You are on page 1of 156

Lobos Stone Ridge 44

Seduzindo o recepcionista de seu irmão

Charlie Richards

Wendell Burgeon queria apenas uma noite quente na cidade. Em


vez disso, ele consegue um perseguidor... um perigoso.
Quando sua maquiagem não esconde os hematomas, um amigo
no escritório tira conclusões precipitadas e tenta animá-lo.
Cecil Rochette convence seu irmão Teague a dar uma carona a
Wendell em seu carro clássico... o que ele tem babado há anos. Para o
seu choque, o comportamento de Teague desmente sua imagem de
atleta vigoroso.
Ele é gentil e doce e parece interessado nele, pedindo a
Wendell um encontro quando a carona acaba. Ele até vem em seu
socorro quando seu perseguidor aparece.
O cavaleiro de Wendell na armadura brilhante pode ser tão
maravilhoso quanto parece?
Quando descobre que Teague tem seus segredos, ele deve
tomar uma decisão.
Quem é o mais perigoso... seu perseguidor ou seu cavaleiro?
Capítulo 1

Saindo cuidadosamente da cama, estremecendo e encolhendo-


se com cada movimento que fazia, Wendell Burgeon conseguiu se
levantar. Ele caminhou lentamente até o banheiro, agradecido pelo
espesso tapete do banheiro que protegia seus dedos do azulejo frio.
Depois de segurar na pia e respirar fundo, ergueu o olhar para o
espelho.
Ele fez uma careta enquanto observava seu rosto.
Wendell levantou a mão e começou a pressionar lentamente
áreas específicas de sua têmpora inchada e do olho direito. Quem sabia
que um soco no rosto poderia causar esse dano? Não demorou muito
para perceber que ele teria um tempo difícil cobrindo a coloração
amarela doentia.
Suspirando com frustração, se afastou do espelho. Ele girou a
torneira do chuveiro. Antes de entrar debaixo dele, cuidou da sua bexiga
cheia, dando à ducha uma chance de se aquecer.
Enquanto entrava no espaço quadrado e fechava a porta de
vidro, seu olhar desviou para os seus pulsos. Ele suspirou novamente
enquanto inspecionava a descoloração ali também. Balançando a cabeça,
mentalmente amaldiçoou sua estupidez.
—Tanto para uma noite de diversão. — Ele murmurou enquanto
derramava xampu na palma da mão.
Inclinou a cabeça para trás e esfregou os cabelos, os olhos
fechados. Imediatamente, imagens da sexta à noite passaram pela sua
mente. Ele engasgou quando abriu os olhos novamente.
Ele não queria pensar em Dalton. Enquanto no clube, o grande
macho tinha sido charmoso, atencioso, não doce, realmente, mas legal.
Seu rosto bonito e como ele esfregava seu corpo contra o de Wendell
rapidamente anulou a desconforto que sentia em relação ao aperto firme
de Dalton e à leve agressividade.
Eu deveria ter sabido. Isso é o que eu ganho por pensar com
meu pau.
Forçando seu cérebro a se preparar para o trabalho, terminou
rapidamente de se esfregar. Desligou a água, abriu a porta e pegou uma
toalha. Assim que se secou, pisou no tapete de banho e amassou os
dedos no material macio.
Uma vez terminado, envolveu a toalha em volta da cintura. Ele
adiou o inevitável, tornar-se apresentável para o trabalho, e se
concentrou em pentear o cabelo castanho-escuro na altura dos ombros.
Ele levou várias semanas para dominar o penteado varrido pelo vento
quando o fez no verão passado, mas não levou muito tempo para
conseguir o visual que mais queria.
Wendell limpou o restante do gel que usara na toalha, depois
olhou novamente para o reflexo no espelho. Ajustou seu estilo para
esconder mais a sua têmpora direita, agora ele só tinha que lidar com a
sugestão de um olho roxo ao redor das bordas do seu olho. Pena que ele
não poderia fazer muito sobre o inchaço persistente.
—Eu preciso parar de querer ficar só uma noite. — Wendell
resmungou para si mesmo enquanto gentilmente passava a mão no
rosto. —Isso é ridículo. — Ele fez uma careta para o seu reflexo. —O que
eu sou? Um imã para imbecil?
Isso não vale a pena, porra.
Após cerca de dez minutos, percebeu que havia escondido as
marcas o melhor que podia. Teria que lembrar de ter cuidado ao segurar
o olhar de alguém por muito tempo. Havia um toque de vermelhidão em
seu olho direito que ele não queria explicar.
Se afastou do espelho e pendurou a toalha. Saindo do banheiro,
caminhou cautelosamente até o armário, esfregando a parte de trás de
suas costelas. Pelo menos o idiota não tinha quebrado nada.
Eu meio que acho que tive sorte.
Enquanto procurava por roupas confortáveis e elegantes, a
questão de quantos homens Dalton havia amarrado e tentado manter
diante dele, novamente entrou em sua mente. Só pensar nisso, o
assustava... e fazia com que ele se sentisse mais do que um pouco
culpado.
Ele deveria ter denunciado o bastardo.
Infelizmente, tinha se empenhado demais em ir para casa e
limpar tudo para pensar com clareza. Ele queria sair de Colin City e ficar
o mais longe possível de Dalton e da casa do cara. Além disso, o
pensamento de que os policiais não o levariam a sério tinha surgido em
sua mente.
Embora soubesse que provavelmente nem sempre era preciso,
ele ouvira histórias de homens gays denunciando abusos e sendo
maltratados pela polícia. Não sabia se isso havia mudado ao longo dos
anos e não queria descobrir em primeira mão. Em vez disso, tinha
acabado indo para casa.
Vestiu um par de jeans apertados. Escolheu uma camisa cor-de-
rosa pálido de botão com mangas compridas, para combinar,
certificando-se de que as mangas cobriam o ferimento em torno de seus
pulsos. Finalmente, ele terminou a escolha com seu confortável sapato
neon verde de salto preto.
Depois de colocar o celular no cinto, checou a hora e foi para a
cozinha. Ele pegou uma garrafa de água que tinha enchido com o
smoothie de frutas que ele tinha feito no dia anterior, assim como seu
lanche. Agitando o smoothie enquanto caminhava, Wendell foi até a
porta da frente do duplex alugado.
Ele colocou seus itens na mesinha ao lado da porta, depois
pegou uma jaqueta leve e a vestiu. Deslizando a alça da bolsa tipo
carteiro por cima do ombro, colocou o almoço e as chaves nele. Depois
de pegar seu smoothie, ele saiu de sua casa, trancando-a atrás dele,
então começou a caminhar para o trabalho, tomando seu café da manhã
enquanto ia.
A manhã correu bem. Trabalhar como recepcionista em um
consultório de dentista significava que ele não precisava continuar
conversando por muito tempo com os pacientes. A maioria das pessoas
que entravam estavam estressadas ou com dor e não estavam
interessadas em conversar de qualquer maneira.
Manteve-se ocupado respondendo ao telefone, ele já tinha feito
a mudança de pressionar o aparelho do lado direito do rosto para o
esquerdo, fazendo cópias e processando seguros.
Depois do almoço, avistou Cecil Rochette. O homem trabalhava
como um dos dois auxiliares do consultório dentário para a doutor
Pastoral, proprietário e dentista do consultório particular da pequena
cidade. O outro assistente era Gracen Robicheaux, um Cajun que só
começara com eles alguns meses atrás.
De acordo com Gracen, ele se mudou porque queria aprender a
esquiar. Ele era um cara grande, com olhos castanhos escuros e um
comportamento intenso. Wendell se viu mais do que um pouco
intimidado pelo homem, então não interagiu muito com ele.
Isso funcionou bem para ele naquela manhã.
Cecil, por outro lado, era uma personalidade completamente
diferente, divertida, amigável e, se necessário, daria a camisa que
vestia. Ele também era bonito, gay e amigável. Enquanto Wendell podia
admitir que admirava o lindo físico bronzeado de Cecil de vez em
quando, ele preferia alguém um pouco mais centrado.
Dois homens gays de alta manutenção em um relacionamento
nunca daria certo... e Wendell sabia que ele era de alta manutenção com
um A maiúsculo.
—Ei, coisa fofa. — Cecil o cumprimentou, encostando seu
quadril contra o balcão enquanto colocava um arquivo sobre ele. Seu
sorriso se esticou de orelha a orelha quando ele se concentrou nele. —
Teve um bom almoço? Você comeu algo além de salada?
Ah, e essa era a outra razão pela qual eles nunca seriam um
par. Cecil era um devorador de carne dedicado, e Wendell era
vegetariano. O bonitão gostava de brincar também.
Geralmente, não se importava, mas viver com um cara assim
seria um pesadelo.
—Na verdade, sim. — Respondeu, levantando-se e erguendo
uma sobrancelha imperiosamente. —Eu comi uma salada de ovo caseiro
incrível e um muffin integral.
Cecil balançou as sobrancelhas. —Eu não sei, cara, isso soa um
pouco perigoso. — Ele piscou. —Comer ovos e tudo. Logo você vai comer
o frango.
Wendell zombou quando ele balançou a cabeça. —Eu sou
vegetariano, não sou vegano. — Era uma velha discussão, mas ele não
conseguia se controlar. Era normal, e depois da noite de sexta-feira e do
seu fim de semana de merda, podia usar um pouco de normalidade. —
Eu bebo leite e como também queijo, mas isso não significa que eu
queira um bife.
—Havia pedaços de bacon na sua salada?
Rindo, sorriu de volta para o homem. —Claro que não. Eu comi
isto. — Ele pegou um pote contendo um substituto de carne com sabor
de bacon, da bolsa que ele tinha debaixo do balcão e colocou-o no chão.
—Vá em frente, grande homem. Tente. Atreva-se.
Wendell terminou sua provocação com um movimento de sua
cabeça e uma passada de seus dedos para tirar o cabelo dos olhos. Foi
uma jogada que ele fez centenas de vezes antes. Infelizmente, desta vez
aplicou pressão em sua têmpora dolorida e ele estremeceu.
—Whoa agora. — O tom amigável escorregou da voz de Cecil. —
O que diabos aconteceu com você?
Antes que pudesse responder, Cecil estendeu a mão e segurou
seu queixo com a palma da mão em um aperto surpreendentemente
gentil. Ele inclinou sua cabeça para o lado. Um rosnado baixo soou do
homem.
—Você está escondendo um olho roxo, Del. — Cecil afirmou
rispidamente. —Quem diabos bateu em você? — Ele soltou seu rosto,
colocou sua grande mão na mesa e avisou; —E não me conte uma
história de merda sobre bater em uma maçaneta.
Não muito interessado em compartilhar sua estúpida decisão
com Cecil, Wendell olhou ao redor da sala de espera vazia enquanto
tentava uma explicação adequada. —Eu fui em Colin City sexta à noite.
— Ele finalmente admitiu. —Eu bati no cara errado. Ele não gostou do
que eu disse. Isso é tudo.
Wendell percebeu que o que ele disse era verdade... de um
certo ponto de vista.
Havia muito mais na história.
Cecil assentiu devagar. Seus olhos se estreitaram e suas narinas
se abriram. Sua expressão pareceu um tanto incrédula.
Depois de alguns segundos, no entanto, Cecil assentiu. Seu
sorriso voltou quando ele abriu a lata de bacon vegetariano, o que
algumas pessoas chamaram de vacon, e derramou um pouco na palma
da mão. Ele colocou a comida na boca e mastigou, um olhar pensativo
no rosto.
Cecil sacudiu a cabeça. —Não é o mesmo, mas não é ruim
também. — Ele colocou a lata de volta no balcão. Inclinando-se para
frente, ele murmurou; —Depois do que aconteceu, você fez alguma coisa
para se animar? Ficar bêbado como um gambá com seus amigos? Ir em
um piquenique? Comprar algo bonito para você? — Ele olhou ao redor,
provavelmente verificando se a sala de espera ainda estava vazia, então
sussurrou. —Encontrou alguém para foder você?
Wendell zombou brandamente enquanto sacudia a cabeça. De
jeito nenhum ele queria admitir que tinha se escondido em sua casa,
tentando lembrar de toda informação que ele poderia ter compartilhado
com Dalton. Ele tinha certeza de que não dera o homem o suficiente
para rastreá-lo... mesmo que o cara estivesse inclinado a isso.
O que tinha certeza, não estava.
Deus, por favor, não esteja.
—A partir dessa falta de resposta, vou dizer que não. —
Continuou Cecil, sem nem ao menos esperar que dissesse alguma coisa.
—Nesse caso, acho que você precisa de um presente de alegria.
Balançando a cabeça, sentiu seus olhos se arregalarem. —Não.
Realmente, estou bem.
Wendell não imaginava o que um cara grande, musculoso e
seguro como Cecil achava que era um presente adequado para um cara
como ele. Além disso, ele não tinha certeza absoluta de que não iria
envergonhá-lo, especialmente depois que Cecil tinha acabado de
perguntar se ele tinha transado. Erguendo a mão, agarrou seu vacon e
rapidamente colocou-o de volta em sua bolsa.
—Eu me recompensei. — Afirmou. —Tomei um longo banho
quente de espuma, tomei uns copos de vinho e li um romance gay
fumegante. Foi fantástico.
Cecil sorriu largamente. —Oh sim? O que você leu? — Quando
hesitou novamente, Cecil riu. —Vamos lá, cara. Eu não vou tirar sarro.
Eu mesmo li alguns e as li em voz alta com Stake, é tão quente. — Ele
balançou os dedos em um gesto de me dê, me dê. —Me dê um bom
título. Estamos quase terminando o que estamos lendo agora.
Wendell sentiu suas bochechas ardendo. Puta merda! Isso era
muito mais do que eu precisava saber sobre Cecil e seu amante. Ele
conheceu Stake Dolan, que preferia ser chamado de Dolan, e apenas
Cecil chamava amante pelo primeiro nome, algumas vezes. O cara era
grande, bonito e amigável, mas ele tinha um jeito de falar antes de
pensar.
Pensando no par na cama, nu, lendo uma cena de sexo, o
sangue dele disparou em suas veias, rapidamente fluindo para o sul.
Limpando a garganta, murmurou o título do livro. Cecil na
verdade sacou o celular e digitou no aplicativo de anotações. Ele sorriu e
balançou as sobrancelhas.
—Legal. Obrigado!
A porta a esquerda de Cecil se abriu e uma mulher alta e magra
entrou. Ela parecia nervosa ou desconfortável, o que não era inédito
quando alguém entrava no consultório de um dentista. Feliz por ter algo
em que se concentrar, se afastou de Cecil e foi para o lado da grande
mesa em forma de L.
—E eu ainda vou inventar algo para você, Wendell. — Cecil
declarou antes de virar a esquina e fora de vista.
Esperava poder sair do trabalho antes que Cecil o encontrasse
de novo. Tão bom quanto o cara era, ele poderia ser um pouco
ultrajante. Dispensando a situação, ele voltou sua atenção para a nova
chegada.
A tarde voou.
Conseguiu evitar ouvir qualquer ideia brilhante que Cecil tivesse
inventado. Isso foi principalmente devido ao fato de que a tarde estava
ocupada com compromissos consecutivos. Havia sempre alguém na sala
de espera.
Quando trancou a porta da frente, soltou um suspiro suave.
Suas costas doíam e ele esperava um banho relaxante. Talvez ele
terminasse não apenas a boa garrafa de vinho que ele abriu na noite
anterior, mas também o livro dele.
Voltando à sua mesa, terminou a papelada que estava
processando enquanto esperava que o paciente final fosse liberado pelo
doutor Pastoral e Cecil. Ele só clicou em enviar quando ouviu a cadência
de seu colega de trabalho amável assegurando uma senhora idosa
sobre... alguma coisa. De pé, foi até o balcão e se preparou para
desejar-lhe uma noite adorável.
—Senhora Needles precisa marcar uma consulta de
acompanhamento em uma semana. — Disse Cecil a Wendell. Ele se virou
e sorriu para a mulher novamente. —Tenha uma semana fantástica,
Janet.
Wendell abriu o calendário no sistema e ofereceu várias opções
à Janet. Depois que ela escolheu, ele registrou no sistema, saiu de trás
do balcão. A levou até a porta, destrancou-a disse; —Até a próxima
semana. — Enquanto acenava e sorria.
Voltando ao seu espaço de trabalho, desligou os dois
computadores e pegou sua jaqueta. Ele viu o doutor Pastoral vindo na
direção dele, com o chapéu na cabeça e a jaqueta na mão, e sorriu para
seu chefe. —Ei, doc. — Cumprimentou. —Algo mais, antes de eu ir
embora?
O doutor Pastoral balançou a cabeça e devolveu seu sorriso. —
Não, você pode sair, Wendell. — Ele puxou a jaqueta enquanto falava. —
Está um dia lindo e eu estou indo para o campo de golfe.
Wendell riu e assentiu. —Está um dia lindo. — Depois de puxar
o casaco, ele pegou sua bolsa e colocou a alça por cima do ombro. —
Tenha um ótimo jogo, doc.
O dentista assentiu e acenou, depois saiu do escritório.
Sabendo que estava sozinho com Cecil, decidiu que seria melhor
fugir. —Tchau, Cecil. — Ele chamou enquanto se dirigia para a porta. —
Falo com você amanhã!
Ouviu Cecil chamar; —Ei! Espere, Del!
Ele o ignorou e saiu porta afora.
Capítulo 2

Ele já saiu do escritório. Você vai encontrá-lo andando para o


oeste na Parks Street.

Teague Rochette rosnou baixinho quando leu o texto de Cecil.


Se não tivesse perdido a aposta que fizera com o irmão, nunca teria
puxado o bebê para o começo da temporada. Enquanto o céu era de um
lindo azul, naquele momento, deveria chover em poucas horas.

—E agora eu tenho que rastrear o cara. — Teague resmungou.

Ainda assim, se dar ao humano Wendell Burgeon uma hora de


passeio em seu clássico Pontiac Streamliner de 1942 o deixasse quite
com Cecil, valeria a pena. Teague não sabia por que animá-lo era tão
importante para seu irmão. Talvez fosse porque ele sentiu o cheiro de
mentira quando Wendell disse que tinha sido ferido, mas de vez em
quando, seu irmão tinha um senso de humor distorcido e pedia a mais
estranha merda de pagamento de saldo de uma aposta. Ele também lhe
pedira para ver se conseguiria que Wendell se abrisse. Teague não sabia
como diabos conseguiria isso, mas daria tudo de si.

Um dia desses, pararia de apostar com Cecil, mas como o irmão


mais velho, ele odiava ser questionado.

Infelizmente, Cecil sabia disso também.

Teague viu um macho esbelto caminhando pela rua. Ele não


poderia ter mais de um metro e setenta e sete, e sua jaqueta não
escondia a estrutura do seu corpo de corredor. O cara também
totalmente abalava em um jeans estilo justo, que deveria ter sido
estranho, considerando seus sapatos verdes neon e preto. Além disso,
carregava uma bolsa de mensageiro sobre um ombro magro.

—Oh, esse tem que ser Wendell. — Teague murmurou, incapaz


de parar seu sorriso. Enquanto nunca tinha sido verdadeiramente atraído
por um homem antes, estava confortável o suficiente consigo mesmo
para apreciar o físico de um... e esse cara era muito gostoso. —Eu acho
que eles o chamariam de um twink. — Pensou consigo mesmo enquanto
diminuía a velocidade do seu carro. —Isso é rotulagem?

Teague bufou quando buzinou. Vendo o homem que ele tinha


certeza que era Wendell parar e virar, admirou a maneira como o jeans
do rapaz abraçava a curva da sua bunda. Percebendo o que fez, ficou
sério.

Hã. Isso é estranho.

Parando seu veículo, Teague se inclinou sobre o banco e abriu a


janela do lado do passageiro. —Hey. — Ele chamou, olhando para o
humano. —Wendell, não é?

—Sim. Eu sou Wendell. — Os lindos olhos azuis estavam


arregalados no rosto coberto de maquiagem quando se inclinou e o
olhou. —Uh... você é Teague, certo? Eu acho que Cecil ainda está no
escritório. — Apontou o caminho de onde vinha.

Foi quando o cheiro mais doce e mais forte, ainda masculino,


mas com toques quase açucarados, cobriu seus sentidos. Isso fez com
que sua boca enchesse de água, e ele respirou fundo, ansioso para
consertar melhor a situação. O ligeiro ressalto o fez engolir em seco
enquanto seu sangue aquecia e fluía para sua virilha, fazendo com que
seu membro endurecesse desconfortavelmente em seu jeans.

Quando Wendell começou a se endireitar e o cheiro diminuiu, o


reconhecimento o atingiu como uma tonelada de tijolos.

Ah, droga de merda! Wendell é meu companheiro!

Com a mesma rapidez, outro fato o atingiu.

E ele está trabalhando com meu irmão há alguns anos! Ele


estava bem debaixo do meu nariz!

A onda de irritação frustrada de Teague fez com que franzisse o


cenho. Vendo o corpo de Wendell revirar, dando a ele uma visão clara de
sua pequena bunda gordinha coberta de jeans, respirou fundo. Seu
aborrecimento com sua própria estupidez, em como poderia não
perceber algo tão maravilhoso bem na frente do seu nariz,
imediatamente desapareceu para ser substituído pelo latido de...
necessidade.

Claro, com seu companheiro sendo homem, Teague não tinha


certeza de como agir, mas achou que um bom lugar para começar seria
tirar a cabeça do rabo e não permitir que o fofo se afastasse.

Endireitando-se em seu assento, dirigiu seu carro para o


parque. Rapidamente abriu a porta e esticou uma perna, saindo do
carro. Colocando a mão no capô do seu veículo, Teague espiou por cima
e se concentrou na forma de recuar de Wendell.

Para seu prazer, ele estava se movendo devagar e continuava


olhando para trás. Pena que era mais no carro do que nele.
Eu posso mudar isso.

—Wendell. — Teague chamou.

O olhar apreciativo dele se levantou das linhas doces do para-


choque do carro e se concentrou em Teague.

Agradável.

—Eu não estou aqui por Cecil. — Teague curvou os lábios em


um sorriso caloroso. —Eu estou realmente aqui por você, Wendell.

A expressão de Wendell ficou confusa. —Uh, o que? — Um


instante depois, seu corpo ficou tenso, e um brilho cauteloso entrou em
seus olhos. —Por quê?

Teague não gostou desse olhar no rosto de seu companheiro,


especialmente dirigido a ele. Precisando aliviá-lo, lhe ofereceu um sorriso
torto. —Bem, eu recebi uma ligação de Cecil sobre você precisar de um
pouco de alegria extra hoje. — Acariciou o capo preto, que contrastava
incrivelmente com o corpo prateado e cromado, na sua opinião, e
acrescentou; —Junte isso comigo pagando uma aposta, e aqui estou eu
para levá-lo a um passeio no meu bebê. — Indo para a leveza, balançou
as sobrancelhas para o humano que desesperadamente queria conhecer,
muito melhor. —Ele diz que viu você babando sobre ele uma ou duas
vezes. Eu definitivamente posso apreciar esse sentimento.

Para alívio de Teague, Wendell começou a caminhar lentamente


de volta para ele. —Cecil ligou para você, hum, me levar para um
passeio? — Seus dedos apertaram onde agarrou sua alça de ombro, e
ele mordiscou o lábio inferior e inclinou a cabeça. —Por causa de uma
aposta? Mesmo?
Teague acenou com a cabeça uma vez. —Bem, você trabalha
com Cecil por alguns anos, certo? — Uma vez que o viu acenar com a
cabeça novamente, esclareceu; —Então, eu tenho certeza que sabe tudo
sobre a sua... propensão para o comportamento ultrajante.

Wendell riu enquanto movia as mãos atrás dele. —Você quer


dizer como levar um gatinho para um passeio?

Teague não sabia se Wendell havia escorregado as mãos nos


bolsos de trás ou não, mas com certeza gostou do jeito que fez suas
costas arquearem um pouco, empurrando a virilha do humano. Uau!
Nunca pensei em checar o pacote de um cara. Então as palavras de
Wendell foram registradas. Certo. Colocar meu humano no carro. Tenho
que conhecê-lo para conquistá-lo.

Assentindo, Teague riu profundamente. —Sim. Como levar um


gatinho a um passeio.

Isso era meio que manso, na verdade, mas não podia contar a
Wendell sobre a vez que Cecil tinha decidido que era uma boa ideia
quebrar o chá de bebê de Beta Shane... com um barril. Sua esposa,
Caroline, tinha lido o ato de revolta para ele, então o beta tinha
procedido para tirar isso na bunda idiota de Cecil... em forma de lobo.

Teague não poderia compartilhar essa parte de si mesmo com


Wendell ainda. Aprender que os shifters e outros paranormais realmente
existiam muitas vezes tendia a afastar os humanos. Enquanto os
companheiros normalmente superavam isso com muita rapidez, o puxão
de companheiro causava esse tipo de efeito em um humano, Teague
esperava evitar isso, se fosse possível.
—Vamos. — Insistiu, batendo no capô novamente. —Que tal nos
ajudarmos, hein?

Wendell deu os últimos dois passos entre ele e o carro. Ele tirou
as mãos de trás dele e esfregou-as nas coxas. Para todo o mundo
parecia que estava tentando se impedir de estender a mão e tocar.

Decidindo que era hora de mudar isso, Teague apontou para sua
pintura recentemente encerada. —Está tudo bem tocar. — Piscou,
acrescentando; —Eu poderia estacioná-lo no supermercado, assim você
poderia fazer uma caminhada ao redor, mas então teria que compartilhá-
la com outros looky-loos1. — Fato da vida com um carro clássico.

Wendell abriu a boca uma vez, duas, depois estendeu a mão e a


pousou no capô. Passou seus dedos delgados ao longo da curva, um
enorme sorriso dividindo seus lábios.

O coração de Teague tropeçou em seu peito e seu pulso


disparou em suas veias.

Como diabos estaria tocado com tal apreciação?

Antes de conseguir se recompor, o flash azul e vermelho de


luzes de policial atrás dele chamou sua atenção. Virou e viu o detetive
Grady Stryker em sua caminhonete parando atrás dele. O loiro maciço
era um shifter tigre Bengala e um membro honorário da alcateia de
lobos liderada por Declan McIntire, alfa dos lobos de Stone Ridge.

Grady desligou as luzes e abriu a porta. De pé com um pé no

1
Uma pessoa que, por curiosidade, persiste em torno do local de um acidente, etc., ou se esforça para dar uma olhada na propriedade
privada de outros, especialmente celebridades.
estribo, olhou por cima da porta, com um sorriso nos lábios. —Por mais
que eu goste de ver seu carro, Teague, não pode estacionar neste lado
da rua. Você tem que movê-lo, ou eu vou te dar uma multa.

Teague acenou e balançou a cabeça, retornando o sorriso do


shifter tigre. —Desculpe, Grady. Não pretendia estar aqui por muito
tempo. Seguirei em frente. — Vendo o aceno do loiro, voltou sua atenção
para Wendell. —Vamos, Wendell. Entre.

Ele olhou entre Grady e Teague por alguns segundos, depois


assentiu. Pegou a maçaneta da porta, hesitou, e finalmente pareceu
tomar uma decisão. Abrindo a porta, esfregou a mão no assento e
depois entrou.

—Quando eu consigo uma carona no seu carro? — Grady


perguntou.

Rindo, Teague acenou. —Não posso dizer. Estou ocupado! —


Então sentou-se atrás do volante. Acenou para o detetive antes de
fechar a porta, depois afivelou o cinto de segurança, a única
característica de segurança que ele acrescentou que era compatível com
a lei. —Aperte o cinto, Del. — Ele insistiu enquanto trazia o ronronar do
Pontiac Streamliner à vida.

Wendell fez o que mandou, depois colocou a bolsa de


mensageiro no chão entre os pés.

Teague ligou o carro, mantendo parte da atenção dele no


passageiro com o canto do olho. Debaixo da doce doçura do aroma
natural de Wendell, notou o tom levemente ácido que denunciava seu
desconforto. Ele lutou, tentando descobrir uma maneira de aliviar isso.
—Vou nos levar para fora da cidade e seguir para o norte. —
Teague olhou para Wendell antes de voltar seu foco para a estrada. —Há
algumas vistas incríveis nas estradas sinuosas nas montanhas. Está tudo
bem com você?

Wendell assentiu. —Sim.

Sua resposta suave e ofegante fez os pelos da sua nuca ficarem


em pé. Viu o jeito como ele esfregou os dedos sobre as coxas
nervosamente e teve que apertar o volante para não esticar a mão e
segurar uma daquelas mãos. Seu nervosismo fez seu o lobo gemer no
fundo da sua mente.

Teague concordou. Precisava descobrir alguma maneira de


acalmar o ser humano nervoso. Fazendo o que faria com uma garota,
começou a fazer perguntas, esperando que pudesse atraí-lo para
compartilhar sobre si mesmo.

—Você é um cara de carro, Del? — Percebendo que não era a


primeira vez que usava o apelido que ouviu Cecil chamar seu
companheiro, Teague perguntou; —Você se importa se eu te chamar de
Del? Ou prefere Wendell? — Sorrindo amplamente, ele brincou. —Ou
talvez Wend? Ou Ell?

Wendell riu, suas bochechas rosadas. —Uh, Wendell ou Del


estão bem. Eu respondo a ambos. — Depois de lamber os lábios, ele
voltou sua atenção para o painel, passando a mão amorosamente. —
Não, sou realmente um cara de carro. Apenas. — Ele zombou. —Como
você pode não apreciar algo assim?

—Concordo. — Procurando por algo mais para discutir, já que os


detalhes do carro provavelmente seriam perdidos nele, Teague matutou.
Finalmente, ele veio com; —Meu irmão trabalha com o doutor Pastoral
há cerca de cinco anos. Você esteve lá o tempo todo?

Balançando a cabeça, Wendell respondeu; —Fui contratado há


cerca de dois anos e meio.

—Gosta do trabalho?

Wendell deu de ombros. —É um trabalho. Paga as contas. Eu


gosto mais da companhia do que do trabalho. Sair e conhecer novas
pessoas, esse tipo de coisa. — Ele esfregou a mão sobre o tecido que
cobria a porta. —E Cecil é uma piada. Aposto que entrou em todos os
tipos de confusão enquanto estava crescendo. Você é mais velho, certo?

