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LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

Fiscalidade Empresarial
Ana Arromba Dinis
2020/2021
Imposto sobre Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de

o Rendimento novembro*

*Última atualização:
das Pessoas Lei 75-B/2020, de 31 de dezembro

Coletivas (IRC)
Caracterização do imposto (IRC)

SOBRE O RENDIMENTO

DIRETO
• Tributa manifestações diretas ou imediatas da riqueza, que se
traduzem num “ter”

REAL
• Visa a tributação dos rendimentos das pessoas coletivas sem
atender à sua situação pessoal (art.º 104.º CRP)

PERIÓDICO
• Renova-se todos os períodos de tributação

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Caracterização do imposto (IRC)
ESTADUAL
O Estado é o sujeito ativo

PROPORCIONAL
A taxa mantém-se constante, independentemente da matéria coletável
apurada pelo sujeito passivo

GLOBAL
Incide sobre o conjunto dos rendimentos

PRINCIPAL
Não é acessório (ex: derrama; tributações autónomas…)

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Incidência
(PRESSUPOSTO DO IMPOSTO (art.º 1.º)
O IRC INCIDE
Sobre os rendimentos obtidos

Mesmo quando provenientes de atos ilícitos

No período de tributação

Pelos respetivos sujeitos passivos, nos termos do CIRC

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Incidência
Pressupostos de incidência do IRC:

➢Natureza subjetiva (por um SP – art. 2º) INCIDÊNCIA


PESSOAL
quem está sujeito a imposto?

➢Natureza objetiva (obtenção de rendimentos – art. 3º e 4º)


INCIDÊNCIA REAL
o que está sujeito?

➢Natureza temporal (no período de tributação – art. 8º)


quando está sujeito?

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SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)

Exercem a título principal uma


atividade comercial, industrial
ou agrícola
SUJEITOS PASSIVOS
RESIDENTES *
Não exercem a título principal
uma atividade comercial,
industrial ou agrícola

* c/ ou sem personalidade jurídica

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SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)

SUJEITOS PASSIVOS RESIDENTES


COM PERSONALIDADE JURÍDICA SEM PERSONALIDADE JURÍDICA
• SOCIEDADES COMERCIAIS * (cujos rendimentos não sejam
• SOCIEDADES CIVIS SOB A FORMA COMERCIAL * tributados diretamente na titularidade
• COOPERATIVAS * das pessoas singulares ou coletivas)
• EMPRESAS PÚBLICAS *
• OUTRAS PESSOAS COLETIVAS DE DIREITO
PUBLICO OU PRIVADO • HERANÇAS JACENTES
• ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES CIVIS
• * Considera-se que exercem sempre a título S/PERSONALIDADE JURÍDICA
principal uma atividade de natureza comercial, • SOCIEDADES AINDA SEM REGISTO
industrial ou agrícola DEFINITIVO

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SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)

SUJEITOS PASSIVOS NÃO RESIDENTES *


(Entidades sem sede ou direção efetiva em território português
e aqui obtenham rendimentos não sujeitos a IRS)

SEM ESTABELECIMENTO
COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (EE) EM TERRITÓRIO
ESTÁVEL (EE) EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS
PORTUGUÊS

* c/ ou sem personalidade Jurídica

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SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)

SOCIEDADE
ANÓNIMA
SÃO EMPRESA
PÚBLICA
SUJEITOS
PASSIVOS
DE IRC
AUTARQUIA ESTABELECIMENTO
LOCAL ESTÁVEL

SOCIEDADES
ASSOCIAÇÃO
POR QUOTAS
COOPERATIVA ACE

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SUJEITOS PASSIVOS (art.º 2.º)

NÃO SÃO
SUJEITOS
CONSÓRCIO PASSIVOS DE CONDOMÍNIO
IRC

HERANÇA
INDIVISA

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BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º)

EXERCEM A TÍTULO
PRINCIPAL UMA ATIVIDADE LUCRO
DE NATUREZA COMERCIAL,
SUJEITOS PASSIVOS
INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA
RESIDENTES
NÃO EXERCEM A TÍTULO RENDIMENTO GLOBAL
PRINCIPAL UMA ATIVIDADE + Incrementos Patrimoniais
DE NATUREZA COMERCIAL,
INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA
LUCRO DO
ESTABELECIMENTO
COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL
ESTÁVEL
SUJEITOS PASSIVOS
NÃO RESIDENTES RENDIMENTO DAS DIVERSAS
SEM ESTABELECIMENTO CATEGORIAS DE IRS
ESTÁVEL INCREMENTOS PATRIMONIAIS
OBTIDOS A TÍTULO GRATUITO

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NÚMERO DE DECLARAÇÕES MOD. 22

Por Tipo de Sujeito Passivo

Var. (%) Var. (%)


DESIGNAÇÃO 2016 % 2017 % 2018 %
2016/2017 2017/2018
1 - Residente que exerce a titulo principal
432 463 93,0% 443 702 93,4% 461 409 93,6% 2,6% 4,0%
atividade comercial, industrial ou agrícola
2 - Residente que não exerce a titulo principal
29 741 6,4% 28 678 6,0% 28 640 5,8% -3,6% -0,1%
atividade comercial, industrial ou agrícola

3 - Não residente com estabelecimento estável 1 642 0,4% 1 732 0,4% 1 850 0,4% 5,5% 6,8%

4 - Não residente sem estabelecimento estável 934 0,2% 1 007 0,2% 1 036 0,2% 7,8% 2,9%

100,0
TOTAL 464 780 100,0% 475 119 100,0% 492 935 2,2% 3,7%
%

Nota:
Estes dados não se podem considerar definitivos, uma vez que se reportam às declarações que se encontram certas centralmente à data de 17
de Novembro do ano seguinte ao exercício a que respeitam.

Fonte: AT - Autoridade Tributária e Aduaneira


Data: 2019-11

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NÚMERO DE DECLARAÇÕES MOD. 22

Por Regime de Tributação


Var. (%) Var. (%)
DESIGNAÇÃO 2016 % 2017 % 2018 %
2016/2017 2017/2018
Regime Geral 446 365 96,0% 435 657 91,7% 449 056 91,1% -2,4% 3,1%

Regime de Isenção Definitiva 21 863 4,7% 22 075 4,6% 22 425 4,5% 1,0% 1,6%

Regime de Isenção Temporária 1 166 0,3% 1 365 0,3% 1 298 0,3% 17,1% -4,9%

Regime de Redução de Taxa 1 249 0,3% 22 851 4,8% 28 437 5,8% 1.729,5% 24,4%

Regime Simplificado 16 766 3,6% 16 063 3,4% 15 010 3,0% -4,2% -6,6%

Transparência fiscal 9 399 2,0% 9 620 2,0% 10 004 2,0% 2,4% 4,0%

Grupo de Sociedades 4 188 0,9% 4 385 0,9% 4 506 0,9% 4,7% 2,8%

TOTAL 464 780 100,0% 475 119 100,0% 492 935 100,0% 2,2% 3,7%

Nota:
Pelo facto de os sujeitos passivos de IRC poderem obter rendimentos sujeitos a mais do que um regime, o total de declarações
não corresponde ao somatório das parcelas.
Fonte: AT - Autoridade Tributária e
Aduaneira
Data: 2019-11

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BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º, nº 2)

LUCRO
Diferença entre o valor do património no fim e
no início do período de tributação com as
correções estabelecidas no CIRC.

Património Património
Correções
Líquido Líquido
Fiscais
Final Inicial

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BASE DO IMPOSTO (art.º 3.º, nº 4)

Para efeitos de IRC, são consideradas de natureza


comercial, industrial ou agrícola todas as atividades
que consistam na realização de operações económicas
de caráter empresarial, incluindo as prestações de
serviços.

16
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO
(art. 4.º)

• O art. 4.º do CIRC é uma norma de incidência


territorial e objetiva e que estipula as
realidades sujeitas a tributação em Portugal,
com especial enfoque nos casos dos
rendimentos obtidos por entidades não
residentes;

17
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO
(art. 4.º)

• IRC INCIDE SOBRE A TOTALIDADE


DOS RENDIMENTOS OBTIDOS
RESIDENTES DENTRO OU FORA DO
TERRITÓRIO PORTUGUÊS (n.º 1)

NÃO • IRC INCIDE APENAS SOBRE OS


RENDIMENTOS OBTIDOS NO
RESIDENTES TERRITÓRIO PORTUGUÊS (n.º 2)

18
EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO
(art. 4.º)
Assim,
❖Uma empresa portuguesa é tributada pelos
lucros gerados em território nacional e
estrangeiro. (art. 4-1)
Princípio da residência, da universalidade, da
tributação universal ou ilimitada.

