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Lição 1 - [Adultos] - Ezequiel o Atalaia de Deus - 02-10-2022

OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO
e na cor AZUL algumas orientações extras.

Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula
em vídeo e complemente com esse comentário.

TEXTO ÁUREO

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)

VERDADE PRÁTICA

Além de guardar e cuidar, a missão do atalaia é anunciar tanto o julgamento divino como as
Boas-Novas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ezequiel 3.16-21,27

PALAVRA-CHAVE- Atalaia

Para quem quer se aprofundar mais o Livro de apoio da Revista serve como um comentário
resumido do Livro de Ezequiel sobre os versículos dos capítulos abordados nas lições.

INTRODUÇÃO

As treze lições do presente trimestre foram selecionadas do livro do profeta Ezequiel. Como
compreender um livro tão antigo e, ao mesmo tempo, complexo? O livro de Ezequiel tem
correlação com o livro do Apocalipse. Nesse sentido, o nível de complexidade é parecido.
Entretanto, isso não pode nos desmotivar a perseverar em seu estudo. Por que é importante o
estudo desse livro hoje? Primeiro, porque desde o primeiro capítulo até o último, ele nos leva
a refletir a respeito da soberania de Deus em nossas vidas e na vida das nações. Nesse caso a
sobre a história de Israel e das nações no geral. Segundo, porque o livro nos leva a uma
avaliação contínua sobre o nosso relacionamento com Deus.
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Também nos fornece algumas informações sobre a vida futura e aproxima-nos de um livro
muito difícil com poucos estudos específicos disponíveis sobre ele.

A presente lição trata da responsabilidade dos atalaias constituídos por Deus, ontem e hoje.

I - SOBRE O LIVRO DE EZEQUIEL

O Livro de Ezequiel antecipa a tradição apocalíptica das Escrituras e pode ser dividido em três
partes principais: a primeira, capítulos 1–24; a segunda, capítulos 25–32; e a terceira, capítulos
33–48.

1. Primeira parte.

Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém, do


Templo e ocupa os primeiros 24 capítulos do livro. Nessa parte está a visão inaugural do
ministério profético de Ezequiel (Ez 1.1-3) quando recebeu a visão da glória de Deus (Ez 1.26-
28). Ezequiel era sacerdote (Ez 1.3), mas foi chamado também para ser atalaia ou profeta de
Israel. A visão inaugural de Ezequiel que o consagrou como profeta aconteceu “no quinto ano
de cativeiro do rei Joaquim” (Ez 1.2). Ele afirma que se encontrava junto ao rio Quebar, um canal
numa vila da Babilônia, chamada Tel-Abibe (3.15), onde vivia uma comunidade de exilados
judeus. Os discursos dessa primeira parte do livro são predominantemente de ameaças e juízos
(Ez 7.2-4) contra a prostituição e idolatria do povo (Ez 8.15). A mensagem traz também uma
série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (Ez 7.26,27; Ez 13.2-
4; 22.26,27,31).

Desta primeira parte, então, os estudos do livro analisam a função de Ezequiel como atalaia
(3.16-27); os oráculos sobre o juízo (7.1-13) e contra os falsos profetas (13.1-23); a saída da
glória de Deus do templo (8.1–11.25); a justiça divina (14.12-23) e a responsabilidade
individual (18.1-4, 19-32).

Nesse caso em nossa revista desse trimestre as lições de 1 - 7 estão relacionadas com a primeira
parte do livro de Ezequiel (capítulos de 1 - 24).

2. Segunda parte.

Depois dos pronunciamentos de juízo contra Judá e Israel, os oráculos divinos (mensagens de
Deus transmitida por meio dos profetas) são direcionados contra às nações vizinhas: Amon,
Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito (Ez 25–32). Isso revela que Javé não é somente o
Deus de Israel, mas também de todas as nações, soberano em todo o universo (Êx 19.5; Sl 24.1;
Ap 4.11).

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Sl 24:1 na (ARC) diz: Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele
habitam.

