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A árvore da Cabala

1ª Edição

© 2019 por Ricardo Max

Max, Ricardo 2019


A árvore da Cabala / Ricardo Max,
-- Paraná, 2019. 100 f.I. Título.
1. Árvore. 2. Esoterismo. 3. (Cabala).
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que
era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

(Apocalipse
1:8)

Sumário

Introdução 9

O que é Cabala. 12

A chave da Torá. 20

A árvore da Cabala 22

A ciência do bem e do mal, Daath 25

O simbolismo da árvore e seus frutos. 28

O nascimento da Venus 35

A origem dos cabalistas judeus. 40

O Talmud Judaico 46

Mistificação da Torah 53

Os chacras e a magia da serpente.61

O Messias é a verdadeira Cabala 72

Conectados a árvore da vida.83

Considerações Finais 95
Introdução

Quando iniciei minhas pesquisas sobre cabala, foi bastante


enriquecedor, pois comecei a perceber muitos dados interessantes que se
relacionavam entre a revelação dada por Jesus e esta ciência esotérica, e isso
para mim foi algo maravilhoso. Ter a tamanha clareza sobre um assunto tão
complexo e mistificado e ainda poder aplicar isso a minha vida espiritual, só
fez crescer a minha fé, além de aumentar o meu conhecimento sobre a pessoa
do Messias.
O ápice para que eu começasse a escrever este livro não surgiu da noite
para o dia, eu já estava há semanas envolvido com este assunto que começou
a me impactar por dentro, então eu estava a fazer muitas perguntas a mim
mesmo logo que iniciei minhas pesquisas sobre a Cabala, principalmente
depois da leitura do Zohar e de outros textos judaicos sobre assunto.

Mas que fique claro, que este livro não tem o objetivo de incentivar
ninguém as práticas cabalísticas, pelo menos não como esta doutrina é
ensinada no meio ocultista, vou apresentar alguns pontos acerca desta
doutrina que acredito que trarão um melhor entendimento para o leitor, para
que cada um possa por si mesmo avaliar esta questão.
Bom, o ímpeto para escrever sobre este assunto, surgiu em uma certa
manhã, eu acordei e ouvi o Espírito Santo falar comigo acerca deste assunto,
os nossos pensamentos nem sempre são nossos, mas certos pensamentos são
diálogos de Deus conosco, é preciso sensibilidade para compreender isso. E
eu fui tomado então por estes diálogos, entre eu e Deus, com explicações
profundas sobre este assunto relacionado à Cabala, que foi o que me
incentivou começar a escrever.
Quando isso acontece comigo é algo muito bom, pois eu sei exatamente
qual caminho seguir para começar a escrever e sei exatamente o que devo
falar, então fico feliz de ter recebido de Deus este presente.

Neste livro vou apresentar o que descobri nas minhas pesquisas sobre a
Cabala, e sobre o que o Espírito Santo revelou, sobre a árvore da ciência do
bem e do mal e sobre a árvore da vida. O interesse por Cabala tem crescido
até no meio cristão, mas nem todos tem uma definição correta do que se trata
este assunto, apenas resumem achando ser uma ciência ligada a numerologia,
mas é uma ciência muito séria envolvendo práticas de ocultismo e até de
magia.
O que é Cabala.

Cabala ou kabbalah, tem seu significado no hebraico, significa receber,


tradição, é uma ciência que faz parte do misticismo judaico e também é uma
escola de pensamento ligada ao esoterismo e ocultismo. A árvore da cabala é
ilustrada tendo uma serpente enroscada em seu tronco, fazendo alusão a uma
árvore do jardim do Éden. Ela é o dragão da alquimia ou a serpente
Oroboros, aparece no Caduceu de Hermes, mestre das ciências ocultas como
duas Serpentes enroladas em um mastro exatamente como no símbolo de
Baphometh.
Muitos perguntam: As práticas cabalistas são doutrinas do bem ou do
mal, é uma ciência de Deus ou do Diabo? Bom, a resposta para esta pergunta
só pode ser respondida ao nos aprofundarmos no assunto sobre a Cabala e se
formos honestos em confessar até que ponto esta ciência esotérica é
compatível ou não com a revelação que o Messias veio nos trazer do pai.
Aparentemente a Cabala parece ser uma filosofia do bem, com princípios
altruístas de devoção a Deus, a Cabala diz ensinar a receber a energia da vida,
através de uma vida em harmonia com as leis e princípios divinos.
Vejamos como os cabalistas definem sua doutrina:
Para os cabalistas, o nosso destino está em nossas mãos, a vida é regida
por leis de causa e efeito de ação e reação, ou seja, nós colhemos aquilo que
plantamos, e se aplicarmos os princípios da Cabala teremos uma vida melhor
com menos caos. Os cabalistas consideram a Cabala uma ciência, uma
sabedoria e que a realidade consiste com base em duas forças ou qualidades,
o desejo de receber o desejo de doar.
As definições do que é Cabala podem variar de acordo com as tradições e
objetivos daqueles que lhe seguem, ou seja, a partir de sua origem religiosa.
É com base nisso, na possibilidade dela ser usada para o mal, que surgem as
argumentações contrárias as práticas desta ciência, já que ela está ligada ao
conceito do dualismo.
Dualismo é uma concepção filosófica, religiosa ou teológica do mundo,
que tem como base a existência de dois princípios universais ou duas
realidades opostas, que coexistem em equilíbrio no universo. Os conceitos
sobre dualismo podem variar bastante, mas dentro da teosofia e misticismo
está ligada a evolução e equilíbrio das forças cósmicas dentro do homem, que
tanto poder ter uma inclinação para o bem luz, ou para o mal trevas, presente
no conhecido símbolo yin e yang.

No caso da Cabala era não fugiria esta regra, e os dualistas defendem que
uma ciência pode naturalmente ser usada para fazer o bem ou o mal, por este
mesmo fato alguns cabalistas defendem que o conhecimento da Cabala deve
ser restrito de algumas pessoas, para que não caía em mãos erradas.
O lado negro da Cabala é revelado através da maldição cabalista chamada
Pulsa deNura, que se traduz por "Os Chicotes de Fogo".
Segundo fontes do próprio judaísmo, é uma cerimônia cabalística na qual
os praticantes invocam anjos destruidores da Cabala contra um alvo
específico, que consideram blasfemo ou herege, lançando muitas maldições
mencionadas na Bíblia e que resulte na morte do indivíduo. No entanto,
judeus mais conservadores advertem que a Torá proíbe rezar, ou lançar
pragas para que algo ruim aconteça com outra pessoa, pelo contrário, pede
para que ore pela conversão da pessoa para que ela se torne uma pessoa justa.
Ainda que as fontes para este ritual se encontrem em livros mais
populares sobre Cabala, ele estaria mais evidente nos manuais mágicos
hebraicos da antiguidade, como o Sefer HaRazim; Livro dos Segredos e A
espada de Moisés. A origem deste ritual estaria também no Talmude
Babilônico, em uma página onde cita um relato do encontro de Eliseu com o
anjo Metatron, este anjo teria recebido uma sentença de sessenta pulsas
deNura:
"Eles tiraram Metatron e o amarraram com sessenta pulsos de fogo".
A pulsa deNura também é mencionada no brevemente no Zohar, é
descrito como sendo uma punição celestial contra uma pessoa que não
cumpre suas obrigações religiosas. A frase aparece em um pequeno número
de outros textos do Talmude e do Zohar, mas não no contexto de uma
maldição mística como é usado atualmente. Com base nisso é que adeptos da
Kabbalah desenvolveram o ritual de invocar uma maldição contra um
pecador, que eles chamaram de pulsa deNura.
Acusações do uso dessa maldição por parte de judeus religiosos contra
figuras judaicas foram relatadas com frequência nos últimos 50 anos e citadas
na mídia israelense me geral. Antes do assassinato do primeiro-ministro
israelense Yitzhak Rabin, houve denúncias de que a maldição teria sido
recitada contra ele. A árvore da Cabala, na verdade, possui suas extensões
que sobem e também descem para os mundos inferiores, é possível perceber
que o lado negro da Cabala é evidenciado através das ilustrações e
explicações sobre suas raízes, reino abaixo de Malkhut.
Esta ilustração mostra a dualidade da Cabala e seu poder para ser usado
através das forças de cima ou de baixo, este conceito está manifesto em uma
das leis do hermetismo que diz:
“O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é
como o que está fora”

