You are on page 1of 7
(Qassrvs Nocusma tis Depois quando, ap6s a Conferéncia de Beelim, os Est i slim, os Estados co Psa isnt atin di erm suscep de alc em teriris Broblema deou de sero de como integar os nativos na cidadaia mete Politana e passou a sero de construir para eles um estatuto diferenciado, ele indigen As isd natureza asiilaionist do consitcionalismo {agus que acompanharam ese esfore, parecer, eno te constitu um 10 legitimador da construsao dessa outra (nao) cidadania a docs eu. itucional nag no europeus, Nese aku \s CODIFICAGOES SECTORIAIS E O PAPEL AS. CONTRA-ORDENAGOES NA ORGANIZAGAO Direrto PENAL SECUNDARIO FREDERICO DE LACERDA DA Cost PINTO. “ABSTRACT: ‘The main tpi of the presen arti isthe discussion ofthe est slution ro organise the Criminal Law inthe economic and social felis. n Europe we find differen proposals the ih stution is to include everything in the Criminal Cade (1995). The Germ (1975) and ‘Pearuguse (1982) solations try to combine the Criminal Code with other legislation, based on the ides thet the changes inthe economic and sail elds are not compatible withthe tabiity of Ireoifcaton In aly this. major tee snc he Criminal Code of 1930 in now being change. argue forthe neces to admit tat the idea ofa nique coifction Criminal La like the bral ists of te 19° contr, isnot a good resonse this kd of eriminali. A beter solution isto erent small odifcations for specif elds har onganize several aspects of the rege, with {olatons of Civil Law, Administrative Lew, and Criminal Law and (sometimes) retinal Procedure ater than a que codification that would be more symbolic ham efcent ‘Mestre em Diteit, Docente na Facoldale de Direito da Universidade Nova de Lisbos. Assessor do Conselho Directiva da CMVM. O presente texto contém opines estritamente ‘pessoas que, por sno podem se leitimamenteentendidas como manifetagi do enten- ‘imento da CMM sobre as matériasem cau 0 estode que agora se publica servi de base & comunicag apresentads no col6quio subordinado a0 tema “Modell ed esperienze di riforma del dinito penale complement” fe teve lugar na Universita deg Studi di Modena e Reggio Ei, em Modena tia, em 4 ¢ {Side Dezembro de 2001. Debateram-se neste cologui divers propostas de organizacao do ireito Penal seesindrn (de nature econéinicae soca) em funcao dos modelos exstentes ‘a Europa continental ¢ das tendéncias de evalugdo que se desenham para este sector do sis tema penal, As diverstsexperiéncss europeias na matératinham sido previammnte ceunidas ‘numa valiosa obra de Diteito comparado sore o tema: Massimo Donni (org) 1 forme ‘ala lepslarione penal complementare (Sti di drito comparato), Cedar Milano, 2000, ‘onde inclu « par de outtostabsthos, umimportanteestudo sobre a situagao portuguesa ‘de autora de Giowanna Tot, "Portgallo: leone osservazioni sul Dieito Penal Secundirio’ ‘op. cit, pp. 157-187, Agradeco #0 Prof. Massie Donin, da Universita di Modena Reggio mila 9 coavite que me dirgiv para pactipar neste coloquio,€ & Dra Giovanna Tore, “dsponibilidade ign que ento revel na eadugao do meu text para italiano, Uma palaera te agradecimento € também devida 8 Senhora Prof Teresa Pizarro Beleza, pela letura © ‘comentiro deste texto. ‘hemi, an 5, 20028710 Frepenico DF LacERDA m4 Costa Presa InmRopugAO. No presente texto procuro defender trés ideias fundamentais sobre o modelo de organizaglo do Direito Penal secundario e, em especial, sobre a hhipotese, colocada actualmente em Itélia, de essa organizagdo set concreti- zada através da incorporagao de toda a legislaco penal num nico Cédigo (@ semelhanea