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21 DE MARGO DE 1978 ANEXO I Lista das. delegagdes_¢ das subdetegnetos ceriads no aetig Beh me 3, 0 no argo Hh 1 —Delegacdo de Almada, 2—Delegagio de Angra do Heroismo, 3 Delegacio de Aveiro Subdelegacdes Espinho. Solo ‘da Madeira. 4 Delegaco de Beja, 5—Delegagdo de Braga Subdelegacées Guimaries Vila Nova de Famalicto. $—Delegacto de Braganca 7 — Delegagio de Coimbra, ‘Subdelegacai Figueira da Foz Delegaco da Coviha, Subdelegacto: Castelo Branco. 9 Delegasto de Evora. 10—Delegagio de Faro. ‘Sublelegacdo: Portimio, 11. —Delegasio do Funchal. 12—Delepagdo da Guards 13 —Delegagio da Horta 14—Delegagio de Leiria. ‘Subdelesado: Caldas da Rain 15. Delegagio de Lisboa. Subdelegacdes: Torres Vedras. Vila Franca de Xira 16—Delegacio de Ponta Delgada. 17 —Delegasdo de Portalegre. 18 —Delegacio do Porto, Subdelegacto: Penafiel 19 Delegacio de Santarém. Subdelegacto: ‘Tomar. 20 Delegagio de Setibal Subdelegagées: Bareit Sines. 21 —Delegagio de Viana do Castel, 22— Delepagdo de Vila Real 23— Delepasdo de Viseu __564-(21) ‘Sublelegacio: Lamego. © Ministro do Trabalho, Anténio Manuel Maldo- nado Gonetha. Decreto-Lei n° 48/78 do 21 de Margo 1. A reestruturagio do Ministérie do Trabalho realizada através da Lei Orginica aprovada nesta data tem como parte imtegrante da sua estrutura a Inspecgio do Trabalho, ¢ ai se definem as atribui- des © competéncias genéricas desta. ‘A nece:sidade de regulamentar a sua actividade, de modo a adequi-la as novas realidades sociais ceorridas no mundo das selagdes de trabalho, jus tifica por si a feitura deste diploma legal especifico, através do qual se revogard a legislagio anterior € se estabelecem as bases definidoras do seu estatuto, da sua hierarquia e dos principios informadores da sua acyao, 2. Seo reconhecimento pelos Estados. modernos saidcs da 1.* Guerra Mundial da necessiiade de orga- nizagdo de um servigo de inspeccao do trabalho foi Formalmente estabelecido no Tratado de Versalhes, isso resultou de um sedimento anterior, intimamente igado luta progressiva e eficaz das organizagoes sindicais eurepeias. Com efeito, a revolugio industrial moderna de- terminou entre os. trabalhadores, por aquilo que representou de exploragio desenfreada, acydes ade- quadas a defesa dos seus interesses, visando objec- tivos politicos, econémices ¢ sociais que estio na base da implantagao de estruturas e instituigées que hoje salvaguardam a seguranca, higiene ¢ medicina no trabalho, fixam a duragio dos tempos do trabalho, Tegulam os salérios minimos ¢ estabelecem regalias sociais de toda a ordem, No decurso de um século as modificagSes foram radicais. As associagdes mutuas das organizagdes de trabathadores, para sua defesa na doenga, na velhice ou no desemprego, substituiram-se organizagoes es- tatais © paraestatais de ambito mais vasto, muitas vezes de natureza técnica ¢ especifica. Dos mecanismos opressivos de exploracdo do tra- batho € do papel passivo das forcas do trabalho caminha-se a passos largos para uma participacio social activa, segundo o principio de que ao cres- cimento econémico deve corresponder 0 progress social. A propria estabilidade das sociedades depende da centribuigdo simultdnea dos parceiros soc —entidades patronais e trabalhadores— ¢ do did- logo permanente entre si. Em Portugal 0 processo nao foi diferente, embora lento dificil Jé na Conferéncia de Berlim de 1890 se reconhecia fa necessidade de os Estados criarem um corpo de funcionérios qualificados e independentes do pa- tronato e dos sindicatos para velarem sobre as con- igdes de trabalho, e também em Portugal se deram, 564-022) por essa época, os primeiros passos em tais matérias, com o objectivo de defender as condiges de trabalho de menores € de mulheres. B forgaso reconhecer, no entanto, que ¢ a OIT que se deve 0 grande impulso para a criagio da Ingpecsz0 €o Trabalho e daquilo que hoje coastitui um conjunto notével de normas de direito social auoptadas pela generatidade dos Estados, consubs- taneiadas essencialmente na Convencion." 81, adcp- tada em I de Julho de 1947 pela Terceira Conte- réncia, em Genebra, Antes da ratificagéo por Portugal da Convengio n 81 foram publicados os Decretos-Leis n.°* 37244 © 37245, de 27 de Dezembro de 1948, que criaram © definiram a onginica da Inspec¢ao do Trabalho. © 0 DecretoLei m* 37747, de 30 de Janeiro de 1950, que aprovou o seu regulamento, A Inspecsio do Trabatho foi incluida como peca da organizacao corporativa, em intima diga¢lo fun- ional © hierémuica ao Instituto Nacional do Tra- balho = Previdéne’a, 3. Na letra das leis referidas sio atribuidas Inspecsaio competéncias de acgio no que respeita & seguranga ¢ higiene no trabalho, acidentes de trabalho © doengas profisionais, vigilincia no cum- primento das leis, informacio e esclarecimentos, etc. Contudo, tais competéncias quase se esgotavam ‘num papel burocrético, que, salvo poucas excepsées, pre- valeceram na estrutura actual, ao que actesce & exiguidade dos quadros, a auséncia de meios ma- teriais, de instalages © de formacao qualificada de pessoal técnico, tomando praticamente inéeua a actuacdo da Inspeccao. © desmembramento do Ministério das Corporagies © Previdéncia Social trouxe consequéneias na accio © organica da Inspec¢io do Trabatho, permanecendo, contudo, a sua desarticutagao hierirquica e a inde- finigo de competéncias. Com efeito, apesar da extingao do Instituto Na- cional do Trabalho ¢ Previdéncia, mantiveram-se as estruturas, continuando cs delegados a orientar a Inspecgiio do Trabalho dentro das areas regionais respectivas A falta de contacto e de articulagio com 0 corpo central implica a falta de uniformidade de actuacées, a falta de uniformidade de interpretagio dos textos leguis © 0 proprio desconhecimento de métodos uniformes de trabalho. Por outro lado, a auséncia de lei definidora das suas atribuigoes torna os seus funciondtios dependentes da iniciativa dos delegados, ora fazendo o papel de coreiliadores de confiitos sociais, ara o de vigilantes do cumprimento da lei, ora 0 de agentes repressivos das infracgées legais, mas permanecendo, no essen- cial, um compo burocréticodmit © eclodir de novas realidades sociais no mundo das relagdes do trabalho gerow provess0s sobre pro- ces505, conflitos sobre conflitos, para os quais a Ins- pecyao us Trabalho no estava apetrechada. Se no regime corporativo se assistiu & instrumen- talizagdio da Inspeorao do Trabalho, com o 25 de Abril assistirse-4, merce de um fenémeno de coac- 1 SERIE — NUMERO 67 ‘Go _psicolégica da evolugdo social, & sua subordi nagdo aos Sindicatos, sendo estes quase quem dirige as iniciativas e aconsctha o procedimento, 4. © principal objectivo da reestruturagao da Ins- peecio do Trabatho € delinear as bases que fario superar as deficiéncias atrés apontadas e projectar a estrutura do novo edificio. Nesse sentido, se cria um tinico corpo da Inspee- sao do Trabalho, a que haverd de corresponder uma Gescentralizagao ‘estendila regionalmente pelo Pats, tendo em conta a concentracéo empresarial e a diver- sificidade de actividades profissionais. A.esse corpo de inspeccio teré de corresponder um aparelho burocrético eficaz e centralizado nos aspec- tos de difusio da informagio, da tegisago © das formas genérioas de procedimento. Como consequéncia, far-se-4 a articulagio directa das hierarquias, 0 seu contacto regular, o conheci- mento de trabalho realizado polos funcionarios ¢ a uniformizagio de actuagées, sem interferéncia de qualquer outra hierarquia de outros servigos, Tero também os funcionérios de elaborar periédica e regu- larmente informagies, mapas ¢ dados estatisticos através dos excaldes hierdrquicas, para uma visio slobal dos problemas sécio-econémicos da sua com- petén A Vigilancia do cumprimento das Jeis do trabatho, missio fundamental prevista no artigo 3.° da Con- Vengio n° 81, requer mobilidade ¢ desafectagio de tarefas burocréticas, prestigio © um conhecimento Profundo das condigies de trabalho e do meio sécio- £comémico em que 05 funcionérios da Inspecgio do Trabalho actuarao. A_Inspecgiio do Trabalho teré igualmente uma missio pedagégica ¢ informativa muito importante, que exigira conhecimentos especificos, devendo cons- tituir tal actuagéo factor primordial de estabifidade ‘has empresas, a0 mesmo tempo que isso im- plica a responsabilizagao dos parceiros socias. Antes de se actuar repressivamente é por vezes mais eficaz a acgio dissuasora, E neste campo 0 Papel da Inspecgio do Trabalho deve ser também preponderante. Tals conselhos, dados directamente hos locais de trabalho ou por correspondéncia oficial, deverio constituir um habito, que muito ajudaré a0 Prestigio da sua actuagio, Sabemos, no entanto, que a Inspec¢io do Traba- tho nio sera o milagre da estabilidade das relagdes sociais do trabalho. Os sindicatos ¢ as associagdes patronais tm que aassumir as suas responsabilidades © colaborar, seja com a Inspecgio do Trabalho, seja com 0 Governo, nna obtengio dos objectives comuns: 0 progresso 60- cial © a consolidagio de uma sociedade democritica. Mas ¢ evidente que sem autoridade, sem meios ccercives, qualquer direito esté votado a0 fracasso. Tratando-se de dircito social, sujeito a implicagdes humanas ¢ & infracyao, a sangio € o seu instrumento de eficécia, Dai apontarmos para a outorga de um estatuto de autoridade propria A Inspeccio do Tra- balhe, nomeadamente © poder executivo imediato 21 DE MARGO DE 1978 para certos casos atribuidos as categorias superiores, ‘capaz de desencorajar a infracgdo e diminuir o con- ito possivel 5. Tal como preconiza o artigo 6° da Convengéo n 81, € atribufdo a Inspec¢io do Trabalho um esta- tuto de independéncia que no coloque os seus fun- clentris suetos as contingtncias do poder pli ou da forga organizada dos parceiros Nowe semido te labora uma carreva, adequad, permitindo 0 acesso ao longo das diversas categorias, as quais corresponde um nivel justficativo das suas atribuigdes proprins ¢ da necesséria independéncia econémica dos seus funcionérios. E vaise ainda mais longe ao estabelecer formas exclusivas de notacio profissional, no sentido de in- centivar @ dignidade do seu corpo. Considerando que a Constituigio Politica Portu- ‘guesa, nos seus artigos 53.° e 54.°, institucionaliza 0 direito a férias, salérios minimos, a condigées de seguranga e higiene no trabalho, bem como & pro- tecgéo de menores ¢ de mulheres grévidas; Considerando que esse objective, bem como a efi- cécia das normas do direito do trabalho € a harmo- nizagio das relagdes ¢ condigbes laborais poderéo ser atingidos através de uma Inspeogio do Trabalho independente, forte e dotada de autonomia: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do © 1 do artigo 201." da Constituigto, o seguinte: EGULAMENTO DA INSPECGAO DO TRABALHO CAPITULO 1 [A organizagho dos servicos Artigo 12—1—A Inspecedo do Trabalho, a que se refere 0 capitulo m da Lei Organica do Ministério do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.