Este conceito hermético aparece também na ilustração de Bafometh, que


aponta para cima e para baixo. O interesse da Cabala no século vinte gerou
muitas controvérsias, principalmente no mundo judaico, já que passou a ser
de interesse de ricos e famosos, principalmente influenciados por Madonna,
que desde 2004 revelou seu interesse sobre o assunto na mídia.
Na época, quando chegou ao conhecimento do mundo judeu, que
Madonna teria citado na mídia que procuraria mestres nesta ciência em uma
de suas viagens a Israel, para aprender mais sobre Cabala, imediatamente
houve uma resposta na mídia por parte de representantes desta comunidade.
O mais conhecido judeu cabalista, Isaac Kaduri, teria declarado na imprensa
israelense, que Madonna não tinha permissão para estudar Cabala com ele,
pois além do seu estilo de vida, esta ciência era permitida apenas para
homens judeus.
Bom, isso foi no passado, todas polêmicas serviram de marketing para
gerar mais interesse na Cabala no mundo, hoje em dia existem toneladas de
artigos e livros publicados sobre o assunto.

Hoje em dia, se fala abertamente sobre Cabala no meio artístico, ela é


discutida por famosos, por pessoas comuns nas redes sociais, em vídeos na
internet, inda que o conceito sobre o que de fato é Cabala seja bastante
mistificado. O Zohar, chamado livro do esplendor é um livro dito como
fundamental para o pensamento cabalístico e sua compreensão, a Cabala é
considerada pelos místicos judeus como uma parte necessária do estudo da
Torá, que são os cinco primeiros livros do antigo testamento, para eles a Torá
só pode ser compreendida através da Cabala.
Teólogos cabalistas defendem que a Cabala começou com o patriarca
Abraão e que parte desta filosofia são encontradas no Sefer Itiziráh, chamado
livro da criação.
A chave da Torá.

A Cabala é considerada para os místicos do judaísmo, uma chave para


a Torá, uma ciência que desvenda os segredos da existência e presença de
Deus. Segundo a chave da Cabala, as letras, palavras e números hebraicos são
um tipo de conexão com o criador, isso porque o idioma hebraico e o modo
que foi escrito é resultado direto da comunicação com os mundos superiores.
Então, através da combinação das letras e das pinceladas de tinta estão
atados o conhecimento espiritual que foi passado através delas, da mesma
forma letras palavras e números estariam intrinsecamente unidos na Cabala.
A Guemátria também conhecida como numerologia judaica é um método
hermenêutico de análise das palavras bíblicas, é considerada uma ciência de
origem Ciro babilônica, que atribui valores numéricos definidos as letras, por
isso, para cada letra do alfabeto hebraico são atribuídos valores numéricos.
Por este motivo, na língua hebraica, cada letra corresponde a um número
e como resultado qualquer palavra ou mesmo nome pode se tornar uma série
de números. Desta forma cabalistas explicam que as letras hebraicas são um
tipo de códigos que precisamos saber desvendar e que nos revelam as
sensações que o escritor recebeu do criador.
Com a correta instrução para se ler a Torá, os cabalistas garantem que
podem ver o seu passado, presente e futuro, através da contemplação destes
símbolos e de cada uma das suas combinações, mas para isso não basta
simplesmente ler o texto é preciso enxergar os códigos que a Cabala
apresenta, e a chave para se ler a Torá de acordo com os judeus cabalistas é o
Zohar, livro que explica os códigos da Torá e revela o que está oculto por trás
do texto de Moisés e do código das letras hebraicas.
A árvore da Cabala

A literatura em geral que aborda as particularidades sobre a ciência da


Cabala explica que a árvore da vida é um sistema cabalístico hierárquico em
forma de árvore, dividido em 10 Sefiroths, partes ou frutos, que tanto podem
ser interpretadas como estágios do todo, o universo quanto ser lidas como
estados de consciência.
Para cabalistas a árvore da cabala representa a árvore da vida, começa em
kether, considerada a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas e
desce ao longo da árvore tornando-se cada vez mais densa, até a décima
Sefiroth, Malkuth, a matéria densa, que representa o estado o último das
coisas.
Veja na ilustração que a Sefiroth 11, que geralmente fica oculta é Daath,
simboliza na árvore da Cabala o conhecimento e é associado à Serpente.
Subindo na árvore partindo de Malkulth é o caminho, que segundo a
Cabala, o homem eleva seu estado de consciência aproximando se cada vez
mais de kether, desta forma a árvore da vida pode ser usada tanto para
explicar a criação do universo quanto para hierarquizar o processo de
evolução do homem. Outra explicação importante é que a Sefiroth 11 aparece
como oculta na árvore, e ela é um elo que está ligado a todas as demais
Sefiroths.

A árvore pode ser posicionada dentro dos conhecidos pilares da


maçonaria, o pilar esquerdo é o princípio feminino, polo negativo, lua. E o
pilar direito é o princípio masculino, positivo, sol. O pilar central da árvore se
conecta tem ligação entre os dois princípios.
A ciência do bem e do mal, Daath

Bom, sabemos que este conhecimento foi o que a Serpente ofereceu


para Adão e Eva no jardim do Éden, veja.
“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o
Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus
disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’? "
Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do
jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do
jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’ ".
Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão! Deus sabe que, no
dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus,
conhecedores do bem e do mal".

“Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era


atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento,
tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.”
(Gênesis 3:1-6)
Isso quer dizer, que a chave do conhecimento da Cabala é um tipo de
ciência que já havia sido prometido a Adão e Eva e que ele estava
relacionado não a árvore da vida, mas a árvore do conhecimento do bem e do
mal. Neste caso, trata-se de um engano de Satanás; a antiga serpente, a árvore
da Cabala não é a árvore da vida, e sim a árvore do conhecimento do bem e
do mal e que levou o homem a queda. Além do mais, esta Sefiroth está
relacionada na numerologia ao número 11, que é o famoso número dos
illuminati.
Na Explicação da Cabala, há um malabarismo teológico para provar que a
árvore da Cabala é a árvore da vida, mas ao ler o texto de Gênesis
percebemos que haviam duas árvores no meio do jardim, a árvore da vida e a
árvore do conhecimento do bem e do mal.

A prova disto é quando Adão e Eva comem do fruto Deus oculta a árvore
da Vida, para que o homem não viva eternamente depois de entrar em um
estado decaído.
“Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós,
sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também
da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra
de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao
oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para
guardar o caminho da árvore da vida.”
(Gênesis 3:22-24)
Então, o que a ciência da Cabala oferece é a mesma sedução feita a Adão
e Eva no Éden pela antiga serpente, comer do fruto do conhecimento com a
promessa de vida eterna e poderes mágicos ou místicos para se tornar um
deus imortal.
O simbolismo da árvore e seus frutos.