A soberania de Deus é sua autoridade inquestionável que exerce sobre todas as coisas criadas,
quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios.
Tudo está debaixo do seu controle, mas isso não quer dizer que Deus é responsável por nossos
erros.

A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto
e necessário - todos precisamos dele para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.

A segunda parte do livro de Ezequiel vai dos capítulos 25 - 32 e essa revista não fará menção
deles que tratam das mensagens para as nações.

3. Terceira parte.

Começa com a notícia da queda de Jerusalém (Ez 33.21). Até o capítulo 29, predominam as
ameaças de castigo, as advertências, as denúncias de apostasia, idolatria, imoralidade,
violência, abuso de autoridade, falsos profetas, injustiça social e apelos ao arrependimento. A
ênfase dos capítulos anteriores a esta nova seção recai sobre o castigo, embora haja também
alguns lampejos de esperança (3:14-18; 23:1-8; 24:4-7). Era o tempo de arrancar e derrubar,
destruir e arrasar. No entanto, depois de receber o castigo pelos seus pecados e viver um longo
período no exílio, viria o tempo de edificar e de plantar (Ez 1:10).

Os oráculos dos capítulos 33 a 39 falam do retorno dos judeus de todas as partes do mundo à
terra de seus antepassados, incluindo a visão do vale de ossos secos. São profecias sobre a
restauração nacional, que se cumprem em Israel na atualidade, e sobre a regeneração espiritual
de toda a casa de Israel (Ez 36.25-27; 37.14; Zc 12.10). As profecias dos capítulos 38 e 39 falam
da invasão e derrota de Gogue e seu bando à Terra Santa. O livro de Ezequiel termina com a
visão do novo templo e da redenção para Israel e toda humanidade como resposta à primeira
visão (Ez 40 – 48).

Nessa terceira parte, os discursos são de esperança. A partir dessa notícia da queda de
Jerusalém, ofício profético de Ezequiel é de um pastor entre os exilados, ajudando e
confortando os sobreviventes.

As Lições de 8 - 13 dessa revista estão dentro dessa terceira parte do livro de Ezequiel (capítulos
33 - 48).

Dividir o livro de Ezequiel em partes ajuda a termos uma visão panorâmica sobre os assuntos
tratados no livro e facilita a nossa compreensão na hora de estudarmos o livro em detalhes.

Todos nós que estudamos a Bíblia precisamos de uma visão panorâmica de cada livro ou carta
que estamos estudando. Para isso existem livros com essa finalidade:
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Através da Bíblia livro por livro - Myer Pearlman – Editora Vida

Como ler a Bíblia livro por livro - Gordon Fee e Douglas Stuart – Editora Vida Nova

Estudo Panorâmico da Bíblia - Henriqueta C. Mears – Editora Vida

SINÓPSE I

O Livro de Ezequiel pode ser dividido em três partes principais: a primeira parte, capítulos 1–
24; segunda, capítulos 25–32; e terceira, capítulos 33–48.

II - SOBRE O PROFETA

As poucas informações sobre a vida pessoal de Ezequiel estão nos relatos entrelaçados nas
profecias registradas no livro. Ele não é mencionado nos outros livros do Antigo Testamento.

1. Identidade.

Seu nome hebraico é Yehez’qel, “fortalecido por Deus”, e não aparece nos relatos dos Reis e
das Crônicas. O pouco que se sabe a respeito dele é o que lemos no livro que leva o seu nome,
são alguns detalhes de sua vida pessoal. E esses fatos aparecem para ilustrar a situação exílica
de seus compatriotas na Babilônia (Ez 12.4-7). Ezequiel foi um profeta e sacerdote e mais do
que qualquer outro profeta, ele recebeu ordens de Deus para identificar-se pessoalmente com
a palavra profética, expressando-a através do simbolismo profético. Ele viveu entre os exilados
na Babilônia (Ez 8.1; 20.1) e iniciou o seu ministério ali, no cativeiro, quando completou 30
anos de idade “no trigésimo ano” (Ez 1.1). Não se sabe a data exata do fim do seu ministério
mas, com base nos dados cronológicos apresentados no livro, sabemos que o seu ofício durou
cerca de 22 anos.

