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CaptruLo 4 GERENCIA CIENTIFICA ‘Os’ economistas clissicos foram os primeitos a cvidar, de um ponto de vista teérico, dos problemas da organizasio do ‘trabalho no scio das selagées eapitalistas de produgto, Podem, pois, ser cha mados os primeiros peritos em geréncia, « seu trabalho foi conti- nuado. na ultima parte da Revolugéo Industrial por homens como Andrew Use e Chacles Babbage. Entre esses homens ¢ 0 pr6ximo pasto, a formulagio completa da teoria da geréncia em fins do século XIX ¢ principios do século XX, bf uma lacuna de mais de meio século, durante @ qual verificouse um enorme aumento no tamanho das empresas, o8 inicios da organizagio monopolistica da inddsttia, e a intencional e sistemitica aplicagio. da ciéncia 4 ptodugio, O movimento da geréncia cientifica iniciedo por Fre- derick Winslow Taylor nas siltimas décadas do século XIX foi fensejado por cssas forgas. Logicamente, 0 taylorismo pertence Acadeia de desenvolvimento dos métodos ¢ organizagio do trabalho, ‘e.nio 0. desenvolvimento da tecnologia, no qual seu papel foi mimo." ‘A geréncia ciensifica, como é chamada, significa um empenho no sentido. de aplicar os métodos da ciéncia aos problemas com- plexos e erescentes do controle do trabalho nas empresas capitalistas em: répida expansiox Faltam-lhe as caracterfsticas de uma verda- ddeira ciéncia porque suas pressuposigoes refletem nada mais que Boamportane spresndee eta questie, porque dela decorse a aplicagio M49 taylarismo a0 trrbalho em suse Virias formas ¢ eatigion de eseavolvimento, seja qual for 8 natureza da tecnologia empregada, A. geréncia vidiz Deter Fr Drucker, "aio te pecocupsva com 2 tecnologia, Na rela encarava fecramentas e teniea? amplamente como exist”? Genter Cimnririca 83 a perspective do capitalismo com respeito'as condigdes da pro- dugfo. Ela parte, nio obstante um ou outro protesto em contri fnio do ponto de vista humano, mas do ponto, de vista do car talista, do ponto de vista da_geténcia-de uma forgs de trabelho efratiria no quadro de relagées sociais, antaghnicas, No. procuta descobrir ¢ confrontar a causa dessa. condigio, mas a aceita como tum dado inexordvel, uma condigio "natural" Alnvestiga nfo o tra bulho em geral, mas a adaptaséo do trabalho, as necessidades do ‘apital.XEnita na oficina nilo como reptesentante da citncia, mas como sepeeetante de uma caleture ‘de geréncia nas armadilhas la ciéncia, “Tornase necessirio um completo € potmenorizado esbogo dos principios do taylorismo 0 n0ss0 histérico, nfo pelo que ele € popularmente conhecido — cronémetro, aceleramenro etc. —, mas porque além dessas trivialidades reside uma teoria que nada mais € que a explicita verbalizagio do modo, capitalista de pro- ducio, Mas antes de comesar esta apresentagio impéem-se algumas observagdes introdutérias para esclarecer 0 papel da escola de Taylor no desenvolvimento da teotia da geréacia, imposstvel supetestimer @ importéncia do movimento da geréncia cientifica no modelamento da empresa moderna e, de fato, de todas as instituigées da sociedade capitslista que executam pro- cessos de trabalho. A nogio popular de que 0 taylorismo tol “supetado” por escolas posteriores de psicologia industrial ou “elagdes humanas”, gue ele “fracassou” — por causa do amado- rismo de Taylor ¢ suas opiniées ingénuas sobre a motivagio humana fon porque provocou uma tempestade de oposigio ao trabalho ow devido a que Taylor e vétios sucessores jogavam trabalhadores uns Contra os outros © as vezes gerEncias também — ou que esté “fora ide moda”, porque certas categorias taylotistas, como, chefia fun- ‘onal ou ‘seus esquemas de prémio incentivo, foram descartadas por métodos mais requintados: tudo isso representa lamentével mé Jnterpretasio da verdadeiza dinfmica do desenvolvimento, da ge séncia, ‘Taylor ocupava-se dos fundamentos da organizagio dos _pro- cess0s de trabslho e do controle’ sobre cle, AAs escolas posteriores de Hugo Miinsterberg, Elton Mayo € outros, ocupavam-se sobre- tudo con o ajustamento do trabslhador ao provesso de producio fem cutso, na medida em que o processo eta. projetado pelo enge~ nheiro indigrial. Os sucessotes de Taylor encontram-se na enge- nharia e projeto do trabalho, bem: como na alta administragdo; fos sucessores de Miinsterberg ¢ Mayo achatse nos departamentos i 84 Trawattio CaPrrAL, Monorouisra ‘io existe hoje como uma escola distinta deve-se a que lem ue Iau heito do nome, nio & mais proptiedade de uma facgio, vito Bag, SeUs fnsinamentos fundamentais tornatamse a roche vive te Sete nroleto de wabalho.* Petes F. Drucker, que teve « vantegers experiéacia diseta como consultor administrative, ¢ enfavon neste ponio: {| “Adniinisteagio de Pessoal ¢ RelagSee Hamanas sio colsis: {bre aue te etree Tle tet que ante coat {eabalindoe «detail io dciids Sia er te ; scgrao Depianenta de Peal Nae ne say sane stir admininnio de abaiadig dees tho na‘ Indien noneamerans“Trtaon ae eect Cee Cnt foeataa'o train, Sa anaes spect do a aie dita a ereaice aly tine e « mclbods teste ies ds cada um dese elementos pelo trabalbaden jeréncia Cier ie ‘tem eonttn seo £90 may tan See Mexlatfaimente pleas, aie th tba gee df ge reg ‘paar slo vel ¢ promamante nena t's Gattnda Cena £ que oa festa site sates do texbatbador do trabalho. Ae mene tence sera mais podem dane conuigas nae ee tao pestmento cidade ot Desuncte hee Q emprego de métodos experimentais no estado do irabalho | lo ‘comepon com Taylor; de fato, « utiizao de tis tereto pelo préptio attesio € parte da prépia pritice de um ‘offcis Mee | | taploriome ens “obsoteto", fou ie || seta qu tena eifundig ve fi aie, es Gurincra Crenrterca 85. havia pouguissima base para ele antes, As_primeites referencias a0 estudo do trabalho correspondem aos inicios. da era capitalists uma delas, por excinplo, enconttase na History of the: Royal ciety of London, ¢ data de meados do século XVIT. .J& mencio, fhamnos os economistas clissicos. Chasles Babbage, que indo, apenay escreveu penetrantes anilises da organizacio do processo ide. ttt, balho, em seus dias,.mas aplicon 0 mesmo conceitd & divisid; do, trabalho mental, ¢ que imaginon uma “méquina” de ialeulity fl talvez.o mais diteto precursor de Taylor, que deve ter sido Heaiéns tador da obra de Babbage, muito embora jamais se.tenhe ‘tefetide © a ele, A Franga teve uma longa tradicio nos esforsos de. um estido: Gientifico do trabalho, comegando com o ministro Colbert ‘de, Lats XIV; inclusive engenheiros militares como. Vaubsn e+ Belidor, ¢ sobretudo Coulomb, cujos estudos fisiolégicos do estore ‘no; tras balho so famosos; Marey, que empregava cilindros de, papel, fds magado. pata fezer o registeo gréfico dos fenémenos do, trabalho’ ¢ culminando com Henri Fayol, contemporineo de Taylor, qliei¢in seu livro Adnuinistragio Geral ¢ Industrial formeloy ‘una tiede principfos com vistas a gatentit 0 controle, total da empress meio. de um enfoque sistemético da administragio.*. A Nstete dle manus cle achninistrigio, as andlises «le problemen de’ i © 0 enfoque cada vex mais requintado, posto em pratica! metade do. século XVI permite apoiar a conclusto | dores do! movimento da geréncia cientifica de’ que Taylor epee: sentava: a culminacio de uma tendéncia preesisteate:: "O que Taylor fer nfo foi ctiat algo inteiramesite novo, mes sintetiaat f apresentar idéias num todo rmonvelmente eostente. qe! gett? param ¢ ganharam forga na Inglaterra e nos’ Estados’ Unido ai! tante © séeulo XIX. Ele deu uma filosofia e titulo a! amas desconexa de iniciativas © experiéacias."® oo eas Taylor tinha pouco em comum com aqueles fisiblope élogos que procuraram, antes ou depois dele, juintar dadsé’ sobté 5 capacidades humanas um espfhto de interesce cictffigo, RE Bistros e avaliagées como os que cle fez so imaturos ‘a0 ‘extreito, ¢ isto tormouos vulnerivels a crtion como a. que fee! Geotged Friedmann aos seus diversos “expetimentos” (a malotia’ des’ quali no pretendiam ser experiméentos absolutamente, at dei! es forgadas hiperbolcas), Friedmann trata o tyloisind” kota fe fosse uma Scena do talon cuando na realidéde 6 pre tendia ser uma cifncia do trabalho de outvas, nas condigdes! Wo capitalismot Néo 6 a “melhor maneira” de trabslhat “em gerd!” © que Taylor bascave, como Friedmann patece presumfl, is und 86, Tranauiio & Caprrat, Monovonists resposta'so problema especifico de como controlar melhor © tea brake alienodo =~ isto €-a forga de tbalho comprada e vende. ‘V2, Ovségundo eapecto’ distintive do pensamento de Taylor era sewiconcéito de controle, O controle foi o aspecto essencial de geréncia’ através da sua hist6ris, mas com Taylor cle alquitiu dimensdes sem procedentes. Os estigios do controle gerencial sobs oltrabalho antes de Taylor incluiram, progressivamente: a reuni de‘trabalhadores numa oficina e a fixagio da jornada cle trabalho: aavsupervisao dos trabslhadores para garantia de aplicagio diligente, inensa e:ininterrupta; exccugio das normas contra distragSes (con vérsas}-famo, abandono do local de trabalho etc.) que se supunha intetferir‘na'apliccci0; a fixagio de minimos de produgio etc. Um trabalhador est4 sob controle gerencial quando sujeito a esas nomas ou a: qualquer de suas extensses e vatiagées. Mas Taylor eleyou'o;conceito de controle a um plano inteicamente novo quan- dotasieveroi como urea necessidade absoluta para a geréncia ade quada\a imposicio ao trabathador da meneira rigorosa pela qual ab trabalbor'deve ser executado, Admitie-se em geral antes de ‘Taylorquea geréncia tinha o direito de “controlar” o trabalho, © mas na‘pritica esse diseito usualmente significava apenas a fixagéo de tarefas,\com pouca interferéncia direta no modo de exccutélas ppelo:trabalhador.:A contribuicio de Taylor foi no sentido de inver- ter.csia pritica e substitutla pelo seu oposto. A. gextncia, insistia cle, 85 pogia ser um empreendimente limitedo e frastrado se dele xagse (90 trabalhador qualquer decisio sobre 0 trabalho.tSeu “sis, tema", ets, tiosomente um meio para que a geréncia efetuasse a.,controle do modo concreto de execucio de toda atividade no -ttubalho, desde a inais simples & mais complicadazNesse sentido, ele foi,9, pioncire de uma revolupio muito maior na divisio do tabslho que qualquer outta havida, ji Tayler eriou urna linha singela de racioc{nio ¢ a expds com uuma.lgelca'e clareza, franqueza ingénua © zelo evangélico que Togo: ggnqyistou fortes. seguidores entre capitalistas e administra. ore ae ‘pbra comecou por volta de 1880, mas foi s6 na década Seguinte. que iniciow suas conferéncias, artigos e publicagGes, Sua rOptia, formacdo era limiteda, mas apreendeu de modo superior ‘piitica nas oficings, visto que trebalhou por quatro anos num ailgto de aprendizaco em dois oficios, o de modelador ¢ maquinista, A. diyulgacio , das ,idéias de Taylor nao se limitou aos Estados -Unidop, @ Ipglaterss; em pouco tempo ele se torou conhecido em todos’ 05, pafses = ‘Na Franca & chamada, a falta de expredgio mais adequada para gextncia, organisation’ scientifique da travail (madada posteriormente, quando a reagio contra 0 tay: Gneincta Cumerferca 87 Totisono