° 47/78, de 21 de Marco, rege-se pelo disposto naquele di- ploma © no presente Regulamento. 2—A Inspeecio do Trabalho, no desempenho das respectivas atribuigées, exerce a sua competéncia na Area de todo o territério nacional em todos os ramos de actividade, nas empresas piblicas ou privadas, ‘onde existam ou possam vir a existir relagées de tra- balho. ‘Art. 2.° A Inspecgio do Trabalho ¢ um departe- mento téenico da Administragdo Publica integrado no Ministério do Trabalho ¢ dotado, nos termos do presente Regulamento, de autonomia e independéncia, dispondo os seus funciondrios, para o efeito, dos ne- cesshrios poderes de autoridade. Art. 3.°—1—Sio atribuigdes especificas da Ins- pecgiio do Trabalho: @) Assegurar a aplicacao das normas do direito do traba‘ho constantes das leis gerais, dos instrumentos de regulamentagao colectiva de trabalho, de regulamentos internos de empresas e de contratos individuais de tre- balho, bem como de outras normas obrige- A6rias relativas a condigdes de trabalho, 564-(23) tais como as que respeitam a duragio do trabalho, saldrios, higiene ¢ seguranga, em- prego de menores ¢ outras matérias cone- x28; b) Fornecer informagdes ¢ conselhos técnicos 20s trabalhadores, entidades patronais ¢ respec- tivas organizegbes de classe sobre a mancira mais eficaz de observar as normas laborais ©) Chamar a atenclo dos departamentos compe- tentes para as deficiéncias ou abusos cons- tatados, por inexisténcia ou inadequagio de disposiges legais que os previnam. 2—A Inspeccdo do Trabalho deverd exercer es- pecial vigilincia naquelas actividades em que 0s aci- Gentes de trabalho ou as doengas profissionais sejam mais frequentes ou assumam maior gravidade. 3—Em relagio as atribuigdes referidas no nimero antesfor, a Inspecgio do Trabalho poderé solicitar & Direcc#o-Geral de Higiene © Soguranca do Trabalho ‘a colaboragio que se mostre necesséria. 4—De igual modo, a Inspeccao do Trabalho pres- tar& aquela Direceio-Geral 0 apoio € a colaboragio que ambas considerem indispensaveis A prossecugo dos objectives comuns. Art, 4.°—1— As atribuigdes da Inspeccio do Tra- balho so asseguradas pelos seguintes drgios e ser- ©) © Servigo de Fiscal Trabalho; b) Os centros coordenadores regionai ©) As delegacses; d) As subdelegacdes. igo de Condi 2—Para o desempenho das suas atribuigdes pré- prias a Inspecgdo do Trabalho dispoe de um corpo de inspecgdo, cujas categorias sio as constantes do presente Regulamento. Art. 5.° Os centros coordenadores, as delegagoes € as subdelegacdes si0 os previstos na Lei Ongénica do Ministério do Trabalho, competindo ao Ministro do Trabalho fixar por despacho a sua localizagio ¢ a delimitagao do respectivo Ambito territorial. Art, 6°—1—A Inspecgio do Trabalho ¢ dirigida por um inspector-geral, que é coadjuvado, no exer- cicio da sua competéncia, por um subinspector-geral © por pessoal técnico de inspecgio da sua escotha. 2—0 Servico de Fiscalizago de Condigies de Tr balho € constituido pelas Repartigées de Duracio do Trabalho, de Quadros de Pessoal e de Contratos Especiais de Trabalho e é dirigido por um inspector- schefe, 0 qual dispie de um corpo téonico para 0 coadjuvar no exervicio da sua competéncia especia- lizada. 3—Os centros coordenadore= regionals sio dit gidos por inspectores superiores, 95 quais dispdem de pessoal técnico de ingpevcao pas 0s coadjuvar no exercicio da sua competéncia coordenadora. 4—As delegacies so dirigidas por chefes de de- legago, os quais d'spSem de pessoal téenico de ins ecgiio para 0s coadjuvar no exercicio da sua com- peténcia, 564-(24) 5—As subdelegagdes so dirigidas por chefes de subdelegaciio, 05 quais dispdem de pessoal técnico de inspecgio para os coadjuvar no exercicio da sua com- petencia, Art. 7° Em cada um dos 6rgios ou servigos da Inspeccio do Trabalho © pessoal téenico de inspec- G80 ter o apoio do pessoal técnico, téenico auxili administrative e auxiliar dos quadros do Ministério do Trabalho necessério ao desempenho das suas atri- buigées. Art, 8.° Os chefes das secgdes que prestem apoio simultanco aos orgios e servigos da Inspecgao do Tra- batho € da Direecdo-Geral das Relagdes Colectivas de Trabalho dependem hierarquicamente dos respectivos responsiveis, devendo estes definir conjuntamente as fungées que aqueles Ihes deverdo assegurar. Art. 9.°—1— Junto do inspector-geral, em cada centro coordenador regional e em cada delegacio € subdelegagao devem exist: a) Uma colecsio do Didrio da Reptblica ¢ do Boletim do Trabalho e Emprego; b) As circulares, instrugdes ¢ ordens de servigo; ©) Um ficheiro de legislacdo, jurisprudéncia, des- pachos e pareceres de interesse para 0s set- vigas; 4) Os duplicados dos relat6rios elaborados sobre matéria de servigo; ©) Os registos das importincias movimentadas através da Caixa Geral de Depésitos ou outras instituigdes de crédito, dos pedidos de intervencio e dos relatérios, estudos € inguéritos efectuados. 