Alívio o encheu. Ele ficou preocupado por um segundo que


Wendell não fosse responder. Suas primeiras respostas foram um pouco
curtas.

Talvez ele esteja relaxando.

—Eu sou, por cinco anos. — Teague teve que informar somente
isso, já que não podia compartilhar que tinha quase setenta anos de
idade, no próximo mês, na verdade. —E Cecil ainda se mete em
travessuras. Embora tenha se acalmado um pouco agora que ele tem
Dolan para mantê-lo ocupado.

—Eles parecem um casal improvável.

Wendell expressou o que Teague pensara originalmente, mas o


Destino tinha uma maneira engraçada de dar a um shifter exatamente o
que precisavam, mesmo que eles mesmos não percebessem.
Um pouco como Wendell aqui.

—Eles parecem, mas quando você os vê juntos. — Teague


encolheu os ombros, sem saber como terminar isso sem soar, bem,
mole. É meu companheiro e minha família. —Bem, é fácil ver que são
perfeitos um para o outro. Muito amor entre eles.

Teague riu suavemente, com um pouco de desconforto. Ele


gostaria de um pouco desse amor também. Olhando de relance para
Wendell, viu as bochechas coradas e o brilho feliz em seus lindos olhos
azuis enquanto espiava pela janela as vistas.

Wendell assentiu, resmungando; —Isso é bom.

—E você? — Teague decidiu que era uma abertura


razoavelmente boa. —Alguém especial em sua vida?

—Não. — A resposta de Wendell foi imediata, seu tom de voz


plano, sem mais perguntas.

Okaaaaay. Droga!

Então Teague lembrou-se da razão pela qual Cecil lhe pedira


para fazer isso em primeiro lugar. Wendell estava escondendo um olho
roxo. Alguém bateu no seu companheiro.

Seu lobo rosnou em sua mente.

De acordo. Nós vamos ter que chegar ao fundo disso. Apenas,


não ainda.

Olhando para Wendell, Teague viu o aperto da mandíbula do seu


companheiro e como a luz feliz havia desaparecido.

Tempo para uma mudança de assunto.


—Você vem muito aqui? — Teague acenou com a mão,
referenciando a floresta ao redor deles. Lembrou-se de que Wendell
estava andando para o trabalho, perguntou; —Ou está indo e voltando
do trabalho porque não tem carro?

—Oh, eu faço isso pelo exercício. — Wendell respondeu


imediatamente, visivelmente brilhante. Acenou com a mão para cima e
para baixo em seu torso enquanto batia os cílios para Teague. —Não
posso manter meu corpo fabuloso se não trabalhar nele. Adoro correr
também. — Então seu rosto ficou colorido e ele empalideceu. —Uh, você
sabe que eu sou gay, certo? Cecil te contou? Quer dizer, seu irmão é gay,
então achei que não tinha um problema com isso, mas não estou dando
em cima de você. Não dou em cima de caras héteros, então espero que
não o tenha feito se sentir desconfortável, e... — Ele fez uma pausa, seu
olhar percorrendo o interior do carro.

—Whoa, whoa. — Teague estendeu a mão e agarrou a mão


próxima de Wendell, onde seu companheiro esfregou sobre sua coxa.
Apertou gentilmente enquanto lhe dava um sorriso caloroso. —Não estou
ofendido, sei que você é gay e não me importo com seus comentários.
Apenas relaxe.

Wendell soltou um suspiro visível. Seu sorriso pareceu


extremamente aliviado quando ele assentiu. ―Certo. Legal.

Quando ele olhou para sua mão, onde ainda o segurava, Teague
percebeu que já era hora de soltar. Que pena. Apertou os dedos magros
do seu companheiro mais uma vez, depois soltou-o e voltou a mão ao
volante.
Mais uma vez, se esforçou para encontrar algo para dizer.
Deuses, eu estou realmente fora de prática nisso. Não teve um
relacionamento em... quase trinta anos, e isso foi com uma mulher.

Felizmente, Wendell atirou-lhe um osso. —Então, qual foi a sua


aposta?

—Uhhhh…

Foi a vez de Teague sentir o calor em suas bochechas. Não


podia dizer a Wendell que ele apostara contra a previsão de Cecil de que
o executor de seu bando de lobos, Carson Angeni, recusaria a posição
beta. Com Beta Shane se juntando ao Conselho Shifter, a posição estava
aberta. O chefe de segurança tinha sido a escolha óbvia. Carson recusou,
no entanto, e Teague perdeu a aposta.

Alfa Declan e o executor Carson estavam atualmente revisando


e aceitando pedidos de shifters externos que estavam interessados em
entrar e lutar pela posição.

Então, como eu respondo sem mentir para meu companheiro?


Capítulo 3

Para o total choque de Wendell, as bochechas de Teague


assumiram um brilho avermelhado. Seus profundos olhos castanhos, que
não tinha sido nada além de caloroso e amigável, disparou ao redor. Ele
até lambeu os lábios e engoliu com força suficiente para fazer seu pomo
de Adão mover.

—Uau. — Sussurrou, incapaz de conter seu sorriso largo. —Há


uma história aí!

Teague limpou a garganta, olhou para o lado mais uma vez e


depois admitiu; —Sim, existe. Mas, uh... correndo o risco de soar como
um idiota, eu não te conheço bem o suficiente, ainda, para contar.

Ficou boquiaberto. Não sabia se era porque Teague se recusava


a lhe contar o que devia ser uma história incrível ou se era por causa da
insinuação do grande homem que queria conhecê-lo. Certamente depois
desse passeio, Wendell nunca mais o veria.
Iria?

Evidentemente, demorou a responder, porque Teague limpou a


garganta novamente e declarou; —Sinto muito, Del. Por favor, entenda.
Não é você. Sou eu.

Ladrando uma risada, sentiu a alegria borbulhando através dele.


—Oh, você não precisa se desculpar comigo. — Estendeu a mão e tocou
o bíceps dele, a pele de bronze exibida pela camisa de flanela azul de
mangas curtas. —Como você disse, nós não nos conhecemos, e estamos
fazendo isso para tirar Cecil de nossas costas.

Ah legal! Sua incrível definição muscular se sente tão boa


quanto parece!

Vendo-o olhar para o próprio braço, depois encontrar seu olhar


por alguns segundos antes de voltar seu foco para a estrada, percebeu
que ainda o estava tocando. —Uh... — Afastou a mão e dobrou-as no
colo. —Então, você cresceu por aqui?

Coxo!

Claro, não era como se precisasse impressioná-lo. De jeito


nenhum alguém tão grande e musculoso, tão obviamente hétero, estaria
interessado em uma rainha como ele, mesmo como amigo. Teague
estava apenas fazendo isso para se encaixar com Cecil.
Ainda assim, posso apreciá-lo.

—Sim, todos nós, irmãos, nascemos e crescemos aqui em Stone


Ridge. — A voz de Teague era calorosa, obviamente, não achando que
havia algo de errado na mudança de assunto de Wendell. —Amamos
aqui. As árvores, os animais, o ar fresco. — Sorrindo amplamente, ele
olhou para Wendell. —E você? Disse que gosta de correr. E quanto a
caminhadas? Gosta das trilhas aqui? —Wendell ficou satisfeito por
poderem continuar uma conversa, já que às vezes ele achava difícil se
relacionar com caras héteros e esportistas. Sussurrando, ele admitiu; —
Não tanto quanto gostaria. Meu amigo, Lance, é meu companheiro de
caminhadas, mas está muito envolvido com seu bebê. — Curvando o
lábio, Wendell franziu o cenho. —Especialmente desde que sua futura ex-
amante está lutando contra ele pela custódia. Cadela. — Colocando a
mão sobre a boca, ele sentiu suas bochechas esquentarem. —Por favor,
esqueça que eu disse isso.

—Por quê? — Teague parecia genuinamente confuso. —A menos


que ela não seja realmente uma vadia, e você esteja sendo
preconceituoso, porque ele é seu amigo. — Deu de ombros, não
parecendo nem um pouco preocupado com o quão insultante sua
declaração poderia soar. Na verdade, Teague continuou dizendo; —
Inferno, já me senti assim muitas vezes. Nós ficamos do lado de nossos
amigos, mesmo quando eles fazem algo estúpido. — Rindo, ele
acrescentou; —Alguns anos atrás, eu e alguns amigos fomos em uma
viagem de esqui para a Vale. Meu amigo Sherman pegou essa garota em
um bar local e…

Ele de repente fechou a boca e balançou a cabeça. Sua


expressão se tornou envergonhada. —Bem, vamos apenas dizer que ele
transou com ela e foi embora, e quando ela veio procurando por um
teste de paternidade… — Fez uma careta. —Sim, essa história me faz
parecer um idiota também. — Suas mãos apertaram o volante enquanto
ele murmurava; —Foda.

Wendell se mexeu na cadeira, rindo baixinho. —Então, uh,


acabou sendo o filho de Sherman?

Por um segundo, as sobrancelhas de Teague franziram como se


lutasse para descobrir sobre o que estava falando. Então seus olhos se
arregalaram. —Oh! Ah não. A última notícia que soube foi que ele teve
um outro caso de uma noite. — Os lábios cheios de Teague se torceram
em um sorriso irônico. —Acho que ele deu a volta um pouco.

—Bem, todos nós fazemos merda quando somos jovens. —


Wendell viu o jeito que a sobrancelha esquerda de Teague levantou
quando o olhou. Incapaz de resistir, ele cutucou; —Foi quando você era
jovem, certo?

A risada de Teague soou um pouco autoconsciente. —Sim. Foi


há muito tempo. — Ele olhou para Wendell antes de dizer; —Eu cresci
um pouco desde então. Até fiz uma temporada nas forças armadas. Meu
alfa, meu mentor, incentiva algum tipo de serviço ao governo, e foi o que
eu escolhi.

Wendell se questionou no deslize. Alfa? O que isso significa?


Antes que demorasse a pensar nisso, ou a descobrir uma maneira de
perguntar, Teague apontou para uma placa.

—Aqui tem uma visão incrível. Você conhece?

—Uh… — Wendell rapidamente leu a placa. —Não.

—Quer dar uma olhada? — Teague começou a diminuir antes


mesmo que Wendell tivesse a chance de responder. —É um dos meus
lugares favoritos para caminhar.

—Certo. Sim. — Wendell viu a curva à frente e sorriu. —Ei,


estamos aqui, certo?

—Sim estamos.

Suas últimas decisões foram espontâneas. Por que não isso


também, embora de repente parecesse um pouco como um encontro.
Não conseguia explicar por que Teague estava sendo tão gentil.

Não havia como resistir a entrar no carro. Wendell vinha


admirando o veículo há anos. Ele não deu ao motorista, Teague, uma
segunda olhada. Havia treinado anos antes para não admirar caras
héteros.

E Teague gritava hétero de suas botas pesadas para a camisa de


flanela.

Então, por que está sendo tão gentil comigo?

Dispensando o que não podia responder, Wendell se concentrou


na vista da janela do carro. —Uau. — Sussurrou quando as árvores de
repente deram lugar a uma área de estacionamento com uma cerca de
pedra do outro lado. O vale se abriu diante deles em uma vista
espetacular. —Como eu não sabia sobre este lugar?

—Impressionante, não é? — Comentou enquanto estacionava o


carro. —Há outras paisagens extremamente lindas na área. Cachoeiras,
prados e trilhas com vistas ainda melhores. —Depois de desligar o
veículo, ele soltou o cinto. Enquanto abriu a porta, sorriu para Wendell e
declarou; —Se você é passivo, lhe mostrarei algo ainda melhor que isso.

Wendell abriu os lábios, surpresa mais uma vez o encheu. Sabia


que seus olhos estavam arregalados enquanto observava Teague sair de
trás do volante e fechar a porta. Conseguindo se recompor, o seguiu,
fechando cuidadosamente a porta.

Enfiando as mãos nos bolsos, passou um momento apreciando o


belo carro que vinha admirando há muito tempo. O veículo elegante
tinha enormes defensas de prata, para-choques cromados e pneus
aparentes, de laterais brancas, e um teto preto curvo. A parte dianteira
parecia ser quase metade do carro, mas não parecia nada estranho. Em
vez disso, parecia real.
Um toque na parte baixa de suas costas o assustou de seus
pensamentos. Virou a cabeça e encontrou Teague de pé ao lado dele. Os
lábios do grande homem estavam esticados em um sorriso caloroso, e
seus olhos escuros brilhavam.

Observando esse olhar, sentiu seu ritmo cardíaco acelerar e o


calor fluir através dele. Engoliu em seco, sabendo que tinha que
interpretar completamente Teague. De jeito nenhum poderia ser
interesse brilhando em seus olhos.

—Ela é bonita, não é?

Desviou o foco de Teague e voltou a encarar o Streamliner. —


Sim. — Por alguma razão, não o surpreendeu ouvi-lo se referir ao seu
veículo como uma menina. —Nunca fui um cara de carro, mas sempre
que via o seu, eu tinha que parar e olhar.

—Você me lisonjeia. — A voz de Teague se aprofundou,


parecendo rouca. Quando olhou para o irmão do seu colega de trabalho,
o cara estava olhando-o, e um pouco de cor manchou suas bochechas.
—Quer que eu abra o capô? — Ele voltou a focar em Wendell, com um
sorriso torto nos lábios. —Eu teria oferecido antes, mas você disse que
não era um cara de carro. Não queria te aborrecer.

Uau! Isso foi pensativo dele.

Wendell riu suavemente. —Isso realmente não tem apelo para


mim. Desculpe. — Achando que Teague poderia gostar de falar sobre seu
carro de qualquer maneira, inclinou a cabeça e ofereceu um pequeno
sorriso enquanto dizia; —Embora você pode, se quiser. Eu vou sorrir,
acenar e parecer interessado. Mas simplesmente não entendo uma
palavra disso.

Com um sorriso enorme, curvando os lábios, Teague balançou a


cabeça. Seus olhos castanhos brilharam quando disse; —Não. Não vou
perder seu tempo assim. — Ele esfregou as pontas dos dedos para cima
e para baixo na espinha de Wendell, chamando a atenção para o fato de
que ainda o tocava. —Venha e verifique isso, em vez disso.

Chocado demais pelo fato do irmão de Cecil estar guiando-o por


aí, Wendell foi até a parede de segurança de pedra. Parou diante de uma
placa e leu as informações lá. Era uma imagem simplista do vale que se
estendia diante dele, com marcas que indicavam tipos de árvores,
animais comuns e os nomes de vários pontos à distância.

—Se você olhar para a esquerda no Monte Kiskillion, pode ser


capaz de ver o sol refletindo alguma coisa. — Teague apontou naquela
direção. —Isso é uma cachoeira. A caminhada não é tão ruim se usar o
caminho que os guardas do parque usam. —Piscando, ele baixou a
cabeça enquanto murmurava; —Eu posso mostrar a você, mas não pode
contar a ninguém.

Wendell sorriu para o homem, divertido com sua brincadeira. —


Você tem permissão para usar as trilhas do guarda florestal? — Depois
que Teague assentiu, perguntou; —Isso significa que é um deles?

Teague sacudiu a cabeça. —Eu não sou, mas sou amigo da


maioria deles. Faço o design da web deles e faço caminhadas na
natureza com um amigo fotógrafo, Coby. — O sorriso dele ficou
envergonhado. —Eu gostaria de dizer que Coby e eu tiramos fotos
incríveis juntos, mas é mais ele. O homem tem um ótimo olho.

—Coby? Coby Myers? Aquele fotógrafo? — Wendell nem tentou


esconder sua surpresa. —Aquele que é dono da galeria na cidade?

—Sim. Você o conhece?

Wendell não podia acreditar no mundo pequeno. —Eu conheço.


O marido de Coby, Richard, é um bom amigo meu.

—Oh, uau. — Respondeu Teague, seu sorriso se tornando torto.


—É incrível que eu não tenha encontrado você antes, então.
Provavelmente não tão incrível, já que não costumava frequentar seus
churrascos. — Ele tentou algumas vezes. Ser um vegetariano em torno
de todos os amigos que comiam carne de Coby, e poderia ficar um pouco
desconfortável.

Wendell preferia pequenas reuniões de qualquer maneira.

—Então, isso significa que você vai fazer caminhadas comigo?

Wendell apenas hesitou um instante antes de assentir. —Sim. Eu


adoraria caminhar mais por aqui. É lindo. — Além disso, caminhar com
um guia quente como Teague tornaria divertido... e um pouco
desconfortável às vezes.

Por alguma razão, toda vez que Teague sorria para ele, Wendell
tinha que lutar contra as reações do seu corpo. Estava perdendo o
controle também, considerando que já estava com uma semi ereção.
Wendell esperava que ele não notasse, apostando no fato de que
homens heterossexuais não conferiam os pacotes de outros caras.
—Isso é ótimo.

Teague passou o próximo local apontando pontos de referência


diferentes que podiam ser vistos à distância. Ele era extremamente bem
informado sobre a área. Seu interesse aparente em seu entorno o
impressionou.

Finalmente, eles voltaram para o Streamliner. Enquanto


relaxava no banco do passageiro e apreciava a vista pela janela, Wendell
sentiu-se um pouco triste pela inesperada saída da tarde estar chegando
ao fim. Ele descobriu que gostava da companhia de Teague. O homem
era amigável e aberto.

Foi refrescante.

—Qual o seu endereço?

Não pensou duas vezes em responder com sinceridade, dando o


número da casa dele.

Seu duplex tinha acabado de aparecer quando Teague limpou a


garganta, chamando sua atenção. Para surpresa de Wendell, o outro
homem pareceu um pouco desconcertado. Ele se mexeu no assento e
bateu os dedos indicadores no volante.

—Está tudo bem? — Um pensamento o atingiu. Enquanto isso


torcia seu intestino, ele forçou um sorriso de qualquer maneira. —Veja.
Esse passeio foi devido a Cecil, então vou entender totalmente se está
pensando sobre caminhadas comigo. Quero dizer, qualquer um que olhe
para mim pode me considerar gay, e se não quiser esse estigma ligado a
você, então...

—Não é isso. — Teague cortou suavemente. —Eu realmente


estou enferrujado com isso, e eu estava tentando pensar em uma
maneira suave de convidá-lo para jantar. — Seus lábios se curvaram em
um sorriso irônico. —Eu obviamente estraguei tudo, então... — Ele virou
o carro na entrada de Wendell e estacionou atrás de seu hatch antes de
virar para encará-lo —...eu só vou deixar escapar isso. Você está
disponível para jantar depois do trabalho amanhã, Wendell?

Seu queixo se abriu e suas sobrancelhas ergueram. —V-você


está m-me pedindo para sair em um encontro? — Enquanto ele
normalmente não gagueja, não conseguia se conter. O choque de
Wendell foi grande demais.

— Sim. — Teague assentiu bruscamente, como se para impor


sua resposta. —Eu estou lhe pedindo para sair em um encontro. Você
tem um restaurante favorito em Stone Ridge? — Ele hesitou, depois
acrescentou; —Se quiser, podemos ir até Colin City. Seja qual for sua
preferência.

Incapaz de se ajudar, Wendell deixou escapar; —Você é gay?

—Be-bem, não realmente. Não. — Teague esfregou a nuca, seu


olhar dançando ao redor do veículo, traindo sua incerteza. —Mas...

—Por que então? — Wendell interrompeu, seu choque dando


lugar a confusão e desapontamento. —Por que você pediria a um homem
gay para sair em um encontro se não é gay?

Teague pigarreou, depois engoliu em seco o suficiente para


fazer o pomo de Adão dele tremer. Por vários segundos, houve um
silêncio constrangedor entre eles. Finalmente, Teague limpou a garganta
novamente.
—Qualquer coisa que eu diga neste momento provavelmente vai
me fazer soar como um idiota confuso... — Ele nivelou um olhar sério
para Wendell. —...mas eu não sou. Estou confortável o suficiente comigo
mesmo para poder admitir que é mais do que isso, estou muito atraído
por você. Seja qual for o rótulo que queira usar, eu quero ver se
podemos... —Teague fez uma pausa, suas sobrancelhas franzidas. Ele
balançou sua cabeça.
Wendell lutou com a maneira de responder. Estava lisonjeado e
preocupado e mais do que um pouco ligado. Ainda assim, se sentiu
muito preocupado que Teague não entendesse no que realmente estava
se metendo.

—Você está realmente disposto a ser visto na cidade comigo?—


Wendell perguntou lentamente.

Teague abriu a boca e fechou de novo. Seus olhos se


estreitaram. Ele lambeu os lábios devagar.

—Eu não sei como responder a essa pergunta. — Teague


sustentou o olhar de Wendell, uma expressão pensativa no rosto. —
Posso falar livremente?

—Claro. — As palavras saíram da boca de Wendell antes que


pudesse pensar melhor sobre elas. Não entendia por que Teague
pensaria que ele não poderia. Decidindo que deveria ser franco,
acrescentou; —Na verdade, não entendo por que você acha que não
pode falar livremente.

—Bem, hum. — Teague limpou a garganta novamente. —No


passado, eu sempre namorava mulheres, e com o tempo descobria que
elas faziam essas perguntas que, quando respondo, elas adivinham uma
resposta profunda e misteriosa ao invés. —Teague fez uma careta
quando acrescentou; —Eu comecei realmente a conter minha língua,
especialmente com perguntas como a sua.

Wendell sorriu largamente. —Ah, te peguei. — Ele tinha visto


relacionamentos assim também. —Só que você sabe, nem todas as
mulheres são assim. Também quero que saiba que, se eu fizer uma
pergunta, espero uma resposta honesta, mesmo que seja algo de que eu
não goste. A verdade é sempre melhor.

Teague soltou um suspiro enquanto sorria largamente. —Bom.


Ótimo. — Ele riu suavemente por alguns segundos antes de dizer; —
Nesse caso, em resposta à sua pergunta, eu não tenho escrúpulos em
ser visto na cidade com você.

Enquanto Teague parecia confiante, Wendell ainda se sentia


obrigado a advertir; —Como eu disse antes. Todo mundo por aqui sabe
que sou gay. Se você é visto comendo uma refeição particular comigo,
eles vão tirar conclusões precipitadas.

Assentindo devagar, Teague estendeu a mão e a pousou na de


Wendell. Ele apertou levemente. —Isso é bom.

Mais uma vez, Wendell sentiu como se seu coração pulasse uma
batida no peito. —Uau. Hum, está bem.

A antecipação nervosa o encheu quando marcou um encontro


com Teague.
Capítulo 4

—Céus, você está falando sério?


