘medida de seguransa, nacionalidade, tipicidade delitiva, pr indrios, reincidentes e de dificil correcgao, sem prejuizo do exposto no artigo 6: das presentes NEP. ARIIGO 18" (Coitérios expecias de intermamento ¢compartimentarae) 1, No intemamento ¢ na compartimentagdo do reckaso no Estabelecimento Penitenciio, o Reabilitador Dia, em eoorde- nnagio com os Especialistas da Seauranga, Ordem Intema, de Samide © do Controlo Penal, deve ter em conta o seu estado de saidefisica e mental, as particulares necessidades do seu tratamento, aresidéncia familiar, 0s contactos dos seus fami- liares directos, bem como as razdes de seauranca, necessidade escolar e a capacidade Iaboral que possam ser relevantes para 4 sua reabilitagdo ¢, posterior, reinsereaio social. ‘Na compartimentagao do recluso deve ter-se em consi- deragioa possibilidade de se realizar prowramas de tratamento comum, promovendo a necessidade de se evita infuéncias nocivas, que incumbe a0 Especialista da Reabilitagio Dia. ARTIGD 19° (Pavia de reepeao de reelnsos) 1. No acto de intemamento, 0 recluso € alojado pelo Especialista da Ordem Interna no pavilho de recep, devi- damente compartimentado e em regime de observaco num petiodo de trinta dias, podendo o prazo ser promogado em caso de complexidade de informagdes on da gravidade do delito, inediante a proposta do Director do Estabelecimento autori- zada pelo Director local do Servico Penitencisrio. 2. Concluido ointernamento, o Director do Estabelecimento Penitenciario, obrigatoriamente, deve entrevistar-se com os reclusosintemados para alerar da necessdade do cumprimento das leis, regutamentos em vigor, as obrigagGes e direitos dos ‘mesos, devenlo produzir acta deste que deve ser assinada pelos reclusos, os expecialistas em scrvigo ¢ pelo Director do Estabelecimento Penitencidrio, 3. Dareferida acta deve ser remetida uma cépia a Direcyao Provincial do Servigo Peniteneirio local ARTIGO 20° (Observagi para tratamento) 1A observago tem como finaldade averiguar as circunstin-

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