2— Para além do disposto no ntimero anterior, nas delegagdes e subdelegagdes devem existir também: 4) Um ficheiro das entidades, piiblicas ou pri- vadas, sujeltas Inspec¢do do Trabalho, com todas as indicagbes de interesse para 0s servigos; 5) Um ficheiro das empresas que explorem distrias insalubres, incOmodas, perigosas ou toxicas; ©) Um ficheiro ordenado por actividades; 4) Os seguintes processos de arquivo: Duplicados de autos de noticia; Notas individuais de servigo didrio € mensal; Processos das entidades, piblicas ow pri- vvadas, sujeitas & Inspecyao do Trabalh ©) Os seguintes registos: De comunicagies obrigatorias; De horirios aprovados, isengses, auto- rizagées de trabalho extraondingrio. © trabalho em dias de descanso e feriados; Das notas individuais do servigo didrio © mensal; De autos ue note De participagoes enviadas aos tribunais ‘ou a outras entidades; Dos despachos de no confirmagio e desconfirmagio dos autos de’ not 1 SERIE — NUMERO 67 Das indemnizagdes recebidas ¢ pagas de- vidas aos trabalhadores. 3—Nas secgdes administrativas de cada um dos servigos referidos no n.° 1 devem existir: 4) Copia dos processos individuais dos respec- tivos funcionérios, bem como o seu registo biogréfico; b) Copia dos processos disciplinares dos respec- tivos funciondrios; ) Livros de registo de entrada e saida de corres- pondéncia; 4) Registos relativos & contabilidade e tesouraria, CAPITULO TI Competéncias © poderes Art, 10.°—1—Compete ao inspector-geral: 4@) Superintender em todos os servigos da Inspee- go do Trabalho; ») Coordenar a actuagio dos servigos da Ins pec¢do do Trabalho, de modo a obter uni- formidade de oritérios no desempenho das suas atribuigdes; ©) Blaborar © submeter a apreciagio superior, ‘até ao fim do més de Abril do’ano seguints quel» que reapeta, um relatrio anual rea actividade geral da Inspeccio do Trabalho; Determinar acgBes de inspecyto por iniciativa propria, em cumprimento de orientagio su- Perior, a pedido dos interessados ou em re- sultado de denincia; ©) Confirmar os autos de noticia levantados pelos ‘demais funciondrios da Inspecsio do Tra- batho; A) Decidir a final sobre as propastas de ndo con- firmagio ou de desconfirmagao dos autos de noticia; 8) Sempre que tal se justiique, impor a com- paréncia nos servigos de ‘qualquer traba- lhador ou entidade patronal e respectivas associagdes de classe; ‘n) Realizar reuniées periédicas com os respon- sdveis dos servigos da Inspecgio do Tra balho para anilise de métodos de trabalho € definigéo de orientagSes informadoras da acgio daquela; 1) Colocar e distribuir os funcionsrios do quadro da Inspecgio do Trabalho pelos servigos, fem coordenasio com 0s respectivos respon saveis; D Decidir sobre o mérito profssional de todos 05 funcionérios da carreira da Inspecgio do Trabalho, nos tormos deste Regula- mento; 1 Conceder todas as autorizagées © licengas 20s funcionarios da Inspecsio do Trabalho pre- vistas na Ie m) Autorizar, nos termos legais, aquisigses ou reparasées com cabimento orgamental; 21 DE MARGO DE 1978 nm) Desempenhar as restantes fungdes que por Tei, regulamento ou determinagio superior The sejam cometias 2—Nas suas auséncias € impedimentos, o inspec- tor-geral é substituido pelo subinspector-geral, ao qual compete coadjuvéo, podendo exercer os poderes © competéncias que por ele the sejam delegados. Art. 1." —1—Compete ao inspector superior: @) Superintender nas delegagdes © subdclegagdes compreendidas na area do respectivo centro coordenador regional; b) Coordenar a actuagio dos servigos a ele su- bordinados, de modo a obter uniformidade de critérios no desempenho das suas atribui- oes; ©) Elaborar ¢ submeter a apreciagdo superior, até a0 termo do més seguinte ao do semestre a que respeite, um relat6rio semestral sobre a actividade desenvolvida pela Inspecsao do Trabalho na area da sua jurisdigao; 4) Determinar acgées de inspecgo por iniciativa propria, em cumprimento de orientagdo su- Perior, a pedido dos interessados ou em re- sultado de dentincia; ©) Confirmar os autos de noticia levantados pe- los Tuncionétios da Inspecgio do Trabalho a ele subordinados; f) Decidir sobre as propostas de no confirma- G40 ou de desconfirmacdo dos au:os de noticia; #) Sempre que tal se justifique, impor a compa- réncia nos servigos de qualquer trabalhador ou entidade patronal e respectivas associa- Ges de classe; ‘hy Realizar reunides periddicas com os respon- sAveis dos servigos da Inspeccdo do Traba- Iho a ele subordinados para andlise dos mé- todos de trabalho e definigao das orientages informadoras da acgio daquela; 4) Apreciar o mérito profissional dos funcioné- tios das carreiras de inspecgdo a ele subor- dinados e propor superiormente a respec- tiva notaco, nos termos deste Regulamento; 1) Conceder todas as autorizagdes e licencas pre- vistas na lei aos funcionarios da Inspec¢ao do Trabalho a ele subordinados; D Autorizar, nos termos legais, aquisigdes ou Feparagées com cabimento orgamental; ‘m) Desempenbar as restantes fungdes que por lei, regulamento ou determinagao superior the sejam cometidas 2—Nas suas faltas e impedimentos, o inspector superior € substituido pelo chefe de delegagiio com categoria de quadro mais clevada de entre os que irigem as delegagdes abrangidas pelo respectivo cen- tro coordenador regional Art. 12.°—1—Compete ao chefe de delegagé 4@) Superintender nas subdelegagdes compreendi- das na area respectiva; 4) Elaborar ¢ submeter a apreciagio superior, até ao termo do més seguinte ao trimestre ___564-(25) a que respeita, um relat6rio trimestral so- bre a actividade desenvolvida pela Inspec- G0 do Trabalho na rea da respectiva ju Tisdigdo; ©) Assegurar, na area da sua jurisdig&io, 0 desem- penho das atribuigdes do Servigo de Fisca- lizagdo de CondigSes de Trabatho que the esto cometidas; ) Exercer, na rea da sua jurisdigfo, as demais competéncias atribuidas no n.