Teague olhou por cima do ombro para Cecil antes de voltar seu
foco em abotoar a camisa. —Sim. Estou falando sério. — No espelho à
sua frente, podia ver a expressão de queixo caído do irmão. —Wendell é
meu companheiro.
As feições de Cecil se transformaram em um largo sorriso. —
Uau, cara! Isso é incrível! — Ele pulou para frente e bateu nele,
envolvendo os braços em volta dele em um abraço fraternal. —Fodido A,
Teague! — Então ele ficou sério, sua expressão se contorcendo em uma
careta. —Desculpe, não apresentá-lo mais cedo. Eu... caramba! Mais de
dois anos.
Em sua viagem para casa na noite anterior, Teague teve
pensamentos semelhantes. Ele aceitou isso, no entanto. —Não se
preocupe. O Destino tem sua hora, irmão. — Teague deu um tapinha no
antebraço de Cecil, pois ele ainda tinha os braços sobre seus ombros. —
E obrigado. Agora, mova seus braços para que eu possa terminar de me
vestir. — Uma vez que Cecil o havia soltado, Teague olhou para o irmão.
—E você aprendeu essa expressão com seu companheiro?
Sorrindo amplamente, Cecil caiu na cama de Teague. —Não, em
um filme.
Teague assentiu enquanto terminava de abotoar a camisa. —É
melhor não usá-lo em volta de Ajax. — Ele avisou enquanto pegava seu
cinto e o passava através das alças, deslizando o suporte do telefone e o
estojo de várias ferramentas através dele como de costume. —Se ele
pegar essa expressão e Cayden ouvir... — Ele bufou —Puta merda, você
estaria em apuros.
—Eu não vou. — Cecil levantou um polegar para cima.
Teague assentiu, aliviado. Ele não tinha vontade de ser o
moderador entre seus irmãos mais novos. Cayden era o mais novo e
menor, mas seu lobo era o mais dominante deles. Ele era extremamente
protetor do seu companheiro, Ajax, devido ao passado do shifter gato da
montanha andina, que tinha sido capturado e sofrido experimentos por
cientistas. Antes disso, ele morava sozinho em forma de gato em uma
parte isolada das montanhas.
Ajax precisou aprender quase tudo desde o início. Várias
maneiras de xingar não era algo que Teague ou Cecil deviam estar
ensinando ao jovem. Por razões de respeito, Teague queria que o prazer
fosse todo de Cayden.
Ele estava feliz por não ter que explicar isso para Cecil.
—Então, onde você o está levando? — Cecil perguntou. —Ele é
vegetariano, você sabe.
Com as meias na mão, Teague girou e focou em Cecil. —Wendell
é vegetariano?
Merda! Sério?
—Quem é Wendell? — Cayden perguntou, aparecendo na porta.
—E por que importa que ele seja vegetariano?
Cecil estava assentindo e sorrindo para Teague, com alegria em
seus olhos.
Rosnando baixinho para seu irmão, Teague voltou sua atenção
para Cayden. —Wendell Burgeon é o recepcionista no trabalho de Cecil.
Eu o conheci ontem. — Incapaz de se conter, ele sorriu. —Ele é meu
companheiro.
Cayden imediatamente sorriu. —Ei, isso é maravilhoso. — Ele
fechou a distância entre eles e, ao puxá-lo para um abraço, ofereceu; —
Parabéns, Teague. Você tem esperado mais do que qualquer um de nós.
— Então Cayden se afastou, franzindo as sobrancelhas enquanto
inclinava a cabeça. —O fato dele ser um cara não vai incomodá-lo, não
é?
Teague sacudiu a cabeça. —De jeito nenhum. — Assegurou a
seus irmãos. Ambos estavam acasalados com homens.
—E sobre o fato de que Wendell quer filhos?
Voltando-se para Cecil, Teague lembrou-se de que seu irmão
sabia muito mais sobre Wendell do que ele. Ele esperava mudar isso... e
logo. —Uh, acho que vamos atravessar a ponte quando chegarmos a ela.
— Lembrando a pergunta original de Cecil, ele acrescentou; —E uma vez
que eu assegurei a Wendell que não tinha nenhum problema em ser
visto em público com ele, ele escolheu o restaurante... Nós vamos ao
Caribou's.
Teague riu suavemente enquanto esfregava a nuca. —Uau. Um
vegetariano. — Como lobos shifters, ele e seus irmãos eram carnívoros
obstinados. Inalando profundamente, ele endireitou os ombros e
afirmou; —Bem, outros shifters são acasalados com pessoas que não
gostam de carne como nós, lobos shifters, gostamos. Ele é meu
companheiro. Nós vamos resolver isso.
Cecil riu. —Ei, talvez você goste daquele bacon vacon que ele
me fez experimentar ontem. — Sorrindo, ele disse a ele. —Ele coloca em
suas saladas para dar sabor.
O desconforto subiu pela espinha de Teague ao ouvir o tom de
Cecil. Ele não deixaria o seu irmão brincalhão mexer com a comida de
Wendell. Rosnando baixo em sua garganta, estendeu a mão e agarrou
seu colarinho, puxando-o para cima.
—Você vai respeitar as escolhas alimentares de Wendell. —
Advertiu Teague, com um grunhido em sua voz. —Se eu descobrir que
você ferrou com a comida dele de alguma forma...
—Whoa. — Cayden retumbou, descansando a mão no ombro de
Teague e esfregando suavemente. —Cecil não vai fazer nada para
estragar suas chances com Wendell. — Ele estreitou os olhos enquanto
se concentrava em Cecil. —Certo, irmão?
Os olhos de Cecil estavam arregalados e ele rapidamente
sacudiu a cabeça. —Claro que não. — Ele ergueu as mãos em
apaziguamento. —Eu nunca faria nada que prejudicasse seu
relacionamento.
Teague controlou sua inesperada explosão de temperamento. —
Uau, desculpe. — Ele murmurou, soltando a camisa do seu irmão. —Isso
foi... — Ele balançou a cabeça.
Ambos, Cecil e Cayden, riram. —Novos instintos de proteção
surgindo, isso é tudo. — Cayden deu um tapinha nas costas dele. —Você
vai aprender a controlá-los. — Empurrando as mãos nos bolsos, Cayden
acrescentou; —Parabéns de novo. Mal posso esperar para conhecê-lo. —
Ele voltou sua atenção para Cecil. —Como você acha que ele vai receber
as notícias dos shifters e paranormais?
Cecil encolheu os ombros. —Nenhuma pista. Nós certamente
nunca discutimos nada assim.
Teague viu a hora no relógio e fez uma careta. —Tenho que ir,
pessoal, ou vou me atrasar. — Ele se sentou na cama e rapidamente
colocou as meias, depois as botas, antes de se levantar e pegar as
chaves da mesa de cabeceira. —Você quer agendar algo com alfa Declan,
para que eu saiba que encontrei meu companheiro?
Cayden assentiu. —Vou agendar.
O irmão mais novo de Teague era a ligação do bando com
outros grupos paranormais da região, trabalhando de perto com alfa
Declan e o círculo íntimo. Foi ele quem confirmou que o executor Carson
havia recusado a posição de beta e que Teague havia perdido a aposta.
Os três irmãos saíram do quarto de Teague, e Cecil o
acompanhou enquanto caminhava pela casa. —Você descobriu como
Wendell conseguiu as contusões que estava tentando esconder?
Teague fez uma careta, balançando a cabeça. —Não, ainda, mas
está na minha lista. — Ele fez aspas no ar com os dedos enquanto
olhava para o irmão. —Eu estava um pouco mais interessado em fazer o
melhor para conseguir que Wendell relaxasse e se abrisse. Ele estava
emitindo alguns aromas muito intensos de estresse.
—Hã. Wendell normalmente é um cara muito despreocupado. —
Cecil refletiu. —Eu me pergunto o que o detonou.
Teague parou na porta da garagem, franzindo o cenho para o
irmão. —Você disse que ele contou que trombou em alguém que não
deveria. Talvez ele fosse um cara grande como eu.
Cecil inclinou a cabeça em um aceno de cabeça, mas não
parecia convencido. —Talvez.
Agarrando o ombro de Cecil e apertando-o levemente, Teague
afirmou; —Ele é um dos nossos agora. — Acasalado ou não, era
verdade. Wendell era o companheiro de Teague, seu para cuidar daquele
dia em diante. —Eu vou descobrir.
—Se você precisar de alguma coisa...
Cecil não precisou terminar a frase. Teague sabia o que ele
queria dizer. Ele assentiu bruscamente, depois se dirigiu para a garagem.
Teague parou nos degraus, esfregando o polegar sobre uma das
chaves. Ele geralmente não tirava o Streamliner quando a previsão era
de chuva. Por outro lado, ele gostava do quanto parecia agradar a
Wendell andar nele.
—Aww, inferno. — Murmurou baixinho quando bateu no botão
da porta da garagem para a baía com o Streamliner. —É apenas um
carro.
—Puta merda, eu não posso acreditar que acabei de ouvir você
dizer isso sobre o seu bebê. O que diabos está acontecendo? Você está
doente?
Teague ouviu o comentário de Stake Dolan, mas não parou de
andar. Em vez disso, ele franziu o cenho por cima do ombro para o
homem.
Cecil riu, passando o braço pelos ombros largos do amante. —
Eu vou explicar para você. — Ele beliscou o lóbulo da orelha de Dolan. —
Vamos.
Depois que Teague verificou que o capo de polipropileno do
carro ainda estava no porta-malas, se sentou ao volante e saiu.
Enquanto dirigia, a antecipação disparou através dele. Seus nervos
também estalaram, e ele bateu no volante, inquieto.
Nunca Teague teria pensado que esperar um dia para ver seu
companheiro pudesse ser demorado demais, mas foi assim que se
sentiu. A ideia de vigiar o duplex de Wendell durante toda a noite
enquanto estava em forma de lobo tinha sido difícil de resistir. Ele
finalmente entendeu por que Cecil tinha ido tão longe para seduzir Dolan
o mais rápido possível.
Quando Teague chegou à casa de Wendell, ele avistou um carro
azul-marinho estacionado atrás do carro hatch do seu companheiro.
Havia um homem de ombros largos, com cabelos pretos curtos de pé na
varanda, batendo na porta. Como a entrada estava cheia, Teague
estacionou ao lado da estrada. Quando ele saiu, o estranho estava
tentando espiar pela janela da frente.
O desconforto percorreu Teague enquanto ele descia a calçada
em direção à casa. Wendell não atendeu a porta. Isso significava que ele
não estava em casa?
Sempre pronto a confiar em seu instinto, Teague pegou o
telefone e verificou a hora. Dois minutos antes das sete. Ele ligou para
Wendell.
O telefone não tocou duas vezes antes de Wendell atender. —Ei.
Teague não gostou da tensão que ouviu na saudação de uma
palavra de Wendell.
O que diabos está acontecendo?
—Oi, Del. — Teague fez o seu melhor para manter seu nível de
voz, calmante. —Estou na frente, mas...
—Você está aqui? — O tom de Wendell deu uma guinada de
alívio.
—Sim, mas eu não toquei sua campainha porque notei que você
tem um convidado aqui que você não atendeu. — Teague explicou
rapidamente. —Você não está em casa?
—Ele ainda está aí?
O intestino de Teague se apertou ainda mais. O som de tensão
estava de volta. Ele queria desesperadamente estar na mesma sala que
seu companheiro, porque então ele seria capaz de farejá-lo, para ter
uma melhor leitura de como ele estava se sentindo.
Recuando um passo, Teague descansou a bunda no para-lama
de seu Streamliner. —Você está se referindo ao homem de cabelos
negros que agora está olhando para mim com uma carranca em suas
características bastante bonitas?
—Sim. — Wendell praticamente sussurrou a palavra.
Algo finalmente clicou, e Teague teve que morder seu grunhido.
Manter sua voz calma quando ele fez sua próxima pergunta foi uma das
coisas mais difíceis que já teve que fazer. —Del, este é o homem que te
deu aquele olho roxo que você estava escondendo ontem?
O suspiro de Wendell soou através da linha. —Você percebeu?
—Isso aí, bebê. Eu notei. — A linha ficou silenciosa por tanto
tempo, que Teague achou que a ligação tinha caído. Ele checou seu
telefone. Não. Ainda conectado. —Wendell?
—Você acabou de me chamar de bebê?
Teague pensou no que ele disse. —Sim. — Ele respondeu
honestamente. —Não é apropriado, ainda? — Foi um deslize da língua,
mas ele não ia negar como ele já se sentia sobre o homem. Wendell era
seu companheiro. Tentando acalmar as coisas, Teague brincou; —Se
você não gosta de bebê, eu posso pensar em outros. Bonito ou dedos de
mel. Que tal sexy ou luz do sol?
Para alívio de Teague, ele ouviu Wendell rir. —Podemos ter que
falar sobre sua escolha de apelidos carinhosos.
As palavras pronunciadas calma e levemente roucas de Wendell
fizeram uma onda de calor inundar seu sistema.
Acho que posso ter que tentar sexo por telefone com Wendell.
Sorriu com essa ideia. Então ele notou o homem de cabelos
negros descendo e caminhando em direção a ele. Ele varreu seu olhar
sobre o cara, julgando que era semelhante em altura com ele, cerca de
1,9m. O homem tinha os músculos inchados de um rato de academia,
tornando-o um pouco maior que Teague.
—Você não respondeu à minha pergunta anterior, Del. — Teague
apontou, mesmo quando ele segurou o olhar do estranho que se
aproximava. De jeito nenhum ele iria quebrar o contato visual primeiro.
Isso era um sinal de submissão, e ele apenas sabia que o homem não
merecia isso. —Então, vou tomar isso como confirmação. Devo me livrar
desse cara por você? — Outro pensamento o atingiu. —Ele não é um
cobrador de contas, é?
Wendell deu uma risada. —Não é um cobrador de contas. Ah
Merda! Ele está indo em direção a você?
Teague supôs que Wendell tivesse olhado pela janela. Ele não
estava certo, desde que ele se recusou a deixar cair o olhar do homem.
—Ei, você conhece o cara que mora aqui? — O estranho de
cabelos negros perguntou uma vez que ele estava a distância para falar.
—Wendell?
—Conheço. — Teague confirmou, abaixando o telefone e
deslizando-o de volta no suporte. Deixou a linha aberta, porém, assim
Wendell podia ouvir se ele desejasse. Decidindo empurrar um pouco, ele
acrescentou; —Estamos namorando.
Os olhos do cara de cabelos negros se estreitaram e assumiram
um brilho zangado. —Wendell não está disponível para namorar. —
Afirmou, cruzando os braços sobre o peito. —Ele é meu namorado.
O lobo de Teague grunhiu em sua mente e os cabelos de sua
nuca ficaram em pé. Ele mal resistiu à vontade de atacar o cara que
estava reivindicando seu companheiro para si mesmo. Arrancar a
garganta do humano não resolveria o problema.
Sem mencionar que provavelmente assustaria Wendell.
—Ele está agora? — Teague inclinou a cabeça um pouco,
discretamente cheirando o homem. Embora houvesse muita raiva
tingindo seu cheiro, ele não fedia a mentiras. —Wendell acha que você é
o namorado dele?
—Não, eu absolutamente não. — Wendell falou, caminhando em
direção a eles, sua postura cautelosa. Seu olhar cintilou entre eles. —
Você não é meu namorado, Dalton.
Dalton virou sua feroz carranca para Wendell, que ficou tenso e
deu um passo para o lado. Teague não pôde deixar de sentir uma onda
de prazer ao ver que seu companheiro veio para perto dele.
Desencostando do para-choque, se aproximou ainda mais de Wendell.
—Isso não é o que você disse sexta à noite. — Declarou Dalton.
—Você concordou em ser meu. — Seus olhos se estreitaram ainda mais,
e ele zombou quando levantou o dedo e apontou para ele. —Então eu
acordei sozinho e tive que rastreá-lo. Isso não é aceitável, Wendell. Você
só sai quando eu disser que você pode sair.
—Não é assim que os relacionamentos funcionam. — Cortou
Teague, já que Wendell ficou pálido. Descansando a mão nas costas do
seu companheiro, ele esfregou suavemente, esperando aliviar os ligeiros
tremores que arrepiavam a estrutura de Wendell. —E eu acho que está
bem claro que Wendell não quer nada com você.
—Você não faz parte dessa conversa, cara. — Afirmou Dalton,
estendendo a mão.
Teague reconheceu a intenção de Dalton instantaneamente. Ele
passou o braço em volta da cintura de Wendell e usou o aperto para
movê-lo para trás. Ao mesmo tempo, Teague deu um passo à frente,
mais perto de Dalton, e usou a mão livre para empurrar o membro
musculoso e grosso do humano para longe de Wendell.
—Você não toca sem permissão, Dalton. — Declarou Teague. —E
eu faço parte dessa conversa. Uma grande parte. Não me faça chamar a
polícia. — Teague deu a Dalton um sorriso apertado. —Você não gostaria
dos policiais por aqui. Pequenas cidades e tudo mais.
Dalton mostrou os dentes e cerrou os punhos. Por vários
segundos, ele parecia que ia dar um soco em Teague. Então ele de
repente recuou, dando um passo para atrás.
—Eu te encontro mais tarde, Wendell. — Com esse tiro de
despedida, Dalton foi até sua caminhonete. Com um rugido, o enorme
veículo voltou à vida e, com um guincho de seus pneus, Dalton saiu da
garagem, derrapou até parar, depois seguiu em frente, descendo a
estrada.
Assim que o caminhão azul desapareceu, Teague se virou e
encarou Wendell. Antes mesmo de abrir a boca, seu companheiro deu
um passo para trás e passou os braços em volta do seu tronco. —Eu
sinto muito, Teague. — Sussurrou Wendell.
Isso não era o que Teague esperava. Sua mente ficou em
branco e sua língua amarrada, deixando-o incapaz de responder.
—Eu vou entender se você não quiser sair comigo agora.
Teague balançou a cabeça, o que Wendell deve ter entendido
mal, pois ele deu outro passo enquanto olhava para a grama embaixo de
suas surpreendentemente agradáveis botas de salto baixo.
—Espere. — Teague agarrou o braço de Wendell. Sentir seu
companheiro recuar quase o matou, e ele manteve seu aperto leve. —
Você entendeu errado, Del. — Erguendo a mão livre, Teague gentilmente
embalou a mandíbula do seu companheiro, instando-o a encontrar seu
olhar. —Embora eu gostasse muito de uma explicação, não há como um
idiota como esse me fazer correr. — Vendo o olhar incrédulo de Wendell,
Teague sorriu. —Eu estou com fome. Está com fome? Acho que devemos
continuar com o nosso encontro. Você está pronto para ir?
Capítulo 5

As emoções de Wendell estavam em todo lugar, medo, raiva,


gratidão e alívio... talvez até uma pequena adoração de herói. Ele não
podia acreditar que Dalton conseguiu localizá-lo ou que ele realmente
apareceu em sua casa.
Exatamente o que eu preciso. Um perseguidor
Então o estômago de Wendell rosnou.
Teague riu suavemente. —Eu acho que sim. Então, isso nos
deixa precisando da resposta para minha outra pergunta. Você está
pronto para ir? — Ele corajosamente passou seu olhar para cima e para
baixo no corpo de Wendell. —Você certamente parece pronto. Você está
absolutamente deslumbrante.
Suas bochechas se aqueceram e ele ofereceu a Teague um
sorriso aliviado. —Obrigado.
Ele realmente parecia fabuloso, se ele mesmo dissesse.
Escolheu sua camisa azul-clara de mangas compridas porque não só
cobria os hematomas em seus pulsos, como também mostrava seu torso
magro. Tinha o combinado com jeans vintage pretos que ele encontrou
em uma loja de produtos usados em Colin City, e ele terminou com suas
botas de motoqueiro pretas de salto baixo.
—Eu só preciso pegar meu telefone. — Disse a Teague, mas ele
descobriu que não poderia se afastar do homem. Ele gostava do jeito
que a grande mão dele ainda segurava sua mandíbula e a maneira como
ele brincava com o polegar logo abaixo do lábio inferior. Vendo o brilho
faminto nos olhos escuros de Teague, Wendell deixou escapar a primeira
coisa que lhe veio à mente. —Hum, você está incrível também.
Teague sorriu. —Obrigado. — Seu foco deslizou para os lábios
de Wendell. —Eu sei que é costumeiro dar um beijo de adeus no final do
encontro, mas seus lábios são extremamente tentadores. — A voz dele
se aprofundou, um ligeiro grunhido colorindo suas palavras. —Seria
terrivelmente inadequado eu provar você agora?
—Oh, uau! — No reflexo, Wendell escorregou a língua e molhou
o lábio inferior.
—Isso é uma permissão?
O sangue dele aqueceu e um tremor passou por ele. —
Realmente não acho que você estaria interessado nisso, considerando
que você não está... — Vendo o jeito que as sobrancelhas de Teague
levantaram em questão e sentindo os dedos de sua outra mão apertar
seu quadril levemente, ele alterou sua linha de pensamento. —Quero
dizer, desde que você nunca esteve com um cara antes.
A expressão de Teague ficou aquecida. —Oh, Wendell. Por favor,
não tire conclusões precipitadas.
Acenando levemente, Wendell sussurrou; —Tudo bem. —
Enquanto ele temia que pudesse ser um erro. Teague era intenso,
confiante e provavelmente um pouco confuso, já que estava chegando a
Wendell como um touro em uma loja de porcelana, embora ele já tenha
admitido que ele não se considerava gay, Wendell ainda queria aquele
beijo. —Bem, já que você é meu cavaleiro. — Ele olhou para o carro de
Teague. —Hum, meu cavaleiro em um streamliner de prata, você
definitivamente deveria receber um beijo como sua recompensa.
Teague riu profundamente enquanto deslizava a mão direita
para embalar a nuca de Wendell. —A qualquer hora. — Ele sussurrou
antes de pousar os lábios sobre Wendell. Ele pressionou levemente,
levantou a cabeça para murmurar. —Sempre. — Antes de beijar Wendell
novamente.
Agarrando as lapelas da jaqueta de couro de Teague, aguentou
o passeio sob o ataque sensual do homem bonito. Ele mexeu os lábios
com beijos quentes em Wendell, passando levemente a língua pelo lábio
inferior e depois pelo superior. Ele trabalhou sua boca com confiança
gentil. Enquanto a língua de Teague nunca entrava na sua boca, ele
ainda sentia como se o homem estivesse consumindo-o.
Não poderia ter durado muito tempo, mas quando Teague
levantou a cabeça, Wendell ficou sem fôlego. Ele olhou de olhos
arregalados para Teague, que cantarolou e lambeu os lábios. Os olhos
escuros do grande homem brilharam com o desejo arqueado enquanto
segurava seu olhar.
Teague cantarolou. —Você tem um gosto doce, como morangos
ou algo assim. — Ele moveu a mão e brincou com o polegar ao longo do
lábio superior de Wendell. —Algo masculino. Seu. — Teague sorriu. —Eu
poderia te beijar para sempre.
Ofegou, trabalhando para recuperar o fôlego. Ele não tinha ideia
de como responder ao último comentário. Para sempre? Uau! Eles
acabaram de se conhecer, afinal.
Vendo o brilho nos lábios de Teague, falou sobre a primeira
coisa que ele comentou. —Gloss de morango. — Ele levantou a mão
esquerda e, depois de um segundo de hesitação, limpou o canto da boca
de Teague. —Eu realmente não esperava que você quisesse beijar, para
ser honesto. Se decidirmos fazer isso novamente, vou ter que lembrar de
não passar.
Teague virou a cabeça um pouco e mordiscou levemente seu
polegar, fazendo-o mover a mão. Ele continuou a segurar seu olhar e seu
sorriso permaneceu no lugar. —Nós definitivamente vamos fazer isso de
novo, Wendell, e você pode usar gloss a qualquer momento. — Depois
de pressionar outro beijo na sua boca, ele deu um passo para trás. —
Apenas lembre-se de me dizer quando eu acabar usando ele. — Teague
piscou e sorriu quando ele tirou uma bandana do bolso da jaqueta e
usou-a para limpar a boca. —Que tal você pegar o seu telefone, e nós
vamos para o Caribou's?
Wendell assentiu. —OK.
Precisando de alguns segundos para se recompor, virou-se e
entrou em sua casa. Ele fez uma pausa no vestíbulo e respirou fundo,
depois soltou através dos lábios franzidos. Abaixando-se, ele ajustou seu
pênis inchado para uma posição mais confortável e menos perceptível.
Depois que tomou algumas respirações calmantes, ele pegou
seu telefone, colocou-o no clipe do seu cinto e voltou para o lado de fora.
Seu coração imediatamente começou a acelerar em seu peito quando
seu foco caiu em Teague. O homem de ombros largos e cabelos escuros
aparentava uma bela figura em seus belos jeans, botas de caminhada e
jaqueta de couro marrom escuro. Ele se abriu, exibindo a camisa de
botão verde de caçador que ele usava.
—Deus, ele é sexy.
Não conseguia desviar o olhar de Teague enquanto atravessava
o gramado em direção a ele. No passado, ele sempre focou no carro, que
era um veículo incrível. Ele não tinha certeza de como ele havia perdido
o apelo masculino de Teague.
Talvez eu tenha ignorado ele de propósito.
Tinha certeza que Teague nunca ter feito um bip em seu gaydar.
Quando estava a poucos passos do carro, Teague se endireitou e
abriu a porta para ele.
Fez uma pausa antes de entrar. —Você sabe que eu não sou
uma garota, certo? — As palavras saíram antes que ele pudesse pensar
melhor, e ele estremeceu mentalmente.
Felizmente, Teague não pareceu se importar. Ele sorriu quando
ele riu e assentiu. —Oh, eu estou muito consciente. — Ele continuou a
sorrir quando ele inclinou o queixo na direção do seu vizinho do dúplex.
—Eu acho que beijando você irritou a mulher que mora ao seu lado. Ela
tem me dado o olhar fedorento desde que você foi para casa.
Fazendo caretas, Wendell entrou no carro. Teague fechou a
porta e depois passou sobre o capô. Ele escorregou para trás do volante
e se mexeu no assento, parecendo ficar confortável.
—Desculpe por isso. — Wendell ofereceu, afivelando o cinto. —
Essa é Heidi. Ela... — Ele cantarolou um segundo, escolhendo suas
palavras. Durante esse tempo, Teague ligou o carro e fez com que eles
se movessem. —Eu não quero dizer que ela é homofóbica, porque ela
não parece me desprezar nem nada. Acaba por pensar que algo mais do
que dar as mãos deve ser feito na privacidade da casa de alguém. —
Sorriu ironicamente. —Eu a vi dar aquele olhar fedorento para o vizinho
do outro lado quando um cara deu um beijo de boa noite em uma
garota.
—Ah, um pouco de puritana então?
Wendell deu uma risadinha. —Certo. Essa é uma avaliação
justa.
—Ou talvez ela esteja com ciúmes e só precise transar.
Soltando uma risada, Wendell assentiu. —Provavelmente isso
também.
Teague aproximou-se e apoiou a mão na sua coxa e apertou-a
levemente. —Então, não é para estragar o clima, mas quanto tempo
você e Dalton estiveram juntos?
Wendell ficou sério. Precisando do contato, ele descansou a mão
na de Teague. O homem imediatamente entrelaçou seus dedos. Sabendo
que não havia saída, especialmente depois das ameaças de Dalton, ele
admitiu sua loucura.
—Dalton foi uma noite só. Uma sexta-feira é uma noite, na
verdade.
Um grunhido suave veio de Teague e ele apertou sua mão mais
uma vez. —Então ele é o único que te deu aquele olho roxo.
Depois de assentir uma vez, hesitou. Decidindo se Teague
estava indo embora, seria melhor se fosse mais cedo do que tarde, ele
admitiu; —E estes. — Usando a mão livre, ele deslizou um dedo sob o
punho da camisa e a ergueu o suficiente para revelar a carne machucada
cicatrizando em volta do seu pulso.
Teague grunhiu de novo, o som baixo e mesquinho. —
Desabotoe seus punhos, Wendell. — Ordenou ele, soltando-o.
Wendell fez uma careta. —Por quê? — Mesmo quando ele
questionou Teague, ele encontrou-se obedecendo. Ele desabotoou os
punhos, levantando as mangas para revelar a extensão do dano.
Franzindo a testa, Teague virou o veículo para o estacionamento
do restaurante. Ele estacionou, e desligou o carro. Depois de retirar o
cinto de segurança, se virou e o encarou.
Seus olhos escuros tinham uma seriedade que fez seu coração
saltar uma batida.
—Wendell. — Teague começou, sua voz profunda e quente. Ele
novamente pegou sua mão, segurando-a entre as suas. —O que Dalton
fez para você foi consensual?
Wendell não gostou de pensar naquela noite, mas também não
podia culpar o outro homem. —Eu não vou mentir e dizer que ele me
obrigou ou algo assim. — Ele não conseguia segurar o olhar de Teague,
então ele olhou para as linhas suaves do painel. —Eu concordei em ir
para casa com Dalton. Eu queria sexo, puro e simples. — Movendo seu
foco para seus pulsos, examinou a carne cicatrizando que havia sido
rasgada pelas cordas ásperas que Dalton usou para amarrá-lo. —Eu não
curto ser contido, no entanto. Tentei ir embora quando Dalton começou a
me amarrar, e foi aí que ele me acertou. — Odiou o que ele tinha a dizer
em seguida, mas sabia que precisava ser honesto. —Eu concordei então.
— Ele sussurrou, finalmente encontrando o olhar de Teague. —Eu não
tolero muito bem dor. Eu teria dito qualquer coisa para...
Mordendo de volta um gemido, se afastou de Teague e passou
os braços ao redor de si mesmo. Ele piscou rapidamente, lutando contra
as lágrimas. Quando ele sentiu Teague envolver seus braços ao redor
dele, facilmente puxando-o para perto do banco, quase se perdeu.
—Calma. Calma, Del. — Teague cantarolou, enfiando o rosto em
sua têmpora. —Tudo ficará bem. Eu não vou deixar ele te machucar
nunca mais. — Ele pressionou seus lábios em sua bochecha, em seguida,
o pedaço de pele atrás de sua orelha, enviando um arrepio de um tipo
diferente por sua espinha. —Eu vou mantê-lo seguro. — Então ele
rosnou suavemente enquanto pressionava o nariz contra a dobra do seu
ombro. —E pare ele. Não vou deixar esse babaca machucar ninguém.
Wendell absorveu essas palavras e a força que sentiu nos braços
ao redor dele, o corpo segurando-o. Sua frequência cardíaca começou a
se acalmar. Ele reuniu coragem e virou a cabeça para poder espiar
Teague através dos cílios.
—Co-como você vai fazer isso?
Teague baixou a cabeça e deu um beijo suave nos seus lábios.
—Eu tenho um, bem, ele não é um amigo, na verdade, mas... —
Sacudindo a cabeça, Teague pegou o telefone. —Vamos apenas dizer que
ele tem uma grande antipatia por valentões. Erga seus pulsos, por favor.
Confuso, fez o que lhe foi dito. Ele não comentou quando
Teague tirou uma foto.
—Vire-os.
Obedeceu novamente. Ele não tinha certeza porque ele estava
acreditando em Teague, mas parecia natural. O homem era tão confiante
e... simpático.
—OK. Estou mandando uma mensagem para um sujeito
chamado Jared. — Teague disse a ele. Olhando para o lado dele, ele
acrescentou; —Eu estou apenas dizendo a ele o mínimo e, acredite, ele
não pedirá mais, a menos que seja absolutamente necessário.
Wendell assentiu, e depois que Teague deu a ele um sorriso
tranquilizador, ele mudou seu foco para o telefone de Teague. O homem
não tentou esconder o que ele escreveu quando digitou, embora o
comentário parecesse estranho.
Estas são fotos dos pulsos do meu companheiro. Ele foi abusado
por...
—Você conhece o sobrenome de Dalton? — Teague perguntou.
Sentindo o calor do rosto em um rubor, Wendell sacudiu a
cabeça, admitindo sua ignorância.
—Não se preocupe. Jared vai descobrir. — Teague disse a ele
com confiança, então continuou a digitar.
Um homem chamado Dalton. O imbecil dirige uma placa MSTR
D0M azul-marinho e personalizada. Verificação de antecedentes e muito
mais.
—Eu estaria correto em assumir que você não fez um boletim de
ocorrência? — Teague perguntou, sua voz cheia de compreensão.
Sacudiu a cabeça novamente.
Então Teague bateu enviar.
Confuso, Wendell abriu a boca para perguntar sobre o
comentário do companheiro... depois fechou-o com a mesma rapidez.
Ele achou que era outra palavra para amigo. Afinal, como Teague o
chamaria? Namorado? Encontro? Eles tinham acabado de se conhecer no
dia anterior, então não era como se ele pudesse ser algo mais.
—Hey, você está bem? — Ergueu o olhar para o rosto de
Teague. Suas sobrancelhas escuras estavam franzidas e, pela primeira
vez desde que o conhecera, ele parecia incerto. —Peço desculpas se você
sentir que eu ultrapassei os limites do apropriado. — Teague fez uma
careta. —Acho que deveria ter perguntado primeiro. Eu apenas... —
Seus lábios se torceram em um sorriso irônico. —Sendo o mais velho de
três irmãos, assumir o controle... vem naturalmente.
—Oh, não, tudo bem. — Wendell tranquilizou rapidamente,
embora não tivesse certeza de como se sentia a respeito. Ser mantido
era bom, certo? —Hum, só... Jared é um policial então? Que ele tem
acesso a números de placas e pode executar verificações de
antecedentes?
Teague balançou a cabeça enquanto apontava para o
restaurante. —Você está pronto para entrar?
Seu estômago resmungou de novo e ele riu de si mesmo. —Sim.
— Falar no restaurante com comida seria mais confortável de qualquer
maneira.
Assim que se afastou do veículo, fechou a porta e caminhou
para os fundos, onde Teague o esperava. Para sua surpresa, o encontro
dele pousou a mão na parte inferior das suas costas. A pele das suas
costas parecia como se formigasse onde Teague pressionou a palma
contra ele.
Teague voltou a abrir a porta para ele. Quando Wendell levantou
uma sobrancelha, ele apenas sorriu e encolheu os ombros. Chegando ao
estande do anfitrião, Teague cumprimentou o cara pelo nome.
—Ei, Earl. Eu não sabia que você trabalhava aqui.
O sorriso de Earl pareceu um pouco forçado quando ele
respondeu; —O homem de Thester descobriu que eu sou bissexual. E me
demitiu.
Enrolando o lábio, Teague declarou; —Ele não pode demiti-lo
seriamente por causa disso.
—Claro que essa não foi a razão que ele me deu ou o que ele
colocou na minha papelada de saída. — Earl respondeu, balançando a
cabeça.
Teague balançou a cabeça enquanto acariciava o ombro do loiro.
—Eu sinto muito, cara. Você sabe que a maior parte do bando vai
boicotar ele por essa atitude. — Teague zombou. —Além disso, você era
o melhor vendedor do seu estacionamento. Seu negócio vai sofrer ainda
mais por causa de sua atitude fanática.
Earl parecia encorajado pelas palavras de Teague, seu sorriso se
tornando mais genuíno. —Sim, talvez. — Então ele bateu os nós dos
dedos no pódio. —Você tem uma reserva? Caso contrário, a espera é de
cerca de vinte minutos.
Teague sorriu. —Eu tenho uma reserva. — Ele olhou para
Wendell, chamando a atenção de Earl para ele pela primeira vez. —Mesa
para dois sob o meu nome.
Wendell podia ver a surpresa nos olhos de Earl, mas ele não
disse nada. Em vez disso, ele verificou sua papelada e assentiu. —Me
siga.
Capítulo 6

