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imple eers com ingen “sure 05 pings PNT de feaiae de para as proves de jpsxrngoto de oP02 tage do Exame 2 OPS ‘diiistratvor Dire ate obrigacses) Dre ‘ile i ‘André Borges de Carvalho Barros Mestrando er Diteto Chil Comparado pela PUOSP, Especalista em Di reito Processual Cll pela PUCISE Bacharel em Dei pela PUCISR, Ad vogado, Professor de Direito Chil em cursos proparatérios para conaursos Piiblicos e examne de ordem, Professor de Dieito Civil e Processo Chil da 6s-Graduagéo da Escola Paulista de Dirt, Memibro do tnstituto Bras Icio de ireto de Familia -IBDFAM, Jodo Ricardo Brandao Aguirre ‘Mestre em Direito Civil pela Pontificia Universidade de Sao Paulo - PUC-SP, Especiaista em Diceto Pracessual Civil pelo Centro de Extenséo Univesi- ‘tia e Graduado em Direto pela Universidade de Sao Paulo ~ USP. Advo {gado, Professor de Ditto Civil Processo Civil em cursos preparatérios Para concursos publices e exame de ordem. Professor da Pés-Graduacio dda UniFMU e da Universidade Candido Mendes Go RESUMOS DE BOIS Direito Civil - Parte II ‘Contratos, Responsabilidade Civil e Direito das Coisas 22 edicgo André Borges de Carvalho Barros Joao Ricardo Brandao Aguirre 2) clasts conta ‘ =| coma en pice $ =) nurse B . Propriedade 16 wemier = coLegAo nesumos DE soLse Giato il -Panett {© 2008 by Ande Borges de Canto Bars eo Ricardo Bando Aguie Toes os dis reservados Emuipe de Prdudo: ie Edt: Ange C. Cagian Machado Produ Eto Fabiane de Casto luz Projet Gren Diagraagdo: Marcos RarrosMabux Copa: Marcos Ramostabas Revs: Bol bere Produgio Gees: Mira Costa Dives exdsins pata a lingua portuguesa ends 3 Prema Mixina tora Si ua Bela Clara, 952 - 8° andar -Conslogs0 ‘CEP 01415-000- Si Pauls SP Teleloe:(19) 21674722 emai compres @prenioredtor.combr wo rena com Pt aeiaonttep re ont pee en ls cONTRATO E 0 negocio juriico bilateral ou plurilsteral que visa a criagdo, modificagdo, extingao ou conservagio de diretos © obrigagbes, Fegulamentanda interesses privados. Para que seja vAlido, deve cconter 0s mesmos requisitos de existéncia e validade do negé- io juridico, As partes devern ser capazes ¢ legitimadas. O objeto deve ser licito, possivel, determinado ou determinavel. A vontade eve ser livre de qualquer pressao o deve ser cbservada a forma prescrita pel le. |, CLASSIFICACGES DO CONTRATO a) Quanto as Obrigagses ass Unilaterais = sdo aqueles em que apenas um dos contratan- ‘es assume obrigacdes, serm que exista uma contraprestacSo pare 2 outra parte. Ex: contiato de doacéo pura Unilaterais imperfeitos = sio contratos que na sua origem estabeleciam obrigacdes para apenas um dos contratantes, mas quando da sua execugSo surgem obrigagbes para o outro contra- tante, Néo sdo considerados bilaterais em virude da ausncia de sinalagma Ex.: doacSo com encargo, Bilaterais ou Sinalagmaticos = aqueles em que cada um dos Contratantes ¢ simulténea e reciprocamente credor e devedor do ‘outro. Essa recipracidade (sinaiagma) & que caracteriza 0 contra- to. &x: compra e verda Plurilaterais = s20 0s contratos formados pela participacso de tr@s ov mais pessoas, nos quais todas assumem obrigacbes, Ex: incorporagao, b) Quanto s Vantagens Patrimaniais ‘Onerosos = contratos em que ambas as partes auferem bene ficios e suportam Onus. Ex.: prestacdo de servico. Todo contrato bilateral 6 urn oneraso, Gratuites = contratos em que apenas uma das partes aufere bbeneicios, enquanto a cutra parte suparta 0 dnus. Ex: doacso. COLECKO RESUMOS OF B0L30 ‘Atengdo: Nem todo contrato unilateral & gratuito, existindo con- {tatos unilaterais onerosos come o miituo feneratci. ‘2 Quanto & Equivalencia das Prestacées Comutativos = aqueles em que as obrigagdes $30 conheci- das pelas partes e guardam relacio de equivaléncia entie si. Fx locagto. Aleatorios = aqueles em que uma das prestages ndo & co- nhecida, dependento de um risco futuro e incerta. Ex. seguro de automével 0) Quanto & Praviss Tipicos = aquetes que esto