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CERTIFICADO C EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Módulo III:
EDU058003

Gerir o processo de ensino-aprendizagem de um módulo

Facilitador: Nilton Neves Marrengula

CFM/Integration

21 à 23 de Agosto
 Objectivos do módulo:

Doctar os formadores de princípios


que os permitam criar oportunidades
para que os formandos aprendam
de forma simples e agradável.
RDA1: Aplicar os modelos, princípios e métodos
pedagógicos e andragógicos apropriados para a
Educação Profissional
A educação de jovens e adultos é uma modalidade do

ensino fundamental, pois abre oportunidade aos jovens e

adultos para iniciar e/ou dar continuidade aos seus

estudos. Deve atender aos interesses e às necessidades de

indivíduos que já têm uma determinada experiência de

vida, participam do mundo do trabalho e dispõem, de

uma formação bastante diferenciada das crianças e

adolescentes aos quais se destina o ensino regular.


Pedagogia e Andragogia
PEDAGOGIA vs ANDRAGOGIA
Pedagogia Andragogia

 A palavra pedagogia vem do grego, e é  Do latim, o termo andragogia é deriva


formada por duas outras palavras: de duas palavras: andrós, que significa
paidós, que significa criança, e agodé, Homem, e agodé, que significa
que significa condução. Assim a palavra condução. Assim, a palavra andragogia
pedagogo, em grego era usada para é utilizada para designar a educação
designar o escravo que conduzia as dos adultos.
crianças.
 Sua formulação tem o objectivo de
 Hoje o pedagogo é reconhecido como a marcar a diferença dos processos
pessoa capaz apoiar e orientar o educativos de crianças e adultos .
processo educativo.
Princípios Pedagógicos
Individualização

 Os formandos têm características diferentes, desde as


capacidades e necessidades, sejam elas materiais,
biológicas, cognitivas, afectivas, estéticas e
transcendentes. Cada um processa de modo diferente
e torna-se pertinente ao formador considerar este
aspecto.

Socialização

 Pelo facto de cada formando ser um ser individualizado


necessita da ajuda do outro ou conviver em grupo
para desenvolver todas as qualidades necessárias para
se integrar no grupo em que vive e para se humanizar.
Autonomia

 O formando deve ter liberdade para desenvolver as suas


capacidades e habilidades por si, fazer escolha de
caminhos que melhor o conduzirão à sua aprendizagem,
desde que o faça com responsabilidade e seja capaz de
responder por seus progressos assim como falhas.

Actividade

 A educação acontece porque o ser-humano está em


constante actividade, portanto, é papel do formador
criar condições para que o formando desenvolva a sua
inteligência aprendendo a fazer, tornando-o desta forma
num protagonista da sua própria aprendizagem.
Criatividade

 É papel do formador preparar e capacitar a todo o


formando para afrontar os pequenos problemas que a
nível individual possam surgir ou dificuldades que afectem
a ordem social, a convivência e o progresso.

 Ao estimular a criatividade no formando estará a prepará-


lo para a enfrentar o novo, o desconhecido e buscar
novas soluções de modo a transformar de forma pessoal a
realidade na qual se encontra inserido.
Participação cooperativa

• O trabalho em equipa é um dos princípios exigidos para


consolidação da educação e avanço do desenvolvimento
e progresso da sociedade. Trabalho em equipa é uma
capacidade que só é válida graças à participação de
cada um.
Portanto, é papel do formador “Angragogo” estimular o
trabalho em equipa/grupo para garantir nos formandos
o desenvolvimento da responsabilidade e da
capacidade de dialogar, de escutar, de planificar, de
avaliar, de aprender e de trabalhar em equipa para
alcançar metas e objectivos que beneficiem a todos.
Princípios Andragógicos

A idade adulta trás a independência. O indivíduo acumula


experiências de vida, aprende com os próprios erros, apercebe-se
daquilo que não sabe e o quanto este desconhecimento faz-lhe
falta. Portanto, o formador andragógico toma um outro papel, o
de facilitador.

O adulto diferentemente da criança não é dependente do


formador e é capaz de autodireccionar-se na sua aprendizagem
pois ele aprende o que realmente precisa saber para a aplicação
prática na vida diária.