❖As empresas estrangeiras com EE em Portugal são


apenas tributadas pelos rendimentos imputáveis
ao(s) estabelecimento(s) no país. (art. 4-2)
Principio da fonte, da sujeição real, da tributação
limitada

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IRC – TRANSPARÊNCIA FISCAL (ART.º 6.º)
SOCIEDADE DE PROFISSIONAIS
Sociedade
constituída para o Sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do
exercício de uma exercício conjunto ou isolado de atividades profissionais
atividade especificamente previstas na lista a que se refere o art. 151.º do
profissional CIRS, desde que, cumulativamente, e durante mais de 183 dias:
especificamente
prevista na lista de
atividades a que se
Pelo menos 75% do
refere o art. 151.º capital social seja
do CIRS, na qual detido por
todos os sócios O número de sócios Nenhum dos sócios
profissionais que
pessoas singulares não seja superior a seja pessoa coletiva
exerçam as referidas
cinco; de direito público; e
sejam profissionais atividades, total ou
dessa atividade parcialmente, através
da sociedade.

20
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO (art.º 8.º)
IRC é devido por cada período de tributação, que
coincide com o ano civil Salvo no que se refere a entidades
não residentes sem estabelecimento
estável (nº10)

REGRA GERAL: o facto gerador do imposto considera-se verificado


no último dia do período de tributação (art.º 8.º n.º 9)

As pessoas coletivas residentes e os não residentes com estabelecimento


estável em território português podem adotar um período de tributação
diferente do ano civil (o qual deve coincidir com o período social de prestação de
contas, devendo ser mantido durante, pelo menos, os cinco períodos de tributação
imediatos, salvo se o s.p. passe a integrar um grupo de sociedades obrigado a elaborar
demonstrações financeiras consolidadas, em que a empresa mãe adote um período de
tributação diferente daquele adotado pelo sujeito passivo )
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO (art.º 8.º)

RESIDENTES (cessação de atividade – art. 8/5)


• Na data do encerramento da liquidação
• Na data da fusão ou cisão
• Na data em que a sede ou direção efetiva deixem de se situar em
território português
• Na data em que se verificar a aceitação da herança jacente ou na data
da declaração de que esta se encontra vaga a favor do Estado
• Na data em que se deixarem de verificar as condições de sujeição a
imposto

NÃO RESIDENTES (cessação de atividade – art. 8/5)


• Na data em que cessaram totalmente a atividade, através do
estabelecimento estável ou deixarem de receber rendimentos em
território português
22
Determinação da Matéria Coletável
(Artigos 15.º e 16.º)

23
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLETÁVEL(art. 15.º)

ENTIDADES RESIDENTES QUE EXERCEM A TÍTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE COMERCIAL,


INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

Lucro Prejuízos Benefícios


Tributável Fiscais Matéria
Fiscais
(art. 17.º e Coletável
seguintes) (art. 52.º) (CIRC / EBF)

24
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLETÁVEL (art. 16.º)

REGRA GERAL • Determinada pelo SP (Modelo 22)

• Determinada pela AT
• Se avaliação direta: D.F. da área da sede,
NA FALTA DE direção efetiva ou estabelecimento estável do
DECLARAÇÃO s. p. ou Diretor da UGC
• Se métodos indiretos: Aplicáveis as regras da
secção V

25
Regras Gerais de determinação
do Lucro Tributável
(art.s 17.º a 68.º)

26
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 17.º)

VARIAÇÕES LUCRO
RESULTADO CORREÇÕES
PATRIMONIAIS TRIBUTÁVEL /
LÍQUIDO DO AO RL
(artigos 21.º e PREJUÍZO
PERÍODO PERIODO
24.º) FISCAL

É NO QUADRO 07 DA DECLARAÇÃO MODELO 22 QUE DEVEM EFETUAR-SE AS


CORREÇÕES NECESSÁRIAS À PASSAGEM DO RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
PARA O LUCRO TRIBUTÁVEL (OU PREJUÍZO FISCAL).

27
REGRAS GERAIS DE
DETERMINAÇÃO
DO LUCRO TRIBUTÁVEL
• Para efeitos de IRC, é de salientar que o termo
“matéria coletável” é diferente de “lucro
tributável”

• Matéria coletável é a base sobre a qual vai incidir


a taxa resultando daí a coleta (imposto a pagar);

• Lucro tributável será o valor do lucro


contabilístico corrigido nos termos do CIRC.

28
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 17.º)

O modelo de dependência parcial

Resultado correções fiscais + variações


contabilístico patrimoniais
(ambas positivas ou negativas)

Lucro tributável
ou
Prejuízo fiscal
29
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 17.º)

CONDIÇÕES A OBSERVAR
➢ A Contabilidade estar organizada (com recurso a meios
informáticos) de acordo com a normalização
contabilística e demais disposições legais;
➢ Refletir todas as operações realizadas pelo SP.
➢ Permitir de forma clara distinguir os resultados das
operações e variações patrimoniais sujeitas ao regime
geral do IRC das restantes
➢ Estar organizada com recurso a meios informáticos
(n.º 3 do art. 17.º do CIRC)

30
DETERMINAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 17.º)
Quadro 10
Matéria Coletável

x
Taxa Dupla Tributação Internacional
+
Benefícios Fiscais
Coleta
+ PEC

-
Deduções à coleta
Até ao limite da coleta
+
= Pagamento por conta
+ Confere
IRC a pagar/receber direito
Retenções na fonte a reembolso
31
Periodização DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 18/1)

REGRA BASE REGIME DE PERIODIZAÇÃO ECONÓMICA

RENDIMENTOS
GASTOS
OUTRAS COMPONENTES DO L.T.

IMPUTÁVEIS AO PERÍODO A QUE DIGAM


RESPEITO INDEPENDENTEMENTE DO SEU
RECEBIMENTO OU PAGAMENTO

32
Periodização DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 18/1)

GASTOS, RENDIMENTOS E VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


DE PERÍODOS ANTERIORES

SÃO IMPREVISÍVEIS E
MANIFESTAMENTE
DESCONHECIDOS?

NÃO SIM

NÃO ACEITES COMO GASTO NO


PERÍODO EM QUE FORAM
ACEITES COMO GASTO NO PERÍODO
CONTABILIZADOS, MAS NO
EM QUE FORAM CONTABILIZADOS
PERÍODO A QUE DIZEM
RESPEITO

33
Periodização DO LUCRO TRIBUTÁVEL
(art. 18/1)

BENS
• Os réditos relativos a vendas consideram-se, em geral, realizados e os correspondentes gastos
suportados na data da entrega ou expedição dos bens ou, se anterior, na data da
transferência da propriedade. Imputáveis ao período de tributação pela quantia nominal da
contraprestação.

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
• Os réditos relativos a prestações de serviços e os correspondentes gastos suportados
consideram-se, em geral, realizados na data em que o serviço é terminado. Imputáveis ao
período de tributação pela quantia nominal da contraprestação.
• Os réditos e gastos relativos a prestações de serviços continuadas ou sucessivas são levados a
resultados proporcionalmente à sua execução.
INVENTÁRIOS E FSE
• Os respetivos gastos são imputáveis ao período de tributação a que respeitam pela quantia
nominal da contraprestação.

34
GASTOS E PERDAS (art. 23.º)

Os GASTOS e PERDAS Os gastos devem estar


comprovados documentalmente,
incorridos ou suportados aplicando-se regras do CIVA
SÃO DEDUTÍVEIS pelo SP para obter ou relativas à emissão de fatura/
garantir os rendimentos fatura simplificada
sujeitos a IRC (art. 36 º e/ou 40.º do CIVA)

Identificação do fornecedor e

Devem conter, PELO MENOS:


cliente

Quantidade e denominação dos


bens e serviços

Valor da contraprestação

Data em que os bens foram


adquiridos / serviços prestados

35
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 23.º-A)
NÃO SÃO DEDUTÍVEIS para efeitos da determinação do lucro tributável
os seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do
período de tributação:

• O IRC, incluindo as tributações autónomas, e quaisquer outros impostos que direta


ou indiretamente incidam sobre os lucros (inclui a derrama municipal e a derrama
estadual)
• As despesas não documentadas
• Os encargos indevidamente documentados, bem como os encargos evidenciados
em documentos emitidos:
• Por sujeitos passivos com NIF inexistente ou inválido;
• Por sujeitos passivos cessados oficiosamente.