O simbolismo da árvore está presente não apenas na filosofia em geral,


mas também faz parte do relato da criação, são metáforas que explicam a
queda do homem e seu relacionamento com Deus. No livro de Genesis são
mencionadas as duas árvores que foram colocadas no meio do jardim de
Deus, sem mencionar que se tratavam de árvores literais ou que tipo de frutos
eram.
“Então plantou Deus Jeová um jardim, da banda do Oriente, no Éden; e
ali pôs o homem que tinha formado. Fez Deus Jeová brotar do solo toda a
sorte de árvores gratas à vista, e boas para comida; também a árvore da vida
no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
(Gênesis 2:8,9)
Claro que a árvore e seus frutos são metáforas sobre aspectos da criação e
sobre leis que haviam que não deveriam ser quebradas. Em muitas culturas a
serpente é associada a sabedoria e conhecimento e na ciência da Cabala ela se
faz presente através da Sefiroth Daath.
Apesar da advertência de Deus para que o homem não comece da árvore
que dá o conhecimento do bem e do mal, a serpente, que é uma metáfora para
um anjo que estava presente no dia da criação, seduziu Eva para que comece
do fruto com a promessa de algum poder místico. Mas alguns poderiam
alegar que é contraditório Deus proibir o homem ter acesso ao conhecimento,
já que é um chamado presente em toda a escritura.
“Por falta de conhecimento foi destruído o meu povo. Porque tu rejeitaste
o conhecimento, também eu te rejeitarei a ti, para que não me sirvas de
sacerdote; visto que tu te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me
esquecerei de teus filhos.” (Oséias 4:6)
Ou argumento para isso é que até Jesus repreendeu aqueles que
esconderam a chave do conhecimento, veja.
“Ai de vós, doutores da lei! Porque tirastes a chave da ciência: vós
mesmos não entrastes, e impedistes aos que entravam. ” (Lucas 11:52)
Mas precisamos fazer uma distinção sobre conhecimento e conhecimento,
a árvore do meio do jardim, da ciência do bem e do mal era uma árvore
dualista. Era uma árvore que dava frutos, do bem e frutos do mal, este era o
problema. Eu que participei no passado de um grupo gnóstico, entendo
perfeitamente como funciona este malabarismo teológico, e esta falsa lógica,
eles nos explicavam que o dualismo é algo comum na ciência de Deus, e para
isso, ilustravam, comparando o bem e o mal com uma faca, eles diziam; Com
uma faca podemos fazer tanto o bem quanto o mal, então o que importante é
a intenção de quem a usa.
Porém, Jesus deixou bem claro esta questão quando citou a árvore e seus
frutos.
“Reconhecei que a árvore é boa e o seu fruto bom, ou que a árvore é má e
o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a
boca fala o de que está cheio o coração. O homem bom tira boas coisas do
seu bom tesouro, e o homem mau tira más coisas do seu mau tesouro.”
(Mateus 12:33-35)
É exatamente isso que a Cabala oferece, uma ciência que tanto pode ser
usada para o bem ou para o mal, ainda que alguns digam que não é motivo
para demoniza-la, que usa ela para o mal quem quiser, devemos saber que o
coração do homem é perverso, e esta possibilidade não está descartada. As
metáforas sobre árvores foram bastante citadas por Jesus para que cada um
avaliasse sua natureza, isso da humanidade defender que possuem um lado
bom e um lado mal foi apresentado por Ele como uma razão para a urgência
de conversão.
“Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê
bom fruto. Pois cada árvore se conhece pelo seu fruto. Os homens não
colhem figos dos espinheiros, nem dos abrolhos vindimam uvas.
(Lucas 6:43,44)
O conhecimento e os dons revelados pelo Messias não é um
conhecimento dualista, que coloca o homem numa posição de tentação para
usá-lo para o bem ou para o mal. Os dons do Espírito Santo por exemplo, não
são dons que uma pessoa possa usar para fazer mal ao seu próximo, Jesus
alertava que devíamos pagar com o bem mesmo aqueles que nos perseguem e
maltratam.
Há uma diferenciação entre as obras da carne, relativa à natureza velha do
homem e sua nova natureza divina, os frutos do Espírito Santo são qualidades
e dons espirituais que serão usados apenas para o bem do próximo.
“Mas o fruto do Espírito é a caridade, o gozo, a paz, a longanimidade, a
benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, a temperança; contra tais
coisas não há lei.” (Gálatas 5:22,23)
O sistema dualista, esquerda e direita, bem e mal, remonta ao
zoroastrismo e pode ser entendido em sua totalidade através do gnosticismo;
que por sua vez influenciou a cosmologia da antiga Cabala antes de chegar à
era medieval.
A concepção dualista da árvore cabalística é encontrada entre os
gnósticos, as cascas do mal, as Ḳlippothou Klipá, conchas, cascas (as
incrustações de impureza), tão proeminentes na cabala medieval, são
encontrados nos antigos encantamentos babilônicos.
O significado da palavra Klipá em hebraico é associada a casca do fruto,
que não é comestível sendo descartado como resíduo. O simbolismo por trás
desta linguagem explica a sintese dualista da Cabala, uma casca tem dois
propósitos, esconder o bem e o outro protegê-lo. A casca é aparentemente
algo negativo, mas sem ela, a luz divina seria visível e a criação do mundo
não teria sido possível.
O termo Klipá cascas, passaram por muitas transformações e
desenvolvimentos em seu significado. Em alguns escritos cabalísticos as
cascas são apresentadas como sendo demônios ou forças demoníacas, mas
nas teologias mais modernas da Cabalá, o termo passou a representar
influências do mal e não entidades conscientes.
Para os cabalistas o mal foi criado somente como um instrumento de livre
arbítrio, para que o homem pudesse fazer sua opção consciênte para um dos
lados.
Ou seja, o mal foi criado para permitir a liberdade de escolha, sem este
dualismo, haveria somente uma alternativa disponível, seja o bem ou o mal.
Deus escolheu ocultar e retirar Sua luz para criar, por assim dizer, um tipo de
"vácuo" onde os seres criados sentiriam sua existência. A ocultação e
contração da luz Divina primordial é o ponto fundamental fundamental da
Cabalá Luriânica.
A ausência de luz, abre uma possibilidade para a existência da escuridão
ou do mal, dentro deste conceito, Deus se esconde, para que as pessoas
venham procurá-lo, O mal, oculta a verdadeira fonte da existência, Deus.
Se não houvesse uma concha ou casca cobrindo e ocultando a verdade,
seríamos obrigados a obedecer à vontade Divina sem o livre arbítrio. Por isso
o termo para "mal" na Cabalá, significa "concha" ou "casca". sem livre
arbítrio não existe o mal
A Cabalá chama o mal, sitra achra, de "o outro lado". Cabalistas explicam
que Deus permite que uma quantidade mínima de energia passe para o "outro
lado" para manter o dualismo.
O nascimento da Venus

Apesar da profunda explicação filosófica e dualista da Cabala sobre a


origem o do mal, percebemos que a leitura do primeiro livro da Torá,
Genesis, não nos levam a chegar a mesma conclusão, nem mesmo aquilo que
o Messias nos apresentou parece nos guiar a mesma ideia disseminada para a
Cabala.
Apesar da citação da criação do mundo e origem do mal ser um tipo de
metafora, que se usa de simbologias como árvore, fruto, serpente, a origem
do mal não se apresenta como uma criação de Deus para dar ao homem uma
opção. O mal surge da transgressão de um ser (anjo) que corrompe o homem
para provocar a queda dele e o afastar de Deus. A antiga serpente é
apresentada como um ser astuto e inteligente que oferece ao homem a
possibilidade de ser igual a Deus, se ele tomar do fruto do conhecimento do
bem e do mal, quebrando uma lei estabelecida por Ele.

Este anjo estava no Edén, ele é apresentado de forma codificada pelo


textos de alguns profetas, como Ezequiel e Isaias.
“Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua
cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira,
carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus
pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim,
ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio
das pedras afogueadas andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que
se achou iniqüidade em ti.

(Ezequiel 28:13-15)

Alguns defendem quem estes textos não falam de Satanás, são ele
descreve com exatidão a postura , perfil e os atos deste anjo caído. O profeta
Isaias também fez menção a Ele, chamando de estrela da manhã, em algumas
traduções Lúcifer.

“Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado
por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei
ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da
congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E
contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.”

