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CÓPIA NÃO CONTROLADA

NORMA TÉCNICA WM-ME-802


TÍTULO
SISTEMA CENTRALIZADO DE GASES - ENSAIO (TESTE) PNEUMÁTICO NAS
TUBULAÇÕES
TIPO PÁGINAS DATA
Método de ensaio 1/7 Dezembro/94
ORIGEM
Instalações de Gases
PALAVRAS-CHAVE
Ensaio-Tubulação-Central

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
ANEXO - Figura

1 OBJETIVO
Esta norma prescreve o método de ensaio pneumático nas tubulações de um sistema centralizado de gases.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para a aplicação desta norma é necessário consultar:
ANSI - B.31.3 Chemical plant and Petroleum Refinery Piping.
ASTM - A53 Specification for pipe, Steel, Black and Hit dipped, Zinc coated, Welded and Seamlell.
Manual de Segurança,Higiêne Medicina da White Martins.

3 DEFINIÇÕES

Para efeito desta norma são consideradas as definições 3.1 a 3.5

3.1 Teste pneumático


Teste de pressão no sistema de tubulação utilizando ar sêco ou outro gás adequado (ver 4.1.3.)

3.2 Pressão primária


Pressão máxima à qual o sistema estará sujeito durante o teste.

3.3 Pressão secundária


Pressão para a qual é reduzida a pressão primária, com o propósito de realizar o teste de vazamento.

3.4 Teste de vazamento


Detecção de vazamento(s) nas juntas (flangeadas ou soldadas)

3.5 Afastamento de segurança


Afastamento mínimo entre pessoas e o sistema em teste, de forma a evitar danos pessoais em caso de
ruptura do sistema.

ESTE DOCUMENTO SÓ TEM VALOR NORMATIVO QUANDO APRESENTAR CARIMBO DE CÓPIA CONTROLADA(EM VERMELHO)
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2 WM-ME-802 Dezembro/94
4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Considerações preliminares

4.1.1 Afastamento de segurança


Em função do volume geométrico do sistema em teste e da pressão do teste,o afastamento de segurança
deve ser conforme a Tabela

TABELA 1 - Afastamento de Segurança (m)


Volume do Sistema Pressão Primária ( barg)
3
(m ) 1,5 8,5 45 60 85
0,03 15 15 15 15 15
0,3 15 15 20 25 30
3 15 25 45* 55* 60*
28 15 45* 100* 115* 130*
85 15 70* 140* - -
212 20 95* - - -

4.1.2 Barrilete de teste

4.1.2.1 Um barrilete de teste pneumático,(ver anexo), para pressões até 85 barg (pressão primária), deve ser
usado.

4.1.2.1.1 A máquina que interliga o barrilete e o sistema deve ser compatível para serviços a alta pressão,
com pressão de trabalho igual ou maior que a pressão primária.

4.1.2.1.2 Não havendo mangueiras disponíveis, pode ser utilizado tubo de cobre, ou tubo de aço sem costura
(ASTM- A- 53) com conexões forjadas para solda de encaixe ou rosqueadas.

4.1.2.1.3 A espessura da parede do tubo e a classe de pressào das conexões devem ser selecionadas de
forma que a máxima pressão de trabalho, seja igual ou menor que a pressão primária.

4.1.2.1.4 O material do barrilete consiste:


- Tubos ø 1/2" a 2" - aço carbono ASTM-A-53 GR-B, sch 80, sem costura.
- Conexões - classe 3000 lb, aço carbono forjado, ASTM-A-105, extremidades com encaixe para
solda para diâmetros de 1 a 2" e rosqueadas para 1/2" e 3/4".
- Válvulas - aço forjado, classe 600 lb (mínimo 1440 W.O.G.), rosqueadas ou para solda de
encaixe.
- Vedação - fita de teflon nas roscas.

4.1.2.1.5 O barrilete deverá ser construído de acordo com a norma ANSI-B-31.3.

4.1.2.1.6 Pressão de projeto do barrilete: 90 barg.

4.1.2.1.7 O barrilete deverá ser testado de acordo com as pressões abaixo:


Teste hidrostático - 130 barg.
Teste pneumático de vazamento - 90 barg.
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4.1.2.1.8 Toda a tubulação que interliga o barrilete de teste compressor, cilindro de alta pressão, etc, deverá
ser adequada para as pressões envolvidas.

