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DANIEL SANTOS

HUGO VINÍCIOS
HUMBERTO MATIAS
LAIS ADRIELE DOS SANTOS SANTANA
LUÍS ALBERTO MORAES DOS SANTOS
MAURÍCIO NEVES NASCIMENTO
ROGÉRIO NASCIMENTO COSTA
UILLIAM RIBEIRO
ZORAIDE MUNIZ

PROCESSO ADMINISTRATIVO

SANTO ANTONIO DE JESUS


2018
DANIEL SANTOS
HUGO VINÍCIOS
HUMBERTO MATIAS
LAIS ADRIELE DOS SANTOS SANTANA
LUÍS ALBERTO MORAES DOS SANTOS
MAURÍCIO NEVES NASCIMENTO
ROGÉRIO NASCIMENTO COSTA
UILLIAM RIBEIRO
ZORAIDE MUNIZ

PROCESSO ADMINISTRATIVO

Atividade apresentada à disciplina


Direito Administrativo, do 7º semestre,
turno noturno do Curso de Direito, da
FACEMP - Faculdade de Ciências e
Empreendedorismo.
Orientador: Professor Felipe Montenegro

SANTO ANTONIO DE JESUS


2018
PROCESSO ADMINISTRATIVO

1. PROCESSO ADMINISTRATIVO E ESPÉCIES DE PROCESSOS


ADMINISTRATIVOS

A constituição brasileira é a base de todo o ordenamento jurídico pátrio, esta


ascendência pode ser vista também no direito administrativo, mais especificamente no
âmbito do processo administrativo, como se ver no artigo 5º, LIV “ninguém será
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”, este artigo tem sua
interpretação estendida à administração pública, portanto, para que o prestador de
serviços públicos seja punido de alguma forma, é necessário a garantia de defesa
(técnica) e de um processo justo, assim é imprescindível que a administração pública
haja em sintonia com as normas e procedimentos preestabelecidos, objetivando trazer
legitimidade ao processo.
Nesse sentido, foi promulgada a lei nº 9.784/99, a chamada lei do processo
administrativo, com o objetivo de regular esta matéria no âmbito federal, portanto não
vincula a administração pública estadual, do Distrito Federal, nem municipal, no
entanto esta lei é aplicada tanto ao judiciário, quanto ao legislativo, quando estes
estejam atuando no exercício de suas funções atípicas, como observa Mazza.
O processo administrativo pode ser dividido em algumas categorias, processo
interno, quando não envolve algum ente externo à organização ou ligado à
administração pública, processo externo, sendo o contrario do exposto anteriormente, ou
seja, envolve entes externos à administração. Outra categoria são os processos
restritivos e ampliativos, os restritivos como o próprio nome já indica, são processos
que restringem de alguma forma a atuação do particular, já os ampliativos expandem a
atuação do particular como preleciona Mazza.

2. PRINCIPIOS DIREITOS E DEVERES

2.1. Conceito de Princípio


Sabe-se que os princípios, assim como as regras, são dotados de positividade.
São Estes que determinam condutas obrigatórias e impossibilita a realização de
comportamentos os quais confrontam os seus conteúdos. São verdadeiros norteadores
da correta interpretação de normas isoladas, indicando, diante do caso concreto, qual
caminho deve ser eleito pelo aplicador da norma, tendo em vista os valores consagrados
pelo sistema jurídico.
De acordo com o que diz Miguel Reale, “o princípio seria o fundamento básico
de todo um sistema, a base de validade das demais asserções que compõem dado campo
do saber”. Sendo assim, são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como
tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por
motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos
pelas necessidades da pesquisa e das “práxis”. Observa-se ainda o posicionamento de
Canotilho, “os princípios são núcleos de condensações nos quais confluem valores e
bens constitucionais”.

2.2. Princípios explícitos e implícitos do Processo Administrativo


Os princípios que norteiam o processo administrativo podem ser considerados
como premissas básicas, preceitos legais que embasam a aplicação da lei processual
administrativa. Alguns na sua maioria estão previstos na Carta Magna, sendo, portanto,
inerentes a todo o direito processual, outros estão previstos no art. 37 da C.F
especificamente direcionados a Administração Pública em todas as suas formas e ações.
A Lei 9784/99 que regulamenta o processo administrativo no âmbito federal
listou em seu art.2 onze princípios, os quais na sua maioria já previstos no texto
constitucional e concomitantes com os que eram enumerados pelos doutrinadores da
matéria, anteriores a sua vigência. Esses princípios previstos no texto constitucional e
reforçados em lei estariam classificados como princípios explícitos aplicáveis ao
processo administrativo.
Grande parte da doutrina entende que o rol de princípios previsto não é
exaustivo. Nesse sentido, é literalmente aceitável a existência de princípios que, embora
não estejam previstos no texto constitucional ou na lei, decorrem do próprio sistema
jurídico, sem falar dos princípios consagrados pela teoria geral do Direito. Temos como
exemplos de princípios implícitos: os princípios da impessoalidade, da informalidade,
da gratuidade, da lealdade e boa – fé, entre outros.
No que se refere aos princípios explícitos, temos uma enumeração, não exaustiva
e sem ordem hierárquica, tendo em vista uma maior utilidade e aplicabilidade prática.

2.3. Princípios explícitos do Processo Administrativo

2.3.1. Princípio da Legalidade


Tal princípio compreende a “atuação conforme a lei e o direito”, refere-se,
portanto, a total submissão do processo administrativo aos ditames legais, tendo como
objetivo impedir arbitrariedades e excessos dos administradores públicos.

2.3.2. Princípio da Finalidade


O Princípio da Finalidade impõe que o administrador, ao atuar nos limites da sua
competência, atue com obediência a finalidade do seu encargo. Este deve limitar-se não
apenas a finalidade precípua de todas as leis, o interesse público, mas, sobretudo, à
finalidade específica definida na lei, impedindo a atuação arbitrária, o proveito pessoal e
desvio de finalidade da lei. Os atos que desobedecem a sua finalidade por atender a
benefícios pessoais ou de terceiros, em detrimento do interesse público, seriam
considerados nulos.