do que aconteceu em Espanha, com 0 Codigo Penal de 1995) Um eventual projecto de codificacio do Direito penal secundério (ecors- rico € social) ndo deve ser equacionado apenas no plano da mera organi- acho substantiva des tipos incriminadores, mas também em fungio de pro- Dlemas processuais e de eficiencia do sistema penal; Por outro lado, uma respostaeficaz e adequada aos problemas no camo econdmico e social dificilmente pode ser s6 de natureza penal, devendo artes articular aspectos de Direito Civile Direito Administrativo e, em especial, de Diteito das Contra-ordenacdes. Por isso mesmo, é duvidoso que o modelo codificador de matriz oitocen- tista(estético, fechado, centrado sobre si mesmo) seja a melhor solugfo para organizar as matérias heterogéneas e mutaveis que integram o Direito Penal secundirio. L © Mopeto PORTUGUES: CODIFICAQORS PENAIS, LEGISLAGAO PENAL AVULSA £ DIREITO DAS CONTRA-ORDENAGOES 1, © modelo de organizagio juridico-penal vigente em Portugal assenta m trés pilares fundamentais: (1) O Direito Penal e Processual Penal coci- ficado (com Cédigos de 1982 1987, respectivamente}; (2) 0 Direito Penal secundario ¢ complementar, objecto de leis avulsas de natureza substantiva «, em alguns casos, com solugoes especificas de natureza processual; ¢ (3) © Direito de Mera Ordenag2o Social ou, noutra designasio equivalemte, 0 Direito da Contra-ordenacoes (Recht der Ordnungswidrigkeiten), que act ‘mente abrange praticamente todos os dominios da vida socio-econémica en Portugal. Este sitimo, ndo sendo formal e materialmente Direito Penal (mas sim uma parcela significativa do Direito Pablico sancionatério), cumpre im- portantes funcoes politico-criminais justificando-se por isso a sua apresen- taco conjunta. A pretensio de codificar 0 Diteito Penal secundério nao ¢ desconhecida «em Portugal que jé disps, incusivamente, de uma (rudimentar) codificagio ‘no campo dos crimes econdmicos, na década de 50. No contexto politico 38 [AS CODIFIQOES SECTORIAS © 0 FAFEL DAS CONTRA-OROENAGDES. -jutidico posterior & revolugdo de 1974, esse projecto nunca foi retomado, tendo mesmo sido objecto de criticas doutrinérias. Em alternativa, assumiu- se que 0 Direito Penal secundério deveria continuar a ser objecto de leis avulsas, disciplinadas por uma lei-quadro, que organizaria 0s principios fun- damentais ¢ as especialidades deste sector e assumiria uma vocagao discipli- nadora da prépria actividade legislativa na matéria. Esta lei nunca chegou a ser elaborada, provavelmente devido & auséncia de estabilidade politica, ‘numa primeira fase, ¢ por nao ser considerada uma prioridade legistativa, noutros momentos. Clara era, no entanto, a ideia de nao avancar para um projecto de codificagéo do Dircito Penal sccundario, considerado, em si ‘mesmo, incompativel com a excessiva fragmentariedade e mutabilidade deste sector do sistema penal. 2. Asduas primeiras componentes deste sistema (Direito Penal codificado « Direito Penal extravagante) correspondem a solugdes juridico-penais, sujei- tasa todas as garantias constitucionalmente definidas, quer ao nivel dos crité- rios de imputagio da responsabilidade, quer no plano da exigéncia de inter- -vengo judicial. Ou seja, nao ha imputacao constitutiva da responsabilidade penal sendo através do processo judicial legalmente previsto. Entre um € ‘outro sector existem diferencas relativamente aos suitos envolvidos, as penas apliciveis e, em alguns casos, em relago ao processo criminal, especialidades ‘que em parte justificam a existéneia de legislagio auténoma em relagio A

You might also like