comegou, puca organisation rationnelie du travail). Na Aleman, sas idSias ram conhecidas:. simnplesmente por racio- nalizecio; 0s empresas alemis estavam talver & frente de todos na ‘préticn dessa iéenica, mesmo antes da Primeita Guerra Mundial? Taslor eta o sabichio de uma familia icbastada da Filadélfia, Depois de prepararse pata Harvard em Exeter cle de repente sbandonou os estudos, aparentemente revoltado contra seu pai, que oricntava Taylor para a sua propria profissio de advogido, Ele entéo tomou & jniciativa, extraordindtia para alguéin de sua classe, de comecar 0 aprendizado de um oficio numa fitma cujos proptie- tésios exam das relagGes sociais de, seus pais. Quando completou seu aprendizado, empregouse nom trabalho comum na Midvale Steel Works, também de amigos de sua familia e tecnologicamente tuna das cofapanhias mais avangadas na indisteia.siderdrgica, Nos ppoucos meses que passon no emprego como funcionério © magui- nista diarista foi nomeado chefe de turma com a responscbilidade do-departamento de tomos mectnicos, Em sua constituigéo psiquica Taylor eta um exemplo exage- rado de personalidade’ obsessivs-compulsiva:. desde a_mocidade ele contava seus passos, media o tempo de suas vérias atividedes analisava seus movimentos 4 procura de “eficiéncia”. Mesmo depois de ficar importante e famoso tinha algo de. engragado no aspecto, e quando aparecia na oficina despertava sorrisos. O retrato de sua personalidide, que surge de um estudo, recentemente feito por Sudhir Kakar, justifies chamélo, no mfnimo, de maniaco nev rotico! Bses tragos ajustamse a ele perfeltamente por seu pape) como profeta da moderna gextncia capitalista, visto que © que € neurstico no individuo, no capitalismo & normale. socialmente descjavel para 0 funcionarmento da sociedade. Logo depois de tornarse chefe de turma, Taylor entrou em Tuta com os operiios sob suas ordens, Devido’a que esta luta foi ‘un exemplo clissico da maneira pela qual as relagdes antaginicas de produgio se exprimem na oficina, no apenas no tempo de “Taylor, mas antes e depois, e desde que Taylor tirou de sua expe- rincin’ as conclusSes que deveriam modelar seu pensamento sub- seqiente, @ necessévio citar por extenso aqui, um trecho de sua sdesctigio dos fatos.* O seguinte relato, am dos vérios que ele dew = Neste capitulo apaetcerio exteator de grande extensio dos diversos esti- tor de Taylor, Isto porque ‘Taylor é ainda a fonte mais valiosa para qual- ‘quer eatudo da gertucia cienfiea. Nae tempestades da oposigio .que se segulu 20 taylorisma, poucos ge secsearam a apresntar © exemplo to groastrae Ineste como 0 fez “Taylor, em sua ingtaua presuporiio de que todas ae 88 ‘TrapALHo » CaprraL Monoroutsra, da batalha, € tirado de seu testemunho, vinte ¢ cinco anos depois, ante uma Comissio Especial de Camara de Representantes, dos Estados Unidos: “Ora, s ofisina da Midvale Steel Works tz de teabatho por tarefa, Todo o trabalho eta praticamente feito Dor teeta, f sequia dia e noite — cinco noiter por seman ¢ scis diss. Dust turmas de homens acorsiam, uma para acionae as miquinar rojte @ 4 outra para operi-las durante © di, és que amos os operiris daquela oficina tinhamos a Produsio cuidadoramente. combinads para tudo 0 que sate de Oficina. Limitivamos a produgio a ctca dem temo, acho. ot ‘do que poderiames periitamente ter feito, Sentfamo-nos. Just ficados, fazendo isso, devide a0 sistema de tatefa sto’ 6 necessidade de marcar passo ao sistema de fartla —- o que ober, vei ontem: Logo que me tomei chefe da turma ot homens que taba: Uhavam comigo que, naturalmente, sabiam que e0. etave co iego do marca-passo © deliberadamenterestringindo. 4 predic ‘$80, vieram a mim de eepente e disseram: "Fredy agora vor! alo vail see um poreo maldito contra na, vl Disse-thes entio: ‘Se vocts quersm dizer que seceiam que You tear maior produgio “desses tornae, sim; proponborme ft aumentar a producio.’ E disse: ‘Voets devem lembrar que eeive som. Yoets como companhelres até agora € que trabalhel cone vous! Nio fugt J regra. Bstive do lado de vocts, Mas agora asitel s faneio’ de gertneia nesta companhia, © estou do ontee Indo, ‘Vou dizeethes francamente que pretenfo.cbter uma pros dugio maior desis tomnos.’ Eles responderam: Entio vor! ser micemio um porco. danado,’ Eu disse: ‘Bem, se vocts acham desse modo, muito. bem.’ Bes distram: 'Advertimos voct, Pred, st vot tentar maar ane eabcio, botamos voe? paca fora em sis semanas? Diate thes ‘Bxtd muito bem, 08 digo. a vocts, com toda a franqutra, soe ou tentar tirar uma producto maior desies torsos” Ora, agquilo era o falco de uma briga que ia durat quase tets anos. seme Tembro bem — dois ov txts anos nae utah fx fata ‘tudo a'mew aleance pata aumentar a producio da oft sina, enquanto. os homens estavam flrmemente, detttinatos ie ue a producto ‘nia devia ser” aumentada,, ‘Qual peor gee feaha estado, numa briga dessa conhece ¢ teme as ameteay ue owes de cabega que aparscem, “Acrdito que sea for. sla velho — um homem com mais experitnca — nfo tevin enter do tatver ausim na Tuts, deliberndamnente. tentando foren ae hhomens a alguma coisa que eles nio pretendiam frscr, Pessoas sensatse, inclasive trabalhadores,_perebes ae seu argamento e se rendessem a ele, O que tle confer shentamente aha ae agora nio reconbecidas hipéteses particulars da gestncia, Por autre ladey s raloria dee comentaristan seadémicos de ‘Taylor € de vatia rests, vite que fudo © que € tio lato em Taylor torna-se confaso on mal entendido. bs i valioss exeetio, nfo. obstante sta concluaio conven, sional de que "com os fins de Taylor afo int 9 que diseu 3 suprema_acionalidade Gorincra Cusnrierca a9, Lutamos do fado da administrgio com toder os métodos costumeiros, © es operitios.Iutaram por #02 vex com todos, oF Seat modos usuais. Comesti por ie 4 administacio ¢ diner lber do modo mis claro, mesmo antes que acritssee a chetia de futma, 0 que aconteceria, Diss: “Agota cies homens Thee mons ttardo, ¢ de modo conclusive, que, em primelto. lugar, nada sobre © meu negécio; ¢ em eeguado Tuger, que sou" um embte {tiro, que os senhores eitio tendo” engasados, esto, ams, quantidade de provas pars aio deixer uma sombu Ue davidn: Disse eu A administagio: ‘A nica colts que lhes peyo, € devo ter sua firme promesta, 4 que quando digo uma coisa ¢ porque, E assim mesmo, « minha palavea tem que valer contea a de 20 ou 50 nest oficinn” Edie ainda: ‘Se aio fierem Jevanto um dedo paca aumeatar 4 peodugio. new oficina’ encordacam « mantiveram a palayra, embora rnutay vezes ‘ite Yyesem a ponto de aceeditar que en eta incompetent e meatcora, Avot peso que alver st isterenane meat © tnodo, com Comecc evidentémente, por orientat wm homem a faier is do que faria antes, © entio pus-me ev teimo ao tomo € sstrci-Ihe como deveria ser feito, Nio obstante, de. fol ene frente € fez exatamente como antes, ¢ recusow-se'2.adotat ‘oo melhores métodos ou a tabalhar mais tSpido até que, figalmen: te ‘etii-o ¢ pus outro homem em sett lugas. Bate cite oo rio podia culpi-fo absolutamente, maquelat™ cicuasidnelse, oo, voltou a8 costas ¢ jontou-se a0% demais companieirse ¢ seesou: se a faser mais que o¢ outros. Apés tentar sata politica poy algam tempo, ¢ tendo fracado: dist claraniene aoe Conpae aheiros: ‘Ora, eu sou um actfice ou um meciuice. NBO ques fomsr a préxima iniiativa. porque seria contra 10 que Fotes. ft achamos sec nosso Jnterese como mecinicos, mas teta ae fomae se vocts, nio concosdarem comiga em obter muse desey fornon, max advirto que. se tiver que tomar est inicativas ¢ colin seeh dura” E tomela, he Jantel alguns trabslhadores mia fateigentes © com come Deiéncia, mar que nio tinae tide oportunidade de aprender tum fico, ¢ resolutamente ensine-Ihes a operae um. ternee g como trabalhar certo e sSpide, Todos eles me promeceram? Se ‘Yor! me ensinar 0 oficio de torneo, quando ‘eu aprender a smanciar ‘um torno farsi um timo dia de trabalho, 6 wm por um, quand thes ensinel @ ofiio, rompew 4 F-laves & fel eee forse aay demais, rcusando-se 2 produzie. em’ maine gay fowse maie rip, Era como se eu tits nema parede de pedea, €: por signi, tempo ati contra uma-parede de pedra, No fondo, ea ‘fo ctlpava qualquer desses trabalhadores, nich simpati. tt va sempre com eles; mas esiou nateando os fator coma tt davael nas oficinas deste pals e, de fato, ainda se do Quando prepsrei um avimero sufiiente deses trabathado. es. de modo 9 que pudesim manejar os toro, fai & eet thes dite: ‘Agora: vocts, a quetn snsinti um feo, eatde. seme staagio inteicamnente diferenie dor" tocncives que’ ersbalhaven, aqui anter que vocte vieszom, Cada ‘um, concordon comige, ent fazer ceria coisa por mim te ou thes ensiaasse 9 ofkie, eageey 90 ‘Trawattio & CaperaL Monovotists renbua ue voeds quebracé a palavea empenhads. Nio sompi.@ trato, mat vocés todos ronpetam. Encio. 40 terel misercbadia Rio ‘ert a inaima hesiagso em teai-iow de modo tnteeamente ilove ean eclagio dup outias mucunicos” Disse ainda: “Sel que Soirecam pesda pretsio suds} fort do. wabalbo para dexum- poem set avordo comaigo, e que € muito oifkilresistic a e8 feat, mat vous Alo deviam es Ito a bargenha comigo se hhio prctendiait-mante-la ag 0 fim. Agora, you reduzie ater ; fh de vorts para dia sim dia mio, © vocés ganhario a metade do prevo dagul por dianve. has tudo o que tem a fazer ¢ peoda ‘ae um éuinta dia de teabisho. © poderse yanbae mellorc sal fos do gue ania Prquel homeas, claro, foram 4 administagio, ¢ eeela mars dizendo que ee um tirana, et eapataz de negro, € por muita tempo alinharses ae 30s demaie horisas a oficins E feumstamoe a auoentar ot miaine ds peodugse, Finalnon fe weds des subitamnte deram mea-volsa © fiom aa éxime dade tabalho. Dessjo chamar eva ateagio, senhores, pars a amargura dessa Ita antes que of homens devitisem, pats 4 falta de gentido del, fe as condigist despeeziveis que existem no antigo sistema de tarelo, « mostesz-lbge a que ela conduz, Na contenda, apés mew Primeico enfureeimento que foi acierado pela estrémua oposigio fue e sofia, do tive Qualguer rancor contra qualquer home Gm parilar ou qusiaquer dees, Mev dio e rancor eram con fia © sstemay no conte: os homens, Praticamente todos ess hhomens ram stews amigce, ¢ muitos deles ainda 0 sio.