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TRABALHO OFFSHORE I | ATIVIDADE 2 – RESUMO DE RESULTADOS DA PLANILHA DE

MORISON: DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS EXISTENTES NUMA ESTACA SUBMETIDA À


UMA ONDA

Gabriela Alves Estrela

Rio de Janeiro
Setembro de 2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4
2 REVISÃO DA PLANILHA ...................................................................................... 4
3 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 5

3.1 ESTACA VERTICAL FIXADA NO LEITO MARINHO................................................... 5


3.2 ESTACA HORIZONTAL PERPENDICULAR À ONDA ................................................. 8
3.3 ESTACA HORIZONTAL PARALELA À ONDA .......................................................... 12

4 CONCLUSÕES .................................................................................................. 15
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo determinar os esforços atuando numa estaca submetida ao
carregamento de uma onda, utilizando os conceitos da Teoria de Morison para Cilindro Fixo. Para
isto, o professor da disciplina de “Análise e Projeto de Estruturas Offshore I” do mestrado na
COPPE/UFRJ nos forneceu uma planilha Mathcad com as fórmulas e dados de entrada necessários
para solução deste problema. Neste trabalho iremos colocar a estaca em 3 posições distintas para
a análise dos esforços e serão apresentados os resultados obtidos. Mais adiante serão detalhadas
as hipóteses assumidas para cada análise.

*Todos cálculos necessários para este trabalho encontram-se na planilha mathcad enviada em anexo.

2 REVISÃO DA PLANILHA

A primeira etapa deste trabalho envolveu uma revisão da planilha original fornecida, para a
estaca na vertical e fixada no leito marinho. A única alteração necessária para o ajuste desta
planilha ocorre no cálculo dos Momentos Fletores na base da estaca.

• Planilha original:

• Correção da planilha original:

Feita esta alteração a seguir serão analisadas as respostas de esforços atuando na estaca em
três posições distintas.
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3 ESTUDO DE CASO

3.1 ESTACA VERTICAL FIXADA NO LEITO MARINHO

A primeira análise trata da estaca na posição vertical e engastada no leito marinho em sua
base. Esta é a posição original da planilha fornecida, então serão apresentados os resultados de força
horizontal e momento fletor na base da estaca, e também, a força horizontal ao longo da estaca nos
𝑇 𝑇 3𝑇
tempos 𝑡0 = 0 𝑠𝑒𝑐, 𝑡1 = = 2,875 𝑠𝑒𝑐, 𝑡2 = 2 = 5,75 𝑠𝑒𝑐 , 𝑡3 = = 8,625 𝑠𝑒𝑐 , 𝑡4 = 𝑇 =
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11,50 𝑠𝑒𝑐.
Para estaca na posição vertical, teremos somente forças horizontais atuando na mesma.
O gráfico de velocidades e acelerações horizontais ao longo do tempo podem ser vistos nas
figuras a seguir. Nele é possível notar que à medida que nos aproximamos da mudline a
amplitude desses vetores vai caindo, ou seja, à medida que a profundidade aumenta a amplitude
de velocidade e aceleração vai caindo.
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A força total atuando na base da estaca, correspondente ao somatório das forças horizontais
atuando ao longo de toda estaca, varia no tempo com a passagem da onda e pode ser vista de forma
gráfica conforme imagem a seguir:

O momento máximo atuando na base da estaca, pode ser calculado como o somatório dos
momentos provocados por cada força horizontal, de forma que ao longo do tempo tem-se:
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É possível também de forma gráfica observar o comportamento da força horizontal atuando


𝑇 𝑇
ao longo do comprimento da estaca, nos tempos tempos 𝑡0 = 0 𝑠𝑒𝑐, 𝑡1 = = 2,875 𝑠𝑒𝑐, 𝑡2 = =
4 2
3𝑇
5,75 𝑠𝑒𝑐, 𝑡3 = = 8,625 𝑠𝑒𝑐, 𝑡4 = 𝑇 = 11,50 𝑠𝑒𝑐.
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Através dos gráficos de força ao longo do comprimento da estaca podemos observar que seu
valor é máximo no topo e praticamente zero na base. Isto ocorre porque as forças horizontais induzida
pela ação da onda é função da profundidade, portanto quanto mais profundo a estaca está menos
esforço ela receberá da ação das ondas. Além disto é possível notar o carregamento cíclico, ora
positivo e ora negativo, devido a passagem da onda.

3.2 ESTACA HORIZONTAL PERPENDICULAR À ONDA

Neste caso será analisada a estaca numa posição horizontal, perpendicular à passagem das
ondas, e à 10 metros de profundidade da superfície livre do mar.

z
x

Neste caso irá agir na estaca forças verticais e forças horizontais. Por isso é necessário incluir
na planilha Mathcad o cálculo de velocidades e acelerações verticais, e considerar o efeito desta força
nas análises.
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• Inclusão das expressões para velocidade e aceleração vertical na planilha Mathcad:

As velocidades e acelerações verticais e horizontais serão iguais ao longo da estaca, visto que
ela está numa profundidade constante de 10 metros (𝑧 = 10𝑚) e num x constante (𝑥 = 0𝑚), mas
claro, variam ao longo do tempo devido à passagem da onda. Os gráficos a seguir mostram a
amplitude de velocidade e aceleração vertical e horizontal para a estaca horizontal e perpendicular à
passagem da onda.

