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30 ISERIE—NUMERO 12 CAPITULO VIE Disposigées finals etransitérias Axmiao 19 (Segredo profissonal) 1. Op membros dos érgios da Autoridade Tributéria, © respective pessoal e as pessoas ou entidades, pablicas ou privadas, que the prestem, a titulo permanente ou ndo, quaisquet servigos ficam sujeitos a segredo profissional sobre os factos cujo cothecimento Ihes advenha do exercicio das suas fungdes ‘ou por causa delas no podem divulgar ner utiliza, em proveito préprio ou alheio, directamente ou por inierposta pessoa, © conhgcimento que tenham desses factos, 2. O dever de segredo profissional mantém-se, ainda que as, pessoas ou entidades a ele sujeites nos termos do mimero anterior deixer de prestar servigo & Autoridade Tributiria, 3. Aviolagdo do disposto nos mimeros anteriores ¢ punivel nos termos do Cédigo Penal. 4, Sem prejuizo da responsabilidade civil e criminal que dela resulte, a violagio do dever de sigilo estabelecido no presente artigo, quando cometida por um membro dos érgios da Autotidade Tributéria ou pelo seu pessoal, implica para infractor as sancdes disciplinares aplicéveis. ‘Anrig0 20. (Organizagio administrativa) Sem prejuizo do disposto na presente Lei-no que voncerne & estruaragdo dos Servigos Comuns da Autoridade Tributéria, 4 confitmagdo da orgenizagio a dministrativa da Autoridade ‘Tributétia, bem como das Direcgdes-Gerais que a integram, designadamente através da determinagio dos érgios, servigos, estrutura ¢ relagdes inter orgénicas, seus poderes ¢ tarefas, segundo‘crtérios mateiais, hierérquicos, teritoriais, temporais ede valor, faz-se através de diplonnas espectficos ‘Axrig0 21 (Regulamentagéo) Comipete ao Conselho de Ministros aprovar os diplomas regulangentares necessérios a implementagao da presente Lei, no prazo de 180 dias, apés a sua entrada em vigor. ‘Awmig0 22 (inicto de sctividede) © Consetho de Ministros cria as condigBes necessérias para & entrads em funcionamento da Autoridade Tributéria, no prazo ‘méximg de um ano, a contar da entrada em vigor desta Le. Annigo 23 (Disposigdes transitéries) Até go inicio de fungdes da Autoridade Tributaria, as entiades que integram of actuais servigos tributérios ¢ aduaneiros mantém-se em funcionamento ‘Antigo 24 (Norma Revogatéria) Ficam revogadas todas as disposigdes legais que contrariem a presente Lei, ‘Axni00 25 (Entrada om vigor) ‘A p.csente Lei entra em vigor na data dd sua publicagdo. Aprovada pela Assembleia da Repiiblica aos 7 de Dezembro de 2008, O Presidente da Assembleia da Repibli¢a, £uardo Joaguim Mulémbwe. Promulgada em 8 de Fevereiro de 2006, Publique-se, O Presidente da Republica, Arsnoo Ewiuio Guesuza Lei n° 2/2006 40.22 de Margo A reforms do Sistema Tributirio da Repiiblice de Mogambique emcutso necessita de ser complementada por uma lei geral tributiria que estabelera de forma clara e sistematizada os Yprincipios que regem a fiscalidade, defina com maior rigor as garantias dos contribuintes e enuncie com maior preciso os poderes da administraglo tributria. Com esta Lei estabelecem-se 0s principios ¢ normas gerais do ordenamento juridico tributério mogambicano aplicaveis a todos 08 tributos nacionais e autirquicos. estes termos, 20 abrigo do disposto no n° 1 ena alinea 0) don? 2do artigo 179 da Constituigdo, a Assembleia da Republica determina: TITULOL Principios gerais e rela¢&o juridico-tributaria caPITULO | Objecto, ambito de aplicacéo e principios AAgmigo | (Objecto © Ambito de aplicago) ‘A presente Lei estabelece 08 principios ¢ normas gerais do cordenamentojuridico tributério mogambicano ¢ aplica-se a todos 0s tributos nacionais ¢ autirquicos, referidos no artigo 3, sem prejuizo das disposigdes especiais respeitantes & legislagio aduaneira e autérquice. Antio0 2 (Logistagdo aplicdvel) 1. Deacotdo coma natureza das matérias, os tributos, qualquer «que seja.a sua natureza eas relagSesjuridicastributérias, regulam- se pela presente Lei: 4) pela Lei de Bases do Sistema Tributisio; ) pela Lei das Finangas Autérquicas; ©) pelos Cédigos dos impostos em especial; 4) pela legislago aduancira; £€) pelo Cédigo dos Beneficios Fiscais; J) pelo Regime Geral das Infracgdes Tributiriase restante legislagdo aplicdvel a infraogdes tributéias, segundo otespectivo ambito de aplicagio; £8) pela legislacio de contencioso tributétio; 2) pela legislagao de contencioso aduaneiro; 1) pela legislago relativa aos tribunals fiscais; ‘pela legislagdo relative aos tribunais aduaneiros; 4) pela demais legislagao em vigor aplicével aos tributos. 