2.3.3. Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade


Este princípio é considerado como procedimento do bom senso aplicável ao
direito. A Administração ao exercer suas atividades, ao conduzir o processo
administrativo deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em
sintonia com o senso comum.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “o princípio da razoabilidade exige
proporcionalidade entre os meios de que se utiliza a administração, e os fins que ela tem
que alcançar”. Observa-se, portanto, uma estreita relação entre os princípios da
Razoabilidade e da Proporcionalidade. Veda-se a imposição de restrições ou obrigações
que sejam desconformes ao atendimento do interesse público.

2.3.4. Princípio da Moralidade


A Administração e seus agentes deverão atuar com princípios éticos, como a
boa-fé e lealdade processual, sob pena de prática de atos de improbidade administrativa.
Para a validade do processo administrativo não basta o respeito a legalidade, é
indispensável o respeito aos preceitos de ordem moral e ética.

2.3.5. Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório


Tais princípios decorrem do Princípio do Devido Processo Legal, garantia
constitucional e fundamental aplicável a todo e qualquer processo, civil, penal ou
administrativo.
O Contraditório implica conhecimento, por parte dos interessados, dos atos mais
relevantes da marcha processual, sobretudo aqueles que possam interferir na decisão.
No que se refere a Ampla Defesa se resumiria no direito dado ao administrado de
argumentar e arrazoar ou contra-arrazoar, de forma oportuna e tempestiva sobre tudo
alegado contra ele, assim como de ser considerada as razões por ele aduzidas.

2.3.6. Princípio da Segurança Jurídica


Também conhecido Princípio da Estabilidade das Relações Jurídicas tem
objetivo de impedir a desconstituição injustificada de situações jurídicas. Enseja na
submissão da administração a formalidades legais, as quais possuem o escopo de
preservar o direito das partes e garantir o atendimento das finalidades públicas.

2.3.7. Princípio do Interesse Público


O administrador deve interpretar e aplicar a norma no processo administrativo de
modo que reste atendida a finalidade pública do ato administrativo, respeitando, desta
forma, o interesse maior da sociedade.
Cada norma visa a satisfação de um determinado interesse público, mas a
concretização de cada específico interesse público concorre para a concretização do
interesse comum de todos os cidadãos, que nada mais é do que o interesse público em
sentido amplo.

2.3.8. Princípio da Eficiência


Observa José Afonso da Silva, “eficiência significa fazer acontecer com
racionalidade, o que implica medir os custos que a satisfação das necessidades públicas
importa em relação ao grau de utilidade alcançado”. A Emenda Constitucional n.19/88
acrescentou este princípio ao rol de princípios previstos no art. 37. Deve-se dar mais
ênfase ao exame da legitimidade, economicidade, razoabilidade em benefício e visando
o alcance de uma maior eficiência no processo.

2.3.9. Princípio da Motivação


Ultrapassadas as noções de processo administrativo e seus princípios,
passaremos à análise do Princípio da Motivação, objetivo do presente artigo.

Desta forma, a Administração Pública obedecerá, aos princípios da legalidade,


finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art.2º, da Lei
9.784/1999).
E por determinação do Parágrafo único, da Lei 9.784/1999, nos processos
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
I. atuação conforme a lei e o Direito;
II. atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III. objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal
de agentes ou autoridades;
IV. atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
V. divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo
previstas na Constituição;
VI. adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público;
VII. indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
VIII. observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados;
IX. adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados;
X. garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio;
XI. proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
XII. impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos
interessados;
XIII. interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.

2.3.10. Direitos dos Administrados


O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo
de outros que lhe sejam assegurados (art. 3º da Lei 9.784/1999):
I. ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II. ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
conhecer as decisões proferidas;
III. formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão
objeto de consideração pelo órgão competente;
IV. fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.

2.3.11. Deveres dos Administrados


São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros
previstos em ato normativo (art. 4º da Lei 9.784/1999):
I. expor os fatos conforme a verdade;
II. proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III. não agir de modo temerário;
IV. prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.

3. INSTAURAÇÃO

A instauração do processo administrativo disciplinar cabe à autoridade


competente e ocorre com a publicação do ato que constituir a comissão no art. 151, inc.
I, da Lei nº 8.112, de 1990. Ou portaria inaugural no boletim de serviço (ou no boletim
de pessoal) do órgão responsável por publicação interna na jurisdição da unidade
instauradora ou no Diário Oficial.
Costumeiramente, antes da instauração do processo administrativo disciplinar,
os respectivos autos são instruídos com documentos preliminares referentes à denúncia,
representação e/ou outros expedientes relacionados ao caso. Contudo, o marco a ser
considerado como ato de instauração do processo administrativo disciplinar ocorre
efetivamente com a publicação da portaria instauradora.
A busca pela eficiência na gestão pública é exigência cada vez mais crescente
nos dias atuais. Nesse contexto, inclui-se o dever da Administração de proceder à célere
apuração sempre que se deparar com indícios de eventuais infrações disciplinares.
Diferentemente do que ocorre no processo judicial, o processo administrativo
pode ser instaurado de ofício, ou seja, pela própria autoridade administrativa. Também
pode, naturalmente, ser instaurado a pedido de interessado.
Via de regra, o requerimento de instauração do processo administrativo deve ser
feito por escrito, mas excepcionalmente pode ser admitido sob a forma oral.
Quando apresentado por escrito, o requerimento de instauração do processo
administrativo deve preencher determinados requisitos. Vejamos quais são:

Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for


admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes
dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o represente;
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado
quanto ao suprimento de eventuais falhas.

A portaria instauradora, a cargo da autoridade, tem por função:

a) designar os membros da comissão processante, com indicação de seu


presidente, informando os respectivos cargos, órgãos de lotação e
matrícula funcional;
b) identificar o tipo de procedimento que está sendo instaurado (processo
administrativo disciplinar ou sindicância contraditória);
c) determinar o prazo de duração dos trabalhos da comissão processante;
d) delimitar o objeto da apuração, com remissão genérica aos fatos ou ao
número do processo que contém a documentação pertinente, sendo
recomendável que se indique também a possibilidade de apuração dos
fatos conexos que emergirem no decorrer dos trabalhos.
A portaria instauradora não deverá mencionar o nome do servidor acusado, a
conduta supostamente ilícita nem o respectivo enquadramento legal.

