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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DCET


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FÍSICA EXPERIMENTAL II – P03

EMPUXO E PESO APARENTE PARA DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE


UM FLUIDO

DANIEL BORGES DA SILVA (201310113)


MATHEUS HENRIQUE GÓES (201310116)

ILHÉUS - BA
2013
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2 OBJETIVO...............................................................................................................4
3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................4
3.1 Materiais............................................................................................................4
3.2 Métodos..............................................................................................................4
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................5
5 CONCLUSÃO..........................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................8
1 INTRODUÇÃO

Um corpo, ao ser mergulhado em um fluido, fica sujeito a forças aplicadas em


toda sua superfície. Estas forças, por sua vez, são originadas pela diferença entre as
pressões exercidas pelo fluido sobre o corpo. Todas as forças horizontais atuantes sobre
a superfície do corpo se anulam, e as forças verticais geram uma força resultante para
cima, pois a pressão na parte inferior do corpo é maior do que na parte superior,
segundo a Lei de Stevin.

Esta força resultante é chamada força de empuxo, e é resumida pelo princípio de


Arquimedes, que afirma que “um corpo sólido, imerso em um fluido, fica sujeito a uma
força de empuxo, que é dirigida para cima e tem um módulo igual ao peso da
quantidade de fluido deslocado”. Ou seja:

F E =mf g

F E =ρf V f g (1)

Onde F E é o módulo da força de empuxo, mf é a massa do fluido deslocado, ρ f é


a densidade do fluido e V f é o volume do fluido deslocado.

Figura 1: As forças exercidas por um fluido sobre um corpo nele submerso advêm de todas as direções.
As forças horizontais se anulam e as verticais geram uma força resultante para cima.
Fonte: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física: 2. LTC, 2009.

Como consequência desta força de empuxo, ao fazer a medida do peso de um


corpo (em um dinamômetro, por exemplo) com o objeto no ar e com o objeto
mergulhado em um líquido, o aparelho apresentará leituras diferentes. Isto ocorre
porque a medida feita pelo dinamômetro com o objeto no ar é o peso real do corpo, e
com o objeto total ou parcialmente mergulhado em um líquido, é de um peso aparente,
que está relacionado ao peso real e à força de empuxo da seguinte forma:

P '=P−F E (2)

Onde P ' é o módulo do peso aparente do corpo e P é o módulo do peso real do


corpo.
Então, medindo-se o peso aparente com o auxílio de um dinamômetro, pode-se
determinar o módulo da força de empuxo e, consequente, a densidade do líquido.

2 OBJETIVO

Verificar experimentalmente o princípio de Arquimedes, e utilizá-lo para


determinar a densidade de um fluido.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

3.2 Métodos
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela abaixo mostra, para cada marcação de altura, os valores obtidos para os
volumes submersos do cilindro e os valores medidos para o peso aparente, bem como as
suas médias.

Tabela 1: Valores obtidos dos volumes submersos do cilindro e os valores dos pesos aparentes para cada
marcação de altura.

Altura Volume submerso Peso aparente (N)


(m³) 1º 2º 3º Média
Procedimento Procedimento Procedimento
1 0,00007640793785 0,26 0,26 0,26 0,26
2 0,00006688867649 0,34 0,36 0,34 0,35
3 0,00005730595339 0,44 0,43 0,44 0,44
4 0,00004835784471 0,52 0,52 0,54 0,53
5 0,00003833089241 0,62 0,62 0,64 0,63
6 0,00002957317196 0,71 0,71 0,72 0,71
7 0,00002068852802 0,80 0,80 0,80 0,80
8 0,000009773108329 0,90 0,90 0,90 0,90

Partindo do peso real do cilindro medido com o dinamômetro (0,96 N),


calculou-se o empuxo exercido pelo líquido para cada um dos volumes submersos
utilizando a equação (2):

F E1=0,96−0,26=0,70 N

F E2 =0,96−0,35=0,61 N

F E3 =0,96−0,44=0,52 N

F E 4=0,96−0,53=0,43 N

F E5 =0,96−0,63=0,33 N

F E6 =0,96−0,71=0,25 N

F E7 =0,96−0,8=0,16 N

F E8 =0,96−0,90=0,06 N
Pode-se, então, utilizar estes valores obtidos para os módulos das forças de
empuxo calculados para cada marcação da altura, e representá-los juntamente com os
volumes submersos, montando a seguinte tabela:

Tabela 2: Valores calculados do empuxo e dos volumes submersos do cilindro, para cada marcação de
altura.

