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As Ferrovias de Ribeirão Preto Causas e Consequencias Da Desativação
As Ferrovias de Ribeirão Preto Causas e Consequencias Da Desativação
As Ferrovias de Ribeirão Preto Causas e Consequencias Da Desativação
DESATIVAÇÃO
BARÃO DE MAUÁ
Após o crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, houve uma grande
mudança econômica que abala toda a estrutura mundial e nacional, levando à queda
nas exportações tanto do café, nosso principal produto de exportação naquela época,
como de outros produtos, consolidando cada vez mais, no setor dos transportes, a
escolha por modalidades que onerassem menos despesas, à curto prazo, e
concomitantemente, a construção de rodovias, que acompanhavam a rápida
globalização e o intenso processo de industrialização. Inicia-se então, as dificuldades
financeiras da Mogiana, seguida pelos problemas econômicos da Segunda Guerra
Mundial, levando assim à estatização desta em 1952. Entretanto, prosseguem as
desativações, e em 1971 a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro é incorporada
pela FEPASA, Ferrovia Paulista S/A. Durante as crises do petróleo e as econômicas da
década de 1980, os investimentos estatais em ferrovias foram diminuídos, causando o
sucateamento parcial de algumas ferrovias. As divídas da RFFSA e FEPASA não
paravam de crescer e o governo decidiu pela concessão do transporte ferroviário de
cargas à iniciativa privada. Associado às crises econômicas, houve também um
redirecionamento dos investimentos em transportes mais modernos, que atendessem
com mais eficácia às novas necessidades urbanas que surgiram, devido ao rápido
crescimento demográfico após a Segunda Guerra Mundial no Brasil. Os poucos
recursos disponíveis continuavam sendo destinados ao setor rodoviário, levando assim,
cada vez mais ao declínio das ferrovias.