requlamentados por lel. 6x: co- modato. Atipicos = aqueles n3o tratados esnecificamente pela norma juridica. Ex. contratas eletronicos Nominados = sio aqueles aos queis a lei dé nome. Ex: com= pra.e venda. Inominados = sao aqueles que néo tem a figura negocial pre- vistas em lei 2) Quanto a Formagio Consensuais ou nao solenes = aqueles que sio formados pelo simples acardo de vontade entre 05 contratantes. Solenes = aqueles que devern obedecer 8 forma ou solenida- de prevista na le Reals = aqueles que somente sio formados com a entrega da coisa 8) Quanto & Autonomia Prineipais = aqueles que no dependem de qualquer outro Para que possam existr e ser vldos, Ex.:locagdo, ‘Acess6rios = aqueles que tm sua existéncia € validade vin culadas 4 um outro negécio juridico cansideredo principal. Ex, contrato de fianca, 9) Quanto 20 Contratante Pessoais, personali ‘em que a obrigacao nao pode ser cumprida por outa pessoa. Ex, fianca, mandato, Impessoais = outra pessoa pode substituira contratante, por nao 2 um elemento determinante do negécio, Ex. compra e venda, 8) Quanto a0 Contetido Paritérios = aqueles em que as clausulas podem ser discuti- 1s, pois as partes estao em situagdo de iqualdade. De adesio ou por adesdo = 0 contrato ¢ imposto sem pos- sibllidade de discussdo de suas cléusulas EXTINGAD DO CONTRATO 2} Norma! = pelo cumprimento das obrigagdes estipuladas 5) Fatos Anteriores = a extingdo por fatos anteriores ou cone tempordineos a sua formacao pade ocorrer em ts hipoteses: ‘+ Invalidade contratual, + Cléusula de arependimento; © Clusula resolutiva expressa, =) Fatos Posteriores (Rescisaa) = embora nao exista unifor- ‘midade no tratamento da matéria, temos que a palavra rescisso desiona 0 género do qual a resolucao © a resiligso do especies ‘A extingao do contrato pode ocorrer pelo seu descumprimento (resolugdo}, ou quando nao mais interessa 25 partes o seu cum- primento (resligao) 6-1) Hipéteses de Resoluigso: ‘nexecuséo voluntéria ou involuntaria do contratado; Cdusula resolutiva tacta (excecso do contrato nao cumprido ~ total ou parcial); Onerosidade excessiva (evento extracrdinario e imprevisivel, 6.2) Hipotesss de Resilicao: Distrato (se for bilateral; Dentincia (vazia ou cheia). x: locagao: Revogacao ou renuncia, Ex: mandato; Exonerecio unilateral da fianca por prazo indeterrninado, cOLEGAG RESUMOS DE BOLSO she par Morte {Cesseg80) = Ocorte somente nos ccontratos personalissimos (intuitu personae). COMPRA E 0 contrato em que um dos contratantes se obriga a transferir 0 dominio de certa coisa, e © outfo a pagarlhe certo prego em dinhoiro, Tem como elementos constitutivos a coisa, © prego e 0 consentimento, e € classficado como contrato bilateral (sinalag- ‘matico}, oneraso, comutativo (mas pode ser aleatorio), consensu- «al (ou solene) e translativa de dominio. Ciausulas Bspeci 4+ RETROVENDA - 0 vendedor de coisa imavel eserva-se o dire to de recobré-la no prazo maximo de decadéncia de tr8s anos, est- ‘tuindo 0 prego recebido e reemlvolsando as despesas do comprador, = VENDA A CONTENTO - a compra e vanda € realizada sob condig’o suspensiva, aguardando-se a satisfagao do adquirente para que © contrato seja concluido. ‘+ VENDA SUIEITA A PROVA + muito semethante 8 venda @ contento, distinguindo-se pelo fato de que 0 comprador ja co nhece a coisa, necessitando apenas prové-la para assegurar-se das qualidades prometidas. ‘+ PREFERENCIA OU PREEMPCAO - impde 20 comprador a obrigagéo de oferecer 20 vendedor a coisa que aquete vai vences, tanto por tanto, 0 prazo para exercer 0 direito de preferéncia no poderd exceder a 180 dis, se a coisa for movel, ou a dois anos, se imovel, + VENDA COM RESERVA DE DOMINIO - 0 vendedor reserva para sia propriedade da coisa (deve ser mével e infungivel) até que © preco estejaintegralmente pago. ‘© VENDA SOBRE DOCUMENTOS - a tradigéo da coisa é subs- tituida pela enirega do seu titulo representative, EN TROCA OU PERMUTA - CcVert 533 0 contrato por meio do qual as