° 1 do artigo anterior a0 inspector superior. 2—O chefe de delegagio ¢ substitufdo, nas suas auséncias € impedimentos, pelo chefe de subdelega- 80 com categoria de quadro mais elevada de entre 105 que dirigem as subdelegacdes abrangidas pela res- pectiva delegacdo ou, na sua falta, pelo inspector ou subinspector de categoria mais clevada Art. 13. — 1 —Compete ao inspector-chefe que di- tige © Servigo de Fisalizagio de Concigdes de Tra- ©) Superintender no respectivo Servigo € coorde- nar a actuagdo das delegagdes da Inspec- do do Trabalho em matérias das suas atri buigses; ») Elaborar ¢ submeter a apreciagio superior, até ao termo do més seguinte ao do semes- tre a que respeita, um relatério semestral sobre a actividade desenvolvida pelo Ser- vigo; ©) Chamar a atengio dos servigos da Inspecgao do Trabalho para a necessidade de acces de inspecgao em consequéncia do exercicio das suas atribuigdes d) Exercer as demais competéncias atribuidas nas alineas A) a 1) do n.* 1 do artigo 11 a0 inspector superior. 2—0O inspector-chefe referido no niimero anterior é substituido, nas suas auséncias e impedimentos, pelo inspector-chefe que for designado para 0 efeito pelo inspector-geral. Art. 4e— sto: 4@) Dirigir os respectivos servigos; ) Elaborar ¢ submeter a apreciagéo superior, até quinze dias apos 0 termo do més a que respeita, um relatério mensal sobre a act vidade desenvolvida pela subdelegacéo; ©) Exercer, na area da sua jurisdigéo, as demai ‘competéncias atribuidas no n.* 1 do ar tigo I1.° ao inspector superior. —Compete ao chefe de subdelega- 2—0 chefe de subdelegacao é substituido, nas suas auséncias ¢ impedimentos, pelo inspector ou subins- pector de categoria mais elevada. Art, 15.°—1—Ao pessoal técnico de inspecsdo compete executar todas as tarefas ¢ assegurar todas as acgdes de inspecgdo no dominio das atribuigdes daquela, pela forma ¢ na medida que Ihe sejam co- ‘metidas pelos respectivos responsaveis, 2—Quando exergam acgoes de inspecgdo, os es- tagidrios serio sempre acompanhados por funcioné- 564-(26) Tio do quadro do pessoal técnico de inspec¢o, nunca podendo, porém, proceder ao levantamento de autos de noticia, Art. 16." No exercicio das acgées de inspecgio, po- dem os funciondrios referidos no artigo anteris ‘@) Levantar autos de noticia pelas infracgées ve~ rifleadas; ) Visitar ¢ inspeccionar por iniciativa propria, ‘em cumprimento de determinago superior, 1 pedido dos interessados ou em resultado de demtincia, a qualquer hora do dia ou da noite e sem necessidade de aviso prévio, 05 locais de trabalho sujeitos a sua fisc zagdo, sem prejuizo, quanto ao domicilio, das normas do direito processual penal em vigor; ©) Proceder a todos os exames, inspecrdes ou quéritos julgados necessérios, para se certi- ficarem de que as disposigdes legais e con- tratuais sfo efectivamente observadas; 4) Interrogar, quer a s6s, quer na presenca de testemunhas, a entidade patronal ou gestor, os trabalhadores ou quaisquer outras pes- soas acerca de tudo 0 que se relacions com a aplicagdo das disposigdes legais ¢ dos ins- trumentos de regulamentagdo colectiva de trabalho; ©) Pedir ou requisitar para consulta no local de trabalho ou nos servigos da Inspecco do Trabalho todos os livros, registos € outros documentos exigidas pela legislagao do tra- alo, quando necessirios ao completo es- clarecimento das situagdes s6cio-laborai 1) Exigit a afixagdo de mapas nos casos em que a lei assim 0 determinar; #) Recolher e levar para andlise amostras de ma- térias ¢ substdncias utilizadas ou manipula- das, desde que de tal facto seja dado co- nhecimento & entidade patronal, gestor ou 0s seus representantes. Art, 17°—1—Em matérias de higiene © segu- ranga’ dos locais ¢ postos de trabalho a Inspecgio do Trabalho garantiré o cumprimento da lei, regu- lamentos ¢ disposigdes contratuais aplicéveis, impondo igualmente medidas destinadas a eliminar as deficién- cias verificadas, desde que considere que tais deficién- cias ou métodos de trabalho sejam prejudiciais & sauide ou seguranga dos trabalhadores. 2—A fim de promover a adopsio dos preceitos € medidas referidos no numero anterior, a Inspec¢ao do Trabalho poderé ordenar que sejam realizadas nas instalagdes, dentro de um prazo fixado, as modifica- ces necessérias para assegurar a sua efectiva aplica- Glo. 30 disposto nos mimeros anteriores entende-se sem prejuizo da competéncia legalmente atribuida a outros departamentos do Estado € da colaboracéo que com estes deverd ser mantida. Art. 18.° Os actos do inspector-geral, do subinspec- tor-geral, do inspector superior, do chefe de delega- Go, do" chefe de subdelegagdo, do inspector-chefe 1 SERIE — NUMERO 67 © do inspector principal praticados no exetcicio da sua competéncia goram do beneficio de execugio prévia quando: a) Em perigo iminente, visem preservar a vida, aa sade © a seguranga dos trabalhadores nos locais de trabalho; 4) Reconhecido um direito, haja recusa ile nna sua observiinci Art. 19.°—1 ~- Verificada a identidade dos funcio- nérios da Inspecgao do Trabalho, comete o crime pre- visto no artigo 186." do Cédigo Penal todo aquele que se oponha a entrada ¢ ao livre exercicio das suas fungbes nos locais onde tenham de actuar, bem como de qualquer técnico ou representante de associagoes de classe que, devidamente credenciados, os acom- panhem € com eles colaborem, a seu pedido expresso. 