O adulto serve-se da experiência que tem como fonte de


aprendizagem para resolver problemas.
PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS – segundo Malcolm
1. Necessidade de saber – adultos precisam saber por que precisam aprender algo

e qual o ganho que terão no processo.

2. Autoconceito do aprendiz – adultos são responsáveis por suas decisões e por

sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se

autodirigir.

3. Papel das experiências – para o adulto suas experiências são a base de seu

aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças

individuais serão mais eficazes.


4. Prontidão para aprender – o adulto fica disposto a aprender quando a
ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de
seu dia-a-dia.

5. Orientação para aprendizagem – o adulto aprende melhor quando os


conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e
utilidade.

6. Motivação – adultos são mais motivados a aprender por valores


intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.
Necessidade de saber:

Os adultos precisam saber qual a necessidade de


aprender e o que eles ganharão no decorrer do
processo de aprendizagem.

O curso assim como o conteúdo que está a ser


abordado deve ser relevante, deve estar
relacionado com as actividades profissionais e
contribuir para a solução de problemas reais.
Autoconceito do aprendiz:
Os adultos são responsáveis por suas vidas e decisões, eles têm
autonomia suficiente para se autodirigir, decidir quando, como e
o que querem aprender. Portanto, precisam ser encarados e
tratados como indivíduos capazes de se fazer suas próprias
escolhas.
Papel das experiências:

 Os adultos possuem experiências prévias e justamente


essas experiências são a base do aprendizado.

 Pelo facto de possuir experiências de vida numerosas e


diversificadas, a experiência do formando torna-se uma rica fonte
de consulta da qual ele assim como o formador devem tirar
proveito.

 Esta fonte poderá ser explorada através de métodos experienciais


(que exijam o uso das experiências dos participantes), como
discussões de grupo, exercícios de simulação, aprendizagem
baseada em problemas e discussões de casos.
Prontidão para aprender:
 Os adultos ficam mais dispostos a aprender quando o
conteúdo parece ser útil em seu dia a dia, ou seja,
quando o conhecimento tem a finalidade de ajudá-
los a enfrentar os desafios quotidianos.

 A predisposição para a aprendizagem do adulto é


direcionada para aquilo que ele entende como
necessidade, sendo necessidade aquilo que será útil
para resolver situações reais em sua vida.
Orientação para aprendizagem:

A aprendizagem de adultos deve ser

contextualizada. Ela é orientada não por

temas, mas pelos desafios da vida.

 Por esse motivo, toda solução de

aprendizagem precisa estar inserida em um

contexto real, que possibilite ao participante

uma experiência significativa e lhe traga

desenvolvimento profissional e benefícios


Motivação:

 Os adultos respondem bem quando factores motivacionais


entram em cena, como por exemplo, a satisfação,
qualidade de vida, autoestima e afins.

 Sentem-se motivados mais por factores internos que


externos. Desenvolvimento profissional, satisfação pessoal e
auto realização estimulam mais do que promoções e
aumentos salariais, por exemplo.
Papel do formador na formação baseada em
competências
 A formação por competências requer uma mudança para passar de uma lógica do
ensino a uma lógica do acompanhamento (coaching).

ISTO É:

 O docente deixa de ser um mero instrutor para um facilitador no processo de


formação profissional, na medida que seja capaz de orientar o formando na
construção de competências pessoais, sociais, técnicas e metodológicas.

O formador:

 Cria as condições para a auto-organização da aprendizagem, a exploração activa


e a autonomia (competência).

 Facilita a aprendizagem individual colaborativa, gerenciando a diversidade (cultural,


de pontos de partida, de estilos e ritmos, etc.) e estabelecendo interrelações com o
formando, ou grupo, ou as equipas institucionais e o contexto produtivo.
 Concebe tarefas, projectos ou problemas que obrigam o

formando a buscar respostas ou a exercitar habilidades, ou seja,

a submeter-se a um processo de aprendizagem independente,

de forma individual ou colectiva.

 É o gestor, supervisor e elemento de recurso desta

aprendizagem independente.

 Avalia permanentemente a auto-regulação dos formandos, a

sua motivação e autoconfiança na realização de cada tarefa.


