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Wa0124.
Wa0124.
Teresina
Julho de 2022
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Teresina
Julho de 2022
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 OBJETIVOS 4
3 METODOLOGIA 5
4 RESULTADOS 6
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
REFERÊNCIAS 9
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1 INTRODUÇÃO
Idosos são especialmente vulneráveis às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) por se
autoexcluírem dos riscos e possuírem pouco conhecimento da temática. Autores reforçam que
ações educativas devem ser direcionadas para a desconstrução social do conhecimento de
idosos sobre o HIV/Aids, o que é visto por eles como um problema de saúde do outro. Creditar
o HIV/Aids a um problema de jovens deprecia a adoção de medidas preventivas, o que
influencia o aumento da susceptibilidade ao HIV. Além disso o desconhecimento sobre os
sintomas e supressão dos mesmos dificulta o diagnóstico precoce da doença (SOUSA, 2019).
No período de 2000 a 2018, foram registrados 222.205 óbitos por Aids no Brasil. Entre esses
óbitos, 580 (0,3%) não tinham informação de faixa etária, 40 (0,02%) não evidenciaram dados
referentes ao sexo, 13.709 (6,2%) se encontravam sem dado de raça/cor registrado e 19.065
(8,6%) não apresentavam registro de estado civil. No Brasil, os índices mais expressivos foram
verificados na faixa de 30 a 59 anos, observando-se recrudescimento entre aqueles com 60 anos
ou mais. Todavia, as tendências foram decrescentes nas faixas de 0 a 14 anos, 15 a 29 anos e
30 a 59 anos, e crescentes na faixa 60 anos ou mais. A mortalidade por HIV/Aids se caracteriza
como um evento complexo que é permeado por questões sociais que precisam ser incorporadas
às políticas e aos programas de resposta ao HIV/Aids diante da mudança desse cenário
(CUNHA, 2022).
Em 2019 o Piauí apresentou 207 novos casos de HIV/AIDS, a incidência referente ao ano todo
foi de 6,32 novos casos/100.000 habitantes. A detecção de novos casos foi de maior incidência
para o público masculino onde totalizou 153 notificações correspondendo a 73,91% dos casos
(COSTA JÚNIOR, 2019).
Dentre os piores indicadores para HIV/Aids encontra-se a região nordeste, cenário este que vem
sofrendo mudanças nos seu perfil epidemiológico marcada por processos tais quais:
pauperização, envelhecimento, juvenização, heterossexualização, feminização e interiorização,
evidenciando que não são apenas determinados grupos, os quais podem ser considerados
vulneráveis ao HIV, ao passo que desmistifica a relação do vírus com a homossexualidade,
promiscuidade e outros estigmas que permeiam a doença (PIAUIENSE, 2018).
problemas enfrentados pelos idosos está vinculada aos estigmas e estereótipos socialmente
construídos em relação à doença e aos esforços empreendidos pelos mesmos para manter o
diagnóstico em segredo (SILVA, 2015).
Dessa forma, o profissional de saúde deve ser capacitado para realizar intervenções de saúde
votadas para o tratamento e educação permanente ao paciente com o vírus do HIV, sendo
capaz de aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE, no que diz respeito a
observação e delimitação dos problemas do paciente, posteriormente elaboração de um plano
de intervenções, além delegação de tarefas a equipe de enfermagem para colocar em prática
as intervenções para posterior avaliação dos resultados esperados na evolução do paciente.
Com isso, consolidando o trabalho da equipe de enfermagem baseado em evidencias.
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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
✓ Desenvolver o processo de enfermagem ao paciente diagnosticado com HIV.
2.2 Específicos
✓ Descrever o caso clínico de um paciente com HIV.
✓ Elaborar um plano de cuidado com base na SAE ao paciente com HIV.
✓ Implementar a sistemática de intervenções de enfermagem nos cuidados com o paciente.
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3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso clínico descritivo, realizado com base na Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), durante o estágio de Trabalho em campo XIII da disciplina
de doenças infecciosas, no mês de julho de 2022 em um Hospital geral da cidade de Teresina-
PI, elaborado no contexto do acompanhamento de um paciente diagnosticado com o vírus da
imunodeficiência humana adquirida (HIV) e com o quadro de Rebaixamento do nível de
consciência. A coleta de dados foi realizada através da anamnese e entrevista com o
acompanhante do paciente. os Diagnósticos de Enfermagem foram extraídos da International
Nursing Diagnoses: Definitions & Classification (NANDA), com base nos dados clínicos da
paciente. De acordo com os diagnósticos elencados, estabeleceram-se as intervenções através
do Nursing Interventions Classification (NIC) para implementação dos cuidados ao paciente.
Como também, os Resultados esperados os quais foram eleitos conforme o Nursing Outcomes
Classification (NOC). Além disso, foi realizada uma busca nas bases de dados MEDLINE,
LILACS e BDENF, com os descritores: Idoso, HIV e AIDS para o desenvolvimento da
temática.
4 RESULTADOS
PROCESSO DE ENFERMAGEM
4.1 Histórico
F. S. F, sexo masculino, 65 anos de idade, cidade de origem Esperantina- Pi, casado há 45 anos,
possuí 4 filhos, reside em casa própria com esposa e um dos filhos. É aposentado, trabalha como
abatedor de carnes em uma granja, é etilista cônico e tabagista. Veio regulado do hospital de
Esperantina-PI, acompanhado do filho. Paciente foi diagnosticado com HIV + durante a
internação, sem tratamento prévio. A família é ciente do quadro. Evolui com perda de peso,
astenia, cefaleia e rebaixamento do nível de consciência (RNC). Paciente foi internado na UTI
e após estabilização do quadro foi transferido para ala E, adquiriu uma lesão por pressão estágio
II na região sacral durante a internação no serviço.
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4.2 Evolução
18/07/22 – 9h – Paciente no 25º DIH com diagnóstico de retrovirose (HIV) + sepse com foco
AE. Segue restrito ao leito com rebaixamento do nível de consciência, em estado de
obnubilação. Respirando AA, sem aporte de O2. Dieta por via oral com boa aceitação.
Eliminações fisiológicas espontâneas em fralda. Apresenta úlcera por pressão estágio 2 em
região sacral. Sono e repouso preservados.
4. Ensinar os planos de
cuidados médicos e de
enfermagem à família
5. Auxiliar cuidador a
adquirir
conhecimentos,
habilidades e
equipamentos
necessários para
manter a decisão sobre
os cuidados do
paciente
6. Explicar aos familiares
a necessidade de
manterem o cuidado
profissional de saúde,
conforme apropriado.
7. Ajudar os familiares a
identificar os serviços
de saúde e os recursos
na comunidade que
possam ser usados para
melhorar a condição de
saúde do paciente.
sobre sinais de
degradação da pele
Risco de volume de fluido 1. Avaliar presença de Espera-se que o paciente não
desequilibrado relacionado a edema apresente volume de fluido
regime de tratamento 2. Administrar desequilibrado
medicação conforme
prescrição médica
3. Monitorar diurese
Risco do nível de glicose no 1. Monitorar os níveis de Espera-se que o paciente
sangue instável relacionado ao glicose sanguínea apresente níveis de glicose
regime de tratamento 2. Orientar paciente sobre estáveis
sinais e sintomas de
hipoglicemia
3. Administrar terapia
com insulina,
conforme apropriado
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. COSTA JÚNIOR, I. G, et al. Perfil epidemiológico HIV/AIDS no estado do Piauí em
2019. Revista Ciência Plural, v. 8, n. 1, p. e25682, 2022. Disponível em:
https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/25682/14880.