*y Tio Jogo vomecti a tee sucesso em obrigar os homens a. crabalhar bem, tler jogaram 2 cartada decsiva, Eu sabia 0 que estava pets vie, Bu predisnra aot propreticios da companbia 0 que Sronwceia quando comecisemos a vencer, ¢ o8 advert) de que Geverszm me apoiae; de modo que tiahs © respaldo 30 (omar lnwintivas cfeivas para dae xequemate a0. movimento dos homens. Cada ver que eu reduzia o payamento ow forava um les novos homene 4 qukcm eu havia easinado o servigo a una Conic yeleedade raroivel, alguns desses mecinisos deliberadamente que- braram tma peca de sua miquina park mostrac 3 adminisragio ‘que um chefe tole estava obrigando es homens 2 sobrecarregar visne Sinkeuina até quebrila, Quase todo dia imopinosoe.acientes ‘eam plantjados, ¢ cles aconteciam com aniquinas em diferentes portes, da ofiina, © erem, natursimeace, serapee auibuidor 20 Kolo ehefe que estava slim do limite sdequado, aca Felizmente, e858 diseea A tigio de antemio que ino ict acontecer, do modo que eles ae apoiaram plenamente Quando comesaeam a queotne miquinas, disse thest "Muito Leet, aqui por dante, cada acidente que seoatecer nesta oficina, toda ver que vocts guebrarem qualquer parce de uma maquina, Cerio {ive pagar o corto do_conterto os uma mula. Nio me fce- ‘ovo oe 0 tera aie © quehrae suse méquinss, tedo que Pagar do Ra ponta de mitomanis er tipiea do homem: sparentemente no tavia Necdade misso. Kaka” chama a isso’ “cancers da petsonalidade obser- Bivate oe Gerfivcra Crsnririca a xesmo modo,’ Toda vez que um omen quebrava alguma col: sa mettava-o e enciminbava © dinhelzo pats 3 associagio de Meacticio:miteo, de modo que no fig. ele stornava ao bomen. Dis ed of moltaya gom.o& tem exvdo, Eles poderiam sempre Gemonswee que o acdente n30 ex2 por culpa dees, e que era Impessivel pi ete So quebracem miquinas naquelas circuns- Uikian Piatmente, quendo. peresberam que ests (tien mio fproduciam o devejade feito junto geréncia, ctderam, ¢ cans {Sco de see_evalesdon e0a opotigio.cedeu, ¢ les prometeram (a balbae dint ‘Depois disso (epmos bons am dura Tuts paea que isto. acontecese, mas lvou tats anos de O problema, no etso, gita em trie do conteido de um dia ‘de forca de trabalho, que Taylor define na expressio “um étimo dia de’ téabalho?. AA’ este termo ele dew uma interpretagio crus mente fisioldgica: todo 0 trabalho que um operitio pode fazer sem dano 2 sua sade, em um sitmo que pode set mantido através da vida de trabalho. (Na prética, ele tendia a definir este nivel de atividade em um limite extremo, escolhendo um itmo que fapenas alguns podiam manter, e mesmo assim sob forga,) Por que uum “étimo dia de trabalho” devia ser definido como um méximo égico, nunca se tornou claro, Na tentativa de dar um signi- Ficado concreto & abstragdo da palavra “étimo”, teria felto. exatie mente o mesmo ou até mais sentido exprimindo 0 “étimo dia de trabalho” como a quantidade de trabalho nevessétio, para actes- entar a0 produto o valor igual ao da paga ao operério; em tais Condigées, ¢ claro, o luero seria imposstvel, A expressfo “um étimo dia de trabalho” deve portanto set considerade como inerente- mente sem sentido, e preenchida com aquele contetido que os adver~ sftios na relagéo de compra ¢ venda tentam Ihe dat, “Taylor estabeleceu como seu objetivo o méximo ou “étimo” que pode ser obtido de um dia de forca de trabalho, “Da parte dos homens", disse ele em sex primeito livro, *o maior obstéculo para atingir esse padrio é o ritmo lento que eles adotam, ov a vie iagio ou ‘moleza’, 0 marcar-passo, coino é chamado”, Em cada fuma de suas posteriotes exposigdes do seu sistema, ele comeca com esta mesma questio, sublinhande-a fortemente*? As causes esse marce-passo cle divide em duas pattes: “Esta vadiaggo ow mado marca passo natural. Segunda, de mais compliceda segunda ¢ tendéncia dos homens de ficar 4’ vontade, 0 que pode ser cha- mado prarce-passo natural, Segunda, da mais complicads segunda intengio e taciocinio causedo por suas telagSes com os outros hhomens, que pode ser chamado marca-passo sistemético". A pri meira delas ele rapidamente pde de lado pata concentrar-se na 92 ‘TRABALHO B CaPrraL Monorouista | { Gur@nci Crpwrferca 93 segunda: “A pteguica natural dos homens & séria, mas o mal maior producto agora determinam a, fixasGo e revisto des taxas de’ page: de que tanto os empregados quanto empregadores esto sofrendo mento, | € 0 marca:passo sistemtico, que & quase universal em. toder cy Taylor sempre admitia a opiniéo de. que.os trabalhadores, 6 | €equemas comuns de adminisragio © que resulta de tm cudhedoon agir deste modo, estavam comportandose tacinoalmente ¢ com hina estudo por parte dos operétios do que eles pensam atender ace ‘sproptiada visio de seus melhores interesses. Alegava, em outre | seus melhores interesses.” telato de sua batalha em Micivale, que ele cedia tanto quanto pos i sfvel em meio A luta: *Seus amigos operdrios vinham a’ ele th JA maior parte do marea-passo sistemitico... feta (Taylor) continuamente € Ihe pediam, de modo pessoal e ‘amigé. 7 er A vel, se cle os aconselhatia, no seu melhor interesse, a produzit \ aidores (preraates eae et ee pode er a Sa mais, E, como homem fiel, tinha que dizer a eles que se estivesse stein sine one er i Gp Sx ipa le Toaria conta pedro enn i trabalhando oe dia ou por facet BoE ‘contrato ou aualquer eles ene {azendo, porque no sistema “ tarefa niio an eta Gatto, meio de’ pagamento, que nio dedique parte condderteal ossfvel ganhar mais do que estevam ganhando, mesmo que fosser sre tie fa pein tt «Sic Sa ana : belos homens com o deliberado propésito de manter ss emp is no sistema de pagamento por pe come Neste caso, Taylor sabia: que 0 pagamento do tinbalho & uma ee cm cantraste com a da geréncia, que sempre portou-se falonal: | || lt di tae, eben eta ma Se age Genancetas| H dutividade, entte empregadores de tipos semelhantes de forga de t mas", © “produtor mais baixo na oficina alinbava-se como ¢ primeito em 7 iy trabalho em dado perfodo, ‘Trabalhadores que produzem diss ou {ntaiginia ¢ 0 teri em destera; 0 ; 4 i} Tas Meats mais do que no dia antetior nem por iso dupliam ex ere ue eee ae ae sutgiento fi tripliam seu salério, mas podem ganhar um pequeno aumento on eguide ove alonsdade ton tbthatges re £80 a | well telagio a seus colegas, vantagem que desaparece i medics que seu memmas condigSer que Ievaram os homens de negécio.a redusit a profuse : ih 10. nfvel de produgio ‘se totna generalizado, ‘A Juta sobre o tamanho ne shoe aig Gatko em alxo, € a reduzir aalfrios quando. a iftidteda | d fo taiho eis sameatand, fatem “com gue se eabslonioes Ieee } de parcela de forga de trabalho do din a ser encamada em cade Produco redosam nfidincla quando of mlftos cake ee ee i produto é essim relativamenie independente do nfvel. de page Seo riciocnio dos trabatiadoresextver erado, eno a eesnomin tea head ‘mento, que reage principelmerite so mercado, aos fatotes sk ¢ hist6ricos, O trabalhador aprende isto das tepetidas experiénc de negécio como € ensinada pelos empregadorer ¢ eiticas da indstia sroderns em geral deve estar igualmente erradan."W@ Or peguane ee mais na oficina vinhar predominantemente de familias de operhiee st” i i ! P Hawthorne (pentavam, ¢ seus seguidorer ainda pensem, que os mbahedoce | | scia trabalhando por dia ou por pega: “E, porém”, die Taylor, 4s Ween Bec tant in ivados por conidergéel de | | ‘no trabalho por tarefa que a arte do matcacpasso ssicmition sort wean ei or tm mare chs ae | i inteiramente desenvolvida. Depois que 0 openitio tedusis, em da haan fato de que ates mesmor peavisdore de Taine fea Ione d ' os acbse devido ao devemprego mi Grande Depraale den oe ain eee | | on tits veres, 0 prego por pega do trabalho que esté ftvendo, on i sre Wea ete tment rae te denen 30 ie | | conseainca ‘de ter trabalhado mate aumentado sua prolacee recon do tabelhadore i i le esté provavelmente em condigées de perder le vis o Inde Joma iat Devise mais interatates ere ee awsnto fol am dovempregader ¢ totna-se imbufdo de uma firme determinagio de sates aa abs A gona de Unde de cae es ‘nfo ter mais cortes se 0 marcapasso pode evitélos."™ A iota { Ihadores' controu ene ees apenas nove “want gue ean ee devese actescentar que mesmo quando um sistema de tarefa ou I ndo apenae no trabalho como fora dele: ito dot hove ram republicénos, sensing mite ao teabalhador aumentt sun pag, «iano, ese reso ihn ne me oo am Drone termina com isso, mas apenas tectudesce, porque ce nfvels ie va ou tina a } 94 Teawaitio 8 CaprzaL MoNoPouista ‘As conclusdes que Taylor tiron de seu batismo de fogo rece bido na uta de Midvale podem ser resumidas assim:{os taba Ihadores. que so controlados apenas pelas ordens e dlsciplina gerais ‘Ay nfo. fo adequadamente controlados, porque. eles estio atados aos reals, provessos de trabalho. To logo eles controfem 0 préprio proceso, de trabalho, empenhario esforgos para realizar plena mente 0, potencial inerente & sua forca de trabalhox sara -muclar esta situagio, 0 controle sobre 0 processo de trabalho deve passar 3s mios da geréncia, nfo apenas num sentido formals; mas. pelo controle ¢ fixagio de cada fase do processo, {nclusive.scu modo de exccueéo. Na busca desse fim, amergura allgumaié demasiado grande, nenhum esforco € excessivo, porque 189. Feéultados compensasio todos os esforyos © despesie liberal mente feitas neste esforco continuado © oneroso,* AAs formas ce geréncia existentes antes do taylorismo, que Taylor, chamava de "geréncia comum”, ele considerava totalmente Jnadequadas para conseguir esses resuitados. Suas descrigdes da eténcla”'comum trazem as marcas do propagandista ¢ catequizador: ‘exagero, ,simplificago ¢ esquematizagio. Mas esta questio € clara: 1-01, no melhor dos tipos comune de gertacia, os admi- ' alstradores|reconhecem franeamente que os = operties, empe- « nfados os vinte ow trinta ofisios, que extio ecb suas ordens, ppossuem este scerve de conhecimento tradicional, grande parte do- val nio esti nas mos da. geréncia, A administeagéo, matural> «ment, incal chefes ¢ upecintendentes, que foram tambim teaba Seaioaj \ Mhadores de primeira classe em seus oficos. 1 no eataato esses thech cheiey # supecintendeater sabem, melbor do que miaguémn, que fru pedorio conkesimento e periia pessoas #30 pequenos em elae {io a0 conbecimento destera combinados de todos ot optti- Foe sob suns ovdens, Os gotenter malo expecionts francamments ‘poem diate do operirio © problema de fazer o abalho da arefa 6-3 ée.induzie cada operirio a utilizar © melhor de seus yeaforges, eeu trabalho ‘ais sfincado, todo © seu coahecimento ‘agicional, sua pericia, imaginagio, « tua bea vontade — numa plavia, 22 ‘inidativs, de modo produie 0 maior stoma. pot ae oe Bossivel a'seu empregador." © Bvideniemente, sta sltima conclusio depende do principio muito conhe “bide! dp Adam Smith ds que 2 divisio do trabalho € limitada pe'a extensio do’ mbreAds,'e'o tayloriama no se pode rormar difundido em quslquer indla- “tid ou spfitado em situsgSes particulares até que a exala de prodaio 1 adegnged ‘Gee, B sobretado por sta rozk0 que 0 fayloriem: © aumento da pfodugdo.¢ sua concentsazio om unidades industisis eada vex maforer 03 “tltima’ parte do século XIX’ e no siculo. XX, Gernot Crenririca 95 Como jé vimos da ctenga de Taylor na vigéncia universal , de fato, inevitabilidade do “mareapasso”, éle néo recomendava confiar nw “iniciativa” dos trabalhadores. Sentia ele que isto leva ‘2 entregar 0 controle: “Como era costume entio, ede fato ainda € costume na maior parte das oficinas deste pals, a oficina era realmente acionada® pelos operitios e nfo pelos patrées. Juntos 03 opetirios tinham cuidadosamente plancjado com exatidio em quanto tempo o trabatho tinka de ser feito.” Na sua bacalha de Midvale, observou Taylor, ele havia localizado a fonte do pro- bblema na “ignortncia da geréncia quanto ao que realmente cons- titui um dia adequado de trabalho para um operdtio”. "Ele havia “compreendido plenamente que, embora fosse um chefe de tarma na ofieina, © conhecimenta e pevieia combinados dos operitios, que estayam sob suas ordens, eram certamente dez vezes maiores que 0s seus préprios”."