Teague podia cheirar a confusão e o interesse de Earl, mas, para


seu crédito, não o questionou lá. Ele imaginou que a fábrica de rumores
estaria em movimento rapidamente. Earl não era seu amigo, mas eles
caçaram juntos em corridas do bando. O lobo loiro do homem era rápido
e ágil.
Earl liderou o caminho através do restaurante para um estande
semi-isolado perto da parte de trás, que oferecia um ambiente para um
grande encontro.
Assim que se acomodou em um dos lados, observou Wendell
sentado do outro. Ele alcançou a mesa e pegou sua mão, enroscando
seus dedos juntos. O movimento lhe rendeu um sorriso surpreso de
Wendell.
Quando Earl começou a falar sobre os especiais, Teague
obedientemente voltou sua atenção para o outro shifter lobo. Agradeceu
ao homem e depois voltou seu foco para Wendell. Observou seu
companheiro sorrir e agradecer ao homem, e quando se voltou para
Teague, Wendell apertou sua mão.
—Acho que você pode ter chocado seu amigo. — Comentou
Wendell suavemente, apoiando o outro antebraço na mesa e inclinando-
se para ele. —Isso pode realmente mudar a forma como as pessoas te
tratam. — Sua voz suavizou. —Então você provavelmente deveria ter
certeza.
Teague percebeu que Wendell não estava o avisando. Seu
companheiro doce estava tentando olhar por ele. Ele sorriu quando se
inclinou sobre a mesa e deu um beijo na junta de Wendell.
—Eu não faço nada a menos que eu tenha certeza, Del. —
Querendo trazer um pouco de leveza para o encontro, ele perguntou; —
Então, há quanto tempo você é vegetariano, e por que escolheu uma
churrascaria para nosso encontro?
O Caribou's era conhecido por seus hambúrgueres, mas seus
filés também eram fantásticos.
As sobrancelhas de Wendell se ergueram. —Você sabe que eu
sou vegetariano?
Teague assentiu. —Cecil me disse.
Zombando, Wendell revirou os olhos. —Deveria saber. — Ele
abriu o cardápio e começou a ler os itens. —Ele gosta de me dar merda
sobre isso, mas pelo menos é divertido. — Olhando para cima do seu
cardápio, Wendell encontrou o seu olhar. —Você não se importa?
Encontrando-se confuso com a pergunta, Teague perguntou; —
Você vai ficar ofendido se eu comer um bife na sua frente? — Um grande
bife ao molho de lombo soava fantástico naquele momento, mas se isso
incomodasse seu companheiro, ele dispensária.
—Oh, não! — Wendell sacudiu a cabeça. —Você pode comer o
que quiser, só não me peça para provar.
Teague sorriu. —Justo.
—Sou vegetariano desde os quinze anos. — Revelou Wendell. —
Foi a última gota para o meu pai atleta, que queria que eu seguisse seus
passos e jogasse futebol americano universitário. — Wendell bufou, não
parecendo chateado ao menos quando acenou com a mão livre para si
mesmo. —Você pode imaginar? Eu e futebol? De jeito nenhum. — Rindo,
ele voltou seu foco para o menu. —De qualquer forma, depois de um ano
preparando minhas próprias refeições e me recusando a comer a carne
servida no jantar da família, ele me deu um ultimato. — Wendell
encontrou seu olhar. —Eu aposto que você pode adivinhar o que foi.
Fazendo uma careta, Teague assentiu. —Eu provavelmente
poderia, sim.
Wendell acenou com a mão em um gesto de ir em frente.
Deixando escapar um suspiro, Teague ofereceu; —Coma carne,
seja homem, ou eu vou te renegar.
—Perto o suficiente. — Wendell encolheu os ombros. —Eu fui
morar com meu amigo Nadim e sua família. Eu ainda falo com a minha
mãe ocasionalmente, mas a conversa sempre acaba se tornando ela me
perguntando se eu estou no fim da minha fase.
—Sinto muito. — Murmurou Teague. —Isso é muito ruim. —
Pensando rapidamente, ele tentou chegar a algum tipo de consolo. Em
vez disso, ele deixou escapar: —Sou só eu, meus irmãos e nossos
amigos, mas você será aceito do jeito que é. Somos um grupo bastante
desordeiro. — Lembrando a associação de Wendell com Coby e Richard,
ele acrescentou; —Embora, como você é amigo de Rick, você já deve ter
percebido isso. — Outro pensamento lhe ocorreu. —Por que eu nunca vi
você em algum de seus churrascos?
As bochechas de Wendell ganharam um brilho rosado quando
ele baixou o olhar para o cardápio. Antes que ele pudesse responder, a
garçonete chegou à mesa. Teague reprimiu um gemido quando viu quem
era.
Adaline Rooker.
Por que diabos ele não lembrou que ela trabalhava aqui? Certo.
Assim que ele disse que não, ele a dispensou.
Teague simplesmente não pensara na mulher.
—Oi, Teague. — Adaline sorriu flertando. —Gostei de vê-lo aqui.
— Ela finalmente notou que ele segurava a mão de Wendell, e seus olhos
se estreitaram. —O que eu posso pegar para você?
—Eu gostaria de um copo de uísque single malt. — Declarou
Teague. —O que o seu bar oferece?
—Preciso verificar isso. — O tom de Adaline estava frio.
Teague assentiu, sorrindo suavemente. —Por favor faça.
—E você? — Adaline perguntou, virando-se para Wendell, um
tipo de sorriso profissional curvando seus lábios. —Posso pegar alguma
coisa do bar enquanto eu estiver lá?
Wendell obviamente havia percebido a tensão e se mexeu
desconfortavelmente em seu assento. —Uh, eu gostaria de uma taça de
pinot blanc, por favor.
—Uma garrafa, em vez disso. — Teague instruiu com um
sorriso. —E duas taças.
Os olhos de Adaline se estreitaram, então ela girou e se afastou.
—Eu... — Wendell começou a falar, mas Teague levantou a mão,
parando-o. Abaixando a voz, Wendell inclinou-se para ele e murmurou.
—O que está acontecendo?
—Ela me convidou para sair algumas vezes e eu recusei. —
Teague explicou calmamente. —Eu esqueci que ela trabalha aqui, mas eu
não quero ser servido por ela. — Ele se levantou. —Volto logo.
Depois de dar um beijo rápido nos lábios de Wendell, Teague foi
para frente. Ele não perdeu a surpresa e o rosa manchando as
bochechas do seu companheiro. Teague não tinha ideia de que tipo de
homens Wendell namorara no passado, mas seu companheiro parecia
estar claramente precisando de atenção.
Teague estava mais do que feliz em ser o cara que daria a ele,
na verdade, ansiava por isso.
Chegando à frente, Teague encontrou Earl atrás do suporte. As
sobrancelhas de seu companheiro de bando se levantaram quando ele o
viu. —Ei. Tudo certo?
Balançando a cabeça, Teague perguntou calmamente; —Há uma
mesa vaga que não esteja na seção de Adaline?
—Uh, deixe-me ver. — Earl voltou-se para a papelada no
suporte. Ele olhou para Teague uma vez antes de dizer; —Você se
importa em me contar o problema?
Teague não viu porque não. —Ela me convidou para sair
algumas vezes. Ainda tem em mente que eu direi sim se ela continuar
perguntando. — Fazendo uma careta, ele admitiu. —Na verdade, estou
um pouco preocupado que ela cuspa na minha comida ou na de Wendell
ou faça algo rancoroso.
Earl assentiu. —Droga. — Ele se endireitou e sorriu, virando-se
para encará-lo. —Que coração partido você deve ser.
—Ela não é minha companheira. — Teague murmurou. —Você
sabe como é.
—Eu sei. — Earl deu-lhe um sorriso solidário. —Eu vou colocar
você na seção de Niccolo. Também vou avisá-lo para ficar de olho em
Adaline.
—Eu te devo uma, cara. Obrigado.
Earl riu. —Se eu tiver problemas para cortejar meu próprio
companheiro quando encontrá-lo, saberei a quem pedir ajuda.
Teague riu e deu um tapa no ombro de Earl quando o outro lobo
passou por ele. —Você conseguirá, Earl.
Seguindo Earl de volta a sua mesa, Teague viu que Adaline já
havia retornado. Ela estava debruçada, com as mãos na mesa, e estava
dizendo algo tão suavemente que nem mesmo a audição mais ligeira de
Teague conseguiu captar o que ela disse. Percebendo-os, ela se
endireitou e ofereceu um sorriso calculista.
Dispensando-a, Teague se concentrou em Wendell. Ele observou
o rosto corado de Wendell e seus sentidos registraram o cheiro acre de
vergonha. Estendendo a mão em vista de onde Wendell olhava para a
mesa, Teague mexeu os dedos.
—Vamos, Wendell. — Teague pediu suavemente. —Estamos
trocando de mesa. — Para seu alívio, seu companheiro pegou sua mão e
permitiu que ele o ajudasse a se levantar. Usou o impulso do seu homem
para puxá-lo para perto, de modo que ele pudesse mergulhar a cabeça e
sussurrar em seu ouvido; —Tudo bem?
—Mais tarde.
Teague não gostou da clareza do tom de Wendell, mas ele
deixou passar. Ele voltou sua atenção para Adaline e Earl. —Você vai
enviar a garrafa de vinho para nossa nova mesa, Earl? E não importa o
uísque. — Depois de dar a Wendell um olhar de lado, ele acrescentou —E
você vai dizer ao Niccolo para que inicie o aperitivo recheado de
cogumelos com três queijos. A variedade de abobrinha, não o bacon
coberto. — Teague apertou a mão de Wendell. —Isso funciona para
você?
—S-Sim. — Os lábios de Wendell se contraíram, a tensão
diminuindo. —Obrigado.
Ignorando Adaline, Teague se concentrou em Earl. —Se você
liderar o caminho, Earl.
Earl assentiu e pegou os cardápios da mesa, depois os levou
para o lado oposto do restaurante. —Vamos tentar de novo. —
Estabelecendo os menus na mesa de quatro lugares, Earl acrescentou;
—E eu vou rastrear Niccolo.
—Obrigado. — Teague puxou uma cadeira enquanto se
concentrava em Wendell e inclinou o queixo em direção a ela. —Por
favor?
Wendell apoiou-se na cadeira, enquanto Teague a empurrava
para dentro. Ele então se moveu para a direita e sentou-se ao lado dele,
em vez de ficar em frente a ele. Mais uma vez, Teague pegou a mão de
Wendell, levando-a aos lábios e pressionando um beijo na palma da
mão.
—Sinto muito sobre o drama. — Teague fez uma careta
enquanto segurava o olhar de Wendell. —Eu esqueci completamente que
ela trabalhava aqui, ou eu teria sugerido em algum outro lugar. —
Suspirando, ele decidiu admitir; —Eu acho que provavelmente estava
cego pela minha emoção que você aceitou o meu pedido para um
encontro.
—Eu nunca encontrei uma ex-namorada antes. — Wendell
admitiu, suas bochechas rosadas. —Em um primeiro encontro ou não.
—Ela não é ex. — Argumentou Teague.
Wendell finalmente sorriu, até mesmo rindo baixinho. —Agora
você parece comigo.
Pegando seu significado, Teague riu, assentindo.
—Boa noite, senhores. Eu sou Niccolo e serei seu garçom esta
noite. — Um jovem de cabelos negros apareceu na mesa deles,
chamando atenção. Ele segurava uma garrafa de vinho na mão enquanto
colocava taças na mesa, movendo um na frente de cada um deles.
Niccolo levantou a garrafa. —Quem gostaria de experimentar primeiro?
Teague levantou a mão livre, indicando Wendell.
Niccolo sorriu e balançou a cabeça, depois se concentrou em
estourar a rolha. —Eu não tentei este, ainda. — Disse ele, derramando
um respingo no copo de Wendell. —Isso é bom?
Wendell pegou o copo, girando o líquido nele. Então ele tomou
um pequeno gole. Teague observou seu queixo se movendo, indicando
que ele rolou em torno de sua boca. Depois que ele engoliu, ele bebeu o
resto da amostra.
Sorrindo, Wendell assentiu enquanto engolia novamente. —É
muito bom. Muito suave com um pouco de doce no final. — Ele colocou
sua taça na mesa perto de Niccolo, seu pedido claro.
—Fico feliz em ouvir isso. — Niccolo encheu sua taça, em
seguida, indicou o copo de Teague. Ele deslizou a sua um pouco mais
perto em reconhecimento. —Eu entendo que você já tem um pedido de
cogumelos recheados com três queijos de abobrinha. Vou verificar isso
daqui a pouco. — Niccolo colocou a garrafa sobre a mesa e tirou um
bloco de notas e uma caneta. —Vocês estão prontos para fazer seus
pedidos? Ou ainda precisam de alguns minutos? — Ele olhou entre eles
com expectativa.
Na verdade, Teague nem olhara para o cardápio, mas ele já
tinha ido ao Caribou com frequência suficiente para saber o que queria.
Ele levantou uma sobrancelha enquanto se concentrava em Wendell. —
Você decide. Você já escolheu?
—Sim. Sim eu escolhi.
Wendell pegou seu cardápio, afastando a mão no processo.
Teague deixou-o ir sabendo que era mais fácil abrir a pasta lisa dessa
maneira. Sua consideração lhe rendeu um sorriso caloroso de Wendell, o
olhar tão bonito que fez seu coração acelerar e seu sangue aquecer.
—Vou levar o seu queijo e manicotti de legumes assados, por
favor.
—Excelente escolha. Você gostaria de sopa ou salada com isso?
—Salada, por favor, com molho de mostarda de mel.
Niccolo assentiu, escrevendo rapidamente. Depois de outro
sorriso para Wendell, ele voltou sua atenção para Teague. —E para você
senhor?
—Eu vou com seu lombo com uma batata cozida e legumes.
Uma salada para mim também.
—Também uma refeição deliciosa. — Niccolo murmurou,
assentindo. —Vou entrar no sistema e checar os cogumelos recheados.
Tenho certeza de que eles estarão prontos em breve. — Ele assegurou
antes de virar e ir embora.
Teague se concentrou em Wendell. Dobrando as mãos juntas,
ele apoiou os antebraços na mesa. —Então, acho que estamos quites.
Wendell inclinou a cabeça e franziu as sobrancelhas. —O que
você quer dizer?
Apertando os dedos para evitar alcançar Wendell, explicou; —Eu
tenho que lidar com o seu idiota de uma noite, e você está lidando com a
minha idiota que quer uma noite.
Parando com a taça a meio caminho da boca, Wendell ficou
boquiaberto.
Teague balançou a cabeça, percebendo o quão ridículo isso
soou. Ele recostou-se na cadeira, pegando a taça. Depois de tomar um
gole, colocou de volta e suspirou.
Sorrindo timidamente, tirou sua jaqueta e colocou-a no encosto
da cadeira ao lado dele. Uma vez que ele se sentou novamente em sua
cadeira, ele olhou-se para Wendell. Observou-o tomar outro gole de
vinho.
—Então, isso me fez soar como um idiota? — Teague esfregou a
parte de trás do pescoço enquanto ele advertia; —Posso te lembrar que
eu não estive em um relacionamento em... anos?
O sorriso de Wendell pareceu muito convencido. —Anos? — Ele
ergueu a sobrancelha. —Quantos anos, exatamente?
Teague estremeceu.
Droga. Ele se abriu para isso. Como poderia responder sem
mentir?
Lentamente lambendo os lábios, atormentou seu cérebro. —
Bem, vamos apenas dizer... eu e meus irmãos somos mais velhos do que
parecemos. — Ele hesitou antes de acrescentar; —Espero que namorar
um homem mais velho não seja um problema, meu companheiro. —
Lutando contra o medo de sua escolha de palavras, ele rapidamente
acrescentou; —No entanto, isso também me dá a capacidade de apreciar
uma pessoa especial quando eu corro atrás dela.
Enquanto falava, ele estendeu a mão e passou as costas de seu
dedo indicador sobre a bochecha de Wendell. Seu humano olhou para ele
com os olhos arregalados. Sustentou o olhar de Wendell, lutando contra
os nervos enquanto esperava por uma resposta.
Para o bem ou para o mal, Niccolo chegou com o aperitivo e as
saladas. Ele agradeceu ao garçom e garantiu que eles não precisavam de
nada. Enquanto servia sua salada, ele continuava olhando todo tempo
para Wendell.
Finalmente, quando Wendell mexeu sua salada, ele olhou para
ele através de seus cílios e declarou em voz baixa; —Você está sendo
evasivo de propósito.
Teague assentiu. —Eu estou.
—Você sabe que isso não é bom em um primeiro encontro.
Assentindo, entendendo o aviso de Wendell, Teague deu uma
mordida em sua salada para ganhar tempo. Ele cantarolou apreciativa
mente quando descobriu uma resposta adequada. Levou um momento
comendo em silêncio, usando o tempo para servir os dois os cogumelos
recheados, antes que ele falasse uma resposta viável.
—Nós nos encontramos ontem, Del. — Teague cortou seu
cogumelo ao meio, em seguida, espetou um pedaço com o garfo.
Parando, ele se inclinou para perto de Wendell e murmurou. —Essas são
coisas pessoais e ambos precisamos de um pouco de tempo para
aprender a confiar um no outro. Você pode nos dar isso?
As sobrancelhas de Wendell se levantaram e seus olhos se
arregalaram. —Oh. — Ele pareceu surpreso, mas ele assentiu. —Claro.
Eu não quis dizer... — Esfregando seus dedos indicadores sobre a sua
testa, ele sussurrou. —É só que eu te disse coisas que eu nem sequer
contei aos meus amigos, e você nem vai me dizer a sua idade.
—Prometa não surtar ou me chamar de mentiroso? — A
confiança tinha que começar em algum lugar. Ele comeu o cogumelo no
garfo. Sabores de queijo e legumes estouraram em sua língua. Ele
cantarolou. —Você sabe que eu nunca comi cogumelos recheados assim
antes. — Ele disse a ele. —Sempre teve o bacon coberto, mas estes são
surpreendentes. Melhor que os outros, na verdade.
—Eu acho que estou mais propenso a surtar com as coisas
loucas passando pela minha imaginação agora. — Balançando a cabeça,
Wendell acrescentou; —E eu aposto que eu poderia apresentá-lo a
alguns pratos muito impressionantes que você nunca pensaria na carne.
Vendo as bochechas coradas e o sorriso envergonhado de
Wendell, Teague riu suavemente. —É o suficiente... para ambos os
comentários. — Ele engoliu em seco, depois se inclinou para perto.
Segurando o olhar de Wendell, sussurrou; —Inacreditável ou não, tenho
sessenta e nove anos de idade. Cecil tem sessenta e quatro anos. Eu
faço setenta no mês que vem.
Como Teague esperava, o queixo de Wendell se abriu. Seu
perfume se encheu de amarga descrença. Ele balançou a cabeça.
—Você deveria ter acabado por não me dizer.
Teague suspirou enquanto enchia o garfo com salada. —É por
isso que eu não queria contar a você. Eu sabia que você não acreditaria
em mim. — Algo que Cecil disse no outro dia teve uma ideia se
formando em sua mente. —Você conhece Gracen Robicheaux, certo?
Cecil diz que está trabalhando em seu escritório agora.
Wendell franziu a testa, obviamente confuso com a mudança
aparentemente aleatória, mas assentiu.
Teague cantarolou. —Bem, permita-me a oportunidade de
provar isso para você. Junte-se a mim para uma caminhada no sábado à
tarde. — Teague sabia que isso apenas iria matá-lo ficar longe de
Wendell por três dias, mas ele faria isso. Ele faria isso para que seu
companheiro pudesse lidar com o que ele estava dizendo a ele.
Vou ter que avisar Cecil sobre o que eu compartilhei também.
—Uau, ainda nem chegamos ao prato principal, e você está me
convidando para um segundo encontro.
Sorrindo, Teague ofereceu a Wendell um olhar aquecido. —Isso
é porque eu tenho procurado por você há muito tempo. — Ele hesitou,
depois terminou. —E, para mim, isso está dizendo alguma coisa.
—Se você está sendo sincero.
Odiava que seu companheiro estivesse questionando sua
honestidade, mas ele entendeu de onde se originou. —Claro.
—Então, que tal aliviar o clima, compartilhar algumas coisas
gerais sobre nós mesmos e, depois do jantar, você me leva para casa. —
O sorriso de Wendell pareceu tímido quando acrescentou —Podemos
conversar ao telefone por alguns dias enquanto eu toco na base. Falo a
Rick e Coby sobre você.
Isso satisfez Teague, já que ele sabia que seus companheiros
lobos ajudariam de qualquer maneira possível. —Isso soa grandioso. —
Piscando, ele espetou outro cogumelo quando perguntou. —Então, qual é
a sua música favorita?
Wendell pareceu satisfeito e aliviado ao responder; —Eu gosto
da maioria dos tipos, exceto do heavy metal.
Capítulo 7

Uma vez que Wendell conseguiu deixar de lado as afirmações


perturbadoras de Teague, começou a se divertir. Descobriu que ele
estava aberto à maioria dos tipos de música, mais interessado no enredo
da música em oposição ao seu estilo real. Sentiu o mesmo sobre
programas de TV, filmes e livros.
Teague gravitava em torno dos filmes de ação.
Wendell não ficou surpreso, mas admitiu que os assistia como
colírio para os olhos. Por alguma razão, nos filmes de ação quase sempre
estrelavam homens bonitos. Ou isso ou o cara tinha uma voz sexy ou
sotaque, o que o tornava irresistível, apesar de alguma falha.
Teague riu e assentiu. Seus olhos escuros brilhavam quando
estendeu o braço e apertou sua mão.
—Você está absolutamente certo!
Enquanto Teague pegava a conta, Wendell pediu licença para ir
ao banheiro masculino. Estava terminando no mictório quando notou em
sua visão periférica a abertura da porta principal. Observando o homem
que entrava pelo canto do olho, Wendell sentiu seu pulso disparar... e
não de um jeito bom.
Puta merda!
Fechando rapidamente as calças, Wendell entrou na cabine mais
próxima. Ele viu Dalton indo em sua direção e bateu a porta e trancou-a.
Sabendo que a barreira frágil não o manteria afastado por muito tempo,
pressionou as costas contra a parede e pegou o celular.
Wendell discou o número de Teague, rezando para que ele
pudesse ouvi-lo no barulho do restaurante.
—Del?
Wendell ficou aliviado ao ouvir a resposta confusa de Teague.
Foi de curta duração. Dalton bateu contra a porta, fazendo-o saltar, e
deixou cair o telefone.
—Saia daí agora, Wendell. — Ordenou Dalton. —Faça isso
agora, e eu só vou te punir por sair sexta à noite.
—Vá embora. — Wendell chorou. —Eu não sou seu namorado, e
eu não sou um sub, e você é um idiota!
Em retrospecto, essa última parte provavelmente deveria ter
guardado para si mesmo.
A risada sombria de Dalton causou um arrepio na sua espinha.
—Oh, pet. Vou me divertir tanto corrigindo seus equívocos. —
Suas próximas palavras saíram num grunhido baixo. —Agora abra a
porta, Wendell. Não queira tornar isso pior para você.
—Não, é você quem não quer piorar, Dalton. — Nunca Wendell
ficou tão feliz em ouvir a voz de alguém. —Então, parece que você
queria que eu chamasse a polícia, afinal de contas.
—Eu disse antes que isto não diz respeito a você. — Respondeu
Dalton, a raiva nublando seu tom de voz. O som de seus passos disse a
Wendell que ele estava se afastando da cabine. —Parece que você
precisa de uma lição para ouvir seus superiores, menino.
Depois de sentir os punhos de Dalton, o medo atingiu Wendell.
Ele se virou e destrancou a porta enquanto ouvia Teague rir. O homem
parecia não ter medo, pois afirmava;
—Você tem uma opinião muito confusa de si mesmo, Dalton,
mas traga isso.
Wendell abriu a porta e saiu correndo. O que realmente poderia
fazer para ajudar era um mistério, mas não podia permitir que Teague
enfrentasse Dalton sozinho. Derrapou até parar, observando com
admiração quando Teague bloqueou facilmente o soco de Dalton. Em
seguida, ele agarrou a palma de Dalton com algum tipo de técnica que
forçou seu oponente a flexionar seu pulso, fazendo com que Dalton
gritasse e caísse em um joelho. Dalton tentou se levantar, com um
rosnado furioso, mas Teague apenas pressionou mais forte em sua mão,
forçando-o a descer novamente.
—Você tem muitas dificuldades em ouvir, Dalton. — Declarou
Teague, seus olhos brilhando com malícia. —Wendell está sob minha
proteção. Se você vier atrás dele novamente, verá como os caipiras da
cidade pequena cuidam de um problema.
Dalton arregalou os olhos por um instante, depois estreitou-os
novamente.
—Liberte-me, ou eu vou acusá-lo por agressão.
—Deuses, você é mesmo idiota. — A expressão de Teague se
transformou num leve aborrecimento. —Muito bem. Faremos isso da
maneira mais difícil. — Voltou sua atenção para Wendell, todo o traço de
raiva desaparecendo de seu rosto quando sorriu para ele. —Você
escorregaria atrás de mim e iria para a frente do restaurante? Estou
confiante que encontrará o Detetive Lyle Sullivan por aí agora. Por que
você não vai até ele e o traz aqui?
—Re-Realmente? — Wendell não pôde deixar de fazer a
pergunta mesmo quando começou a andar em direção ao par, tomando
muito cuidado para ficar o mais longe possível de Dalton.
—Mmm-hmmm. — Respondeu Teague. Ele piscou quando lhe
disse; —Você ligou, mas tudo o que ouvi foi a voz e as ameaças deste
idiota. Parecia uma coisa razoável de se fazer.
Wendell não podia imaginar um detetive largando tudo e vindo
se fosse ele a ligar. Teague devia ter muitos amigos! Assentiu e saiu do
banheiro. Podia ouvir as ameaças renovadas de Dalton, e isso fez com
que ele ganhasse velocidade, andando para frente.
Ao chegar ao saguão, Wendell viu o anfitrião conversando com
um homem magro de cabelos castanhos usando jeans e uma jaqueta
preta do tipo blusão. O segundo homem imediatamente virou a cabeça,
olhando para Wendell. Suas narinas se abriram um pouco, e seus olhos
castanhos escuros pareciam brilhar na fraca iluminação do restaurante.
Por um instante, Wendell sentiu como se estivesse olhando para
um predador.
Então o sujeito sorriu, e depois de um leve aceno para Earl,
num movimento de dispensa ou agradecimento, ele deu os dois passos
necessários para fechar a distância entre eles.
—Eu sou o detetive Lyle Sullivan. Recebi uma mensagem
estranha do seu namorado. Está tudo bem?
Wendell pegou a mão de Lyle por instinto, sacudindo-a. Sua
mente cambaleou, chocado com as palavras de Lyle. Teague já o estava
reivindicando como seu namorado? Eles ó tiveram um encontro, dois se
contaram o passeio de carro.
Ainda assim…
—Ei, você está tremendo um pouco, fofura. — Lyle apertou sua
mão, em seguida, gentilmente soltou o aperto de mão. Wendell teria se
sentido envergonhado, mas então o detetive imediatamente envolveu
seu braço ao seu redor e o virou. —Vamos ver se conseguimos encontrar
o Teague, hmm? Eu acho que você precisa ser abraçado pelo seu
homem.
Wendell permitiu que o macho musculoso o guiasse. Ver o rosto
desdenhoso de sua ex-garçonete o tirou de seu estupor.
—Ba-Banheiro… — Wendell limpou a garganta e tentou
novamente. —Teague está no banheiro masculino. Eu fui atacado.
—O quê? — Lyle apertou um pouco a mão, um rosnado em seu
tom. —Teague atacou você?
—Não! — Wendell viu vários clientes olhando em sua direção e
baixou rapidamente a voz. —Não, eu tenho um perseguidor. Teague me
salvou.
Lyle assentiu.
—Tudo bem. Vamos voltar para Teague. Vamos levar seu
perseguidor sob custódia. — Naquele momento, eles conseguiram passar
pelo restaurante e Lyle abriu a porta do banheiro dos homens. —Ei,
Teague. Tendo as mãos cheias, eu vejo.
Wendell ficou boquiaberto.
Durante o tempo em que ele estava buscando Lyle, Teague de
alguma forma manobrou Dalton a seus pés e pressionou o peito de seu
agressor contra a parede. Teague retirou o cinto e usou-o para amarrar
as mãos de Dalton nas costas. Ele tinha uma mão segurando o cinto, e o
antebraço de sua outra mão estava pressionado sobre as omoplatas do
homem, mantendo-o no lugar.
Dalton ainda enrolou o lábio e o ódio encheu seus olhos. Assim
que ele viu Wendell e Lyle, ele declarou; —É melhor você ser um policial.
—Eu sou. — Confirmou Lyle, soltando Wendell. Ele puxou o lado
direito de seu blusão para longe de seu quadril, revelando um distintivo.
—Eu sou o detetive Lyle Sullivan e...
—Bom. — Dalton interrompeu. —Eu quero fazer acusações
contra este homem. Ele me agrediu.
Teague bufou e revirou os olhos enquanto soltava Dalton. O
desconforto atingiu Wendell quando viu Lyle tomar o lugar de seu
namorado e pegar o cinturão. Enquanto Teague passava os braços em
volta de Wendell e pressionava um beijo em sua têmpora, Lyle
desembrulhou o cinto e entregou-o a Teague. Wendell olhou para
Teague, mas ele não pareceu preocupado, já que devolveu-o
rapidamente à cintura.
Dalton continuou falando.
—Eu vim aqui para conversar com meu namorado. Nós tivemos
um desentendimento, e esse homem me atacou. Eu-ei!
Lyle não permitiu que Dalton se movesse muito, substituindo o
cinto por um conjunto de algemas.
—Que diabos está fazendo? Vou ter seu crachá para isso. Eu
vou…
—Você parece estar um pouco confuso sobre o que está
acontecendo agora. — Lyle finalmente disse, cortando Dalton no meio do
caminho. —Eu sei que você está soltando um monte de besteiras, e nós
não gostamos disso por aqui. — Ele sorriu largamente para Teague e
Wendell quando começou a empurrar um Dalton se contorcendo para
fora do banheiro. —Onde você quer que eu envie Grady para tomar suas
declarações?
Teague segurou o queixo de Wendell, chamando sua atenção.
—Você gostaria que eu te levasse para casa? — Ele gentilmente
esfregou o polegar sobre sua bochecha enquanto o olhava, uma luz
quente em seus olhos castanhos. —Se você se sentir mais seguro, é
bem-vindo para voltar para casa comigo. Eu moro com meus irmãos e
seus maridos. É um pouco turbulento às vezes, mas você estaria
completamente seguro.
Wendell abriu a boca, depois fechou de novo, a incerteza
enchendo-o. Se ele fosse para casa, estaria sozinho. O que aconteceria
quando Dalton pagasse a fiança? Mas certamente Teague não queria que
ele ficasse em seu lugar por vários dias, queria?
E a coisa da idade estranha que ele alegou?
—E eu, hum. — Wendell hesitou.
Lyle riu, acariciando Wendell no ombro quando passou por eles.
—Só me mande uma mensagem, e eu vou deixar Grady saber.
— Depois das palavras de despedida, ele saiu, de alguma maneira
facilmente manobrando o homem maior.
Wendell não tinha ideia de como o detetive conseguiu.
—Eu tenho uma confissão a fazer, Del. — Teague sussurrou,
redesenhando sua atenção. —Eu adoraria ter você comigo, para abraçá-
lo e confortá-lo na segurança da minha casa. — Ele pressionou os lábios
em Wendell numa carícia suave antes de levantar a cabeça e
acrescentar; —No entanto, eu entendo se isso não o deixa á vontade. Se
você quiser ir para casa, vou mantê-lo a salvo lá também.
—Eu…
Wendell começou novamente. Parte dele queria aceitar a oferta
de Teague, mas sua afirmação sobre sua idade ainda flutuava no fundo
de sua mente. Ele era bom demais para ser verdade? A sua parte mais
cautelosa avisou-o que talvez fosse uma desculpa para afastá-lo de
todos para mantê-lo cativo, assim como Dalton.
Como posso confiar nele?
Mas ele era o irmão de Cecil, e embora o homem fosse um
pouco excêntrico, era um cara amigável.
—Cecil vai estar lá?
Teague assentiu.
—Sim, Cecil vai estar lá. — Assegurou, segurando o olhar. —Na
verdade, se você quiser, posso pedir ao seu amigo Rick e ao seu marido,
Coby, para ir lá também.
—Sério? — Wendell sentiu a tensão começar a aliviar de seus
ombros. Por que ele não pensou nisso? —Gostaria disso.
O sorriso de Teague iluminou seus traços.
—Parece fantástico. — Mergulhando a cabeça, ele deu um beijo
na boca de Wendell. —Vamos para sua casa, para que você possa pegar
algumas coisas. Enquanto você estiver fazendo isso, vou ligar para Coby
e Grady.
Wendell assentiu, e quando Teague soltou sua mandíbula e usou
o aperto em torno de sua cintura para girá-lo, não lutou contra ele. Fazia
muito tempo desde que se sentiu fora de controle, e se encontrar com
seu amigo, mesmo se na casa de Teague, tinha muito fascínio. Deveria
ligar para ele imediatamente.
Com esse pensamento em mente, Wendell pegou o telefone...
mas não estava lá.
—Oh espere. Meu telefone. — Wendell virou-se e dirigiu-se para
a cabine em que ele estava se escondendo. —Deixei-o cair.
Agachando-se, Wendell viu-o perto da parede dos fundos. Ele se
encolheu quando se abaixou até o joelho, depois pressionou o ombro
contra a parede de metal para evitar tocar no vaso sanitário. Estendendo
a mão, conseguiu colocar os dedos no telefone e abaixar-se o suficiente
para pegá-lo.
Wendell ficou de pé rapidamente, com muita rapidez, de fato,
batendo a parte de trás do seu ombro no distribuidor de papel higiênico.
Assobiando, se virou de lado, e teria caído direto no banheiro, se não
fosse um par de mãos grandes agarrando seu torso. Com o rosto
ardendo de vergonha, Wendell deu a Teague um sorriso tímido.
—Obrigado.
Quantas vezes Teague o salvara agora, nunca pedindo nada em
troca?
E eu ainda não confio nele?
—Cuidado. — Teague murmurou, ajudando-o a se levantar. —
Você está machucado?
Wendell sacudiu a cabeça, estendendo a mão esquerda para
esfregar a omoplata. Então ele estremeceu.
—Hum, provavelmente vai ficar negro. — Fazendo uma careta,
ele admitiu; —Não é preciso muito para me machucar.
Teague assentiu. —ós poderíamos colocar um pouco de loção ou
creme quando chegarmos a minha casa. Talvez isso ajude. — Enquanto
ele falava, soltou Wendell e foi até o dispensador de toalhas de papel,
puxando várias. Então umedeceu-as com um pouco de água e estendeu
a mão. —Eu vou limpar isso para você.
Assentindo, Wendell entregou o telefone, depois foi até a pia e
lavou as mãos. Depois de secá-las, pegou de volta o celular.
Teague pegou a mão de Wendell, depois saiu do banheiro dos
homens.
Para alívio de Wendell, não viu Adaline novamente, e ninguém
os olhou duas vezes. Finalmente fora do restaurante, viu que a noite
tinha caído, lâmpadas no teto iluminando a área de estacionamento. Por
alguma razão, seus cabelos da nuca estavam em pé, e ele não pôde
deixar de procurar nas sombras.
—Tudo certo?
Olhando para Teague, Wendell assentiu novamente.
—Sim, apenas... sinto como se tivesse alguém nos vigiando —
Ele admitiu.
Para surpresa de Wendell, Teague deu à área ao redor deles um
olhar lento e completo. Seus olhos se estreitaram por um instante
enquanto olhava na direção do canto sul do edifício. Cantarolando ele
franziu o cenho.
—Você está certo, mas eles se abaixaram para o lado muito
rápido para eu ver quem era. — Teague se concentrou nele. —Você quer
que eu dê uma olhada? — Ele apontou para o seu veículo. —Você pode
sentar e esperar.
Wendell realmente não queria ficar sozinho naquele momento.
—Não. Não, tenho certeza de que não é nada.
Teague passou um olhar penetrante pelo rosto de Wendell.
Então baixou a cabeça e acariciou sua têmpora.
—Você poderá relaxar em breve, Del. — Ele sussurrou
suavemente antes de pressionar um beijo no pescoço de Wendell.
Endireitando-se, deu-lhe um sorriso. —Vamos.
Depois de abrir a porta, Teague recuou e instigou Wendell a
entrar.
Wendell sentou no banco e afivelou o cinto de segurança. Ele
olhou bem a tempo de assistir Teague fechar a porta e depois voltar seu
foco para o lado sul do edifício. Suas sobrancelhas franziram numa
careta quando inclinou a cabeça, seu torso se expandindo como se ele
respirasse fundo.
Isso era estranho. O detetive não fez algo semelhante no
restaurante?
Então Teague contornou o capô do seu Streamliner e subiu ao
volante. Ele afivelou o cinto e ligou o carro. Estendendo a mão, Teague
pegou a mão de Wendell e apertou.
—Se você tiver um calção deve trazê-lo. Eu tenho uma banheira
de hidromassagem. — Teague disse a ele, piscando. —Aposto que seria
uma maneira fantástica de relaxar.
Wendell assentiu. —Sim.
Quando Teague o levou para casa para pegar algumas coisas,
Wendell ainda sentia que estava perdendo alguma coisa.
Capítulo 8