• As despesas ilícitas
• As multas, coimas e demais encargos, incluindo os juros compensatórios e
moratórios, pela prática de infrações de qualquer natureza que não tenham origem
contratual, bem como por comportamentos contrários a qualquer regulamentação
sobre o exercício da atividade

36
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 23.º-A)

NÃO SÃO DEDUTÍVEIS para efeitos da determinação do lucro tributável


os seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do
período de tributação:

• Os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros


• As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável
• Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das depreciações
dessas viaturas que, nos termos das alíneas c) e e) do n.º 1 do art. 34.º,
não sejam aceites como gastos

Portaria 467/2010, de 07/07

37
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 23.º-A)

PORTARIA 467/2010, DE 07/07,


ATUALIZADA PELO ART. 24.º DA LEI 82-D/2014, DE 31/12

INICIO DO PERIODO DE VEÍCULOS VEÍCULOS VEÍCULOS RESTANTES


TRIBUTAÇÃO DA ELÉTRICOS HIBRIDOS MOVIDOS A VIATURAS
AQUISIÇÃO DA VIATURA (EXCLUSIVO) PLUG-IN GPL/GNV
DE 01.01.2010 A € 40.000
31.12.2010
DE 01.01.2011 A € 45.000 € 30.000
31.12.2011
DE 01.01.2012 A € 50.000 € 25.000
31.12.2014
A PARTIR DE 01.01.2015 € 62.500 € 50.000 € 37.500 € 25.000

38
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 23.º-A)

NÃO SÃO DEDUTÍVEIS para efeitos da determinação do lucro


tributável os seguintes encargos, mesmo quando contabilizados
como gastos do período de tributação:

• As ajudas de custo e os encargos com compensação pela deslocação em


viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não
faturados a clientes, escriturados a qualquer título, sempre que a entidade
patronal não possua um mapa através do qual seja possível efetuar o
controlo das deslocações, exceto na parte em que haja lugar a tributação
em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário;

Os encargos efetuados ou suportados são tributados


autonomamente à taxa de 5%, exceto … (art. 88.º n.º 9 CIRC)

39
ENCARGOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 23.º-A)

REGIME FISCAL DAS AJUDAS DE CUSTO

FATURADAS AO CLIENTE NÃO FATURADAS AO CLIENTE

ACEITES COMO
S/MAPA C/MAPA
GASTO FISCAL

ACEITES COMO
TRIBUTADA IRS NÃO TRIBUTADAS EM IRS
GASTO

ACEITES COMO NÃO ACEITES


GASTO COMO GASTO

40
MENSURAÇÃO E PERDAS POR IMPARIDADES
EM ATIVOS CORRENTES – Inventários
(art.ºs 26.º e 27.º)
CRITÉRIOS ACEITES PARA A MENSURAÇÃO DOS INVENTÁRIOS
e que devem ser mantidos nos vários períodos de tributação
Custos de aquisição ou de produção

Custos padrões A AT pode corrigir, se houver


desvios significativos

Preços de venda deduzidos da margem normal de Só para setores em que é muito


lucro difícil calcular o custo de
aquisição ou de produção,
podendo a MNL ser substituída
Preços de venda dos produtos colhidos de ativos
por uma dedução não superior a
biológicos no momento da colheita deduzidos
20% do PV
dos custos estimados no ponto de venda,
excluído os de transporte e outros necessários
para colocar os produtos no mercado
MENSURAÇÃO E PERDAS POR IMPARIDADES
EM ATIVOS CORRENTES – Inventários (art.ºs 26.º
e 27.º)

A utilização de critérios diferentes dos previstos depende de


autorização da AT a qual deve ser solicitada até ao termo do
período de tributação através de requerimento em que se
indiquem os critérios a adotar e as razões que os justifiquem.
MENSURAÇÃO E PERDAS POR IMPARIDADES
EM ATIVOS CORRENTES – Inventários (art.ºs 26.º
e 27.º)
CUSTO DE AQUISIÇÃO OU PRODUÇÃO

INCLUI

CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

OUTROS GASTOS QUE SEJAM DIRETAMENTE


ATRIBUÍVEIS DE ACORDO COM A NORMALIZAÇÃO
CONTABILISTICA
MENSURAÇÃO E PERDAS POR IMPARIDADES
EM ATIVOS CORRENTES – Perdas por
Imparidade em Inventários (art.º 28.º)
SÃO DEDUTÍVEIS AS PERDAS POR IMPARIDADE RECONHECIDAS NO MESMO
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO OU EM PERÍODOS DE TRIBUTAÇÃO ANTERIORES
QUANDO

CUSTO DE AQUISIÇÃO OU DE PRODUÇÃO > VALOR REALIZÁVEL LIQUIDO

É o constante de elementos oficiais ou


o último que em condições normais Preço de venda estimado no decurso
tenha sido praticado pelo SP ou ainda normal da atividade nos termos do n.º
o que, no termo do período de 4 do art. 26.º deduzido dos custos
tributação, for corrente no mercado, necessários de acabamento e venda
desde que seja considerado idóneo
ou de controlo inequívoco (n.º 4 do
art. 26.º) 44
PERDAS POR IMPARIDADE EM DÍVIDAS A RECEBER
(art. 28.º-A)
Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por
imparidade contabilizadas no período ou em períodos
anteriores:
✓ Relacionadas com créditos:
✓ resultantes da atividade normal
✓ Incluindo os juros pelo atraso no cumprimento da obrigação
✓ que se considerem de cobrança duvidosa no final do período de tributação
✓ estejam evidenciados na contabilidade como tal
✓ As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros

✓ Para risco de crédito, em títulos e em outras aplicações, contabilizadas de


acordo com as normas contabilísticas e regulamentares aplicáveis, no
mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores,
pelas entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal e pelas
sucursais em Portugal de instituições de crédito e outras instituições
financeiras com sede noutro Estado-Membro da União Europeia ou do
Espaço Económico Europeu (em conformidade com o art. 28.º-C)
45
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art. 28.º-B)

Consideram-se CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA


aqueles em que o risco de incobrabilidade se considere
devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes
casos:

• Devedor tenha pendente processo de execução, de insolvência,


processo especial de revitalização ou procedimento de
recuperação de empresas por via extrajudicial ao abrigo do
SIREVE
• Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em
tribunal arbitral
• Os créditos estejam em mora há mais de 6 meses desde a data
do vencimento e existam provas objetivas de imparidade e de
terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento

46
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art. 28.º-B)

O MONTANTE ANUAL ACUMULADO DA PERDA POR IMPARIDADE DE CRÉDITOS


EM MORA NÃO PODERÁ EXCEDER AS SEGUINTES PERCENTAGENS
CRÉDITOS EM MORA HÁ MAIS DE
25% 6 MESES E ATÉ 12 MESES

CRÉDITOS EM MORA HÁ MAIS DE


50% 12 MESES E MENOS18 MESES

CRÉDITOS EM MORA HÁ MAIS DE


75% 12 MESES E MENOS18 MESES

CRÉDITOS EM MORA HÁ MAIS DE


100% 24 MESES

As percentagens aplicam-se igualmente aos juros de mora em função da mora


dos créditos a que correspondam
47
PERDAS POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS
(art. 28.º-B)

Não são considerados de cobrança duvidosa


• Os créditos s/ o Estado, Regiões Autónomas e Autarquias locais ou por eles
avalizados;

• Os créditos cobertos com seguro, com a exceção da importância correspondente à %


de descoberto obrigatório, ou por qualquer espécie de garantia real;

• Os créditos sobre pessoas singulares ou coletivas que participem em mais de 10% no


capital da empresa ou sobre membros dos corpos sociais salvo nos casos previstos na
al a) e b) do nº 1.;

• Os créditos s/ sociedades participadas pela empresa em mais de 10% do capital,


salvo nos casos previstos na al a) e b) do nº 1.

• Os créditos entre empresas detidas, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6


do artigo 69.º, em mais de 10% do capital pela mesma pessoa singular ou coletiva,
salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1.

48
ELEMENTOS DEPRECIÁVEIS OU AMORTIZÁVEIS
(art. 29.º e art. 1.º do Dec. Reg. 25/2009,
de 14/09)
SÓ SÃO ACEITES COMO GASTOS AS DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES DE :

✓ Ativos fixos tangíveis


✓ Ativos intangíveis Ativo fixo tangível e Propriedades
✓ Propriedades de Investimento Investimento
contabilizadas ao custo de Inicio do deperecimento
aquisição Entrada em funcionamento ou
✓ Ativos biológicos não utilização
consumíveis contabilizados ao
custo de aquisição Ativo intangível e
✓ Componentes Ativos biológicos não consumíveis
✓ Grandes reparações e
beneficiações
Inicio do deperecimento
✓ Benfeitorias A partir da data da respetiva aquisição
ou do início atividade se for posterior
SUJEITOS A DEPERECIMENTO
49
ELEMENTOS DEPRECIÁVEIS OU AMORTIZÁVEIS
(art. 29.º e art. 1.º do Dec. Reg. 25/2009,
de 14/09)
REGRAS BASE

➢ As depreciações e amortizações só são aceites desde que


contabilizadas como gasto no mesmo período de tributação ou
em períodos de tributação anteriores . art. 1.º n.º 3

➢ São dedutíveis, nos períodos de tributação seguintes, as


depreciações contabilizadas e não aceites como gasto em
períodos de tributação anteriores por excederem as importâncias
máximas admitidas art. 20.º