® Bste, entio, era o ponto de origem do pro- blema e de onde devia partir a geréncia cientifica.} Pocemos ilustrar a solugio taylorista para este dilema do mesmo modo como Taylor freqlentemente 0 fez: utilizando & his t6ria do seu trabalho para a Bethlehem Steel Company a0 super visionar o carregamento de ferro gust a mio. Este rclato tem fa vantagem de ser o mais potmenorizado ¢ circunstanciado que ele deu, e também de tratar de um tipo de trabalho tfo simples que qualquer um pode observélo sem qualquer preparo téenico especial, Extrafmolo de The Principles of Scientific Management de Taylor: "Uma dav prirocirae tare empreendidas por aés, quando © escitor comecou 2 introduzir 2 geréncia cientifica na Bethle hem Sted Company, era @ mancio do ferro gusa por tarefa. O° inicio da Gueera Espaahola enconteou cerca de 80 000 tonea- das de ferro gusa acumuladas em pequenas pithas numa dren abecta perto dis ofiinas. O prego do fee gua havia baixado: tanto que ele aio podia eer, vendido com Inero, ¢ entio era, aumazenado, Com 0 inféio da Guera Espanhola ‘0 pro subiu. seimulo de ferro foi vendido, Into nos dew uma inidade pars mostrar 20% eperitioa, asim como 208 ropretirios e-gerentes dav oficinay, em grande esa, 29 Vantae iene ea tarefa aobre 0 antigo trabalho por ia ou por poy, Ha Sxecugio de um tipo de trabalho muito elemestar. ‘A Bethlehem Steel Company tinha cinco altosfornot,eujo produto fora manejado por uma terma de’ cartezidores pot raul- os anos, Esa turma, naguela epoca, consstis de perto de 75 homens, Eram em mia bons trabalhadores na fungio, etavam sob 35 ordens de um excelente chefe que, por sua ¥ez, havin sido fareegador e 9 trabalho era feito, no todo, o mais ripido e a prego male baixo quanto em qualquee lugar naquela époes, ‘TRapattro » CaPyraL Monopotasta Havia tilhos cartinhos na 4ees, a9 longo e pesto das pilhas de ferro gusa, Uma prancha inclinads foi colocads apolane do-st no lado do carro, ¢ cada homem. juntava de sua, pitha cxcea de 45 quilos de ferro, evantava a pranctin © deapeave ta extremidade do cat, Pereebemos que’ esta tuema estava cartegando em média 125 toneiades longas por’ homem, dianameater Excamet surpees s98 a0 descobrit, depois de estudar © amtusto, que um canta, dor de primeira dlane devia manejar entte 47" 48. tondaies por dia, em, vez. de 12,5, Isto nos pareeeutarcfa tho. gionde ave Fomos obrigedos a rever nosto trabalbo diversas ‘ese sates ae tacos abrowutamente ceitos de que tinhamos razso, Una ves cetificados, porém, de que 47 toncladas era 0 trsbatho adeque: flo. de umm ‘dia por carsegador de primeira classe, a tareia ue ‘afrentamos como gerentes, de acotdo com 0 modsine plane, Hemento civitifco, eatava clatamente dlante dent: Era ee idever providenciar para que a 0,000 toncladar de ero fan, fem carregadas nos carros a uma taxa de 47 tontladse distiss pot homer, er lugar dae 12,5 como o trabaiho escava tendo. fo Era tamblm nosso dever providenciar pass gue eae teak fesse feito stm enusar tixasentee of homens, seat qualquer coat to com ele, ¢ euidae em que os homens estivesem sie fellzee f contentes quando catregando 4 nova taxa de 47 tonclader do ue quando eativesem eatregando ao antigo indice de123 tone, Jada, INosso primeiro pasto foi a selegio cienttien do opeitio, Ao lidar com 0 operirio neste tipo de gettncia, {regia pat Yel converaac ¢ tratar com apenss um homem de coda’ ver ee ada operitio tem suas copacidades e limitacées expec isto que io estamos teatando com homens cm mantan tans Lentando deseavolver. cada individuo a0 sea mais ato estede de sficttncia ¢ prospetidade. Notso primelto. pasto foi encontase “6 homem adequado com quer comieae, Nés portanto. pbscrvarioe guldadotamente ¢ extudsmos ests 75 homnens por tres of quntee lat, ¢ a0 fim dese tempo escelhemor ox que pattem sptcy Tae famente a manejar 47 toneladas por dia. Fal entio felto tat reticuloso estudo de cada um destes homens. Eitudamen tet Vida tanto quanto, posivel ¢ ateavis de inquértos feitor quanta 40 cariter, hdbitos © ambicbee de cada um delen Finalmente ale, lonamos um dos quatro como © mais provivel pats comesin, Era um pequeno holandés da Pennsylvania que havia ido obser, yado a voltar para casa por uma miths mais ou menos, depois de feu trabalho & tarde, ¢ tio" fogo voltava de mani’ panes trabalho, Descobtimos que ganhando silirio de umn dolar Cavin 28 cents por dia ele conseguira comprat. tim pequeno,tesine ¢ ue estava empentado em elevar ae parades de uma case pace cle, de manhi antes de ir para o trabalho, e 3 acice depote de ida, Tinha também a reputagio de tee muito “fechate, nee 4: de ateibuir muito valor 2 um délar. ‘Uma pesioa 4 autem foie, mes sobre ele.dise: "Um vintém parece do tamanko de'aina rods 4 carcora para ele.’ Chamaremos a esse homem de Schmide, fossa tarefa era portanto limitada 4 fazer com que Schmidt operane 47 toneladas de ferro por dia ¢ torte alee 4 com isto, Ito foi feito da seguinee moncira: ‘Schmid Toh Genitncta Crmytfrica 7 devacado da torma de caregadone € falamos mais ou ence @ = Schmidt, vost & um homem valioea? Bum le fo ae ono gr di Tul tie Cano que abe, Ogee dejo eaber eg voet € um omen valoso bu wie = Bem, eu néo seo que o eenhor quer diver, Li ntie, eaponde te mine perguates © gue quero saber & se voct & umn homem vali ou um doses elses fone es aati, O que deseo aber € ne vos! quer gantat wee Ndies gitenta ¢ cinco cents por dia ou se rtd mtisclte com ef ‘uinae, o,meams que todos os eolgas barnon e30 pnb, Gp Se guete $185 por dia? Se ou homens aloe? Bem, sim, sou um homer valor, saat colma, 0 senbor ti me impacentando, # claro gue voct quee $185 por dia — ‘odor queen iol Vere sabe perfetamente bem que aquilo & muito poven a fiver vont Yoel ser um homem bem nage. Por favor, raponds Se mint uatéer ¢ aio percames mais tempo, Agen waht anal ee festd vendo aquelh pha de ferro? ™ "Sim = VE aque canto? = sin, wz ,Bim, te voct € um homem stot, cseegrd. aqule ferro amanhi, por $1 95. Agors acorie © raponde 4 afte Pergunta. Digs-me se & am fomem valforo oe ese gp BAM SsHbo $1.85 para careeae aguel fers He’ eaeto smanhi FSi f ¢lato au sim, e oct ganharé $1. 85 por exe- fi2ee uma pitha igual Aqaela todo dis e durante tode or sae, o£ @ auc um hhomem valioso faze vor! sabe diate tongy ‘quanto eu, a its bem. ents certo, Posto carexar aquele ferro. no fatro amanhi por $1 85 e ganhar ito tole diet = Certamente que sim. certamente gue sing = Bem. eatso, tu sou um ‘homem vations ‘Agora olhe, ole, Voc? sabe tanto quanto ei que um ‘homem valioto tem que faver exatamente como the Santora it Mani 6 3 noite. Vort vin ene hhomen aqul tar fence io vin? No, ew nunca o vf Bem st voet um homem vation, voot fark exatae fiente como ene homem the diner amanhé, de onkit ‘Quando the disier para apanhar uma pilha © andar, vost apn ? Arecanea, vost que &' nis, fats tdi, ayn id ar went, voce ent, ¢ vet ate lhe rapa Ae ee Ya para‘@ tabiho amashide-manh ¢ te aber on eee noite vost €exatimene tm home valle Seay Jao” pane! er uma conver Yate Sele eft feria se of eleismot 4 em mecinico cluster gt 8 98 Taawacno x Cavevan Monorouista trabathador inceligente, Com um omen mentsimente eetardado 0 tipo. de Schade, € apropriada endo indelicada, visto que € eficiente para fixar sua. atensio. nos altos salitlos que le z ‘quer ¢ fora do que, at The fosse chamada a atengio, provave ‘mente acharia impossivel 0. duro trabalho. ‘Schmidt comejou 2 tabalhae, © durante. todo 0 dia, os regulaes, eta dito pelo,homem colocado acima dete paca vigiat: “Agora junte a aucita ¢ ande- Agora sente e descan fe, Agora ande =~ agora descans’ ete. Ele trabalhava quando. The mandavam crabalhse, & deveaneave. qoando. Ibe mondava excanmate, 38 cinco e mein da tarde tinba cacegede 47.5 ronda" das no cavro, praticamente aunea deixou de trabalbat tate fitmo + fee 0 trabalho que Ibe deterinavam ducaate ox ter nos que o escritor tere em Bethlehem. E por todo tis tempo a médin de ganho era pouco mais de $1.65 por dia, 20 passe que antes ele jamois ganhara mais de $1.15 !p0r dia, que coy Sana corrense de saldsios naguels dpoct car Bethlche. ito & fle teebis 60 por eento mais do que ers pago 2 outro homem due nao extava tratalbando em tarela, Umi homem pés oto 5 escolhido treinado para estrgae feo 3 taxa de 47,5 tone Iadas por dix att que todo o ferro gus fot eseregado # cata ta, 08 homens reebiam 60, por cento mais que quaisyuer otto operdtios ein volta dee,"298 Teer "40 mérito desse relato € sua clareza’ em ilustrar 0 eixo sobre ‘9, qual gira toda a geténcia moderna: o controle do trabalho atra- vés do controle das decisGes que sio tomadas no curso do trabalbo, FY Daniel Bell registrou este fato assim: *Mas foi em 1899 que Taylor ganhou fama quando ensinava a um holandés chamado Schmidt a. carcegae 47 toncladas de feeto gusa em ver de 12,5 por dia, Cada pormenoe do Jhomem a espedfieado: © tamaaho da pi, 9 quantidade da_pilhs, 0 peso da pd, 2 distincia 2 pescortr, 0 arco do giro, 08 periodas de rep0%90 aque Schmidt” devia tee. Variaado sistematicamente cada fator, Taylor obteve S quantidage ide ‘do catrinho de mio! Diane de tanto permeroe sieewss fancial, fiavse hesitante em indagar se © Professor Bill pode manejo de 42 quilor de feero numa ps, stm contr que erpicie de giro" se podia fazer ou como am “earaho de mio" apientaria vana "poz Ga" de usa, A questio aqui aio ¢ de que slguim posta ser apanhado em fexeo. pela utilizagio de fontes secundéris, por obter ust historias mistuen das ou niio ter jamais visto um bolo de ferro gusa; a quertio € que os #0clS- Toor, com poucas exceges, imaginam adequada exrever sobre cenpasses, trabatho, epecalidades ec. sem mesmo a minima familistidade, O-remieado 0 que ve obrerla de ama escola de crtieos Merdrios que munca leet es, peeas € pormas sobre que esrever, mas construtssem sas eorias intel famente com’ base em spestas a quenionition “apresentados a letores de Luma “amostragem cewlfieamente welsfonada". O erro de Bell € apenas o ayo ddevuma extents linhagem de tals sncompreenades, que se cornaram, vera famente extraordindrias 8 medida que se tate de maiv complexes formas de trabalho. Neste caro, a gecincia pode —e alegremente 0 fox — dizer aot geadimicor o que The agede sobre + evolisho do trealho, das pecliae les ee, Ganincta Crentirick 9 Considerando que, no caso do manejo de ferro gusa, as dnicas decisdes a serem tomadas etam -teferentes & seqiiéncia’ de tempo, ‘Taylor simplesmente fixou a distribuigio do tempo ¢ os resultados 20 fim do dia atingiram 9 que fora planejado como diatatefa, Quanto ao emptego do dinheiro como motivagéo, embora este elemento fenha certa utilidade nos primeiros estigios do novo modo de trabalho, os empregadores nfo continuam a pagar 60 por cento'a mais pata o trabalho comum, ou para qualquer outro trabalho, desde que encontratsm um modo de compelir « um anda- mento mais répido de trabalho. Taylor viria a descobrir (e quel xatse) que a gertncia tratava seus “incentivos cientilicos” como qualquer outro pagamento por pesa, cortando-os. sem pledade tio logo © mercado de teabalho © permitia, de modo que os trabalha- ores empurrados 2 intensidade taylorista viram-se ganhando pouco ou nada mais que a taxa vigente na regio, enquanto outros empre- sadores — sob a pressifo de sua ameace concorrencial — obtign- vam seus préptios trabalhadores a intensidades maiores de tra balho.