2. Procedência.

Ezequiel era de Jerusalém e pertencia a uma família sacerdotal, “filho de Buzi” (Ez 1.3). Ele foi
levado para a Babilônia na primeira leva de deportados em 597 a.C., quando o rei
Nabucodonosor depôs Joaquim do trono de Jerusalém, levando-o para a Babilônia e pondo
Zedequias, seu irmão, em seu lugar (2 Rs 24.10-17). Daniel estava também entre eles (Dn 1.3-
6). Enquanto Ezequiel vivia entre os exilados e exercia o seu ministério profético entre o povo
(Ez 3.11), Daniel servia na corte de Nabucodonosor (Dn 1.19-21) e Jeremias profetizava em Judá
para o povo de Jerusalém (Jr 25.1; 26.1; 27.1).

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SINÓPSE II

O nome do profeta Ezequiel significa “fortalecido por Deus”. Ele era de Jerusalém e pertencia a
uma família de sacerdotes.

III - SOBRE O ATALAIA

1. Atalaia.

É uma palavra feminina de origem árabe, at-tallaat, “lugar alto”. A função do atalaia é descrita
em 2 Samuel 18.24-27 e 2 Reis 9.17-20 e melhor ilustrada pela parábola de um militar posto
como sentinela (Ez 33.2-6). Essas atividades são empregadas no Antigo Testamento aos
profetas de maneira metafórica por causa da responsabilidade da sentinela militar e do profeta
de avisar sobre o perigo.

No Antigo Testamento, o ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando Deus levantava um
profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu nome para toda a nação e até para povos
estranhos.

Muitas das profecias do profeta Ezequiel estão relacionadas ao Templo e a seu significado como
símbolo da presença de Deus em Israel. Sua pregação abordava múltiplos assuntos e trazia um
cativante repertório de imagens, onde ele descrevia tanto experiências pessoais como
expectativas para o futuro.

Para quem se interessa em aprender sobre as profecias Bíblicas e seus cumprimentos eu indico
o livro Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica - CPAD

2. “O fim dos sete dias” (v.16).

Assista o Expondo as Escrituras para ampliar sua compreensão sobre o restante da lição.

O profeta se refere à primeira visão com a qual inaugura o seu ministério profético, que ocupa
todo capítulo 1: a visão da glória de Deus (Ez 1.26-28). Há uma mudança brusca do gênero
literário apocalíptico nessa visão da carruagem, para o estilo típico dos profetas, “veio à palavra
do Senhor...”, ao introduzir o seu chamado para ser atalaia.

A comunicação divina aos profetas no Antigo Testamento acontecia tanto por meio da palavra
como pela visão, ou seja, audição ou visão, som e imagem. Temos vários exemplos em relação
a receberem visão no livro de outros profetas: “Visão que Isaías, filho de Amoz, teve (Is 1.1);
“Visão de Obadias” (Ob 1); “Palavra do Senhor que em visão veio a Miqueias” (Mq 1.1); “Livro da
visão de Naum” (Na 1.1); “Peso que viu o profeta Habacuque” (1.1, ARC).

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A palavra do Senhor veio a mim. Indicação inconfundível da comunicação divina,


diferentemente da natureza da atividade profética inicial, as visões, essa fórmula verbal de
revelação indica ser externa, direta e audível. Isso vem direto do Espírito de Deus: “Enquanto
falava comigo, o Espírito entrou em mim e me fez ficar em pé, e ouvi aquele que falava comigo”
(2.2);

O fim dos sete dias deve ser o tempo que ele esperou para recuperar suas forças depois do
impacto da visão da glória de Deus (Ez 1.28; 3.14).

3. A expressão “filho do homem” (v.17a).

Deus não se dirige ao profeta pelo seu nome, mas como “filho do homem” (v.17a), em hebraico,
ben ’adam, aparece 93 vezes ao longo do livro e seis vezes só no capítulo 3. Nenhum outro
profeta recebe esse título. Isso faz lembrar a natureza humana fragilizada e pecadora ao passo
que Deus é o Senhor da glória. Somente o Senhor Jesus usava esse título se referindo a si
mesmo nos quatro Evangelhos a partir de Mateus 8.20. O título vem acompanhado de artigo,
pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem (Rm 1.1-4). Adão é o cabeça
da humanidade pecadora e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em
Jesus Cristo recebem vida eterna (Rm 5.12-21).

