You are on page 1of 22
‘04/10/2022 10:05 cESSA Saneamento Basico Rural 1 Aspectos conceituais, legais e técnicos do saneamento basico rural Tema 2 - Fontes de contamina¢do e os requisitos da qualidade da dgua, do solo e do ar Tema 2 — Fontes de contaminagao e os requisitos da qualidade da agua, do solo e do ar. Carofa) educando(a), entre conceitos, caracteristicas, classificagao e aspectos ‘técnicos e legais, dando destaque a poluigao e a contaminacao da égua, do are do solo, este tema buscou apresentar as consequéncias das acbes antrépicas as possibilidades de redugo dos Impactos. Objetivos especificos ‘Ao final deste tema, vocé tera subsidios para: + Compreender os aspectos conceituais, de classificacao, técnicos e legals da poluigdo diante das agées antrépicas e naturals + Compreender os tipos de poluigdo, destacando agua, ar e solo; + Conhecer medidas de controle para evitar ou rinimizar a contaminagao do meio, Por mais que as problematicas e valores sejam globals, é na escala local, ou no territério, que muitos impactos se apresentam e onde as ages podem ser efeti- vas (FLORES; MEDEIROS, 2013). Aspectos conceituais Appresenga de substanclas quimicas no ar, na égua e no solo, decorrentes de atl- vidades antrépicas, e em concentragées tais que restrinjam a utilizagdo desses recursos e gerem risco a sade humana, segundo a Resolugo CONAMA n°420 (BRASIL, 2009), leva o meio a uma condigao de contaminagao, Autora Dra. Karla Alcione da Silva Cruvinel Graduacdo em Engenharia Ambiental pela Pontificia Universidade Catélica de Goids (2004), mestrado em Engenharia do Melo Ambiente pela Universidade Federal de Golds (2007) e doutorado em Ciencias Ambientais pela Universidade Federal de Goids. Atualmente € docente adjunta da Universidade Federal de Golds (UEG) em regime de dedicagio exclusiva, Docente do Programa de Pés-Graduag3o em Engenharia Ambiental e Sanitaria (@PGEAS/UFG),atuando principalmente nos seguintes temas: Saneamento, Conservacio « Reuso de Agua, Qualidade das Aguas e Sistema de Abastecimento de Agua. hitps:fpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm 12 ‘04/10/2022 10:05 cESSA A contaminagao & a introduco no meio de elementos como organismos pato- génicos e substncias téxicas ou radicativas, em concentragées nocivas & satide dos seres humanos (BRASIL, 2014), que podem ocorrer por meio das diversas formas de poluigao. A Lei Federal n° 6.938 (BRASIL, 1981), conhecida como Politica Nacional do Meio Ambiente, define poluigao: como uma forma de degradago da qualidade ambiental causada por atividades ue, de forma direta ou indireta, prejuciquem a satde, a seguranca e o bern-es- tar da populagio, crlando condigées adversas as atlvidades socials e econdmicas «afetando negativamente a biota © as condigdes estéticas ou sanitérias do meio ambiente e langando matérias ou energia em desacordo com os padres amo entais estabelecidos (BRASIL, 2014, art. 3°) Para Victoretti (1973), a poluicso &: qualquer modificagio das caracteristicas de um ambiente, de moda a torné-lo Impréprio as formas de vida que ele normaimente abriga, afetando de maneira nociva, direta ou indiretamente, a vida e o bem-estar do homer (VICTORETTI, 1973), [A poluigio pode ocorrer de varias maneiras e em diversos locais do ambiente natural, urbano ou rural. A dispersdo das substancias que levam & poluicao pode ocorrer de duas formas: pontual ou no pontual (difusa). A primeira procede de fontes identificéveis, com localizagao especifica (exs.: canos de dre- rnagem, valas, tubulagdes de esgoto) (Figura 1a). A segunda, nao pontual ou di- fsa, & aquela cuja origem ndo pode ser identificada com precisdo, isto 6, n&o pode ser atribufda a um nico local de descarga (exs.: deposigao atmosférica, ‘escoamento agricola / industrial /residencial, uso de produtos quimicos na agri- cultura) Figura 1b). Fgura 1 -Pelucdo pontual (a) poligdo difusa(b) (ay np Steerer Phelps#/media/Fcheito:Discharge pipe ne, (b) Fotografia de Charles O'Rear, 4 de Janeiro de 2007 htps/uplead.wlcmadia rgivekipedialcomm ons/S/Se/Cropduster spraying pestcdesjpg Tipos de polui¢gao A classificagao da poluigao pode ser definida por varios critérios. Tomando por base o agente causador do distirbio, pademos denominar dois tipos de polui- hitpsfpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/®_modulo_saneamentoi01-2.htm 2p ‘04/10/2022 10:05 cESSA 4:40: antrépica e natural. A poluigSo € considerada antrépica quando o ser hu- mano é o agente causador do Impacto (ex.: queima de plantaco de cana-de- agdcar, Figura 2a). JS quando a poluigo é decorrente de processos naturais, ela & chamada de poluigao natural (ex.: erupcao vulcanica, Figura 2b) (RODRIGUES, 2011), Figura 2- Poluicao antépicae Polio natural, Fonte: (a) Fotografia de John Newman, 4 de jutho de 2007. ht Pe Hicommons wikimedia orgiwiki/le- 2333 oad wikimesia.orglwkipedia/comma nslalatiAugustine volcano Jan 24 2008 Cyrus Read jog Contudo, a classificaggo mais comum é feita de acorde com o melo fisico afe- tado, sendo elas denominadas (NETO, 2008}: + Poluigso da dgua + Poluigéo do ar ou atmosférica + Poluicso do solo + Poluigdo sonora + Poluigao visual. Sendo nosso objeto de estudo a zona rural, neste tema serdo discutidas as po- luigdes atmosféricas da 4gua e do solo que mais influenciam este meio. Vocé sabia? ‘Que existem as chamadas rotas de exposiggo da polulclo? [As rotas de exposicao da poluigéo so rotas que possiblitam o contato dos individuos ‘com 05 contaminantes originados em uma fonte de contaminag3o por poluentes, sejam les decorrentes da peluigio da Jgua, atmosférica ou do solo. Pedemos conhecer algu- mas delas na Figura 