Embora Teague não gostasse de como isso aconteceu, adorou o


fato de levar Wendell para casa com ele. Seu lobo estava inquieto e
irritado e sabia que levar seu companheiro para a segurança de sua
casa, seu território, por assim dizer o acalmaria. Ele esperava que isso
lhe desse a oportunidade de compartilhar mais o lado físico também.
Teague apertou os dedos no volante, lutando contra sua vontade
de esfregar a mão na coxa de Wendell, para explorar o músculo magro
que ele sabia que estava escondido sob o tecido.
Paciência.
Cheirando o tom amargo dos nervos de Wendell, Teague sabia
que precisava descobrir uma maneira de relaxar seu companheiro,
primeiro.
Teague parou em frente à casa de Wendell, estacionando atrás
do seu hatch.
—Você se sentiria mais confortável seguindo-me para a minha
casa? — Ele perguntou, uma ideia se formando. Ele piscou, dizendo; —
Por mais que eu não me importe em levá-lo, ter seu próprio carro pode
fazer você se sentir melhor.
Wendell olhou para ele de olhos arregalados por alguns
segundos, depois um sorriso curvou seus lábios.
—Sim, obrigado. — Abriu a porta, em seguida, parou, olhando
para Teague para dizer; —Essa é realmente uma boa ideia.
Feliz por ter feito Wendell feliz, Teague já podia perceber a
diferença em seu cheiro, ele o seguiu para fora do seu carro e para sua
casa. Parou no foyer, inalando lentamente enquanto observava a
decoração eclética e vibrante. O sofá de Wendell estava quase coberto
por uma infinidade de almofads coloridas, e tinha uma colcha de retalhos
sobre as costas e nenhuma de suas paredes era pintada da mesma cor.
Na verdade, Teague apostou que poderia segurar uma almofada e
combiná-la com uma das paredes. Havia fotos de homens seminus com
asas, provavelmente representando anjos ou demônios, alguns até em
posições que pareciam inequivocamente como orgias.
Teague não conseguiu esconder sua surpresa pela exibição
sensual, pensando que era uma representação infernal da beleza
masculina.
A melhor parte, no entanto, foi o fato de que o cheiro de
Wendell permeava o espaço. Entre o colírio para os olhos e o aroma de
seu companheiro, a excitação subiu por seu corpo. Ele nem se
incomodou em lutar contra seu zumbido apreciativo.
—Você quer um pouco de água enquanto espera ou... — A voz
de Wendell parou, e ele olhou ao redor da sala. —Provavelmente não é o
tipo de decoração que você está acostumado, hein?
Teague imediatamente sacudiu a cabeça. Vendo o rubor de
Wendell, ouvindo-o limpar a garganta, percebeu que seu companheiro o
entendeu mal.
—Oh, meu doce Wendell. — Ele se aproximou de um lindo anjo
reclinado numa otomana, apenas um cobertor cobrindo sua virilha para
esconder sua nudez. —Estes são… — Teague zombou, sentindo suas
bochechas esquentar e seu corpo também. Ele sorriu para Wendell. —
Não, não estou acostumado, mas ficaria feliz em mudar. Eu
definitivamente poderia me ver pendurando algo assim no meu quarto.
—Oferecendo um sorriso perverso, ele acrescentou; —Especialmente se
você estiver lá para aproveitar isso comigo.
Wendell lambeu os lábios enquanto o cheiro de sua excitação
perfumava a área.
—Eu tenho a mesma foto no meu quarto. — Ele sussurrou. —Só
que sem o cobertor.
Teague gemeu e apertou o calcanhar de sua mão em sua virilha,
expressando sua aprovação sem palavras.
—Deuses, eu adoraria ver isso. — Vendo o rubor de Wendell e o
jeito que a língua dele escorregou para molhar os lábios, Teague sentiu
seu controle desvanecer. —Bom Deus, você é sexy, Del. — Ele recuou
um passo e levantou o telefone. —Vou fazer essas ligações enquanto
você pega o que precisa. — Passou o olhar pelos belos traços de Wendell
mais uma vez antes de ronronar roucamente; —Caso contrário,
poderíamos ser interrompidos por Grady tentando nos localizar.
Com o queixo caído em choque, Wendell ficou olhando para ele
com os olhos arregalados.
Gemendo novamente, Teague recuou mais uma vez.
—Foda. — Girando, ele fugiu da casa enquanto arrepios
estalavam em sua pele.
—Puta merda. — Teague murmurou para si mesmo enquanto
descia a escada, discando o número de Grady. —Droga, o puxar de
companheiro funciona rápido.
Só conhecia Wendell há dois dias e já temia que saltasse nos
ossos do seu cônjuge se recebesse a menor indicação de permissão de
seu homem.
—Sim, é verdade. — Grady respondeu, chamando a atenção de
Teague e revelando que ele ouviu o seu comentário. Com diversão clara
em seu tom, ele continuou; —Ouvi dizer que os parabéns estão em
ordem. Bom para você.
—Preciso explicar tudo primeiro, mas obrigado. Pelo menos eu o
convenci a voltar para casa comigo. — Não podia esperar pelo dia em
que Wendell estaria em sua casa permanentemente, mas pegaria o que
pudesse. Talvez tivesse sorte e o convencesse a ficar depois que Dalton
fosse tratado. —Você pode pegar nossas declarações lá?
—Claro que sim — Grady concordou. —Qual é a história com
esse idiota, afinal? — Seu tom endureceu num baixo resmungar. —Lyle
me disse que o endereço em sua licença é de Colin City, e o homem não
está falando a não ser para reclamar do telefonema dele.
—Ele foi de uma noite que ficou fora de controle. Agora ele é um
perseguidor.
Foi a sua vez de rosnar, a mão livre apertando enquanto ele
pensava em alguém tocando Wendell. Foi necessário todo o seu
autocontrole para impedir-se de arrancar membro a membro do homem
no banheiro do restaurante. Especialmente desde que Dalton não calava
a boca sobre como Wendell era dele e nada o poderia impedir de levá-lo
de volta.
—Droga, cara. Há quanto tempo foi isso?
Teague virou as costas para o carro, apoiando-se no para-
choque. Olhando para a casa, ele rosnou baixo em sua garganta.
—Noite de sexta-feira.
—Ele estava fugindo ou algo assim? — Grady soltou um suspiro.
—Como você lida com isso?
A menos de uma semana antes, Wendell havia sido tocado por
outro. Teague tinha que ficar lembrando a si mesmo que isso tinha
acontecido antes de se conhecerem. Na verdade, as marcas deixadas
pelo bastardo eram a razão pela qual eles se conheceram.
Soltou um suspiro através dos lábios franzidos quando admitiu;
—Não é fácil. Eu continuo me lembrando de que foi antes de nos
conhecermos. — Rosnando, ele balançou a cabeça. —Deuses, ele esteve
debaixo do meu nariz por anos. Como é que eu não percebi? Como eu
não o senti?
—Não cabe a você decidir o tempo do destino. — Grady
respondeu, sua voz se transformando num ronco suave, tentando
provavelmente acalmá-lo. —De qualquer forma, vou te ver em breve.
Quer que eu traga Gordon? Wendell precisa de alguém para conversar?
Teague hesitou por alguns segundos, depois percebeu que não
faria mal.
—Eu não sei se ele vai falar ou não, mas não pode machucar. —
Olhando para a lua crescente, percebeu a quão tarde estava aparecendo.
—Se não for muito problema, de qualquer maneira.
—Não se preocupe. Nós dois estaremos lá.
Grady desligou a linha e Teague discou outro número. Tocou
tantas vezes que ele se perguntou se Coby iria atender. Quando foi para
o correio de voz, Teague desligou e ligou uma segunda vez. Depois do
mesmo resultado, ele rosnou baixo em sua garganta enquanto tentava
mais uma vez.
—Vamos lá, seu bastardo. — Teague assobiou. —Pegue o
maldito telefone.
—Porra do inferno, Teague. — Coby entrou na linha. —O que
diabos é tão importante?
Teague fez uma careta quando voltou seu foco para a porta de
abertura.
—Wendell é meu companheiro. Eu sei que Rick é um bom amigo
dele.
—Wendell Burgeon?
—Sim.
—Parabéns, cara. — Coby gemeu antes de sussurrar baixinho;
—Rick. Porra bebê. Sim, é assim mesmo.
Teague sentiu o calor do rosto ao perceber que, o que quer que
ele tivesse interrompido, não havia parado o par.
—Apresse-se e termine, então traga-o para a minha casa.
Wendell tem um perseguidor e preciso que Rick me ajude.
Coby ofegou duramente no telefone por alguns segundos,
fazendo Teague pensar que seu amigo não estava mais escutando.
Rangendo os dentes, ele começou a abaixar o telefone e ouviu; —Sim,
claro. Estarei lá em breve. Awww, deuses, me montem!
Desconectando a ligação, Teague balançou a cabeça. Seu pênis
doía quando observou Wendell se aproximar, uma bolsa pendurada no
ombro dele. Admirando o modo como a forma forte do seu companheiro
se movia, ele se perguntou como seria ter seu corpo magro saltando em
seu pênis.
Gemeu quando enfiou o celular no bolso da jaqueta.
—Tudo bem? — Perguntou Wendell, evidentemente, ao ouvi-lo.
Suas sobrancelhas estavam franzidas e ele parou ao seu lado. —O que
está errado?
Sentindo uma nova infusão do inebriante e masculino perfume
de Wendell, assobiou e pressionou o calcanhar de sua palma contra a
base da sua ereção envolta em jeans. Ele observou o foco do seu
companheiro cair para sua virilha, e viu seus olhos se arregalarem.
Quando Wendell voltou seu olhar para seu rosto, encontrando seus
olhos, viu a luxúria girando em suas profundezas.
Gemendo de novo, afastou o olhar da expressão faminta de
Wendell. Ele sabia que precisava explicar, mas encontrar sua língua era
quase impossível.
—Eu interrompi Coby e Rick. Ouvi-os, foda!
Seu pau latejava com seus pensamentos e ele rangeu os
dentes. Soltando um suspiro, se concentrou em Wendell.
—Ouvi-os foder e pensei em nós dois. — Fechou a boca quando
desviou o olhar novamente.
—Uau. — Wendell sussurrou, sua voz rouca. —A ideia de nós
juntos deixa você assim tão aceso?
Mais do que disposto a admitir isso, deu um aceno de cabeça.
—Sim. Oh sim. — Olhando para Wendell, Teague observou seu
humano roer seu lábio inferior.
Wendell olhou para ele por baixo de seus cílios quando ordenou;
—Entre no carro, Teague.
Teague engoliu em seco e assentiu.
—Ce-certo. — Ele sussurrou. —Nós devemos ir.
Embora doesse mover-se, sabia que Wendell estava certo. Não
havia muito que pudesse fazer sobre seu tesão, e precisava colocar seu
companheiro num lugar seguro. Além disso, o que esperava? Que
Wendell o levasse de volta para dentro e o deixasse fodê-lo?
Seu coração bateu em seu peito com essa ideia. Deuses, seria
tão bom. Abrindo a porta, descartou o pensamento.
Curvar-se e deslizar para dentro do veículo aumentou a pressão
em sua ereção latejante. Ele agarrou o volante e se concentrou em
acalmar seu pulso acelerado. Com a fragrância masculina e ligeiramente
doce de Wendell, um aroma misturado com excitação ocupando o
espaço, achou muito difícil.
—Teague.
Ouvindo Wendell sussurrar seu nome, voltou sua atenção para a
direita, surpreso ao ver Wendell sentado ao lado dele. Ele não deveria
estar em seu próprio carro? Ainda assim, não soltou o volante por medo
de que pegasse seu companheiro e... ele não tinha certeza. Também
levou um segundo para encontrar sua língua.
—Só me dê um segundo.
Sentiu a almofada do assento do banco afundar ao seu lado.
Olhando fixamente, viu Wendell ajoelhado ao seu lado. Ele ostentava
uma expressão luxuriosa, um calor faminto enchendo seus olhos azuis.
—Wendell? — Sempre negaria o gemido em sua voz.
Com seus lábios se curvando num sorriso largo, Wendell
perguntou; —Você sabe uma das coisas que eu acho fantástica sobre
esses carros clássicos?
Com o sangue correndo em suas veias, Teague mal podia arfar;
—Oo quê?
—Estes bancos oferecem muito espaço. — Wendell pousou uma
das mãos no ombro de Teague e colocou a outra na sua coxa. —E notei
suas janelas levemente escurecidas. Ninguém pode vê-lo à noite, a
menos que use uma lanterna.
Tremendo sob o toque de Wendell, sentiu os abdominais se
apertarem e sua coxa tremeu. Os pêlos do ombro estavam em pé,
provocando arrepios no torso. Seus mamilos frisados.
—O que você está…
—Eu também estou duro como uma rocha. — Revelou Wendell,
com a voz rouca. —Não tenho certeza de como isso é possível depois de
tudo... — Seu rosto ficou vermelho e ele mordiscou o lábio inferior. —Eu
certamente adoraria se nos ajudássemos com o nosso problema.
Teague sentiu a mão de Wendell apertar sua perna. Ao mesmo
tempo, ele segurou seu ombro e puxou em sua direção. Incapaz de
resistir ao toque doce do seu companheiro, foi com ele. Logo se viu
esparramado no banco, com a perna esquerda erguida, o pé na almofada
e a direita ainda no chão.
Ofegando baixinho, olhou para Wendell, que estava sentado em
seu quadril. Ele estava empoleirado na beira da almofada no meio.
Sorrindo para ele, Wendell esfregou a coxa com a mão direita, enquanto
deslizava a mão esquerda sob o seu abdomen e o peitoral.
—Wendell?
—Você deve me dizer agora, se não quer isso, Teague. —
Wendell murmurou com voz rouca. Ele descansou a mão esquerda na
almofada e se inclinou, seus olhos azuis brilhando ao luar. —Se você não
disser nada. — Ele raspou as pontas dos dedos na virilha de Teague,
acariciando sua ereção através do tecido. —Eu vou abrir sua calça jeans
e chupar seu pau.
Sentiu sua respiração falhar, seu coração trovejando e seu pulso
disparou. Ele empurrou seus quadris, instintivamente procurando por
mais pressão.
Wendell deu a ele, segurando-o, pressionando e esfregando.
Seu pau pulsou e suas bolas rolaram. Ele abriu os joelhos,
procurando por mais espaço que simplesmente não estava lá.
Arqueando, estremeceu.
—Diga que é um sim, Teague. — Wendell sussurrou em seu
ouvido enquanto aliviava a pressão que aplicava com a mão. —Eu
preciso das palavras.
Abrindo as pálpebras que não percebeu que tinha fechado,
olhou para seu companheiro.
—Você pode fazer qualquer maldita coisa para mim que queira,
meu companheiro. — Seu cérebro para filtro de boca se foi, e ele agiu
por instinto. —Eu sou seu. — Vendo Wendell franzir a testa enrugando as
sobrancelhas e começando a endireitar-se, agarrou seu braço, mantendo
a ação. —Também quero agradar você. Ensina-me?
Os lábios de Wendell se separaram e seus olhos azuis se
dilataram. Um tremor passou por ele.
—O-Okay.
Antecipação surgiu através dele, e quase se sentou. Então
sentiu os dedos de Wendell na fivela do cinto e olhou para baixo. Os
dedos delgados do seu companheiro habilmente abriram sua fivela,
depois o botão. Parecia que os dentes do seu zíper se separavam por
vontade própria quando seu pau dolorido subiu entre as abas.
—Oh. — A exclamação de Wendell chamou sua atenção para seu
rosto. Seus olhos estavam arregalados e ele lambeu o lábio inferior. —
Sem cueca.
Não usar roupa íntima era uma coisa normal para um shifter.
Quanto menos roupas para remover, mais fácil era trocar de forma.
Vendo o brilho faminto nos olhos de Wendell e a maneira como ele
lambeu os lábios, percebeu que seu humano não se importava.
—Nu-nunca as vesti. — Admitiu Teague, mesmo quando sentiu
seu pau se contrair. —Muito confinante.
A risada de Wendell saiu rouca.
—Com um tesouro como este escondido, eu concordo
totalmente. — Ele passou a ponta dos dedos sobre a coroa exposta,
puxando um suspiro dele, em seguida, traçou as almofadas de seus
dedos indicadores para baixo... e para baixo. Seu toque parou na
metade do caminho. —Levante seus quadris. — Ele ordenou.
Imediatamente concordou, ansioso por mais do toque
requintado de Wendell. Sentindo seu companheiro abaixar seu zíper até
o fim, em seguida, empurrar seu jeans para baixo um pouco, ele gemeu
rudemente enquanto a pressão sobre suas bolas diminuía. Ele fez o
melhor que pôde para abrir mais as suas pernas, lutando contra o tecido
que o restringia.
—Você disse que nunca esteve com um cara antes? —
Perguntou Wendell, envolvendo os dedos em volta do seu pau. Seu
agarre estava solto, quase provocante, exceto pelo modo como o dedo
indicador trabalhava a pele enrugada sob a ponta. Parecia a melhor
massagem que já experimentara.
Na pergunta de Wendell, rapidamente sacudiu a cabeça. Ele não
tinha certeza de onde olhar a expressão corada do seu novo amante ou
onde ele segurava sua ereção. Seu foco se estabeleceu em sua virilha,
porque assistir seu companheiro tocá-lo era simplesmente sexy pra
caralho.
—E você quer aprender como me agradar?
Olhando para o rosto de Wendell, tentou se concentrar. Seu
companheiro o apertou naquele instante e seu corpo ficou em chamas.
Com sua cabeça nadando e sua necessidade por muito tempo negada,
ele não conseguiu parar.
Gemeu baixo em sua garganta, sussurrando o nome de seu
companheiro, quando seu orgasmo subia através dele. Seus sentidos
nublaram e arrepios sacudiram seu corpo. Endorfinas correram através
do seu sistema, e ele soltou um grunhido gutural baixo enquanto seu
pau espirrava repetidamente.
Todo o tempo, sentiu a mão de Wendell em seu pau. Mesmo
após a felicidade do seu orgasmo liberar a névoa que cobria seus
sentidos, seu companheiro continuou a acariciar seu pau. Ele não
amoleceu.
—Meu Deus. Isso foi... lindo.
Abrindo os olhos, olhou para Wendell. Ele observou o rosto
corado do seu belo homem, seu lábio inferior ligeiramente inchado
dizendo-lhe que seu companheiro estava mordiscando-o, e com uma
rápida varredura de seu olhar para baixo do seu corpo, seu pau inchado.
Mesmo sabendo que tinha disparado como um foguete de garrafa com
apenas um toque, sentiu uma onda de excitação que fez seu sangue
rugir em suas veias.
Ele também queria desesperadamente fazer um pequeno toque
em si mesmo.
Se abaixou e agarrou o pulso de Wendell, mantendo sua ação.
Rolando no assento, o movimento de seu quadril empurrou seu
companheiro de seu precário poleiro na borda do assento. Esgueirando o
outro braço, envolveu-o pela cintura de Wendell e o puxou para perto,
salvando-o de uma queda.
Com uma manobra rápida e algum esforço de sua caixa de
câmbio, fez Wendell se estender ao longo do assento com ele e se
manteve firme com o braço sob o torso e a outra mão no quadril.