2—Os mesmos funciondrios podem prender em flagrante delito, entregando-as & autoridade policial mais préxima com 0 respectivo auto de noticia, as pessoas que procurem impedir a sua acgo ou que os injuriem, ameacem, difamem ou_agridam mo. exor- cfcio ou por motivo das suas fungées, assim como os individuos que os acompanhem, nos termos previstos no numero anterior. Art. 20.°—1— Aqueles que sem motive legitimo se fecusarem a prestar aos funcionérios da Inspeceo do Trabalho, no exercicio das suas fungées, as decla- ragbes, informagoes, depoimentos ¢ outros elementos de apreciacdo que thes forem exigidos, nos termos deste diploma, cometem o crime previsto no ar- tigo 188.° do Codigo Penal. 2— Aqueles que prestarem falsas informagdes ou declaragdes aos mesmos funcionérios, no exercicio das suas fungoes, cometem o crime previsto no artigo 242. do Cédigo Penal 3—Qualquer trabalhador, entidade patronal, ges- tor ou representante de associagdes de classe que nao compareca nos servigos da Inspecg’o do Trabalho quando para o efeito tenha sido convocado comete © crime de desobediéncia previsto ¢ punido nos ter- ‘mos do artigo 188.° do Codigo Penal. 4— Os crimes e restantes infracgdes verificados pe- los referidos funcionarios relativos a normas cuja fis calizagéo nd seja da sua competéncia devem ser participados as autoridades respectivas, sendo desse facto dado conhecimento superior. Art. 21.*—1—Os funciondrios da Inspecgio do Trabalho, no exercicio das suas fungdes, devem pro- ceder sempre por forma que da sua intervengo néo resulte ofensa ou quebra da hierarquia e disciplina que devem existit dentro das empresas entre entid des patronais ou gestores e os trabalhadores. 2— Quando em acgdo de inspecsao, deverd o fun- cionrio que a efectuar informar da sua presenga entidade patronal, gestor ou seus representantes, a no ser que tal aviso possa, em seu entender, preju- dicar a eficécia da intervengao. 3—Antes de abandonar 0 local visitado, deve 0 funcionério, sempre que Ihe seja possivel, comunicar a entidade patronal, gestor ou a quem os represente © resultado da visita Art. 22.° Os servigos da Inspecg#o do Trabalho, sempre que pata tal sejam solicitados pelos tribunais, 21 DE MARCO DE 1978 assegurardo as diligéncias indispensiveis & averigua- ao sobre as circunstincias em que os acidentes de trabalho ocorreram ou foram contraidas doencas pro fissionais, bem como a determinacdo das entidades responsiveis por uns e outras. CAPITULO IIL ‘Actio da Inspecsio do Trabalho Art. 23° —1— A Inapecgio do Trabalho exerceré uma acgio educativa € orientadora, prestando aos ges ores, entidades patronais ¢ tabalhadores as infor- mages € consethos que the sejam solicitados nos locais de trabalho ou fora deles c, de igual modo, gira por meios persuasbrios ¢ esclarecedores no sen: tido de sensibilizar os interessados sobre 0 precesso mais eficaz de observarem as disposigoes legais. 2—Dentro do espitito educative ¢ orientador exer- cido pela Inspecgdo do Trabalho, sempre que sejam notadas infracgdes em relagio 5 quais se entenda proferivel estabelocer prazo para 2 sua reparacio, © mesmo deverd ser fixado e levado ao conhecimento do superior hierdnquico. 3 — Decarrido o prazo referido no nimero anterior, sera efectuada nova visita ¢, se a infracgao persistir, roceder-se-4 a0 levamamento do competente auto de noticia. Art. 24." Em todas as delegagdes ¢ subdelogagées da Inspeceao do Trabalho haveré um servigo infor- mativo ¢ de reclamagées assegurado por funciondrios do respectivo quadro, ao qual incumbe prestar escla- rocimentos ¢ accitar queixas no émbito das suas at buigaes. Art, 25.°—1-— Verificadas, por qualquer forma, infracgdes a nonmas cuja fiscilizagio incumba A Ins- pecgio do Trabalho, devem os funcionirios compe- lentes levantar os respectives autos de noticia. 2—O auto de noticia deve canter os elementos mencionados no artigo 166." do Codigo de Processo Penal, com dispensa da indicagdo de testemunhas da assinatura do infractor, e a sua eficacia depende de confirmaso pelos funciondcies competentes pare ease efeito, nos tarmos do presente Regulamento, 3—0 auto de noticia, depois de confirmado, tem forga de corpo de delito e faz fé em juiro até prova em contraio. 4—Depois de confirmado, 0 auto de noticia néo poderd ser sustado, prosseguindo os scus trimites ave & remesa a juizo, sea esta houver lugar. 5—Quando se trate da aplicagio de mulias varid- veis, devera 0 funcionario autuante graduar 0 respec: tivo’ montante, de acordo com as cireunstineias da infracgao. 6—Se a infracydo consistir no incumprimento de obrigagdes pecuniarias, nomeadamente indemnizagbes devidas a trabalhadlores, seré sempre, além da muita, calculado o seu montante Art, 26."—1—A Inspeccio do Trabalho, quando © entender necessério, podera solicitar a colaboragio de quaisquer autoridades, nomeadamente da Policia de Seguranca Publica e da Guarda Nacional Repu- blicana, na fiscalizagzo em matéria da sua competén- 564-(27) cia especifica, podendo aquelas levantar os autos de noticia que resuitem das contravengdes verificadas. 2—Os autos de noticia referides no niimero an- terior serio elaborados nos tenmos deste diploma € remetidos as delegagies ou subdelegagies da Inspec- ¢40 do Trabatho para efeitos de confirmacao e demais tramites legs. Art. 27.