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Torga-felra 28 de Margo de 1967 1 Série— Nimero 74” DIARIO DO GOVERN PREGO DESTE NUMERO— 6980 Toda a correspondéncia, quer oficial ‘quer relativa a andncios e 9 astinatur do eDidrio do Covernos e do «Disrio dat fe cane Comms go ce a | ey teat ae eine | ADMINISTRAGAO DA IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA AVISO. Por ordem superior e para constar, comunica-se que fio sero aceltes quaisquer originals destinados a0 «Diério do Governo» desde que no tragam aposta ‘a competente ordem de publicagdo, assinada e auten- tieada com selo branco. SUMARIO Presidéncia do Conselho: Declaraga De ter sido rectifioada a Portaria n.° 22 505, quo torna ox. ‘ensivo be provinoias ultramarinas de S. Tomé Principe Timor 0 digposto. na Portaria n.° 18 508 (Estatuto do Ensino Profssional Industrial 6 Comercial) Ministério da Justiga: Decreto-Lel n.° 47 644: Aprova, para entrar em vigor no dia 1 de Junko de 1067, ‘9 Osdigo do Registo Predial @ substitu a tabela deem Tumentea ‘do registo predial, aprovada pelo Decreto-Lei nt 42 565 —Tosere dispotigSes relatives a determinados fctot de registo ¢.transmitsto ‘de. propriedado — Torna ‘plicdvel aos. primeiros-sjudantes das conservatérias @ dos feartérice notatiais Heenclades em Direito © com mais de ‘quatro nas de bom e efectivo servigo o disposto no n.° 2 5 ‘artigo. 20° do Decteto-Lei n° -44 068 —~ Determina {gue 0 Saldo iiguido do produto da vonds de impressos {omeciies pelo Cofre dos! Conservadores, Notérios © Fun- ‘de Tustiga a serviges dependentes. do. Ministério moe eceita do eervig social riado pelo Decrato-Let ‘10\e revaga, a partir da entrada em vigor do novo ‘aigo, toda a logisingh relative h matérie nele abrangida, ‘com restealva da legisiagdo especial a que se faga expressa roferéncia. Ministério do Ultramar: Portarla n.° 22 588: ‘Reforga verbas inscrites na tabela de deapesa extraordindsia ‘do orgamento geral da_provincla ultremarina de Mogam- bigue para o ano do 1968. Portarla n.° 22 600: ‘Abre um orédito ma provin. ‘para reforgar uma ‘verbs Sxtraordindria do orqam de Mocambique bela de deapena ioral para 1908, PRESIDENCIA DO CONSELHO Secretaria-Geral Segundo comunicagiio do Ministério do Ultramar, Ga- binete do Ministro, a portaria publicada sob o n.* 22 565, © prego dos andncios & de 4350 a linha, acreteido ‘do. respective. imposto do s2lo, dependendo a sua publicagio de depisito. previo a efectuar na im Drensa Nacional de Lisboa. no Didrio do Governo n.* 61, 1.* série, de 18 do corrente, © cujo original se encontra’ arquivado nesta S2cretaria- Geral, saiu com a seguinte inexactidao, que assim reetifica: Onde so 18: «.. . da citada portaria e dos Decretos n.% 43231 ¢ 43641,...», deve ler-se: «.... da ci- taeda portaria, dos Decretos n.° 48.251 e 43641,» Secretaria-Geral da Presidéncis do Conselho, 20 de Margo de 1967.—O Secretério-Gersl, Diogo de Castel- branoo de Paiva de Faria Leite Brandao. seseesosonesesceseesesecssossesesesesseenet MINISTERIO DA JUSTICA Direcco-Geral dos Registos e do Notariado Decreto-Lei n.° 47611 Usando da faculdade conferida pela 1.* parte do n.° 2° do artigo 109.° da Constituigio, 0 Governo deoreta e eu = promulgo, para valer como le', 0 seguinte: Artigo 1.° B aprovado 0 Cédigo do Registo Predial, que faz parte do presente diploma e segue assinado pelo Mi- nistro da Justiga, Art. 2° A tabela de emolumentos do registo predial, aprovada pelo Decreto-Lei n 42565, de 8 de Outubro de 1959, € substitulda pela tabela anéxs ao presente ploma, Art. 8." As sociedades comerciais ¢ as sociedades civis sob forma comercial que, por falta de titulo bastante, estejam impossibilitadas de levar ao registo a transmissio da propriedade ou do usufruto de quotas ou partes do capital social, ou a divisio ou unifieagio de quotes, podem, para fins de'registo, suprir a falta de titulo mediante escritura de‘justficagao, lavrada nos termos prescritos na Jet notarial. Art. 4.°—1. O registo da propriedede de automéveis importados nas cond:gdes previstas no artigo 1.° do De- creto-Lei n.° 82.812, de 9 de Outubro de 1942, a favor de agentes diplométicos estrangeiros screditados. junto do Governo Portugués 6 gratuito, quando for solieitado Por intermédio do Ministério dos ‘Negécios Estrangeiros. 2. A gratuitidade preserita no mimeo anterior s6 6 concedida em regime de reciprocidade, competindo a0 Mi- nistério dos Negécios Estrangeiros assegurar-se da sun existéncia nos outros paises. Art, 6.° 0 disposto no m.° 2 do artigo 20.* do Decreto- “Lei n.* 44 068, de 28 de Novembro de 1961, 6 aplicdvel 624 aos primeiros-ajudentes das conservatérias ¢ dos cartérios notariais desde que sejam licenciados em Direito ¢ te: nham mais de quatro anos de bom ¢ efectivo servigo. Art. 6.° 0 saldo liquid do produto da venda de im- pressos fornecidos pelo Cofre dos Conservadores, Notérios © Funcionérios de Justiga a servigos dependentes do Mi- stério da Justica constitui receita do servigo social ‘ado pelo Decreto-Lei n.° 47210, de 22 de Setembro de 1966, Art. 7.2 O Cédigo do Registo Predial ¢ 9 disposto no artigo 8.° do presente diploma entram em vigor no dia 1 de Junko de 1967, Art. 8.° Desde a entrada em vigor do novo eddigo, fin revogada toda a leg'slagdo relativa & matéria nele fabrangida, com resealva da legislagio especial a que se faga expressa referéncia. Publique-se e cumpra-se como nele se contém. Pagos do Governo da Repiblica, 28 de Margo de 1967. — Amenico Deus Ropnicuas THomaz — Anténio de Oliveira Salazar — Antinio Jorge Martine da Mota Veiga — Manuel Gomes de Araiijo — Alfredo Rodrigues dos Santos Jiinior — Joao de Matos Antunes Varcla ~ Ulissee Crus de Aguiar Cortés—Joaquim da Lus Cunha— Fernando Quintanitha Mendonca Dias — Alberto Mar- iano Gorjdo Franco Nogueira — Eduardo de Arantes ¢ Oliveira — Joaquim Moreira da Silva Cunha — Inocéncio Galvio Teles — José Gongalo da Cunha Sottomayor Cor. reia de Oliveira — Carlos Gomes da Silva Ribeiro — José Jodo Gongalce de Procnga — Francisco Pereira Neto de Carvalho, Cédigo do Registo Predial TITULO I Da organizacio do registo predial CAPITULO 1 Objecto do registo Artigo 1 (Finalidade do resisto) © rogisto predial tem essencialmente por fim dar publi- cidade aos direitos inerentes As coisas iméveis. + A, Esto sujeitos a registo: 4) 05 factos jurfdieos que importem reconhecimento, aquisigio ou divistio do direito de propriedade; b) Os tnctos juridieos que envolvam reconhecimento, conatituigto, aquiisoto ou modificagdo dos direitos de us fruto, uso © habitacio, enfiteuse, superficie ou servidi €) ‘Os factos jurfdicos confirmativos de convengdes an léveis ou resohiveis, que tenham por objecto o8 direitos mencionados nas alineas anteriores; 4) A constituigio da propriedade horizontal © as alte ragdes do seu titulo constitutive; 2) A constituigdo de casais do familia ou agricolas, nos termos do Decreto n.* 18 851, de 8 de Julbo de 1990, ¢ da Lei n.* 2014, de 27 de Maio de 1946, ¢ a ins- ‘ituigto de aproveitamento de baldios por qualquer das outras formas previstas este ultimo diploma: I SERIE — NOMERO 74 f) A mera posse; 49) A promessa de alienagto ou oneragdo de bens ¢ os pactos de preferéncis, se as partes tiverem convenci nado atribuir-lhes eficécia reel, bem como a obr'gagio do preferéncia @ que o testador tenha atr’buido igual eficdeia, quando, em qualquer dos casos, respeitem # coisas iméveis; h) As convengdes de reserva de propriedate ¢ de venda @ retro estipuladas em contratos de alienagio de iméveis; i) As cldusulas fideicomissérias, de pessoa a nomear, de reserva do direito de dispor de bens dondos, ou de reversio deles ¢, em geral, outeas cldusulas suspens'vas ou resolutivas que condieionem os efeitos de actos de disposigo ou alienagdo de bens, quando respeitem a coisas iméve j) As cldusulas que excluam da zesponsabilidade por dividas do beneficiério as coisas iméveis doadas ou de’ xadas ) A convengio de indivisio da compropriedade de 1) A cesstio de bens aos eredores, quando sbranja coisas iméveis; m) A hipoteva do iméveis, @ sua modificagto © a ces- sto dela ou do grau de priotidade do respectivo registo, bem como a consignagio de rendimentos de coisas iméveis; ‘n) O penhor, @ penhora, o urresto ¢ 0 arrolamento de eréditos hipotecérios, ou de eréditos garantidos por con signagio de rendimentos de coisas iméveis, © quaisquer outros actos ou providéncias que incidam sobre os mes. mos créditos; 0) A penhora, 0 arresto, 0 arrolamento de iméveis ou de direitos sobre eles, bern como quaisquer outros actos ou providéncias que afectem a sua Livre disposiglo; ) 0 arrendemento por mais de seis anos, e bem assim as respectivas transmissdes © sublocagies; g) A transmissio de créditos hipotecérios ou de cr¥. ditos garantidos por consignagdo de rendimentos de coisas iméveis; 1) A afectagto de iméveis © de eréditos hipoteedeios a reservas ou a fundo de reserva das sociedades de seguros, bein como s afectagdo dos iméveis a0 condicionamento da responssbilidade de entidades patronais; 8) A constitu‘eio do apandgio © as alteragdes do seu titulo constitutive; £) A constituigdo do dote © a sub-rogagto de bens dotais; 1) 0 énus do redugto eventual das doagies sujeitas a colagio; 'o) O Snus emergente dos registos de casas de renda limitada e de renda econdmica, imposto sobre os prédios como tais classificndos; 2) O énus de pagomento da anuidade denominada taxe de rega.e de beneficiagio, a que so refere a Lei n.’ 1049, do 15 de Fevereiro de 1987, ¢ 0 dnus de pagamento da anuidade de amortizagio de empréstimos feitos pela Junta de Colonizagio Interna, previstos no Decreto-Lei n.* 93 159, de 21 de Outubro de 1948, e na Lei n.? 2017, de 25 de Junho de 1946; y) A reniincla @ indemnizaglo pelo aumento de valor resultante de obras realizadas em iméveis situados nas zonas marginais das estradas nacionais, ou em iméveis abrangidos por planos de melhoramentos munic'pais, em casos do futura expronriagio desses imévels; 2) Quaisquer outras restrigdes a0 direito de proprie- dade, ou outros encargos que a lei especial declare sujeitos ao registo predial, e, em geral, os factos juridicos que importem a extingao'de algum direlto, énus on eneargo antericrmente registado. 