Quando Deus enfatiza a natureza humana fragilizada e pecadora, Ele faz isso para nos
demonstrar nossa necessidade de salvação. Podemos ver durante os relatos bíblicos como o
homem sem Deus se comporta. Apenas em Jesus é possível viver uma nova vida e receber a
vida eterna.

4. O “atalaia sobre a casa de Israel” (v.17b).

Deus sabia, de antemão, que os filhos de Israel, no exílio, continuariam na sua rebelião (Ez 3.7).
Ez 3:7 (NVT): O povo de Israel, porém, não lhe dará ouvidos, assim como não deu ouvidos a
mim. Pois todos eles têm o coração duro e são teimosos.

Deus é onisciente e por isso sabia o que passava no coração do seu povo, mas mesmo assim
levanta Ezequiel como um vigia espiritual sobre seu povo, para que eles soubessem que Deus
estava preocupado com seu arrependimento.

Assim, Ezequiel foi constituído, por Deus, atalaia para profetizar aos “filhos de Israel” (Ez 2.3-
7). Ele não esperava resultado de sua pregação (Ez 3.11), seu propósito era advertir os filhos de
Israel, pois, “hão de saber que esteve no meio deles um profeta” (Ez 2.5).

Como igreja somos atalaias de Deus e não podemos levar para o lado pessoal quando pessoas
negam ouvir ou obedecer a Palavra de Deus. Nossa parte é pregar e ensinar o Evangelho.
Ezequiel começou seu ministério tendo consciência que o povo rejeitaria sua mensagem.
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Ez 3:11 (NVT): Depois, vá a seu povo no exílio e diga-lhes: ‘Assim diz o SENHOR Soberano!’.
Faça isso quer eles ouçam quer não”.

Aqui fica uma advertência para pessoas que querem sempre ver resultados imediatos em suas
pregações. O que importa não é nosso desempenho que é medido por muitos através do povo
dá glória, levantar as mãos, levantar dos bancos e etc. Nossa parte é transmitir da parte de Deus
sua palavra, porém a aceitação e o resultado não estão em nossas mãos.

SINÓPSE III

Atalaia significa “lugar alto”. Era uma função com propósito de avisar a respeito do perigo. O
profeta Ezequiel era o atalaia de Deus.

IV - SOBRE A RESPONSABILIDADE

A responsabilidade do profeta como atalaia sobre Israel se assemelha à nossa como cristão, na
qualidade de mensageiro das Boas-Novas de Cristo. Seu discurso alcança justos e injustos.

1. A responsabilidade do cristão (v.18).

São duas as responsabilidades principais do cristão: anunciar o Evangelho ao pecador e se


cuidar para permanecer em Cristo até o fim. Se o atalaia não avisar o ímpio sobre o seu mau
caminho e o perigo em que ele se encontra, certamente, o ímpio vai perecer, e o mensageiro
será cobrado diante de Deus (v.18; Ez 33.8).

A vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio
tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja
salvo (Is 55.6, 7).

Escreveu o apóstolo Paulo: “E ai de mim se não anunciar o evangelho” (1 Co 9.16).

Paulo compreende sua missão como membro do corpo de Cristo. Anunciar o Evangelho não é
uma opção e sim um dever de todo o cristão.

Mt 28:18-20 (ARC): 18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no
céu e na terra. 19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; 20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

É verdade que Deus quer livrar cada um dos filhos de Israel da iminente destruição, mas esse
discurso não se encerra aí, pois Deus se interessa individualmente por cada pessoa, pois são

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“as pessoas, criadas à semelhança de Deus” (Tg 3.9). Assim, essa mensagem é atual, e esse
compromisso não se restringe ao profeta; é uma responsabilidade de todos nós (2Tm 4.2).