4.1.2.1.9 A descarga das válvulas de segurança e ventilação deverão ser direcionadas para um local seguro.

4.1.3 Gás de teste

4.1.3.1 O teste pneumático deve ser realizado com ar sêco, limpo e isento de óleo. O uso de outros gases,
como N2, não é permitido em tubulação de gases medicinais.

4.1.3.2 A fonte de gás comprimido pode ser um compressor não lubrificado (sêco) ou cilíndros de alta
pressão.

4.1.3.3 No uso do N2 para tubulações industriais, devem ser tomadas todas as precauções contra riscos de
asfixia; consultar Manual de segurança, higiêne e medicina ns-032, ns 043, seção 16

4.1.3.4 Em hipótese alguma será permitida a utilização do O2 como gás de teste .

4.1.3.5 A temperatura do gás deve estar entre - 20o C e 40o C.

4.1.4 Proteção contra sobre-pressão

4.1.4.1 O sistema a ser testado deve possuir pelo menos uma válvula de segurança regulada para uma
pressão 5% maior que a pressão primária. Esta válvula deve ter capacidade de alívio suficiente para a maior
vazão possível ser introduzida no sistema.

4.1.4.2 As válvulas de segurança e manômetros integrantes do sistema a ser testado, bem como outras
peças e instrumentos que possam danificar-se durante o teste à pressão primária, devem ser isolados ou
retirados.

4.1.4.3 Não deve haver válvulas ou outras restrições entre a tubulação e as válvulas de segurança utilizadas
durante o teste.

4.1.5 Sistemas adjacentes

4.1.5.1 Devem ser tomados cuidados quanto a possibilidade de haver passagem de gás a alta pressão para
os sistemas que operam a baixa pressão.

4.1.5.2 Esta pressurização dos circuitos de baixa pressão pode ocorrer devido a vazamentos em válvulas de
bloqueio, abertura inadvertida destas válvulas, etc...Quando houver esta possibilidade, o circuito de baixa
pressão deve ser protegido por válvulas de segurança ou discos de ruptura, ou deixando-se bocais, flanges ou
válvulas abertas, de forma a haver capacidade para aliviar a maior vazão possível que entra no sistema.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
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5.1 Preparação do teste

5.1.1 Todo o sistema a ser testado deve ser examinado antes da aplicacão da pressão a fim de verificar se
todas as juntas estão instaladas e apertadas, bem como se a tubulação encontra-se suficientemente segura
para prevenir danos às tubulações adjacentes em caso de rompimento de alguma junta.

5.1.2 As partes não testadas devem ser isoladas, desconectadas ou ventadas.

5.1.3 Se houver isolamento térmico, as juntas, incluindo as soldas, devem ser mantidas descobertas.

5.1.4 Juntas de expansão sem tirantes devem ser atirantadas durante o teste.

5.1.5 Os ítens a seguir devem ser verificados pelo encarregado do teste a fim de certificar-se de que estão de
acordo com esta norma, com a planilha de testes e com outras instruções específicas:
a) Gás de teste:fonte,pressão e vazão disponível, limpeza.
b) Proteção contra sobrepressão: local, capacidade e ponto de regulagem.
c) Instrumentação: faixa de pressão dos manômetros e datas de calibração dos instrumentos.
d) Localização de raquetes.
e) Verificação geral do barrilete de teste inclusive com relação à pressão de teste.
f) Verificação da limpeza do sistema (barrilete de teste, manqueiras, etc...).
g) Qualidade do ar, ventilação e analisadores do teor de oxigênio se utilizado nitrogênio ou outro gás
inerte como fluido de teste.

5.1.5.1 O técnico da White Martins no campo deve ser avisado quando o sistema estiver pronto para iniciar o
teste

5.2 Segurança pessoal

5.2.1 Antes da aplicação de qualquer pressão, todo pessoal na área deve estar a pelo menos 15 m do
sistema a ser testado, mas nunca a uma distância menor daquelas da Tabela .

5.2.2 A área de teste conforme afastamento da Tabela deve ser isolada por cordas.

5.2.3 Devem ser pendurados nas cordas cartazes de " Perigo, tubulação em teste".

5.2.4 Todo o pessoal envolvido no teste deve usar os equipamentos individuais de segurança recomendados.

5.3 Teste preliminar

5.3.1 O propósito do teste preliminar é localizar vazamentos de grandes proporções.


A tubulação deve deve estar pressurizada a 2 barg (ou 25% da pressão primária, o que for menor), sendo esta
pressão aumentada então em 25%.