3. hitpsfpublica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/®_modulo_saneamentoi01-2.htm 3122 ‘04/10/2022 10:05 cESSA _ 6? icIENE NA CozinnA Almonte Resprosto o & crue we oS 3808 Figura 3- Rots de exposczo da pols, Polui¢gado da agua Conceito Segundo Miller (2007), 2 poluiggo da agua € qualquer alteragao quimica, fisica 0u biolégica na qualidade da gua que a torne imprépria para uso ou leve a um ‘feito prejudicial nos organismos vivos. Fontes de poluicdo da agua ‘A contaminacio dos corpos hidricos ocorre de forma direta ou indreta, decor rente de poluiches antrépicas ou naturals, podendo gerar impactos de curto, médio ou longo prazo. © Quadro 1 apresenta exemplos de fontes de poluigao, classificagao e forma de dispersio. hitps:fpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm 4n2 oator2022 10:05, cESSA Fonte Cassificasto e forma de dispersio AlteragSo promovida Pestiedas, fertzantes Antebpeae usa Proprieaades quimicas -Awaaces industrials -nteépeae poncual Propreaades fleas equimicas Estago detratamento de esgoro Anteopae pontual Propredades fscas, quimicas e bol siscema de esgotamenco ndidusl nteepieae fuss Propredades fica, quimicas e bol Deposig natural de matéria orgs Naturale dfusa Propriedades cas, quimicas e bol Carreamento de partculasinertes através daa¢20 da chuva | Naturale afusa Propriedades fscas Caracteristicas de qualidade da agua As caracteristicas da 4gua sofrem influ€ncia dos contaminantes despejados em seu curso, podendo causar alteragbes respectivas a cada parametro, seja qui- ico, fisico ou biolégico, levando a consequéncias muitas vezes irreversiveis. Para melhor entender esses parmetros, o Quadro 2 apresenta variadas carac- teristicas e como elas podem sofrer interferéncia das atividades degradadoras. hitpssfpubica, ciartg,brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modula_saneamentolO1-2;tmi 22 ‘04/10/2022 10:05 cESSA ‘Turbider PARAMETROS FISICOS Temperatura CCondutividade solos PARAMETROS QUIMICOS Onigenio Aisslvido (00) Demands Blogulmica de Onigénio (080) Demanda Quimica Oxigenio (090) pH Nitrogénio Féstoro Representa o rau de inererénca na passagem da 2, através da Sua, conferingone uma aparéncia ura, A erosio das margens dos resem estacBeschuvosas 6 um exemelo de fendmenc que resulta no aumento da turbider dae Aguas. Os eagotoesantéros e verso fuentes também provacam elewagbes na turbiez suas (IAP, 2015), -Apresensa.de material dssohado ou materia coloidal na Sua, Sea ele oxpinico ou inorganic, idertiice um ateragla em ua core nterfere no grau de intensisade do uz _queatravessa uma amasa de Agua. Os prnclaiscompestosInargancos que akeam 2 06a gu S00 6xido5 de fer70 ede mangands, muito abundantes no solo. Noentant, ‘omsior problema causaco pelo alto indice de cor €areegdo da populgio sobre aquele gua (CFTESS, 2016, -Atemperatura pode interferir nas varios processosquimicas,fscosebiolégcos que ocorrem em um sistema aquatic, tals como 0 metabolsro dos orgaismos ea ‘degradacao da maséiaorgnca (ALVES, 2006). As elovadastemperaturas aumentam as ‘taxa 35 reacbes quimicasebiligicasciminuem a solubldade dos gases e aumentam a ‘ade ranserncia dees, o que pode gerar mau cher no cas daliberacio de gases com odoves desagradvels (VON SPERLING, 2014, ‘Acondutvidade de dgua éa medida da capacicade desta em conduzircorreteeltrica, Sende proporcional&concentracio de ons dsociados em um sistema aquoso. esse parimetronio dscrimina quai s80 0s ons presentes em gua, mas & um indicador Importance de possveisfontespoluidoras, pals 2 grande quansdade de esgotos santéros despejados na gua pode eleva sua capacidade de condutiidade (GUIMARAES; NOUR, 200%). ‘Ossides podem reter bactéia residues orgnicos no fundo dos ros, promavendo decomposice anaerébia(CETESB, 2075). Eles podem sedimentar nolo do , destrulnde orgaismos que fornecer alimentos ou daniicando os toca de desova dos pees. 0 principal pardmetro de caracterizar30 ds efeitos da polucSo das dguas por despejos orgtnicos. Durante 3 extabllzagde da materia orgie, as bactriasfazem uso do oxigen nos ses process respiratrios, padendo causar uma redugo da coneentraga deste no mele. Dependendo da mogritude deste Fenémeno, dversos eres aqustios poder vir 3 ‘morte. Caso 0 oxgtni sia totalmente consumido, forme a coral anaerabia, com _erago de mausodores (VON SPERLING, 2014. [A030 ¢ um parimetro de controle uiizade na medio do quontidade de oxo necessério para establzar biquimicarente a masériaorgnica presente em um volume padronizado de uma arestra, pela ago de bactérias 2er6blas, num decerminado period {de tempo numa dada temperatura @RASHL, 2015). © aumento do tor 6a matria ‘organics pode lear a um maior cansumo do oxigen ea um desequllbrio ecolgice, tendo por consequtncia a extingdo ce organismos arébios (BRASIL, 2014) Parametro de mensuragio inareta de matéraorgnica presente no melo, Fsta demand _avaiaa quantisade de oxigéniodssoWio (0D), consumo em melo Scio, que Iva 3 degredagto de matria organic, senda ela biodegradvel ou no, através de um forse oxidant BRASIL, 2015) A dferenga entre a DBO & a DQO esté no tipo de matéla orga estabilizad, send 2 020 referenteexclsivamente& matériaorginica mineraizada por Btvidade de mro-organismes, 2 DQO engloba também a matériaorgnica ocorrida por processos quimicos(BRASI, 2074, ‘0 pH é um importante pardmetro que, jntamente com outros parimetros, pode fonecer indiios do grau de poluigie,metabollema de comunidades ou ainda impactos em um cossstema aqutco,aprasentando uma concgdo dics ou Bésca da gus As Aguas natuaisapresentam um pl entre 4,0 qual influencado pela dssolugso de CO7, que ‘origina baxos valores de pH, epelas reacées de