Capítulo 9

Wendell segurou o braço de Teague com a mão direita. Seu


outro braço estava meio preso sob o corpo do homem maior.
Descansando o pé direito no chão sob o volante, Wendell se sentiu
desequilibrado, masele manteve-o firme, segurando-o.
Ele olhou para Teague. Por uma fração de segundo, ele temeu o
pior... que o homem enorme estivesse pirando e prestes a ficar
agressivo. Essa ideia foi banida um instante depois, quando ele viu a
fome feroz dificilmente banida pelo que parecia ser um orgasmo muito
contido e sacudido pelo corpo.
Sentindo o pau duro pressionando contra seu quadril, percebeu
que Teague nem tinha se suavizado.
Puta merda! Teague ainda está excitado... por mim!
Uma vertiginosa sensação de orgulho o encheu como uma
necessidade trêmula de sua própria respiração.
—Oh, Del. — Teague roncou, dando-lhe um sorriso feroz. —
Agora é a sua vez de tirar a vantagem. — Ele baixou a cabeça,
pressionando o nariz na dobra do ombro e inalou ruidosamente. Então
Teague soltou um profundo gemido. —Deuses, você cheira delicioso em
sua necessidade. Diga-me como te agradar. Posso chupar seu pau?
Ao ouvir a pergunta implícita de Teague, ficou boquiaberto. Sua
mente cambaleou. Ele realmente ouvira o que ele achava que ouvira?
Teague levantou a cabeça e olhou para ele. Ele esfregou a mão
esquerda para cima e para baixo do seu lado. Seu toque era gentil, as
pontas dos dedos deslizando sobre sua camisa, criando uma profusão de
formigamentos que dançavam em sua pele.
—Eu nunca fiz isso antes, mas tenho certeza de que posso
aprender.
Percebendo que ele ficou quieto por muito tempo, Teague
continuou a acariciar, fazendo com que seus mamilos se cripassem, não
ajudou muito, conseguiu encontrar sua língua.
—Eu, se você quiser me chupar, você pode.
Observou os lábios de Teague se curvarem. Seus olhos se
iluminaram como se ele tivesse recebido o melhor presente de todos os
tempos. Ele empurrou para cima, descansando seu peso no cotovelo
direito. Ao mesmo tempo, ele usou a mão esquerda no seu quadril
direito para puxá-lo mais profundamente sobre a almofada.
Teague passou as pontas dos dedos pela cintura da calça jeans
até a braguilha. Ele abriu o botão e depois baixou o zíper. Finalmente,
ele hesitou.
Enquanto Teague olhava para sua virilha, notou a pontada de
apreensão em seu olhar.
—Ei. — Levantou as mãos, empurrando a esquerda entre a
almofada de trás e o torso de Teague para que ele pudesse embalar suas
costas. Ele usou a outra palma para segurar o queixo do grande homem,
atraindo o olhar dele. —Você não tem que fazer isso se você não quiser.
— Pensando rapidamente ele disse; —Eu poderia apenas abrir minhas
calças e me masturbar enquanto você me beija. — Olhou para Teague
por baixo de seus cílios quando ele admitiu; —Eu amo o jeito que você
me beija.
Teague lambeu os lábios e sorriu. —Eu amo beijar você, então
isso funciona muito bem. — Seu rosto ficou vermelho quando ele olhou
novamente para a virilha de Wendell. —Eu só, hum. — Suas bochechas
assumiram um tom rosado, perceptível mesmo no escuro. —Eu não
queria fazer errado, o-ou machucar você.
—Faça o que quiser quando estiver se masturbando. —
Respondeu Wendell. —Você não pode errar. — Pausando, ele
acrescentou; —A menos que você esteja com dor. Eu não estou.
—Eu também não. — Teague respondeu rapidamente.
Abaixando a cabeça, ele começou a dar beijos ao longo de sua
mandíbula. —Apenas me diga o que você quer mudar.
Assentiu ansiosamente. Com a mão de Teague pairando sobre
sua virilha e sentindo seu hálito quente ao longo da sua pele, ele teria
concordado com qualquer coisa. Finalmente, ele sentiu Teague abaixar a
mão para o estômago, deslizando-a sob o jeans.
—Devo diminuir isso? — Teague perguntou baixinho enquanto
envolvia seus dedos ao redor do seu pau e começava um ritmo leve. Sua
respiração quente percorreu os pelos sensíveis da sua nuca. —Ou está
tudo bem?
Gemeu e tremeu, usando o pé que tinha na tábua do assoalho
para levantar os quadris. —O-Oh. — Ele murmurou, ofegante, ofegante.
—Não importa. Apenas mais rápido.
Teague assentiu e obedeceu. Ele apertou os dedos e acelerou
seus movimentos. Ao mesmo tempo, ele envolveu seu queixo ao redor
da ponta do seu ombro, onde ele encontrou seu pescoço e chupou... com
força.
Ofegando, as sensações combinadas causando uma profusão de
formigamento do pescoço até as coxas, estremeceu e gemeu. Teague
rosnou, o barulho vibrando na carne do seu pescoço. A maneira como os
pelos da nuca o deixavam gemer, ele inclinou a cabeça para trás,
oferecendo mais espaço para as requintadas ministrações de Teague.
Para seu choque eterno, em um período de tempo menor do que
ele imaginaria, sentiu o formigamento revelador na base de sua espinha.
Ele choramingou, balançando em cada puxão do seu pau. Quando
Teague passou o polegar sobre a coroa, soltou um gemido baixo quando
estremeceu.
—Pe-perto. — Wendell conseguiu murmurar. —Por favor!
Levantando a cabeça, Teague ofegou enquanto olhava para ele.
—Ainda não.
Choramingou consternado quando Teague tirou a mão da calça.
Ele abriu a boca para questionar seu amante, mas então Teague se
arrastou pelo assento para se ajoelhar no chão. Ele segurou a cintura do
jeans de Wendell e ele imediatamente fechou a boca.
Quando Teague duramente ordenou; — Para cima. — Ele
obedeceu, levantando os quadris. Teague imediatamente abaixou a calça
e a roupa interior.
Deixando escapar um estrondo baixo, Teague agarrou a base do
seu pau enquanto pressionava o nariz nos cachos de seus pelos
pubianos.
—Você cheira tão fantástico. — Teague resmungou contra sua
carne antes de gemer mais uma vez.
Tremeu ao sentir Teague acariciar a carne sensível da sua
virilha, depois esfregar a bochecha ao longo do seu membro latejante.
Respirando com força no raspar da barba do seu novo amante ao longo
do seu comprimento, ele se contorceu em leve desconforto. Exceto, que
também era estranhamente bom. Ele não conseguia decidir se queria se
aproximar ou se afastar.
Antes de poder tomar uma decisão, Teague alcançou sua coroa.
Ele abriu a boca e envolveu os lábios ao redor da cabeça escura.
Enquanto Teague aplicava firme sucção, ele abaixou a outra mão para
segurar seus testículos.
Ele estava perdido.
Abriu a boca para avisar Teague, mas suas bolas se
aproximaram com muita rapidez e seu prazer inchou e empinou. Seu pau
latejava, e ele se contraiu e se contraiu. Pressionando o punho na boca
para parar o grito de êxtase, despejou seu sêmen na boca de Teague.
Luzes dançaram através de sua visão enquanto flutuava em
ondas de felicidade. Sentindo Teague continuar a mamar na cabeça do
seu pau, passando sua língua por sua cabeça repetidas vezes, ele não
conseguia parar seus tremores, seus gemidos de prazer. Finalmente,
depois que terminou de gozar, seu pau ficou excessivamente sensível.
Gemendo inquieto, se abaixou e tocou a boca de Teague,
chamando sua atenção. Seu amante olhou para ele através de seus
cílios. Com seu pau ainda na boca, Teague parecia faminto e incerto ao
mesmo tempo.
—Tão bom. — Wendell sussurrou, querendo assegurar seu
amante. —Venha aqui em cima.
Teague obedeceu rapidamente, arrastando-se pelo assoalho e
no banco para se deitar sobre ele. Ele pressionou os lábios levemente
com os seus. Wendell imediatamente abriu, aceitando a língua de Teague
em uma exploração suave, tão diferente dos beijos famintos de antes.
Percebendo o sabor do seu sêmen misturado com o gosto
masculino e único de Teague, cantarolou apreciativamente. Então ele
percebeu o que tinha feito e virou a cabeça, quebrando o beijo.
—Nossa, me desculpe.
Teague acariciou seu pescoço e seu tom saiu letárgico. —Mmm,
por quê?
—Eu deveria ter te avisado, dado a você a chance de sair. —
Estremeceu. —Não deveria ter esperado que você engolisse.
Esfregou as mãos para cima e para baixo no pedido de
desculpas de Teague, embora ele não soubesse como poderia ter feito
algo diferente. A boca de Teague parecia tão boa. Ele não conseguia se
lembrar da última vez que ele gozou tão duro.
Para seu alívio, Teague riu. Ele levantou a cabeça e sorriu para
ele. —Por favor, não se desculpe. Eu amei cada segundo disso. — Depois
de dar um beijo nos seus lábios, ele continuou; —E eu planejo beber
você com bastante frequência.
Parecia que seu coração pulou uma batida. Com certeza gostava
do jeito que Teague olhava para ele e o tocava. Embora quisesse que
continuasse, podia facilmente ver-se apaixonado por seu grande
cavaleiro e temia o que aconteceria quando Teague voltasse a si.
Porque certamente ele iria, não iria?
Não havia razão para Teague ficar por perto depois que ele
conseguisse o que queria, que estava lá? Uma vez que o educasse nos
modos de fazer amor com um homem, ele não seguiria em frente? Ele
não procuraria um parceiro mais adequado?
Talvez eu deva ensiná-lo rápido, dessa forma eu não tenho
tempo para ter meu coração partido.
—O que quer que você esteja pensando, por favor, pare. —
Teague ficou de joelhos no chão e começou a colocar a calça jeans.
Wendell fez o mesmo, mesmo continuando a segurar o olhar de Teague.
—Eu fiz alguma coisa para te chatear?
—Não. — Wendell imediatamente respondeu. —Você é perfeito.
—Então o que?
Levou alguns instantes para admirar os músculos do braço de
Teague enquanto tirava a jaqueta e arrancava a camisa suja do corpo.
Ele jogou no chão, depois puxou a jaqueta novamente. Finalmente, ele
se concentrou em Wendell, dando-lhe um olhar questionador.
—Eu estou esperando o outro sapato cair. — Deixou escapar. Ele
imediatamente sentiu o calor do rosto. —Uh, homens como você não
ficam por perto de homens como eu.
As narinas de Teague chamejaram quando ele inspirou
profundamente. Suas sobrancelhas franziram e sua mandíbula se
apertou. Ele deslizou o olhar para o lado para olhar pela janela por
alguns segundos.
Voltando seu foco para Wendell, Teague balançou a cabeça. Ele
se inclinou para frente e pressionou um leve beijo em seu lábio inferior,
em seguida, mordiscou-o suavemente. Ele enfiou os dedos pelos
cabelos, esfregando o couro cabeludo enquanto continuava seu ataque
sensual. Por vários minutos, Teague trabalhou nos seus lábios, nunca
entrando.
As ministrações criaram uma deliciosa onda de formigamento se
espalhando pelo seu pescoço. Sua pele arrepiada, e seus mamilos
frisados. Mesmo seu pau ganhou interesse renovado, mais uma vez.
Finalmente quebrando o beijo, Teague ofereceu-lhe um sorriso
aquecido. —Oh, doce Wendell. Espero que em breve mude de ideia sobre
isso. — O flash dos faróis de um carro ao passar iluminou o rosto de
Teague, e o homem olhou em volta novamente. Ele riu profundamente.
—No entanto, este não é o lugar para continuar esta conversa.
— Suas bochechas escureceram, assumindo um brilho vermelho. Ele
bicou seus lábios novamente, então manobrou seu corpo de volta ao
volante. —Nós precisamos ir.
Assentiu, movendo os pés no chão e sentando-se para que
Teague pudesse ligar o carro. Ele colocou seu próprio cinto. Agora que a
paixão passara, uma sensação de constrangimento deslizou por suas
veias. Ele mal conseguia acreditar que se comportara dessa maneira.
Puta merda! Acabei de fazer sexo em um carro na minha
garagem! E se alguém tivesse visto? O que diabos eu estava pensando?
Teague fez uma careta, olhando em sua direção. Enquanto
dirigia, levando-os para fora da cidade, ele estendeu a mão e soltou o
cinto de Wendell. Ele então pegou sua mão e puxou suavemente antes
de liberá-lo.
—Venha aqui. Sente-se no meio. — Teague esfregou sua perna
e apertou sua coxa. —Eu gosto de você perto.
Surpresa e prazer o preencheram. Ele não podia impedir o calor
que inundou seu torso. Parecia que envolvia seu coração quando ele se
aproximou de Teague, prendendo o cinto de segurança no colo. Seu
amante cantarolou baixinho e passou o braço em volta da sua cintura.
Se aconchegou contra o lado de Teague.
Teague deu um beijo na sua têmpora antes de se concentrar na
estrada. —Eu não faço em um carro há anos. — Ele comentou, sua voz
um estrondo rouco. —Devo dizer, foi muito mais divertido com você do
que qualquer coisa que eu possa lembrar. Ele riu. —E você estava
totalmente certo sobre este banco. Eu conheço esse lindo lugar, muito
isolado. Uma dessas noites nós vamos lá curtir as estrelas. — Cantarolou
por um segundo, sua voz abaixando sugestivamente. —E um ao outro.
Virando-se para encarar Teague, surpreso, viu o grandalhão
olhando em sua direção, renovando a fome em seus olhos. —Eu, uau,
uau. Você está planejando um monte de encontros.
Teague levantou uma sobrancelha, olhando para o lado por um
segundo. —Eu estou. — Seu sorriso se tornou compreensivo, apertando
seu braço levemente. —Você disse que está esperando o outro sapato
cair, acha que vou me afastar de você. Eu pretendo dissuadi-lo dessa
ideia, tendo pelo menos mais dois encontros planejados. — Sorrindo
amplamente, parecendo excepcionalmente satisfeito com a sua ideia. —E
para ter certeza de que você não quer me deixar, eu pretendo aprender
a tirar você da sua mente com prazer diariamente. — Ele zombou, rindo.
—Inferno, várias vezes ao dia, na verdade.
Incapaz de ajudar sua descrença, ficou boquiaberto com
Teague. Ele começou a sacudir a cabeça, mas parou quando o outro
homem assentiu em contraponto. —Acabamos de nos conhecer. Você
poderia descobrir que me odeia. E se...
—Não tem a menor chance. — Teague interrompeu, seu tom em
completa negação. —Você é um presente do destino. Minha alma gêmea.
De jeito nenhum a outra metade da minha alma não seria perfeita para
mim.
Bufando, Wendell revirou os olhos. —De jeito nenhum você
acredita em amor à primeira vista. Não existe tal coisa.
—Não, não amor à primeira vista.
Ao ouvir o acordo de Teague, sentiu um grande
desapontamento.
Esquisito.
—Eu acredito em almas gêmeas, no entanto. — Teague
continuou, apertando suavemente o lado dele. —E o destino nos dá a
capacidade de reconhece-las.
—Você fala como se acreditasse que o destino é real. Por que
isso? — Não conseguia se lembrar da última vez que ele falou sobre algo
sobrenatural. —Hum, você está... eu não sei como perguntar isso.
—Você pode me perguntar qualquer coisa. — O Tom de Teague
segurou uma riqueza de confiança. —Eu vou responder com sinceridade,
ou como antes, vou dizer que precisamos construir confiança para
discutir isso.
—Certo. — Sussurrou Wendell. —Setenta anos de idade.
Como eu esqueci isso? Sim. Pensando com meu pau. Sempre
me deixa em apuros.
—Quase. No mês que vem. — Teague corrigiu. —Agora, o que é
que você quer perguntar?
Decidindo colocar isso para fora, Wendell perguntou; —O
destino é parte de suas crenças religiosas? Eu, uh... eu não fui à igreja
desde que meu pai me deserdou, e eu não tenho certeza... — Fechou a
boca, não tendo certeza de como terminar isso.
—Hmmm, é uma pergunta justa. — Teague respondeu
lentamente, franzindo as sobrancelhas.
—Não é tanto uma religião quanto um sistema de crenças. Eu
assisti meus dois irmãos encontrarem suas almas gêmeas. Os vi
completar seu vínculo e construir um relacionamento feliz. — Seu tom
abaixou, traindo sua seriedade quando acrescentou; —Eu acredito no
sobrenatural e paranormal.
Olhou para Teague em estado de choque. —Mesmo? Como
bruxas e outras coisas?
—Sim e coisas assim.
Não conseguia acreditar na calma que Teague respondia. —Co-
Como você, hum, eu quero dizer por quê? — Ele não estava certo de
como se envolver com essa afirmação.
Teague riu suavemente quando ele virou o veículo em uma
entrada de veículos e desceu. Uma grande casa de dois andares em
estilo de tora apareceu entre as árvores. A porta do lado esquerdo da
garagem para três carros foi aberta.
Do lado direito havia uma garagem para quatro carros que
parecia muito mais nova, assim como outra baía maior que poderia ter
sido para um grande campista ou semi. Na frente de algumas dessas
portas estavam estacionados vários veículos.
—Hmm, parece que Grady nos derrotou. — Ponderou Teague. —
E nós temos uma casa cheia.
—Oh meu deus, isso é um Porsche? — Os seus pensamentos
saíram da sua cabeça ao ver o belo carro.
Cantarolando, Teague assentiu. —Sim. Parece que Jared está
aqui.
—Jared? O cara que você enviou informações para? Aquele
Jared?
Teague assentiu enquanto estacionava o carro. —Sim, esse
Jared. — Depois de desligar o motor, ele se virou em seu assento e se
concentrou em Wendell. Sua expressão séria desmentiu o calor de seu
sorriso. —Você está familiarizado com a história de Alice no País das
Maravilhas?
—Uh, eu sei que é uma história de criança, e eles fizeram
muitos filmes sobre isso, mas não. Eu não estou realmente familiarizado
com isso.
Cantarolando, Teague estreitou os olhos. —E quanto a Matrix?
—O filme? — Quando Teague assentiu, Wendell também. —
Claro, eu conheço.
Teague gentilmente embalou o queixo de Wendell e deu um leve
beijo em seus lábios. —No dia em que você me conheceu, você tomou a
pílula vermelha. E não há pílula azul.
Wendell ficou boquiaberto com a referência. —Estou prestes a
ver o quão fundo vai o buraco do coelho?
Segurando Wendell capturado com seu olhar de olhos
castanhos, Teague assentiu. —Eu sinto muito que nós esquecemos seu
carro, Del. — Sua expressão continha arrependimento. —Por favor, saiba
se você precisa de espaço, eu vou leva-lo a qualquer lugar que você
quiser.
Com o coração batendo no peito, Wendell manteve a promessa
na frente de sua mente quando desceu do carro. Ele agarrou a mão de
Teague com força enquanto o seguia para dentro da casa.
Capítulo 10

Teague imaginou que ele poderia ter lidado melhor com a


explicação. Entre sua conversa com Wendell sobre o Destino e os
paranormais, sua obviamente pobre tentativa de tranquilizar seu
companheiro, combinada com a descoberta do SUV do alfa Declan em
sua garagem, ele ficou mais do que um pouco chocado. Não só Grady
havia chego antes em sua casa, o executor Carson e seu companheiro,
Jared, também estavam lá.
—Vamos lá, Del. — Insistiu, subindo os degraus e abrindo a
porta da casa. Os dedos de Wendell estavam apertados, e o cheiro de
pânico crescente cobria as narinas de Teague. Assim que entraram no
foyer, fechou a porta, então envolveu seu braço livre em volta do seu
companheiro, abraçando-o perto. —Calma, meu companheiro. Não há
perigo aqui. — Assegurou, dando leves beijos no seu pescoço. —Nada
que você descubra hoje será ruim. — Ele estremeceu, forçando-se a
acrescentar; —Eu acho que não, pelo menos, mas eu cresci sabendo
disso. — Depois de beijar o lado do seu pescoço novamente, insistiu, —
Você pode respirar fundo por mim?
Por alguns minutos, segurou Wendell. Ele esfregou suas costas,
beijou o pescoço e a mandíbula, e sussurrou o encorajando. Finalmente,
a tensão de seu amante diminuiu, seu cheiro traía que ele relaxou.
—Assim. — Erguendo a cabeça, Teague sorriu para Wendell. Ele
deslizou a mão para embalar sua mandíbula, pedindo-lhe para levantar a
cabeça e encontrar seu olhar. —Deuses, você tem olhos lindos.
Ver o sorriso de Wendell e cheirar seu prazer relaxado valeria o
deslize da língua.
Teague riu enquanto percorria a mandíbula com as costas dos
dedos indicadores. —Você faz isso e fica muito difícil pensar, Del. — Ele
admitiu. —Eu só quero afundar em seu perfume e tocar em você todo.
Eu quero fazer seu corpo cantar com felicidade, cheirar sua felicidade.
Os olhos de Wendell se arregalaram e seus lábios se separaram.
—Cheirar a minha felicidade?
Quando seu companheiro sussurrou a pergunta, sua confusão
óbvia, Teague suspirou. —Veja? Não consigo pensar. — Ele balançou a
cabeça. —Vou explicar tudo.
—Por que você não vem e faz isso aqui dentro, em vez de se
esconder na lavanderia? — Teague virou a cabeça e viu um Cecil
sorrindo, inclinando um grande ombro contra o batente. Seu irmão sorriu
largamente para Wendell. —Ei, Wendell. Bem vindo.
—Obrigado. — Resmungou Wendell.
—Ei, cara. — Teague o cumprimentou. —Todos se reuniram na
sala de estar?
Cecil assentiu, afastando-se da parede. —Posso pegar alguma
coisa para você beber, Del? Você gosta de vinho branco, certo? — Ele
piscou enquanto dava um passo para trás. —Também temos aguardente.
Ou eu poderia preparar uma bebida mista para você. — Cecil balançou
as sobrancelhas. —Que tal um sex on the beach?2
Um rosnado baixo soou do outro lado da porta e, um segundo

2
Bebida a base se vodka, licor de pêssego, suco de laranja e de cranberry.
depois, Dolan apareceu. —É melhor você não estar propondo alguém. —
Afirmou, envolvendo os braços em volta de Cecil por trás. —Porque sua
bunda é minha.
Cecil continuou a sorrir quando ele levantou os braços atrás da
cabeça e agarrou o pescoço de Dolan. —Oh, é sua. Nunca duvide disso.
— Ele balançou os quadris, descaradamente esfregando sua bunda
contra a virilha de Dolan. —Apenas oferecendo ao nosso visitante uma
bebida.
Teague ouviu Wendell ofegar ao mesmo tempo em que soltou
um suspiro. —Eu não preciso ver isso, pessoal. Ele é meu maldito irmão.
—Oh, nós fodemos bem. Nós fodemos com tanta frequência. —
Cecil começou.
—TMI, pessoal. — interveio Wendell, levantando as mãos.
As bochechas de Dolan assumiram um tom rosado e Cecil riu.
Teague apreciou que seu companheiro estava sorrindo.
Mantendo um braço ao redor da cintura de Wendell, saiu da
entrada, usando uma das mãos no ombro de Cecil para empurrar os dois
homens para trás e para fora do caminho. —Então, essa bebida? — Ele
guiou Wendell pela sala de jantar e entrou na cozinha. Abrindo a
geladeira, ele acenou para o conteúdo. —O que você quiser.
—Um copo de pinot gris seria bom. — Murmurou Wendell,
indicando a garrafa meio cheia de vinho branco.
—Já te servi um pouco.
Ambos se viraram ao ouvir as palavras faladas em voz baixa.
Richard Steele estava no arco que levava ao grande espaço da frente.
Ele levava duas taças de vinho branco, segurando uma em direção a
Wendell.
—Rick!
Wendell se afastou de Teague, indo em direção ao amigo. Ele
passou os braços ao redor dele. Ele reprimiu um grunhido possessivo,
sabendo que Richard estava acasalado com um companheiro lobo e não
uma ameaça ao seu relacionamento com Wendell. Além disso, o homem
poderia ajudar.
Enquanto Wendell sussurrava, Teague ainda podia ouvir seu
comentário. —Você sabe o que está acontecendo?
Retornando o abraço desajeitadamente, já que ele ainda
segurava as duas taças de vinho, Rick assentiu. —Sim. Está tudo bem. —
Depois de bater a cabeça contra Wendell em um gesto de fraternidade,
ele pediu; —Pegue esta taça de vinho, relaxe conosco e mantenha a
mente aberta.
Com as palavras encorajadoras de Rick, Wendell afastou-se dele
e pegou a taça.
Rick continuou a sorrir encorajadoramente. —Eu queria falar
sobre tudo isso por anos, mas não podia. — Ele deu de ombros. —Eu
Jurei sigilo e tudo mais.
Jurou sigilo? Wendell olhou para Teague, com a sobrancelha
levantada em uma pergunta silenciosa.
—Você vai entender depois de explicar algumas coisas. —
Depois que Teague pegou uma cerveja para si e fechou a geladeira, ele
cruzou para Wendell. Ele cedeu à sua possessividade e deslizou o braço
em torno da sua cintura. —Vou apresentá-lo a todos.
Wendell assentiu.
Rick liderou o caminho para a sala de estar, que continha mais
de meia dúzia de homens... e dois gatos. Um era um gato grande cinza e
branco, que Teague sabia que era na verdade Ajax em sua forma de gato
da montanha andina. Ajax se esparramou na parte de trás da poltrona
reclinável onde Cayden estava sentado. A outra bola de pêlos era Pepper,
um verdadeiro gato, e o animal de estimação de Cecil.
Caminhando para uma cadeira reclinada em que estava um
homem magro e moreno, Rick se acomodou no colo do homem. Coby
deu boas-vindas a ele com um beijo nos lábios e um aperto na bunda.
Rick mordeu o lábio inferior, um rubor escurecendo suas bochechas, mas
ele ainda retornou o beijo do homem.
—Oh, isso é quente. — Jared retumbou, olhando para o par com
um sorriso lascivo curvando seus lábios finos. Ele tinha os braços
cruzados, um arquivo debaixo de um, enquanto empurrava a parte
superior do corpo para o grande homem nativo americano atrás dele.
Olhando por cima do ombro para Carson, Jared afirmou; —Podemos
filma-los? Criar o nosso próprio estúdio pornô privado?
—Pelo amor dos deuses... — Alfa Declan murmurou, embora seu
tom contivesse mais alegria do que irritação.
Ao mesmo tempo, Carson agarrou a nuca de Jared, dando-lhe
uma pequena sacudida e ordenou; —Comporte-se. Nenhum estúdio
pornô.
—Oh meu Deus. — Wendell murmurou, sua surpresa evidente.
—Eles são sempre assim?
—Sim. — Rick falou.
Ao mesmo tempo, alfa Declan resmungou; —Sim.
Todos os outros homens pareciam divertidos ou até mesmo
riram.
—Vamos. — Teague pediu, indo em direção a uma cadeira
namoradeira disponível. —Vamos ficar confortáveis. Então vamos
começar as explicações.
—E introduções. — Cayden falou quando eles se acomodaram,
acenando com a mão. —Eu sou Cayden Rochette, o irmão mais novo.
Bem-vindo à família.
—Obrigado. — Wendell sussurrou, voltando sua atenção para
Teague.
Sorrindo, Teague encolheu os ombros. —Eu te disse. Almas
gêmeas predestinadas. Meus irmãos já encontraram as deles. — Ele
olhou para Cecil quando ele e Dolan entraram na sala e se acomodaram
no chão perto da lareira. —É claro que eles vão recebê-lo.
—Só porque você disse apenas? — Wendell inclinou a cabeça. —
De jeito nenhum.
—Sim. — Teague respondeu. —Você lembra daqueles
paranormais sobre os quais eu estava falando no carro? — Mesmo que
Wendell enrijeceu, assentiu, e ele prosseguiu.
—Wendell, eu sou um paranormal, um lobo shifter para ser
exato. Muitos dos homens nesta sala são shifters também. — Ele
apontou para Ajax. —Esse é Ajax, alma gêmea de Cayden.
—A alma gêmea do seu irmão é um gato? — Wendell franziu a
testa. —Lobo shifter? Paranormal? — Sua voz baixou quanto mais ele
repetiu. Ele se concentrou em Richard. —Rick?
—Eu sou humano. — Assegurou Richard, sorrindo. —Eu sei o
que você está perguntando, no entanto. E sim, shifters são reais.
Paranormais são reais. — Ele inclinou a cabeça em direção ao seu
amante. —Coby é um shifter lobo também. Eles são liderados por um
alfa ou líder. — Ele apontou para Declan. —Esse é o alfa Declan McIntire.
Ele lidera os shifters que vivem nessa área. Eles chamam isso de
território. Uma espécie de... mini reino.
Wendell ficou olhando por vários segundos e depois tomou um
gole de vinho. Ele olhou ao redor do grupo com os olhos arregalados. —
Vocês todos realmente acreditam em, uh, esse tipo de coisa? —
Concentrando-se em Teague, Wendell franziu a testa. —Como? Por quê?
—É verdade, amiguinho. — Afirmou Cecil, chamando a atenção.
—Alguém provavelmente deveria demonstrar. Ver para crer, sabe?
—Isso definitivamente ajuda. — Dolan confirmou. Então ele fez
uma careta para Cecil. —E por que você não consegue ficar de boca
fechada? Desde que você disse algo, eles vão dizer para você fazer isso,
e eu não preciso de todos olhando para a sua bunda sexy. É minha.
Cecil estreitou os olhos e bateu o ombro no Dolan. Havia calor
em seu olhar. —Aww, não está acostumado a me compartilhar, ainda?
—Nunca compartilharei você. — Dolan rosnou, seus olhos
escuros pareciam brilhar.
Envolvendo seus braços ao redor dos ombros de Dolan, Cecil
enfrentou seu amante. Ele se esparramou na metade dele e atacou sua
boca.
Teague dispensou-os, voltando seu foco para Wendell. —Se você
quiser que nós provamos, eu mudarei para você. Eu só peço que você
tente não entrar em pânico. — Trazendo a mão que ele segurava na
boca, ele beijou as juntas de Wendell antes de murmurar. —Tente se
lembrar que eu nunca vou machucá-lo. Ninguém na minha matilha te
machucaria. Você é meu único e todos nós faríamos tudo ao nosso
alcance para proteger os companheiros um do outro.
—Isso é verdade. — Grady declarou de onde ele se sentava com
seu companheiro, Gordon.
—Você pode ter me visto por aí. Eu sou o detetive Grady
Stryker. Eu estou aqui para pegar sua declaração sobre sua situação com
Dalton. — Talvez para suavizar sua declaração de intenção, Grady
acrescentou; —Você é um de nós agora, Wendell. Nós nunca vamos
deixar esse idiota te pegar.
—E nós vamos derrubá-lo. — Jared sorriu maliciosamente
enquanto segurava a pasta que ele carregava. —Ele é mais do que um
idiota e merece ser baleado por seus crimes. — Seu sorriso se torceu,
revelando sua irritação enquanto ele se concentrava em Carson. —E se
eu o levar sozinho, bem... há tantos lugares para esconder um corpo
nestas montanhas.
—Essa é a segunda opção, Jared. — Alfa Declan advertiu, dando
um olhar severo para o homem. —Primeiro, tentamos a opção humana.
Nós não queremos policiais de Colin City rastejando por toda a nossa
montanha porque ele desapareceu em Stone Ridge.
—Bem, eu poderia. — Jared começou.
—Nós conversamos sobre isso, Jared. — Disse Carson,
interrompendo-o. —Ouça seu alfa. É hora de se submeter.
O músculo na mandíbula de Jared flexionou, mas ele se acalmou
e deu um aceno de cabeça.
Teague sabia que o movimento era contra os instintos do
humano. Jared sempre foi independente. Ele também sempre lançava
suas próprias opiniões sobre planos, independentemente de quem os
estivesse fazendo.
—Temos que facilitar para o nosso novo beta nos seus
caminhos. — Disse Carson no ouvido de Jared. —Um novo beta precisa
de obediência absoluta daqueles que estão sob ele por alguns meses,
enquanto estabelece sua posição dentro do bando. Nós dois vamos nos
submeter a ele.
Jared revirou os olhos enquanto ele assentia.
—Quem é o beta? — Wendell sussurrou, inclinando-se para
Teague. Ele estava observando todos os intercâmbios com uma
expressão de olhos arregalados. —O que isso significa? Oh. — A luz da
compreensão encheu seus olhos. —Alfa é o líder. Isso faz do beta o
segundo em comando? Então, o que é um executor?
Teague gostou que Wendell estivesse fazendo perguntas. —Sim.
O beta é o segundo em comando. Nosso beta de décadas acaba de
aceitar uma posição no Conselho Shifter. — Teague olhou para Carson,
acenando para ele. —Executor Carson recebeu a opção de se tornar o
beta, mas ele recusou. Desde que ele fez isso, e nenhum dos nossos
membros da matilha é um lobo dominante o suficiente para manter a
posição, nosso bando aceitou a candidatura de cinco lobos fortes para
disputar a chance de ganhar a posição de beta do nosso bando. Você se
lembra de como eu originalmente te perguntei se você conhecia Gracen
Robicheaux e se você se juntaria a mim em uma caminhada no sábado?
Deuses, isso foi apenas algumas horas atrás? Tanta coisa
aconteceu desde então.
Vendo Wendell acenar com a cabeça, Teague focalizou em sua
explicação. —Bem, Gracen é um dos shifters lobo que vieram para a
área. O desafio beta está acontecendo no sábado, e eu iria apresentá-lo
aos lobos shifters e paranormais então, mas desde que isso tudo
aconteceu... — Ele ergueu um ombro em um meio encolher. —Apressou
minha linha do tempo.
—Linha do tempo. — Wendell sussurrou a palavra enquanto
olhava para todos. —Shifters. — Suas sobrancelhas franzidas. —Prova.
— Voltando sua atenção de volta para Teague, disse a ele; —Eu acho que
eu quero ver essa prova.
Teague assentiu. —Claro.
Assim que Teague começou a se levantar, Cayden falou; —
Espere, irmão. Está no papo.
Cayden estava apontando para Ajax, que havia se levantado de
onde ele estava descansando no encosto da cadeira. Ajax arqueou as
costas, alongando-se antes de pular no chão. Uma vez aos pés de
Cayden, o pequeno shifter felino começou a mudar.
O corpo de Ajax ondulou quando sua pele recuou. Sua cauda
desapareceu rapidamente quando seus membros se contorceram. Todo o
tempo a sala estava cheia de barulho de ossos estalando, de tendões e
músculos quando eles se realinhavam dentro do corpo do homem, para
que ele pudesse assumir sua forma humana.
Ao longo dos dois anos em que Ajax estava morando com eles,
agora que ele não estava mais preso em uma gaiola, ele conseguiu
agilizar sua mudança. A capacidade de mudar era como um músculo,
então precisava ser feito regularmente. Quanto mais dominante o
animal, mais rápido um shifter poderia mudar entre as formas.
Como acabou, o gato de Ajax era bastante assertivo, então ele
mudou rapidamente.
Ainda assim, quando Ajax levantou-se graciosamente e aceitou
a calça de moletom que Cayden lhe entregou, o queixo de Wendell se
abriu. Choque derramou dele, e seu corpo inteiro tremeu.
Pela expressão vaga e de olhos arregalados no rosto, Teague
sabia que seu companheiro tinha saído.
Vendo Wendell em tal aflição puxou seu coração, e seu lobo
choramingou no fundo da sua mente. Precisando consertá-lo, ele pegou
a taça meio bebida de vinho dos dedos sem vida do seu homem e o
colocou no chão ao lado da cerveja que ele não tinha se incomodado em
beber. Ele o segurou em seus braços e levantou-se.
Teague saiu da sala, parando para olhar para os homens
reunidos ali. —Eu sinto muito. Wendell precisa de algum tempo.
Alfa Declan assentiu, compreensão em seus olhos cinzentos.
Aliviado pelo lobo forte entender, Teague se concentrou em
Grady. —Você precisará aguardar essa declaração.
—Não se preocupe. — Grady disse a ele. Empurrando o polegar
em direção a Jared, ele sorriu largamente. —Vou conversar. Nós
ficaremos bem até que você esteja pronto, mesmo que seja amanhã.
—Obrigado. — Teague se virou, parando no momento em que se
dividia entre a cozinha, a sala de jantar e o corredor que levava ao
quarto e às escadas.
Qual seria o melhor? Relaxar na minha cama ou um banho
relaxante na banheira?
Lembrando-se do machucado nos pulsos de Wendell e
imaginando que devia haver outros escondidos sob a roupa do seu
humano, tomou sua decisão e caminhou para o convés traseiro.
Capítulo 11