* ‘Taylor gostava de dar a impressto de que seus padites de ‘trabalho. no estavain além das capacidades humanes quando exe- catados sem tensio excessiva, mas como ele mesmo tornou caro, ‘essa impressio 6 podia ser’ mantida com base em que espécies {sicas fora do comum fossem escolhidas para cada uma de suas anodes: “Quanto 2 selegio cientifia dos homens, & fato que nessa suima Je 75 caregadores apenas cece de um homem em oito ca fisiamente capaz de manelar 47,5 toneladas por dia, Com 3 melhores ntengGes, os demals’ ete em —exda. oito nfo imo. Ora, © Snice homem em olte eapaz dese servigo ado era em sentido algum cuperioe fot demais gue teabalhavam ma turma, Acoateceu apenso que tle ert do tipo do bot —— espsimen que aio € Uo euro na hnumanidade, nem (30 dificil de encontear que atja_ demasiado caro. Pelo contrisi, ere. m homtm to. imbecil. que ‘mio a Dreetava 3 maioria dos tipos de trabalho. A sdegio. do hemem pois, AiO. implica encontrar algum individuo -exteerdinst zmae_simplesmente.apanhir sim entre of tipee comunt que #0 fipecislmente apropriados para esse tipo de trabalho. Embors m seu clisco extudo da geréncia cieatifis, emprendido em 1915 pars io tobee rhage jndustriais dos Eatsdoe Unidos, Robert F, Hoxle fobierran que a maior indie de reduglo de taxse nat offense que haviam Tntalado tm sistema formal de geréncia clentifiea ocoren indiestamente pela triagio de novas classificagSes de fungSee 2 taxas mais babcas ete. Condi ele ‘que com a geréncia cietifiea “o que importa para a redugio de taxis Pa fer quae de-nevesidade wana pate cesencial de roa propria matucera" Trapatsto e-Caprrar Monororssta sm turma apenas um homem em ito fosse sdequsda paca fazee 0 trabalho, no tivemos a minima difieuldade em cheer todos ov homens de que necesitéyamos — alguns dele ali mes, mona tum e outroe mv = mente apropriades pars a eervigo. Taylor passou sia vida a ekpot os prinefpios do conttale agit enunciado, ¢ cm aplicélos ditetamente a muitas outeas tarclas: rounit materitis dlispetsos, empilhar madeiras, inspecionar mancals de esferas cte., mas sobretudo no samo de mectnica, Acteditava ele que as formas de controle por ele defendidas podiam aplicar-se Blo apenss 20 trabalho simples, mis 0 trabalho. em suns formas mais compleras, sem excegio, e de fato asim acontecia nas oficinas meciniens, setvico de pedreico e semelhentes, quando se tratava de oficios bem desenvolvidos, de moda ue seus sucessores ime. diatos conseguiram os mais surprecndentes. resultados, Desde tempos imemotiais até a Revolugéo Industrial o offeio ou profissio qualificada eram a unidade bisica, « oglula clementat do ptocesso de trabalho, Em cada aficio, edmitiase que o teabr- Ibador era senhior de um acervo de conhecimento tradicional, e dos métodos c' procedimentas que eram deixados a seu critésio. Em cada um désses traballindores repousava 0 conhecimento acumulady ds ‘materials pritias eles, quais a producio era realzada no oficio, leita, curtidor, ferteizo, teccla0, carpinteito, pacreito, molciro, vidreita, sapatelto e outros, cada qual representando um zamo da divisio social do trabalho, ‘era um repositétio da téeniea humana para og processos de trabalho daquele ramo, Otrahalhador combinava, no corpo e na mente, os conceitos e habilidades fisieas da expecialidade: técnica, compreendida deste modo, 6, como nin sats se observou, a predecessora © genitora da citncia. O mais importante e malo dando don offlae crs, © pale ‘mundo todo continua até hoje, o de lavrador, A familia Jevtadora combina sen & Geowses Friedmann informa que, em 1927, um fisllogista aslemio, a0 sgeramine » experiencia de Schmid, caleston que 0 alvel de produsio, finn de,vot Taylor io poleda ee aca como paltia, pore may doe trabalhadores sveombiria A pressio. esses” trabalhos” 2 Contador “Faylee Prrsss om chamlo “um ritmo no qual of homeny se tornan. mais felles «, Beéuperos'.25 Devernos também notar qus, embora “Taylor chamasve Schinilt. tum bomen do tipo do’ boi”, © que a. imbectidade de. Schenidt at teohs fomado parte do (oleore da Sociologia indwrtial, «proprio Taylor. infec ava que Schmidt estava construindo. mente ee inguém 2 ‘Ihe disse quando ficawe de. pé ot tentase. Mar teas rh imbsclidade original do teabathador € uma necsidade para'a. geste sontrivio, ela ters que admit que eitf comprometids muna goede sa de premise © agulae a imberlidade, Gerbera Crenrinie, tot iio com a sude pritca de numerosos outtos, inclusive 9, de ferrcito, pedrciro, carpintcro, acougueiro, .moleiro, padeita fete Os aprendizados exigidos nos oficios tradicioinais iam de trés 4 sete anos, € para o laviador € claro que vai aléin isto, incluinds 4 maior patte da infincia, da adolescéncia da idade lulta big vista do conhecimenito set assimilado, as hahilacies a scree fomteguides & do fato de que se exigia do attexio, como do. peor Bssional, que dominasse uma especialidade © se tornasse 0, talhor juslz da aplicagio dela a problemas especiticos da producto, erat necessitios anos de aprendizado © empregados im processed experiéncia que se estendia por décadas como trabalhador ao. ag vistas do mestresartesio, De todos esses offcios, o de mecinice era um dos mais recentes no tempo de Taylor, ¢ eettemente @ mals importante para a indstria moderna, : Como jf observei, Teylor no estava interesnio «principio no avango da tecnologia (o que, como veremos, oletcce sates Inelos para controle diteto sobre 0 processo de ttabelha). Ele, fee significativa contribuicSo pata o conhecimento téenico da. pritieg nas oficinas (sobretudo no acelcramento do. manejo de. feramer, {2s), ‘mas se trata de subpreditos de seu empeno em. estudey esta pratiea com vistas a sistematizéla o classified lat Intereseevalhe @ controle do uabslbo em qualquer nivel de temologing ea Spuse, fo seu préprio oficio com uma intrepides"e-enetgia que delxou stonitos seus contemporincos, © fixeu os padhces oases engenbeiros industriais, planeiadores de trabalho gereates de gsetitétio daquela época em dante. Hao aplicerse n oftcinne tx inieas, estabelecen para si mesmo uma taefa provlsiosa, © mecinico do tempo de Taylor comecava como” deseaho dla esa; torncava, laminava, futsva, puncionava, aplainava, me lava, afiava fertamentas, limava e, tanto na miquinn come. co processes mamusis ele conchufa um trabalho de acordo com o der Senho. A quantidade variada de decisGes a setem tomndas no eutsy do processo ¢ — diferentemente do caso de uma funeio simples como a de carregador — por sua prépria natuirera enorme, Meme arn o easo do torneito apenas, sem cantar tacas ne tavela cate ferais como a excolha do material, mancio, centragm e fisagie da pera, desenho ¢ mensurncio, ardem dos cortes; © considered apenas as operades de tornear, a gama de alternativas € enorine. @ prsprio Taylor trabathon com doze varvets, inclusive ¢ dure do metal, o material da ferramenta de cotte, a eanessnya do det Baste, a forma da ferramenta cortante, o emprope de lubsifeants durante 0 corte, a profundidade do carte, a fregigncia. do afl, mento dos ferros de corte & medida que perdiam 0 mume, @ dngules 102 TraraLiio £ Capttat, Monopouista de corte ¢ de escape da ferramenta, a suavidade do corte ow fauséncia ‘de trepidacio, o diimetro do bloco a tomnear, a pressio x ferramenta na superficie a ser cortada € no gume, as_velocida- des, alimentagies e poténcia acionadora da méquina.! Cada uma ddesses varifveis & suzcetivel de amplas opyGes, que vio desde umas ppoueas possibilidaces na selecio c uso do lubrificante até grande Rumero de escolhas decisivas em todas as queswGes que, tenham fa ver com espessura, forma, profundidade, duragio, velocidade etc Doze varidveis, cada qual sujeitn a grande némero de escolbas, dardo Jugar com suas combinagoes © permutagSes possivels a uma tifra asttondmica, como Taylor logo compreendew. Dessas decisées do mecinico dependiam no 36 0 apuro e acabamento do produto, fas também 0 ritmo da produ. Sem qualquer temor, Taylor foi em frente, colocande nus mos da gexéncia todas as informa. Ges bisieas referentes ao processo, Comegou uma série’ de expe- Héncias na Midvale Steel Company, no outono de 1880, que du- raram vinte e seis anos, registrando os resultados de 30.000 a 150,000 testes e cortando mais de 340.000 quilos de ferro ¢ ago fem dex miquinas operatrizes diferentes destinadas a seu uso ex- petimental. Informa ele que sua maior dificuldade nfo era testar fs muitas variagdes, mas manter constantes onze varléveis enquanto alterava as condigdes da décima seguncla. Os dados foram sistema tizados, cortelacionados e reduzidos a forma prética no modelo do gue ‘ele chamoa de “regia mével” que determinatia a-combinagio Stima: das escolbas para cada iniciativa nos processos -mecfinicos.™ Dat por diante, seus mecinicos clam obrigados a cabalhar de acordo com 8 instrugdes provenientes desses dados expetimentais, muito mais gue de acordo com seu préprio conhecimento, experién- ‘Gaon ttadigio. Este foi o enfoque de Taylor em sua primeira ‘plicagio sisteméticn a um processo de trabalho complexo, Uma Garner, Crmvrtrica 103 vex que os ptinefpios em que se baseia so fundamentais pare todo projeto avangado de trabalho, ou engenharia industrial hoje, tomase importante exumniat is em potmener. B visto que Taylot foi virtwalmente 0 tinico ao dar clara expresso aos ptincipios que so raramente agora de conhecimento piblico, ¢ melhor examing- Jos mediante as préprias formulagGes francas de ‘Taylor. Prinseiro. principio SSO administrador assume... 0 cargo’ de reunir todo 9 conbe- cimento tradicional que no pasiado foi possuido pelos trabelhado- res e ainda de classficar, tabular © reduzir esse conhecimento a regras, leis f6rmulas. 2 Vimos'a ilustracio disto nos 3808 do tornéire mectnico ¢ do carregador de ferro gusa, A grande disparidade entre essas atividades, e as diferentes espécies de co- hecimento que podem ser colhidas sobre elas, ilustram que, pata ‘Taylor — como para os administradores hoje —, nenhuma ‘tarefa € simples ou to complexa que nfo possa ser estudada com 0 obje- tivo de juntar nas mos da geréncia pelo menos a informagio conhecida pelo trabalhador que a executa regularmente, © prova velmente mais. Isto acaba com a situagdo. na qual “empregadores adquirem sew conhecimento de quanto dado tipo de trabalho pode set feito num dia, a partir de sua pt6pria experincia, que nfo raro aumentou de modo confuso com 2 idade, pela observagio casual ¢ nfo sistemética de seus homens, ou, no melhor, dos repis- tos que sfo conservados, mostrando 0 tempo mais breve no qual ‘cada fungio pode ser executada”.