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Azdoc - Tips Alerta Sobre Tensoes de Contato
Azdoc - Tips Alerta Sobre Tensoes de Contato
E
PROGRAMA DE CÁLCULO DE TENSÕES DE CONTATO
Tais erros, por se tratarem, judicialmente, de grave infração à lei - pois Normas da ABNT têm
força de lei - motivou-nos emitir os dois alertas a seguir descritos.
A grande maioria dos cálculos das tensões transmitidas ao solo pelas fundações superficiais
(tensões de contato), principalmente quando solicitadas, simultaneamente, por cargas normais e
momentos fletores, são executados por meio de programas computacionais.
Todas as empresas especializadas em projetos industriais para as quais tenho prestado serviços
de consultoria utilizam tais programas em seus projetos de fundações.
Pude observar, entretanto, que significativa parte vem utilizando programas elaborados antes de
2010, ou seja, que consideram as premissas definidas pela norma ABNT NBR-6122 /1996 –
“Projeto e execução de fundações”, hoje fora de vigor em função da .
Com a entrada em vigor da versão de 2010 da mesma norma, foi alterado aspecto importante
relativo às tensões de contato. Enquanto a versão de 1996 preconizava que, no mínimo, 50% da
área da superfície de contato da fundação direta (área em contato com o solo) deveria estar
comprimida, a versão de 2010 alterou este limite para 2/3 (≅ 67%).
Pelo citado nos dois últimos parágrafos acima, pode-se deduzir que novos projetos estão sendo
desenvolvidos sem a consideração do novo limite mínimo de área comprimida de fundações
superficiais, ou seja, projetos que não estão obedecendo, na integra, a norma da ABNT relativa a
projetos de fundações, que, é importante refrisar, tem força de lei perante a justiça.
2
ex
2
ey 1
+ ≤ Inequação 1
lx ly 9
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ALERTAS SOBRE TENSÕES DE CONTATO DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
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Já para o novo limite preconizado pela NBR-6122/2010 a inequação que garante que, no mínimo
2/3 (≅ 67%) da superfície de contato de uma fundação rasa estará comprimida é:
2
ey
2
ex 1
+ ≤ Inequação 2
lx ly 12,96
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Tanto na Figura 1, quanto na Figura 2, enquanto a carga normal cair no contorno ou no interior
das elipses, ficarão atendidas as limitações relativas à área mínima comprimida (50% da antiga
NBR-6122/1996 e 2/3 da nova NBR-6122/2010).
2
ey
2
ex 1
+ ≤ Inequação 2
l
lx y 12,96
O ideal, todavia, visando evitar enganos, é utilizar programas novos que atendam ao novo limite
da NBR-6122/2010.
Outro ponto a se ressaltar com relação aos programas anteriores a 2010, refere-se ao fato deles
fornecerem poucos dados de saída, normalmente, apenas a “tensão máxima de compressão” e o
“alerta de se ter menos de 50% da sapata comprimida”.
Tais dados, a nosso ver, são insuficientes para um bom projeto geométrico e, até mesmo,
estrutural da fundação superficial, por não permitir a visualização da distribuição de tensões no
solo sob toda a área da fundação e, o que é pior, impossibilitar a avaliação física expedita da
ocorrência de resultados discrepantes, principalmente devidos a erros na entrada de dados.
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“Quando forem levadas em consideração todas as combinações possíveis entre os diversos tipos
de carregamento previstos pelas normas estruturais, inclusive a ação do vento, pode-se, na
combinação mais desfavorável (grifos do autor), majorar em 30% os valores admissíveis das
tensões no terreno e das cargas admissíveis em estacas e tubulões. Entretanto, estes valores
admissíveis não podem ser ultrapassados, quando consideradas apenas as cargas permanentes e
acidentais.”
“Quando a verificação das solicitações for feita considerando-se as ações nas quais o vento é a
ação variável principal (grifo do autor), os valores de tensão admissível de sapatas e tubulões e
cargas admissíveis em estacas podem ser majorados em até 30%. Neste caso deve ser feita a
verificação estrutural do elemento de fundação.”
Salienta-se que a modificação imposta pela NBR 6122/2010 é categórica, não deixando
qualquer margem de defesa no caso da preconização ser desrespeitada.
Uma visão geral dos dados de entrada e de saída do programa é mostrada na Figura 3.
O programa acima citado foi elaborado com base nas formulações [*] apresentadas no item 4 -
Tensões de Contato de Fundações Diretas Pela Teoria da Elasticidade – da apostila
“Fundações Superficiais – Dimensionamentos Geométrico e Estrutural”, escrita pelo autor e
publicada pelo Departamento de Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia da
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. [*] segundo Pires, Antônio Carlos Xavier -
“Dimensionamento Estrutural de Fundações”, UFRS, Escola de Engenharia, Depto. de
Engenharia Civil, Porto Alegre, 1986, 79p.