28 DE MARGO DE 1967 : 2. 0 disposto nas alfneas a) eb) do mimero anterior lo abrange @ comunicabilidede de bens entre os cén- juges em consequéncia do regime matrimonial. 8. Os factos mencionados na alinea q) do n.* 1 esto sujeitos registo apenas no que respeita & transmissio do direito real de garantia, ‘4. Na hipoteca de fdbricas consideram-se abrangidos pela garantia, além dos edificios e logradouros, os maqui- niismos © demais mévcis inventariados no titulo consti- tutivo, mesmo que nfo constituam parte integrante dos respectivos iméveis, Artigo 8° (Acgoer decision sujcitas 2 registo) slio igualmente sujeitas a registo: a) As acgdes que tenham por fim, principal ou acessé- rio, 0 reconhecimento, a constituigdo, a modificagio ou a extingio de algum dos direitos referidos no artigo anterior; 8) ‘As acgoes que tenham por fim, principal ou acessé- rio, a reforma, a eclaragio de mulidede ou s anulagto do um registo ou do seu eancelamento; 'e) As decisées finais das acqdes abrangidas nas alineas anteriores, logo que transitem em julgado CAPITULO It Natureza, valor ¢ efeitos do regtsto SECQKO 1 Prineipios gerats Actigo 4° (Principio da instincia) Salvo nos casos especialmente previstos na lei, © re- gisto nfo é efectuado oficiosamente, mas a requerimento dog interessados, Artigo 5 (Principio da logaidade) Além da regularidade formal dos actos requeridos e da logitimidade dos requerentas, ineumbe ao. conservador apreciar a legalidade dos titulos apresentados 6 a valided> dos ctos dispositivos eles contidos, © bem assim a capncidade dos outorgantes, em face dos ttulos e dos re- giston anteriores. Artigo 6." (Eficécia entre as partes) 1. Os factos sujeitos a registo podem ser invocados entre as préprias partes ou seus herdeiros, ainda que nio sejam registados 2. Exceptuam-se os factos constitutivos de hipoteca, cuje eficdcia, entre as proprias partes, depende da reali- zagio do registo Antigo 72 (Oponibilidade » torceiros) 1. Os" factos sujeitos a registo s6 produzem efeitos conta tereeiros depois da date do respectivo registo 2. Exceptuam-se do disposto no miimero anteri a) A aguisigdo fundada na usueapito dos direitos pre vistos nas alineas a) © b) don.° 1 do artigo 2°; b) Os factos referentes direitos de enfiteuse consti- tufdos antes de 1 do Abril de 1867; ©) As serviddes aparentes; 625 4) Os factos referidos na primeira parto da alines s) do n° 1 do artigo 2°, salvo disposigio em contrario; €) Os factos relativos a bens indeterminados, enquanto estes niio forem devidamente especificados e determinados. B. A falta do registo ndo pode ser opasta aos interes: sados pelos sous representantes legais a quem incumba 8 obrigagio de o promover, nem pelos herdeiros dostes. Artigo 8° (Prosungées derivadas do registo) © registo definitivo constitui presungio nfo s6 de que © dircito registado existe, mas de que pertence & pessoa em cujo nome esteja inscrito, nos precisos termos em que o rogisto o define. Artigo 0. (Peioridade do resisto) 1. 0 direito em primeiro lugar inscrito prevalece sobre 08 que, por ordem da data do registo, se Ihe seguirem relativamente os mesmos bens; concorrendo diversas inscrigdes da mesma data, » prioridade dos dircitos ins critos é determinada pelo miimero de ordem das apre- sentagdes correspondentes, 2. Exceptuam-se do disposto ma segunda parte do mimero anterior as inscrigées hipotecérias que, sendo registadas na mesma data, concorrem entre si na pro: porgdo dos respectivos eréditos, 8. 0 registo provisério, quando convertido em defini- tivo, conserva a prioridade que tinhe como proviséri Antigo 10 (Teansfordnela © extingio dos efeitos do repisto) Os efeitos do registo transferem-se mediante novo re isto pare o adquirente dos direitos inscritos © extin guem-se por cadueidade ou cancelamento. Artigo 11° (Caducidade do registo) 1, Salvo disposigio em contrétio, o registo provisério que nto for convertido em definitive ou renovado no prazo de seis meses, a conter da sua data, caduen de dizeito. 2. 0 registo s6 pode ser renovado como provisério nos casos previstos neste eédigo. 8. 0 registo de facto cuja duragio conste da respectiva inscrigio ow averbamento eadues no termo do prazo fi. xado, salvo se 0 proprio contrato ou o lei previr a sus renovagio ou prorrogagio. Artigo 12° (Impugnasso des ‘actos comprovados pelo cegisto) Os factos coraprovados pelo registo nfo podem ser im- pugnados em jufao, sem que simultineamente seja pedido © cancelamento do registo. Antigo 18.° (Principio do tate aucestivo) 1. © nogécio pelo qual se transmitem direitos ou con- trsiam encargos sobre bens iméveis nto pode ser admitido f registo definitivo sem que os direitos transmitidos ou 626 I SERIE — NOMERO 74 ‘8 bens onerades so encontrem definitivamente insoritos a favor do transmitente ou de quem os onera. 2. Quando sobre determinado prédio persista alguma inscriglo que envolva registo de transmissio, dominio ou ‘mera posse, no se admitirh inscrigio definitiva referente ao mesmo prédio sem a intervengio do respectivo titular, salvo se facto que se protende inserever for conse quéneia de outro ja anteriormente inserito; a falta de intervengio do tituler pode, porém, ser suprida nos termos.previstos nos arligos ‘218.° e ‘seguintes. ‘SECGKO IL Obrigatoriedade do registo Artigo 14.9 (Ambito da obrigatoriedade) 1. © obrigatério submeter registo todos os factos « clo sujeitos © requersr os respectivos cancelamentos, quando incidam sobre prédios, risticos, urbanos ou mi tos, situades nos concolhos onde esteja em vigor 0 ea. astro geométrico da. propriedade istics. 2. A obrigatoriedade do registo s6 so toma ofectiva em eada concelho a partir da data que for fixada por espacho do Ministeo da Justiga, publieado no Diirjo do Governo Antigo 15.° (Praxo do registo) 1. O registo obrigatdrio deve ser requerido no prazo de trés meses, a contar da data em que o respective facto tiver sido titulado. 2. O conservador que verificer, pelas relagdes previstas no artigo 28.° ou por outro meio, que o reg'sto nfo foi requerido no prazo legal Ievantaré auto de transgresstio w notifieard o responsével de que pode pagar « multa devida, polo minimo, no prazo de trinta dias, se ao mesmo tempo se apresentar requerer o registo com a documen- tagio necesséria 3. A notificngio 6 pessoal ou feita por carta registada com aviso de recepgio; se a carta for devolvida, a noti- fieagio considera-se efectuada no dia seguinte a0 do respectivo registo, desde que a remessa tenha sido feita para a residéncia indicada nas relagSes a que se refore o mimero antecedente. Artigo 16.° (Procedimento criminal) 1. Nao sendo paga a multa e requerido o registo no prozo e nos termos fixados no n.° 2 do artigo anterior, © eonservador enviarS 0 auto de transgressio a0 Mini tério Publico, para fins de instauragio do procedimento criminal 2. Na sentenga o juia fixaré o prazo dentro do qual © transgressor deve juntar ao processo documento ccm. provativo de o registo estar efectuado, sob pena de in- correr nas sangies aplicdveis ao crime de desobeditneis qualificada. Artigo 17° (Cestagio do procedimento criminal) © procedimento criminal sé cosa com o pagamento voluntirio da multa, pelo minimo, e do respectivo im- posto de justiga, provando o transgressor que o rej foi efectuado. Antigo 18° (Tranemissdex operadas em invent orfanolégico) 1, Sempre que em inventério orfanclégice seja_adju- dicado a menores ou pessoas equiparadas um direito subordinado ao regime de registo obrigatério, deve 0 Mi- nistério Publico requerer 0 respectivo regis. 2. Para efeitos de rogisto, o eserivio do proceso deve entregar so Ministério Publico, por termo nos autos, fas cortiddes necessérias, dentro do prazo de dez dias, contar do trinsito em julgado da sentenga de adjudi- cago ou de homologagio da partilha, 3. As certiddes previstas no niimero antecedente de- vem conter, além dos requisitos indicados no n.° 1 do artigo 100.*, @ identificagio do representante legal do ti- tular do direito cujo registo se requer. 4. 0 Ministério Publico pode requisitar a quaisquer repartigdes ou tribunais os demais documentos necessé- ios para o registo e ordenar que o representante legal do incapaz preste os osclarecimentos e proceda as dili- geneias indispensiveis, 5. Se o registo nfio puder ser lavrado, ou tiver de ser provisério, por falta de elementos bastantes para 0 efee- tuar definitivamente, o conservador comunicaré a Mi- nistério Puiblico as deficiéncias verifiondas, a fim de este ‘as supri, Artigo 19." (Despesas do registo) 1, Os selos ¢ emolumentos devidos pelas certiddes re- quisitadas, bem como outras despesas relativas aos do cumentos ‘necessirios para a efectivagho dos registos que se refere o artigo anterior, constituem eneargo do inventério e serio incluidos como tais na respectiva conta, em face de nota especificade apresentada pelo Mfinistério Pablico. 2. Se os encargos sé forem apurados depois de elabo- ada 9 conta'do inventivio, a sua liquidaglo ser proces- sada como ineidente, isento do imposto de justign. 3. A conta do rogisto ser apresentada pelo conservador no representante do seu titular, observando-se o disposto na Tei orginica dos servigos, quando haja lugar a eobranga 4, Havendo isengio do custas, & também gratuito 0 rogisto requerido pelo Ministério' Pblico, bem como os documentos ou certidses. Artign 20.° (Resistor gratuiter) 1. Serio efectuados gratuitamente 0 registo dos factos constantos das matrizes, jé titulados na data provista no artigo 14.°, @ bem assim os registos necessérios para harmonizar o registo predial com as mengies que na mesma data constem da matriz. 