® Permite a administracio des cobrir © por em execugio esses métodos mais ripidos e econémicos ue 08 préprios trabalhadores, na prética de seus oficios on tarefas, aprendem ou improvisam, e émpregem apenas a sen critéio, Esse cenfooue experimental também enseja novos métodos como os que 86 podem ser vislumbrados por meio de ‘estudo sistemético. Podemos chamar a este primeiro prinefpio de dissociagio do processo de trabalho das especialidades. dos trabalbadoresXO pro- cesso do trabalho deve ser independente do offcio, da tradigao e do conhecimento dos trabalhadores. Daf por diante deve depe absolutamente das capacidades dos trabalhadores, mas inteiramente las politicas gerenciais® Segundo principio %Todo possivel trabslho cerebral deve’ set banido da oficina centrado no departamento de planejamento ou projeto. 104 ‘Trapatno’ & CAprréL Monoponista Visto que esta é a chave da ‘administragio cientifica, como Taylor compreendeu, foi particulstmente enfitico nesta questa. € tomase importante ‘examinar o principio exaustivamente: No ser humano, como vimos, 0 aspecto esscncial que tomna 2 capacidade de trabalho supetiot A do animal é a combinagio. da execusdo com a concepsio da coisa a ser felta, Mas. medida que © trabalho se torna um fendmeno social mais que individual, € pos. sivel — diferentemente do caso de animais em que o instinto come motivadora € inseperivel da aco — separar’ concepgio © execuciof Essa desumanizacio do processo de trabalho, na qual os trabalhadores ficam reduzidos quase que 20 ntvel de trabalho fem sua fotma animal, enquanto isento de propésito e nio peneivel no caso de trabalho auto-otganizado e automotivado de uma comu niidade de produtores, torna-se aguda pata aadministragio do tra. bbalho comprado,(Porque, se a execugio dos ttabalhadores & otien, tada por saa prépria concepgio, néo é posstvel, como vimos, imporhes a eficincia metodolégica ou o ritmo de trabalho descjado pelo capital: Em conseqiiéncia, o capitalista aprende desde 0 inicio 4 tinar vantagem dese aspecto da forga de trabalho humena, © quebrar a unidade do processo de trabalho, 2 Exte poderia ser chamado 0 principio da separacio de concep- gio ¢ execugio, melhor que seu nome mais como de ptinelpio da separasio de trabalho mental e manual (embota semelhante co tiltimo ¢, ma prética, quase sempre idéntico). Isso porque o tra. balho mental, trabalho principalmente do cérebro, & também sus. cetivel de separagio de concepeio © execugio conforme 0 mesmo principio: o teabatho mental € primeiro separado da manval e, como veremos, depois subdividido tigotosamente de acordo com a mesma notma, A primetta implicagio deste principio € que a “ciéncia dé trabalho” de Taylor nanea deve set desenvolvide pelo trabelhador, mas sempre pela geréncia. Esta nogéo, aparcntemente tio “natural” g indiscutivel hoje, era de fato calorosamente discutida nos dias de Taylor, fato que demonstra quéo Ionge viajamos na estrada de transformar todas as idélas sobre o processo de trabalho em menos de um século, e quanto as hipéteses de Taylot tio ardorosa ¢ completamente contestades entraram para o modo de ver cone vencional num custo espago de tempo, Taylor viuse diante deste sguestio: por que deve o trabatho ser estudado pela geréncia © nfo pelo proprio trabalhador?. Por, que niéo ‘rabalbo cientifico mas gerdncia cientllica? Vietamlhe 20 espitito esses problemas ¢ cle femptegou todo o seu talento pata achar as respostas, embora nem Geréncia Crewrirrca 105. sempre com a franguezt costumeira, Em Principins da Geréncia Gientfca ele observava que 0 “antigo sistema” ce geréncla’ ond que cada tabalbador assuma quase 2 inteiés wapon- idade pelo plano gcral, assim como de. rath potmenoe de fea trabalho, ¢ em muitos casos tambem de seve implementon, Alle dist, cle dove execatar todo 0 tribal tsi, sonsiene © desenvolvimento. de uma ciéncia, por out lado, implicn 6 " estabelecimento de _muitas noeman, is ¢ férmilat qe! pital {wen 9 julgantento do trabahador individual que'a}. pode ae tiliidas eficaemeate apés terem sido sistamatiamente rpin: idas, slecionadas ete. © emprego. pritico ce dator ented tambént exige wina sala na qual quacdsr os lives atauigcy Ge 4 mesa pata nela tebathar 0. planejador. ‘Assn, toni plane HAmenco que no antiga sitoma ern feito pele trsbalbadcn cones esultado de sua experitncla pesioal, deve. iscenatiameates oe ovo sistema, sex feito pela gerénca de aordo. tom 1 tb de Ciencias porque mesmo que © trabalhador. fore bem adeqlads 0 desenvolvimento e emprego. de dades cientitcen: tela fates ments impossivel para cle qabathae em sus. miqeins pee ‘extiria 20 meimo tempo. H também claro que ns male doy ator um tipo de homer € necesiia pace plancjar eam itog Inteiramente diferente pars exccutar © trstalbos 2 ‘i ‘As objegies teferentes:’ ordem material na oficina sho. mente, de, pouca importincla, e representam a' bxageragio ada de obstéculos que, .embora possam existir como incon clas, dificilmente sio insuperéveis. A mengio a “tipo. diferente dle trabalhador exigido, pata cada funcio é piot que ade." talento”, visto que. esses “ripos diferentes” néo cxistiam aie a divisfo do trabalho os etiou, Como Taylor muito bem ‘compre: Gndeusta porse do conhecimento de vm oficio totno ¢ teabalha dor 0 melhor ponto de paride pata o deseavalvinento’ dh eeila do trabalho sistematizagio quase sempre significa, pelo ‘menos inkclo, '« coleta de conhecimento quc os trabalbadores 2. postu Mas ‘Taylor, fizme em sua obsessio da imensa encionaidade’ da erdem por ele proposta, nfo patou neste ponto. Fm seu depois Mento ante Comissio Especial da Camara de. Represeiattes, Presslonado © na defensiva, despendeu ainda outios angumentore : 1 ‘Desejo tomar claro, St. Supetintendente, quit tebatha: Akste"tipo empreendido pela geréacin leva a0. deavolvinenre <&e uma cltneia, 20 passo. que £ qusse impostivel gars 0 ope, tio deseavolves'uma cléacia. Hi inuitor operiios ae S86 hee, Iestualmente capazes de destavolver ma ‘eitncn, oie tate bro, e sio perfeitamente capazen de desenvolver umd eibacis” tomo or que trabathim na administragio, Mas 2 cidncls de fotee abatho de qualquer expice mio pode. see” desenvolvide, ace operirio. Por que? Porque ele nio tem tenpo sem dates, 106 ‘TRawaLHo x Caprrat, MonopoLisra. paca iso, © deeavolsimento. do cidncla de fazer qualgutetea- Brio sempre eaiga © tabaiho' de dois homens, wim aie mente execute 0 tabilho a ast etudado 0 outro. que cba pesto 0 peimeiro enquanto le tcbalha & esteda os proviee mmis de tempo ¢ de movimento eslonados com ea tbalhe Nenbum optrie tem tempo ou dinira paca queimaefazendo txpeitndas deste tipo, Se te eater tabalhande port mesmo gisein Te poe eget ds, ong dein teclucia pode ¢ deve pagse por tal sever Ei por que para ©, Specs. deanvoleimento” da eitnin we totarinpenech fae ie 2 quo apr a iid “eid, Ima por ndo Ter © tempo nen o'diniuco pars fall oe ‘ompteende que esta questo incumbe 1 pertain" ‘Taylor, no caso, atgumenta que o estudo sisterftico do tre patho. ¢ os frutos do estudo pertencem & gentacia pelas mesmis. simas: rezdes que méquinas, iméveis, instalagSes etc, pertencem a eles; isto é, custa tempo de trabalho empteender tal estado, apenas os possuidores de capital podem arcar com tempo de » Os possuidores do tempo de trabalho néo podem eles mesmos fazer 0 que quer que scja com le, mas vendélo como meio de subsisténcia. B verdade que esta é a regra nas selagées capitalistas de produgio eo emprego do atgumento por Taylor ‘no caso mosita coin grande clareza aonde o poder do capital leva: "nfo ‘apenas 0 capital propriedade do cain, miso préprio tornowse parte do capital. Néo apenas os ttobalhadoses perdem ‘controle sobre os instrumentos de produgio como tembém devem perder o controle até de seu trabalho e do modo como © executaEste controle pertence agora agucles que podem “atcar” como estudo dele a fim de conhectlo melhor do que os préprios ttabalhadores conhecem sua atividade viva, Mas Taylor nio completou ainda seu argumento: “Além do mais”, disse ele & Comissio, “se coubesse a qualquer operétio descobtit um meio novo ¢ mais répido de fazer 0 trabalho, ou s¢ the coubesse revelar um novo método, os senhores podem perceber imediatamente que se toma de seu ‘nteresse guerdar 0 descobri ‘mento para si mesino, ¢ ao casinar a outro 0 método mais répido, B de seu interesse fazer 0 que os operitios sempre fizeram, guatdat 8 segredos.do olicio para si mesmos e seus amigos. Esta é a velha idéia de:segredos do oficio. O operdtio guardava seu conhecimento ‘para si’mesmo em ver rane: uma ciéncia e ensiné-la @ Outtds, tornando-a propriedade publica"? Por trés desse recuo ‘As velhas idéias do “segredo das guildas” estd a nogio persistente +¢ fundamental de Taylor de que o aperfeigoamento dos raétodos de trabalho pelos trabalhadores trez poueas vantagens para a geréncia, Em outra parte de seu depoimento, ao discutir o trabalho de seu Gunacia Crenririca 107 associado Frank Gilbreth, que passou muitos anos estudando os métodos de assentamento’ de tijolos, ele candidamente admite que niio apenas podia a “ciéneia do assentamento de tijolos” ser desen- volvida pelos trabalhadores, mas: que sem diivida 0 joi: “Ora, nfo tenho a minima diivida de que durante 0s sltimos 4.000’ anos todos os métodos desenvolvidos por Gilbreth foram muitas, muitas ‘yezes sugetidos as mentes dos pedreiros”, Mas devido a que 0 co- nhecimento possuldo pelos trabalhadotes néo ¢ stil a0 capital, ‘Taylor comega seu rol das desideratas da geréncia cientifice assim: “Primeiro: 0 desenvolvimento — pela. getéricia, néo pelo operitio — da ciéncia do assentamento de. tjolos."* Os trabalhadotes, explica ele, nfo io pdr em execugdo’ qualquer sistema ou inétodo que os prejudiquem ou a seus eolegar: ‘Acazo teria por- sivel”, diz, cle referindo-se aos canregadores de ferro, “que se des fizessem de sete homens em oito de sua propria turma e retivessem apenas 0 oltavo? Nao!" Finalmente, ‘Taylor comprecndex principio de Babbage ‘melhor que qualquer pessoa de seu tempo, e ele eta sempre pre- dominente em seus cilculos, O propésite ‘do estudo do trabalho nunca era, em sua mente, robustecer a capacidade do tabalhador ‘oa concentrat no trabalhador wma parcela maior do conkecimento cientifico, ou mesmo assegurar que, & medida que a téenica au mentasse, 0 trabalhador também se elevasse com ela, Antes fo obje- tivo em baratear 0 trabalhador ao diminuir seu preparo e aumen- tando sua produgiol, Bm seu primeito livro, Geréncia da oficins, disse ele francamente que as “plenas possibilidades® do seu sistema “nao se realizatiam até que quase todos os mecanismos da. oficina fossem acionados por homens do menor calibre € alcance, e que so, portanto, mais baratos gite os exigidos no velho sistema” 3? Em conclusio, tanto a fim de assegurar 0 controle pela ge- réncia como baratear o trabalhador, concepgio e execugio devem torarse esferas separadas do trabalho, e para esse fim 0 cestudo dos processos do trabalho devem reservar-se 2 geréncl fe obstado aos trabalhadores, a quem seus resultados so comuni- cados apenas sob a forma de fungdes simplificadas, orientadas por instragdes simplificadas 0 que € seu dever seguir sem pensar ¢ sem compreender 0s racfocinios téenicos ou dados subjacentes. Terceiro principio A nogio fundamental de “tipos comuns de geréncia”, disse Taylor, "“€ que cada opersrio tomnou-se mats especializado em sea ptdprio offcio do que é possivel a quelauer um sei na geré 108 ‘TRABALHO. # Caprrat. Monorotista © que, em conseqiitncia, os pormenores de como o trabalho sexé tnais bem feito. devem ‘ser deizadoy cle" Mes, cen anne “Talvez © mais proeminente elemento isolado na. geréncia cientifien moderna seja a nosio de.tarefa. O trabalho de todo opericio ¢ intel ramente planejado pela geréncia. pelo menos com um dia de ante. cedéncia, © cade homem tecebe, na inaioria dos casos, instrucces escritas completas, pormenorizando. a tarefa que deve executar, assim como os meios a serem vutilizados 20 fazer ttubalho.. Esta tarefa especifica néo apenas o que deve set feito, mat como deve ser feito ¢ 0 tempo exato permitido para isso...” A peréncia cienttfica consiste muito amplamente em prepatar as tarefas @ sun execugio, "= ieee Neste ptincipio nfo € a ficha de instcugées escritas © que impotta.