(Isaías 14:12-15)

A estrela da manhã é o nome dado ao planeta vênus, devido a sua posição


mais próxima do sol, é um planeta que recebe grande parte dos raios solares,
permitindo um grande espetáculo de brilho no céu.
A associação a este planeta a satanás não é mera coincidência, é uma
metáfora para a beleza deste anjo caído que era estimado por Deus. Ele é
chamado Portador da luz porque por estar mais intimo e próximo de Deus
refletia o brilho Dele. Por isso nos esoterismo o planeta Venus é uma
mistificação para Lúcifer.

Os planetas também eram chamados de estrelas, por isso o texto de Isaias


cita alegoricamente a queda de Lúcifer, comparando sua beleza e brilho a
estrela da Manhã e filho da Alva.
“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste
cortado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14:12)
A palavra latina Lúcifer, possui esta relacionada ao termo hebraico
“Halal” e o termo grego “Phosphoros” ambos Significam “portador da
luz”referente ao planeta Vênus, pois quando surge no horizonte antes do
nascer do Sol é um espetáculo de beleza e brilho.
A estrela da alva é o nome dado ao planeta Vênus, conhecido como deusa
da Beleza, pintado pelo artista Michelangelo nascendo de sobre uma concha,
algo que nos arremete ao conceito falado aqui de Klipá, conchas, cascas, as
incrustações do mal.
Isso não quer dizer que Satanás é uma alegoria, mas que autores biblicos
se usaram de alegorias para falar da sua queda. Lucifer era um ser belíssimo
antes da sua queda, que portava um brilho que figurativamente falando era
como o da estrela Dalva ao nascer do sol.

Isso foi mistificado em muitas seitas esotéricas, gnóstica e cabalisticas,


para negar que a origem do mal tenha razão com base na queda de um anjo
rebelde e sim no dualismo criado por Deus, para que houvesse um equilibrio
cosmico. Mas este conceito entra em conflito com o que o Messias declarou,
ele jamais negou a existência de Satanás, pelo contrário, reforçou a guerra
espiritual de Deus contra os anjos rebeldes.
“E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até
os demônios se nos sujeitam.
E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou
poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos
fará dano algum.” (Lucas 10:17-19)
A queda de satanás, adversário de Deus e os anjos que o seguiram não é
uma invenção do Cristianismo, mas tem base no Livro de Genesis e nos
relatos de Jesus.
"Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo
dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não
há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e
pai da mentira.” (João 8:44)
A origem dos cabalistas judeus.

Mas porque o judaísmo seguiu esta linha mística apostata? Vamos


encontrar as referências disso nas próprias seitas que já se faziam presentes
no judaísmo da época de Jesus, os Fariseus e Saduceus.
Hoje em dia os rabinos chassídicos, também chamados de Chabad
Lubavitch, uma ramificação do judaísmo, são seguidores da antiga tradição
oral mística judaica, conhecida pelo nome de Cabala. A Cabala é a pedra
fundamental do pensamento e da prática ocultista da atualidade. Independente
se o adepto é seguidor da magia branca ou da magia negra, Cabala é
ocultismo. A Cabala começou entre os sacerdotes judeus que foram
corrompidos pelos mistérios da babilônia durante os setenta anos do seu
cativeiro, que foi decretado por Deus como punição pelos repetidos pecados
de Israel.

Ele só terminou quando o rei persa Ciro emitiu o decreto permitindo a


reconstrução de Jerusalém e do templo. Durante esse tempo de exílio, os
sacerdotes judeus se interessaram pelos mistérios da babilônia e passaram a
misturar as crenças do judaísmo a este novo sistema cabalístico. Desta forma
a tradição oral reinterpretou o Pentateuco judaico usando o misticismo da
Cabala.
Esses sacerdotes apóstatas passaram lentamente a tomar o controle de
todo o sacerdócio judaico, e começaram a publicar éditos que se tornaram
conhecidos como as tradições judaicas, que Jesus combateu continuamente
denunciando o sistema religioso.
Respondeu ele: Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, como está
escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de
mim; Adoram-me, porém, em vão, Ensinando doutrinas que são preceitos de
homens. Vós, deixando o mandamento de Deus, observais a tradição dos
homens. Continuou: Sabeis muito bem rejeitar o mandamento de Deus, para
manter a vossa tradição. (Marcos 7:6-9)
Alguns argumentam, por que será que Jesus foi tão e severo com os
Fariseus e Saduceus, se foi manso e misericordioso com os pecadores? A
resposta é tão chocante quanto reveladora: os fariseus e Saduceus não eram
sacerdotes judeus tradicionais, eram sacerdotes místicos que praticavam
ocultismo através da Torá. No livro de apocalipse eles são citados como
fazendo parte da Sinagoga de Satanás, praticantes de magia ou possuidores
de alguma doutrina ocultista.
“Sei a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a calúnia daqueles
que se dizem ser judeus, e não o são, mas são sinagoga de Satanás.”
(Apocalipse 2:9)
Os ensinos secretos, que fundamentalmente ligados as práticas ocultistas
já eram combatidas por Jesus e depois pelo apóstolo Paulo. O Messias
reprovou os ensinos iniciáticos, secretos, quando ele mencionou sobre a luz
que os mestres da antiguidade ocultavam debaixo da mesa.
“E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe
debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a
luz.

Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida
que não haja de saber-se e vir à luz. Vede, pois, como ouvis; porque a
qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece
ter lhe será tirado.” (Lucas 8:16-18)
Jesus falava através de metáforas, ou parábolas, pois é a linguagem
sublime das pessoas que são espirituais, mas ele ministrava nada em secreto,
ele falava abertamente em cima dos montes e nas ruas, seus ensinos não eram
secretos, as pessoas não entendiam porque estavam tomadas pela cegueira
espiritual. O Messias foi questionado porque ele falava daquela forma entre
os judeus, e a explicação de Jesus deixa muito claro esta questão.
“E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por
parábolas?
Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios
do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem, se dará,
e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será
tirado.
Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e,
ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de
Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e vendo, vereis,
mas não percebereis.
Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado
com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos,
e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e
eu os cure.” (Mateus 13:10-15)
A quem lhe for dado será dado ainda mais, e aquele que não tem, até o
que não tem será tirado, se refere ao conhecimento. Quem tem conhecimento
terá mais conhecimento, mas quem não tem, não crescerá em conhecimento,
mas perderá até aquilo que tem. A nação de Israel deveria reconhecer o seu
Messias, mas foram tomados por um profundo sono, rejeitaram o Messias e
até hoje perecem, se voltando para as práticas ocultistas e místicas como a
Cabala e outras.
Agora desejam reconstruir o terceiro templo para voltar oferecer sangue
de animais, sendo que o sacrifício perfeito já foi consumado. Exaltam a
tradição e faz da Torá uma idolatria cega a lei e rejeitam o salvador. Paulo
falou sobre o engano de se voltar as seitas iniciáticas e as obras infrutíferas
das trevas, veja que novamente a simbologia da árvore e seus frutos é citada
novamente.
“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes as
condenai. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas
estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo
manifesta.
Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e
Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como
néscios, mas como sábios.” (Efésios 5:11-15)
O Talmud Judaico

É importante entender um pouco sobre a cultura judaica, para


compreender porque os judeus entraram por um caminho que os levaram para
longe do Messias, se voltando ao misticismo e as práticas cabalistas. O livro
base do judaísmo é a Torá, ou pentateuco, os primeiros cinco livros da bíblia
hebraica, porém, como complemento do estudo da Torá, a tradição somou
outros escritos para interpretá-la. Livros como, Zohar, Sefer Ytizira, e a
coletânea de escritos chamado Talmud.
O Talmud (em hebraico, significa estudo) é uma coletânea de livros, e
não apenas um livro, é uma biblioteca completa, um registro das discussões
rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. O
Talmud tem ainda dois componentes: AMishná, ou Mixná que significa
"repetição", (revisão, estudo) uma redação na forma escrita, da tradição oral
judaica, chamada a Torá Oral.
As tradições orais que são assunto da Mishná, datam desde o tempo do
judaísmo farisaico. A Mishná não são conjuntos de novas leis, mas é um tipo
de organização dos preceitos de ensinamentos orais da Torah. O Talmud
apresenta uma grande variedade de conceitos e ensinos relativos aos
pensadores rabínicos do mundo judeu, há ainda outra divisão do Talmud, que
é o Guemará, uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos.
O Mishná foi redigido pelos mestres Tanaítas (Tannaim), termo que
também tem origem na palavra hebraica que significa "ensinar" ou "transmitir
uma tradição". Os Tanaítas viveram entre o século I e o século III d.C. Os
escritos Tanaíticos, é do período do Tanaítas, termo usado para se referir aos
rabinos deste período, cujas interpretações estão registradas na Mishná. Na
antiguidade, o estudo acadêmico do judaísmo era oral, por isso chamada
tradição oral. Os rabinos expunham e debatiam a lei (isto é, a Torá) e
discutiam o Tanakh sem o benefício das obras escritas.