Wendell sentiu algo quente e molhado envolver seu corpo, e


respirou fundo. Balançando, tentou se equilibrar. Sua palma bateu em
algo firme e quente, e se agarrou a isso.
— Ei, Del. Relaxe. Você está seguro. Apenas segure-se em mim.
Fazendo o que a voz profunda e sexy insistiu, agarrou o
homem. Passou os braços ao redor dele e se apertou.
—Bom, meu companheiro. — Lábios quentes roçaram sua testa,
e mãos fortes esfregaram suas costas. Uma mão úmida embalou sua
mandíbula e inclinou a cabeça um pouco. —Agora, abra esses lindos
olhos azuis para mim. Olhe para mim. Encontre meu olhar.
Piscou uma vez, duas, depois se concentrou no rosto diante
dele.
—Teague? — Olhou ao redor, fazendo um balanço do seu
entorno. —Hum. — Sentado em uma banheira quente no colo de Teague,
a água quente aliviando seus músculos cansados, tentou descobrir o que
tinha acontecido. —Como?
O sorriso de Teague pareceu compreensivo quando murmurou;
—Você viu Ajax mudar de gato para homem e meio que... uh, não lidou
bem com isso.
—Oh.
Eu vi? O gato mudar para Ajax?
Por um instante, Wendell recordou os sons grotescos de ossos e
músculos estalando e realinhando. Se lembrou da visão da pele
ondulando e do pelo se movendo através da carne. Não estava orgulhoso
demais para admitir que tinha sido esquisito.
Desmaiar foi um pouco embaraçoso, no entanto.
Apenas lembrava vagamente a imagem geral de um loiro magro
de rosto bonito. Muito ruim mesmo. A figura tonificada do homem
lembrou-o de um dos anjos nus que tinha em seu quarto.
—Você está comigo?
Concentrando-se em Teague, tentou sorrir.
—Sim. Desculpa. — Olhou ao redor da área, observando a
banheira de hidromassagem de tamanho médio e cinco lugares, um dos
lados estava completamente ocupado por um assento reclinável, e o
enorme deck onde ficava. Havia luzes tiki instaladas ao redor da área, e
sentiu o cheiro característico da citronela.
Primavera, bosque e mosquitos.
Parece que sempre andam de mãos dadas.
—Então, hum, como chegamos aqui? Onde está aqui? — olhou
para casa. —Onde todos foram?
—Achei que você poderia querer ficar agradável e confortável
para descomprimir, então fiz com que Cecil pegasse sua bolsa do meu
carro enquanto te levava para o convés. — Teague esfregou seus braços,
depois os deslizou sobre o torso, deslizando. as palmas das mãos sobre
a carne nua. —Se tiver dúvidas, responderei, mas a única coisa que
importa para mim é o seu conforto. Todo o resto pode esperar.
Sentindo as mãos de Teague sobre ele, acariciando-o, tremeu
por uma razão totalmente diferente. Acertou-lhe que estava apenas
vestindo sua cueca curta de menino minúscula. Seu foco se voltou para o
rosto de Teague.
—Você me despiu?
—Sim. Espero que não se importe. Pedi a Cecil que colocasse
sua bolsa no meu quarto e nos trouxesse algumas toalhas. — Enquanto
as palavras de Teague estavam certas, o vislumbre apreciativo e faminto
dizia a verdade. —Sim, gostei muito de ver seu corpo lindo.
—Você pode ler minha mente?
Teague riu, o som rouco e profundo.
—Não, meu companheiro. Por acaso você tem um rosto muito
expressivo.
—Oh. — Examinou os largos ombros nus de Teague, depois se
contorceu um pouco no colo. —Você está de cueca também?
Um sorriso malicioso curvou os lábios de Teague.
—Oh, Del. Não uso cueca. Lembra?
Ofegando baixinho, lembrou disso. Também se lembrava da
visão e sensação da ereção maciça do homem. O toque apreciativo de
Teague e a expressão faminta deram a confiança a Wendell.
Escorregou do colo de Teague, depois abriu as pernas e voltou,
abraçando seu amante. Deslizando-se para a frente, dobrando os joelhos
para apoiá-los ao longo do plástico dos assentos de cada lado, se
aninhou perto. Sentindo a pesada ereção de Teague contra a sua própria
sobre o tecido, engasgou e tremeu.
—Oh, Wendell. — Teague gemeu, apertando os braços ao redor
da sua cintura. Deslizou uma mão para baixo e embalou sua bochecha,
puxando-o ainda mais perto até que sentiu como se não houvesse
espaço entre eles. —Nós deveríamos estar conversando, ou deveria estar
te consolando. — Gemendo, Teague levantou a outra mão e segurou sua
nuca. —Não acho que serei capaz de me controlar se começarmos isso
de novo.
—Controlar-se? — Balançou os quadris, esbarrando na ereção
de Teague ritmicamente. —Por que precisa se controlar? — Curvando os
lábios em que sabia que era um sorriso insolente, murmurou; —Acho
que o que estamos fazendo é extremamente reconfortante.
Teague gemeu, com a cabeça inclinada para trás quando suas
pálpebras deslizaram para o meio mastro. Seus lábios se afastaram em
um sorriso feroz.
—Controle. — Sua voz se aprofundou. —Ou vou começar nosso
vínculo. Vou te reivindicar.
Wendell pensou sobre isso, conseguindo manter seus quadris
balançando. Um tremor passou através dele pelo esforço, mas a julgar
pela profunda necessidade que espreitava nos olhos escuros de Teague,
sabia que precisava perguntar.
—Diga-me o que isso significa.
—Você é meu companheiro. — Murmurou Teague com voz
rouca, repetindo o que ele dissera várias vezes. —A minha outra
metade. Meu complemento perfeito. Quero afundar meus dentes em seu
pescoço e beber seu sangue, deixar minha marca em sua carne. —
Teague olhou para ele, sua expressão quase feroz. —Isso vai agitar o seu
mundo, Del, dando-lhe o melhor orgasmo. —Flexionou os dedos,
cavando as pontas na rachadura de Wendell. —Mesmo que já tenha
gozado com meu pau na sua bunda.
Sibilando baixinho, não pôde deixar de empurrar nos dedos de
Teague, onde cavaram em seu vinco. Seu corpo parecia ligado,
desesperado por toque. Ainda assim, sabia que precisava processar o
que Teague dissera.
Era justo.
Possuir. Wendell pensou no modo como Teague falava com ele,
sobre ele, e até o olhou e tocou. Finalmente reconheceu o que era.
—Possessão. — Parou, inclinando a cabeça. —Você quer me
possuir?
Teague congelou, seu aperto na sua bunda aliviou.
—Não da maneira que pensa. — Imediatamente
respondeu. Antes que pudesse questionar sua afirmação, o homem
maior continuou. —Na verdade, é mais o contrário do que pode imaginar.
— Esfregando os seus braços, Teague bufou baixinho. — Nunca vou olhar
para outro, para outro homem, para outra mulher. Para o resto de
nossas vidas, meus instintos de shifter me levarão a cuidar de você. —
Hesitou, depois acrescentou; —Para mantê-lo a salvo ao meu lado.
—Espere um minuto. — Não sabia por que, mas tinha que
perguntar. —Está dizendo que você só seria atraído por mim?
—Esse já é o caso, Del. — Teague revelou. —Você é o único que
quero. Então depois de nos unirmos, nem vou conseguir uma ereção por
ninguém. Nossas vidas serão amarradas juntas.
—Uau. Fale sobre fidelidade garantida. — Mal podia
acreditar. Parecia bom demais para ser verdade ter esse homem sexy
como o inferno dedicado a ele. Estreitando os olhos, inclinou a cabeça. —
Qual é o truque?
Teague começou a sacudir a cabeça, depois fez uma pausa.
—Bem, suponho que devo avisá-lo que sua vida se estenderá à
minha, e poderemos viver por mais quatrocentos e tantos anos. Terá que
ir a um médico que já sabe sobre shifters também. — Quando Teague
fez uma pausa, sua expressão ficou meio vaga, traindo que estava
pensando muito. —Uh... você nunca pode contar a ninguém sobre nós, e
sobreviverá à família e amigos que não estão ligados a um
paranormal. Menos resfriados e menor risco de quebrar seus ossos.
Vendo Teague fazer uma pausa novamente, percebeu que seu
amante estava genuinamente tentando pensar em outras coisas que
poderiam ser consideradas, bem... uma desvantagem em se relacionar
com ele. Wendell totalmente não estava vendo isso. Seu coração
tropeçou em seu peito quando percebeu que o grande homem sexy seria
seu... até a morte os separassem.
Talvez acabasse, mas Wendell simplesmente não estava
vendo...
—Além disso, está certo sobre nós sermos possessivos, mas
nunca te machucarei. — Teague agarrou a palma de Wendell e levantou
a mão, lambendo as marcas em torno de seu pulso. ―Você disse que
não está em escravidão, e nem eu. Nunca desejei te machucar. Só te dê
prazer. — Para sua surpresa, Teague grunhiu e seus olhos pareciam
escurecer. —Você é meu, Wendell e protejo o que é meu. De
todos. Ninguém te tocaria além de mim.
Confuso pela intensidade súbita de Teague, não pôde deixar de
perguntar; —Quer dizer que não seria capaz de abraçar Rick? — Franziu
a testa, balançando a cabeça. —Mas Rick me abraçou e Coby não
pareceu se importar. Por quê...
Teague bufou, sua tensão deixando-o.
—Não, não esse tipo de toque.
—Então o que quer dizer? — A compreensão ocorreu e
rapidamente sacudiu a cabeça. —Você quer dizer se tentar te enganar. —
Balançou a cabeça novamente. —Isso nunca aconteceria.
—Aprecio a garantia. — Respondeu Teague, um rosnado baixo
em sua voz. —Mas estava me referindo se alguém... tipo Dalton, tentar
levá-lo novamente. Impedir-me de causar sérios danos seria muito
difícil.
—Ele mereceria. — Percebendo o que ele disse, se encolheu. —
Droga. Normalmente não sou uma pessoa vingativa.
—Tudo bem. — Teague ofereceu um sorriso feroz. —Eu sou.
Wendell cantarolou.
—Isso significa que se Adaline vier dar em cima de você
novamente, poderia totalmente dar uma bofetada nela?
Teague riu, o que foi exatamente a resposta que Wendell
esperava.
—Oh sim, meu companheiro. Fique à vontade. Eu sou seu. —
Balançou as sobrancelhas. —Vendo você proteger seu território seria
sexy pra caralho.
Decidindo que haviam conversado o suficiente, Wendell
lentamente começou a balançar os quadris novamente. Observou com
satisfação quando as narinas de Teague se abriram e seus olhos se
arregalaram. Sentindo as mãos do seu amante se apertarem e o
estremecimento que atravessou a grande forma abaixo dele o encheu de
satisfação presunçosa.
—Del?
—Sim?
Wendell olhou para os olhos cheios de luxúria de Teague,
orgulho enchendo-o. Por alguma razão, não havia nada mais sexy do
que deixar um homem louco de necessidade. Era um poder tão
inebriante, saber que Teague o queria tão mal.
—Eu... se nós fodermos de novo, não serei capaz de me
controlar. — Advertiu Teague, sua voz rouca profunda, traindo seu
desejo. —Vou te reivindicar. Não haverá como voltar atrás. Vou precisar
de você aqui comigo, aqui ao meu lado.
Enquanto acertava Wendell, Teague falava não só de
acasalamento, mas também de morar juntos, não conseguia parar o
movimento dos quadris. Não tinha controle suficiente para fazer isso
uma segunda vez. Além disso, por que iria? Queria tudo que Teague
estava oferecendo.
—Tudo bem. — Respondeu, ofegante enquanto lutava para
recuperar o fôlego. —Quero isso também. — Segurando o olhar de
Teague, ele admitiu; —Te quero.
Teague gemeu, o som profundo. Moveu as duas mãos para a
cintura de Wendell e segurou sua roupa íntima. Um segundo depois, o
som abafado de rompimento do tecido alcançou os seus ouvidos.
Sentiu a liberação de pressão em seu pênis e
ofegou. Aumentando o aperto nos ombros de Teague enquanto um
tremor passava por ele, sussurrou; —Você acabou de rasgar minha
cueca?
Assentindo com a cabeça, Teague levantou as duas mãos e
jogou dois pedaços molhados de pano sobre a lateral da banheira.
—Sim. — Devolveu uma mão para o traseiro de Wendell. A outra
mão deslizou entre eles e agarrou ambas as bochechas, levantando-as
juntas. —Vou te dar mais.
Sua risada durou pouco, rapidamente se transformando em um
gemido.
—Oh, para com isso. — Inclinou os quadris e abriu as pernas
mais largas, fazendo o seu melhor para moer contra o corpo abaixo dele.
—Humm. — Os olhos de Teague estavam um pouco vidrados, e
seu foco repousava no pescoço de Wendell. —Quero que goze, Del.
Teague acelerou o movimento da mão. Ao mesmo tempo, que
enfiou a outra mão na fenda. Com uma precisão impressionante, passou
a ponta do dedo sobre o seu ânus, massageando o músculo sensível.
Choramingando, sentiu sua bunda ser invadida. De repente se
sentiu tão vazio.
—Teague, por favor.
Inclinando-se para frente, Teague lambeu seu pescoço.
—Por favor, o que?
—Foda-me. — Implorou, desesperado para sentir alguma coisa,
qualquer coisa em sua bunda. —Por favor, me foda.
—Quando nos movemos para a minha cama. — Teague
respondeu rispidamente. —Goze para mim.
Para alívio de Wendell, sentiu Teague deslizar o dedo nele,
empurrando fundo. Sua junta roçou sua próstata, e isso era tudo o que
precisava. Faíscas de prazer se espalharam através do seu corpo fizeram
com que suas bolas se apertassem. Wendell resistiu e arqueou as costas,
cavalgando as sensações enquanto soltava seu sêmen na água entre
elas.
—Oh, deuses, você está tão apertado. — Teague murmurou
contra sua carne. —Mal posso esperar.
Flutuando no lançamento de endorfinas, Wendell apenas
cantarolou. Sentiu seu amante morder o tendão onde seu pescoço
encontrava seu ombro e inclinou a cabeça para mais espaço. Havia
apenas algo sobre a ideia de Teague lhe dando uma marca que Wendell
amava.
Para o seu choque, sentiu Teague afundar seus dentes nele. A
dor atravessou seu pescoço e ombro por uma batida do coração, dois, e
então os arrepios mais eróticos surgiram em seu corpo. Seus mamilos
crisparam e doíam, seus músculos abdominais se contraíam, e um
segundo orgasmo atravessou seu sistema.
Choramingando seu prazer, tremeu no abraço do seu
amante. Enfiou os dedos nos ombros de Teague, pendurado enquanto as
ondas de felicidade continuavam e continuavam. Seu pênis esguichava,
no mesmo tempo com o chupar de Teague em seu pescoço.
Teague grunhiu contra sua pele, seu corpo estremecendo sob
ele, mas seu abraço não afrouxou. Em algum lugar nos fundos da sua
mente, reconheceu que Teague também tinha saído. Pontos negros
começaram a dançar através de sua visão no momento em que Teague
aliviou seu aperto no local do seu ombro.
Respirando o ar muito necessário, encontrou o olhar satisfeito
de Teague. Observou seu amante lamber seus lábios, em seguida,
mergulhou a cabeça antes de passar a língua sobre a marca. Uma nova
onda de formigamentos se espalhou na área. O fazendo estremecer com
excitação renovada.
—Oh meu deus, Teague. — Murmurou, com seus sentidos
nadando. —Isso foi sua mordida de reivindicação?
Teague deu um beijo em seu pescoço, depois seus lábios antes
de encontrar seu olhar.
—Sim. — Seus olhos escuros meio fechados com necessidade,
ele sorriu. —Gostou disso?
—Deus, sim. — Wendell esfregou os ombros molhados de
Teague, admirando o músculo forte por baixo da pele lisa. —Será que
sempre vai me fazer quase desmaiar?
—Humm. — Teague sorriu presunçosamente.
Dando a Teague um sorriso atrevido, Wendell perguntou; —Com
que frequência você consegue fazer isso?
Rindo com a voz rouca, Teague respondeu; —Sempre que você
quiser. — Então ele se adiantou em seu assento. —Agora, no entanto,
gostaria de levá-lo para o meu quarto, para minha cama, para que eu
possa deslizar meu pau profundamente dentro do seu corpo, te encher
com meu sêmen e nos acasalar para a eternidade. — Teague sustentou
seu olhar, expressão séria. —Podemos fazer isso, meu companheiro?
Wendell com certeza não permitiria que o medo do paranormal
o mandasse fugir de uma coisa boa.
Vou aceitar isso... O aceite. Meu Teague.
Assentiu.
—Gostaria muito disso. — Inclinando-se para frente, segurou o
olhar de Teague enquanto pressionava um beijo em seus lábios antes de
dizer; —Quero que você seja meu, Teague.
O sorriso de Teague era brilhante, seus olhos escuros dançando
com prazer.
—Obrigado.
Quando Teague facilmente o levantou, ele sempre negaria o
grito de surpresa que o deixou. Seu amante cantarolou enquanto subia
as escadas para fora da água, depois voltava a descer alguns de
madeira. Teague nem se incomodou em colocar Wendell no chão quando
pegou a toalha e a envolveu desajeitadamente ao redor dos dois.
—Não deveríamos limpar isso? — Perguntou Wendell,
arrastando-o pelo convés em direção a algumas portas francesas do lado
oposto da casa, com a porta de correr da sala de jantar.
—Vou chegar a isso mais tarde. — Teague disse a ele. Abriu a
porta e entrou. —Isso é muito mais importante.
Wendell mal teve a chance de olhar em volta antes de ser
espalhado em um cobertor, com Teague esparramado sobre ele e a
língua do seu amante em sua boca.