4. LEGÍTIMATOS
No processo administrativo são legitimados como interessados no processo
administrativo:
a) pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou
interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
b) aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
c) as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos;
d) as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou
interesses difusos.
Neste contexto, a participação popular, principal instrumento de diálogo entre
Administração e os cidadãos, deve configurar-se como a nova base de legitimação
social da atuação administrativa brasileira. Basta percebermos que a participação
popular:

1. respeita e concretiza os interesses, direitos fundamentais e a dignidade dos


cidadãos;
2. possibilita uma decisão administrativa mais imparcial e de maior qualidade;
3. transfere a democracia representativa para a democracia participativa; e
4. garante, ao fim, uma maior legitimidade da atuação administrativa.

O processo administrativo é a sede por excelência dessa participação


administrativa, pois possibilita um maior envolvimento dos cidadãos (principais
interessados) na tomada de decisão estatal. Ilustra essa realidade, a Lei do processo
administrativo federal brasileiro (Lei nº 9.784/99), por exemplo, que dispõe de diversos
instrumentos de participação popular como as audiências públicas (art.31), consultas
públicas (art.32) ou, ainda, a participação dos administrados, diretamente ou por meio
de organizações e associações legalmente constituídas (art.33).
Isso significa que a legitimidade, portanto, é “o efeito de um devido processo
participativo”. Com razão, adverte José Joaquim Calmon de Passos que o direito
consiste numa decisão e a participação no processo decisório é um elemento do Estado
Democrático de Direito, pois confere ao cidadão uma cidadania efetiva, é dizer, um
espaço de real liberdade e de efetiva autodeterminação, retirando “os seus direitos
fundamentais do mundo do “faz de conta” dos enunciados para colocá-los no mundo
real dos acontecimentos”.
O processo administrativo através da concretização do princípio do contraditório
permite a participação popular (nova base de legitimidade estatal) e assegura, assim,
uma maior legitimação da atividade administrativa nacional.
5. COMPETÊNCIA