A situação mudou drasticamente depois da destruição da comunidade


judaica no ano de 70 d.C., que por consequência causou distúrbios nas
normas legais e sociais judaicas. Diante destas mudanças os rabinos foram
forçados a fazer mudanças no judaísmo, principalmente sem um Templo, que
servia como base e centro de estudos e ensinos da sua religião. Diante de uma
nação sem Estado e uma Judéia sem autonomia, surgiram uma enxurrada de
discursos legais, e o antigo sistema de estudos oral não pôde ser mantido.
Foi durante este período que o discurso rabínico passou a ser registrado
através da escrita, a primeira lei oral registrada pode ter sido na forma do
Midrash, posteriormente atribuído à exposição (exegese) das Escrituras,
tentando penetrar e revelar às interpretações da Torá, que não são óbvias na
leitura do texto. A Mixena judaica, uma coleção de ensinos e de tradições
rabínicos, presente no Talmude, portanto o pensamento na religião judaica é
bastante complexo, pois não contam apenas com a bíblia hebraica, mas
seguem as orientações de mestres rabínicos ao longo dos séculos; que deram
outra direção e interpretação aos escritos da Torá.
A Guemará significa; "estudar" ou "aprender por tradição") é a parte do
Talmude que contém os comentários e análises rabínicas da Mishná. O seu
trabalho foi estudado exaustivamente geração após geração por rabinos na
Babilônia e na Terra de Israel. As suas discussões foram escritas numa série
de livros que se tornaram a Guemará, a qual quando combinada com a
Mishná constituiu o Talmude.
No talmude é possível encontrar muitas heresias declaradas sobre Jesus e
o cristianismo, obviamente que o Talmud, por se tratar uma biblioteca
completa registrando o pensamento judeu em sua diversidade, iremos
encontrar elementos dos mais diversos possíveis, até ensinos heréticos que os
judeus absorveram durante seus cativeiros egípcio e babilônico.
Eu complemento este capítulo com a mensagem que o Messias disse para
israel.
“Eis que a vossa casa ficará abandonada! Pois eu vos declaro que, a partir
de agora, de modo algum me vereis, até que venhais a dizer: ‘Bendito é o que
vem em o Nome do Senhor!” (Mateus 23,18)
Mas apesar de toda apostasia da casa de Israel, a palavra revela que Deus
selecionou sete mil que não se dobraram a Baal. Parece que existe um
elemento profundamente profético nesta citação bíblica, já que as duas
maiores obras do judaísmo místico ligados a Cabala é de autoria de Baal
HaSulam, (0 mestre da escada).
Baal é reverenciado e citado como sendo uma alma superior que desceu a
nossa dimensão para compartilhar um segredo poderoso para mudar a
humanidade. Parece grande parte do mundo judaico de fato tem se curvado a
Baal e rejeitado os ensinos simples do seu verdadeiro Rabi, mestre e Messias.
Rabbi Yehuda Leib Há Levi Ashlag (1884-1954) é conhecido pelo nome
de Baal HaSulam, Baal (senhor) e Sulam (escada) Senhor ou mestre da
escada, devido os seus comentários sobre o Livro Zohar.
Ele dedicou sua vida às interpretações da chamada sabedoria da Cabala,
disseminando-a por toda Israel e também pelo mundo, desenvolveu um
método, pelo qual, segundo ele, qualquer pessoa pode se aprofundar no
conhecimento da Cabala e conhecer suas raízes e o propósito de sua
existência.
Baal HaSulam nasceu em Varsóvia, na Polônia, em setembro de 1884.
Com a idade de 19 anos foi ordenado rabino de Varsóvia e serviu durante 16
anos como um Dayan (Juiz Ortodoxo Judeu) e como professor em Varsóvia.
Baal HaSulam foi o Rabbi Yehoshua de Porsov. Em 1921, emigrou para
Israel e se estabeleceu na Velha Cidade de Jerusalém, logo ficou conhecido
como uma autoridade em Cabala. Posteriormente, Baal HaSulam se mudou
para GivatShaul, um novo bairro de Jerusalém, aonde, por muitos anos,
serviu como o rabino da comunidade.
Depois passou os anos de 1926-1928 em Londres, durante este tempo em
Londres escreveu seus comentários sobre a Árvore da Vida, a qual publicou
em 1927. Em 1933 Baal HaSulam publicou os tratados Matam Torah (A
Doação da Torá), HaArvut (A Ligação) e HaShalom (A Paz).
As duas maiores obras de Baal HaSulam, resultado de anos de trabalho,
são o Talmud Esser Sefirot (O Estudo dos Dez Sefirot), um comentário sobre
os escritos do Ari, e Persuh HaSulam (O comentário Sulam) sobre o Livro do
Zohar.
Mais tarde Baal HaSulam imprimiu mais 3 volumes adicionais contendo
comentários sobre O Novo Zohar, cuja publicação foi completada em 1955,
depois de sua morte.
Em referência a escada, na sua Introdução ao Livro do Zohar, Baal
HaSulam escreveu: "E eu nomeei esse comentário O Sulam (escada), para
mostrar que o seu propósito é, assim como o de qualquer escada, caso você
tenha um alçapão cheio de bens, tudo o que você precisa para alcançá-lo é
apenas uma escada e então toda a riqueza do mundo estará em suas mãos."
Mistificação da Torah

A Torá, nada mais são que as leis, estão em sua totalidade nos
primeiros cinco livros do antigo testamento, a lei são regras de moral e
conduta que os judeus deviam seguir. Dentro do próprio sistema cabalista o
número cinco poderia ser representado pelo pentagrama, símbolo do Diabo,
eu já falei sobre isso em outro livro.

Servir a lei nada mais é que ser escravo, pois ninguém consegue cumpri a
lei, estar debaixo da lei é estar sobre uma maldição.
Jesus debatia com os judeus sobre ser livre, e eles combatiam o Messias
dizendo serem filhos de Abraão, mas veja o que Jesus disse para eles.
“Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se
fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas agora procurais
matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem
ouvido; Abraão não fez isto.
Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos
nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se
Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de
Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a
minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de
vosso pai.

Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque


não há verdade nele.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso, e pai da mentira. ”
(João 8:39-44)

O pior de tudo é que a lei, Torá, se tornou uma prática de magia cabalista,
através de uma divinização da letra, o apóstolo Paulo combateu aqueles que
estavam querendo voltar para escravidão da lei, ao invés de crer no Messias
para a salvação.
Jesus se fez maldito na lei, para resgatar a todos que estão debaixo da
maldição, tentar cumprir a lei para se salvar é uma ilusão, pois ninguém
consegue cumprir os mandamentos.
“Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e
for morto, e o pendurares num madeiro.
O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás
no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não
contaminarás a tua terra, que o Senhor teu Deus te dá em herança. ”
(Deuteronômio 21:22,23)

Precisamos prestar atenção com cuidado no que está sendo declarado no


texto, estamos acostumados a ler traduções perdemos um pouco do
significado profundo da revelação, sempre que ler lei, traduza por Torá, que a
interpretação fica mais clara.