HCO3-e CO3 com dgua,resutando em rmalores valores de pt (18ANIO, 2008, nitrogen ¢ um consttuinte de protenas, loro evi outros compostasboléicos. {As fontesgeradoras de contaminagio desse composto em corpos gus podem ser de ‘origem naturalou antropogtnica, sendo a dima a mais importante, pos @corstitulda por despelos domeésticos Industria excrementos de animals eferiliznces (VON SPERLING, 2014, (0 f6soro um nutrenteessencia pra todas as formas de vid, pois parte as ‘estruurascelulares. Ele aparece em aguas naturals, devido, principalmente, ds descargas hitpsfpubica,ciartg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm 22 oator2022 10:05, cESSA de esgtos santirios, Neses os detergentes sb 2 principal font, além da préria matria fecal, que énca em protenas. As guascrenadas em sreasagricolaseurba camber dem provoca a presengaexcessva de stro em dguas natura VON SPERLING, 2014 PIVELL KATO, 2005) Por ser um element ine’spensivel para ocr rento de alga ‘quando em elevadas concentracdes, pode conduzi 3 um crescimentoexagerado desses orgonismas,levonde 8 eutroiacSo das sguas naturals (CETESB, 2015). ‘A detecgo da contaminagio da Sua por esses agentes indicadora de contaminagio fecal Isto &, aporta para provivel ontaminac3o da gua po fees huranas au de animals «,consequentemente, sua potendaldade para transmitr daencas. Os principals organismas indicadores de contaminagio fecal ios bactrias do grupo clformes as + Colformes totals: presents nas fezes, mas também em suse solos nio PARAMETROS BIOLOGICOS ene contaminados, patogtinicos + Colformes termotolerantes: grup presente predominantemente nas fezes, no 19, oteste pode incur bactrias nao fecas. + Escherichia cat principal bacéia do grupo caformes termotolerantes, aburdante as exes dos animais dl garantia de contamina exchisivarnent Fecal, contd, ‘bod garanta que a contaminagoseja hana Vocé sabia? Cada individue elimina de 1 bilhdo 2 1 thao de coliformes por dia, e 1/3 1/5 do peso das fezes humanas é constituldo por bactérias do grupo coliforme. Os coliformes apre- sentam resisténcia igeiramente superior 8 maioria das bactérias do trato intestinal humane, Autodepuracdo A capacidade de autodepurago de um curso d'agua é sua habilidade no ecos- sistema em assimilar a poluigao organica, através de microrganismos. Como se sabe, a principal consequéncia da poluigdo dos cursos d'Sgua no Brasil 6a reducio do teor de oxigénio dissolvido (0D), decorrente da atividade dos mi- crorganismos aerébios na decomposi¢ao da matéria organica, introduzida por meio do lancamento de esgotos. Mas quais fatores determinam quanto seria essa reduc3o do OD? A dimensio do impacto causado depende da carga poluidora (DBO) do esgoto, sobretudo da ‘sua capacidade de autodepurac3o do corpo receptor. \Vamos agora compreender melhor esse importante fendmeno (BRASIL, 2007}: ‘+ Em condigées naturais, coexiste em equillbrio na gua uma elevada diver- sidade de seres vivos que constituem a biota aquatica, Dentre eles, esto, as bactérias aerébias, que utilizam 0 oxigénio dissolvido (OD) para a sua respiracio; + Quando o curso d'égua recebe o langamento de esgoto bruto, a introducao da matéria organica em abundancia proporciana um crescimento exces- sivo das bactérias aerdbias, a0 custo da redusao proporcional do OD, utill- zado por elas para a degradac3o da matéria orgénica proveniente do esgoto; + Amedida que o corpo receptor segue 0 seu curso, a concentracio de ma- téria organica na dgua, que apresenta o seu maximo no ponto de lanca- mento do esgoto, tende a reduzir, em decorréncia da acSo das bactérias decompositoras: Aprofunde seus conhecimentos e leia: Esgotamento sanitéro: qualidade da dgua e controle da poluigdo: gula do profssional fem ireinarmento (BRASIL, 2007). Disponivel em: htpi/nucase desa.utmg.br/wp-conten \Vuploads/2013/07/E5-QACP 2 paf hitps:fpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm ea oator2022 10:05, cESSA + Com a reduce da disponibilidade de alimento (matéria organica), 0 nd- mero de bactérias aerébias reduz e, consequentemente, a concentrag3o de OD tende a aumentar, uma vez que 0 consumo de OD pela respiracio desses microrganismos é menor. Esse processo ocorre até que novas con- digBes de equilibrio se estabelecam e a dgua volte a apresentar as condi- 4sBes normais, similares as existentes antes do langamento do despejo. Rotas do uso da dgua e sua influéncia na qualidade da agua Para caracterizar uma agua, sdo determinados diversos parametros como indi- cadores da qualidade da gua e que se constituem desconformes quando alcan- am valores superiores aos estabelecidos para determinado uso, As caracteristicas fisicas, quimicas e biolégicas da 4gua estdo associadas a uma série de processos que ocorrem no corpo hidrico e em sua bacla de drenagem. ‘Ao se abordar a questo da qualidade da gua, é fundamental ter em mente que o meio liquide deve apresentar duas caracteristicas marcantes, que condici- onam, de maneira absoluta, a conformagao desta qualidade: capacidade de dis- solugio e capacidade de transporte (BRASIL, 2014) A contaminagio da agua para o consumo humano, devido & contaminacao de Flos e cérregos, converte-se em um dos problemas ambientais mais graves do ‘século XXI (BRASIL, 2014). Os agentes quimicos presentes na gua caracterizam-se por sua origem, que ge- ralmente est associada ao ciclo hidrolégico, através de sua passagem pela na- tureza, carreando elementos do ar ou do solo ou aos elementos provenientes da poluicio antrépica, Os contaminantes quimicos, considerados de cardter in- feccioso ou parasitario, por serem prejudiciais a savide do homem quando em exposigio prolongada, diferenciam-se, como