2. Quando os interessados no acto de rogisto milo pos- suam os documentos indispenséveis para obter a sua real:zagio, o conservador deve, a requerimento verbal doles ¢ mediante a indieagio do tribunal ou repartigao piblica onde estejam arguivados os originais ou odpias auténticas, requisitar por oficio as certidées necessdrias. B. As cortiddes requisitadas ficario na conservatéria até que o interessado requeira o acto de rogisto, © ali serio arquivadas, nfo podendo ter passada nenhuma cer- tid’o delas. . 4. As cortiddes requisitadas silo passndas com isengho de sclos e de emolumentos. 28 DE MARGO DE 1967 5. So igualmente feitos em papel comum os requeri- ‘mentos ¢ as declaragdes complementares necessérias, isento de selos e emolumentos 0 reconhecimento das agsinaturas neles exaradas. Artigo 21.° (Realixagio oficiosa de resists) 1. O Ministro da Justiga pode, a todo o tempo, ordensr que sejam lavrados oficiosamente, sem encargo para os interessados, os registos que estes nfo tenham requerido dos factos a que se refere o n.° 1 do artigo anterior. 2, Para a realizagio oficiosa dos registos, 0 Ministro da Justiga pode autorizar a admissio temporéria do pes- soal auxiliar necessério, ficando a cargo do Cofre dos Conservadores, Notirios © Funciondrios de Tustiga © pa- gamento dos seus vencimentos. Artigo 22.° (Comunicagses das repartigées de finangas) 1. As ropartigées de finangas devem comunicar As conservatérias todas as alteragdes introduzidas na matriz, relativas & identificagio dos prédios submetidos ao regime do. registo obrigatério. 2. As alteragdes comunicadas serio oficiosa e gratuita- mente averbadas as respectivas deserigdes, desde que nfo Pressuponham a existéncia de factos sujeitos a registo, que @ ele ndo hajam sido ainda submetidos com carde- ter definitivo. 8, Independentemente da comunicagio da repartigho de finangas, 08 conservadores devem averbar, nas mesmas, condigdes, as alteragdes matriciais do que tenham conhe mento através da caderneta predial Artigo 23." (Relagso mental dos actos notariais e decisGes judicisie: ‘sdverténcia sor interessador) 1. At6 ao timo dia titil de cada més, os notérios © funcionérios com atribuigées notariais devem remeter is conservatérias competentes ‘a relagdo de todos os do- cumentos lavrados no més anterior, para prova de factos sujeios @ registo obrigatéro Do igual forma procederdo os chefes das secretaris julicinfs Slaivamenla ae, derpachos © aestengu que tenham passado em julgado no més anterior, para prova do factos sujeitos a registo obrigatério. 8, As relagdes previstas nos mimeros antecedentes ever conter, além dos elementos necessérios & identi ficogdo dos factos a registar, os nomes completos dos interessados as respectivas residéncis 4. No acto da assinatura dos documentos ou da noti- ficagio dos despachos e sentengas, os interessados serfo advertidos do dever de requererem o respectivo registo no prago de trés meses. Artign 242 1. Os manifestos efectuados nas repartigées de financas, para a incidéncia do imposto de capitais, respeitantes & eréditos com garantie real sobre prédios determinados sujeitos a registo obrigatério, devem conter os méimeros das descrigées destes Prédios nas conservatérias. 2. Os chefes das repartigoes de finangas enviarto oft ciosamente aos conservadores, até ao siltimo dis wil de a 627 cada més, 6 relagio das baixas ou cancelamento dos ma- nifestos, que se hajam verificédo no més anterior, por cextinglo dos créditos correspondentes, devendo mencio- nar na relagdo 0 miimero da descrigdo dos respectivos Prédios; observar-se-é, neste caso, na parte aplicivel, o disposto no artigo 15.° Aatigo 25. (Acsées fundades em direitos sujeitor a registo obrigatério) 1, Nilo terflo seguimento, apés os articulados, as acgdes fundadas em direitos sobre bens iméveis sujeitos a registo obrigatério sem que se junte ao proceso documento comprovativo do respectivo registo. 2. Exceptuam-se do disposto no mimero anterior os casos em que 0 direito ao registo dependa da procedéncia, da scgio. 8. 0 disposto no n.° 1 6 aplicivel as acgies previstas no artigo 8.', quando se refiram a iméveis sujeitos a re- gisto obrigatdri. CAPITULO IT Servigos de registo Artigo 26° (Conservatérias) 1. As repartigdes encarregadas dos sorvigos, de registo denominam-se conservatérias do registo pret 2. E a lei orgénica dos servigos do registo e do nota- riado quo regula a organizacio, funcionamento compe- téncia das conservatérias do registo predial. Artigo 27.° (Regras de competincia) 1. Os registos devem ser efectuados na conservatéria em cija Area estiver situado 0 prédio » que respeitam, 2, Se o prédio abranger uma érea que pertenga a mais, do uma conservatéria, 0 registo deve ser efectuado em todas elas. 8B. Se 0 facto submetido a registo atectar dois ou mais prédios situados na Grea do diversas conservatdrias, 0 registo efectuar-se-& em cada uma delas, na parte res- pective. : Artigo 28° (Alteragio da drea da_conservatéria) Nas conservatérias cuja érea tenha sido alterada por virtude da desanexagto de algums parcela de torritério no seré efectuads nenhum registo relativo aos prédios situados na zona desanexada, salvo so o pedido de registo j@ estiver apresentado & data de desanexagio, Antigo 29° (Transcrigho do registo comtequente de deranexscio) 1. Determinada desanexagio e a transferéncia de qualquer parcela da drea de uma conservatéria para @ roa de ums outra, as descrigdes © os demais registos referentes sos prédios situados na parcela desanexada que estejam ainda em vigor, devem ser transcritos, me- diante certidfio, nos livros da ultima conservatéria 2. Para o efeito da transcrigdo, nfo se consideram em vigor, além dos registos caducos ou cancelados, aqucles ccujos efeitos hajam sido transferidos por virtude de novo registo, 628 Artigo 80.* (Cortidées para transcrigéo) 1. As certidées para fins de transerigto slo sempre de teor ©, quando respeitem a registo provisério por duivi- das, devem conter a transerigla integral das divides que hhajam determinado o cardeter provisério do registo 2. As certidves, lavradas em papel comum, isento de selo, so passadas gratuitamente, a requerimento dos interessados, ou oficiosamente, devendo neste caso ser vemetidas & conservatéria competente para a transcrigio, logo que cada uma delas seja passada, 8. No offeio de remessa das certidées que forem pas: sadas oficiosamente serdo mencionados os mimeros das Aescriges dos prédios a que elas se referem, 4. Os requerimentos destinados a obter as certiddes ara fins de trensrigio gozam de isengto do imposto do 5. A gratuitidade © a isengto de selos previstas nos uimeros anteriores so limitadas as certiddes negativas e ’ primeira certidao positiva emitida para fins de trans crigho, com relagio a cada prédio. 6. A passagem da primeira cortiddo positiva seré ano- tada A margem da respectiva descriglo. Antigo 1° (Transcrigho na conservatéria da anexasio) 1. As conservatérias a cujas éreas sejam anexadas par- celas da drea anteriormente integrada em uma outra nic podem efectuar nenhum registo relativo a prédios situados hessas parcelas sem que haja sido feita nos respectivos livros a transeriglo a que se refere o artigo 29.°, ou sem quo seja apresentada certidiio comprovativa deo prédio nio estar descrito na conservatéria a cuja drea tenhe pertencido. 2. A transctigio 6 efectuada, oficiosa ¢ gratuitamente, ‘a medida que forem recebidas as certidaes, ou a pedido verbal do interessado, quando as cortiddes’ forem entre- gues por este. 3. As certiddes para transcriglio nilo tém apresentagio no Diéirio, salvo s0 fizerem parte dos documentos desti nados a servir de base a um novo registo. 4. O disposto nos nimeros anteriores & aplicdvel as vonservatérias cuja rea venha # ser inteiramente consti- tulda por parcelas desanexadas de trea pertencente a outra conservatris. Atigo 92.° (Admissio temporiria de pessoal) ‘os conservadores quo tiverem de passar ou transcrever as certiddes, quando o elevado itimero delas o justifique, incumbe solicitar a admissiio tempordria do pessoal indi pensdvel, nas condigdes previstas no n.° 2 do artigo 21 Artigo 38.2 (RequisigSo de cortid6es para transcrisfo) 1, Quando na conservatéria for requerido algum registo ‘ig penhora, arresto ou arrolamento relative a prédio si- tuado em drea que Ihe tenha sido anexada, mas antes do ser recebide ou apresentada a certidao necessiria & transcrig#o a que 9 refere o artigo 29.°, o conservador deve requisitar a remessa dessa certidiio, depois de ano- tar a apresentagdo dos titulos destinados a0 registo. 2. As cortiddes requisitadas sto passadas, em face dos elementos mencionados no offcio de requisigdo. com pre ferincia sobre o restante servigo. 1 SERIE —NOMERO 74 Artigo 84° (Anotagio da tranterigso no indice) Feitas 5 transcriqdes ordenadas nos artigos anteriores, langar-se-fo, nos indices reais © pessoais, as respoctivas anotagoes, Artigo 85. (Criagio ou extingio de conservatérias) 1. 0 diploma que eriar on extinguir uma eonservatésia fixaré a data do infeio do funcionsmento ou da extingao, com antecedéncia nunca inferior @ trinta dias, e, no cas0 do extingdo, determinaré a transferéneia dos livros e do- cumentos existentes na conservatéria extinta para a con servatéria em cuja competéncia « drea daquela seja inte- grada 2. So o area da conservatdria extinta for repartida por diversas conservatdrias, a transferdncia dos livros © do- ccuinentos efectuar-se-6'para aquela » que ficar perten er o maior mimero de prédios situados nessa érea. 8. Na conservatéria extinta serio efectuados os regis tos apresentedos no Didrio até & data da extingto; bem como 0 servigo referente a esses registos. Artigo 96, (Transferéncia dos lives © documentos) 1. A transferéneia dos livros e documentos pertencen tes & conservatéria extinta far-se-4 no dia designado para termo do seu funcionamento, mediante inventério orga- nizado pelo conservador, ou por quem suas vezes fizer; 20 inventério seguir-se-d o auto de conferéncia e entroga dos livros © documentos, lavrado pelo conservador que os reeeber. 