A competência é o conceito-chave da organização administrativa. A


compreensão desse conceito, bem como de suas formas de distribuição, transferência e
exercício é fundamental para a análise da validade de atos administrativos e atos da
Administração. Assim como ocorre no direito civil, o ato administrativo somente é
válido se o sujeito que o pratica estiver autorizado juridicamente a fazê-lo. No direito
público, de igual forma, competente é a autoridade que tem “investidura legal” para
praticar o ato e exercer uma função. No entanto, no campo privado, presume-se que esta
autorização sempre existe, salvo quando proibida por lei. Ao contrário, no direito
público, essa autorização deve sempre decorrer do ordenamento jurídico, de modo que,
no silêncio do ordenamento jurídico, presume-se inexistente uma competência de ação
da Administração Pública.
Sob o aspecto objetivo, a competência funcional, no âmbito do direito
administrativo, é a medida do poder para a prática de determinado ato ou mesmo
omissão em nome do Estado. Ela decorre de modo explícito ou implícito do
ordenamento jurídico.
Anote-se, por oportuno, que competência e capacidade são conceitos que não se
confundem. A capacidade administrativa, tratada em dispositivo específico da LPA, é a
possibilidade para a prática de atribuições públicas e surge apenas quando o sujeito que
deseja exercer qualquer atribuição pública completa 18 anos e esteja em perfeito juízo.
Ainda que semelhante à capacidade do direito civil, a capacidade administrativa não
depende das normas privadas, uma vez que a LPA estabeleceu um limite etário próprio,
independente, deixando de fazer qualquer remissão ao Código Civil. A capacidade é,
em síntese, um pressuposto para o exercício das competências, para o desempenho de
funções públicas. Já a competência em sentido estrito, conforme explicam Sérgio Ferraz
e Adilson seria “o poder-dever de decidir o processo administrativo ou de praticar certos
atos”. Acentue-se, porém, que a competência é mais que isso! Ela não se restringe à
atribuição de poderes-deveres. Ela não se refere unicamente a deveres funcionais, mas
também aos direitos e às faculdades dos agentes públicos. É apenas a partir de uma
verificação da competência específica contida no ordenamento jurídico e do ato ou da
omissão do agente público que se pode avaliar se este está ou não agindo de modo legal,
dentro dos parâmetros que o Legislador o autorizou. Por isso, melhor dizer que a
competência é a medida de ação e omissão do agente público. Ao contrário dos
particulares, esses agentes não podem ignorar suas competências, nem ultrapassá-las
sob pena de violação da legalidade administrativa.
Sob o aspecto subjetivo, a competência é exercida ou por um único agente
público ou por um conjunto deles. Nesta segunda hipótese, costuma-se falar de ato
administrativo complexo ou ato administrativo colegiado. Esses dois conceitos não
devem ser embaralhados.
Sob o aspecto organizacional, a competência é o limite de ação de certa entidade
pública. Ela é geralmente exercida onde está a sede do órgão público que a titulariza.
Vale lembrar, porém, que nem sempre resta clara a competência de cada uma dos
órgãos públicos, o que aflige, sobretudo, aos cidadãos. Justamente por essa razão, andou
bem o Legislador ao determinar, no art. 16 da LPA, que os órgãos e entidades
administrativas divulguem “publicamente os locais das respectivas sedes e, quando
conveniente, a unidade funcional competente em matéria de interesse especial”. A
indicação do órgão responsável para exercício das competências e de sua respectiva
localização é fundamental para o bom relacionamento entre Estado e cidadão, pois
permite a este último se dirigir, com exatidão e presteza, aos entes responsáveis pela
prática dos atos que lhe interessa. Permite, ainda, controlar a Administração Pública e
eventuais ilegalidades decorrentes da negligência ou do abuso no exercício das
competências.
A distribuição de competências é a divisão, a princípio definitiva, da capacidade
de ação e omissão de cada um dos entes estatais. Quando o Legislador cria ou autoriza a
criação desses entes, seja pela via constitucional, seja por lei específica, ou quando o
próprio Poder Executivo, em relação aos entes públicos existentes, cria novos órgãos
administrativos, é preciso que sejam definidos os campos de atuação respectivos. Do
contrário, se todos os entes públicos pudessem atuar nas áreas que desejassem, não
haveria um mínimo de racionalidade no funcionamento do Estado. Seria o caos
administrativo. Comprometer-se-ia qualquer atuação eficiente e coerente do Estado, em
prejuízo do Erário, dos interesses públicos e dos próprios cidadãos. Por isso, é correta a
lição de Erbguth ao afirmar que a divisão de competências colabora, em última
instância, não apenas para o funcionamento do Estado, mas também para a redução do
retrabalho e para a eficiência administrativa. A criação e a estruturação administrativa
do Estado, suas entidades e órgãos vêm, portanto, sempre acompanhada da fixação dos
limites de atuação. Não pode nem deve existir órgão público, nem agente público sem
competência. A criação de órgãos ou cargos “meramente decorativos” afigura-se
totalmente imoral e, portanto, inconstitucional por força do art. 37, caput da
Constituição da República. A regra fundamental de distribuição de competências
estatais no Brasil foi estabelecida pelo art. 2º da Carta Magna. Ali se estriba uma regra
básica: funções de governo são exercidas de modo precípuo pelo Executivo; a função
legislativa, pelo Legislativo; e a função judicante, pelo Judiciário. Outras funções,
porém, são exercidas por todos, tal como a função normativa e a própria função
administrativa. Do art. 2º da Constituição se extrai, desse modo, a existência de funções
estatais comuns e de funções estatais específicas de cada um dos Poderes.
Sob irrenunciabilidade de competências administrativas entenda-se que o agente
público não está autorizado, em regra, a deixar de cumprir os deveres que lhe foram
imputados por lei (salvo, no direito brasileiro, quando houver previsão legal para tanto).
De nada valeria a distribuição legal ou administrativa de competência, se os
agentes públicos pudessem abrir mão de suas funções ou simplesmente ignorá-las. O
Estado se esvaziaria e, em última instância, seria transformando em mero instrumento
de vontades particulares daqueles que se dizem agentes “públicos”. Dessa maneira, para
que o Estado realmente seja ativo, eficiente, moral e objetivo na proteção do interesse
público, não é lícito que os agentes públicos, responsáveis pela concretização das
funções estatais, renunciem à sua competência. A competência administrativa é
irrenunciável. Como informa Jéze, para a prática do ato não interessa a opinião pessoal
do agente sobre a oportunidade de praticá-lo ou não. interessa se a competência existe e
se a realidade impõe, em determinado momento, seu exercício.
A impossibilidade da renúncia de competência no direito administrativo
brasileiro consta expressamente do art. 2º, parágrafo único, inciso II da LPA. Dispõe
esse dispositivo que o agente público não está autorizado a abrir mão, total ou
parcialmente, das competências que o ordenamento jurídico lhe conferiu.
O mesmo dispositivo, porém, abre uma exceção: autoriza a possibilidade de
renúncia quando a lei assim o permita. A autoridade pública, em situações previstas em
lei e que devem ser interpretadas sempre restritivamente, poderá deixar de atuar, deixar
de praticar os atos que lhe competem. Para Sério Ferraz e Adilson Dallari, essas
exceções devem ter caráter parcial, excepcional, transitório e revogável. Fora dessas
hipóteses restritas, existe um poder-dever de atuação que é calibrado, no caso concreto,
pelo nível de discricionariedade que se dá ao agente público.
A renúncia, como se vê, é omissão excepcional e, para ser aceita, depende de
expressa previsão legal. Ela deverá ocorrer apenas em situações extraordinárias e nas
quais o exercício da competência, frente ao caso concreto, afigurar-se-ia muito mais
danoso que benéfico para o interesse público. Assim, frente a um juízo de
proporcionalidade, o Legislador, em norma própria, autoriza o agente público a não
exercer seus poderes-deveres nas situações legalmente previstas, visando, em última
instância, a proteger valores maiores. Caso não haja autorizativo específico a respeito da
renúncia, não sobraria ao administrador público outra possibilidade senão a de cumprir
integralmente suas tarefas, exercendo seus poderes-deveres.
Através da transferência do exercício de competências, o agente público deixa
de agir sem que, com isso, haja contrariamente à Lei, sem que haja renúncia ilegal e a
despeito da existência de discricionariedade de escolha. Ao transferir o exercício da
competência, o poder-dever de ação estatal fica resguardado, existindo apenas um
deslocamento momentâneo da capacidade para outro agente público, o qual praticará o
ato em lugar do agente originariamente competente.
Note-se bem: transferência do exercício da competência não é sinônimo de
divisão de competência. Esta é feita, em regra, por ato legislativo ou normativo e fixa,
com caráter de definitividade primária, as tarefas de determinado órgão público e seus
respectivos agentes. Já a transferência do exercício da competência implica em um
mero deslocamento de natureza temporária dos poderes-deveres distribuídos
anteriormente por lei ou ato normativo da Administração. A transferência do exercício,
que ocorre mediante avocação ou delegação, não é suficiente para alterar as
competências anteriormente distribuídas. Um ato de delegação ou avocação de
competência não altera, portanto, o ato normativo que fixou as competências
originariamente. A transferência do exercício de competência é sempre
instrumentalizada por um ato posterior e dependente da divisão de competências.

6 . IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

Podemos perceber que tanto o impedimento e a suspeição ocorrem quando


encontra-se algum fator que venha a ferir o Princípio da Imparcialidade no processo
civil, no que tange o juiz julgar a ação, sendo que o mesmo deverá ser igualmente
imparcial para com ambas as partes no exercício de suas funções e as suas causas
estão previstas nos artigos 144 a 148, do Código de Processo Civil (CPC). É obrigação
de o juiz declarar-se impedido ou suspeito, podendo alegar motivos inclusive de foro
íntimo.
Tendo como fulcro Alexandre Freitas, o impedimento é vício mais grave que a
suspeição, razão pela qual aquele pode se arguido no processo a qualquer tempo, até o
transito em julgado da sentença, e mesmo após esse momento, por mais dois anos,
através de ação rescisória (art. 485, II, CPC). Já a suspeição deve ser arguida no prazo
previsto no art. 305 do Código de Processo Civil, sob pena de se ter por sanado o
vício, e aceito o juiz.
Assim, nota-se, portanto, que é de suma importância o juiz se declare
impedido, visto que o impedimento do juiz pode gerar nulidade absoluta no processo,
enquanto que a suspeição gera apenas nulidade relativa e se o juiz não se declarar
suspeito pode ocorrer que se presuma sanada a nulidade e o juiz deverá seguir com o
processo.
Destarte, o impedimento e a suspeição se aplicam tanto aos juízes singulares
quanto aos membros dos tribunais, observado isso, é pertinente falar sobre a hipótese
especial de impedimento que para Humberto Theodoro é bastante relevante, uma vez
que:

Nos tribunais, há um caso especial de impedimento, que se dá entre dois ou


mais juízes-membros, quando parentes, consanguíneos ou afins, em linha
reta, e no segundo grau da linha colateral. O primeiro desses juízes que tomar
conhecimento do processo, no tribunal, impede que o outro participe do
julgamento, sendo, por isso, substituído pelo substituto legal (art.136).