50
MÉTODOS DE CÁLCULO DAS DEPRECIAÇÕES
E AMORTIZAÇÕES (art. 30.º)

MÉTODOS

Linha Reta Outros métodos


Quotas decrescentes
Ativos fixos tangíveis: REQUERIMENTO SE
( anuais ou por duodécimos)
QUOTA > QUOTA MÁXIMA

EXCETO
Bens Viaturas ligeiras Mobiliário e
adquiridos em Edifícios de passageiros equipamentos
estado de uso ou mistas sociais

NOTA: Deve ser aplicado o mesmo método de depreciação desde entrada em funcionamento até
inutilização ou transmissão ( se não, carece de aceitação da AT) n.º 2 do art. 31.º-A.
51
QUOTAS DE DEPRECIAÇÃO OU AMORTIZAÇÃO
(art. 31.º)

DR
MÉTODO
25/2009
CUSTO
AQUISIÇÃO OU
PRODUÇÃO

VALOR
MÉTODO DA
TAXA x REAVALIAÇÃO
LINHA RETA
FISCAL

VALOR
MERCADO

Para determinação do valor depreciável ou amortizável não são consideradas as


despesas de desmantelamento e deduz-se o valor residual.
n.º 2
52
PERÍODO DE VIDA ÚTIL
(art. 31.º-A n.º 4 e art. 3.º do Decreto Regulamentar 25/2009)

É o período de tempo durante o qual um bem é totalmente depreciado ou


amortizado (excluído o respetivo valor residual).

➢ Período mínimo de vida útil


O que se deduz das taxas que podem ser aceites fiscalmente

➢ Período máximo de vida útil


O que se deduz de uma taxa igual a metade das taxas que podem ser
aceites fiscalmente

Não são aceites como gastos fiscais as depreciações ou amortizações


praticadas para além do período máximo de vida útil .

53
PERDAS POR IMPARIDADE
art.º 31-ºB

REGIME DA DEDUTIBILIDADE FISCAL DAS PERDAS POR IMPARIDADE EM ATIVOS


DEPRECIÁVEIS OU AMORTIZÁVEIS

NÃO SÃO ACEITES NO PERÍODO DO SEU


RECONHECIMENTO CONTABILÍSTICO

PERDAS POR
IMPARIDADE (PI)
PARCIAIS DE SÃO GASTOS EM PARTES IGUAIS DURANTE O
ATIVOS PERÍODO DE VIDA ÚTIL RESTANTE DO ATIVO OU,
DEPRECIÁVEIS OU SEM PREJUIZO DO DISPOSTO NO ART. 46.º, ATÉ
AMORTIZÁVEIS AO PERÍODO ANTERIOR ÀQUELE EM QUE SE
VERIFICAR O ABATE FISICO, O
DESMANTELAMENTO, O ABANDONO, A
INUTILIZAÇÃO OU A TRANSMISSÃO DO MESMO

54
ELEMENTOS DE REDUZIDO VALOR
(art. 33.º CIRC e 19.º do Dec. Reg. 25/2009)

Os elementos do ativo sujeitos a deperecimento,


cujo valor unitário não seja superior a 1.000,00
euros e que não façam parte de um conjunto
que deve ser amortizado como um todo, é aceite
a dedução integral no período de tributação em
que foi adquirido.

55
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 34.º)

Não são aceites como gasto fiscal:


➢ As depreciações e amortizações praticadas sobre elementos do ativo não
sujeitos a deperecimento ;
➢ As depreciações praticadas sobre imóveis na parte correspondente ao valor
do terreno ( valor do terreno = 25%);
➢ As depreciações e amortizações que excedam os limites legais;
➢ As depreciações e amortizações praticadas para além do período máximo
de vida útil, ressalvando-se casos especiais justificados e aceites pela AT;
➢ As depreciações de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo
veículos elétricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao
valor revalorizado que exceda os valores previstos na portaria 467/2010 de
7 Julho;
➢ As depreciações praticadas sobre barcos de recreio e aviões de turismo
quando não afetos à atividade normal do SP ou ao serviço público de
transportes

56
GASTOS NÃO DEDUTÍVEIS PARA EFEITOS FISCAIS
(art. 34.º)

Portaria 467/2010, de 07/07,


atualizada pelo art. 24.º da Lei 82-D/2014, de 31/12

INICIO DO PERIODO DE VEÍCULOS VEÍCULOS VEÍCULOS RESTANTES


TRIBUTAÇÃO DA ELÉTRICOS HIBRIDOS MOVIDOS A VIATURAS
AQUISIÇÃO DA VIATURA (EXCLUSIVO) PLUG-IN GPL/GNV
DE 01.01.2010 A € 40.000
31.12.2010
DE 01.01.2011 A € 45.000 € 30.000
31.12.2011
DE 01.01.2012 A € 50.000 € 25.000
31.12.2014
A PARTIR DE 01.01.2015 € 62.500 € 50.000 € 37.500 € 25.000

57
PROVISÕES FISCALMENTE DEDUTÍVEIS
(art. 39.º)

PODEM SER DEDUZIDAS FISCALMENTE AS PROVISÕES :

➢ Para processos judiciais em curso;

➢ Para garantias a clientes previstas em contratos de venda e prestações


serviços;

➢ Constituídas de harmonia c/ as normas emanadas pelo Instituto de


Seguros de Portugal;

➢ Constituídas com o objetivo de fazer face aos encargos com a reparação


dos danos de caráter ambiental dos locais afetos à exploração, sempre
que tal seja obrigatório nos termos da legislação aplicável e após a
cessação desta.

58
PROVISÕES FISCALMENTE DEDUTÍVEIS
(art. 39.º)
Provisões para garantias a clientes:
• Conforme n.º 5 do art. 39.º do CIRC, o montante anual da provisão
para garantias a clientes é determinado pela aplicação às vendas e
prestações de serviços sujeitas a garantia efetuadas no período de
tributação de uma percentagem que não pode ser superior à que
resulta da proporção entre a soma dos encargos derivados de
garantias a clientes efetivamente suportados nos últimos três períodos
de tributação e a soma das vendas e prestações de serviços sujeitas a
garantia efetuadas nos mesmos períodos

59
Regime das mais-valias e menos-valias
e do reinvestimento
( art. 46.º a 48.º do CIRC)

60
Créditos incobráveis não aceites como gastos
(art. 41.º)
Processo Momento Artigo

Processo de execução a) Após o registo da execução 717.º, n.º 2, b) do CPC

Quando for decretada de caráter limitado; ou


quando for determinado o encerramento do
Processo de insolvência b) processo por insuficiência de bens; ou após a CIRE
realização do rateio final, do qual resulte o não
pagamento definitivo do crédito

Processo especial de Após a sentença de homologação do plano de


revitalização c) insolvência ou do plano de recuperação que CIRE
preveja o não pagamento definitivo do crédito
Litígios emergentes de
prestações serviços públicos Após a decisão arbitral
essenciais e)
Regime jurídico de prestações Quando os créditos se encontrem prescritos e o
serviços públicos essenciais f) seu valor não ultrapasse € 750
Regime Extrajudicial de Após celebração e depósito do acordo na Lei n.º 8/2018, de 02/03
Recuperação de Empresas Conservatória do Registo Comercial, e do qual
(RERE) g) resulte o não pagamento definitivo do crédito.

61
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

São os ganhos obtidos ou as perdas sofridas mediante transmissão onerosa


(venda ou troca), sinistro, afetação permanente a fins alheios à atividade
exercida respeitante a:

➢ ativos fixos tangíveis


Ainda que tenham sido
➢ ativos intangíveis
reclassificados como
➢ ativos biológicos não consumíveis ativos não correntes
➢ propriedades de investimento detidos para venda

➢ Instrumentos financeiros excepto os reconhecidos ao justo


valor nos termos das al. a) e b) do n.º 9 art. 18.º CIRC

62
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

CONTABILISTICAMENTE

MVc/mvc = VR – (VA/Q.Rev.- PI – Aac)

MVc - mais-valia contabilística


mvc - menos-valia contabilística
VR – Valor realização líquido dos encargos inerentes
VA – valor aquisição/produção
Q.Rev. – Quantia revalorizada
PI – Perdas por imparidade
Aac- Depreciações ou amortizações acumuladas
Podem não
corresponder às
aceites fiscalmente
63
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

FISCALMENTE

MVf/mvf = VR – (VA– Aac - PI– Gastos) x Coef


MVf - mais-valia fiscal
mvf - menos-valia fiscal
VR – Valor realização líquido dos encargos inerentes
VA – valor de aquisição/produção
Aac – depreciações ou amortizações praticadas e aceites fiscalmente, sem prejuízo da
quota mínima
PI – Perdas por imparidade aceites fiscalmente
Gastos – Gastos previstos no art. 45.º-A
Coef - coeficiente de desvalorização da moeda publicado anualmente em Portaria do M.F
(art. 47.º CIRC + Portaria n.º 220/2020, para ativos alienados em 2020).