Veja o que diz no Livro aos Gálatas, sobre isso:


Todos aqueles, pois, que são das obras da Torá (lei) estão debaixo da
maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em
todas as coisas que estão escritas no livro da Torá (lei), para fazê-las. E é
evidente que pela Torá (lei) ninguém será justificado diante de Deus, porque
o justo viverá pela fé.
Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas
viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
(Gálatas 3:10-13)

O texto é muito claro quando diz que Cristo se fez maldito na Torá (lei),
pois a Torá afirmava, que era maldito quem fosse pendurado no madeiro.
Mas Cristo se fez maldito para nos resgatar da maldição e agora a
Salvação não depende mais das obras, mas da fé. Portanto, é compreensível
que os judeus tenham rejeitado o Messias, pois é demais para eles aceitar um
Senhor, que dentro das suas leis mais estimadas tenha se tornado um maldito.
Se não bastasse isso, a Torá hoje, se tornou um tipo de idolatria e sua
leitura se tornou mistificada, já que judeus cabalistas afirmam que a Torá só
pode ser compreendida através da Cabala e do Talmud. Mas nem sempre foi
assim a Cabala foi disseminada no meio judaico gradativamente através de
rabinos modernos.
Baal HaSulam começou a disseminar a chamada sabedoria da Cabala no
ano de 1920, depois da sua chegada à terra de Israel, Ele acreditava que sua
doutrina salvaria a Europa do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. Mas
bem antes disso, vários outros cabalistas estavam advertindo que a Cabala
deveria ser disseminada com urgência a humanidade, com risco de haver uma
catástrofe, pois a Cabala era proclamada como sendo um método de correção
para as almas em todos os lugares.

Isaque Filho de Salomão Luria, um alemão, O Ari, é considerado um


cabalista que revolucionou o misticismo judaico, foi ele que criou a escola
Luriânica. Nascido de pais alemães em Jerusalém em 1534; morreu em
Safed, 5 de agosto de 1572.
Segundo sua biografia, Ari, ainda criança, ficou órfão de pais e foi criado
por seu rico tio Mordecai Francis, um fazendeiro do Cairo, que o colocou sob
os melhores professores judeus. Ari mostrou uma grande habilidade como
estudante da literatura rabínica; e, sob a orientação do rabino Bezaleel
Ashkenazi.
Ari tornou-se um visionário, relatava que tinha encontros frequentes com
o profeta Elias, por quem ele foi iniciado em doutrinas sobrenaturais. Em um
destes encontros relatou que, enquanto dormia, sua alma subiu ao céu e
conversou com os grandes mestres do passado.
No ano de 1569, Luria foi à Palestina; e depois de uma curta estada em
Jerusalém, disseminou seu novo sistema cabalístico, que parece ter tido
pouco sucesso, mas se estabeleceu em Safed, onde ele formou um círculo de
cabalistas a quem ele transmitiu suas doutrinas.

Na sua doutrina Cada palavra, cada sílaba, das orações prescritas contêm
significados ocultos sobre Deus e sobre os quais se deve meditar
devotadamente enquanto a Torá é recitada. Por mais que estes aspectos
pareça ser algo até positivo na doutrina cabalista, por outro lado se tornou um
método de divinização da Torá.
Esta divinização a letra é mencionada pelo apóstolo Paulo, ele menciona
que ela torna os judeus cegos para a verdadeira revelação da nova aliança.
“Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da
letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.
O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas
esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos
na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que
desvanecente.
Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era
glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o
ministério que produz justiça! Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem
glória, em comparação com a glória insuperável.
E se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto
maior será a glória do que permanece!
Portanto, visto que temos tal esperança, mostramos muita confiança. Não
somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas
não contemplassem o resplendor que era transitório
Na verdade as mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu
permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente
em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é
lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao
Senhor, o véu é retirado. (2 Coríntios 3:6-16)

Eles se agarraram a mistificação da lei, da letra e um véu está posto diante


deles para que não vejam, mas quando se converterem ao Messias, este véu
será tirado, pois Jesus é a verdadeira árvore da Vida e Cabala que eles
rejeitaram.
Os chacras e a magia da serpente.

Os chacras são centros de energia em forma de rodas, que situam-se


entre o plano físico e o astral, eles têm relação também com a Cabala. Estes
centros de energias, de alguma forma tem relação a reflexos biológicos e
emocionais no homem, e foram escolhidos para criar a doutrina dos chacras e
usa-los na magia, são pontos básicos do nosso corpo que exercem atividades
contínuas, a nível emocional e físico.
As práticas de meditação e ioga são estimuladas nas seitas esotéricas, a
fim de que os adeptos consigam assumir o controle destes chacras e dominar
o seu corpo físico e o mundo astral. Geralmente são exercícios de
respirações, invocações com o uso de mantras, relaxamento da mente e uso
de incensos aromáticos.
Há práticas que são realizadas até mesmo com o objetivo de controlar a
ereção e ejaculação, que servem para rituais de magia sexual.

Isso se explica porque o chacra base, é o sexual, e considerado o mais


ativo de todos, é como um vulcão sempre prestes a entrar em erupção, ele é o
que mais tem domínio sobre o homem e influência sobre todos os outros
chacras. Por isso esta energia é manipulada, estimulada em todos os níveis da
sociedade, propaganda, filmes novelas, qualquer apelo sexual ou pornografia
faz este chacra oscilar rapidamente, excitando o indivíduo e manipulando
suas vontades. O uso da magia sexual, ou alquimia sexual é uma forma de
transmutar esta energia e usa-la com propósitos mágicos, e esta magia está
ligada a Kundalini.
Isso, explica o porquê, nas ilustrações, os meridianos serem apresentados
circulando através dos centros dos chacras em forma de espiral, como uma
serpente. Cada um dos centros emocionais do homem possui seu próprio
chacra e suas simbologias e características específicas ligadas a estes centros.
No primeiro chacra, reside simbolicamente a serpente Kundalini, que
depois de despertada sobe pelos outros seis chacras e derrama o fogo da
iluminação, representado pelo fogo no alto da cabeça da imagem panteísta
Baphometh.
Kundaline aparece de forma Alada na figura de Baphometh, formando
um número oito entre seu falo
Para esotéricos, Baphometh não é um ídolo, mas uma imagem simbólica
do poder da magia hermética e sexual. Os Egípcios, Astecas, Maias e Incas
adoravam a serpente, ela está associada a sabedoria, a cura, magia e poder
nestas religiões. Kundalini é a serpente enroscada, representada nas espirais
do universo como símbolo da evolução cósmica, microcosmo e macrocosmo.