Diante da citação de Humberto Theodoro acima supracitada, esse caso em


especial de impedimento também deve ser observado, para que não aconteça que juízes-
membros dos tribunais que sejam parentes não julguem o mesmo processo e ocorra um
caso de impedimento. Portanto, o juiz prevento, sendo aquele que primeiro conhece a
causa, deve ser aquele que continuará no processo e o outro se escusará, e, portanto,
será substituído por um substituto legal.
Com relação aos auxiliares da justiça, eles também podem ser considerados
como impedidos ou suspeitos, para que possa se garantir a neutralidade, ou seja, a
garantia de que o processo siga, sem influências de cunho objetivo ou subjetivo. De
acordo com o artigo 139 do Código de Processo Civil, os auxiliares do juízo são: "além
de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária, o
escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete."
Todos eles podem ser recusados pelas partes por meio da exceção de suspeição
ou incompetência, da mesma forma que os juízes. Mesmo que os referidos servidores
não influenciem no mérito do julgamento, poderão ser refutados, trata-se de preservar a
imparcialidade da Justiça.
Cabe ressaltar que as testemunhas também podem ser suspeitas ou impedidas
conforme o artigo 405 do CPC.

6.1. Impedimento

Os impedimentos tem caráter objetivo e obstaculizam o exercício da jurisdição


contenciosa ou voluntária, podendo ser arguidos no processo a qualquer tempo, com
repercussão, inclusive, na coisa julgada, vez que, mesmo o processo ter sido trânsito
em julgado da sentença, pode a parte prejudicada rescindir a decisão proferida pelo
juiz (art. 966, II, CPC/2015). Porém, se não for reconhecida até tal momento, cabe
ação rescisória pela parte que sentir-se lesada.
Conforme prevê o artigo 144 do Código de Processo Civil o juiz está impedido
nas seguintes hipóteses:

Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no


processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou
depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de
jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando,
como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no
processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando
for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte
no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador
de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino
com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação
de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que
patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação
contra a parte ou seu advogado. § 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento
só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do
Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade
judicante do juiz. § 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de
caracterizar impedimento do juiz. § 3º O impedimento previsto no inciso III
também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de
advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente
a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.

Estão listadas no artigo acima mencionado, portanto, os casos onde o juiz fica
proibido de exercer suas funções. Na hipótese do inciso III, o impedimento só se
verifica quando as pessoas ali mencionadas (advogado, membro do Ministério Público
ou da Defensoria) já integravam a causa quando o juiz tomou conhecimento do
processo. A lei coíbe a mudança de advogado com o intuito de provocar o
impedimento do juiz (art. 144, § 2º, CPC/2015.
Umas das novidades trazidas pelo CPC/2015 é que a regra de impedimento
relacionada ao inciso III, mais precisamente ao parentesco do juiz com o advogado da
parte, estende-se ao membro do escritório de advocacia que tenha em seus quadros
parentes do juiz, independentemente destes não terem relação diretamente na causa.
A extensão deste impedimento também foi aplicada aos casos em que a parte
não somente é assistida juridicamente pelo cônjuge, companheiro ou parente do juiz,
mas também quando ela figurar como cliente do escritório de advocacia em que tais
pessoas sejam integrantes (art. 144, VIII, CPC/2015).
Outra novidade é o dispositivo que trata do impedimento quando a parte que
figura no processo é instituição de ensino com a qual o juiz mantém relação de
emprego ou vínculo decorrente de contrato de prestação de serviços. Como se sabe, o
juiz pode acumular cargos públicos na hipótese do inciso XVI, b, do
art. 37 da Constituição Federal. Essa acumulação vale para instituições públicas de
ensino, não existindo qualquer limitação de acumulação quanto à prestação de
serviços em instituições privadas. Em todo o caso, sendo o juiz empregado ou
prestador de serviços de instituição de ensino pública ou privada, as ações em que
estas figurarem como partes terão que ser submetidas ao seu sucessor.

6.2. Suspeição

Já as causas de suspeição, dispostas no artigo 254, do CPP referem-se ao teor


subjetivo do juiz quanto às partes, e geralmente são encontradas externamente ao
processo. Uma decisão proferida por um magistrado suspeito é causa de nulidade
absoluta. Podendo ser reconhecida de ofício pelo juiz ou por uma das partes em até 15
dias depois da ciência da hipótese de suspeição. Porém, se passado esse prazo sem
manifestação das partes, não cabe ação rescisória.
Com relação a suspeição, fica suspeito o juiz no processo, o conforme esta
previsto no artigo 145 do Código de Processo Civil trás as seguintes hipóteses:
Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das
partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que
tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar
meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for
sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes
destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no
julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1º Poderá o juiz
declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar
suas razões. § 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver
sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato
que signifique manifesta aceitação do arguido.

Sobre a suspeição do juiz e conforme tange o artigo acima supracitado, conclui-


se que o interesse do juiz não pode ser confundido com o direito próprio do magistrado,
porque nesse caso ele é parte no processo e fica impedido para decidir, e não suspeito.
Conforme também o exposto por Pontes de Miranda, pode-se dizer que o interesse não é
só em questões jurídicas, podendo ocorrer também interesse moral e ético, também
inclusive interesse religioso.
Finalmente, temos a hipótese de “foro íntimo” prevista nesse mesmo dispositivo
legal, em seu parágrafo único, que trás a possibilidade do juiz se declarar suspeito por
motivos pessoais, podendo declarar-se de oficio, em determinado caso concreto, em que
ele se considerar suspeito.