64
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

DIFERENÇA ENTRE A MAIS VALIA FISCAL E A CONTABILÍSTICA

➢ Não consideração da reavaliação, para o cálculo da mais-


valia fiscal

➢Não consideração do coeficiente de correção monetária,


para o cálculo da mais-valia contabilística

65
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

Rendimento fiscal
(art. 20.º n.º 1, h) Deduzem-se as mais-valias
contabilísticas
MAIS-VALIA FISCAL REALIZADA
Acrescem-se as mais-valias
fiscais

Gasto fiscal
Acrescem-se as menos -
(art. 23.º n.º 1, l)
valias contabilísticas

MENOS-VALIA FISCAL REALIZADA


Deduzem-se as menos -
valias fiscais

66
CONCEITO DE MAIS-VALIAS E DE MENOS-VALIAS
(art. 46.º)

O valor*Valor
NA TROCA: de realização é: dos bens recebidos ± valor
de mercado
recebido ou pago

NAS EXPROPRIAÇÕES E SINISTROS: valor da indemnização


REALIZAÇÃO

NA AFETAÇÃO PERMANENTE A FINS ALHEIOS À ATIVIDADE: valor de


mercado
VALOR
DE

NA FUSÃO, CISÃO, ENTRADA DE ATIVOS OU PERMUTA DE PARTES SOCIAIS:


valor de mercado

NOS TÍTULOS DE DÍVIDA: valor da transação menos os juros


contáveis (ainda não pagos)

NOS DEMAIS CASOS: o valor da contraprestação

67
REINVESTIMENTO DOS VALORES DE REALIZAÇÃO
(art. 48.º)

Reinvestimento
art. 48.º CIRC (aplicável também às partes de capital)

ativos fixos
tangíveis
ativos fixos
Propriedades
tangíveis
de investimento

ativos biológicos Propriedades


de produção de investimento

ativos não correntes ativos biológicos


detidos para venda de produção

68
REINVESTIMENTO DOS VALORES DE REALIZAÇÃO
(art. 48.º)

Diferença positiva entre mais-valia e menos-valia tributada só em 50%

quando
TRANSMISSÃO ONEROSA DE • NO PT ANTERIOR, (N-1)
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS, ATIVOS • NO PRÓPRIO PT (N) OU
INTANGÍVEIS E ATIVOS • ATÉ FINAL DO 2.º PT
BIOLÓGICOS NÃO CONSUMÍVEIS SEGUINTE (N+2)
DETIDOS POR PT ≥ 1 ANO OU (ou seja, 4 anos)
INDEMNIZAÇÃO POR SINISTRO e TODO O VR SEJA REINVESTIDO
(AINDA QUE RECLASSIFICADOS EM ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS,
COMO ATIVO NÃO CORRENTE ATIVOS INTANGÍVEIS E ATIVOS
DETIDO PARA VENDA) BIOLÓGICOS NÃO CONSUMÍVEIS*

* Que não sejam bens usados adquiridos a SP de IRC ou IRS com quem haja relações
especiais (art. 63.º, n.º 4) e sejam detidos por um período não inferior a um ano
contado do final do PT em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior, a venda
69
REINVESTIMENTO DOS VALORES DE REALIZAÇÃO
(art. 48.º)

ATIVOS EM QUE SEJA REINVESTIDO O VALOR DE REALIZAÇÃO

Só se aplica o regime de reinvestimento se:


✓ Não forem adquiridos em estado de uso a SP de IRC ou IRS com quem
haja relações especiais (art. 63.º, n.º 4);
✓ Sejam detidos por um período não inferior a um ano contado do final
do PT em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior, a venda

ATIVOS INTANGÍVEIS

O regime de reinvestimento não é aplicável aos ativos intangíveis


adquiridos ou alienados a entidades com as quais existam relações
especiais

70
REINVESTIMENTO DOS VALORES DE REALIZAÇÃO
(art. 48.º)

Não sendo concretizado total ou parcialmente o reinvestimento


do valor de realização até ao fim do 2º período de tributação
seguinte ao de realização

A diferença ou a parte proporcional da


diferença não incluída no lucro tributável é
considerada rendimento e majorada em
15% (campo 741 Q07) (n.º 6 do art. 48.º CIRC)

Os sujeitos passivos devem mencionar na declaração anual a intenção


de reinvestimento
71
Dupla Tributação Económica
Sociedade Mãe Sociedade Mãe
EM2 Portugal
Base trib. = 0
IRC = 0

Div. Bruto = 100


RF =0
Div. Líquido = 100

Sociedade Filha Sociedade Filha


Portugal EM2/Portugal
Art. 14º CIRC Art. 51º CIRC

Lucros e reservas de uma entidade


residente em território português,
colocados à disposição

72
Dupla Tributação Económica
art. 51/1
• SOCIEDADE COMERCIAL
• SOCIEDADE CIVIL SOB FORMA COM.
• COOPERATIVA
• EMPRESA PÚBLICA

Entidade não residente


em paraíso fiscal
Entidade que esteja
• Não abrangida pelo regime de transparência fiscal sujeita e não isenta de
• Detentora direta ou direta e indiretamente de IRC, do imposto especial

POR
participação ≥ 10%
de jogo, ou de imposto
• Se a manteve na s/ titularidade, ininterrupta/ durante o similar ao IRC c/taxa ≥
ano anterior à data da colocação à disposição ou se vai 60% da taxa “geral” do
mantê-la de modo a completar esse período IRC
SALVO SE REUNIDOS
REQUISITOS N.º 6 ART. 66.º 73
Dupla Tributação Económica
art. 51/1

A isenção aplicável aos lucros e reservas distribuídos


prevista nos n.ºs 1 e 6 é excluída quando:
✓ correspondam a gastos dedutíveis na esfera da sociedade
que os distribui; ou
✓ sejam distribuídos por entidades não sujeitas ou isentas,
salvo quando provenham de rendimentos sujeitos e não
isentos na esfera das subafiliadas , sempre que a entidade
que os distribui não seja residente na UE/EEE

74
Dupla Tributação Económica
art. 51/10

DISTRIBUIÇÃO LUCROS E RESERVAS

POR NÃO RESIDENTES POR RESIDENTES

REÚNE NÃO REÚNE REÚNE NÃO REÚNE


REQUISITOS art. REQUISITOS art. REQUISITOS art. REQUISITOS art.
51.º 51.º 51.º 51.º
BENEFÍCIO DO CRÉDITO DE
DEDUÇÃO TOTAL DOS IMPOSTO POR DUPLA DEDUÇÃO TOTAL DOS
TRIBUTAÇÃO LUCROS E RESERVAS NO Q07 TRIBUTAÇÃO DA TOTALIDADE
LUCROS E RESERVAS NO Q07
INTERNACIONAL DOS LUCROS
(ART. 51.º) (ART. 51.º)
(ART. 91.º E 91.º-A)

75
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

✓ Artigo 86.º-A - Âmbito de aplicação

✓ Artigo 86.º-B - Determinação da matéria coletável

76
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
CARATERÍSTICAS DO REGIME
• Optativo, sistema opting in
• Aplicável a contribuintes de pequena dimensão
• Matéria coletável determinada por aplicação de
coeficientes aos vários tipos de rendimentos
• Fixação de um montante mínimo de matéria coletável
• Não sujeição ao PEC nem à derrama municipal
• Não sujeição às tributações autónomas (exceto
viaturas, despesas não documentadas e pagamentos a
entidades domiciliadas em paraísos fiscais)

77
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A

Podem optar (opting in) os sujeitos passivos:

• Residentes (assim, não é aplicável aos não residentes com


EE)
• Não isentos nem sujeitos a um regime especial de
tributação
• Que exerçam, a título principal, uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola

78
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A
Condições cumulativas a observar:

Montante anual ilíquido de rendimentos ≤ € 200 000 (no


período de tributação imediatamente anterior)

Total do balanço ≤ € 500 000 (no período de tributação


imediatamente anterior)

Não estejam legalmente obrigados a revisão legal de


contas

79
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A
Condições cumulativas a observar (cont.):
O capital não seja detido em mais de 20%, direta ou
indiretamente, por entidades que não preencham
algumas das condições previstas nas alíneas anteriores,
exceto se forem sociedades de capital de risco ou
investidores de capital de risco

A, SA
D, Lda 100% 25%
22%
B, Lda C, Lda

80
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A
Condições cumulativas a observar (cont.):

Adotem o regime de normalização contabilística para


microentidades - NCM (DL n.º 36-A/2011, de 9/3)

Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três


anos anteriores, com referência à data em que se inicia a
aplicação do regime

81
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A/2
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
No período do início de atividade

O enquadramento é feito em conformidade com o valor


anualizado dos rendimentos estimado, constante da
declaração de início de atividade

82
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A/3
ONDE / QUANDO É FEITA A OPÇÃO

NA declaração de NA declaração de
início de atividade alterações

A apresentar até ao
final do 2.º mês do
período de tributação
em que pretendam
A renúncia também é feita iniciar a aplicação do
neste prazo, na DA regime

