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Catalunha 

(em catalão: Catalunya, em occitano: Catalonha, em castelhano: Cataluña) é


uma comunidade autônoma da Espanha localizada na extremidade leste da Península
Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia.[2] A
Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona. A
capital e a maior cidade é Barcelona, o segundo município mais povoado de Espanha e a
quinta área urbana mais populosa da União Europeia. A Catalunha compreende a maior
parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exceção de Rossilhão, agora
parte dos Pireneus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e Andorra ao norte,
o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autônomas espanholas de Aragão a oeste
e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.[3]
No final do século VIII, vários condados nos Pireneus orientais foram estabelecidos
pelo Reino Franco como uma barreira defensiva contra as invasões muçulmanas.
No século X, o Condado de Barcelona tornou-se progressivamente independente. Em
1137, Barcelona e o Reino de Aragão foram dinasticamente unidos sob a denominação
de Coroa de Aragão. Dentro da Coroa, os condados catalães adotaram uma entidade
política comum, o Principado da Catalunha, desenvolvendo seu próprio sistema
institucional, como Cortes, Generalidade e constituições, tornando-se a base para o
comércio e expansionismo da Coroa no Mediterrâneo. No final da Idade Média, a literatura
catalã floresceu. Em 1469, o rei de Aragão e a rainha de Castela se casaram e
governaram seus reinos juntos, mantendo todos as suas instituições e legislações
distintas.
Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652)
contra uma grande e pesada presença do exército real em seu território, tornando-se
brevemente uma república sob proteção francesa, até que o exército
espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pireneus, em 1659, a Coroa
Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente o Rossilhão, para a
França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), a Coroa de Aragão partiu
contra o Bourbon Felipe V da Espanha, após a derrota catalã em 11 de setembro de 1714,
Filipe impôs uma administração unificadora em toda a Espanha, promulgando os Decretos
de Nueva Planta que, como nos outros reinos da Coroa, suprimiram as instituições e
direitos catalães. Isso levou ao eclipse do catalão como língua de governo e literatura,
substituído pelo espanhol.
No século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras
Napoleónicas e Carlistas. Na segunda metade do século, experimentou uma
significativa industrialização. À medida que a riqueza da expansão industrial crescia, houve
um renascimento cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto
vários movimentos operários apareceram. Com o estabelecimento da Segunda República
Espanhola (1931-1939), a Generalidade da Catalunha foi restaurada como um governo
autónomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou
medidas repressivas, aboliu as instituições catalãs e proibiu novamente o uso da língua
catalã. Depois de uma autarquia, do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970 passou
por um rápido crescimento económico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas
metropolitanas industriais europeias e a Catalunha em um importante destino turístico
internacional. Com a redemocratização espanhola (1975-1982), a Catalunha havia
recuperado um alto grau de autonomia e resta uma das comunidades mais prósperas da
Espanha. Em 2017, o seu estatuto constitucional voltou a ser objeto de disputa após
um referendo de autodeterminação culminar em uma declaração unilateral de
independência feita pelo Parlamento Catalão,[4] sem reconhecimento internacional.
O Senado da Espanha aprovou a instituição do artigo 155 da Constituição e suspendeu a
autonomia da comunidade até à realização de novas eleições locais em dezembro.[5]

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