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www.jorgemacedo.pro.br j.macedo@terra.com.br & MINSTERIO DO M BO AMBIENTE ‘CONSELHO NACIONAL. DE RECURSOS HiDRICOS RESOLUGAO N’ 54, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2005 (publ np DOU om 090306) . Estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais para a pratica de reiso direto ndo potdvel de dgua, e dé outras providéncias. O CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HiDRICOS-CNRH, 10 uso das competéncias que the so conferidas pelas Leis n® 9.433, de 8 de janeiro de 1997 ¢ 9.984, de 17 de julho de 2000, ¢ pelo Decreto 1f 4.613, de 11 de margo de 2003; Considerando que a Lei n? 9.433, de 1997, que dispie sobre a Politica Nacional de Recursos Hidricos © cria 0 Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidticos-SINGREH, da énfase ao uso sustentivel da agua; Considerando a Década Brasileira da Agua, instituida pelo Decreto de 22 de margo de 2005, cujos objetivos x80 promover ¢ intensificar’ a formulago e implementagio de politicas, programas e }rojetos relativos ao gerenciamenio e uso sustentivel da gua; Considerando a diretriz adotada pelo Conselho Econémico e Social da Organizagao das Nagdes Unidas-ONU, segundo a qual, a no ser que haja grande disponibilidade, nenhuma agua de boa qualidade deveré ser utilizada em atividades que tolerem guas de qualidade inferior, Considerando que o retiso de gua se constitui em pritica de racionalizagio ¢ de conservago de recursos hidricos, conforme principios estabelecidos na Agenda 21, podendo tal pritica ser utiizada como instrumento para regular a oferta e a demanda de recursos hidricos, Considerando a escassez de recursos hidricos observada em certas regides do temttério nacional, a qual esté relacionada aos aspectos de quantidade ¢ de qualidade; Considerando a elevagio dos custos de tratamento de gua em fungio da degradagao de mananciais; Considerando que a pritica de raiso de agua reduz a descarga de poluentes em corpos receptores, conservando os recursos hidricos para 0 abastecimento ptiblico e outros usos mais exigentes quanto qualidade; e Considerando que a pritica de retiso de gua reduz os custos associados & poluigao contribui para a protego do meio ambiente ¢ da saide piiblica, resolve: Art. 1° Estabelecer modalidades, diretrizes e critérios gerais que regulamentem e estimulem a pritica de reso direto no potével de agua em todo 0 territério nacional. ~ Art. 2° Para eftito desta Resolugao, so adotadas as seguintes definigdes: 1 ~ Agua residudria: esgoto, dgua descartada, efluentes liquidos de edificagées, indistrias, agroindistrias ¢ agropecudria, tatados ou no; Il - retiso de agua: utilizacto de agua residudria; Mil - agua de reéso: agua residudria, que se encontra dentro dos padres exigidos para sua utilizagio nas modalidades pretendidas; www_jorgemacedo.pro.br j.macedo@terra.corm.br IV - retiso direto de gua: uso plangjado de 4gua de reso, conduzida ao local de utilizagdo, sem langamento ou diligo prévia em corpos hidricos Superficiais on subterrineos; V - prodtutor de gua de reiso: pessoa fisica ow juridica, de dircito piblico ou privado, que prod igua de reiso; VI - distribuidor de fgua de retiso: pessoa fisica ou juridiea, de direito piblico ow privado, aque distribu’ agua de reiso; € VII - usudrio de Agua de reiiso: pessoa fisica ou juridica, de direito piblico ou privado, que utiliza égua de reiso, ~ Art. #® © reiiso direto nio potivel de Agua, para efeito desta Resolugfo, abrange as sseguintes modalidades: 1 - reso para fins urbanos: utilizagdo de agua de reiiso para fins de imigagdo paisagistica, Tavagem de logradouros piiblicos ¢ veiculos, desobstrugao de tubulagdes, constrigao civil, edificagdes, combate a ineéndio, dentro da area urbana; Il - retiso para fins agricolas e florestais: aplicagio de 4gua de reiso para produgio agricola cultivo de florestas plantadas; II - rediso para fins ambientais: utilizagiio de dgua de rei de recuperagdo do meio ambiente; para implantagio de_projetos TV - retiso para fins industrais: utilizagdo de Agua de reiiso em provessos, atividades & operagdes industriais; e, = V - reiso na agiicultura: utilizagio de agua de retso para a criagdo de animais ou cultivo de vegetais aquitivos. § I® As modalidades de retiso nfo sio mutuamente excludentes, podendo mais de uma delas ser empregada simultaneamente em uma mesma drea. § 2 As diteuizes, critérios © parimetros especificos para as modalidades de reiso definidas nos incisos deste artigo serio estabelecidos pelos érg’os competentes, Art. 4° Os érgios integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos-SINGREH, no Ambito’ de suas respectivas competéncias, avaliardio os efeitos sobre 0s compos hidricos decorrentes da pritica do reiiso, devendo estabelecer instrumentos regulatérios ¢ de incentive para as diversas modalidades de retiso. Art. $ Caso a atividade de reso implique alteracio das condigbes das outorgas vigentes, 0 utorgado deveré solicitar 8 autoridade competente retificagio da outorga de direito de uso de recursos hidricas de mocio a compatibilizé-la com estas alteragdes. Art. 6 Os Planos de Recursos Hidricos, observado 0 exposto_no art. 7, inciso IV, da Lei 18 9.433, de 1997, deverdo contemplar, entre os estudos ¢ altemativas, a utilizagdo de’ aguas de reso € seus efeitos sobre a disponibilidade hidrica. Art. Os Sistemas de Informagdes sobre Recursos Hidricos deverio incorporar, organizar € tomar disponiveis as informagtes sobre as priticas de retiso necessérias para o gerenciamento dos recursos hidricos Art. 8° Os Comités de Bacia Hidrogrifica deverio: I ~ considerar, na proposig&io dos mecanismos de cobranga e aplicago dos recursos da cobranga, a criagao de incentivos para a pritica de retiso; © Il - integrar, no Ambito do Plano de Recursos Hidricos da Bacia, a pritica de reso com as agbes de saneamento ambiental e de uso € ocupacao do solo na bacia hidrogratica Pardgrafo nico. Nos casos onde nao houver Comités de Bacia Hidrografica instalados, a responsabilidade caber’ a0 respectivo érgiio gestor de recursos hidricos, em conformidade com o previsto 1a legislagio pertinente, www. jorgemacedo.pro.br j.macedo@terra.com.br Art. 9 A atividade de reso de agua deveri ser informada, quando requerida, a0 érgzo ¢gestor de recursos hidricos, para fins de cadastro, devendo contemplar, no minitno: 1 identifcagio do produtor, distribuidor ou usuaitio;, T- localizagio geogrifica da origem e destinag.io da fgua de reiso; III - especificagtio da finalidade da produgdo e do retiso de dgua; € TV - vazio & volume difrio de agua de reiso produzida, distribu Art 10. Deveriio ser incentivados e promovidos programas de capacitagio, mobilizagéio social ¢ informagao quanto a sustentabilidade do reso, em especial os aspectos sanitirios e ambientais. Art IL. © disposto nesta Resolugo nfo exime 0 produtor, o distribuidor ¢ 0 usuério. da agua de reso direto nao potivel da respectiva licenga ambiental, quando exigida, assim como do ccimprimento das cemais obrigagies legais pertinentes. ou utilizada, Art 12, Bsta Resolugdo entra em vigor na data de sua publicagao. MARINA SILVA JOAO BOSCO SENRA Presidente Secretiirio-Exee

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