Capítulo 12

Teague sabia que precisava desacelerar, deveria permitir a


Wendell uma chance de recuperar o fôlego e realmente pensar sobre as
coisas, mas negar a atração de companheiro era muito difícil. Com seu
companheiro inclinado de forma espalhada sob ele, seu corpo arqueando
em seu toque, e sua boca dando boas-vindas a seu beijo, os seus
hormônios estavam em ebulição. Ele não conseguia lembrar a última vez
que ele tinha estado tão duro, por muito tempo, mesmo depois de gozar
duas vezes, se ele contasse no carro mais cedo.
Quando a respiração se tornou uma necessidade, levantou-se
em seu cotovelo e ofegou por ar. Ele olhou para Wendell, observando seu
rosto corado, pescoço e torso. Passando os dedos da mão direita pelo
corpo dele, ele admirava a sensação do peito musculoso do seu
companheiro.
—Oh, Wendell. — Retumbou, levantando o olhar para que
pudesse olhar em seus olhos. Sua respiração engatou enquanto ele
observava o olhar quente e cheio de luxúria do seu humano. —Você é
um homem lindo, sabia? — Os lábios de Wendell se curvaram em um
sorriso tímido quando ele deslizou o olhar para o lado.
—Não, você é. — Ele esfregou o mãos para cima e para baixo no
tórax de Teague, deixando formigamentos em seu rastro. —Tão perfeito.
— Riu baixinho enquanto sacudia a cabeça.
—Vamos discutir sobre isso muitas vezes, temo. — Com as
bochechas parecendo brilhar, Wendell sorriu.
Ele olhou para a esquerda quando ele abriu a boca, obviamente
lutando em como responder.
Assim que abaixou a cabeça, ele pôde capturar a boca de
Wendell de novo, ele viu os olhos do seu companheiro se arregalarem e
seus lábios se separarem por um motivo totalmente diferente. O cheiro
dele traiu sua surpresa.
—Seu irmão vasculhou a minha bolsa.
Após o foco de Wendell, Teague abriu a boca em estado de
choque. Seu pau se contraiu e uma onda fresca de calor percorreu-o
enquanto ele observava o trio de imagens alinhadas em sua mesa de
cabeceira. Eles eram de um homem de cabelos escuros de ombros
largos, e cada um acentuou uma parte diferente do seu corpo bem
formado, nu e excitado. —Uau. — Murmurou, admirando não só o
aspecto sexual, mas a beleza masculina deles também. —V-você trouxe
aqueles? — Forçou o olhar de volta ao rosto de Wendell, vendo o rubor
nas bochechas.
—Você gostou muito do anjo loiro, mas sua foto era grande
demais para ser embalada. Eu pensei que você poderia gostar disso
também.
—Eu gosto deles. — Admitiu. Abaixando a cabeça, ele
sussurrou no ouvido de Wendell; —Mas eu gosto do olhar você muito
mais. Talvez possamos conseguir uma otomana assim, e eu posso te
colocar?
Wendell gemeu antes de virar a cabeça e capturar a boca de
Teague. Ele envolveu as pernas em torno da sua cintura e balançou para
ele. A ereção dura e delicada de Wendell se deslocava ao lado de sua
própria, não queria nada mais do que afundar seu pau nele e completar
seu vínculo. Virando a cabeça, interrompeu o beijo.
—Wendell. — Ele murmurou quando gemeu. —Última chance
para parar. Precisa... — Sentindo os lábios do seu amante se prenderem
na ponta do pulso em seu pescoço, grunhiu, um tremor percorrendo
através dele.
—Sem parar. Leve-me. — As palavras de Wendell estavam
ligeiramente truncadas quando ele falou sobre a carne de Teague, mas
ele as entendeu. Ofegou duramente, levando alguns segundos para
apreciar a sensação da boca de Wendell sobre ele. Ele esforçou-se para
colocar seus pensamentos lentos em ordem. Finalmente, Wendell soltou
seu pescoço e encontrou seu olhar, um olhar interrogativo em seus
olhos. Colocando a cabeça em ordem, admitiu; —Não tenho certeza do
que fazer.
Wendell ficou o olhando por uma batida de coração, dois, depois
seus olhos se arregalaram. Ele sorriu e o tocou no ombro.
—Role de costas. — Ele ordenou.
Feliz em obedecer, fez o que lhe foi dito. Ele viu quando Wendell
se sentou e pegou algo na mesa de cabeceira que ele não tinha notado,
uma garrafa de lubrificante. Seus olhos se arregalaram enquanto
observava Wendell se vira e atravessar seu colo, permanecendo de
joelhos. O olhar de provocação para a cabeça do seu pau quando
deslizou ao longo da parte interna do seu companheiro era quase
demais.
Levantou as mãos, depois hesitou, observando Wendell abrir o
lubrificante e despejar bastante no dedos. Ele então pousou o tubo,
descansou a mão no peito de Teague e alcançou atrás de si com a outra.
Do jeito que os lábios de Wendell se separaram e suas pálpebras se
fecharam pesadamente, podia adivinhar o que ele estava fazendo.
—Deuses, da próxima vez eu quero assistir. — Wendell sorriu
com desejo para ele.
—Da próxima vez, espero que você ajude.
Querendo muito fazer isso, assentiu.
—Eu poderia agora? — Balançando a cabeça, Wendell esfregou a
mão sobre o peitoral de Teague, possivelmente para suavizar a negação.
—Muito chato agora. Eu preciso de você. — Ele cantarolou
enquanto suas sobrancelhas franziam. —Não tenho certeza do porquê.
Somente... tem que se apressar.
Entendendo muito bem, Teague assentiu. Seu próprio corpo foi
preparado para o acasalamento por horas. Ele não podia dizer por que a
atração para acasalar era tão forte entre eles depois de conhecer um ao
outro por apenas quarenta e oito horas, talvez porque eles se perdessem
há anos, mas ele estava mais do que pronto para ceder.
Apoiou as mãos nos ombros de Wendell. Aproveitando o corpo
nu do seu amante inclinando-se sobre ele, ele explorou a pele lisa do seu
companheiro. Ele beliscou seus mamilos, traçou o mergulho de seu
quadril e deslizou sobre o sulco da sua virilha. Todo o tempo ele manteve
uma atenção cuidadosa de Wendell assobios, choramingo e suspiros,
bem como quando ele empurrou para dentro ou se afastou de cada
toque. Wendell ofegou duramente acima dele. Seus olhos estavam
vítreos, e um ligeiro brilho de suor cobria sua pele, seu corpo. Ele puxou
a mão de trás dele e olhou para a mesa de cabeceira novamente. As
sobrancelhas de Wendell se franziram.
—Preservativo? — Ele perguntou, focando em Teague.
—Não entre nós. — Afirmou.
Vendo a preocupação entrar nos olhos de Wendell, ele se
apressou em explicar; —Os paranormais não podem pegar ou dar
doenças humanas. Além disso, eu preciso gozar em você para completar
o nosso acasalamento.
Quando Wendell mordiscou o lábio inferior, obviamente tentando
decidir, acrescentou.
—Você é meu, Wendell. Agora até o final dos tempos.
O sorriso que iluminou os traços de Wendell era uma coisa linda.
Ele ajustou sua posição, andando pelos joelhos e avançando um pouco.
Ao mesmo tempo, ele agarrou o pau de Teague e lentamente o levantou,
cobrindo ele com o lubrificante restante em seus dedos.
Teague gemeu e ficou tenso, lutando contra a crescente crista
de prazer. Para seu alívio, Wendell agarrou o base do seu pau e apertou,
continuando precisando do seu corpo. Ele também se segurou para
posicionar a cabeça do seu pau em seu ânus.
Descansando as mãos sobre os quadris de Wendell, só podia
assistir com admiração quando seu companheiro sentou-se em seu pau.
Quando o corpo de Wendell desceu, a sua ereção foi envolvida no mais
doce fogo, o casulo mais requintado.
No momento em que a bunda de Wendell descansou em suas
coxas, sentiu como se seu corpo estivesse em chamas. Segurando firme
em Wendell, forçou seu amante parar.
Ele ofegou duramente quando seu pau se contraiu e latejou
dentro dos limites do corpo do seu companheiro. Suas bolas rolaram,
ameaçando apertar.
—Puta merda, meu companheiro. — Não conseguiu parar o leve
gemido em sua voz. Seus quadris sacudiram mesmo quando ele lutou
para ficar parado. —Você é tão apertado. Me sinto tão bem.
—Teague. — Wendell choramingou e arqueou-se acima dele,
esfregando a bunda contra sua virilha. —Você é tão grande.
Rangendo os dentes, forçou os pulmões a trabalhar. Ele respirou
fundo, depois de novo, conseguindo seu pulso sob controle. Depois de
soltar um suspiro através dos lábios franzidos, sorriu para Wendell
—Uau, Del. — Aliviou seu aperto nos quadris de Wendell e
gentilmente esfregou seu torso, então passou as unhas de volta pelas
suas costelas. —Você se sente. — Ele ofereceu a seu companheiro um
olhar faminto. —Indescritível.
Wendell sorriu amplamente, seus olhos azuis brilhando.
—Você também. Uau. — Ele suspirou e balançou um pouco, um
arrepio rolando em sua forma magra.
—Nunca fui nu antes. Sente-se... mmm, nada como isso. —
Nivelando um olhar aquecido com Teague, Wendell sussurrou; —Posso
pensar em tantas maneiras divertidas de tomar vantagem do seu tempo
de recuperação. — Teague rosnou.
—Meu, Wendell. Você é meu. Diga! Nenhum outro. — Enquanto
falava, ele agarrou os quadris de Wendell novamente e puxou-o
parcialmente para fora do seu pau. O movimento dele ganhou um
suspiro do seu companheiro, que moveu as mãos para os seus pulsos,
segurando firme.
Flexionando as pernas, enfiou os calcanhares no colchão
embaixo dele e começou a estalar os quadris, fodendo a bunda do seu
companheiro em traços rápidos e entorpecentes.
—Diz! — Gemendo e arqueando, Wendell inclinou a cabeça para
trás.
—Seu! Oh, Deus, sim. — Ele revirou os quadris, então gritou,
sua voz cheia de êxtase. —Sim! Seu, Teague! Deus, foda-me!
Seus instintos possessivos amenizaram no momento, enrolou o
lábio e fez o mesmo que Wendell. Solicitou. Ele estalou os quadris para
cima e para baixo, repetidamente batendo nele.
O aperto ondulante e a liberação dos músculos internos do seu
companheiro oferecia a massagem mais requintada que ele já havia
experimentado. Com um grito, Wendell estremeceu em seus braços. Seu
pau se contorceu e empurrou em sua virilha, pulverizando seu sêmen no
peito de Teague.
Ao sentir-se marcado por Wendell, sabendo que ele levaria seu
cheiro humano por dias, as suas bolas se contraíram. Puxou Wendell até
sua virilha, enterrando-se o mais profundamente possível. Ele congelou,
se entregando nos apertos pulsantes acariciando seu pau. Incapaz de
segurá-lo, e nem mesmo querendo, se deu a necessidade do seu corpo.
Quando seu orgasmo passou por ele, demorou alguns segundos
para aproveitar o entorpecimento mental de endorfinas surgindo através
do seu corpo enquanto ele derramava seu sêmen em seu amante.
Sentindo seu lobo uivar no fundo da sua mente, sentiu vontade de fazer
o mesmo. Ele cedeu ao desejo e seu corpo tremeu quando ele gritou o
nome do seu companheiro com prazer.
Incapaz de se ajudar, no instante seguinte, passou os braços ao
redor de Wendell e o puxou. Baixando. Ele envolveu sua mandíbula no
ombro do seu companheiro e afundou seus caninos estendidos em sua
marca de acasalamento. A ambrosia quente e doce que era o sangue do
seu amante fluiu através da sua língua.
Ouviu o grito de Wendell e sentiu-o gemer e se contorcer em
seus braços. Chupando a ferida ele saboreou o fluído doador com sabor
de ferro. O cheiro do esperma ligeiramente salgado de Wendell
perfumava o ar, e a sensação da massagem rítmica em seu pau ainda
incorporado disse a ele que Wendell gozou de novo.
Aliviando os dentes da carne de Wendell, lambeu a ferida,
selando-a. Ele beijou seu caminho no pescoço dele, depois acariciou sua
bochecha. Depois de colocar alguns beijos suaves na pele abaixo do
ouvido do seu companheiro, deitou a cabeça para trás e suspirou.
Relaxando, nem tentou lutar contra o que sabia ser um sorriso
bem-humorado.
—Uau. — Riu profundamente, esfregando as costas de Wendell
para cima e para baixo, apreciando a sensação da carne do seu
companheiro. —Você, eu... — Bufou com sua incapacidade de amarrar
duas palavras juntas. Rindo, ele terminou; —Obrigado.
Wendell cantarolou e virou a cabeça para poder encontrar seu
olhar. Seus olhos estavam com as pálpebras pesadas e ele exibia seu
próprio sorriso tolo e satisfeito. Depois de piscar uma vez, duas, ele
suspirou e acariciou sua bochecha contra o peito de Teague.
—Tenho certeza que eu deveria estar agradecendo a você. —
Resmungou Wendell, também rindo.
Sorriu, deslizando uma mão para cima, para poder deslizar as
pontas dos dedos em torno de sua marca. Satisfação e felicidade o
inundaram em igual medida quando ele viu um tremor sacudir Wendell e
ouvi-o assobiar.
Uma resposta tão sexy.
—Como você imagina isso? — Perguntou, embora a resposta
não importasse tanto quanto ver Wendell feliz.
Baixando a cabeça, Wendell se concentrou nele.
—Você acabou de me dar quatro orgasmos em uma hora. Não
acho que já experimentei isso antes.
Enquanto orgulho o inundou, não pôde deixar de declarar; —E
você me fez o shifter mais feliz do planeta, então eu acho que estamos
completos. — Sentindo seu pau sair do ânus de Wendell, ele gemeu
baixinho, já sentindo falta do calor do seu companheiro.
Teague apertou seus braços e mexeu os quadris, rolando-os.
Wendell guinchou e se debateu por um segundo antes de agarrar os
ombros dele. Dando-lhe um olhar indignado, ele ergueu uma
sobrancelha em questão. Deslizou a mão para cima e enfiou-a no cabelo
de Wendell, acariciando seu couro cabeludo.
—Eu definitivamente terei que trabalhar a minha resistência. —
Ele comentou, apreciando a sensação do seu companheiro em seus
braços, em sua cama. —E você sabe o que isso significa, não sabe?
Wendell ficou boquiaberto quando ele balançou a cabeça.
Balançando as sobrancelhas, declarou; —Eu vou me divertir
muito fodendo você de novo e de novo... e mais. — Ele sorriu faminto,
sua excitação começando a queimar através dele mais uma vez. —Será
meu prazer, afinal de contas.
—E o meu. — Wendell respondeu, pressionando em seu toque.
—E eu sou o humano mais sortudo.
Baixou a cabeça e logo antes de se agarrar ao pomo de Adão de
Wendell, comentou.
—Tão feliz que você se sente assim. — Contorcendo-se em seus
braços, uma risadinha escapando dele, Wendell agarrou os braços de
Teague, agarrando-se a ele.
—Oh! — Ele virou os quadris e pressionou um pau meio duro
contra os abdominais dele. —Teague!
—Amo ouvir você chorar meu nome. — Resmungou contra a
carne de Wendell. Uma batida forte na porta dele fez com que ele
levantasse a boca da garganta de Wendell. Rosnando, ele olhou na
direção da porta.
—Se não é muito importante, saiam!
O tenor semidivertido de Cayden entrou pela porta. —Cubra ele,
Teague.
Gemendo, Teague não lutou contra o desejo do seu lobo de
obedecer o seu irmão mais dominante. Ele viu o rosto corado de
Wendell, o olhar interrogativo, a explicação da hierarquia de bandos era
mais um item na lista para compartilhar com Wendell. Agarrando seu
edredom, ele virou-o sobre as duas cinturas.
—Entre. — Nas palavras dele, Cayden entrou, pisando à direita
da porta e fechando a porta atrás dele.
—Vale a pena. Confie em mim.
Teague assentiu enquanto esfregava a mão para cima e para
baixo do lado de Wendell. Sentindo o ligeiro desconforto do seu
companheiro, ele fez o seu melhor para acalmá-lo, mesmo quando ele
perguntou; —O que se passa, Cayden? — Sua pergunta tirou o olhar de
Cayden do trio de retratos na mesinha de cabeceira. Enquanto o seu
irmão levantou uma sobrancelha, ele não mencionou.
Em vez disso, ele disse; —Parece que Dalton não é o nome real
do seu perseguidor, Del. Quando Jared correu as impressões do homem,
elas voltaram por outro homem. Alguém chamado Milton Grearson.
—Como Jared conseguiu suas impressões? — Wendell
perguntou, ficando na posição sentada. Ele pegou um travesseiro e
abraçou-o contra o peito, escondendo o torso. Quando Teague se sentou
ao lado dele e o envolveu em sua braços, Wendell olhou para ele. —Você
não disse que ele não é um policial?
—Ele não é. — Confirmou. Ele voltou sua atenção para Cayden,
esperando que seu irmão respondesse a questão.
—Lyle enviou para ele. — Os lábios de Cayden se contraíram
quando ele se inclinou contra a parede atrás dele. —Como Jared é mais
rápido em executar impressões, cortando as informações do que
passando por canais oficiais. — Teague assentiu.
—Então, é Dalton? Ou Milton? — Ele acenou com a mão
distraidamente. —Qualquer que seja a porra do seu nome?
—Acontece que Milton tem um mandato excelente em
Tallahassee, Flórida. — A voz de Cayden assumiu um grunhido severo. —
Procurado como suspeito no desaparecimento de três jovens. — Ele se
concentrou em Wendell —Homens jovens que se parecem muito com
você em tamanho e cor.
—Oh meu deus! — Wendell engasgou, um tremor percorrendo
através dele. Ele pressionou mais forte contra Teague, o cheiro acre de
medo permeando-o. —Isso é... eu... — Estalando a boca, Wendell olhou
entre eles por alguns segundos. —Eu não sei o que dizer.
—Você não precisa dizer nada. — Cayden disse a ele, colocando
as mãos nos bolsos. —Nada foi culpa sua. Na verdade, sua declaração
dará credibilidade às alegações de que ele é um psicopata assassino, e
se não fosse por você, o bastardo não teria sido pego. — Cayden sorriu.
—Mas tudo isso pode esperar. Eu só queria contar a boa notícia de que
uma vez que os canais oficiais façam o processamento das impressões,
Milton será enviado de volta para a Flórida. Amanhã você pode dar o seu
testemunho para Grady e Lyle, e, idealmente, você não terá que pensar
no assunto novamente. — Sentindo os tremores continuados de Wendell,
Teague ofereceu a seu irmão um sorriso agradecido.
—Obrigado, Cayden. Nós apreciamos a notícia. — No olhar
interrogativo de Cayden, murmurou; —É só difícil de ouvir, isso é tudo.
Cayden assentiu. —Claro. — Olhando entre eles, ele
acrescentou; —Peço desculpas por matar o clima. — Seu olhar desviou
de volta para as fotos, e ele sorriu. —Embora, pela aparência das coisas,
não vai levar muito para trazê-lo de volta. — Abrindo a porta, ele
atravessou a abertura, falando por cima do ombro. —Pelo menos eu
esperei até você terminar a primeira rodada!
Balançando a cabeça, bufou ao ver Cayden fechar a porta atrás
dele. Ele retornou sua atenção para Wendell e baixou a cabeça para
poder acariciar sua têmpora.
—Meu irmão achou que ele estava ajudando. Achou que era
uma boa notícia. — Quando Wendell ergueu o queixo e focou nele, ele
acrescentou; —Você ajudou a tirar um assassino da rua. São boas
notícias.
—Eu não estava planejando isso, no entanto. — Wendell
sussurrou, lamento enchendo seus olhos. —Eu planejei esquecer toda a
experiência. — Teague agitou sua mente por um jeito de acalmar
Wendell.
—Bem, não acabou assim. — Ele deu um beijo em seus lábios
antes de acrescentar; —E não adianta se dedicar a algo que você não
pode mudar. — Provocando seus dedos indicadores pelo queixo de
Wendell, ele ficou satisfeito em ver as linhas de tensão diminuindo nele.
—Em vez disso, olhe para o futuro. — Rosnou e tocou os lábios do seu
companheiro com a ponta dos dedos. —Comigo.
Os lábios de Wendell se curvaram lentamente em um sorriso.
—Contigo?
—Oh, sim. — Teague roncou, satisfeito em sentir que o medo do
seu companheiro estava diminuindo. —Comigo. — Mais alguma distração
estavam em ordem, para não mencionar lembretes do futuro,
gentilmente puxou o travesseiro do aperto de Wendell, em seguida,
empurrou-o de costas. —Você prometeu me ajudar com a minha
resistência. — Teague passou o olhar aquecido pelo corpo de Wendell e
lambeu os lábios. —Há muito de você que eu ainda preciso explorar.
Quero tocar cada centímetro seu.
O torso de Wendell ficou vermelho e ele ofegou suavemente.
—Oh sim. — Exceto quando foi para um beijo, Wendell
pressionou as palmas das mãos contra os ombros, parando ele.
—O que é isso?
—Adoro a ideia de você me explorar. — Disse Wendell. —
Somente... — Quando Wendell empurrou as mãos de Teague, ele o
soltou, confuso. —Del? — Wendell se afastou da cama e sorriu de
repente. —Vamos explorar. — Ele esfregou a mão no seu estômago e
peito, então se virou e balançou os quadris, acenando sua bunda linda
sedutoramente. —No chuveiro.
Então Wendell passou pelo quarto até o banheiro de Teague,
fazendo com que seus globos se flexionassem. oh-tão-lindamente
rosnando, a antecipação percorreu-o, saltou da cama e deu perseguição.
Wendell o viu e riu, se afastando dele. Rindo sozinho, Teague envolveu
seu braços em volta do seu companheiro por trás, quando ambos
tropeçaram no banheiro, mais do que pronto para reafirmar seu vínculo.
—Você está exatamente onde deveria estar. — Teague falou
roucamente no ouvido de Wendell enquanto ele se contorcia. na água do
chuveiro. —Aqui comigo. Na minha vida e nos meus braços.
Wendell se virou para encarar Teague, depois colocou os braços
ao redor do seu pescoço e deu um beijo nos seus lábios.
—Apenas onde eu sempre estarei.
Rosnando de felicidade, levou Wendell para o chuveiro. Ele
pegou o sabonete e a bucha, em seguida, começou a explorar o seu
companheiro... lembrando o seu doce humano como grato ele era que
ele estava vivo e ali com ele.
Capítulo 13

Wendell considerou os últimos três dias verdadeiramente


mágicos, alterando sua vida também. Depois de uma noite incrível de
fazer amor, onde Teague parecia ter a missão de agradá-lo por horas
sem fim a fio, e seu amante era um estudante extremamente rápido, ele
acordou cansado, mas feliz. A manhã tinha chegado melhor ainda
quando Teague preparou seu ânus e deslizou seu pau, fazendo bom uso
de ambas suas ereções matinais.
Teague havia deixado ele ficar na cama enquanto ele tomava
banho e limpava tudo. Então vinte minutos depois ele trouxe o café da
manhã na cama, uma omelete vegetariana com pimentão em cubos,
cebolas, cogumelos, e queijo, bem como batatas fritas perfeitamente
crocantes, torradas com geleia de morango, e também uma muito
grande xícara de café. Enquanto eles comiam juntos na cama, notou que
a omelete de Teague continha salsicha, mas nunca uma vez seu amante
comentou sobre isso. Depois que terminou de comer, ele se limpou e se
vestiu. Então Teague o deixou no trabalho, prometendo buscá-lo depois.
Eles passaram a noite curtindo uma pequena caminhada e belo pôr do
sol antes de voltar para a casa de Teague para jantar com seus irmãos e
seus companheiros.
Os dias seguintes foram muito parecidos, com Teague
mostrando diferentes vistas panorâmicas. Para surpresa dele, até
mesmo Gracen no trabalho tornou-se um pouco mais acessível. Naquele
primeiro dia quando o assistente do grande dentista tinha entrado no
escritório para o seu turno da tarde, ele tinha passado da metade da
mesa da recepcionista, tendo já dado seu habitual aceno de cabeça,
quando ele parou e cheirou. A cabeça de Gracen se inclinou para o lado
por um instante, e então ele olhou em volta, talvez para confirmar que a
área de recepção estava vazia. Wendell tinha assistido em choque
quando o macho atravessou a escrivaninha. Apenas uma sugestão de um
sorriso tinha curvado os cantos dos seus lábios. Seus olhos cor de avelã
apresentavam um surpreendente grau de calor.
—Parabéns, Wendell. — Gracen murmurou. —Você foi
abençoado.
—Ob-obrigado. — Wendell precisava limpar a garganta antes
que ele pudesse acrescentar; —Eu definitivamente concordo.
Depois disso, Gracen continuou na parte de trás. O homem,
shifter, retornou ao silencioso aceno com a cabeça depois disso, mas eles
foram acompanhados pelo mesmo pequeno sorriso. Ele apreciou a
mudança.
—Você está prestes a sair? — Ouvindo a pergunta de Teague,
olhou por trás de si mesmo no espelho. Ele viu seu amante indo em
direção a ele, e ele já usava jaqueta. Enquanto Wendell assentiu, ele
ainda sentia mal-estar ao longo de suas terminações nervosas.
Teague passou os braços ao redor dele e acomodou o queixo no
seu ombro, encontrando seu olhar no espelho.
—Você está deslumbrante, como sempre, meu companheiro. —
Ele deu um beijo no seu pescoço, sorrindo para ele. —Tão sexy.
Zombou mesmo enquanto inclinava a cabeça, aceitando os
aconchego do seu amante.
Ele amava como tátil os shifters eram, e ele se sentiu
abençoado por finalmente ter encontrado Teague.
Sempre que surgiam dúvidas sobre sua mente, a natureza
melindrosa do homem percorreu um longo caminho para lembra-lo que
seu homem queria ele.
—Eu acho que você é tendencioso. — Brincou, alcançando atrás
de si para apalpar os quadris de Teague.
O ardor cresceu em seu torso, e ele cantarolou.
—E se você não acabar com isso, nós vamos nos atrasar, porque
eu me recuso a ser apresentado ao seu bando enquanto ostentando uma
ereção. — Teague gemeu mesmo quando ele o soltou.
—Você é tão fodidamente irresistível. — Ele deu um suspiro,
recuando. —Você está certo. E nós realmente não devemos nos atrasar.
Também sabia disso. Virando-se, ele levantou os braços de seus
lados para mostrar seu jeans preto e camiseta de manga comprida.
—OK. Vamos chegar lá. Onde eu deixei minhas botas de
caminhada?
—Eu as limpei esta manhã. — Teague apontou para as portas
francesas que levavam ao deck envolvente. —Elas estão do lado de fora
da porta.
—Oh, obrigado! — Havia trazido uma escova de sua casa
naquela tarde. Ele pretendia limpar a lama que ele havia coberto nas
botas durante a última caminhada. Virando-se para o Portas francesas,
foi para lá. —Isso foi muito gentil da sua parte.
—O prazer é meu. — Teague o seguiu, segurando sua bunda
enquanto ele sussurrava apreciativa mente. —Estou completamente
certo que você pode fazer isso para mim mais tarde. Sentindo o toque
íntimo, sentiu o calor do sangue fluir para o sul. Ele gemeu e saltou
alguns passos para frente, afastando-se do seu amante. Virou-se e fez
uma careta, abanando o dedo Teague.
—Provocação.
Teague riu profundamente, seus olhos castanhos brilhando.
—Só se eu não entregar. — Rindo, começou a puxar as botas.
Quando ele terminou, endireitou-se e encontrou Teague estendendo a
jaqueta para ele. Pegou e a colocou.
Trinta minutos depois, segurou firme a alça de merda onde ele
se sentou no banco de trás da picape de Dolan. Ele notou que Teague,
que estava sentado à sua esquerda, e Cecil, que estava sentado à frente
no assento do passageiro, estavam fazendo o mesmo. Finalmente, vários
outros veículos surgiram e Dolan estacionou o caminhão.
—Uau. — Murmurou quando ele saiu cuidadosamente do carro.
—Estamos bem isolados.
—Tem que ter um lugar isolado para um direito de desafio de
posição beta. — Explicou Cecil, liderando o caminho em direção às
árvores. Ele sorriu largamente, piscando para ele. —Dessa forma, um
bando de lobos rosnando e rugindo não chama a atenção de ninguém.
Teague apareceu ao seu lado rapidamente, entrelaçando seus
dedos, e os quatro homens fizeram o seu caminho para a floresta. Eles
provavelmente só tinham andado seis metros na floresta quando ouviu
seu nome ser gritado atrás dele.
Parando e virando, ele viu Lyle correndo em direção a ele. Ele
viu o olhar de preocupação no rosto do homem, e a tensão cravou
através dele.
—Oi, detetive. — Cumprimentou, esperando que ele estivesse
exagerando. —O que está acontecendo?
—Sinto muito ser o portador de más notícias, Wendell. — As
feições de Lyle estavam distorcidas de frustração quando ele parou ante
o grupo. —Parece que o policial Clawson decidiu que conseguir um
encontro com uma garota era mais importante do que seguir o
procedimento adequado. Milton foi libertado sob fiança e está
atualmente em fuga.
Envolvendo seus braços ao redor de si mesmo, sentiu sua
mente desligar. Ele abriu a boca para responder. Mas nada saiu. Quando
Teague passou os braços ao redor dele, esfregando os braços para cima
e para baixo, Wendell percebeu que ele tremia.
—Como diabos isso pode acontecer? — Teague exigiu. Ao
mesmo tempo, Cecil perguntou;
—Como diabos ele pagou a fiança?
—Ele não pagou. — Admitiu Lyle. —Só porque sabíamos que
Dalton era Milton, ainda tínhamos que esperar a impressão voltar
através dos canais apropriados. Nesse meio tempo, Dalton estava
sentado em uma cela choramingando. — Passando a mão pelo cabelo
escuro, Lyle balançou a cabeça. —Nem Grady nem eu estávamos em
dever ontem. Eu não sei como, mas Adaline apareceu e deve ter tocado
uma música e dança porque o policial Clawson aceitou seu dinheiro como
fiança de Dalton, e ninguém o viu nem Adaline desde então.
—Espero que ele tenha sido demitido. — Dolan resmungou,
cruzando os braços sobre o peito musculoso.
—Eu ainda não ouvi o que o chefe vai fazer, mas ele não está
feliz. — Lyle disse a eles. Empurrando suas mãos nos bolsos da jaqueta,
ele encolheu os ombros magros. —Especialmente desde que as
impressões voltaram hoje revelando quem é Dalton.
—E-então o que devo fazer? — Se aconchegou mais no abraço
de Teague. Ele envolveu seus braços ao redor da cintura do seu amante
e descansou sua bochecha no seu peito. —Eu não posso me esconder.
Teague baixou a cabeça e deu um beijo no templo de Wendell.
—Eu disse a você que eu sempre manteria você seguro. Eu...
—Bem, isso é simplesmente perfeito.
Sabendo de quem era aquela voz, Wendell girou a cabeça,
batendo o lado do rosto no queixo de Teague no processo. Até mesmo o
pulso da dor dificilmente registrava o pico de medo. Para fazer as coisas
pior, ele viu que Dalton não estava sozinho... Adaline estava com ele.
Ah, e ambos carregavam espingardas.
—Você tem sido um animal de estimação ruim, Wendell. — Os
olhos castanhos de Dalton brilharam com uma mistura de alegria e
malícia. —Você roubou o querido e doce homem de Adaline. — Ele falou.
—Nada como uma mulher desprezada.
—Dalton, você não quer fazer isso. — Declarou Lyle, tirando as
mãos dos bolsos. —Você está apenas tornando a sua situação pior.
—Mãos no ar, Lyle. — Adaline ordenou, apontando a arma para
ele. —Nem pense em ir para aquela arma no seu quadril.
Lyle obedeceu lentamente. Seus olhos se estreitaram e suas
narinas se abriram. Parecia que ele estava farejando o vento.
—Adaline, por favor. — A voz profunda de Teague manteve um
tom suave e retumbante. —Tente entender, nunca teria funcionado entre
nós. Não faça isso.
Wendell imaginou que Teague estava tentando apelar para o
senso comum da mulher, mas era fácil de ver que não estava
funcionando. —Oh, Teague, eu sei que você não é um viado. — Adaline
cantarolou. —Você está apenas confuso. Dalton explicou como Wendell é
bom chupador de pau. Não se preocupe. Eu te perdoo. — Então a dor na
expressão dela virou astuta quando ela olhou para Dalton. —Além disso,
Dalton aqui tem me explicado as alegrias da dominação. Eu não quero
mais você como meu namorado. Você vai ser meu animal de estimação,
em vez disso. — Os olhos pálidos de Adaline assumiram um brilho
maníaco quando ela riu. —Ele vai me ajudar a treinar você. Ter você me
esperando de mãos e pés será muito melhor do que um namorado
esquecido.
Uma onda de ciúme possessivo percorreu Wendell, permitindo
que ele reunisse pelo menos alguma de sua esperteza.
—Sobre o meu cadáver, cadela. — Ele retrucou, olhando para
Adaline.
—Infelizmente, não. — Adaline soou verdadeiramente triste
quando ela balançou a cabeça, mas depois ela se animou. —Pelo menos
eu vou ver Dalton quebrar você. Isso vai ser ainda melhor, eu acho.
—Chega de conversa. Vocês dois, afastem-se dos outros. —
Dalton acenou com o cano da arma entre Teague e Wendell. —Hora de
irmos.
—Você não pode pensar que vou deixar você levar meu irmão
ou o homem dele. — Afirmou Cecil. —Isso não está acontecendo.
Dalton riu.
—Por que você acha que eu disse que isso é perfeito? Você está
bem aqui no meio de lugar algum. Muitos predadores ao redor para
comer você e espalhar seus ossos.
Sorrindo, ele ergueu sua espingarda e apontou para o torso de
Cecil. —Com o quão confusas as espingardas são, eles estarão aqui em
breve. Duvido que alguém encontre seus restos mortais. — Então Dalton
franziu o cenho ao olhar para Wendell. —Por que você não está se
movendo, ainda?
Um grunhido baixo soou da esquerda de Wendell. Outro veio da
direita dele. Como parecia esquerda e direita, ainda mais rosnados
ferozes se juntaram ao primeiro casal.
Wendell ficou boquiaberto e instintivamente se aproximou de
Teague. O braço do seu amante o apertou mais forte, então aliviou um
pouco. Seu polegar brincou ao longo das costelas que ele podia alcançar.
O movimento foi reconfortante e Wendell relaxou contra ele.
—Que porra é essa? — Dalton deu um passo para trás. —Merda.
Há lobos nessas florestas? — Ele olhou para Adaline. —Você não me
disse que havia um enorme bando de lobos aqui em cima.
Pelo menos Wendell entendia como Dalton os havia encontrado.
Era evidente que Adaline tinha socorrido o psicótico e se uniu a ele na
esperança de colocar suas mãozinhas sujas em Teague. Parecia que ela
era tão louca quanto Dalton.
—Eu não sabia, mas eles são apenas animais selvagens. —
Afirmou Adaline. —Tenho certeza que eles vão se espalhar. — Ela
apontou para o céu e disparou. Os grunhidos e rosnados ficaram mais
altos. Um enorme lobo marrom avançou, flanqueado por um marrom
menor. Esse deve ter sido o sinal, para lobos de todas as cores, todos
eles grandes, agressividade em suas posições, começaram a se arrastar
para frente, circulando Dalton e Adaline.
—Isso não funcionou. — Apontou Dalton desnecessariamente. O
medo permeava seu tom. —O que agora?
—Hum, bem... — Adaline não parecia saber o que fazer.
—Vamos dar a eles o que eles querem. — Dalton apontou a
espingarda de volta para Cecil. Seus olhos brilharam com uma mistura
de pânico e algo mais. Loucura? —Aqui está um lanche, cachorrinhos.
Quando a rajada da espingarda ecoou pela floresta, Teague
usou seu poder para empurrar Wendell para o chão. Uma segunda
rodada de tiroteio explodiu, este soando mais alto, mais poderoso. Ele
virou a cabeça apenas a tempo de assistir Dalton cair no chão. Seu rosto
estava virado na outra direção. Mas o sangue se acumulou sob o torso.
Um grito feminino cresceu no ar.
—Cale a boca, Adaline. — Ordenou Lyle duramente, e o barulho
deixou de ser substituído por soluços e choramingando.
—Cecil? — Dolan chorou.
—Estou bem. Apenas alguns cortes. — Cecil respondeu, embora
tenha sibilado dolorosamente. —Como está Gracen? — Um lobo rosnou
suavemente, depois choramingou.
—Wendell? — Teague gentilmente embalou seu rosto, pedindo-
lhe para virar a cabeça. —Você está bem, Del? — Recuando para si
mesmo, afastou o foco da forma inclinada de Dalton.
—O que aconteceu? — Ele passou seu olhar sobre o rosto de
Teague, lendo sua preocupação. —Você está bem? — Teague assentiu.
—Sim. — Ele rolou de joelhos, então ele estendeu a mão e
ajudou Wendell a se sentar. Enfiando os dedos de uma mão no cabelo
dele, ele o puxou para perto do outro. —Somente apavorado por você. —
Ele sussurrou antes de selar seus lábios sobre Wendell. Afundando no
beijo, perdeu a noção do tempo.
Ele sentiu seu sangue bombear em suas veias, banindo o medo
e aquecendo-o de dentro para fora. Gemendo na boca do seu amante,
ele agarrou a jaqueta de Teague se pressionando perto. Finalmente,
Teague levantou a cabeça, terminando o beijo. Ele descansou a testa
contra Wendell e sorriu.
—Você sempre vai ser muito problemático, meu companheiro?
—Não pretendo ser. — Wendell sentiu suas bochechas
esquentarem, sabendo que ele corou. —Minha vida costumava ser
realmente chata.
Olhou ao redor, tomando cuidado para manter o olhar longe da
forma caída de Dalton. Ele viu Cecil sentado no chão com um pequeno
loiro agachado ao lado dele. O cara parecia ser um médico porque ele
estava colocando uma bandagem em seu torso nu. Dolan sentou ao lado
de Cecil parecendo um pouco verde. Nas guelras até quando sorriu para
ele.
—Não se preocupe, Gracen. — Disse Alfa Declan, chamando a
atenção de Wendell. —Estou cancelando o desafio beta. Pode esperar até
que você tenha curado. É o mínimo que posso fazer para agradecer-lhe
por empurrar Cecil e Dolan fora do caminho do tiro daquele idiota.
O lobo marrom escuro bufou suavemente, mas não foi além
disso. Seu casaco estava marcado de sangue, e alguns homens pareciam
estar trabalhando em suas feridas. Adaline estava longe de ser vista.
—Ela não fugiu, não foi?
—Não. — Jared afirmou de onde ele estava perto do corpo de
Dalton. —Lyle a levou para minha casa. Eu tenho uma cela agradável e
aconchegante. — Ele balançou as sobrancelhas. —Quero dizer uma suíte
em que ela pode ficar até que um dos nossos amigos vampiros possam
aparecer. Eles vão ajustar sua memória, então ela vai achar que estava
caçando com esse imbecil. — Jared usou um polegar para apontar para
Dalton. —Vai ser um pouco arrumado história de capa o suficiente.
Wendell passou o olhar pelo grupo. Ninguém parecia
preocupado com o que tinha acabado de aconteceu. Olhando pasmado
para Teague, murmurou;
—Você vai encobrir isso assim? — Teague assentiu.
—Sim. Bem desse jeito. — Cecil riu e depois assobiou. Ainda
assim, ele declarou; —Bem-vindo ao mundo paranormal, Wendell. —
Sorriu amplamente, embora ainda houvesse dor em seus olhos. —Nós
cuidamos de nós mesmos, e você é nosso.
—Uau. — Wendell olhou ao redor do grupo novamente. —
Obrigado. Obrigado a todos!
Wendell recebeu um largo sorriso de Jared e um aceno de
cabeça de Declan. O lobo chiou mais uma vez, então rosnou, prendendo
as orelhas e focando um olhar irritado em um dos loiros trabalhando
nele. —Desculpe. — O cara sussurrou. —Apenas fique parado.
—Vamos. — Encorajou Teague, levantando-se e encorajando-o a
fazer o mesmo. —Vamos levar meu irmão para casa, para que Dolan
possa lhe dar um pouco de soro. — Pressionando um beijo no templo de
Wendell, ele murmurou; —E eu pretendo verificar você também.
—O mesmo aqui. — Imediatamente sussurrou de volta. —
Estava preocupado com você também.
Teague cantarolou e balançou a cabeça, sua expressão
aquecida.
Depois de ajudar os outros a colocar Cecil de pé, Wendell olhou
em volta mais uma vez antes de Teague envolver o braço ao redor da
sua cintura e o levar de volta pela floresta. Quando se afastou da cena
louca atrás dele, percebeu que, mesmo que houvesse um maneira, ele
nunca voltaria no tempo e mudaria as coisas. Aconchegando-se contra
Teague, ele sabia que ele estava exatamente onde deveria estar.

Fim

You might also like