83
REGIME SIMPLIFICADO DE
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
art. 86-A/5 e 6
CESSAÇÃO DO REGIME
• Quando deixarem de se verificar os requisitos
• Quando o SP renunciar à sua aplicação
• Quando o SP não cumprir as obrigações de
emissão e comunicação das faturas

Reporta-se ao 1.º dia do respetivo período de tributação

Quando o motivo da cessação for a ultrapassagem dos limites dos rendimentos


ilíquidos ou do balanço, o PEC é efetuado até ao fim do 3.º mês do período de
tributação seguinte (n.º 14 do art. 106.º)
84
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO
DA MATÉRIA COLETÁVEL – art. 86-B/1
Rendimentos de prestações de serviços
Hotelaria e similares, restauração e bebidas
(exceto o alojamento local) 0,50/0,35 (áreas de contenção) 0,04

Atividades profissionais (art. 151.º do CIRS)


• coeficiente aplicável aos rendimentos das atividades 0,75
profissionais especificamente previstas na tabela a que se
refere o art. 151.º do Código do IRS

Restantes rendimentos de prestações de serviços


• coeficiente aplicável genericamente aos rendimentos das
0,10
restantes prestações de serviços
85
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO
DA MATÉRIA COLETÁVEL – art. 86-B/1

Resultado positivo dos rendimentos prediais 0,95


• Obtém-se deduzindo ao montante dos rendimentos prediais
ilíquidos, até à sua concorrência,

• as despesas de manutenção e de conservação dos imóveis que


os geraram
• o imposto municipal sobre imóveis
• o imposto do selo que incide sobre o valor dos prédios ou parte
dos prédios
• os prémios dos seguros obrigatórios
• as taxas municipais
86
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO
DA MATÉRIA COLETÁVEL – art. 86-B/6 e 7
Mais-valias e menos-valias (saldo positivo)
0,95

(VR – enc.) – (VA – PI e ocv – Dep *) x coef.


➢ Depreciações ou amortizações a considerar
• Enquanto enquadrado no regime geral
▪ Depreciações ou amortizações fiscalmente aceites
• Enquanto enquadrado no regime simplificado
▪ Depreciações ou amort. corresp. às quotas mínimas

87
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA
MATÉRIA COLETÁVEL – art. 86-B/8

0,30
Subsídios relacionados com ativos não correntes
✓ Se respeitarem a ativos depreciáveis ou amortizáveis
• Após a aplicação do coeficiente de 0,30, são considerados
pelo montante que proporcionalmente corresponder à
quota mínima

✓ Nos restantes casos


• Nos termos estabelecidos no art. 22.º

88
REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÇÃO DA
MATÉRIA COLETÁVEL – art. 86-B/8
Valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos
a título gratuito
1,00

Contabilisticamente capital próprio

Valor de aquisição (fiscal) = Valor de mercado

Não pode ser inferior ao que resultar da


aplicação das regras de determinação do
valor tributável previstas no Código do
Imposto do Selo (art. 21.º, n.º 2 do CIRC)

89
Taxas
(art. 87º , 87º A e 88º)

90
TAXAS (art. 87.º)
Sujeitos passivos de IRC

Residentes Não residentes

17% / 21% PME 21% regime geral 21%

Exercem a título principal atividades de Com


natureza comercial, industrial ou estabelecimento estável
agrícola

21% 25%/35%

Não exercem a título principal atividades


de natureza comercial, industrial ou Sem
agrícola estabelecimento estável
91
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88.º, n.ºs 1 e 2)
Despesas não documentadas

SP total ou parcialmente isentos ou que


não exerçam a título principal atividade 70%
(e não são gastos)

comercial, industrial ou agrícola

SP sujeitos a imposto especial de jogo 70%

Restantes sujeitos passivos 50%

Atenção ao n.º 14

92
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/3/18/19)
SP não isentos subjetivamente e que exerçam a título principal atividade
comercial, industrial ou agrícola

Encargos efetuados ou suportados com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas


ligeiras de mercadorias (art. 7.º, n.º 1, al. b) do CISV), motos ou motociclos, excluindo os
veículos movidos exclusivamente a energia elétrica
Atenção ao n.º 14

CUSTO VEÍCULOS VLP VLP RESTANTES


DE EXCLUSIVAMENTE HIBRIDAS MOVIDAS A VIATURAS
AQUISIÇÃO ELÉTRICOS PLUG-IN GNV
(TAXA) (TAXA) (TAXA) (TAXA)
a) Inferior a € 27.500 - 5 7,5 10

b) [ € 27.500, € 35.000 [ - 10 15 27,5

c) Igual ou superior a € 35.000 - 17,5 27,5 35


93
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/6)
Não são tributados autonomamente os
encargos com:
– Viaturas ligeiras de passageiros, motos e
motociclos, afetos à exploração de serviço público
de transportes, destinados a serem alugados no
exercício da atividade normal do SP; e
– Viaturas automóveis relativamente às quais tenha
sido celebrado o acordo com o empregado
previsto no n.º 9) da al. b) do n.º 3 do art. 2.º do
CIRS
94
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/7)

Encargos dedutíveis com despesas de


Encargos dedutíveis com despesas de 10%
representação
representação
10%

Ex:despesas
Ex: despesassuportadas
suportadascomcomreceções,
receções,
refeições,
refeições, viagens,viagens,
passeiospasseios e
e espetáculos
espetáculos
oferecidos no oferecidos
país ou no no país ou no
estrangeiro a Atençãoaoao
Atenção
estrangeiro
clientes, a clientes, aoufornecedores
a fornecedores a quaisquer n.º14º
n.º 14º
ououtras
a quaisquer
pessoasoutras pessoas ou
ou entidades
entidades

95
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/8)
Despesas correspondentes a importâncias pagas ou
devidas
35%
a pessoas singulares ou coletivas
residentes em região com regime fiscal claramente ou
mais favorável
( e não são gastos) 55%

Atenção ao n.º 14
Salvo se SP provar que correspondem a
operações efetivamente realizadas e não têm um
caráter anormal ou um montante exagerado

96
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/9)
Encargos efetuados ou suportados relativos a ajudas de custo e
com compensação pela deslocação em viatura própria do
trabalhador ao serviço da entidade patronal

Não há T.A. na parte em que


Não faturados a clientes ,
haja lugar a tributação em sede
escriturados a qualquer título
de IRS na esfera do respetivo
5% beneficiário.

Atenção ao n.º 14
97
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/11 e 88/12)
Entidade sujeita a IRC
Entidade Distribui • Com isenção total ou
sujeita a IRC lucros • Com isenção parcial
abrangendo os rendimentos
de capitais

Se as partes de capital não estiveram na


titularidade do SP de modo ininterrupto 23%
durante o ano anterior e não venham a ser
mantidas durante o tempo necessário para Ao valor calculado deduz-se o
completar esse período valor retido na fonte que já não é
deduzido à coleta

98
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/13)

Gastos relativos à parte que


Gastos ou encargos relativos a indemnizações ou exceda o valor das
quaisquer compensações (não relacionados com a remunerações que seriam
concretização de objetivos de produtividade recebidas até ao
previamente definidos na relação contratual) final do contrato
(no caso de rescisão antes do
termo)

Quando se verifique a cessação de funções de


• Gestor
• Administrador 35%
• Gerente
99
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/13)

Gastos ou encargos relativos a bónus e outras


remunerações variáveis 35%
pagas a gestores, administradores ou gerentes

Salvo se o pagamento de 50% (pelo


Quando sejam menos) for diferido por um período
> 25% da remuneração anual e >€ mínimo de 3 anos e condicionado ao
27.500 desempenho positivo da sociedade
ao longo desse período (ver n.º 19)

100
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/14/15)
Em 10 pontos
AS TAXAS SÃO ELEVADAS
percentuais

Quando o sujeito passivo:


✓ apresentar prejuízo fiscal no período de tributação a que respeitem
quaisquer dos factos tributários referidos nos números anteriores; e
✓ Esses factos estejam relacionados com o exercício de uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC

Não é aplicável no período de tributação de


início de atividade e no seguinte
101
TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
(art. 88/16/17)

Não são aplicáveis ao Regime simplificado:


✓ As relacionadas com despesas de representação;
✓ As relacionadas com as ajudas de custo;
✓ As relacionadas com os lucros distribuídos;
✓ As relacionadas com indemnizações e bónus.

“As taxas de tributação autónoma previstas nos n.os 7, 9, 11


e 13, bem como o disposto no número anterior, não são
aplicáveis aos sujeitos passivos a que se aplique o regime
simplificado de determinação da matéria coletável”.