partes se obrigam a dar uma coisa em troca de outta que no sea inheiro, davendo ser apica- das, de forma complementar, as dsposiqdes referentes & compra e-venda, A troca é dassificada como contrato consensual, bilate- ral, aneroso @ comutatvo. CONTRATO ESTIMATORIO. (VENDA EME CONSIGNAGAO) = Care, 534 fe coatrato pelo aual uma das partes (consignante} entrega bens moves a outra (consignataio). que fica autorizada a vendé-los, pagando aquela 0 prego ajustado, salvo se prefer, no prazo estar belecido,resttuirihe a coisa consignad. A coisa consignada néo pode ser objeto de penhora ou sequestro pelos credares do con signatério enquanto nao for pago o prego em sua integralidade ‘Além disso, oconsignante néo pode dispor da coisa antes que Ihe soja restuida ou que Ihe seja comunicada a resttugo, O con trato de consignacao & clessificado como bilateral, real, oneroso € facultative (consignante pode devolve o bem, ou fcar com ele, ou vendé-o a terceto), DOAGAO- CCiast 538 0 contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patriménio bens ou vantagens para 0 de outra. Taté-se de TED. 588 E 0 empréstimo de coisas fungivels, em que o mutusrio & Obrigado a restituir ao mutuante 0 que dele recebeu em coisa do mesmo género, qualidade © qusntidade, Pode ser denominado também como empréstima de consumo, PRESTAGAO DE SERV: art. 583 Eo contrato pelo qual uma das partes (prestador) obriga-se para com outra (tomador) @ prestarlie uma atividade licita, material u imaterial, mediante remuneracio. © prazo inéximo do con- ‘rato 6 de quatro anos, e se ndo foi estipulads retribuigdo ou no houver acordo entre as partes, ela sera determinada por arbitra mento, A prestacdo de servicos é contrato bilateral, consensual © oneroso, EMPREITADA (LOCAGAD DE OBRA)~ CC/art, 540 Eo contrato em que uma das partes (empreiteito) obriga-se, sem subordinacéo, a realizar, pessoalmente ou por meio de terceio, certa obra para outro (dono da obra), utiizendo-se de material proprio ou fomnecido por este, mediante remuneragio certa ou de acardo.com 0 trabalho realizado. € clasificada como contrato bilateral (sinalagmatico), oneroso, consensual e comutatvo, DinerTo civic -paRre DEPOSITO ~ CClart, 627 Eo comtrato em que uma das partes (o depasitario) recebe da ou- ‘ra (0 depositante) um bem mével corpéreo, com a abrigacao de guardé-lo, devendo restitu-to quando lhe far exigido. O contrat de depésita pode ser voluntsria (quando resulta de acordo de vontades) ou pode ser necessério /abrigatorio (quand é imposto ‘ela le). 0 depesito € classificado camo contrato real, unilateral, ‘ntuitu personae e, em regra, gratuito. MANDATO ~ Cc/ast. $32, Eo contrato por meio do qual uma pessoa (mandatatio) recebe {Ge outa (mandante) poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. O mandato & classificado como contrato Unilateral, consensual e personalissimo (intuitu personae), Aten ‘S40: embore, como regra, 0 contrato de mandato seja unilateral, a vontade das partes ou a natureza profissional do mandatério ode transformé:io em bilateral imperteto, COMISSAG - ctrare, 693 Eo contrato em que uma pessoa (0 comissério) adquire ou vende bens, em seu proprio nome € responsabilidade, mas por ordem © por conta de outrem (0 comitente), em troca de certa remune- raci0, obrigando-se para com terceiros com quer contrata. O contrato de comissao € cassificado como consensual, bilsteral, ‘oneroso @ comutatvo, SEGURO - CC/art. E 0 contrato pelo qual uma pessoa (sequradon) obriga-se, me- diante pagamento do prémio, a garantir interesse fegitimo de ou- ‘ra pessoa (sequrado}, relative & pessoa ou & coisa, contra riscos predeterminados. O contrato de seguro & considerado bilateral, ‘oner0s0, aleatério e, em regra, de adesak FIANGA (CAUGAQ ADEWUSSORIA} - CC/art, 818 E ocontrato em que uma parte (Hhador) garante satistazer a obri- {9av0 assumida por um devedor no caso de descumprimento. A fianca dar-se-8 por escrito, ¢ nao admite interpretacao extensva, cotecao H4SUNOS