2. O inventirio ¢ o auto de conferineia sto feitos em Papel comum, isento de selo, e, uma vez rubricados assinados pelo conservador que os lavrou, fieam arquiva- dos na conservatéria para onde os livros e documentos forem transferidos, Artigo 87° (Actos que podem ser lavrados nos livros transferidos) Nos livros da conservatéria extinta, depois de transfe. Fidos, apenas se lavrario averbamentos, cotas de refe: Himeia e anotagbes. CAPITULO Iv Livros, verbetes ¢ arquivos SECQKO ros e verbotes sunsnogio 1 Ongantzagdo dos livros Actigo 88. (Livror de rogisto) 1, Haveré em cada conservatéria, especialmente des tinados ao servigo de registo, os livros segnintes: a) Livro diério (liveo A); b) Livro de deserigaes (livro B) ¢) Livro do inserigdes do propriedade (Livro G); 4) Livro de inscrigdes hipotecérias (livro C); @) Livro do inserigsos diversas (livro F); 1) Livro de indice real (livro D); g) Livro de indice pessoal (livro B); 4h) Livro de registo de duvidas © reousas; i) Livro de registo de emolumentos, 28 DE MARGO DE 1967 2, Nas conservatérias divididas em secgdes haverd livros do registo privativos de cada secqio. 8, Os livros de registo obedectrio 80s modelo monte em uso. . 4. 0 Ministro da Justiga pode determinar, por simples Portaria, mediante proposta da Direcgio-Geral dos Re- kistos ©’ do Notarindo, a alteragio dos modelos de livros. actual- Artigo a9.° (Livrot comuns) Além dos livros de registo, haveré em cada conserva- toria os seguintes livros: 2) Livro de inventério: b) Livro do posses; ¢) Livro do ponto, Axtigo 40.¢ (Line Disrio) 0 livro A 6 destinado & anotagio especificada © erono égica dos requerimentos © documentos apresentados € A mengio dos actos requeridos, dos respectivos preparos «© total da conte cobrada, do livro © folhas em que os rogistos foram lavrados ou dos correspondentes despackos, Atigo 41° (Livro das deterigses) O livro B 6 destinado & deserigéo dos prédios subme- tidos a registo, os averbamentos respectivos e As ectns do referéncin aos livros das inserigdes correspondentes Antigo 42.9 (Livro de inseigées de prope 1. 0 livro @ 6 destinado & inserigho dos factos que importem aquisi¢io ou divisto dos prédios deseritas © aos respectivos averbamentos. 2. Se os factos previstos no mimero anterior respi tarem a prédio sobre o qual exista ou se deva lavrat simultineamente inscrigo de usufruto, uso © habitaglo ou de dominio directo, sero inscrites nos mesmoa termos em que 0 seriam, $0 6 prédio houvesse sido adquiride ou dividido em propriedade plena. lade) Actigo 49.° (Livro de insericées hipotecsrias) O livro C & destinado As insorigBes hipotecirias e aos respectivos. averbamentos. Antigo 44° {Livro de inscrigdes diversas) O livro F 6 destinado & inserigio de outros factos admi- tidos 1 registo © aos respectivos averbamentos. Antigo 45.° (Livros indices) 1. 0 livro D & destinado & indicagio, por freguesies, dos prédios deseritos, e o livro E & mengio dos. nom dos seus proprietérios ou possuidores. 629 reais ¢ pestoais sork feita indicagdes previstas nos 2. A organizagio dos indiek por forma que constem dele: artigos 162. @ 191.° Antigo 46° (Indices reforentes a prédios sujsitos a0 regime ‘de rogsto obrigatério) 1, Estabelecida a obrigatoriedade do registo, os conser- vadores orgenizardo, em livros separados, novos indices reais dos prédios.risticos © urbanos compreendidos na drea da respectiva conservatéria, 2. Os novos indices serio orgenizados por freguesias © secgdes cedastrais, havendo-as; neles serto proviamente langados 08 artigos constentes da matriz, pela ordem ds sua numeragio. 3. A medida que os actos de registo so efectuarem, anotar-se-io os muimeros das deserigces, com referéneia ‘tos artigos matriciais correspondentes. 4. Os novos livros indices devem obedecer ao modelo em uso © serio fornecidos gratuitamente pelo Cofre dos Conservadores, Notérios e Funcionérios de Justiga. 5. E aplicdvel & organizagdo inicial dos novos indices © disposto non 2 do artigo 21° Astigo 47 (Livro de rogisto de divides @ recusa © Livro do rogisto de diividas © recusas destina-so & anotaglo especificada dos motivos que levaram 0 conser- vador a lavrar 0 registo como provisério, por duividas, ou a recusar os ‘actos solicitados. Arligo 48° (Livre do registo de omolumentos) 0 livro de registo de emolumentos é destinado & esori- turagiio dos emolumentos © demais encargos correspon- dentes aos actos de registo, & medide que forem arre- cadados, seguindo-se tanto’ quanto poss{vel a ordem constante do Diério. Artigo 49.° (Livre de invent No livro de inventério serio relacionados, por ordem cronoligien, os livros findos e os emagados de documentos arquivados, com a indieagio do nimero de ordem © do ‘ano ® que respeitam, Artigo 50.° (Livro de posses) © livro de posses 6 destinado aos autos de posse do pessoal pertencente ao quadro suxiliar da conservatéria, Artigo 61° (Qivre_ de ponte) 0 livro de ponto, de modelo oficial, tem por fim assi- paler didviamente @ presenga dos funcionérios ao servi Artigo 52.° (Numeraeo dos livros) 1, Os livros sto ordenados por meio de numeragio se- a de cada modelo ou espécie. 680 I SERIE — NOMERO 74 2, A numeragdo dos livros indices, reais e pessoais, serd privativa, respectivamente, de cada freguesia © do cada letra ou grupo de letras do alfabeto, para que sejem reservados, Antigo 53." (Legalizagio. dos livros) 1. Os livros de registo contém termos de abertura do encerramento, assinados pelo juiz da comarca, ao qual compete ainda numerar e rubricar cada uma das folhas. 2. A numerag&o das folhas pode ser feita por processo mecdnico, ¢ a rubriea por meio de chancela. 8, Nas comareas onde haja mais de um juiz, a legali- ago dos livros compete ao magistrado do julzo civel de turno. Artigo 54° (Termot do abertura ¢ do encerramento) 1. Os termos de abertura e de encerramento sio la vrados, respectivamente, na primeira e na iltima folba, por um dos eserivies do tribunal onde, para fins de lega- lizagao, os livros devem ser préviamente apresentados pelo conservador. 2. Nos termos de abertura far-se-é mengio do niimero de ordem e do destino do livro, bem como da conserva. téria a quo pertence; no termo de encerramento menci nar:se-4 0 mimero de folhas rubricadas e a rubrica usade Aatigo 55.° (Legalizagio dos livros das conservatérias Lisboa) AA legelizagto dos livros das conservatérias com sede na rea da comarea de Lisboa far-se-4, segundo os termos fixados pelo artigo anterior, na Direcgto-Geral dos Regis- tos © do Notariado e incumbiré ao director-geral ou, por delegagio deste, a0 chefe da 1 Repartigho ou inspeetor- -chele Artigo 50.° (Livros tegalizados pelos conservadores) Compete ao conservador numerar rubricar as folhas dos livros de inventirio, de posses e de ponto e assinar 0s respectivos termos de abertura e de encerramento Artigo 57. (Gelagom dos Tivros) 1. Os livros A, B, C, F e G serio selados, conforme as necessidades dos servigos © de harmonia com a legis- lagio fiseal aplicdvel, devendo o primeiro pagamento do selo ser efectuado antes da legalizagio prevista nos artigos anteriores, @ os outros antes de ser Iangado qualquer re. gisto nas folhas correspondentes. 2. Para efeitos fisoais, quando os registos nfo sejam exarados no préprio dia da spresentagio em consequéneia da qual sio lavrados, devem conter a data do langamento no respectivo livro, ‘sob pena de se considerarem como efectuados ma dats da apresentagio correspondente no Dido. 8. 0 pagamento do selo dos livros necessérios ao inicio do funcionamento das conservatérias que vierem a ser criadas, cujo fornecimento incumbe ao Cofre dos Conser- vadores, Notérios e Funciondrios de Justiga, seré efec- twado depois de esses livros serem legalizados na Diree- glo-Geral dos Registos e do Notariado © antes de ser Tavrado neles qualquer registo, 4. Sto isentas de sclo as folhas correspondentes as linhas ocupadas com as transcrigoes a quo se refere o artigo 29.° ou com outros registos gratuites. 5. Para o efeito do disposto no nimero anterior, nas guias de pagamento do imposto do selo respeitante ao livro em que hajam sido lavrados registos isentos, ou no livro seguinte, os conservadores devem mencionar o ni- ‘mero das folhas ocupadas por esses rogistos e fazer 0 devido desconto. Artigo 58.° (Werbetes) 1, Em cada consorvatéria ou secgdo haverd verbetes onomésticos das pessoas mencionadas no livro Ee ver- hetes auxiliares remissivos do indice xeal. 2. Os verbetes onomésticos sto organizados por ordem alfabéties © devem conter o nome de ceda uma das pessoas mencionadas no livro indice, 0 mimero de ordem correspondente anotagio nesse livro e os mimeros do livro ¢ das folhas em que foi feita a anotagéo. 3. Os verbetes auxiliares do indice real devem conter os elementos indispenséveis para a identificagio do res- pectivo prédio, o miimero do ordem da descrigéo, bem como do livro e folhas onde esta se encontra, e' serio organizados por forma a reunir todos os prédios’ deseritos por freguesias e, dentro destas, por lugares ¢ vias pti- Dlicas, segundo # ordem numérica dos artigos de inscrigio matricial. 4. Os verbetes sfio constitufdos por folhss soltas, isen- tas de selo, e podem conter outras indicagdes convenien- tes, 6, Nas conservatérias onde vigorar 0 regime de registo obrigatério, a organizagio do verbetes auxiliares do indice real 6 facultative. sunsnegio 1 Reforma dos ltrs Artigo 50. (Fundamentos) No caso de so inutiligar ou extraviar total ou parcial- mente algum livro de registo, proceder-se- a sua reforms, mediante a reconstituigdo dos registos nele contidos. Aatigo 60.° (Formalidades) 1. Se houver necessidade de reforma, o conservador Invraré um auto da ocorréncia, em papel comum de formato legal, relatando sucintamente as circunstén ‘quo originaram a inutilizagio ou extravio, e especifi 08 livros total ou parcialmente inutilizados ou extr dos, bem como o perfodo a que correspondem os registos neles laveados. 