* Taylor ndo precisiva de ficha como essa para 0 caso Wo Schmidt, nem a utilizatia em muitos outtos casos. Pelo contsisio, © elemento essencial € 0 préplanejamento ¢ 0 pré-céleulo de todos os elementos do procesto de trabalho, que jd nio existe como pro- cesso_na imaginaséo do-trebelhedor, mas. téo-somente como ‘uns Processo na mente de umaiequipe especial de geréncia. Assim, se © primetro principio € ‘a ccoleta e desenvolvimento dos processos de trabalho como atribuicéo exclusiva da ger8acia — juntamente com a recfproca, @ austacia desse conhecimento entte os treba. Ihadores — entioo teiceito principio € a atilizacito deste mono- pélio do conbecimento para controlar cada fase do processo de trabalbo ¢ seu modo de execugio.® A medida que as priticas do industrial capitalisia, do escti t6tio e do mercado se desenvolveram da acotdo com esse prineipio, 4 dsternio obsante 0 fato de que por eto tempo a fiche de instra tecrtas ‘fossem umn fetiche entre ot administradores, A mods de tala fchos como terefaz de trabalho térnou-se tio simpliieads « repetitive a ponte de formar as fchas desaecetcas na malria dos cane, Mat o.conceto. bie sene a elas permanece: € 0 concelto da acio.dirta da gettncin na deter nagio do procttso, funcionando 9 trabalhador como 0, insttumen 4 tsttitamente governado, Este & 0 tignifieado dn defini de Lill Breth da ficha de instrucées como "am autoprodicor le. predeterminado Produto".99 © texbalbador como produtor & ignorado: + gertacia tormacte © produtor, « seus plans « instengses enscjam 0 produto, Has mesma fchs de instrucio inspirava a Alfred Marshall, contudo, a ex6tiea opiniie. de. que 4ela os teabathadores aprendiam como a\ producto exteutada: tal ficha iempre que caia nas moe de um homem que penta, pode aueriecthe ago dos propésitos € métodos daqueles que + fizeram” 0 0 teabaihadon, segundo: 4 nosio de Marshall, tendo abardonado. 0 conhecimento thnico doo deve agora adquirir 0 conbecimento tknico muito mais complex da Indie, tia moderna na sua ficha de servigo, assim como paleontelogs teconteal todo o animal a partir de um fragmento de oul Genfivera Crenririca 109 cle veio de fato a tomarse parte dt rotina © costume aceitds, tanto mais que, como o crescente catiter cientifico da maictia dog Processos, que aumentaram em complexidade enquanto 20° ttebe, Ihador no era permitido partilhar desse crescimento, ficou endo vex’ mais dificil pata os trabalhadores compteender os processos hos quais atuavam, Mas, no. prinefpio, como Taylor muito, bers comprecndeu, era: necessfrio um brusco atranco.* Vimos os meios cempregados no caso simples de Schmidt, tanto na selegio de’unt Sinieo trabalhacor como ponta de partida, como ne maneieh come ‘le foi reorientado as novas condigdes de trabslho, Nas condigSes mais complexas da oficina, Taylor attibuiu esta parte da respon, sabilidade so chefe de turma. "Ht essencial”, disse cle dos ehefes cde turma, “dar forga ¢ estinnulo a eles 20” ponto de dnsistir em gue 05 operitios exccutst¥o suas ordens exatamente como espe: can mipregazas £0m Freqiéncia tamlsém por categorias mais balsas oe cTipscbilossuperviaotes.AAs unidades de produgao.opetam tenes © O46, vislada, cortigida e controlada por um eétebre dienes © jconeeito de controle adotado pela gertncle moder cexige Baralelas ‘no centro. gerencial: cada uma delas dove ex revista, ee tlade, expetimentads, cominicada, atribuida, ordorede oe Hida, inspecioneda, egistrada. através de toda a noe duragio: pbs conclasio, {0 resultado & que o processo de produgiene Tepro- duzido ci papel antes ¢ depois que adguite fore concretaX Desse: odo, como o ttebalho humano enige que 0 teu proce ecorra spo eo, 8 atvidade fisica do teabalhadot, do: meses ec SEC 4, imssem do processo, tirade da produgis pire may lager ‘Sppatado e grupo distinto, controls o proprio poseese nnovidade de mio ¢ cérebro, concepsio e execugio, mat ac rigor com 6 qual Ge vidos uma do outto, e dat por diane semis subdivididas; meng, Bos tga vex tis restitos dentro’ da geréncia out ine’ mente sssociados coin ela estabelecer -relagies soclais, aperténicas, de teabalho alicnado, mao © cérebto torn PUA sepatados, mas divididos e hostis, ea unidade humana. de imfo ¢ cttebro convertese em seu oposto, algo menos qe humanoy A folha de especificagées de servigo, étlen de produsio, mera uso. H inerente « esse modo de pt cetenvolve, sob a geréncia capitalist, por tods a Linens d6 capi. talismo. Mas s6 no iltimo sécula a escile de producto, of recursos fomados disponivels A empresa moderna pela tépide acumulagéo 1D 4 ‘TranaLto & Caprrar, MonoporisTs de:eapital, ¢ 0 aparelho conceptual ¢ pessoal preparado tomnaram possivel:insti"acionalizar esta separecio de um modo sistemético eformal.* “inwiAvimensa eagenharia industrial ¢ miltiplas divisdes das em- presas* modernas tém suas origens no planciamento, avaliagio € Drogramhagées que aumentaram com 0 surgimento do movimento He geréneia cientifica, Esses primeizos departamentos tiveram que brit 0 ‘préprio caminho contra os reveios dos sisudos administra dores, a quem Taylor procurou persuadir com 0 seguinte, argue mento:.*A primeira vista, a atuacto de um departamento de pla- nejamento, juntamente com as demais inovagdes, parecerd implcar grande guentidede de ttabslho adicional bem como despesas extras, @ asquestio mais natural seria; (sic) aeaso o aumento de eficién- iacda oficina inais que compensa ese projeto? Deve-se ter em menéé,'contudo, que, com excegio do estudo de unidedes de tempo, quase-nio:hé ‘um s6 item de trabalho feito no departamento de Plangjamento que néo esteja sendo jf feito na°oficina, Estabelecet umjdepartamento de planejamento apenas concentra 0 projeto € ‘mbites: outtos ttabalhos cerebrais em uns poucos homens especial- gBentejadaptados a sua tarefa e prepatados adequadamente, em vex de tees, como antes, a cargo de mectnicos onerosos, bem ajus tadot''g’ seus oficios, mas parcamente preparados pare trabalho ¥'0u' menos burocritico em sua naruseza."® Mas a isto cle aetescentava ‘a seguinte reserva: “Nao hi problema quanto a que Slausto ‘da produgio seja baixado pela separagio do trabalho de plaicjaniento ¢ cetebral tanto quanto possivel do trabalho manuel. Onde ista'seja feito, todavia, € evidente que se deve dar suficiente Hibalhol'aos trabalhadores cesebrais de modo a manté-los ocupados semipte’"Deve serlhes proibido circular por considerfvel parte de seu tempo; esperando que o tipo especial de seu trabalho progtida, ‘bo! € to freglientemente o caso." Isto é a maneira de lembrar que Denhuma parte do emprego capitalsta esté isenta dos métodos s primeizo na oficina, ‘Os Hammonds falem ds Boulton, que no ‘siculo XVI, dicigia uma range. Fabrica de muiquinas gpertrizes em. Sobo. ma lnglaterra, em sociedade seaessmes Wate, comno em cespesialeia em gerne cemtiiea. Mas 8 pt AME dutigte auc eis citam de aru mxtodo de gecéncia desmente exta nogio Bebelo contcina, seentua os métodon de gerdncla moderna: “Embore insta- Sado ne meio de sun {ibriea, eavelvide pelo ido de maxes ¢ 0 baruibo. Gar iniquinas, podiaemégeral percber quando ocoria alguma Geuddots msguinaria fp demasido depres: ou lentamente, © Reo caso"? Boulton tina. port, de (aro uma pol flzacional bem desenvotvids, da ow Pamcrpais Evertos pA GuENcts 115 A primeira vista, a organizagéo do trabalho de ‘acordo com tatefas simplificedas, concebido e controlado em outro lugar, exerce claramente um efeito degradador sobre a capacidade técnica do ttabelhador, Em seus efeitos sobre toda » populagio trubalhadora, porém, esta questio € complicada pelo ripido crescimento do pessoal administeativo ¢ téenico especializado, assim como pelo Hipido aumento da produgio e alternincia de massas a novas indi tins, ¢ mudangas de ocapagbes dentto dos processos industri Na andlise dessc problema no tempo de Taylor, fixowse um padiio a partir dat seguido, “FA muitas pessoas que desaprovatio © esquema total de um departamento de planejamento para fazer © peastmento dos homens, uma quantidade de chefes pars Supervisionar e disiyie cada homem em seu trabalho, com bear em que isso nfo tende a promover independéneia, autoconflanga © tiatividade no individuo”, escteveu cle em Shop Management. “Os que mantém este ponto de viste, poréi, devem admitir ex: ‘ego A tendéncia gersl do desenvolvimento industrial modemo.?# Rem The Principles of Scientific Management: “Ora, quando através de todo esse ensino e instragies minuciosas 0 trabalho se toma epatentemente to suave ¢ fill pate o opertlo, 2 primela impressio € que tudo isso tende a ttansformélo num mero autd- mato, um homem de madeira, Como 03 opetétios freqientemente ddizem, logo que caem no sistema: ‘por que nio me permite pensar oa mnover-me sem que alguém interfira ou faga a coisa ‘por fim?’ A mesma critica e objegio, porém, podem ser feitas contra todas as demais subdivis6es modetnas do. trabalho.”* “Todavia, as tespostas claramente ‘nfo satisfaziam @ Taylor, sobretudo quando pareciam Iangar a culpa na sua prépria amada Scubdivisio do trabalho”. Assim foi que em ambos os livros ele continuo a despender argamentos, que em Shop Management xsumiram esta forma: "A verdade, por © ue! a sala de planejamento ea chefin funcional possiblitam a-wm trabalhador inteligente ow Shadante, como tempo, fazer muito do trabalho agora feito por uin’ mecinico, Nao'€ uma colen bos para o trabalbador ¢ B ajudante? Dé-re-dhe ema clase mais elevada de trabalho, que feode a desenvelverthe ¢ darlbe melhores salir, Na simpa- tia, peo mecinico 0 sag do teabalhador € paseado por cima olicto 20 keivor, de pasagem, qué note 2 rudsza ds expressio “wm depa famento de planejamento. para fazer o peagamento dor homens”. Av fungbes dor depactamentos de planejimento no mudaram, mat nama ers mais sequin ada, ena. qual se debate ardorovomente sobre 2 organizagio do trabalho, os Mministradorss sio prevenidos, e fo ae julge nectsicio falar to eruamcare, 116 ‘TrapaLHo’ © CaprrAL Monorouista Esta simpatia pdo mectnico & contudo, ini Bragis 20 nove stems, ith elevar-se a ‘uma clase superior dé ttabalho para a qual aio estava capscitado no. pasido, ©, sem 0 mais, a chefia dividida ou funcional. exigiti am’ admero maior de homens acs clas, de modo que os homens, que de outro modo ficariam senda mecénicas por tod 2 vida, terio 4 uportunidade de elevarse 4 chfian A demanda de homent coin cratvidade © efrbros jamsie foi to grande como agors, ¢ a modeina subdivisio do taba. Iho, em vez de reduzir a6 dimensSee dos homens, capaciovoy devidamente a subir a plano mais alto de eliciéncis, smpliconde Ag mesmo tempo mais trabalho cerebral ¢ meres monowona, O tipo de homem que era antigamente tiabalhador, mundo € ag0- por exemplo, aqusle que faz espator numa frien de spas fot, © sevice aujo € feito pelos imigeantey italiauos ou nr0s."