alvo de preocupacio, daqueles com propriedades téxicas cumulativas, como os metals pesados e os agentes cancerigenos. De um modo geral, a toxicidade desses elementos varia em rela- 80 a sua concentrago na gua, a0 tempo de exposicao e a suscetibilidade indi vidual (BRASIL, 2014), A Figura 4 demonstra a rota do uso da 4gua e apresenta suas poss{veis interfe- réncias na qualidade da agua, a saber: + Agua bruta: a agua é retirada das colegbes d'agua com uma determinada qualidade inicial; + Agua tratada: alteracées na qualidade inicial para adequar aos usos previstos; + Agua usada (esgoto bruto):incorporagio de impurezas & gua tratads, ge- rando 05 esgotos ‘+ Esgoto tratado: remosio de poluentes para posterior langamento no corpo receptor; + Agua pluvial: 0 escoamento superficial leva & incorporagio de poluentes (no meio urbano é coletada pelo sistema de drenagem pluvial); + Corpo receptor: alteragées na qualidade em decorréncia do langamento de esgotos tratados e de Aguas pluvials; + Reuso: os esgotos tratados podem, sob certas condigdes, ser usados na agricultura, industria e no meio urbano. hitpssfpubica,ciarg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modula_saneamentol01-2htmi 122 ‘04/10/2022 10:05 cESSA oTAS00 USO DA AGUA Figura 4 Rotas do uso da Sgua, Fonte: A Atividade de estudo 1 Na Figura 1.4, observa-se o caminho percorride pela Sgua nos terriéries das zonas ur- bana e rural. A partir da sua vivéncia @ experiéncia, vamos desenhar um Mapa do Cam inho das Aguas na zona rural. Nesse mapa vacé val desenhar as rotas da égua com os principals usos da Sgua e fontes de contaminagso. Desenhe e poste no Férum, Aspectos legais aplicados ao controle da agua ‘A qualidade requerida da agua esté bem definida nas concentragbes maximas permitidas para determinadas substancias, conforme especificado nas Resolu- ‘ges CONAMA n* 357 (BRASIL, 2005), n® 396 (BRASIL, 2008) e n°430 (BRASIL, 2011), que dispem sobre a classifcacSo e diretrizes ambientais para o enqua- dramento das Sguas subterraneas e superficials e estabelecem as condicdes & 1s padrdes de langamento de efluentes. Os principais indicadores da qualidade da agua s3o separados sob os aspectos fisicos, quimicos e bioldgicos. Ademais, 2 Portaria de Consolidagao do Ministério da Satide n® 5, Anexo XX (BRASIL, 2017), dispde sobre os procedimentos de controle e de vigilancia da qualidade da gua para consumo humano e seu padr3o de potabilidade. Controle de poluicdo da agua Para evitar ou corrigir as consequéncias da poluigo das Sguas é necessario 0 Uso de técnicas de controle. Sendo assim, na andlise das possive's estratégias de controle da poluico das dguas, é fundamental que se considere todo o entorno do curso d'égua, para efeito do planejamento das atividades a serem realizadas, As principals técnicas de controle da poluigdo das aguas so (BRASIL, 2007) + Implantagio de sisternas de coletae tratamento de esgotos, + Controle de focos de erosio; + Recuperagéo e revitalizagio de cursos o'égua: + Controle da retirada de agua dos cursos dégua: + Controle dos usos e acupagio do solo: ‘+ Remocao de sedimentos e plantas aquiticas (lagos e represas). hitps:fpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm ana ‘04/10/2022 10:05 cESSA Vimos que os esgotos domésticos e industrials e as Sguas pluviais (drenagem ur- bana e/ou rural) séo as principais fontes de poluiggo das 4guas. Estas fontes de poluigSo esto relacionadas a ciclos internos de uso da 4gua, nos quais, embora permanega no estado liquido, a agua tem as suas caracteristicas alteradas em decorréncia das rotas de uso. Atividade de estudo 2 ‘Agora que jé sabemos sobre as fontes de poluigso da agua no contexto geval, que tal Is tar as principals fontes, cassifcacio, forma de disperso e suas respectvas alteragoes, promovidas para drea rural Siga 0 exemplo do quadro a seguir. Classifcagao eforma de Fonte Aispersso ‘Akeragio promovida Polui¢cao do ar Conceitos A poluigao atmosférica pode ser definida como qualquer alteragao na forma de matéria ou energia, com intensidade, quantidade, concentracao, tempo ou ca- racteristicas que tornem ou possam tornar o ar impréprio, nacive ou ofensivo & satide, inconveniente ao bem-estar ptiblico, danoso aos materiais, 8 fauna e 3 flora e prejudicial & seguranca, a0 uso e goz0 da propriedade e as atividades normais da comunidade (BRASIL, 1990), Para Branco (2002), a poluigdo atmosférica é a mudanga na composicao do ar ‘ou de suas propriedades, causada por emissées de poluentes, tornando-o im: préprio, nocivo ou inconveniente & satide, a0 ber-estar publico, 8 vida animal e vegetal © até mesmo a alguns materials. Esses poluentes so definidos como ‘compostos que podem afetar a sate e os bens materials de forma a deterioré- Ios. 0 Quadro 3 apresenta os prncipais poluentes do ar, suas fontes e impactos. Poluentes Principaisfontes antropogtnicas Impacto/duracio/abrangéncla Didwido de enxoie- S02 CCombusto de carvio e derivades de ptrbleo Téxicoe muito Sido fooucos dias de ocala regjonal Monéxide de arbono-cO _Queimaincompleta de combustvesfsseis ede biomassa ‘Texicoedeidorméstocupacional local (ede de mtrogénio- NOxiNO N02) (Queima de combustveis sob alas temperaturas, especiarrente 125 que contém nltrogénie em sua composi) ‘Téxices,didose precursor de 03 /ce horasa poucos das / de local a regional (ueimaincompleta de comburtvesféseis «de blomassa Water paricdase- MP rasenga de enxotre no combust formado suas (50421 “oie rtatva/ de hora poucos dias / de ‘cupacionala regional Hidrocarbonetos Hes Emissbes evaporatvas de combustve's Téxicos irtatvos /preursores de 03 / de meses 2 anes / de local global caso