Estratégias de aprendizagem
 Segundo Warr e Allan (1998) estratégias de aprendizagem são procedimentos
utilizados pelos indivíduos durante actividades de aprendizagem para serem
bem sucedidos. Afirmam que as estratégias podem ser modificadas com
treinamento para aumentar a efectividade da aprendizagem. Isso significa
que não existem estratégias melhores, e sim estratégias mais adequadas ao
tipo de actividade a ser aprendida.

 O objectivo das estratégias de aprendizagem é de proporcionar ao estudante


o monitoramento de seus esquemas, com o propósito de que possa melhor
assimilar, armazenar, recuperar e usar as informações adquiridas, sendo
contempladas como instrumentos auxiliares da aprendizagem
• Há uma grande relevância de quando o aluno já tem conhecimento
de um conteúdo anterior que possa facilitar a compreensão de um
novo conteúdo.

• Entretanto, a utilização de diferentes estratégias de aprendizagem


ajuda a corrigir as lacunas do seu conhecimento prévio.

• A utilização organizada desse tipo de estratégias necessita de esforço.


O estudante só observará algum sentido em usar diferentes estratégias
de aprendizagem no momento em que ele compreender a sua
relevância e quando se considerar capaz de obter os resultados
desejados.
 Directamente associadas à utilização de estratégias, estão as variáveis
motivacionais. Os aspectos motivacionais são percebidos mais como um
apoio na utilização de estratégias do que como uma influência ao
desempenho do aluno.

 Estratégias de aprendizagem compreendem actividades de processamento


de informações facilitadoras da aquisição, retenção, recuperação e uso
posterior de novas informações; englobam comportamentos adotados pelo
indivíduo, direcionados à aprendizagem e utilização de novos
conhecimentos e habilidades; e o uso das estratégias de aprendizagem
pode contribuir, tanto para a aquisição de novas informações, quanto para
a sua aplicação em diferentes contextos.
As estratégias de aprendizagem podem
ser:

Estratégias Cognitivas

Estratégias Metacognitivas
 As estratégias cognitivas dizem respeito a
comportamentos e pensamentos que propiciem
um armazenamento mais eficaz da informação,
ou ainda, atividades direcionadas ao progresso
cognitivo (exemplo: ensaio, elaboração, e
organização);

1 - As estratégias de ensaio, que


demandam atenção dos alunos, são
copiar, repetir, sublinhar ou destacar o
material apresentado em sala de aula.
As estratégias de elaboração, tais como parafrasear, criar analogias, tomar notas, criar e

responder perguntas e resumir, exigem que os alunos relacionem as informações

novas com o conhecimento já existente.

3 - E as estratégias de organização, são utilizadas para estruturar o material a ser

aprendido, subdividindo-o em partes, de modo tal que os alunos possam identificar

as ideias principais do texto, bem como os detalhes, e criar diagramas utilizando-se

de palavras ou conceitos chaves.


 As estratégias metacognitivas constituem
procedimentos que o indivíduo usa para
planear, monitorar e regular seu próprio
pensamento, e avaliar se o uso das estratégias
cognitivas está produzindo os resultados
esperados (exemplo: relacionar ideias de
diferentes disciplinas, recuperar e resolver
problemas).

 Estas estratégias são acções concretas que


realizamos conscientemente para melhorar ou
facilitar a aprendizagem.
Qualidades de um bom formador
 Apresentação:

 Ocurso de formação será bem-sucedido se o


formador possuir as seguintes qualidades:
 Comunicar com facilidade com os
formandos/participantes -
Tarefa pag 15

 Ser um formador/facilitador, não ser professor –


 Manter o contacto ocular com os participantes –
 Ser motivante –
 Respeitar os conhecimentos retidos pelos
participantes –
 Escrever claramente –
 Mostrar dinamismo –
 Mostrar interesse –
 Movimentar-se pelo espaço da sala –
 Ajustar a voz.
Funções específicas do facilitador

Assessorar, aconselhar, questionar, dar


retroalimentação;

 Estimular a aprendizagem colaborativa;

 Promover consensos;

 Promover, moderar, monitorar e avaliar


discussões e debates;

Demonstrar, expor, orientar, motivar e


sistematiza
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AGRADEÇO PELA ATENÇÃO DISPENSADA

Nilton Neves Marrengula


Maputo, aos 22 de Setembro de 2022

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