As sacerdotisas da Grécia eram chamadas de pítias, pitonisas, ligada a


serpente píton, que significa “aquelas que dominam as serpentes” relacionado
ao poder da fala, adivinhação e capacidade de predizer o futuro. Kundalini
está presente no Caduceu de Hermes, deus das ciências ocultistas e secretas.
O segundo Chakra localiza-se dois dedos abaixo do umbigo, ventre, é
governado pela água, é o centro da procriação e está associado à lua (Yesod),
ligado a mulher e atributos femininos.
O terceiro chacra funciona como receptor de fluxos de energias, recebe e
envia vibrações energéticas através deste centro, descrito como uma vibração
de cor o amarela, chamado de plexo solar, que tem base nas emoções mais
diversas. Na mediunidade ele é descrito como uma entrada e saída por onde o
médium doa a energia para os espíritos e também é através dele que os
espíritos, e vampiros astrais podem roubam nossa energia.
O quarto chakra é o do coração, na cor verde, relacionado, Governa o
coração, sangue, sistema circulatório relacionado a compaixão, amor pessoal.
É chamado de pedra filosofal na magia. O quinto chacra Localizado no
pescoço, ligado a glândula tireoide é o centro de expressão e de comunicação,
está ligado ao verbo divino, onde o mágico fala e cria, invoca as deidades
através dos Mantras. Este chacra também está ligado ao poder dado pela
serpente, Daath, portal do conhecimento na Cabala.
O sexto chacra é o terceiro-olho, responsável pela visão espiritual, olho
que tudo vê, olho de Lúcifer, está presente nas tiaras dos faraós através da
serpente, revelando que eles possuem poder visionário neste chacra, aparece
também no topo da pirâmide
O sétimo chakra ou coroa está no topo da cabeça, está ligado à
iluminação, fogo de Baphometh, ligado a glândula Pineal, que rege o cérebro
e tem ligação com o Homem e seu Deus Interior. No hinduísmo é comum a
saudação, namastê o deus, que significa, o deus que está em mim, saúda o
deus que está em você.
Na magia sexual, os casais aprendem a usar a energia destes chacras um
com o outro, no livro Matrimônio Perfeito, de Samael Aun Weor, ele ensinou
as práticas de magia sexual, no qual ele diz estar relacionado ao fogo das
serpentes, e aos elementais salamandras.
Existem dois símbolos místicos relacionados as magias sexuais, as
pirâmides e os obeliscos, as pirâmides são relacionadas ao útero, a forma
triangular representa as deusas, e os obeliscos o pênis. As seitas ocultistas
veneram estas simbologias e as usam em seus rituais, a maçonaria representa
estas simbologias fálicas através do esquadro e compasso.
Samael cita que a magia branca não derrama o sêmen em suas práticas e a
negra derrama, os magos se utilizam destas práticas para invocar demônios,
os chamados íncubos e súcubos.
Eu entendo isso como é pura mistificação teológica, relacionadas com
aquelas leis da torá encontradas em Levítico, que a mulher e o homem se
tornavam sujos após a cópula e menstruação, estas teologias de fluidos e
sêmen são mistificadas na torá e Cabala. Paulo já nos advertiu que são
doutrinas de demônios, proibir casamento, (ato sexual) teologias puritanas de
culto aos anjos.
"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual
de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na
cruz.
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles
triunfou em si mesmo.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo.
Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto
dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na
sua carnal compreensão. “ (Colossenses 2:14-18)

A lei foi anulada e aquelas proibições de Levítico se tornaram futilidades,


estas leis geraram um monte de teologias e proibições no meio cristão,
puritanismo religioso, relacionando sexo ao pecado.
O apostolo Paulo chamou a atenção sobre este hábito exagerado de
doutrinação, impondo regras e leis, Cristo já nos libertou da lei e se fez
maldito para nos libertar da escravidão de obedecer qualquer lei.
“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por
que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais
como:
Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem
pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homen.”
(Colossenses 2:20-22)

Não quer dizer que vamos viver no pecado, devemos apenas nos separar
em alguns momentos para se dedicar a oração, e controlar os apetites
desenfreados, assim como fugir da fornicação e do adultério.
Quanto a masturbação o problema é a pornografia e o uso da imaginação
para esta prática, onde a pessoa se imagina com pessoas casadas e usando
imagens pornográficas que abre portas para ação de demônios, incubação se
um home olhar com desejo e imaginar ele já pecou. Todos estes ensinos
citados, fazem parte do Gnosticismo de hoje, que nada tem em comum com o
evangelho, os gnósticos negam a divindade de Cristo porque para eles a
matéria é má, e o espírito é bom, e a divindade não pode habitar nela. Este
pensamento gnóstico foi combatido pelo evangelista João.
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que
Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é
de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir,
e eis que já agora está no mundo." (1 João 4:1-3)

Estes ensinos do gnosticismo são sofismas do gnosticismo e passaram a


ser ensinados amplamente nas seitas secretas e nos sistemas esotéricos e
herméticos através de filosofias que parecem ter aparência de sabedoria.
O apostolo Paulo alertou sobre se manter longe das práticas ocultistas e
seus sistemas gnósticos:
Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai
como filhos da luz
(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);
Aprovando o que é agradável ao Senhor.
E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes
condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas
todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz
tudo manifesta. (Efésios 5:8-13)
Devemos tomar cuidado com as sutilezas que se infiltram nos sistemas
religiosos, estes sofismas que parecem sabedoria, não passam de enganos da
serpente. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua
astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado,
ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não
abraçastes, com razão o sofreríeis. (2 Coríntios 11:3,4)

Bom, estas doutrinas cheias de misticismo, com práticas que prometem


algum tipo de poder através de rituais iniciáticos são totalmente contrários a
revelação do evangelho e quem abraçar estas doutrinas e receber um outro
espírito, senão aquele prometido por Cristo, certamente sofrerá danos.
O Messias é a verdadeira Cabala

O Messias é a verdadeira Cabala, digo, a verdadeira árvore da vida, na


qual todo homem deve se conectar, mas que foi rejeitada pelos judeus que
não reconhecem até hoje que Jesus Cristo é o Messias por eles esperado.
Trata-se de uma citação metafórica da minha parte, comparar o Messias com
a Cabala, mas que faz todo sentido, não levando em consideração a doutrina
da Cabala tal como é apresentada por cabalistas, mas sim a visão que Deus
me deu sobre o Messias.
Estou descrevendo àquilo que Deus me falou acerca da rejeição do
Messias por Israel, eles rejeitaram o Alfa e o ômega, a verdadeira Cabala e
árvore da vida para idolatrar a Torá, árvore do conhecimento do bem e do
mal, a lei e é apenas uma sombra criada por Deus para guiar o homem para a
verdadeira luz. No Éden havia uma árvore especial que era a árvore da vida, e
esta árvore é Jesus, a oliveira verdadeira.

A Cabala é composta pelas letras do idioma hebraico e na revelação do


apocalipse é confirmado que o Messias é a primeira e última letra do alfabeto.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que
era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. ” (Apocalipse 1:8)
Apesar de ser uma citação das letras gregas, isso vale também para as
letras hebraicas e para as letras de todos os idiomas do mundo.
O Messias é a primeira e última letra, o Alef e o Taf, ele é inclusive
descrito pelo evangelista João como sendo o verbo pelo qual Deus criou
todas as coisas.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele,
e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. ” (João
1:1-5)

O Messias é o alfabeto, o verbo criador usado por Deus para criar todas as
coisas, Ele estava no princípio com Deus, e Ele era Deus. No grego a palavra
para verbo, palavra é Logos. Uma coleção de pensamentos ideias que fazem
parte da essência de Deus e que foram usados para criar todas as coisas.
Diante disto encerra também toda polêmica criada em relação ao nome do
Messias, ela perde o sentido, já que hoje em dia existe um grande debate
acerca do verdadeiro nome de Deus e do Messias e como devemos
pronunciar ou invocar. Quando Jesus teve um encontro com a Samaritana ele
deixou claro que devemos adorar em espírito e em verdade, pois aquele que
sonda os corações conhece as intenções do Espírito, em todos os idiomas
Jesus é Senhor, portanto não há engano.
Jesus também declarou abertamente ser Deus encarnado, ele usou vários
atributos e frases que o colocavam como Deus, não há engano quanto a isso,
apenas debates se ele teria ou não declaro ser Deus, devido à ambiguidade de
certas frases, tal como, Eu vou para o pai, o pai é maior que eu...
Isaias profetiza sobre a vinda dele dizendo as particularidades do seu
nome para que não haja dúvidas.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de
Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça,
desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”
(Isaías 9:6,7)
Toda questão polemica de um Deus encarnado que se dirige em suas falas
a Deus no céu é porque muitos não entenderam que o Messias se despojou da
sua glória e se fez homem, e na posição de filho terreno, assumiu uma
postura de servo e filho primogênito, para mostrar para nós como devíamos
ser como filhos, semelhantes a sua imagem, devemos ser imitadores de
Cristo.
Jesus também declarou que ele era a árvore da Vida, e que seu pai era o
lavrador, novamente ele pode ser considerado a Cabala com tais afirmações,
que também são complementadas pelo apóstolo Paulo.
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Todo o ramo que em
mim, que não dá fruto, eu podo; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê
mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em
mim, e eu em vós; como o ramo de si mesmo não pode dar fruto, se não
estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
Eu sou a videira, vós os ramos; quem está em mim, e eu nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como o ramo, e secará;
e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as
minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será
feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus
discípulos. ” (João 15:1-8)
No livro de apocalipse é mostrada a visão do paraíso de Deus e da árvore
da vida, onde esta O Trono de Deus e o Messias. Não devemos ignorar a
simbologia e numerologia bíblica, a cidade de Deus desce do céu e possui
uma forma cúbica perfeita, ela é quadrangular.
“A cidade era em cubo, seu comprimento e largura eram iguais. Ele
mediu a cidade com a vara; tinha dois mil e duzentos quilômetros de
comprimento; a largura e a altura eram iguais ao comprimento. Ele mediu a
muralha, e deu sessenta e cinco metros de espessura, segundo a medida
humana que o anjo estava usando.
A muralha era feita de jaspe e a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro
puro. Os fundamentos dos muros da cidade eram ornamentados com toda
sorte de pedras preciosas” (Apocalipse 21:16-19)