Altura Módulo da força de Volume submerso (m³)


empuxo (N)

1 0,70 0,00007640793785
2 0,61 0,00006688867649
3 0,52 0,00005730595339
4 0,43 0,00004835784471
5 0,33 0,00003833089241
6 0,25 0,00002957317196
7 0,16 0,00002068852802
8 0,06 0,000009773108329

Com estes dados calculados, é possível elaborar um gráfico com o módulo da


força de empuxo em função do volume submerso.

Gráfico 1: Módulo da força de empuxo em função do volume submerso.

0.8

0.7

0.6

0.5
Empuxo (N)

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.00002 0.00004 0.00006 0.00008 0.0001
Volume submerso (m³)

A análise do gráfico obtido revela que a relação entre estas duas grandezas é
linear, ou seja, a equação do gráfico tem a forma y=a+bx . Calculando os parâmetros
da reta do gráfico, especialmente o coeficiente angular, é possível utilizá-los para
determinar a densidade do líquido utilizado no experimento.

Os coeficientes linear (a ) e angular (b ) da reta foram determinados através de


uma regressão linear, e os valores obtidos foram:
a=−0,036410673

b=9769,774259

Para este tipo de gráfico, o coeficiente angular b é dado por:

∆ FE
b=
∆V

Onde ∆ F E é a variação no eixo dos coordenadas (módulo da força de empuxo) e


∆ V é a variação no eixo das abcissas (volume submerso).

O coeficiente linear da reta é aproximadamente zero, o que já era esperado, pois


a relação entre o volume submerso e o módulo da força de empuxo é definida pela
equação (1):

F E =ρf V f g

FE
=ρf g
Vf

Ou seja, ρ f g é o coeficiente angular da reta e o coeficiente linear é zero. Sendo


assim, a densidade do líquido é dada por:

b=ρf g

b
ρf=
g

Substituindo o valor encontrado para o coeficiente angular da reta e


considerando a aceleração da gravidade 9,81 m/s ² , com indicado no roteiro, obtém-se o
valor da densidade do líquido:

9769,774259
ρf=
9,81

ρ f =996,9157407 kg/m ³ ≅ 997 kg /m ³

Como o líquido utilizado foi a água, tem-se que a densidade esperada é


1000 kg /m³. Para comparar esse valor esperado com o valor obtido, pode-se utilizar o
erro relativo, que é expresso por:

E %= | |
x t−x
xt
.100 %

Onde x t é o valor real esperado e x o valor obtido. Assim, o erro percentual para
o valor obtido é:
E %= |1000−996,9157407
1000 |.100 % ≅ 0,31 %

5 CONCLUSÃO

Através do experimento realizado foi possível concluir que o princípio de


Arquimedes é verídico, que o empuxo sofrido por um corpo imerso em água depende
linearmente do volume e que o método utilizado para determinar a densidade do líquido
(no caso, a água) foi eficaz, visto que o valor obtido experimentalmente para a
densidade da água, 997 kg /m ³, foi bem próximo do valor teórico esperado, que é de
1000 kg /m³ . A pequena diferença entre esses valores fornece um erro relativo de 0,31%,
que é um valor percentual muito baixo e, portanto, bastante aceitável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK,R. Fundamentos de Física: 2. Rio de Janeiro: LTC, 2012.


296p.

https://sites.google.com/site/mschivani/disciplinas/cet833 (acessado dia 11/09/13 ás


20h45min).

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