DE HOAs podendo ser estipulada sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade. NBo Sendo limitads, compreenderé todos 05 aces- s6rios da divida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a tagSo do fiador. O contrato de fianga é classificado como aces- ‘s6rio, formal, unilateral, gratuito e personalissimo. RESPONSABILIDADE CIVIL # a conseqatacia do descumrimento voluntrio ou ivoluntério de uma obrigagSo, gerando o dever de indenizar. Se a obrigagio sescumprida estava prevista em contrat, teremes responsabii- dade contratual (tratada nos arts. 389 ¢ ss.do Cédigo Civil). Mas se a obrigacao descumprida estava prevista na lei (ex.: ndo causar dano a outrem), teremos responsabilidade extracontratual/aqui- lena, preista nos ars. 186 ess. do Cédigo Ci RESPONSABILIDADE SUBIETIVA Mesmo diante das varias hipsteses de responsabilidade objetiva previstas no novo Cédigo Chil a doutina vem enterdendo que a regra (sistema geal continua senda responsabitdade subjet- ve, 3 excegtolaistema subsiisrio, a objet. A responsobilidade civil subjetiva é aquela caracterizada pelos seguintes elementos: FATO OU CONDUTA ~ € 0 ato omissivo ou comisivo que viola 0 ordenamentojuridco e causa danes a outer, DANO OU PREJUIZO - £ toda lesdo causada a alguém, pela deterioracao ou initlizago de seus bens. Se ating opatrimonio da pessoa, teremos dano material Se atingir a personalidade, 0 ano sera moral NEXO CAUSAL ¢ a relacéo de cause eefeito entre aconduta 2 o resultado, © dano suportado pela vitims deve serproveniente da agdo ou omisséo do agente. CULPA LATO SENSU ~€ a inobservincia de um dever de con- duta, previamente imposto pela ordem juridica, em atengdo a paz social. Se esta violagio ¢ proposal, atuou 0 agente com dol; se decorreu denegligncia, imorudéncia ou imperiia, sua atvacaoe apenas culposa, em sentido est 40 I \ ' DinevTo civie = PARTE RESPONSASILIDADE OBISTIVA ‘A responsabilidade objetive surgiu amparada na teoria do isco (segundo qual todo dano deve ser reparado). Esse forma de responsabilidade facta 0 ressarcimento do dano causado, diante do fato de prescingir da andlise da culpa @ exigir apenas a com= ‘provacdo do fato, do dano causado e 0 nexo causal HIPOT BIUDADE CIVIL OBIETIVA e acordo com nossa legislagéo, a respansabilidade seré objetiva em di Quando a atividede normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, rsco para 0s direitos de ou- trem; 15} Nas hip6teses especificadas em lei. Exemplos: Responsabilidade civil por atos de outrem ~ arts. 932 € '933/CC: |-05 pais, pelos filhios menores que estiverem sob sua _autoridade e em sua companhia; Il-0 tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados que se acharem nas mesmas condigdes: I= 0 empregador ou comitente, por seus empregados, serv- ‘5 © prepostas, no exercicio do trabalho que Ihes competi, ‘ou em azo dele; IV - 5 donas de hotéis, hospedarias, casas (ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educacSo, pelos seus hospedes, moradores ¢ edi= condos; V - 05 que gratuitamente houverem partcipado nos, produtos do crime, até a concorrente quantia, Responsabilidade por fato de animal ~ art. 936/CC: O dono, ou detentor, do animal ressarciré 0 dano por este causo~ do, se nao provar culpa da vitima ou forga maior. Responsabilidade pela ruina de edificio ou construcso = art. 937/CC: © dono de edificio ou consteusio responde pe- los danos que resultarem de sua ruina, se esta prover de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta Responsabilidade pelo objeto lancado (defenestramen- to) = art. 938/CC: Aquele que habitar prédio, ou parte dele, OLECAO RESUMOS DE BOLSO respondle pelo dano proveniente das coisas que dele carem ou forem lancadas em lugar indevido. Responsabilidade pelos produtos postos em circulagso ~ art. 931/CPC: Ressalvados outros casos prevstos em kei es- pecial, 05 empresétios individuals e as empresas respandem independentemente de culpa pelos danos causados pelos pro- dutos postas em