Nota-se através dos gráficos que as velocidades e acelerações possuem uma defasagem no
tempo.
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Teremos então que a força total horizontal e vertical atuando na estaca valem:

𝑇
A força atuando ao longo da estaca para o tempo discretizado: 𝑡0 = 0 𝑠𝑒𝑐, 𝑡1 = = 2,875 𝑠𝑒𝑐,
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𝑇 3𝑇
𝑡2 = 2 = 5,75 𝑠𝑒𝑐 , 𝑡3 = = 8,625 𝑠𝑒𝑐, 𝑡4 = 𝑇 = 11,50 𝑠𝑒𝑐 será constante. Isso ocorre por
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conta da posição da estaca, que tem seus eixos z e x fixados em -10 m e 0 m, por isto a onda
induz esforços iguais em seu comprimento y.
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Como era esperado, é possível notar pelos gráficos de forças verticais e horizontais que elas
são constantes ao longo do comprimento da estaca. Outro ponto interessante de observar é que as
forças estão realmente atuando de forma defasada, como é possível ver no gráfico de força total e
através dos gráficos no tempo discretizado.

3.3 ESTACA HORIZONTAL PARALELA À ONDA

Neste caso, a estaca ficará numa posição horizontal paralela à passagem das ondas e à 10 metros
de profundidade de nível do mar. Então para esta posição só haverá efeito das forças verticais na
estaca, as forças horizontais (no sentido axial da estaca) induzidas pelas ondas são desprezadas.

As velocidades e acelerações verticais ao longo da estaca devem variar conforme a passagem


da onda em seu comprimento. Esse efeito pode ser observado nos gráficos a seguir.
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Tem-se, então, que a força vertical total atuando na estaca vale:


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𝑇
A força atuando ao longo da estaca para o tempo discretizado: 𝑡0 = 0 𝑠𝑒𝑐, 𝑡1 = = 2,875 𝑠𝑒𝑐,
4
𝑇 3𝑇
𝑡2 = 2 = 5,75 𝑠𝑒𝑐 , 𝑡3 = = 8,625 𝑠𝑒𝑐, 𝑡4 = 𝑇 = 11,50 𝑠𝑒𝑐 varia ao longo do comprimento. Isso
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ocorre porque a onda está caminhando no sentido do comprimento da estaca, induzindo


diferentes esforços ao longo dela.
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4 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos para as três posições da estaca podem ser vistos resumidamente na
tabela a seguir:

ESTACA VERTICAL ESTACA HORIZONTAL ESTACA HORIZONTAL


FIXADA NO SOLO PERPENDICULAR ÀS ONDAS PARALELA ÀS ONDAS

FHMÁX 3.60E+04 kgf 2.50E+05 kgf -

FVMÁX - 2.50E+05 kgf 1.65E+05 kgf

Mbase 2.60E+06 kgf.m - -

Como é possível observar os maiores esforços transversais aconteceram para estaca


horizontal perpendicular às ondas. Isto já podia ser esperado pois a estaca está numa posição pouco
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distante da superfície livre do mar, à 10 metros de profundidade, então as ondas ainda exercem boa
influência e sua posição pega as forças nas duas direções, enquanto as outras posições somente em
uma das direções.
A estaca que apresentou os menores esforços totais foi a vertical, provavelmente porque ela
está mais afastada da ação das ondas, à 20 metros de profundidade (para o topo da estaca). Por
fim, a estaca na posição horizontal paralela às ondas, que absorve apenas os efeitos verticais,
apresenta um comportamento intermediário, isso porque sua posição está à 10 metros de
profundidade, então as ondas exercem boa influência no carregamento vertical, mas a posição não
recebe esforços horizontais, axiais. Portanto ela apresenta uma força total vertical inferior ao caso
perpendicular, mas superior ao caso vertical.

Hipoteticamente poderíamos calcular o momento que a força horizontal, no caso da estaca


horizontal perpendicular à onda, faria em relação à uma base hipotética no fundo do mar. Esse
momento seria dado por:

𝑀𝑒_ℎ𝑜𝑟_𝑝𝑒𝑟𝑝 = 𝐹𝐻𝑚𝑎𝑥 × 𝑑𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜_𝑚𝑎𝑟 = 2,50. 105 𝑘𝑓𝑔 × 110𝑚 = 2,75. 107 𝑘𝑔𝑓. 𝑚

𝑀𝑒_ℎ𝑜𝑟_𝑝𝑒𝑟𝑝 = 2,75. 107 𝑘𝑔𝑓. 𝑚

A estaca na horizontal e paralela às ondas não geraria momentos fletores no fundo do mar,
portanto não é necessário calculá-lo.

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