do metana CHA) Peluentesecundsri, nde emivdo pelos processes, mas formado Grseio ropostero o9 pel oxeacso otoquimics (hz sola de NOx e HCS na atmostera tas pesades, especicamente chumbo - Pb € rmerciro- He Queima de carve e dervades de petbleo com adits Iitps:fpublica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/®_modulo_saneamentolO1-2html Toxic iretatvo/ més / de tcala regional Muito dco” més / de toca ceponal 0122 oator2022 10:05, cESSA Aiguns dos poluentes atmosféricos resultam, esmagadoramente, da atividade humana e derivam de atividades de quelma de combustivels féssels e de bio- massa, conforme ilustrado na Figura 5 (IEA, 2016) 50, NO NO, Ge Princioaiments hidrocorbenetos $0, HNO, 1,50, HO, 0, PANS Principalmente sals de NO,- 850," Principalmente particu NATURAL, ANTROPOGENICAS Fontes de poluigiio do ar ‘A poluigao do ar afeta a salide humana diretamente (inalaco) e indiretamente (por exemplo, através da égua e dos alimentos contaminados). Tudo depende dda duracio e da intensidade de exposic3o, havendo sempre grupos mais afeta. dos, como as criangas, 05 idosos e quem tem doencas respiratérias (OECD, 2014). Contudo, so diversas as fontes de poluiggo atmosférica. Algumas esto apresentadas no Quadro 4 hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi swiae ‘04/10/2022 10:05 cESSA Fonte Classificagio e forma de dispersio Alteragio promovida Decomposio de matérlaorginca Naturale dfs Propredades euimicas Aivedades industas -Aatrdpicae pontal Propredagesfsicasequlmicas Velculos com motores a combustae Aatrépicae afusa Propredagesfsicasequlmicas LUberacao de gases através de aidadespecuaras NaturalAntépleaeifusa Propredades cuimicas| spiro Naturale dita Propredadesbiolégicas sede arossol ‘antrépicae fusa Propredagesfecas © cuimicae Alguns gases geram consequéncias negativas, como © monéxido de carbono (CO), que constitui um dos mais perigosos téxicos respiratérios para homens e animais. Essa junsdo entre o CO, os hidrocarbonetos (HC), éxidos e diéxidos de ritrognio (NO € NO2) € 0 diéxido de enxofre ($02) formam um conjunto de ele- mentos altamente nocivos as plantas, aos animais e ao homem (BRASIL, 2009). Condigdes determinantes na poluicéo atmosférica ‘Segundo Molina e Molina (2004), a fraca qualidade do ar é o resultado de eleva- das emiss6es e condigdes meteoroldgicas propicias a estagnagSes e inversbes, 0 que inibe a disperstio dos poluentes emitidos para a atmosfera (Figura 6). De fato, as condiges meteorolégicas podem determinar uma m4 qualidade do ar. Contudo, 0 répido crescimento da populacao, a expansao urbana descontrolada © 0 desenvolvimento de tecnologias agrérias aumentam o consumo de energia e 0s problemas de poluigo do ar. E importante notar que os poluentes, em consonancia com 0 local e outros fato- res combinados, como condigdes meteorol6gicas, topogréficas, geogréficas e at- mosféricas, criam condicées étimas para o surgimento de problemas na sade humana e ecossistemas (BRAUER et al, 2011). hitps:tfpublica,ciarug.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoiO1-2htm an oator2022 10:05, ESSA Figura 6 -Modelo de sspersdo da pollgio atmosféica, Fonte: Autora Aspectos legais aplicados ao controle da poluicéo atmosférica Determinados poluentes possuem valor padro de qualidade do ar na legislag3o brasileira: CO (monéxido de carbon}, NO2 (didxido de nitrogénio), S02 (diéxido de enxofre), 03 (oz6nio) e material particulado inalével (MP10). Sdo legislagoes espectficas que definem condicées maximas de valores aceitavels, isto é, cada poluente possui um valor de concentracao considerado adequado, uma forma de medigao e determinado perfodo de andlis. Os poluentes regulamentados pela Resolugo CONAMA n° 491 (BRASIL, 2018) tem conhecido efeito deletério & sade. Multos trabalhos tém sido realizados no Brasil e no mundo, estudando os seus efeitos, pois a poluicdo atmostérica, se- undo 0 IEA (2018), é © quarto maior fator de risco para a satide humana em Para saber mais Sobre os limites de concentragies dos poluentes, consulte a Resoluéo CONAMA n° 481 (BRASIL, 2018), que dispoe sobre padrdes de qualidade do ar erevoga a Resolucio CONAMA r° 03/1990 e os itens 2.2.1 €23 da Resolugdo CONAMA 1 05/1989, hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 13122 oator2022 10:05, cESSA todo © mundo, sendo as particulas de oz6nio troposférico as mais prejudicials, para a sade. Em fungao das caracteristicas de suas fontes e seus processos atmosféricos, al {guns poluentes sdo analisados para a média didria de oito horas ou para as mé- ximas concentracées encontradas em uma hora Vocé sabia? Segundo 0 relatério da Organizagao para a Cooperacio e a Desenvohimento Econémico (OCDB, a poluigio atmosférica sera a principal causa de morte até 2050, com cerca de 326 milhdes de mortes anuais apenas atribuldas ds particulas, com maioria dos casos pre- vistos @ ocorrer na india ena China (OECD, 2012) Controle de poluigao do ar A avaliagdo da qualidade do ar torna-se crucial ao observar o material particu- lado encontrado no ar, também chamado de aerossol atmosférico. Nele s3o en- contradas particulas sélidas e liquidas em suspensio (enxofre, ferro, manganés, Zinco, cobre, titanio, cromo, compostos organicos, cinzas etc.) de tamanhos tais que caberiarn, em grande quantidade, na espessura de um fio de cabelo (espes- sura aproximada do fio de cabelo = 40 pm) (ANDRADE, 2018) [As medigdes dos poluentes atmosféricos sio relevantes no proceso de prote- Gio do ambiente, sendo realizadas em estacdes de medigio locais, aeronaves ou satélites, Evidéncias cientificas convincentes indicam que a implementac3o de répidas medidas de controle e em