circulacéo Responsabilidade do Estado por ato de seus agentes (CF, art. 37, § 63, Responsabilidade por acidente de trabalho (Lei n? 8213/91), Responsabilidade por danos ambientals (Lei n® 6:938/81). Responzabllidade por dano nuciear (CF, art. 21, XX8l, “c") Responsabildade por fato do produto ou serigo (Lei n® 8.078/90) EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CL Legitima defesa (art, 188, |, do CC) Estado de necessidade (art. 188, #, do CC) Exercido regular de dieito Fato/Culpa exclusiva da vitina Fata/Culpa exclusiva de tercero Caso Fortuito Force Maior Clausula de ndosindenizar DIREITO DAS COISAS © direitos reas consistem no poder juridico que uma pessoa (titular do direto) exerce sobre uma coisa Os direitos reais estdo prevstos expressamente no art. 1.225 do Cédigo Civil. Tata-se de um rol taxativo ou numerus causus “Art. 1.225. Sdo direitos reas: -a propriedade;i-a superficie; + a5 seviddes; IV - 0 usufruto: V0 uso; VI- a habitaco; Vil + odieito do promitente comprador do iméva;Vil- 0 penhor; IX- alhipoteca; x a anticrese; XI-a concessdo de uso especial para fins de moradia, (Redacdo da Lein® 11,481/ 31.05.2007); geno crvie = PARTE Xil - a concesséo de direito real de uso,"(Redacao da Lei n? 11.481/31.05.2007)." s direitos reais sobre iméveis constituldos, ou transmitidos por atos entre vivos, 85 se aciquirem com o registro no Carterio de Registro de Iméveis dos referidos titulos, salvo 0s casos expresso no Cédiga Cuil, J8 05 direitos reais sobre coisas méveis, quando cconstituidos, ou trensmitidos por atos entve vis, sO se adquirem com a tradigao. + 0 direito real € oponivel exge omnes, enquanto © direito pess0e! possui um sueito passivo determinado, * 0 objeto do direito real é sernpre determinado, mas o do iteito pessoal pode ser detecrinavel + O direito real exige a existéncia atual da coisa, enquanto 0 diteito pessoal admite como objeto uma coisa Futura + 0 direito real pode ser adquitido por usucapiéio, o que nao acontece com 0 direto pessoal, © O direito real confere 20 seu titular a prerrogativa de acomn- ppanhar a coisa em poder de quem quer que ela se encontre (seqiiela), 0 que nao ocorre com o dieito pessoal Direitos reais sobre coisa alheia: 2) direitos reais de gozo e de fruicao: superficie, servidso, usufruto, uso, habitagao, ») direitos reais de garantia: penhor, hipoteca, anticrese e propriedade fiduciaria ©) direito real de aquisigao: direito do promitente compra- dor de imovets Posse ¢ a exteriorizagio da propriedade, no conceito oferecida pela teoria objetivista dethering, que é adotada pelo Cédigo Civil coLEGAO RESUMOS DE BOLSO brasileiro. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato 0 cxerccio, pleno ou nao, de algum dos poderes inerentes & pro~ priedade. Dessa forma, posse ¢ 2 visiblidade do dominio, € pos- suidor & aquele que age camo se proprietario fosse. Nao se deve confundir posse com detengao, pois considera-se detentor todo ‘aquele que, achando-se em relagdo de dependéncia para com ‘outro, conserva a posse em nome daste e em cumprimento de cordens ou instrugdes suas. 2} Boa-fé « mé-fé~ 0 art. 1.201 do Codigo Civil estabalece {que possuidor de boa-é & aquele que ignora os vicios sobre @ posse, 14 © possuidor de ms-é & 0 que tem conhecmento sobre 0s mesmos. b) Justa ou injusta — Posse justa 6 aquela que néo € violent, clandestina nem precaria, Posse injusta € violenta,clandestina © procera + violenta: obtida pelo uso da forca + clandestina: obtide por meio de um processo de oculta- obtida por abuso da contianga, Direta e indireta ~ Direta 4 a posse de quem tem a coisa ‘em seu poder, 0 que néo efeta a condigso juridica do proprietario que mantém a posse indireta ~ art. 1.197. A posse direta, de pes- soa que tem a coisa em seu poder temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, nao anula a indireta, de quem aquele foi havida, podendo o possuidor direto defender sua posse contra oindireto. d) Nova e velha ~ Nova é a posse de até