102
Liquidação
(art.s 89.º, 90.º, 91.º e 91.º-A)

103
COMPETÊNCIA PARA A LIQUIDAÇÃO
(art. 89.º)

Efetuada na Efetuada até 30/11 do ano seguinte


ou
declaração periódica até ao fim do 6.º mês após
de rendimentos termo do prazo p/entrega da DR
ou de substituição

Base
• Valor anual da retribuição
Base mínima mensal ou
Matéria coletável • Matéria coletável ano mais
próximo se superior ou
• Outros elementos

104
PROCEDIMENTOS E FORMA DE LIQUIDAÇÃO
(art. 90.º)

Matéria
Taxa Coleta
coletável

Derrama estadual
Deduções à
(considerada coleta
também IRC)

Q. 10
IRC liquidado mod 22

105
PROCEDIMENTOS E FORMA DE LIQUIDAÇÃO
(art. 90.º)

Deduções à coleta (pela ordem indicada)

Dupla tributação jurídica internacional (1)

Dupla tributação económica internacional (1)

Benefícios fiscais (1)

Pagamento especial por conta (1)

Retenções na fonte
(1) Destas deduções não pode resultar valor negativo
106
CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAÇÃO
JURÍDICA INTERNACIONAL (art. 91.º)

Fórmula

Fração da Rend. Líquido * IR pago no


Coleta do IRC
Taxa do IRC
obtido no estrangeiro estrangeiro

* Rendimento líquido dos gastos suportados para a sua obtenção (art. 68.º)

A dedução determina-se por país considerando a totalidade dos


rendimentos provenientes de cada país, com exceção dos
rendimentos imputáveis a estabelecimento estável de entidades
não residentes cuja dedução é calculada isoladamente
107
CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA
TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA INTERNACIONAL
(art. 91-A)

Aplicação opcional
quando

Na matéria coletável tenham sido incluídos lucros ou reservas


• distribuídos por entidade não residente que preencha os
requisitos previstos neste art. 91.º; e
• aos quais não seja aplicável o disposto no art. 51.º

108
CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAÇÃO
ECONÓMICA INTERNACIONAL (art. 91-A)

Dedução à coleta da menor das seguintes importâncias:

Fração do IRC, calculado antes da


dedução, correspondente
Fração do IRC pago no estrangeiro • aos lucros e reservas distribuídos ao
pela entidade não residente ou por SP,
• acrescidos das correções dos n.ºs 1 e 3
entidades por esta detidas direta e
do art. 68.º,
indiretamente, correspondente aos • líquidos dos gastos direta ou
lucros e reservas distribuídos ao SP indiretamente suportados para a sua
nos termos dos n.ºs 3 e 4 obtenção, e
• deduzida do crédito previsto no art.
91.º

109
CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAÇÃO
ECONÓMICA INTERNACIONAL (art. 91-A)
❑ A dedução só se aplica ao IR pago no estrangeiro por entidades nas quais
o SP de IRC com sede ou direção efetiva em território português:

– Detenha, direta ou indiretamente, uma participação ≥ 10% do capital


social ou dos direitos de voto; e

– Desde que essa participação tenha permanecido na sua titularidade,


de modo ininterrupto, durante o ano anterior à distribuição, ou seja
mantida durante o tempo necessário para completar aquele período.

Necessária prova

❑ A dedução não se aplica ao IR pago no estrangeiro por entidades


domiciliadas em paraísos fiscais ou por entidades detidas indiretamente
pelo SP de IRC através daquelas

110
PAGAMENTO
(art. 104.º a 106.º)

111
ENTIDADES QUE EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE
COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

ENTIDADES NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO


ESTÁVEL
• Regras de pagamento
• Pagamentos por conta
• Pagamento da derrama estadual
• Pagamento adicional por conta
• Pagamento especial por conta

112
REGRAS DE PAGAMENTO (art. 104.º)
FALTA DE PAGAMENTO (art. 109.º)

Três
pagamentos por conta Em julho, setembro e 15 de dezembro
ou
(o não pagamento implica
no 7.º, 9.º e no dia 15 do 12.º mês do
juros compensatórios – n.º 5 do art. 104.º - período de tributação
à taxa do art. 35.º da LGT)

Pagamento do imposto calculado


Até ao último dia do prazo
deduzido das importâncias
fixado para o envio da DR
entregues por conta

Não sendo efetuado o pagamento da autoliquidação até ao termo do respetivo prazo,


começam a correr imediatamente juros de mora
113
CÁLCULO DOS PAGAMENTOS POR CONTA (art. 105.º)
LIMITAÇÕES AOS PAGAMENTOS POR CONTA (art. 107.º)

Volume de negócios Valor de cada pagamento por conta de n


de n-1

(Coleta de n-1 - Retenções na fonte de n-1) x 80%


≤ € 500.000,00
3

(Coleta de n-1 - Retenções na fonte de n-1) x 95%


> € 500.000,00
3

O SP pode deixar de fazer o 3.º pagamento por conta se verificar que o


montante do pagamento por conta já efetuado é igual ou superior ao devido.

114
PAGAMENTO ADICIONAL POR CONTA
(art., 105.º-A)

ENTIDADES QUE EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE


COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

ENTIDADES NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

115
PAGAMENTO ADICIONAL POR CONTA (art. 105.º-A)

LUCRO TRIBUTÁVEL DE N-1 SUJEITO E NÃO TAXA


ISENTO (EM %)
De mais de 1 500 000 até 7 500 000 2,5
De mais de 7 500 000 até 35 000 000 4,5
Superior a 35 000 000 8,5
SE:
€ 1.500.000 < LT ≤ €
(LT - €1.500.000) x 2,5%
7.500.000
€ 7.500.000 < LT ≤ €
€ 6.000.000 x 2,5% + (LT - € 7.500.000) x 4,5%
35.000.000
€ 6.000.000 x 2,5% + 27.500.000 x 4,5% + (LT - €
LT > € 35.000.000
35.000.000) x 8,5%
116
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA
(art. 106.º)

• Residentes que exercem a título principal atividade


comercial, industrial ou agrícola

• Não residentes com estabelecimento estável

117
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art. 106.º)
Quem está dispensado
• Todos os SP no ano de início de atividade e no ano seguinte

• Os SP totalmente isentos de IRC ainda que a isenção não inclua rendimentos sujeitos
a retenção na fonte a título definitivo

• Os SP que se encontrem com processos no âmbito do CIRE a partir da data da


instauração do processo

• Os SP que tenham deixado de vender ou de prestar serviços e tenham entregue a


declaração de cessação para IVA

• Os SP a que seja aplicado o regime simplificado de determinação da matéria coletável

• Os SP que não efetuem o pagamento até ao final do terceiro mês do respetivo


período de tributação, desde que as obrigações declarativas previstas nos
artigos 120.º e 121.º, relativas aos dois períodos de tributação anteriores, tenham
sido cumpridas nos termos neles previstos
118
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art. 106.º)

QUANDO

No 3.º
março
ou
ou
no 3.º e 10.º mês do
março e outubro
período de tributação

119
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art. 106.º)

1% x Volume de negócios relativo ao ano n-1 = A

SE Cálculo do PEC do ano n

A≤ € 850,00 850,00 – Pagamentos por conta do ano n-1

{ 850,00 + [ 20% x ( A – 1.000,00) ] } – Pag. conta de n-1


A > € 850,00
No máximo € 70.000,00 – Pag. conta de n-1

120
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art. 93.º)

• À coleta do IRC, até ao respetivo montante,


apurado na declaração do próprio período a
que respeita,
Ou, se insuficiente,

• À coleta dos períodos seguintes, até ao sexto,


depois de efetuadas as deduções relativas à
dupla tributação internacional e aos
benefícios fiscais.
121
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (art. 93.º)

O PEC PODE SER RECUPERADO:

✓ Cessação de atividade (tem 90 dias para requerer o reembolso)


✓ Após o 6.º período de tributação (tem 90 dias para requerer o
reembolso)

122
Alguns Benefícios “fiscais” previstos
no CIRC

123
Realizações de utilidade social
art. 43.º CIRC

SÃO DEDUTÍVEIS OS GASTOS, INCLUINDO AS DEPRECIAÇÕES OU


AMORTIZAÇÕES E RENDAS DE IMÓVEIS:

✓ Com a manutenção facultativa de creches, lactários, jardins de infância,


cantinas, bibliotecas e escolas*;
✓ outras realizações de utilidade social
SE
❖ forem feitos em benefício do pessoal ou dos reformados, e familiares;
e
❖ tiverem carácter geral;
❖ Não revistam a natureza de rendimentos trabalho dependente, ou
revestindo-o sejam de difícil individualização.