larga escala poderiam trazer miltiplos be- neficios, em longo prazo, para @ protesao do clima, da sate publica e segu- ranga alimentar e energética (KHWAJA et a, 2012). Certos poluentes podem percorrer longas distancias e influenciar a qualidade do ar noutras regides. Componentes locais e transfronteiricos podem contribulr para os efeitos observados e, por essa razio, estas questées devem ser aborda- das de uma forma sistematica e transversal, Muitas convengdes ¢ tratados tem sido desenvolvidos e assinados, porém, exister abstéculos & sua implementa- Go, desde os recursos financeiros, 0 suporte técnico, a falta de coordenagio, os marcos regulamentares e legais insuficientes, a falta de bases de dados e falta de consciencializagao entre as populagdes e governos locais (KHWAJA et af., 2012) Para reduzir a concentracdo dos poluentes atmosféricos sao necessérias tanto medidas preventivas como corretivas, assumindo um papel fundamental na mo: bilizagio dos cidadios. Entre os principais meios de intervencao disponiveis, contam-se 1. Estabelecimentos de limites de qualidade do ar ambiente; 2. Definigdo de normas de emisséo; 3, Licenclamento das fontes poluidoras; 4, Incentivo a utlizagao de novas tecnologias; 5, Utllizagao de equipamento de reducdo de emiss6es (por exemplo, os cata- lizadores nos automéveis e a utiizagao de equipamento de despoluigao de efluentes gasosos nas indUstrias) 6. Controle dos locais de exposigdo de residuos sélidos, impedindo os fogos espontaneos e a queima de residuos perigosos; 7. Utilizagao de redes de monitoramento da qualidade do ar; hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 14122 oator2022 10:05, cESSA 8, Estabelecimento de planos de emergéncia para situacbes graves de polui- ao atmosférica; 9. Criagdo de servigos de informacao e auxilio as populagbes sujeltas ou afe- tadas pela poluicio atmosférica (Os métodos de controle de poluiggo atmosférica podem ainda ser divididos em trés etapas: 1, Planejamento territorial e zoneamento 1. Localizago adequada das fontes poluidoras em relaggo 2 outras reas; 2. Distribuigio adequada das edificagbes; 3. Melhoria da circulagéo dos vefcules; 4, Melhoria e incentivo a0 uso de transporte coletvo; 5. Utlizagao de barreiras a propagacio dos poluentes 2, Reducao ou eliminagao das emissoes 1. Uso de matéria-prima e combustiveis menos poluidores; 2. Uso de energia elétrica no transporte; 3, Modificaglo dos processos industrials; 4, Operagdo e manutengao adequada dos equipamentos e processos; 5. ontrole meteorol6gico. 3. Controle das emissées 1. Diluigao de poluentes mediante 0 uso de chaminés altas; 2, Instalagao de equipamentos de retencao de gases e particulas: = filtros de manga; = coletores inerciais, coletores gravitacionais; 1 ciclones, precipitadores eletrostaticos; 1 torres de borrifo/enchimento; = pés-queimadores cataliticos (catalisadores); Atividade de estudo 3 ‘Agora que j4 sabemos sobre as fontes de poluicSo do ar no contexto geral, que tal Iistar 2 principals fontes, a classificaglo, forma de dispersio e suas respectivasalteragbes pro- movidas para drea rural? Siga 0 exemple do quadro a seguir Classifcagao e forma de Aisperste Fonte Atteragdo promovida Poluigao do solo Conceito hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 15122 oator2022 10:05, cESSA De acordo com a CETESB (2018), 0 solo atua frequentemente como um “filtro”, tendo a capacidade de depuracio e imobilizacio de grande parte das impurezas rele depositadas. No entanto, essa capacidade é limitada, podendo ocorrer alte- racdo da qualidade do solo, devido ao efeito cumulative da deposicao de polu- entes atmosféricos, aplicagio de defensivos agricolas e fertilizantes e disposicso de residuos sélidos industrials, urbanos, agricolas, materiais téxicos e radioativos. ‘A poluigao do solo é um assunto complexo, ndo sé pelas muitas fungées que o solo desempenha, mas também pelo seu reconhecimento como uma commodity econémica, isto é, possul um valor econ6mico intrinseco. No momento em que um contaminante ou paluente atinge a superficie do solo, cle pode ser adsorvido, arrastado pelo vento ou pelas éguas do escoamento su- perficial, ou lxiviado pelas Aguas de infiltraso, passando para as camadas infe- Flores e atingindo as 4guas subterraneas. Uma vez atingindo as éguas subterr3- nneas, esse poluente serd entao carreado para outras regides, através do fluxo dessas aguas. Fontes de poluigéio do solo A utilizag3o do solo como receptor de poluentes pode se dar: localmente, por um depésito de res{duos, por uma area de estocagem ou processamento de produtos quimicos, ou por disposico de residuos e efluentes, devido a algum vazamento ou derramamento; ¢ regionalmente, através de deposicao pela at: mosfera, por inundagéo ou mesmo por praticas agricolas indiscriminadas, Desta forma, existe 2 possibilidade de uma constante migrac3o descendente de polu: entes do solo para a gua subterrénea, podendo tornar-se um grande problema para aquelas populagGes que fazem uso deste recurso hidrico (Figura 7) hitpssfpubica, ciarg,brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modula_saneamentolO1-2htmi 6122 ‘04/10/2022 10:05 ESSA ere eer Figura 7 -Miragio dos poluentes em solo © Quadro 5 apresenta algumas fontes de poluigso @ suas respectivas classificagbes: hitps:fpubica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos/S_modulo_saneamentoi01-2.htm 7a ‘04/10/2022 10:05 cESSA Fonte Cassificagto e forma de dispersio AlteragSo promovide Aividades agro ‘otrdpicaefusa Propredades fsiease quimicas Aivedades industas -Aawrdpicae pontual Propriedades quimicas FMluences domésticos -Aatrépicae pontal Propredades