7 2. O auto serd enviado pelo conservador ao agente do Ministério Publico da comarca, a fim de que este requeira a9 juiz a citagdo edital dos interessados para, dentro do prazo de dois meses, apresentarem na conservatéria as eadernetas prediais, eertidées, certifiendos ¢ notas de re- gisto de que disponham, bem como os titulos e declara- des relativos aos registos feitos .nos livros inutilizados ou extravindos. 8. Os editais indicarfo o periodo a que respeitam os registos. 28 DE MARGO DE 1967 631 4, Reslizada a citagdo, e decorrido o prazo fixedo no diferenga de que os registos reformados sero langados, editel, 0 juiz, sob promogio do Ministério Piblico, co- segundo ordem da gus antiguidade, nos respectivos nheceré de validade de citagao. 5. Julgada vélide citegdo por despacho passado em julgedo, o Ministério Piblico comunicaré 0 facto 90 con servador, o qual declarard, no Diério, ter terminado o Prazo da apresentagio para reforms, e, em face dos livros subsistentes, dos documentos arquivados © dos clementos apresentados, procederé & reconstituigio dos registos. Aatigo 61. (Reclamacses) Logo que a reforma esteja conclufda, 0 conservador articiparé o facto ao Ministério Publico, para que este promova nova citagio edital dos interessados, com o fim de examinstem, na conservatéria, 0 livro e os registos reformados © af apresentatem, no prazo de trinta dias, 1s suas reclamagses. Artigo 62° (Teimites das reclamaséet) L. Se houver alguma reclamagio contra s reforma efectuada, 0 conservador, depois de cum nos nimeros seguintes, remeté-Ia-6, com a sua informs- gio, ao tribunal competente, para que o juiz # decida, nos’ termos de lei processual. 2. Quando # reclamagio tiver por fundamento omi sto de alguma inscrigio, lavrar-se-& como proviséria 0 inserigo que se diz omitida, extraindo-se da petigso do reclamante dos documentos apresentados os elementos 8. Tendo a reclamagio por objecto um registo efecti- vamente reformado, seré extraida © junta ao processo dda reclamagio a éépin do registo impuguado e dos do- cumentos que Ihe serviram de base, depois de se anotar - ‘& margem do registo a pendéncia di reclamagao, Artigo 68° (Suprimento de o ies nfo reclamadss) 1. A falta de insergio de qualquer registo no livro reformado, que nio tenha sido objecto de reclamagio oportuis, &6 pode ser suprida por meio de acgio de pro- cesso ordindrio ou sumério, intentada contra aqucles a quem o requerente pretenda preferir. 2. Transitada em julgado s sentenge que mande efec- tuar 0 acto de registo, este seri langado no livro em uso, especificando-se no contexto do registo as inscrigdes a que prefere. 8. A scgfo insteurada nflo pode, em caso nenbum, prejudicar direitos que, nflo tendo estado inscritos no livzo perdido, o hajam sido no livro reformado antes do registo da acgio. Antigo 64. (Surpensio do serviso) Enquanto a refurma nio for conclulda, todo o servigo fica suspenso, & exeepgtio das apresentagdes © das cer- tidses Artigo 05. (Recomege do servico) 1, See perda dos livros for total, 0 servigo recomegard como se a conservatéria fosse instalada de novo, com a livros. 2. No caso de a perde ser parcial, os actos de registo reformados serfo Ingados no livro proprio ¢ privativo, devidamente legstizado. Artigo 68.° (Encargos) 1. Os livros e registos reformados sio isentos de selos e emolumentos. 2, Todas as despesas com o reforms constituem en- cargo do Cofre dos Conservadores, Notétios e Funcio- nérios de Justiga. 8. Se, porém, & inutilizagto ou extravio for imputével aos funciondrios da conservatéria, sero estes, sem pre- julzo do procedimento disciplinar ou criminal a quo haja lugar, quem suporta os eneargos da reforma, os quais ineluirao selos e emolumentos correspondentes aos regis. tos reformados. SBOGAO IL Arquivos Artigo 67° (Arquivamento dot documentos) 1. Os documentos que sirvam de base & realizagio dos rogistos so arquivados em magos, por forma s evitar 8 sua deterioragao e a facilitar as buseas. 2, Exceptuam-se os documentos que so refram 8 actos recusados ou que hajam tido fungio acesséria na realizagio do registo, como as cadernetas prediais © os conhecimentos de pagamento de contribuigées, © ainds as certidées de teor ou os titulos cujo original ou oépia nténtica deva normalmente permanecer em arquivo pi blico nacional, os quais serio restituidos ao apresentante. 8. As certidées de teor, quando arquivadas, podem a todo o tempo ser substituidas, # pedido verbal dos in- teressados que as hajam apretentado, por certides de narrative ou por certidées parciais que contenham todos os elementos pertinentes ao acto de registo, anotando-se neste a data da substituigéo. Antigo 68. (Correspondancia expadida) A conservatéria arquivaré em magos anuais, por ordem eronolégica, as cépias dactilogratadas dos oficios expe- didos, depois de os haver datado © numerado. Artigo 69.° (Correrpondncia recebids) 1. A. correspondéncia recebida é arquivada, por ordem cronolégicn, em magos numerados. 2. Os ofiejos e cireulares com comunicagio de despa- chos ou instrugges de servigo de execugio permanente serio reunidos e ordenados em volumes separados, de fiécil consulta. Antigo 70.° (Conservacio do. arquivo) 1. A conservac&o ¢ @ guarda dos livros e arquivos in- cumbem ao conservador. 632 I SERIE — NOMERO 74 2. Os livros @ papéis axquivados 86 podem sair da con servatéria mediante prévia autorizagtc da Direoeto-Geral dos Registos e do Notariado, salvo caso de forga maior 8. A Direcgio-Geral dos Hegistos e do Notariado pode determiner » destruigto dos documentos e dos papéis arqnivados que sejam substituides por mierofilmes 'ITULO I Dos actos de registo CAPITULO I Actos de registo em geral SBCGAO 1 Disposieses gerais Axtigo 71° (Apresentagso.prévis) Nenhum acto de registe pode ser lavrado, salvo se for ofieioso, sem que se mostre efectuada a respective apre- sentagio no Didrio. Antigo 72. (Partes componentes do registo) © registo compoe-se da descrigto do prédio a que ros peita, da insorigfio dos direitos ou encargos que recaem sobre esse prédio © dos respectivos averbamentos, Artigo 7. (Desisténcia) 1. B admissivel a desisténcia do acto de registo faculta- tivo, depois de efectuada a apresentagio, mas nfo depois de inicinda a sua feitura 2. A desisténcia seré requerida por escrito, sempre que nflo determine a restituigho dos titulos apresentados. 3. O levantemento dos titulos equivale & desistincia do registo, quando este seja facultative. 4. A restituigdo dos titulos & feita segundo os termos reseritos no nit 2 do artigo 142.* Artigo 74° (Termes do registo) Os registos sfio Iavrados nos liyros apropriados por simples extracto ¢ em face dos respectivos documentos. Artigo 75." (Ordem dos resistor) 1. Os registos sio lavrados segundo a ordem da nota do apreseniagio correspondente. 2. Exceptuam-se os averbamentos, os quais podem ser efectuados sem observineia do mimero de ordem, desde ‘que no esteja requerido outro acto de registo que obste sa realizagio Astigo 16° (Osta dos register) 1. A data do registo 6, para todos os efeitos, sem pre- julzo do disposto no n.° 2 do artigo 57.°, a da respectiva ‘apresentagio, determinando-se par ela a prioridade a facto registado, 2. 0 registo oficioso, dependente de outro scto reque- Fido, 6 efectundo com e data da apresentagao correspon dente 80. acto que o haja determinado. 3. A data do registo oficioso, independente de apre- sentagio, é aguela em que for Iavrado e que nele deve Ser mendionndn Astigo 72 (rao) Na falta de prazo: especial, 0 registo deve ser lavrado ientro dos trintas dias seguintes b data da apresentagio dos respectivos titulos Antigo 18° Rodsesio dos tesston) 1. 0 registo seré escrito sem espagos em branco, de- vendo as rasuras, emendas ou entrelinhas feitas no texto fer expessamente ressalvadas antes da assinatura. 2. So a5 cunissbes ou erros comets nto puderem Ser ssnados bas cond:goes previstes no mimero anterior, por ji estar oncerrado 0 acto, mas sinds nfo tiver sido lavrado 0 registo imediato,” 0 conservador deve trancar o vegisto deticiente, Imeando sobre o contexto a nota de cinutilzados, que Tubricaré, e efectué-lo de novo. 5. So a ultima linha do’ registo nio for inteiramente ‘ocupada pelo texto, deve 0 espago em branco ser inu- lo, por meio de um trago horizontal, com a mesma tinta useda para lavear 0 registo. 4, As palavras rasuradas, emendadas ou entrelinhadas, que’ nig forem ressalvadas, considersm-se como nfo 65. Gritus, sem prejuleo do disposto no n° 2 do artigo 871° do Céaligo Civil Axtigo 70 (Feitura dos resists) Os registos podem ser eseritos pelo conservador, ou, por outrem sob a sua responsobildade, mas serfo assinedos, com a mengio da respectiva qualidade, pelo conservador, ou pelo ajudante, ne falta ou no impedimento daquele. Antigo 80 (Assinatura) 1. O registo. deve ser assinado imediatamente apés a sua feitura, depois de conferido & vista dos titulos que Ihe serviram de base; nos averbamentos & permitido 0 uso da assinatura abreviada. 2. Se o registo nfo tiver sido assinado, o conservador quo notar a falta deve completé-lo com a’sua assinatura, se verificar, em face dos respectivos titulos, que o registo estava em condigdes de ser lavrado. 8. No caso de os tftulos se nfo encontrarem arquiva dos na conservatoris, © conservador deve requisitar i repartigao onde estiverem arguivados os originals as cor- tiddes necessdrias, as quais serfio passadas com isengto de selos e emolumentos. 4. Completado o registo, serio anotadas & margem a verificagio da imegularidade ¢ a data em que foi sanada. 5. 0 registo euja falte de assinatura nfo possa ser suprida considera-se juridicomente inexistente. Aatigo 81.° (Rogistos erados) 1. O registo s6 se considera errado quando se mostre efectuado em desconformidade com os titulos que Ihe serviram de base, 2. 0 registo errado pode ser rectificado nos termos pres- cvitos mos artigos 296° e seguintes. 28 DE MARGO DE 1967 Artigo 82° iregularidades. do registo) 1. As omissdes ow inexactiddes verificedas no extracto do registo lavrado em conformidade com os respectivos titulos nifo determinam a nulidade do acto, excepto se delas resultar incerteza sobre os sujeitos ou o objecto da relagio juridica a que o facto registado se refere, ou ‘a impossibilidade de conhecer outros elementos fund mentais do facto inserito ou averbado. 