5.3.1.1 Manter esta pressão por 10 minutos e logo em seguida reduzi-la para o valor inicial.

5.3.1.2 Desconectar o suprimento de gás e procurar vazamentos


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5.3.2 É importante que ninguém entre na área de teste até que a pressão tenha sido reduzida para 2 barg ou
25% da pressão primária (a que for menor).

5.3.3 Se houver vazamentos, a pressão deve ser toda aliviada e os reparos executados. após, proceder com
outro teste preliminar.

5.3.4 Se não houver vazamento, continuar o teste conforme a seguir.

5.4 Teste com pressão primária

5.4.1 Após retirar todo o pessoal da área de teste, aumentar gradualmente a pressão de teste preliminar até
metade da pressão primária, em etapas de 20% da pressão primária, dando tempo para que a pressão seja
equalizada em todo o sistema.

5.4.1.1 Permanecer a 50% do valor da pressão primária durante 10 minutos, verificando se há queda da
pressão. Se a pressão cair mais de 10%, baixá-la para o valor do teste preliminar e procurar por vazamentos.

5.4.2 Não havendo queda apreciável de pressão ao fim de 10 minutos, aumentam a pressão em valores de
10% da pressão primária até alcançar o seu valor máximo.

5.4.2.1 Após cada aumento, fechar a válvula de admissão de gás e observar durante 5 minutos o
comportamento da pressão.

5.4.2.2 O próximo aumento só será realizado se não houver queda da pressão ao fim dos 5 minutos.

5.4.2.3 Havendo queda de pressão, realizar outro teste preliminar.

5.4.3 Após alcançar a pressão primária, cortar a alimentação do gás e mantê-la por 10 minutos . Ao término
deste tempo, baixá-la para a pressão secundária.

5.5 Teste com pressão secundária (teste de vazamentos)

5.5.1 Com a pressão reduzida à pressão secundária, proceder à inspeção visual do sistema e ao teste de
vazamentos, com utilização de uma solução de sabão ou equivalente. Durante este teste, desconectar a
alimentação de gás de forma a evitar aumentos acidentais da pressão.

5.5.2 Após o teste com pressão secundária, esvaziar o sistema.

5.6 Teste após reparos


Se houver vazamentos durante o teste com pressão secundária, esvaziar a tubulação, fazer os reparos e
refazer os testes primários e secundários.

5.7 Relatórios de teste


O técnico encarregado do teste deve preparar um relatório para cada sistema ou trecho testado. Neste
relatório devem constar:
a) Descrição e identificação do trecho ou sistema testado
b) Valor da pressão primária
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c) Aprovação do técnico e do gerente responsável da White Martins no campo
d) observações incluindo itens como:
- gás de teste
- vazamentos (tipo e localização)
- reparos realizados

5.8 Pressurização, purga e identificação dos diversos sistemas centralizados.


Cada sistema deve ser pressurizado e purgado separadamente, um de cada vez,com o fluido para o qual foi
destinado, a fim de remover individualmente todo o fluido de teste .
Esta operação deve ser feita a uma pressão igual a pressão primária, abrindo-se e identificando-se um a um
todos os pontos de consumo do sistema em teste

___________________

/ANEXO
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ANEXO - Figura

* Estes itens não são necessários se não houver alta pressão.

LEGENDA DA FIGURA:

1. Regulador SAWM R-89, pressão máxima de entrada 175 barg, pressão máxima de saída 155 barg.
2. Válvula de segurança, regulada para 90 barg., com capacidade de alívio de 130 m3/h NTP.
3. Válvula de segurança, regulada para uma pressão 5% acima da pressão máxima. A capacidade de
alívio deverá ser igual à vazão máxima do suprimento de gás mais 130 m3/h NTP.
4. Válvula de segurança, regulada para a máxima pressão do equipamento de compressão ou TM, ou 90
barg, a que for menor. Deverá ter capacidade para aliviar a maior vazão possível do sistema de
compressão.
5. Manômetro com escala compatível com as pressões de teste. Final de escala pelo menos 20% acima
da pressão de abertura da válvula do item 3. Deverá possuir caixa com disco de segurança.
6. Válvula agulha instalada em um tê (perna de passagem reta). Esta válvula serve para verificarmos a
qualidade do ar que está saindo do separador de óleo.

FIGURA - Barrilete para o teste pneumático


PÁGINA PROPOSITALMENTE EM BRANCO

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