quimicas Movimento de placastecténicas Naturale pentual Propredades estraturais DDecomposiao de matériaorgirica Naturale dfusa Propriedades quimicasebilégieas Disposgto de residuos em locale controlados _Antrdpica epontual Propriedades quimicasebilégieas Disposgio e residuos em Locatenda cortrolados Antrépicaedfusa Propredades quimicasebilégias Sistema de esgotamento individual ‘Artrépicaeatusa Propriedades fscas, quimicasebiligicas Fonte de sua castes Aspectos legais aplicados ao controle da poluicao do solo Quando © assunto é a poluigo do solo, tern-se as seguintes legislaBes vigentes: ‘+ Resoluc3o CONAMA n° 420 (BRASIL, 2009), que dispde sobre critérios e va- lores orientadores de qualidade do solo quanto & presenca de substncias quimicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de Sreas contaminadas por essas substdncias em decorréncia de atividades antrépicas. ‘+ Resoluc3o CONAMA N? 358 (BRASIL, 2005), que dispde sobre o tratamento € @ disposigio final dos residuos dos servigos de saide e dé outras providéncias, + Resolucdo CONAMA N* 404 (BRASIL, 2008), que estabelece eritérios e dire- trizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitério de pequeno porte de residuos sdlidos urbanos. Controle da polui¢ao do solo A polui¢do do solo tem tido um efeito devastador sobre as terras agricolas, bem ‘como nas pessoas e nos animais que consomem produtos cultivados nessas ter- ras ou préximas a elas. E, para prevenir a poluigio do solo, devem ser adotadas ‘as seguintes medidas: ‘+ Desenvolvimento de fertilizantes e pesticidas menos nocivos; ‘+ Reduco da quantidade de residuos téxicos gerados; + Reutlizagdo e reciclagem de residuos; + Utlzagio de produtos organicos; ‘+ Diminuigo do desmatamento. Por meio dessas medidas é possivel mitigar a pressao que as atividades huma. nas exercem sobre o solo. Atividade de estudo 4 ‘Agora que jd sabemos sobre as fontes de poluigdo do solo no contexto geral, que tal Is tar as principais fontes, a classificagdo, forma de dispersio e suas respectvas alteracbes promovidas para drea rural Siga 0 exemplo do quadro a seguir. hitpsfpublica,ciarutg.briebooks/saneamento-e-saude-ambiental modulos(®_modulo_saneamentoiO1-2;htm 1812 oator2022 10:05, ESSA Classicagao eforma de Fonte AceragSo promovida Aispersio Resumindo 0 ciclo natural da vida pode gerar poluigo dentro da sua capacidade de se re- cuperar. No entanto, o homem busca adaptar o meio as suas necessidades, exercendo atividades em uma velacidade além dessa capacidade de recupera- 0 do meio, Considerando o saneamento e a discussao do tema, percebe-se que a poluigao da agua, do ar e do solo é diretamente proporcional 8 falta de es- trutura sanitéria e 8 falta de ages mitigadoras para evitar ou mesmo eliminar a contaminagao destes. Cabe, portanto, ao poder puiblico a cada pessoa, cum: prir com ages de higiene e saneamento adequadas para reduzir impactos e manter 0 ambiente ecologicamente equllibrado, com condicées para uma sadia qualidade de vida. Referéncias ALVES, £. C. Monitoramento da qualidade da 4gua da bacia do rio Pirapé. 2006. Dissertagao (Mestrado) - Universidade Estadual de Marings, Maringé, 2006 ANDRADE, M. F. Poluigo Atmosférica: Sala de Leitura. Disponivel em: httpi//we b.ccead,pucio.br/condigital/mvs/Sala%20de%4701 eitura/conteudos/SI poluicao atmosferica.paf. Acesso em: 21 out. 2018. BRASIL. Lei Federal n° 6,938, de 31 de agosto de 1981, Dispde sobre a Politica Nacional do Melo Ambiente, seus fins e mecanismos de formulagao e aplicagao, € dé outras providéncias. Brasilia DF, 1981. Disponivel em: http/Awww.planalto.g ov.br/ecivil 03/leis/I6938, htm, Acesso em: 23 jan. 2019, BRASIL. Resolugdo CONAMA n° 357, de 17 de marco de 2005, Dispde sobre a lassificagio dos corpos de agua e diretrizes ambientais para © seu enquadra- mento, bem camo estabelece as condicdes e padrées de lancamento de efluen- tes, e dé outras providéncias, Publicacao DOU n® 053, de 18/03/2005, pags. 58 63. Disponivel em: httpv//www2.mma,gov.br/port/conama/legiabre,cfm?codl 459, Acesso em: 23 jan. 2019) BRASIL. Resolugdo CONAMA n°358, de 29 de abril de 2005. Dispde sobre 0 tra- tamento e a disposicéo final dos residuos dos servicos de satide e dé outras pro- vidéncias. Publicago DOU n? 084, de 04/05/2005, pags. 65. Disponivel em: htt pillwwn2.mma gav.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462. Acesso em; 23 jan. 2019, BRASIL. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Esgotamento sanitério: qualidade da égua e controle da poluicso: guia do pro- hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 9122 oator2022 10:05, cESSA fissional em treinamento: nivel 2 (org.). Belo Horizonte: RECESA, 2007. 100 p. BRASIL. ResolugSo CONAMA n° 396, de 03 de abril de 2008. Dispée sobre a classificac3o e diretrizes ambientais para o enquadramento das aguas subterra- nneas e dé outras providéncias. Publicaco DOU n° 66, de 07/04/2008, pags. 66 68. Disponivel em: http://www2.mma,gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codl 1562. Acesso em: 23 jan. 2019, BRASIL. Resolugo CONAMA n° 404, de 12 de novembro de 2008. Estabelece critrios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitério de pe. queno porte de residuos s6lidos urbanos. Publicacao DO nt 220, de 12/11/2008, 8g, 93. Disponivel em: hitp://wwn2,mma gov.br/port/conama/legiabre.clm?co- dlegir592, Acess0 em: 23 jan. 2019 BRASIL. Resolugdo CONAMA n° 420, de 30 de dezembro de 2009. Dispde sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto & presenca de substincias quimicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de ‘reas contaminadas por essas substancias em decorréncia de atividades antré- picas. Publicagdo DOU n® 249, de 30/12/2008, pags. 81 84, Disponivel em: http:// woww2.mma,gov.br/port/conama/leglabre.cfm?codlegi=620. Acesso em: 23 de jan, 2019. BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Transversal: saneamento basico integrado as comunidades rurais e populagdes Tradicionais. Brasilia, 2009. 