2. 0 disposto no nimero anterior nfo prejudia 0 respeito pelas normas de dieito internacional que vigorem na ordem interna, nomeadamente as constantes de c onvengdes b ilaterais sobre rmatéra fiscal e aduaneiras 22 DE MARCO DE 2006 3, Aplicam-se subsidiariamente c onsoante a natureza das matérias: a) 0 Cédigo Civil e 0 Cédigo de Processo Civil; +) 0 Cédigo Penal e 0 Codigo de Processo Penal; ©) legislagao administrativa substantiva e adjectiva pertinente. Arrigo 3 (Classiticagao dos tributos) 1, Sto tributos, para efeitos desta Le: 4) 05 impostos nacionais ¢ autérquicos; +) as taxas, nacionais e autirquicas; 6) a8 contribuigdes especiais, nacionais ¢ autirquicas; € as demas contribuigdes financeiras estabelecidas por lei a favor de entidades piblicas, desde que a gestio das mesmas seja da competéncia da administragao tributéria, 2. Os Impostos sio as prestagdes obrigatbrias, avalidveis em dinheiro, exigidas por uma entidade pibica, para a prossecugio de fin piblicos, sem contraprestaclo individualizada, e cujo facto tributirio assenta em manifestagées de capacidade contributiva, devendo estar previstos na ei 3.As taxas sto prestagdes avaléveis em dinheiro,exigidas por uma entidade pablica, como contrapartida individvalizada pela utilizagao de um bem do dominio piblico, ou de um servigo ppblico, ou pela remocao de um limite juridico & actividade dos particulares, desde que previstas na lei 4, So contribuigdes especiais as prestagdes efectuadas como contrapartida de beneficios ou aumento do valor dos bens do sujeito passivo, que resultem de obras piblicas ou da cago ou ampliagao de sérvigos pilblicos, ou devidés em razdo do especial desgaste de bens piblicos ocasionados pelo exercicio de uma actividade, desde que previstas na lei. 5. As contribuigdes para a seguranga social participam da natureza dos impostos. ‘Arniao 4 (Principio da legelidade tributéria) 1. As bases da politica de impostos ¢ o sistema fiscal sio definidos por Lei, nos termos da Constituigio. 2. ALeide Bases do Sistema Tributirio determina aincidéncia, as taxas¢ os bencficios fiscais dos impostos nacionais, as garantias € as obrigacGes do sujeito passivo e da administragdo tributéria, bem como os procedimentos basicos de liquidagdo cobranga de impostos. 3. A Lei das Finangas Autérquicas determina a incidéncia, as taxas ¢ os beneficios fiscais dos impostos autérquicos. “Arrigo S (Exercicio da justiga tbutéria) 1.0 exercicio da justiga tributéria ¢ garantido através dos tribunais das jurisdigSes fiscal e aduaneira para tutela plena cefectiva de todos os direitos ou interesses legalmente protegidos cemmatéria tributéria, 2. O exercicio dos meios processuais da competéncia dos tribunais fiscais e aduaneiros depende dos pressupostos cestabelecidos na legislacdo respectiva, BT ‘Annico 6 (Tributapto. de rendimentos ou setos ilicitos) O caricterilicito da obtengdo de rendimentos, da aquisicio, titularidade ou transmissio de bens ou de outro qualquer acto nio obsta & sua tributag#o quando esses actos preencham os pressupostos das normas de incidéncia aplicéveis, CAPITULO IT Normas tributérias ‘Aeni607 (Fontes normativas) Siio fontes normativas dos tributos: «) & Constituigo da Repiblica; balei; o)odecretortei; ) 0 decreto; €) 08 diplomas ministeiais; ‘J oregulamento das autarquias locais, ) ocontracto fiscal, nos termos previstos na legislagéo tributiria; /h) a convengao internacional que vigore na ordem interna, nomeadamente convengées bilaterais sobre matéria fiscal e aduaneira Arrigo 8 (Convengées internacionals) 1.As norma de dreito interacional vigoramna ordem interna, desde que aprovadas eratificadas nos termos da Consttuigo da Repiblica de Mocambique e dale, apés a sua publicagdo oficial € enquanto vincularem internacionalmente o Estado de ‘Mogambique. 2. Os residentes de um Estado com 0 qual o Estado ‘mogambicano tenha celebrado uma convengio de dupa tributacéo, beneficrios fectivos de rendimentos em territério mogambicano,

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