2Tm 4:2 (ARC): que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

Também é dever do justo perseverar até o fim, porque, se ele ceder, a sua justiça não será
levada em conta (v. 20; Ez 33.13) conforme ensina o Novo Testamento (Mt 24.13; Jo 17.12; 2
Pe 2.20-22).

2Pe 2:20-22 (ARC): 20 - Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo
mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são
vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. 21 - Pois melhor lhes fora nunca
tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás,
apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. 22 - Com eles aconteceu o que diz
certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a
revolver-se no lamaçal.

2. A responsabilidade do ímpio (vv.19,27).

Quando anunciamos o Evangelho e o pecador rejeita a salvação em Cristo, tal rejeição vai
testificar contra ele mesmo naquele dia (At 18.6; 20.26,27). Deus disse a Ezequiel: “Quem ouvir
ouça, e quem deixar de ouvir deixe” (v. 27). A expressão usada pelo Senhor Jesus: “Quem tem
ouvidos para ouvir ouça” (Mt 11.15), em passagens paralelas (Mc 7.16; Lc 14.35) e em
Apocalipse 13.9, é uma fraseologia similar que vem de Ezequiel. Isso significa que Deus é a
fonte da profecia de Ezequiel e do Evangelho que pregamos (v.27a).

O sol que amolece a cera é o mesmo que endurece o barro. Isso significa que nem todas as
pessoas estão abertas para ouvirem a Palavra de Deus. Há os que ouvem a Palavra e se
arrependem, como os ninivitas de Jonas (Jn 3.10); no entanto, os sobreviventes da destruição
de Jerusalém, os quais por mais de 20 anos ouviram do profeta Jeremias os anúncios da queda
da cidade e foram testemunhas oculares do cumprimento dessas profecias, mesmo assim
rejeitaram todos os conselhos de Deus por meio do mesmo profeta (capítulos 42 e 43).

Quando anunciamos a Palavra de Deus como ela de fato é, não somos responsáveis pela recusa
do povo em ouvir e obedecer a essa Palavra. Aqui não se trata de insensibilidade do pregador
ou ensinador, mas, apenas dele saber que está cumprindo sua missão de anunciar a Palavra,
ainda que fique triste por pessoas recusarem a Palavra de Deus.

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3. A extensão da nossa responsabilidade (v.20).

Quando o justo se desvia, precisa igualmente ser alertado. Esse mesmo princípio na fé cristã
significa que temos responsabilidade diante de Deus por aquele irmão e aquela irmã que estão
se esfriando na fé ou que se afastaram dos cultos, principalmente na época de isolamento
social, e isso pode levá-los ao completo desvio. É dever nosso cuidar um dos outros na igreja
(1 Co 12.25).

1Co 12:25-27 (ARC): 25 - para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os
membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. 26 - De maneira que, se um membro
sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. 27 - Ora,
vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.

A nossa preocupação não é somente com o pecador ignorante, mas também com as ovelhas
que se desgarraram do rebanho (Lc 15.4-6).

Lc 15:4-6 (ARC): 4 - Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma
delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-
la? 5 - Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. 6 - E, indo para casa, reúne os
amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

SINOPSE IV

A responsabilidade do profeta como atalaia sobre Israel se assemelha a nossa como cristãos,
na qualidade de mensageiro das Boas-Novas de Cristo.

CONCLUSÃO

Nesta primeira lição fomos convidados a refletir a respeito da nossa responsabilidade diante
de Deus e dos homens. Como Ezequiel foi chamado para ser atalaia em Israel, em Cristo fomos
chamados para ser um atalaia nestes últimos dias, anunciando a mensagem de arrependimento
e salvação.

O nosso compromisso, diante de Deus, é pregar o Evangelho e não converter as pessoas, pois
quem as converte é o Espírito Santo. O Senhor mandou-nos pregar a Palavra, como Deus falou
ao profeta: “quer ouçam quer deixem de ouvir” (2.5,7); continue anunciando a mensagem! É o
que devemos fazer com oração, guiados pelo Espírito Santo.

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