°-—1—Os autos de noticia serio elabo- radas ‘em quadruplicado, destinando-se © original a cnviado a entidade notificadora competente pra iw de pagamento voluntério, 2 - Os demais exemplares destinam-se, um, a0 ar- quivo dos autos de noticia, outro, a0 processo indivi dual do transgressor, ¢ 0 ferceiro, a ser apenso, pos- teriormente, a0 original, no caso da sua remessa a jz. 3—Quando os autos de noticia impliquem rece para aS instituigdes de previdénoia, seri elaborado mais um exemplar, com destino a estas insttuigoes. 4—0s autos de noticia serio sempre acompanha- dos das guias correspondentes &s mullas e a outras obrigagdes pecunifrias, se @ estas houver lugar. Art. 28.°— 1 — As decisBes de no confirmasao ¢ de desconfirmagao de autos de noticia sio da ‘com- peténcia do inspector-geral, do subinspector-geral, do inspector superior, dos chefes de delogagiio e dos che- fes de subdelegacio. 2—Os despachos de ndo confirmagio © de des- confirmagao serdo sempre fundamentados ¢ registatos em livro proprio. Art. 29.°—1—Se os autos de noticia respeitarem a transgressio de preceitos a que corresponda pena de mulla, devem ser remetidos no prazo de dez dias, acompanhados das guias para pagamento, ao comand® da Policia de Seguranga Piblica do concetho do do- micflio do transgressor, que notificara este em igual prazo. 2—Nos concelhos em que nio exista comando da Policia de Seguranga Piblica, 0 disposto no mi- mero anterior procesarse-é através. do respzctivo comando da Guarda Nacional Republicans. 3—Ocorrendo circunstincias que a Inspecyiio do Trabalho considere especiais, a notificagao poleré ser feta imediata ¢ directamente por qualquer fun- ionério dos seus quadros, ficando este investido nos oderes que a lei geral confere para a realizacio da quete acto, 4—A notificagio considera-se feita na pessoa do infractor quando efectuada em qualquer outra que ha altura o represente, ainda que nao possua titulo bastante para o feito. ‘Ast. 30.°—1—O transgressor deveré efeotuar 0 pagamento das multas ¢ dos adicionais, se os houves, no prazo de dez dias a contar da daia'da notiticacao efectuada nos fenmos deste Regulamento. 2.—Findo 0 prazo a que se refere o niimero an- terior, serio 0s aurtos de noticia devolvidos a Inspec- cio do Trabalho pela entidade que procedeu a no- hitificagdo nos dez dias imediatos, Art. 31.°—1—O pagamento das multas © dos adivionais deverd efectuar-se, conforme 05 casos, nas tesourarias da Fazenda Publica, na Caixa Geral de Depésites ou no Banco de Portugal 564-(28) 2—Efectuado o pagamento, juntar-se-fo aos autos de noticia os necessérios exemplares das guias, sendo estes documentos enviados & Inspec¢io do Trabalho para efeito de arquivo. 3—Nio sendo efectuado 0 pagamento ¢ devolvidos ‘0s autos de noticia A Inspec¢o do Trabalho, nos termos do n° 2 do artigo anterior, serio aqueles remetidos a juizo nos dez dias seguintes. Art. 32.° Quando haja lugar a0 pagamento simul- taneo de multas com outras prestagdes pecuniarias, © depésito destas precederé sempre a liquidago das respectivas multas. ‘Art, 33°—1—As guias relativas a multas ¢ adi cionais cuja receita reverta para o Estado serio pas- sadas em quadruplicado, destinando-se dois exempla- res a0 servigo onde © pagamento for efectuado, outro 1 ser junto ao auto de noticia ¢ ficando um em poder do infractor. 2—0 miimero de exemplares das guias respeitantes a multas ou outras prestagdes pecunifrias caja re- ceita reverta para outras entidades sera determi- nado consoante as exigencias dessas mesmas enti- dades, acrescido de mais dois, destinandose um a0 infractor ¢ outro a ser junto ao auto de noticia. 3—As guias de depésito das indemnizagées men- cionadas nos autos de noticia devidas a trabalhadores serio passadas em tripticado, destinando-se 0 original 0 arquivo da Inspec¢do do Trabalho ¢ os restantes exemplares ao depositante, que deverg devolver_um deles ao comando da Policia de Seguranga Piblica ou da Guarda Nacional Republicana, conforme 08 casos, a fim de ser junto ao auto de noticia Art, 34.°—1—Os autos de noticia cemetidos 20s tribunais competentes serio acompanhados de dois verbetes, destinando-se um a informar sobre a distri- buigdo do proceso € outro sobre o seu resultado. 2—Os referidos verbetes, depois de completado 6 seu preenchimento, sero’ devolvides & Inspeccio do Trabalho no prazo’ maximo de cinco dias, a contar da data do acto a que respeitem. Art. 35°—1—O depésito das indemnizagbes cal- culadas nos autos de noticia devidas a trabalhadores sera efectuado na Caixa Geral de Depésitos, & ordem das delegacdes © subdelegagdes da Inspecgio do Tra- bralho, consoante 0s casos, ficando estas obrigadas, mediante recibo isento de imposto do selo, a efectuar a entrega das respectivas importancias aos interessados no prazo maximo de trinta dias, a contar da data do conhecimento do depésito. 2.—Se apés aviso registado 0 credor no se apre- sentar no prazo de sessenta dias a receber a impor- tancia a que tenha direito, a Inspecgio do Trabalho solicitard ao agente do Ministério Publico junto do tribunal competente que promova a sua consignagio em depésito e, se no prazo de um ano aquele nio requerer 0 levantamento, seré dado a mencionada importincia destino previsto na Ici. 3—O proceso de consignagho em depésito seri isento de custas. : ‘Art, 362 © produto das multas constitui receita do Estado quando por lei no Ihe seja dado outro destino. 1 SERIE — NUMERO 67 CAPITULO 1V Do pessoal Art, 37.°—1—O quadro do pessoal da Inspeosio do Trabalho € 0 constante do mapa anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. 