7. ATOS PROCESSUAIS

Os atos processuais possuem um capítulo próprio no Novo Código de Processo


Civil, onde tem o seu início no artigo 188 e ao artigo 199. Em linhas gerais o artigo
188 do novo Código, assegura que:

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma


determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se
válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial.

Destarte, pode-se perceber que a doutrina classifica os atos processuais


quanto à forma em solenes e não solenes. Os atos processuais solenes são aqueles na
qual a lei prevê a sua validade, submetendo-se na maioria das vezes a forma escrita, a
tempo e lugar previsto em lei. Já os atos não solenes, possuem a forma livre, ou seja,
não há previsão específica na lei quanto a sua forma, possuindo as partes a liberdade
para escolher como lhes for adequada, como por exemplo, a produção de prova de
maneira lícita.
Assim, pode-se verificar que o direito processual, é um direito formal, com a
finalidade de assegurar e regulamentar a evolução do processo e dos direitos das
partes. Em se tratando dos atos processuais solenes, caso estes não sejam praticados
de acordo com a forma preestabelecida em lei, e não alcance o seu objetivo, estes
serão considerados nulos, à exemplo de nulidade encontra-se o caso de citação, artigo
280 do CPC\15.
Ainda sobre os atos processuais, vimos que os atos processuais também
trouxeram consigo uma grande melhoria no que tange o processo eletrônico, uma vez
que, aprimorou o processo e permitindo a solução mais eficiente dos conflitos, porém
vale ressaltar que mesmo com essa evolução os atos processuais continuam se
arrastando eletronicamente nos tribunais.
No seu artigo 198 do CPC, onde impõe aos tribunais que os mesmos deverão
manter gratuitamente os equipamentos que forem necessários para que todas as
práticas processuais, mas, não é isso que estamos vendo nos tribunais, pois, ainda
existem tribunais que não dispõe de toda tecnologia necessárias para manterem os atos
processuais eletrônicos atualizados.

8. INSTRUÇÃO DO PROCESSO

A fase da instrução representa as atividades que possuem a finalidade de analisar


e comprovar os dados essenciais para a fase decisória. Tem-se que, pode ser realizada
de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, e obviamente neste
caso, ocorrerá sem prejuízo das prerrogativas dos interessados.
Normalmente, a instauração é formalizada por portaria, quando o processo é
deflagrado. Destarte, deverá estar presente na mesma os detalhes que caracterizam os
elementos integrantes do motivo do processo, para que ao acusado seja concedida a
possibilidade do contraditório e da ampla defesa, similarmente como processo penal. Os
atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem ser realizados do modo
menos custoso para os envolvidos, que inclusive podem dar inicio a esta fase por
requerimento. (CARVALHO, 2017)
Esse requerimento, a fim de evitar. por exemplo, denuncias infundadas, traz
informações referentes ao órgão ou autoridade a que é dirigido, a identificação do
interessado, o domicílio do requerente, a formulação do pedido, os documentos que
comprovem os fatos expostos, o rol de testemunhas, a data e a assinatura do requerente
(CARVALHO, 2017).
Nesse aspecto, podemos observar que uma das principais bases é o Princípio da
Oficialidade, que faz dar inicio ao dever atribuído ao órgão competente para instrução
assim como a obrigação de dever de providenciar, documentos ou cópias destes,
considerando os fatos e dados que o interessado declarar estarem registrados em algum
órgão ou em entidade da Administração, que tenha competência no processo
(MARRARA, NOHARA, 2012)
De acordo com esse princípio, o juiz é que deverá impulsionar o processo,
independentemente da vontade das partes. A instrução, nesse aspecto, será uma forma
de elucidar o evento que desencadeou o processo, desenvolvendo-se através da analise
minuciosa de cada um dos elementos que poderão contribuir para se obter,
posteriormente, um resultado final conclusivo e definitivo, para assim satisfazer o
interesse público, não podendo deste modo, subordinar-se à iniciativa particular ou
individual. (DI PIETRO, 2012)
Torna-se imperiosa a citação das partes envolvidas, a fim de que venham a
tomar ciência do processo e das suas especificidades. Deste modo, resta observado o
princípio do contraditório e da ampla defesa, em que o individuo poderá acompanhar o
rito legal.
A partir dessa elucidação, ou até mesmo revisão dos fatos, a Administração
Pública tem o dever de dar prosseguimento ao processo, podendo então, ordenar a
produção de provas, requisitar laudos e pareceres, adotando assim meios e medidas
imperiosas para ocorrência de uma correta e justa instrução. Segundo entendimento de
Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2012), esse manifesta-se como o momento das
diligências, da investigação dos fatos conhecidos antes ou durante o curso do processo,
da solicitação de pareceres, laudos, informações, e até mesmo da revisão dos próprios
atos, para assim desempenhar o que for imprescindível à consecução do interesse
público.
Assim, a atuação probatória exigida ao interessado no processo será considerada
subsidiária à atuação probatória da Administração Pública. Baseia-se essa compreensão
no fato de que deverão ser observados a menor onerosidade, o dever de cooperação, a
razoabilidade e a verdade material. (DI PIETRO, 2012)
Duas condições são básicas para o caso de atuação supletiva da Administração
Pública, quais sejam a viabilidade de ela vir a praticar o ato instrutório que
anteriormente cabia ao interessado; ou quando for verificado que a matéria objeto do
processo é de interesse público, seja no aspecto primário, no que se refere a direitos e
interesses difusos; seja no aspecto secundário, quando se tratar por exemplo de
interesses relacionados a meio ambiente equilibrado, redução das desigualdades, ou
interesses internos da própria Administração Pública. (MARRARA, NOHARA, 2012)
Pode acontecer também a ocorrência de arquivamento do processo durante a fase
de instrução, sendo que faz-se necessário para tal a atuação do interessado no
andamento do processo; a inaplicabilidade do princípio da oficialidade ou a
impossibilidade de transferência do dever probatório. (MARRARA, NOHARA, 2012)
Na instrução, o procedimento administrativo é regido pelo princípio do
informalismo. Tem-se que, o princípio da informalidade significa que, fundamentado
lei, sem prejudicar terceiros nem comprometer o interesse público, poderá haver a
dispensa de algum requisito formal. Dispensam-se, ritos burocráticos e irrelevantes,
muitas vezes, para alcançar um resultado mais célere e efetivo.
A ideia geral é que de nada adianta o apego aos excessivos formalismos, se, em
razão de exigência relacionadas aos prazos para apresentação de recursos ou juntada de
documentos, a decisão administrativa resultar em ato ilícito que pode vir a ser corrigido
posteriormente ou que incida em uma decisão desastrosa ao processo. (OLIVEIRA,
2015)
Exemplo maior é a polêmica não obrigatoriedade do comparecimento de
advogado aos atos processuais administrativos, em especial na instrução. O STF, por
meio da Súmula Vinculante nº 5, já se pronunciou que “a falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”.
(OLIVEIRA, 2015)
Destarte, considera-se também que, durante essa fase, as provas obtidas por
meios ilícitos configuram-se como inadmissíveis. A ilicitude da prova representa a
essência de antijuridicidade, que pode afetar a atividade probatória, e assim prejudicar
posteriormente a plena garantia dos direitos individuais. Estas provas não possuem em
sua natureza a eficácia jurídica e nem podem ser admitidas como auxilio ou elementos
de suporte durante o curso da instrução, especificamente.
Nesse aspecto, são inadmissíveis também as provas conflitantes com os
princípios que ensejam as prerrogativas de defesa e o respeito à dignidade humana. Em
suma, pode-se compreender como aqueles meios utilizados que se opõe às normas
reguladoras do Direito e violam os princípios do ordenamento, sejam os de natureza
processual ou material. (DALLARI, FERRAZ, 2012)