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O programa elaborado por Dílio, em Planilha Excel pode ser encontrado, no arquivo
“tensoes-de-contato-Dilio-Elvio, em www.demc.ufmg.br/elvio.
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ANEXO - 1
(10 páginas)
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A equação básica é:
N Mx My
σ ( x, y ) = ± ⋅y± ⋅x (Equação 4-1)
A Ix Iy
A Figura 4-1 ilustra o descrito. Nela, os pontos I, II, III e IV são aqueles onde as
pressões são calculadas, visto serem locais onde ocorrerão os valores máximo e mínimo
de tensões.
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Antes de continuar com o estudo da equação 4-1, convém comentar sobre a origem das
excentricidades da carga normal atuante na fundação, que são, como já visto,
equivalentes a momentos fletores aplicados na fundação.
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Voltando à equação 4-1, é importante observar que ela só pode ser aplicada quando as
dimensões “l x ” e “l y ” e as excentricidades “e x ”e “e y ”, definidas na Figura 4-2,
atenderem à inequação:
ex ey 1
+ ≤ (Equação 4-2)
lx ly 6
A restrição imposta pela equação 4-2 garante que, ao se calcular as tensões no solo pela
equação 4-1, só sejam encontradas tensões de compressão, visto que é impossível
existir tensões de tração entre a fundação e o solo.
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Quando as excentricidades não atenderem à equação 4-2, as tensões no solo devem ser
calculadas conforme um dos dois subitens seguintes.
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A NBR 6122/2010 (em vigor), passou a exigir que, no mínimo 2/3 área da sapata
esteja comprimida (3e’ x ≥ 2l x /3 e 3e’ y ≥ 2l y /3).
A exigência de que mais de 50% da área da sapata estivesse comprimida (3e’ x ≥ l x /2 e
3e’ y ≥ l y /2) era citada na versão de agosto/1984 da NBR-6122.
OBS.: caso a maior dimensão da sapata (“a”) esteja na direção do eixo “y”, trocar “a”
por “b”, na Figura 4-8 e em todas as expressões a seguir.
Observa-se, pela Figura 4-8, que existem, além do núcleo central, quatro regiões 1, duas
regiões 2 e duas regiões 3.
Para cada região, os diagramas de tensão no solo podem ser obtidos como a seguir
descrito (Pires, A.C.X. - UFRS, 1986, 79p).
4.2.1. Região 1
A Figura 4-9 mostra a posição da linha neutra (lugar geométrico dos pontos de tensão
nula) para os casos em que a excentricidade da carga normal cai nessa região.
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a2
− 12
a a
onde: t= + (Equação 4-3), e
12 e x 2
ex
b b b2
s= + 2
− 12 (Equação 4-4)
12 e y
ey
e ey
onde: η= x +
a b
As tensões nos pontos I e III podem ser obtidas através das relações:
σ I σ III σ max
= = (Equação 4-6)
d I d III d max
Obs.: deve-se lembrar de que as tensões no solo são proporcionais às distâncias dos
pontos considerados à linha neutra (LN).
As distâncias, d I , d III e d máx (ver Figura 4-9) podem ser obtidas, com suficiente
precisão, através de desenho em escala.
Se desejado, maior precisão pode ser obtida pela geometria analítica, através das
seguintes expressões:
y − y1
y − y1 = 2 ( x − x1) (Equação 4-7)
x 2 − x1
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a ,x p + b ,y p + c ,
d= (Equação 4-8)
(a ) + ( b )
, 2 , 2
4.2.2. Região 2
A Figura 4-10 mostra a posição da linha neutra para os casos em que a excentricidade
da carga normal cai nessa região.
a2
− 12
a a
onde: t= + 2
(Equação 4-3)
12 e x
ex
3 b − 2 ey
α = tg −1 ⋅ (Equação 4.9)
2 t + ex
12 N a + 2t
σ max = ⋅ 2 (Equação 4-10)
a ⋅ tgα a + 12 t 2
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σ I σ max
= (Equação 4-11)
dI d max
4.2.3. Região 3
A Figura 4-11 mostra a posição da linha neutra para os casos em que a excentricidade
da carga normal cai nessa região.
b b b2
onde: s= + 2
− 12 (Equação 4-4)
12 e y
ey
3 a − 2 ex
β = tg −1 ⋅
(Equação 4-12)
2 s + ey
12 N b + 2s
σ max = ⋅ 2 (Equação 4-13)
b ⋅ tgβ b + 12 s2
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σ III σ max
= (Equação 4-14)
d III d max
4.2.4. Região 4
Para que seja garantido que a carga normal excêntrica não cairá na região 4 (segundo a
NBR-6122/2010), basta que as excentricidades “e x ” e “e y ” atendam à inequação:
2
ey
2
ex 1
+ ≤ (Equação 4-15)
l
lx y 12,96
2
ex ey
2
1
+ ≤ (Equação 4-16)
lx ly 9
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