88 p. Disponivel em: http//nucase,desa.ufmg.br/wp- content/uploads/2013/07/saneamento-basico-integrado-a-comunidades-rurals, pdf. Acesso em? BRASIL. Politica Nacional de Qualidade do Ar. Ministério do Meio Ambiente, Brasilia - DF, 2009. BRASIL. Resolugo CONAMA n°430, de 13 de maio de 2011, dispde sobre as condi6es e padres de langamento de efluentes, complementa e altera a Reso- lugdo no 357, de 17 de marco de 2005, do Conselho Nacional do Melo Ambiente- CONAMA, Publicagao DOU n” 92, de 16/05/2011, pg. 89. Disponivel em: htto:/iw wow2.mma,gov.br/port/conama/legiabre.cfm2codlegi=646, Acesso em: 23 jan. 2019. BRASIL. Manual de Controle da Qualidade da Agua para Técnicos que Traba- ham em ETAS, FUNASA: Ministério da Satide, Brasilia - DF, 2014. BRASIL. Manual de Saneamento. 4. ed. DF, 2015. NASA: Ministério da Sade, Brasilia - BRASIL. Resolugio CONAMA n° 491, de 19 de novembro de 2018. Dispde sobre critérios basicos e diretrizes gerais para a avaliagao de impacto ambiental, Publi- cago DOU n? 223, de 21/11/2018, Secao 01, Pagina 155 156, Disponivel em: ww. w2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html. Acesso em: 23 jan. 2019. BRASIL. Pertaria de Consolidaco n° 05, de 03 de outubro de 2017, Estabelece 05 procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilancia da quali- dade da agua para consumo humano e seu padrSo de potabilidade. Ministério da Sauide, Brasilia, série E, 2017. Publicagdo N° 190 - DOU de 03/10/17 - Secio 1 = Suplemento. p.360. BRASIL. Resolugdo CONAMA n°491, de 21 de novembro de 2018. Dispde sobre padrdes de qualidade do ar, Publicacao DOU n° 223, de 21/11/2018, Secao 01, hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 20122 oator2022 10:05, cESSA Pagina 155-156, Disponivel em: ttpy/www2.mma,gov.br/port/conamallegiabre, clm2codlegi=740. Acesso em: 23 jan. 2019. BRAUER, M; AMANN, M; BURNETT, R; COHEN, A; DENTENER, F. EZZATI M. HENDERSON, S; KRZYZANOWSKI, M.; MARTIN, R. V.; DINGENEN, R. V.; DONK! LAAR, A. Vs THURSTON, G. Exposure assessment for estimation of the global burden of disease attributable to outdoor air pollution, Environmental Science & Technology, 45, p. 652-60, 2011 CETESB. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de Sio Paulo. Indice de Qualidade da gua (IQA). 2016. Disponivel em: Acesso em: 8 ago. 2015. FLORES, S. S; MEDEIROS, R. M. V. A dimensao territorial da sustentabilidade. In: SAQUET, M. A. (org). Estudos territori geografica. Sio Paulo: Outras Expressées, 2013. (Capitulo 7). FUNDACENTRO. Poluigio do Ar: Conceitos e Aspectos Histéricas. So Paulo, 2017. GUIMARAES, JR: NOUR, E. A.A. Tratando nossos esgotos: Processos que imitam 2 natureza, Cadernos Teméticos de Quimica Nova na Escola - Quimica Ambi- ental p. 19-30, 2001 IEA. International Energy Agency. World Energy Outlook website. IEA, 2016. orldEnergyOutlookSpecialReport 2016EnergyandAirPollution.pdf. Acesso em: 21 out, 2018. KHWAJA, M. A; UMER, F; SHAHEEN, NL, S., FAISAL H; SHERAZI, A. Air Pollution Reduction and Control in South Asia. 2012. Sustainable Development Policy Institute, LUIBANIO, M, Fundamentos de qualidade e tratamento de gua. 2008. 2. ed Campinas, P: Editora Atomo, 444. METCALF, R; EDDY, J. Ingenieria sanitaria: tratamiento, evacuacién y reutiliza- cién de aguas residuales. 2. ed. Barcelona: Labor SA (ed), 1985. p 968. MILLER, G. T; SPOOLMAN, S. E. Ciéncia Ambiental. Sdo Paulo: Cengage, 2007. MOLINA, M. J MOLINA, L. T, Improving air quality in megacities - Mexico City Case Study. Urban Blosphere and Society: Partnership of Cities, 2004, p. 142- 158, NETO, C. M. Impacto ambiental, degradacao ambiental, poluigao, contami- nacdo e dano ambiental: comparacio entre conceitos legal e técnico. 125 p. Dissertagao (Mestrado em Geociéncias e meio Ambiente) - Programa de Pés- Graduacao Geociéncias e Meio Ambiente, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2008. OFCD, Environmental Outlook to 2050; The Consequences of Inaction, OECD. 2012. Disponivel em: htsp//www.oecd org/environment/indicators-modeling-ou ooks/oecdenvironmental-outlook-1999155x him. Acesso em: ‘The Cost of Air Pollution: Health Impacts of Road Transport. Paris: OECD Publishing, 2014. Disponivel em: htto/www.keeoeek cor/DigitalAssetManagem ent/oecd/environment/the-cost-of-air-pollution 9789264210448-en#ipage2, ‘Acesso em: hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 21iea oator2022 10:05, cESSA OLMO, N.R. S. Poluigao Atmosférica e Exposigde humana: a evolucdo cienti- fica epidemiolégica e sua correlagdo com 0 ordenamento juridico, Tese (Douto- rado) ~ Faculdade de Medicina, Universidade de So Paulo, Sao Paulo, 2010. PIVELI, RP, & KATO, M. T. Qualidade das Aguas e Poluicao: Aspectos Fisico- Quimicos. S30 Paulo: ABES. 2005, 275p. RODRIGUES, A. Degradagao e Conservacao do Meio Ambiente. UFCG, Cam- pina Grande: PB, 2011, VICTORETTI, B. A, Contribuigao ao emprego de lagoas de estabilizagao como pro- cesso para depuracao de esgotos domésticos. Sao Paulo: CETESBE, 1973, VON SPERLING, M. Introdugao a qualidade das guas e ao tratamento de es- gotos. Vol. 1, Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitaria e Ambien- tal, Universidade Federal de Minas Gerais, 2014, 240p. hitpsifpubica.ciartg.brebooks/saneamento-e-saude-ambientalmodulos/S_modulo_saneamentolO1-2htmi 22122

You might also like