9. DEVER DE DECIDIR

Em tese, pode-se afirmar que a Administração Pública possui um dever de


juridicidade na realização das suas funções, em observância às prescrições legais,
vedando-se a inatividade do Estado, pois do contrário, configura-se em uma espécie de
ilegalidade, considerando que essa inércia estatal, pode afetar diretamente prerrogativas
dos administrados, principalmente na ocorrência de um processo administrativo.
Desta maneira, a Autoridade Administrativa tem o dever de explicitamente
emitir decisão com relação, por exemplo, ao pedido de solicitação ou reclamação em
matéria de sua competência, sendo que deverá responder de forma motivada, indicando
concomitantemente os fatos e fundamentos jurídicos (MELLO, 2014).
Esse dever de decidir não é apenas proferir durante as fases decorrentes do
processo, mas sim deliberar, de forma devidamente embasada e válida, conforme
determina a Lei. O dever de decidir da Administração vincula-se a estrita observância
da legalidade, assim como aos deveres de honestidade, imparcialidade e legalidade; que
deve ocorrer de forma explícita, clara e congruente, do contrário podendo acabar
incidindo em ato de improbidade administrativa, transgressão disciplinar, violação da
ética e outros crimes. (DALLARI, FERRAZ, 2012)
MELLO (2014) entender existir duas opções: a possibilidade de demanda
judicial, com pedido de deferimento do postulado por parte do juiz, ou, em situações de
discrição administrativa, quando o juiz deve assinar prazo para manifestação, sob pena
de multa diária. Conforme a Lei aqui analisada, que o prazo estabelecido para
manifestação, concluída a instrução do processo administrativo, é de 30 dias,
prorrogáveis motivadamente por mais 30 dias.

Por outro lado, José dos Santos Carvalho Filho (2017, p. 105), entende que:

(...) se o pedido do interessado consiste na emissão de vontade geradora de


ato discricionário, e a Administração silencia sobre o pedido, tem o
postulante o mesmo direito subjetivo de exigir, na via judicial, que o juiz
determine à autoridade omissa expressa manifestação sobre o que foi
requerido na via administrativa. Note-se que a pretensão do interessado na
ação não consiste na prolação de sentença que ordene ao agente omisso o
atendimento do pedido administrativo, fato que refletiria a substituição da
vontade do administrador pela do juiz e que, por isso mesmo, seria incabível.
A pretensão - isto sim - é a de ser o administrador omisso condenado ao
cumprimento de obrigação de fazer, vale dizer, ser condenado à prática do
ato administrativo em si, independentemente do conteúdo que nele venha a
ser veiculado. Cessada a omissão pela prática do ato, poderá então o
interessado verificar se nele estão presentes os requisitos de sua validade.

10. DESISTÊNCIA

Sobre a desistência, em regra o processo administrativo se encerra com a


prolação da decisão da analise do mérito pronunciada pela Administração. Todavia, há
situações em que ocorre a extinção processual sem que o mérito seja contemplado. Tal
situação ocorrerá, quando o interessado, através de manifestação de vontade, e de forma
escrita, desiste no todo ou em parte do pedido formulado ou ainda renuncia a direitos
disponíveis (art.51 da Lei n. 9.784/99).

Quando houver vários interessados, os efeitos da desistência ou renúncia, só


atingirão somente a quem a tenha formulado o pedido (art., 51,§1º Lei n. 9.784/99).
Entretanto, a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o
prosseguimento do processo, nos casos em que o interesse público assim o exigir (art.
51§2º Lei n. 9.784/99). Neste sentido, cabe também ou órgão competente pelo processo,
declarar extinto o processo quando verificar a ocorrência da perda da finalidade ou o
objeto da decisão tornar-se impossível, (art.52 Lei n. 9.784/99).

11 – RECURSO ADMINISTRATIVO E PRAZOS

11.1. Recurso administrativo

Recurso administrativo é um instrumento processual interno, nas vias


administrativas, habitual para contestar decisão ou ato de autoridade administrativa.
Neste sentido, toda decisão ou ato administração pública, pode ser revisado, a despeito
de sua legalidade ou questões do mérito, ponto chave numa disputa “litigiosa” no
âmbito administrativo. Serve como instrumento de controle e tão logo significa a
possibilidade de algum interessado, mediante pedido formal e escrito, “contra certos
atos lesivos ou não a direito a direito próprio (Manual de Direito Administrativo –
CARVALHO FILHO), com objetivo de reformar a decisão prolatada ou ato
administrativo.