2. EB aplicdvel, com as necessirias adaptagdes, & roc- tifcagio das omissSes ou inexsctiddes que nfo sejam causa de nulidade do registo o disposto nos artigos 220.° fe seguintes. Antigo 88." (Cousas de mulidade) © registo 6 nulo nos seguintes casos: 2) Quando for falso ou tiver sido lavrado com base em titulos falsos; ’) Quando tiver sido lavrado com base em titulos in- suficientes para prova legal do facto registado; ‘e) Quando enfermar de omissdes ou inexactidées da espéeie previste na segunda parte do n° 1 do artigo antecedente; ‘@) Quando tiver sido assinedo por pessoa sem compe: téncia funcional, salvo 0 disposto no n.* 2 do artigo 860. do Céaigo Civil; ‘@) Quando tiver sido lavrado em conservatéria incom petente; "f) Quando tiver sido lavrado com viclagio do disposto no n.° 2 do artigo 18° ou no artigo 71." Axtigo 84. (Necessidade de declaracio de mulidade) ‘A nulidade do registo nilo pode ser invocada para efeito nenhum enquanto nilo for reconhecide por devisio judi cial passade em julgado. Artigo 85." (Ecitos da mulidade om relagio 2 terceio) |A nulidade do registo nllo afecta os direitos adquiridos fa titulo oneroso por tereeiro de boa 16, que estiverem registados & data em que a acglo de declaragio de nuli- dade foi registada, Antigo 88.° (Observincia doe preceitos tiseais) 1. Nenhum acto sujeito » encargos de natureza fiscal pode ser definitivamente registado sem que se mostrem Pagos ou assegurados os direitos do fisco. 2. No é permitido ao conservador apreciar a boa ou md liquidagio dos encargos fiscais que tenhs sido feita nas repartigées de financas. 'B. O imposto sobre as sucessdes e doagdes considera-se nssegurado, desde que esteja instaurado 0 respectivo pro- eesso de liquidagio e dele conste o prédio a que o registo se refere 4, Tendo havido inventirio judicial, presume-se ssse- gurade 0 pagamento dos direitos correspondentes is trancmissdes nele operadas. %. Se algum documento tiver de ser apreendido por estar insuficientemente selado, nem por isso se deixaré de fazer o registo provisério do acto. SS 633 SEOgKO 11 Legithinidade dos requerentes sunseegio 1 artes Intoressadas Astigo 87." (Regra gerat) ‘Tem legitimidade pera requerer 0 acto de rogisto of sujeitos, actives ou passivos, da respective relagdo jurl dea e, de um modo geral, todas as pessoas que tenham interesse nele, bem como os representantes de uns e outras ‘Artigo (Lesitimidade para requerer averbamento as descrisées) 1. Os averbamentos is desorigdes 66 podem ser reque- ridos: ’2) Pelo proprietério ou possuidor do prédio, como tal insetito, ou com a intervengéo de um ou outros b) Por qualquer interessado inserito ou com @ sus in; tervengto, desde que nio exists inscrigio em vigor, que envolva rogisto de transmissio, dominio ou mera posse; 2) Por qualquer interessado inscrito se, tendo Feque- Fido a notifcagto judicial dos proprietérios ou poss dores inseritos, estes nfo deduzirem, perante 0 conse vador, dentro do prazo quo Ibes for fixedo, nenbuma oposigio ao averhamento. ‘A intervengio prevista nas alineas a) © 6) tem-se por verificada desde que as pessoas mencionadas tenham. Intervindo como parte nos titulos donde conste 0 facto tt regtar ou no processo donde esse titulo emana. ‘8. Se 0 prédio estiver sujeito a usutruto ou so dominio ou posse de vérios titulares, o averbamento pode ser requerido pelo usufrutuério Ou por qualquer dos com- proprietirios ou compossuidores inseritos, desde que o facto a averbar seja provado por documento. ‘4. Os averbamentoe & descrigdo podem ser efectuados em nome do requerente, quando forem solicitados no re- Gquerimento da respectiva inserigfo ou da sua converséo, tin definitive, desde que eétes\ actos estejam em con digges de ser Ievrados. Artigo 89." (Outros casos expeciais) 11. © registo do dote pode ser requerido pela dotade, independentemente de autorizagso marital, por qualquer dos seus aseendentes ou descandentes, pelo marido e pelos dotadores. "B..O registo de hipotica legal » favor de menores, i terditos ot inabilitados pode ser requerido mio s6 pelo respectivo tutor, curdor ou administrador legal, mas também pelos vogais do conselho de familia ou por qual quer parente do ineapaz suaswogio 1 Procuradores Artigo 90.° (lnstremento da. procurseso) 1. Quem requerer o registo como procurador deve apresentar @ procuragio correspondente. 2, A apresentagio do instrumento da procuragio 6 dis- pensivel, se esta vier mencionada, com expressa refe- rhneia aos poderes necessirios & realizagto do registo, 634 em algum dos ttulos que the devem servir de base, ou se jf estiver arquivade na conservatéria; neste caso, no registo apenas se fard tefertnoia ao mago em quo o ins- trumento da procuragio esté arquivado. Artigo oi.» (Procuragio técita) 4, Nos poderes de reprosentagto outorgados para in- tervir no titulo de reconhecimento, constituigio, modi- fleagio ou extingtio de um acto sujeito a registo con sideram-se compreendidos os poderes necessérios para requerer os respectivos registos. 2. Nas procuragdes em que sejam conferidos poderes forenses gerais consideram-se compreendidos os necessé- ios para requerer actos de registo Artigo 02.° (Procuragdes arquivadss) 1. Se a procuragio arquivada na conservatérie for re- vogada, nela seré ‘anotada a revogagio, a requerimento do outorgante, 2. 0 requerimento para fins de snotagio ndlo tem apre. sentagio no Diseio. ‘SEOQKO TIE Requerimentos ¢ documentos para actos de registo sunsecgio 1 Requerimentos Artigo 98.° (Requisitor gerais) 1. Os requerimentos para actos de registo devem cont x: 2) Os elementos necessérios & apresentagio no Didrio; b) A indicagto do mimero da deserigho do prédio, da nafurezs deste, da freguesia da sua situagio, das suas confrontagées e, sempre que possivel, o nome dos dois lltimos proprietdrios ou possuidores anteriores 0 actu ¢) A assinatura do requerente, reconhecida por notéri ou autenticada com o selo branco, quando se trate de entidade oficial que os assine nessa qualidade; 4) A declaragio de remincia ao certificado, quando hhaja lugar & sua passage e se queira prescindir dele. 2. No final dos requerimentos devem ser enumerados 08 documentos que os acompanbam; sendo varios os actos de registo requeridos, a enumeragio deve ser feita com referéncia a0 acto s que os documentos respeitem. 8. Se o requerimento se destina » obter certidtio de lum registo respeitante » prédio inscrito na matriz, deve ainda conler a indicagio do artigo matricial eorrespon- dente. 4. Se 0 registo ou certidio respeitar & quota-parte de prédio indiviso, 0 requerimento deve meneionar os nomes de todos os comproprietérios. 5. O reconheeimento ou autenticagio da assinatura é ispensada nos requerimentos para obter simples certi- dldes, bem como nos requerimentos apresentados pelo pré prio requerente, quando este soja eonhecido do conserv doy ou se identifique pelo bilhete de identidade. Artigo 04° (Requisitos expeciais) As declaragées sdmitidas como base principal ou aces: séria do acto de registo podem ser feites no prépr I SERIE — NOMERO 74 querimento do registo; nesse caso, porém, o requerimento deve satisfazer as formalidades exigidas para a respectiva declaragio, sunsnegio 1 Documentos (Valor probs 6 sto edmitidos a registo definitive os documentos tyne, segundo a lei, constituam prova bastante do facto que’ se pretende registar. Artigo 98.° (Documentos arquivados) Os documentos arquivados na conservatéria podem ser utilizados para a realizagio de novo registo, desde que Sejam oferecidos e identificados no requerimento pelo mimero e data da sus apresentagio, Antigo 07. (Documentos passados no estrangeiro) 1. Os documentos passados no estrangeiro, em con- formidade com as leis Toeais, sio admitidos’ a registo independentemente de prévia legalizagao. 2. So, porém, houver fundadas divides acerca da autenticidade do’ documento apresentado, pode ser oxi Sida a sua legalizagio mos termos da let processul. Artigo 98.° (Documentos escritos em lingua estrangeira) Os documentos escritos em lingua estrangeira devem Ser sempre scompanhados de tradugio realizada nos ter- ‘mos preseritos pela lei notarial. Astigo 99 (Documentos ilegiveis) So 0 documento apresentado estiver escrito com letra ilegivel, 0 conservador deve exigir a apresentagao de uma cépia auténties, de fécil leitura. Artigo 100° (Cortidées extraidas de inventirio judicial ‘ou de processo de execusso) 1. As certiddes extraidas de inventério judicial para rogisto de direitos nele partilhades ou adjudicados deve conter, ‘além dos requisitos necessirios A sua validade como titulo executivo, 0 niimero da deserigio dos res: Poctivos prédios ou s declaragio da sua omissio no re- isto, 2. Nas cortiddes extraidas de processos de execugtio para idénticos fins deve também ser mencionado 0 mi- mero da descriqio dos prédios penhorados, arrematados ou adjudicados, ou referida a sua omissio no registo. 8, Para o efeito do disposto nos niimeros anteriores, ‘5 relagdes de bens em inventério © os termos de pe. ahora devem conter as indieagses necessdri 4. A prova da omissio dos prédios no registo 6 feita mediante certidio passada pela conservatéria competente, com antecedéncia mio superior a trinta dins 28 DE MARGO DE 1967 685 5. As certiddes para prova da omissto dos prédios no rogisto, dostinadas instruir inventério orfanolégico, so requeridas e passadas em papel comum, isento de selo, com @ indicagio do seu destino, entrando a conta nelas exsrada em regra de custas, quando as heja. 6. As certiddes para invenidrio orfanolégico podem ser substituidas por notas apostas na relagio de bens pelo conservador ou pelo ajudante, observando-se, quanto a selo © demais encargos, o disposto no mimero anterior. Avtigo 101. (Identidade 0 prédio certficado) 1. Sempre que nas certidses passadas para os fins previstos no artigo antecedente o conservador haja cer- fifieado que certo prédio descrito oferece alguma seme- Thanga com algum dos meneionados no respeetivo reque- rimento, o8 interessados devem declarar, sob sua exclusiva, responssbilidade, se o8 prédios que oferecem semelhangas, so ou nfo os mesmos, ou se um deles é parte do outro. 