2—O provimento nos lugares do quadro referido no numero anterior € regulado pelas normas cons- tantes da Lei Organica do Ministério do Trabalho € do presente Regulamento. 3— Aos funciondrios do quadro referido que exer- sam fungdes. de inspecedo ¢ garantida, de acordo com © estabelecido no presente diploma, uma cacreira profissional adequada com estabilidade nas fungdes ¢ no acesso, condicionado este ao merecimento dos titu- lares de cada categoria a outros factores de apre- ciagio considerados celevantes. 4—A distribuigdo das contingentes do quadro do pemoal constante do. mapa anexo srl. fixada por degpacho do Ministro do Trabalho, de acordo com as necessidades do servico. 5—Sempre que as circunstincias 0 justifiquem, pode a composigao do quadro ser alterada por pottaria conjunta dos Ministros das Finangas e do Trabalho € do Secretario de Estado da Administracdo Publica. Art. 38.°—1— Os funcionérios da Inspeccio do Trabalho possuirio um cartéo de identidade para 0 exercicio das suas funcdes, que seré emitido pela Secretaria-Geral do Ministério do Trabalho © auten- ticado pelo inspector-geral 2—O modelo de cartdo de identidade a que se re- fere o nimero anterior sera aprovado por portaria do Ministro do Trabalho. Art, 39.°—1—Sio criadas carreiras téenicas de ingpeccdo nos termos do presente Regulamento. 2—Excluem-se das carteiras técnicas de inspecgto referidas no niimero anterior as categorias do pessoal ditigente, cujo provimento € fetio em comissio de servigo, mos termos do artigo 96.° da Lei Organica do Ministério do Trabatho. Art. 40.°—1— A admissio nos quadros do pessoal da Inspecgio do Trabalho para o exercicio de fungbes de fiscalizacdo far-se-A sempre na categoria de esta- gifrio, independentemente das habilitagdes possuldas pelos candidatos, mas sem prejuizo das minimas exi- Bidas. 2—Findo 0 estégio, os estagidrios que devam ser admitidos nas carreiras serdo classificados, consoante. as habilitagdes possuidas, em conformidade com as re- ‘ras constantes do n° 2 do artigo 45° Art. 41.°—1—As carreiras do pessoal téenico de inspecgio iniciam-se com a realizagio de um estégio nna categora de estagiério. 2— Aquele estagio efectuar-se-& em qualquer dos servigos da Inspecgdo do Trabalho ¢ deverd revestit caracteristicas essencialmente praticas, com predomi- nncia da actividade externa, 3—0 estégio durard seis meses consecutivos ¢ du- rante esse periodo os esiagisrios serio reunidos em grupos de trabalho, recebendo cada um 0 apoio de lum inspector ou subinspector, que, para o efeito, de- sempenharé as fungées de monitor, salvo se for deter- sminado superiormente de outro modo. 21 DE MARCO DE 1978 4—Podem ser admitidos ao estigio individuos de ambos 0s sex0s, maiores de 18 anos, com a habilitago minima do curso geral dos liceus ou equiparada, 5—A admissio ao estagio é feita através de con- curso documental ‘Art. 42.° Os estagidrios, elém da retribuigo men- sal e demais abonos que Ihes sejam atribuidos, terio acesso aos livros, publicagdes e outro material didéctico indispensével a uma adequada preparacio. ‘Art. 43.° Os estagiérios que derem mais de trinta faltas justificadas ou mais de cinco injustificadas, se- Buidas ou interpoladas, perdem automaticamente 0 estagio. Art. 44.°— 1 — Os poderes, direitos e deveres gené- ricos do estagiario so os conferides pelo presente Regulamento aos subinspectores, sem prejuizo do dis- posto non.” 2 do artigo 15.° 2—0 periodo de estagio contar-se-A para todos os, efeitos legais Art. 45.*— 1 —Decorrido 0 periodo de estagio, os estagidrios so submetidas a provas de aptidio, eujo programa, constituigdo do juri de avaliagao © demais Tequisitos constardo de regulamento aprovado por por- taria conjunta do Ministro do Trabalho e do Secretério de Estado da Administragio Piblica 2—Os estagisrios que forem aprovados naquelas provas serio providos pela seguinte forma: 4) Os habilitados com licenciatura ou equipara- dos, na categoria de inspector de 2.* classe; 6) Os habilitados com curso superior ou equipa- rado, na categoria de inspector-adjunto de 2 classe; ¢) Todos os restantes, na categoria de subingpec- tor de 2 classe. 3—Os estagiarios que no forem aprovados naque- las provas serio exonerados sem direito a qualquer indemnizagao. Art. 46." O pessoal técnico de inspeccdo € recrutado pela seguinte forma: 42) Inspectores-chefes — por concurso documental € avaliagdo curricular, de entre os inspecto- res principais habilitados com licenciatura com, pelo menos, seis anos de bom e efectivo servigo na categoria e que tenham revelado capacidade de concepgao, coordenagio © orientagio; +b) Inspectores. principais — por concurso do- Cumental e avaliagdo curricular, de entre 05 inspectores de I.* classe habilitados com licenciatura com, pelo menos, trés anos de bom e efectivo servigo na categoria e que tenham reyelado capacidade de concepgio, coordenagio € orientagio; ©) Inspectores de 1.* classe —por concurso do- cumental e avaliagio curricular, de entre 0s inspectores de 2.* classe € os inspectores- -adjuntos principais habilitados com licen- ciatura com, pelo menos, trés anos de bom € efectivo servigo na categoria © que te- nham revelado capacidade de concepcio, coordenagao © orientagi 564-(29) d) Inspectores de 2* classe—por concurso do- cumental ¢ avaliagfo curricular, de entre todos 0s funcionérios do quadro de pessoal técnico de inspecgdo habilitados com licen- ura; ¢) Ingpectores-adjuntos principais — por concurso

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