* Quando respeitem a creches, latários e jardins de infância em benefício do


pessoal empresa e seus familiares os gastos podem ser majorados em 40% - nº 9
artº 43º do CIRC
124
Realizações de utilidade social
art. 43.º CIRC

SÃO TAMBÉM CONSIDERADOS GASTOS

Se
GASTOS COM: • Generalidade dos
• Contratos de seguros de acidentes pessoais trabalhadores
• Contratos de seguro de vida, de doença ou saúde permanentes ou
• Contribuições p/ fundos de pensões e classes profissionais
equiparáveis (regulamentação)
• Contribuições para regimes complementares de • Critério objetivo
SS que garantam exclusivamente o benefício da e idêntico p/todos
reforma, pré-reforma, complemento de reforma, • Gestão não perten-
benefícios de saúde pós-emprego, invalidez ou cer à empresa
sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa • Não serem rendim.
até 15% (ou 25%) dos gastos c/ pessoal trab. dependente
• Observadas demais
condições
125
Realizações de utilidade social
art. 43.º CIRC

CONSIDERAM-SE TAMBÉM REALIZAÇÕES DE UTILIDADE SOCIAL

Os gastos suportados com a aquisição de passes sociais


em benefício do pessoal da empresa, desde que:
✓ Tenham carácter geral e
✓ Não revistam natureza de trabalho dependente ou, revestindo-o,
sejam de difícil individualização
* majorados em 30% - nº 15 artº 43º do CIRC

126
Realizações de utilidade social
art. 43.º CIRC

n.º 1 do art. 43.º CIRC

benefícios não
individualizados
Realizações de utilidade
social
n.º 2 do art. 43.º CIRC

benefícios individualizados

127
QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES
EMPRESARIAIS
ART. 44.º

• É considerado custo ou perda do exercício, para efeitos da


determinação do lucro tributável, o valor correspondente a 150% do
total das quotizações pagas pelos associados a favor das associações
empresariais em conformidade com os estatutos.

• A dedução não pode exceder o equivalente a 2/1000 do volume de


negócios respetivo.

128
QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES
EMPRESARIAIS
ART. 44.º
▪ O que se pretende com o n.º 2 do art. 44.º do CIRC não é limitar
o montante das quotizações pagas a associações empresarias,
uma vez que se trata de Gastos indispensáveis para a realização
dos rendimentos.

▪ Mas, apenas, limitar o acréscimo de Gastos fiscais resultante da


majoração de 50% permitida pelo nº 1, quando os Gastos, por si
sós, ou acrescidos da majoração, ultrapassem o limite de 2%o do
volume de negócios

Nota: Aqui temos um limite à majoração. Nos donativos teremos um


limite ao montante.

129
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Obrigações declarativas - art.s 117.º a 122.º
Obrigações contabilísticas – art.s 123.º a 126.º

130
Obrigações acessórias
•Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação
•Declaração periódica de rendimentos
•Declaração anual de informação contabilística e fiscal
• Declaração financeira e fiscal por país
•Declaração de substituição
•Obrigações contabilísticas das empresas
•Regime simplificado de escrituração
•Representação de entidades não residentes
•Processo de documentação fiscal

131
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
(art. 117.º)
SP OU REPRESENTANTES SÃO OBRIGADOS A APRESENTAR

Declaração de inscrição, de alterações


ou de cessação • Modelo oficial

• Recusadas se incompletas,
incorretas ou não assinadas
Declaração periódica de rendimentos
• Se pouco claras, notificado o
SP para prestar esclarecimentos ( ≥
5 dias)
Declaração anual de informação
contabilística e fiscal
132
DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÕES E
CESSAÇÃO DE ATIVIDADE
(art. 118.º n.ºs 5 e 6)
DECLARAÇÃO DE ALTERAÇÕES DECLARAÇÃO DE CESSAÇÃO

PRAZO GERAL:
30 dias a contar da data de
15 dias após a data de alteração de
cessação de atividade
elementos da declaração de inscrição

Dispensa se alterações respeitarem a factos Dispensa a SP registados na


sujeitos a registo na CRC Conservatória do Registo
Comercial ou inscritos no
Dispensa a entidades inscritas no Ficheiro Ficheiro Central das Pessoas
Central de Pessoas Coletivas que não Coletivas
estejam sujeitas a registo comercial
133
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE
RENDIMENTOS
(art.s 117.º n.ºs 6 e 8)

TODOS OS SP DEVEM APRESENTAR A MODELO 22

ENTIDADES ISENTAS AO ABRIGO DO art. 9.º (ESTADO, REGIÕES


AUTÓNOMAS…) EXCETO QUANDO SUJEITAS A TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA OU QUANDO
OBTENHAM RENDIMENTOS DE CAPITAIS QUE NÃO TENHAM SIDO OBJETO DE RETENÇÃO
NA FONTE COM CARÁTER DEFINITIVO

ENTIDADES NÃO RESIDENTES QUE APENAS AUFIRAM, EM TERRITÓRIO


PORTUGUÊS, RENDIMENTOS ISENTOS EXCETO QUANDO SUJEITAS A TRIBUTAÇÃO
AUTÓNOMA

134
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art. 120.º nºs 1 a 3)

SP RESIDENTES E NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO MÊS DE MAIO


(útil ou não útil)

PRAZO ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO 5.º MÊS POSTERIOR


à data do termo do período de tributação
PARA
ENTREGA
ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO TERCEIRO MÊS SEGUINTE AO DA
DATA DA CESSAÇÃO

135
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art. 120.º nºs 4 e 5)
SP NÃO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

Rendimentos prediais Até ao último


dia do mês de
PRAZO PARA Ganhos na venda de partes de Maio ou no
capital de entidades residentes prazo de 30
ENTREGA
Rendimentos de operações de dias após
instrumentos financeiros derivados cessação

Até ao 30.º dia


Mais-valias na venda de imóveis
Relativamente a posterior à
rendimentos sem data da
retenção na fonte a Incrementos patrimoniais de transmissão/
título definitivo aquisições a título gratuito aquisição
136
DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS
(art. 120.º)
FORMA
FORMA Transmissão eletrónica
DE
DE de
Transmissão eletrónica de dados
ENTREGA
ENTREGA dados

Anexo
Anexo AA – Derrama
Derrama

Anexo
AnexoBB–– Regime Simplificado(antigo
Regime Simplificado (antigo
regime
regimesimplificado
simplificado em vigor
vigoraté
até2010)
2010)

ANEXOS
ANEXOS ÀÀ
Anexo
AnexoCC –– Regiões Autónomas
Regiões Autónomas
DRMODELO
MODELO2222
AnexoDD––Benefícios
Anexo Benefícios Fiscais
Fiscais

Anexo E – Regime Simplificado


137
DECLARAÇÃO ANUAL DE
INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA E
FISCAL (art. 121.º)
INFORMAÇÃO EMPRESARIAL DL 8/2007, de 17/01
SIMPLIFICADA (IES) Transmissão eletrónica de dados

SP em geral Até ao dia 15 de Julho (útil ou não útil)

SP com período de Até ao 15.º dia do 7.º mês posterior à


tributação diferente data do termo do período de
Prazo
do ano civil tributação
para
Até ao 30.º dia seguinte ao da data da
envio
No caso de cessação
cessação de (Dec. do período de trib. da cessação e
atividade do anterior se ainda não tiver
decorrido o prazo normal)

138
DECLARAÇÃO ANUAL DE
INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA E
FISCAL (art. 121.º)
Anexo A – Elementos contabilísticos e fiscais (residentes que exercem a título
principal… e não residentes com estabelecimento estável)
Anexo B – Elementos contabilísticos e fiscais (setor financeiro)
Anexo C – Elementos contabilísticos e fiscais (setor segurador)
Anexo D – Elementos contabilísticos e fiscais (residentes que não exercem a
ANEXOS título principal…)
Anexo E – Elementos contabilísticos e fiscais (não residentes sem
À estabelecimento estável)
IES Anexo F – Benefícios fiscais
(IRC) Anexo G – Sociedades sujeitas ao regime de transparência fiscal
Anexo H – Operações com não residentes
Anexo O – Mapa recapitulativo clientes
Anexo P – Mapa recapitulativo fornecedores
Anexo R/S/T – Informação Estatística
139
OBRIGAÇÕES CONTABILISTICAS
(art. 123.º)
SOCIEDADES COMERCIAIS, CIVIS SOB FORMA COMERCIAL, COOPERATIVAS,
EMPRESAS PÚBLICAS E OUTROS SP RESIDENTES QUE EXERÇAM A TÍTULO
PRINCIPAL UMA ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA

S. P. NÃO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

Contabilidade organizada • Atraso de escrituração ≤ 90 dias


nos termos da lei

CAPACIDADE DE EXPORTAÇÃO DE FICHEIROS SAFT-PT

140
PROCESSO DE DOCUMENTAÇÃO
FISCAL (art. 130.º)

Todos os SP (exceto os isentos nos termos do art. 9.º) são obrigados


a possuir, para cada ano, um «dossier fiscal» que tem de estar
organizado até ao termo do prazo para a apresentação da
declaração anual (com os elementos referidos na Portaria n.º 92-
A/2011, de 28/02) e tem de ser conservado durante 10 anos.

141
Ana Arromba Dinis

adinis@ipca.pt

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