2. A declaragao serd’ sempre consignsda na relagho de bens ou no termo processual a que a certiddo se destina, Aztigo 102° (Cadernetas prediais) Para o realizagio de qualquer registo, os requerent devem apresentar cadernets predial do respectivo pré- dio, actualizada nos termos do artigo 274.°, ou a certidao de ‘teor da inscrigho matricial correspondente, passade com antecedéneia ‘nfo superior a trés meses. Antigo 108.° (Substituigso das cadernetas) 1. Quando 0 requerente for o titular da cademeta ou pessoa que o represent, 9 substituigiio da caderneta, nocessiria & realizagho de acto de registo obrigatério por certiddo matricial s5 é admitida no caso de eer Impossivel apresentaglo daquela. 2. A prova da impossibilidade deve ser feita em face de documento passado pela repartiglo de financas. Artigo 10t (Prbdig omisson na mattis) 1. Quando © prédio © quo o rogisto so refero estiver omisso na matriz, far-se-4 prova do facto mediante du- plicado da declaragio para a sua inscriglo, autenticado pela repartigio de finangas, ou por meio de certidtio de teor dessa declaragt ‘2. Se ainda nfo tiver sido feita pelo proprietdrio ou \postuidor a declaragio para a inscrigho do prédio, os requerentes, sendo terceiros, devem apresentar certiddo comprovativa de heverem dado conhecimento do facto A repartigéo do finangas Antigo 105." (Declaragdes para actos de registo) ‘As declaragses sdmitidas por lei como base principal ou acesséria do registo serfo assinadas pelo declarante ou, se este nfo souber ou nfo puder escrever, por ou- ‘trem a sou rogo, devendo » assinatura ser reconheeida por notétio, Artigo 106° (Alterasen dos artigos matricial) 1. As alteragoes. dos artigos matriciais mencionados nos registos sero realizadas em face da certidao, pas sada pela repartigfo de finangas, que comprove & cor- respondéncia entre os’ novos artigos © os anteriores. 2. A certidio é dispensada, se 9 correspondéncia entre os artigos matricinis conster dos ‘ftulos apresentados para o rogisto. 8. Quando 6 repartig#o de finangas estiver impossit liteda, por qualquer couse, de passer s certidéo, deve certificar essa impossibilidade © 0s motivos que a de- terminam. 4, Nio hé lugar & passagem do certificado sempre que ‘a conservatéria tenha sido oficialmente comunicado, pela respectiva repartigio de finangas, a impossibilidade de ser atestada relativamente a todos os prédios de deter- minado coneelho & correspondéneia entre os artigos mi triciais. 5. Nos cas08 previstos nos n.* 8 e 4, @ alteragio pode ser averbada com base em declaragdo complementar do requerente, Artigo 107. (Atteragio da denominacio da via pébliea ‘ou da mumeragio policial) 1. A slteragto da denominagio de vias publices ou da numeragdo policial dos prédios constantes do registo é admitida em face de certidao, passeda pela respective cémara municipal, comprovativa da correspondéncis en- zo a antiga © nova denominagio ou numeragio. 2. A cortidto, quando se destine a ser apresentada ne conservatéria, slém de ser requerida em papel comum, 6 isenta de selo e passada gratuitamente. 8. As alteragdes a que so refere o n.° 1 & aplicdvel, com as necessirias adaptagdes, o disposto nos 2." 2 ¢ seguintos do artigo anterior. Artigo 108." (Documentos para 2 descrisfe) 1. A descrigo 6 efectuada & vista dos titulos apre- sentados para servirem de base & inscrigio ou a0 averba- mento que & determins. 2, Se os tltulos destinados registo forem deficientes ou contraditérios acerca dos elementos que integram a desorigho, os interessados devem suprir as deficiéncias © sandr as contradigdes mediante a apresentagio simul- tinea de declaragio complementar. 8. Se os elementos de identificngao dos prédios men- cionados em titulos apresentados estiverem em conte fo com os que figuram na descrigio jé existente, em Virtude de alteragio superveniente desses elementos, os interessados devem esclarccer o facto pels forma prevista xno mimero anterior. 4. 0s erros sobre elementos de identificago do prédio, de que enfermem os titulos do respectivo ecto, podem ser rectificados mediante declaragies complementares das partes intervenientes nesse acto. 5. Com os documentos referentes #0 acto de registo podem os interessados juntar planta dos prédios. Artigo 1 (Contradigéo quanto aot elementos de identificagio) 1. Havendo contradigfo, proveniente de erro ds matriz, entre os elementos de identificagio do prédio constantes da inserigio matricial ou da respectiva declaragio © 08 636 da descrigdo jd existento ou os mencionados em titulos apresentados, 0 conservador s6 pode efectuar o registo em face de documento comprovativo de ter sido reque- rida, na repartigio de finaneas, a convenionte reetifieagio, 2. No caso previsto no niimero anterior, nflo pode rea: lizar-se novo registo, enquanto nfo se mostre rectificada ‘@ matriz ou nflo se apresente documento comprovativo de ainda estar pendente 0 pedido de rectificagio. 8. Se a contradigao resultar de erro verificado em titulos que se destinem a servir de base & descrigio, ou que j& tenham servido para esso fim, o registo nlio se efectuard, sem quo os titulos errados sejam rectificados. 4, Nao sendo possivel aos interessados obter, pelos ‘meios extrajudiciais normais, a rectifieagto dos titulos, podem estes, bem como as descrigdes lavradas com base neles, ser rectificados mediante a escritura de justifica- Ho notarial prevista nos artigos 215.° © seguintes Antigo 110. (Documento para registo de constituigso ‘da propriedade horizontal) 1. 0 registo de constituigio da propriedade horizontal ofectua-se em face do respectivo titulo, desde que nele se especifiquem as partes do ediffcio correspondentes ds virias fracgdes auténomas e se fixe o valor relativo de cada uma delas, expresso em percentagem ou permila- gem do valor total do prédio, 2. Se o titulo constitutive nio satisfizer as exigéncias do niimero anterior, poderd ser completado por acordo dos interessados, expresso em documento auténtico, ou por arbitramento judicial. 8. Se a propriedade horizontal tiver sido constituida por negécio jurfdico, o titulo de constituigto deve ser ‘acompanhado de documento passado pela cémara mu- nicipal, comprovativo de que as fracgdes auténomas ss. tisfazem aos requisitos legais. 4. Tratando-se de prédio construido para venda em fracgées auténomas, a apresentagdo do documento a que se refere o mimero anterior pode ser substitufda pela exibigo do respectivo projecto de construgio, aprovado pela edmara munieipal Artigo LIL (Documento pata registo do. modificagso do titulo constitutive da propriedade horizontal) 1. 0 registo de modificagtio do tltulo constitutive da propriedade horizontal, por acordo de todos os condémi nos, que importe alteragio da composigao das respev- tivas fracqdes efectua-se em face do titulo do acordo, acompanhado do documento emanado da cimara muni: cipal, comprovativo de que 6 alteragio nfo prejudica os oquisitos legais a que as fracgBes devem obedecer. 2. No caso de a modificagtio exigir obras de adaptagio, ' exibi¢do do projecto, aprovado pela ciara municipal dispensa p apresentagtio do documento » que se refere © miimero anterior, Axtigo 112.° (Documonto para registe de hipotecs) 1. 0 registo de hipoteca teré por base algum dos titulos que podem servir para a constituigao dela. 2. Se o titulo constitutive da hipoteca nio contiver todos os elementos necessirios para o registo, o requerente deve suprir os que faltarem, mediante declaragdo complementai 8. A declaragio nBo pode, no entanto, restringir o8 direi- tos ow smpliar as obrigagdes quo resultem do ittulo para 8 parte nllo requerente do registo. I SERIE ~ NOMBRO 74 Artigo 118 (Documento para o registo de hipotecs por dividas de juros) O registo do hipoteca para seguranga de dlvida de juros de eréditos gerantidos por hipoteca, nto sbrangidos pelo, rogisto desta, efectua-se em face de certidto de escritura de nova hipateca constituida para garantia desses juros Astigo 114° (Document para repisto de afectacso de créditos hipotecitice) O registo de afectagio de erdditos hipotecdrios a reser- vas de companhias de seguros ofectua-se perante simples declaragio assinada pelo representante da sociedade de seguros que esteja inscrita como eredora hipotecdria, de- vendo mencionar-se na declaragio o mimero da inscrigio. Artigo 1152 (Documento para o registo de afectasdo de iméveis) 0 rogisto de afectagio de iméveis a reservas referidas na alines 7) do a.* 1 do artigo 2.° 6 feito em face de simples declaragio assinada pelo representante legal da entidade que estoja inscrita como proprietéria ou possuidora dos iméveis afectados. Artigo 116 (Documento para registo da renincis » indemnizacéo, rho caso de Futura expropriggso) 1. A rentincla a que se refere a alinea y) do n° 1 do artigo 2.° 6 registade em face de declaragio assinada pelo proprietério ou possuidor inserito do prédio, ou de certi- dao de teor da mesma declaragdo passada pela entidade expropriante. 2. A declaragio e a certidio, bem como o requerimento, slo isentos de selo. Actigo 11 (Documento par 1. 0 registo provisério de acgtio é efectuado & vista de cortidio comprovativa da sua instauraglo © converte-se em definitive em face de certidio comprovativa de @ aegio haver sido julgads procedente por decisdo passada em julgado, 2 Da certidio comprovativa da proposigio da acgau deve constar 0 pedido e o valor da causa. registo de acgées) para pessoa 2 nomear) 1. 0 registo provisério do contrato para pessoa a no- mear, nos termos previstos na alinea i) do artigo 179.°, 6 ofectuado em face de certiddo de teor do respective ins- trumento, ¢ converte-se em definitivo, a favor da pessoa nomeada, & vista do documento comprovativo da ratifies: glio do contrato, acompanhado da declaragdo complemen- far de que a nomeagio foi comunieada, nos termos legal ‘a0 outro contraente. 