® Visto. que ae, Esse atgumento ganha forca num petiodo de crescimento, da sépida ecumulagio de capital através da produgio em escala tada vez maior, ¢ da constante abertura de novos campos de acumulagio de capital em novas indistties ou conquista de fotmas de produ. fio, précaptalista pelo capital. Neste contexio, novas levas de ttabalhadores.sio trazidas a fungbes que jé foram degtadadas em ‘compatsgio com os offcios de antes; mas na medida em que vém de fora da classe trabalhadota existente, principalmente de. pessoal otiundo de fazendas axtuinadas e dispersas, entram sum processo desconhecido -deles, sem que dele tenham previa experiencia ¢ admitem a organizagao do trabalho sem discutir. Nesse ntetim, abrem-se_oportunidades para a clevagio. de alguns -trabslhadores 420 planejamento, projeto, estimativa ou departamentos de selegio, ‘ou a. chefias (especialmente hf duas ou txés getagdes quande subiam 208 postos de mando pessoas otiundas das oficinas). Desse modo, tendéncias a cutto prazo simplesmente mascatam a tendén- ciasseculis no sentido do rebaixamento de toda a classe trabalha. dora a nfveis inferiores de especialidade ¢ fungées, ao abrir caminho para o avango de alguns trabalhadores nas industrias em rhpida expansfi, juntathente com exigéncias cada vez menores de capaci tagio dos candidatos, onde grandes massas de trabalhadores si0 admitidas a0 trabalho pela primeira vez nos processos:industt escritoriais ¢ de mercado, A- medida que isto continua por vitia getagées, os préptios padrdes, pelos quais a tendéncia é julpeda, fornamee Impesceptivelmentefterndon,c-0°prépio sgafage “quelificagio” degradase. Socidlogos economistes, contudo, continuam a tepetit o ar gomento de Taylor num 'iiindo de trabalho que se totnow, para maioria da populagio, trabalhadora, cada vee mais despido de PrinorpAts Ererros pA GErBNCIA 17 ualquer conteiido de qualificagio ou conhecimento -cientific} Assim, Michel Croaler, om Tbe" World of he" Ofice, Workey admite que, na medida em que um trabalhe de escitétio.tornot-sé ‘campo ocupacional imensamente ampliedo, sua paga e' vantagens de posigéo sobte 0 operétio da ffbrica virtualmente desapdreces ram: “Uma multidio de empregados nfo. qualificados assumiu-tma série de operades simples imutiveis.” *E este padrio etal’ de evolusio”, diz ele, “previsto pelos. teéricos merxistas, que ‘eoné! titui © principal érgumento em favor da tese da proletatizatdo dos empregados em escritérios.” Sua resposta, palpavelmente ‘seme: lhante a de Taylor, difere da dele apenas nisto: em lugat’ dé italianos © hiingaros aptezthe empregar mulheres como aquela categoria de forga de trabalho para quem qualquer fungio' € bas. tante boa: “A proletarizacio dos empregados em) escrtétio nio'tem © mesmo significado, absolutamente, se se trata de mulheres, € né0 chefes de familia, que constituem a maioria do grupo.?? Como ele ‘mesmo explica: "cat, evidentemeate, por outro lado, gut oF 96,000) trabathadorestanetea em eet, em 1920, tii. tae zente_ mais starur burgute que os 1.920.000 dees enpeigadca cm 1962, Mas, para es 600.000 empregados do 10x0 mike Ro em_ 1920, corespondem agora, tlver, 350.000 euperiso- 4s €. 250.000 empregados altemente qualifiado, cj pon, {80 € pelo menor equralente 20 de seus predreores de 19 Quanto. 36 950.000. mutnerer tecentementesdqutie' a pros fissio, ba inte anos tram opetiiaa. comurcira ow domtstca: Pox’ monétona e alienante que rua linha de montigem "pare set, pita elas pode conatitir uma, promosio, ee Cettamente, a profasen em esertéro,¢ a abil teins ‘éstdo, em Bea. consideavelmeate.devvalornadib em comparagio com sun posicho hi apenan cingienta anos. Mas fain desvalorizagio. da grande maar de foncte fot aompanhar fa, como vines. de uma diferendagio. muito. maior'e mudanga fe reertamento. minions dae fangoer em exririo € mence Femaneeagier mala ee com mite sin fungGes executadas por mul Assim como o offcio € desttufdo e cada vex mais esvaziado de seu contetido tradicional, os restantes vinculos, jf ténues € enfra- quecidos, entre a populagio trabalhadora ¢ a citncia, esto quase ‘que completamente rompidos. Esta relagio cra, ro passado, feitd principalmente através do oficial ou do attesio na classe ttabalha- dora, e nos primeiros perfodos do capitalismo a relagio eta per- feitamente intima. Antes da confirmagio pela geréncia de° seu 118 ‘TaapaLHo x CapiaL Monopotista monopélio sobre a cigacia, a profissio era © principal repositério dacprodusfo técnicocientifica na sua forma. entio existente, e 03 fextoside histétia acentuam as origens da ciocia na téenica pro- fissional. “Do pento de vista hist6rico,” diz Elon Mayo, “penso re -asseverat que a ciéncia surgiu em geral como um produto de-especialidade técnica bem desenvolvida cm dada drea de ativi- dade, Alguém, algum trabalhador especializado, aum momento de reflexio,,eslotgouse por explicitar as hipéteses que esto impli citas.na; propria especializagio... A ciéneia finca profundamente 48, falzes na especislizagio e 56 pode expandirse pelo desenvolvi- mento, experimental e sistemético de uma especializagio realizada, As, cincias, bem sucedidas sio todas, conseaiientemente, de origem humilde — 0 prudente desenvolvimento de especializages. subal- ‘ethas até o ponto de expansio l6gica e experimental claramente gbtida.”® sD ili. de engeaheiro & um foto reatvaniente recente, Antes “dele, as fungdes conceptuais © de projeto eram de compe- téncia do profissional do offcio, do mesmo modo como as fungGes de cestimular a5 artes industriais mediante inovagio, “O apateci- mento. dd,engenheito modeino”, diz Bernal, “foi um fenémeno social novo, Ele ndo é o descendente em linha direta do antigo ‘engenheiro: militar, mas do operério e do ferrageira da época dos offclos!: Bramah (1748-1814), Maudslay (1771-1831), Muir (1806-1888), Whitworth (1803-1887), e 0 grande George Ste- phenson. (1781-1848) eram todos homens deste tipo.” Quem ‘esteja.pclo menos ligeiramente familiarizado com a histéria da tec nologia’reconhecer a importincia dos nomes desse rol, ao qual se podem actescentar os de James Watt, cujo offcio ere o de fazer {nstramentos mateméticos; Samuel Crompton, que era fiandsiro desde.a.idade de quatorze anos e que continuou, a falta de pro- tecdo por patente, a ganhar 2 vida como fiandeiro mesmo depois que a mula mecinica entrou em uso generslizado; © muitos outtos.* 7 Nio obstamte a onda de invensSes mecinicay aos, élkimor tempor, sia impossivel fazer wms lista como esa neste siculo, Pode-w pensar tov Frank Whittle, antes aemador de metal serovisel, que destmpentiow papel. impor” ante a2 invengio do Jato, e John Harwood, sdlojosiro e consetador de melégios que inventou 0 rsldpio automético, patemteado. em 1923.” Hoxie {informa que, quando preparsva seu estado’ de geiencia cienifica, durante a Brimeica Guerea Mundial, viv numa lojs uma maquina automstien iaventada Por um operiri, que fazin 9 trabalho de virioe trbsthadores manvaia, "Tela ‘ecebido’ alguma recompensa?™”, ra o que ae perguntava, "Sim, £ caro", velo a epost "eu folio foi aumentado de 17 para 22 cente por hora" Exemploy deste tipo podiam see multiplicndos.!l Mas ultimamente care, car so rates, ‘Usm:estudo, das caracerstcas ocupacionsie de mo amostea aleatcris de per, Pancreas Erurros pA GenfNcrA 119 Devese notat que, até 1824, era ilegal que um mectnico inglés aceitasse trabalho fora, restrigdo inconcebivel em nossos dias; as razbes. disso ficaram evidentes considerando que os profissionais petmaneceram 0 repositério do conhecimento técnico do processo de produgio, © profissional estava vinculado ao conhecimento técnica ¢ cientffico de seu tempo na prética didria de seu offeio. O apren dizado comumente inclufa prepato em Matemética, inclusive élgebra, geometsia e trigonometria, mas propriedades e procedéncia dos materiais. préprios do offcio, nas ciéncias fisicas e no desenho me- ctnico, Aprendizados bem administrados proporcionavam assinata- ras de publicagdes técnicas referentes. 90 oficio, de modo que os aprendizes podiam acompaphar 0 desenvolvimento." Mais impor- tante) porém} que’ 0 preparo formal ou ‘comium era o fato de que @ offcio proporcionava um vinculo didrio entre a cléncia e o trabalho, visto que o profissionsl estava conétantemente obrigado a0 empre- 0 de conhecimento rudimentar cientifico, de Matemstica, Desenho tc, na sua prética,** Esses profissionais eram parte importante do soas 4 quem ee concederam patentes nos Eedos Unidos em 1953. mostrava que “estea de 60 por cento cram engesheros, quimicos, metairgicos ¢ dice ores de pesquiss « desinvolvimento; ¢ que a maior parte dos rexantes era de executives nio-RUD; poucos tram trabalhadores produtives".!2 A eta altura ppodemos fazee uma paura paca. um funeral deceate a0 tercivo asgumento de ‘Adam Smith em favor da divieto tenia do trabalho: que o trabilbador, com ‘a atengio voltada para uma simpler opersgio repetida, iaventaria a miquina para facltar aquela operagio. A Yerdads que isso poderia conter dessparceeu ES muito sob as condiges capitalise de produgio, nas quails o trabalhador znem ¢ estimalado nem the ¢ permitido compreender 0 seu trabalho. 4's efeitos do dectinio do aprendizado. exam stntidos ji 20. tempo de Hoxie, que din: " evidente, porém, que a eficitncia inata da classe trax Thadors deve ceawntise da negligindia do. apzendiaado, se enhum outeo meio de educagio. industial nia estiver preter a chegar, Os adminstradoret entificos, contudo, tGmose queixado amargemente do pobre e desordenado ‘material do qual devem receutar seas.trabathadores, comparado com 0 eficl- ‘ente © orgulhoso profisional que’ procurava emprego vinte anos atels."!2 sss ‘mesmos gereates ciemtificos ndo eesam de teclamae amargamente, come de seu costume, dis caracerisicas de uma_populagio ciabalhadors que ees proprios modelaram para ajustarae a seus fins, mas nfo encontraram ainda Jum jeito de produaie trabalhadores que seam a0 mesmo tempo degradador fm dew lugar no proceso de tratatho e tambim conscenciosos ¢ orguthosos 4 eeu trabalho + Ee um eiudo dos profisionais da Revolugio Indeatial, exreve David Landes: "realmente notivel © conbecimento teécco dese: omens, Eles rio exam, em getaly os latoricos analfabetos da mitologia histirics. Ail 0 mais combm opecicio brogal, como observa. Faisbaien, ere, em geal, ‘um ‘xeclente aritmético, sabia alguma coisa de geometis, nivelamento © medides, e-em aigues casos’ poseula timo eoshecimento de matemiticapritica. Ele

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