um ano e urn dia, indusive, Vetha @ a posse superior a um ano e um dia, .) Posse ad interdicta — € a posse que se pode amparar nos interdites, na hipdtese de turbagdo, esbulho, ameaga ou perda.. ) Posse ad usucapionem ~ f aposse que permite a aquisiceo dda propriedade por usucapiso. A protecio possesséria € composta pelos interltos posses- sorios: Reintegracso de Posse, Manutencio de Posse e Acio de Interdit Proiitério. A hipdtese de cabimento da ado de reinte- gracio de posse ¢ 0 esbulho; da agao de manutencéo de posse 6 a turbagSo; e da aco de interdito proibiterio € 2 ameaca, ES Iabelece 0 art. 1.210, caput, do Cédigo Civil que earn direito a ser mantide na gosse Esbulho ~ @ uma agressao & posse que priv 0 possuidor da mesma. Turbagéo — é ua agressio 8 posse que nao priva o possuidor da mesma. ‘Ameaca ~ agressao em poten, ou sea, existe a possibiidade de ocorter a agressBo mas ela ainda nfo ocorres Denomine-se legitima defesa da posse 0 exerckcio da auto- tute na hipotese de turbagao e desforgo imediato no caso de esbulho, hipéteses em que a lei confere 20 possuidor o direito subjetivo de se defender por seus propris melos, desde que 0 faa logo e de mancira proporcional 8 agresseo sofia No tocante aos efeitos da posse com relago aos frutos, deve- se cbsenvar que.« possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela drat, 2 frtos percebidos. Dever ser resitudos 05 frutos pen- lentes ao tempo em que cessar a boafé, depois de deduzidas 25 despesas da producio e custeio, O mesmo acontece com os frutos colhidos com antecipacao. 3a 05 frutos naturais e indus- trials eputar-se colhidos e percebidos logo que s8o separados. Os frutos eis reputam-se percebidos ca por dia © possuidor de mé-é responde por todos 0s frutos cobidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, esde 0 momento en que se constitu de maf, Toda, mesmo estando de ma-f6, ter dire 3s deepesas da producdo e custo. corm: So c0LEGAO RESUIOS DE $OLSO Com relagao &s benteitorias, 0 possuidor de boa-fé teré direito de retengSo das necassérias @ Utes até receber justa indenizacio, Quanto 2s voluptustias, poders levanté-las, sem detrimento da coisa, se ndo Ihe farem pagas. O possuidor de md-fé tera direta, ‘apenas, a0 ressarcimento das benfeitorias necessérias, mas no Ihe assiste 0 direito de retengao pela importéncia destas, nem 0 de levantar as benfeitorias voluptusrias Constituto Possessério: acorre quando © possuldor aliena bem de sua propriedade, mas nele permanece 2 outro titulo, como, por exemplo, & 0 caso do proprietirio de um imével que resolve vendé-lo, mas nele permnanece como localario. Nestes ca- 08, opera-se a transmissdo da posse indireta, mas @ permanénca a posse direta, iv, ROPRIEDADE A propriedade consiste no dircito real que confere ao seu titular ‘a maior amplitude de poderes sobre 3 coisa, De acordo com os termos do art. 1.228 do Cécigo Civil, “o proprietério tem a facut dade de usat, gozar e dispor da coisa, € 0 dirito de reavé-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha O direito de uso Gis utenct) consiste no direito de se serir das utldades da coisa, enquantoo dieito de gozo {us fruendi se refere 20 poder de perceber 0s frutas produzidos pela coisa. O direto de cispor da coisa Gus ebutend ou jus disponend) equivale a0 dreito de allent-fa, a titulo gratuito (doacao) ou cneroso (venda): gravé-la de onus real (penhor, hipoteca, ete} ou consumila. O dicta de ceivindica-la (fe vindicato) confere ao proprietatio © diteto de ir atrds da coisa e reavé-la de quem a detenha de maneia injusta ‘A propriedace pode ser plena,limtada e resolivel: ‘+ plena: quando 0 proprietario concentra em sua maos todos ‘os poderes inerentes & propriedade (usar, gozar,dispor e reaver); + limitada: quando se desmembra um cu algum dos pode res inerentes & propriedade que passa 8s mBos de outra passoe, hipotese em que se consubstanciam os dives reais sobre coisa

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