2. Se a nomeagio nko tiver sido efectuada nos\termos legais, o registo provisério, na falta de estipulagio em con: trario, pode ser convertido em detinitivo, a favor do titular originirio, em face de declaragio assinada por este, com roconhecimento presencial da letra e da assinatura. B.-A declaragio pode ser escritn por terceito e apenas assinada pelo deolarante; neste caso, porém, 0 notirio dove certificar ainda, no reconhecimento da assinatura, que 0 signatério confirmon 0 contetido da declaragto. 28 DE MARGO DE 1967 637 4, Se 0 declarante nlo soubor ou nfo puder assinar, a declaragio pode ser assinada por outrem, a seu rogo, de- vendo a assinatura ser reconhecida pelo notdrio, depois de a declaracdo ser lida ao rogante e este confirmar 0 seu conteido. Astigo 110.* (Documento para o registo de transmissio resultante ‘do arrematagdo. judicial) rogisto provisério de transmissto operada por arrema- tagio judicial, nas condigdes previstas na alinea k) do ar- tigo 179.*, 6 efectundo em face de cortidtio que mostre ter 0 arromatante depositado a décima parte do prego e a quan: tia correspondente as despesas provaveis da arrematagio, fe converte-se em definitive em face do titulo de arremata. ho. Axtigo 120° 1. 0 registo provisério requerido pelo gestor a favor do titular do negéeio efectua-se em face do documento au- téntico que prove a gestiio, e converte-se em definitive A vista do documento comprovativo da ratificagto da ges: ‘io, ou a simples requerimento do titular do megéeio. 2. 0 disposto no niimero anterior splicével, com as necessérias adaptagdes, ao registo provisério, a favor do Sulas do negéeo, requerido por procurader sem poderes suficientes. Antigo 121. (Documento para © registo da penhora ou do resto) 1. 0 registo. provisério da penhora ou do arresto, nos termos previstos na alines 0) do artigo 179.*, 6 efectuado em face de certido que mostre ter sido ordenada a pe hora ou decretado o arresto © da respectiva declaragto complamentar, quando nocesséria, © convarte-se em defi nitivo em face da certidio comprovativa da execugdo da ailigéncia. 2. O rogisto provisdrio da penhora ou do arresto, nos termos previstos na alinea p) do artigo 179.*, efectua-se & vista da certidao roferida ne parte final do mimero an- terior, @ converte-se em definitivo em face de certidio comprovativa dos factos referidos no n.° 8 do artigo 221.*, cou logo que 0 prédio se mosire inserito em nome do exe- cutado ou arrestado. Artigo 122° (Documento para o registo de dots) © rogisto provisério de dote que seja requerido antes do easamento efectua-se om face de certidio da escriturs onde os bens estejam relacionados e converte-se em de- finitivo om face da-certidao do casamento. Antigo 128. (Documonte para rogisto do encargo detal sobre novos bens) 1, 0 registo do encargo dotal sobre novos bens @ cuja aquisigho © dotador haja condicionado a autorizagio pare f alienagtio de bens constitutivos do dote efectua-se em face do certidéo da escritura donde conste @ sub-rogagio, com expressa referéncia & observancia das condigdes xades pelo dotador. 2. No caso de alienaglo de bens dotais com autorizagto jodicial condicionsda & sua substituiggo por outros bens iméveis, © registo do encargo dotal sobre os novos bens fectua-se em face de certidio da eseritura de aquisigao donde conste » sub-rogagio, com expresse referéncia & observincia das condigSes fixadas pelo tribunal, scomps- nhade de certidio de respectiva sentenga passada em julgedo. Actigo 124. (Documento paca resisto de Sous sobre bens dotas) 0 disposto no artigo anterior é aplichvel, com as neces: sérias adeptagdes, 90 registo de encargos contraidos sobre 08 bens dotais, com autorizacto concedida pelo dotader, no scto da constituigio do dote, ou pelo tribunal. Aatigo 125° (Documenta para rogisto do apnigio) © registo da constituigdo do spandgio efectua-se om face de certidio da sentenga, passada em julgado, que tenha determinado forma de prestar os correspondentes alimentos ou de certidao da escritura em que estes te- sham sido fixedos por acordo dos interessados. Artigo 126." ara 0 de tranamissio contratual ‘ou de hipotecs voluntaria) {Documento 1. 0 registo provisério de traasmisstio contratual ou de hipoteea voluntéria, requerida antes de ser lavrado 0 contrato, 6 efectuado em faco de declaragio escrita assinada pelo titular do direito, ou pelo proprietério, com reeonhecimento presencial da letra e da assinatura. 2. B aplicavel as declaragdes a que se refere o mimero anterior © disposto nos n.* 8 @ 4 do artigo 118.° Antigo 127 (Documento para cancelamento) 1. Os cancelamentos efectuam-se em face de documen- tos suficientes para provarem a extingio dos factos re- gistados, ou em execugiio de decisdo judicial passada em julgado. 2. O cancelamento do registo de hipoteca relative a prédio nio cujeito a regime de rogisto abrigatério pode ser efectuado mediante o consentimento do oredor, prestado em documento auténtico ou antentieado. Artigo 128." {Documento para cancelamento do. resisto respeitante a eréditos ‘ujeitor a. manifesto Hacal) 1. © cancelamento da inscrigdo relativa a crédito su- jeito @ manifesto fiscal pode ser efectuado em face de documento pelo qual se mostre o distrate da divida, inde- pondentemente da apresentago do titulo comprovativo to pagamento do imposto de capitais. 2. O cancelamento pode tambéin ser feito perante certi dio que comprove um dos seguint 4) Ter sido cancelado o manifesto, por extingio do erédito; b) Nio constar o crédito, quando manifestado hé dez anos ou mais, dos livros om servigo na repartigiio de A- nangas para langamento do imposto de capitais referente 08 einco anos anteriores Aquele em que o cancelamento foi requerido. Antigo 120." (Documento para cancelamento do registo de hipoteca felativa a pemsées peviédicas) 0 eaneelimento de hipoteca para seguranga de pensdes periédieas pode ser feito em face da certiddo de dbito da 688 pessoa @ favor de quem a hipoteca esti de algum dos seguintes document: 4) Recibos eomprovativos de que foi feito o pagamento das pensbes vencidas até & morte do pensioniste, que ‘inda no hajam presorito; b) Declaragio de todos os herdeiros do pensioniste, de- vidamente hobilitados, na qual afirmem nfo estar em divide nenhums pensio; ) Certidio comprovativa de que no julzo do domi cilio das pessoas obrigadas & prestagto das pensdes niio se encontra pendente neahuma acglo ou exccugtio para cobranga destas, so jé tiverem decortide mais de cinco anos sobre a morte do pensionista. Artigo 180." (Documento para cancelamento de obriga¢ées militares) © cancelamento de hipoteea para garantia de obriga- 4gdes militares pode realizar-se desde que se prove que @ caugho se extinguiu ou se tomou demecessiria, ou se exiba despacho ministerial que o autorize. rogisto de. penhora 1. 0 cancelamento do registo de penhora ou de arresto 6 efoctuado peranto documento comprovativo de decisto, passada em julgado, que o determine ou que gutorize 9 levantamento da providéneie. 2. O cancelamento de penhors efectuado em processo de execugiio fiscal, quando tenha desaparecido 0 processo, ou @ acgdo jé nfo'esteja pendente, pode fazer-se em fa de certidio passade pela repartigdo de finangas, que com- prove o desaparecimento ou a no pendéncia do processo ou # extingiio ou inexisténcia da divida & Fazenda Nacio- nal Antigo 182.° Para o cancelamento do registo provisério por divides 4 necessirio 0 consentimento, prestado em documento au- téntico ou autenticado, da pessoa a favor de quem 0 isto estiver efectuado © da pessoa que o requereu, se tiver sido requerido por outrem, Antigo 128.° (Documento para cancelamento do registo provisério ‘por naturera) 0 rogisto provisério por natureza, realizado nos termos do artigo 126.°, pode ser cancelado em face de declaragio da pessoa a favor de quem tiver sido feito, com as forma. lidades preseritas no mesmo artigo. Artigo 184." (Documento para cancels ‘de 1.'0 registo provisério de acgho judicial pode ser can- celado perante certidio de decisio, passade em julgado, que absolva o réu do pedido ou da instincia, que julgue extinta insténcia ou a declare interrompida. 2, Sendo 0 cancelamento requerido por ter expirado o prazo firado na primeira parte do n.° 2 do artigo 180. seré efectuado em face de certidio da sentenga com trinsito om julgado. I SERIE — NOMERO 74 CAPITULO ID ‘Actos de registo em especial SHOGAO 1 Apresentagto Artigo 195.9 (Anotagio no Diério) 1. No livro Difrio lavrar-se-6 nota de apresentagio de todos os requerimentos ou titulos para registo logo que sejam entregues o segundo a ordem por que forem rece: bidos. 2. A entrega pode ser feita por terceiro, desde que @ assinatura do requerente se mostre reconhecida por noté- rio, ow autentieada com o selo branco, se o requerente for uma entidade oficial. Aatigo 1 (Elementos da apresentaséo) 1. A nota de apresentagio deve conter os seguintes elementos: 2) O nimero de onlem, 0 dia, més ¢ ano da spresen- inglo; 'b) O nome completo do requerente; ©} O mtimero dos documentos apresentados e sua natu. reza externa; d) A menofo da espécie do acto requerido; @) A identifeagio do prédio ® que o acto requerido so refere, mediante a mengio do mimero da descrigio ov, na falta desta, pela indicagao da sua natureza — rustica, urbana ou mista — e da dreguesia em quo fica situado; f) O nome do proprietario ou possuidor, quando 0 pré- dio ndo seja ideutifieado pelo timer da descrigio. 2, As indicagdes exigidas para a nota de apresentagto serio extraidas do requerimento. 8. 0 conservador completard, contudo, quando the for possivel, com elomentos colhidos nos documentos juntos, tno requerimento, as mengées das alineas 0), e) @ f) do ned. 4. Se forem varios os requerentes, epenas 6 anotado 0 nome do primeiro, seguido das palavras:

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