O recurso deve ser direcionado à autoridade prolatora da decisão combatida, o


elemento principal do recurso é o inconformismo do interessado, a autoridade deve
reconsiderar e apreciar o recurso no prazo de 05 (Cinco) dias (art.56,§1º) se não, o
encaminhará a autoridade superior. O recurso administrativo tramita pela via
administrativa no máximo em três instancias administrativas, salvo disposição legal.
A interposição de recursos administrativos se fundamenta na lição de
CARVALHO FILHO, em três suportes básicos: (1) o sistema de hierarquia orgânica;
(2) o exercício do direito de petição; (3) a garantia do contraditório e ampla defesa.
Também é fundamento dos recursos administrativos o direito de petição, previsto no art.
5º, XXXIV, “a”, da CF. Nos casos em que a decisão ou ato administrativo, contrarie
enunciado de súmula vinculante, caso o recorrente apresente alegação dessa natureza, a
autoridade que praticou o ato impugnado, bem como aquela competente para julgar o
recurso, deverão explicitar claramente os motivos de sua decisão, visto que tal situação
permite ao interessado promover reclamação junto ao STF.

Os legitimados para interpor recurso administrativo são os interessados no


processo, são estes: a) os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
b) aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão
recorrida; c) as organizações e associações representativas, no tocante a direitas e
interesses coletivos; d) os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses
difusos.

O recurso administrativo, como processo administrativo, obedece aos requisito


formal referente aos prazo de interposição para que seja apreciado pela autoridade
administrativa, em regra o prazo para interposição é de 10 (dez) a partir da ciência ou da
divulgação oficial da decisão ou ato recorrido, exceto se a lei prevê prazo diferente, no
prazo máximo de 30(tinta) dias. Os recursos administrativo, salvo disposição legal, não
possuem efeitos suspensivos.

Nestes termos, na lição de Alexandre Mazza, o recurso não será conhecido


quando interposto: a) fora do prazo; b) perante órgão incompetente; c) por quem não
seja legitimado; d) após exaurida a esfera administrativa. Entretanto, Processos
administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, qualquer tempo, a pedido
ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de
justificar a inadequação da sanção aplicada.

11.2. Classificação do recurso administrativo

No entendimento de Carvalho Filho, o recurso se divide em recursos


hierárquicos próprios e recursos hierárquicos impróprios.

Os recursos hierárquicos próprios são aqueles que sua tramitação ocorre em via
interna de órgão ou entidade administrativa, como característica principal desta
modalidade recursal, no âmbito administrativo, é que dispensa previsão legal e
regulamentação expressa, resultado do controle hierárquico que deve permear a
Administração Pública, sendo assim, e permitido que o interessado recorrer à autoridade
superior, a que provocou o ato que ensejou o interesse de reforma, por meio de
interposição de recurso.

Contudo, devido à abrangência do poder de decisão, em relação a analise do


recurso, a autoridade superior ao examiná-lo possui um amplo poder revisional
permitindo-o, em decisão fundamentada, decidir além do que foi pleiteado no recurso
com base no principio da autotutela da administração.

Recursos hierárquicos impróprios são aqueles onde o recorrente interpõe o


recurso à autoridade ou órgão distinto daquele que originou o ato ou decisão que se
deseja impugnar, ou seja, não existe uma relação de hierarquia de subordinação e sim
uma relação de vinculação. Exemplo: “se o interessado recorre contra o ato do
presidente de uma fundação pública estadual para o Secretário Estadual ou para o
Governador do respectivo Estado, esse recurso é hierárquico impróprio”. Para tanto,
estes recursos depende de previsão expressa em lei, porém nada impede que a
autoridade distinta examine um recurso sem previsão em lei, até porque, se não for a
postulação reconhecida como recurso, “deverá sê-lo como exercício regular do direito
de petição, o qual há de merecer a resposta da Administração”.

Outra classificação que merece atenção no estudo dos recursos administrativos,


consiste em agrupá-los em recursos incidentais e recursos deflagradores (ou
autônomos). Os recursos incidentes ocorrem quando o interessado interpõe durante o
curso do processo administrativo e o insurgimento se dá contra algum ato praticado no
processo, por sua vez, os deflagradores são aqueles que formalizam a própria
instauração do processo, vale dizer, são interpostos sem que haja um processo anterior
em curso sobre o tema da impugnação.

11.3. Efeitos dos recursos

Os recursos podem ter efeito devolutivo ou suspensivo, a regra é que tenha


apenas efeito devolutivo, só terá efeito suspensivo por disposição legal expressa em lei,
o que quer dizer, que na omissão legal, silêncio da lei, o efeito será apenas o devolutivo,
o inconformismo do recorrente não é suficiente para paralisar a atividade administrativa,
nestes casos o que prevalece é o princípio da continuidade das ações administrativas.

Nesta mesma perspectiva, nada impede a autoridade receber o recurso com


efeito suspensivo, mesmo que este seja, com efeito, apenas devolutivo, pode o
administrador receber e modificar o efeito do recurso de oficio quando este, verificar de
plano que houve irregularidade processual pautado na ilegalidade do ato a fim de evitar
consequências mais danosas para Administração.

11.4. Prazos dos recursos administrativos

O prazo para interposição de recurso administrativo é de dez dias, contado a


partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida, conforme dispõe o art. 59,
da Lei 9.784/1999, in verbis:

Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para
interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou
divulgação oficial da decisão recorrida.
11.5. Prazo de decisão do Recurso

Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão
competente, sendo que este prazo poderá ser prorrogado por igual período, mediante
justificativa explícita, conforme dispõe os §§ 1º e 2º do art. 59, da Lei 9.784/1999, in
verbis:

Art. [...]
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá
ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos
autos pelo órgão competente.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por
igual período, ante justificativa explícita.

11.6. Contagem de Prazo

Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-


se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento (art. 66, da Lei
9.784/1999).
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento
cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal (§
1º, do art. 66, da Lei 9.784/1999).
Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo (§ 2º, do art. 66, da
Lei 9.784/1999).
Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo
o último dia do mês (§ 3º, do art. 66, da Lei 9.784/1999).
Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais
não se suspendem (art.67, da Lei 9.784/1999).
12. REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil.
Brasília, 05 de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 20 de
maio de 2018.
_______. Código de Processo Civil. Lei 13.15 de 2015. Brasília: Senado, 2015.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm Acesso em 20 de maio de 2018.

_______. Lei 9.784 de 26 de janeiro de 1999. Regula o processo administrativo no


âmbito da Administração Pública Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9784.htm> Acesso em: 20 de maio de
2018.
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