O Messias é a árvore da vida que foi colocada no meio do jardim de Deus


e nós fomos enxertados nele, somos os ramos, somente nele temos a vida e
podemos produzir frutos.
“Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal,
fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da rua principal da cidade.
De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando
fruto todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações. ”
(Apocalipse 22:1,2)

Toda trajetória do Messias e sua rejeição pela nação de Israel é revelada


em Isaias, a videira verdadeira, a árvore da vida surge como raiz de uma terra
seca, não sendo nem um pouco desejado.
Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do
SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma
terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia
boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e
experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre
ele a iniquidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro
foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores,
assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem
contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes;
pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura
com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu
injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua
alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os
seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. ”
(Isaías 53:1-10)

O mistério da rejeição por parte dos filhos de Israel é comentado em sua


integra pelo apostolo Paulo, ele diz que Deus não rejeitou o seu povo, mas
que nem todos serão salvos, somente os que se ligarem a árvore da vida.
“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum;
porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de
Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis
o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:
Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu
fiquei, e buscam a minha alma?
Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens,
que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo
ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. ”
(Romanos 11:1-5)

A salvação deles não pode mais ser através da Torá, obras da lei, deve ser
pela eleição da graça, pois o sacrifício do Messias não pode ser em vão.

O mistério da rejeição por parte de Israel permitiu que o evangelho fosse


liberado para as outras nações, os gentios, eles são considerados ramos
naturais e nós os gentios, ramos enxertados.
“E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa,
também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo
zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da
seiva da oliveira,
Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que
sustentas a raiz, mas a raiz a ti.
Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está
bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então
não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos
naturais, teme que não te poupe a ti também. ”
(Romanos 11:16-21)

Jesus disse, eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao pai


senão através dele, ele é a árvore da vida que nos conecta ao pai e que
permite que venhamos dar os frutos de justiça que agradam a Ele.
Se estivermos conectados ao tronco da árvore, Deus o lavrador, nos
limpa, para que venhamos dar cada vez mais frutos, mas ele poda aqueles
galhos maus que não estão honrando fazer parte da árvore.
Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, a lei apenas serviu
para nos conduzir a Cristo.
Conhecimento não traz salvação, conhecer o bem e o mal não nos dá
capacidade de escolher e fazer o que é certo, se assim fosse o Messias não
teria morrido na Cruz para nos resgatar da maldição, se fazendo maldito em
nosso lugar.
Conectados a árvore da vida

Ao aceitar o Messias somos automaticamente ligados a árvore da vida,


ao alfa e ômega, ele é o Logos, a palavra da criação, o verbo criador de Deus.
A vida começa em nós através do poder da palavra, ao confessar o seu nome,
e não termina por ai. A morte e a vida estão no poder da nossa fala, ao usar o
alfabeto criador, o dom da fala.
“A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá
do seu fruto. ”
(Provérbios 18:21)

Para alguns fazer uma confissão pode representar algo muito simples e
sem significado, mas confessar com nossa boca que aceitamos Jesus Cristo é
o momento mais
Importante sobre o nosso nascimento espiritual e nossa conexão a árvore
da vida. Somos neste momento ligados a videira verdadeira e começamos
nossa experiência de fé.

“A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra
da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação. ”
(Romanos 10:8-10)

Trata-se de um mistério, não é falar palavras da boca para fora, mas falar
acreditando na revelação da palavra de Deus, por isso que se crê com o
coração e se confessa com a boca. O coração não é nosso coração carnal, mas
nossa alma e Espírito concordam com as palavras que estamos proferindo e
isso é ligado no céu.
Somos agora parte da árvore da vida, mas uma árvore, ou fonte genuína
conectada ao Senhor não pode dar dois tipos de frutos, este é o engano
oferecido pela serpente através da doutrina cabalista. Tudo o que plantamos
colhemos, devemos vigiar aquilo que falamos, pois é uma colheita para o dia
de amanhã.

A chamada Pulsa deNura está ligada ao dualismo cabalístico, trata-se de


uma inversão da árvore da Cabala, que permite o adepto usar os poderes de
baixo, de Satanás para lançar pragas e maldições.
A Cabala como ciência é um engano, pois está desvinculada dos dons de
Deus, os dons de Deus não podem ser usados para o mal, pois ele é luz e nele
não há trevas nenhuma. Esta foi uma questão que o apóstolo Paulo procurou
deixar bem claro, pois nem todos os dons são do Espírito Santo.
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis
guiados.
Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo
Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o
Senhor, senão pelo Espírito Santo.
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. (1 Coríntios 12:1-
4)
As diversidades de dons são derramados por um só e mesmo Espírito, já
as atuações satânicas são dadas aos homens através de espíritos variados.
Segundo a doutrina da Cabala a Sefiroth Daath, relacionada Serpente é a
décima primeira, portal da Sabedoria, relacionada é o quinto chacra
relacionado ao poder da fala.
A serpente é astuta ela oferece conhecimento em troca de poderes
mágicos e místicos, e como as pessoas não estão preparadas para estes
poderes, elas são seduzidas a usá-los para o mal e para amaldiçoar. Esta
doutrina pertence a sinagoga de Satanás e é citada também como doutrina de
Balaão.
“Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que
seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços
diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e
fornicassem. ” (Apocalipse 2:14)
A fornicação aqui não é sexual, mas mística, levando os servos de Deus a
praticar magia e adoração a deuses estranhos. O falso judaísmo é o judaísmo
místico que pratica a Cabala e negam a Deus através das suas práticas ligadas
a apostasia trazida da Babilônia.

“Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a


blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de
Satanás.”
(Apocalipse 2:9)
O plano da Salvação exclui a sabedoria, foi essa a vontade de Deus para
salvar a humanidade, não que seja errado buscar conhecimento, mas há
conhecimentos e conhecimento, o conhecimento que devemos possuir é
apenas acerca do plano da salvação para que não sejamos enganados pelas
astúcias da serpente. A derrota da serpente foi decretada com a elevação de
Cristo na cruz, o messias na cruz é um símbolo de maldição para a Torá, pois
está escrito na lei, maldito que for pendurado no madeiro. Ele se fez maldito
em nosso lugar para nos regatar da maldição da lei.
O Messias representa a serpente pendurada em uma haste, que foi erguida
por Moisés no deserto.
“E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o
Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ”

(João 3:14-16)

Esta é a maravilhosa lei da atração, o Messias disse, quando eu for


erguido da terra, a todos atrairei para mim.
“Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste
mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.”
(João 12:31,32)
Fomos atraídos a ele com amor eterno!
“Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor
eterno te amei, por isso com benignidade te atraí. ” (Jeremias 31:3)
Deus enviou seu filho para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a
vida eterna. A serpente foi julgada, e a sabedoria e astúcia dela foi aniquilada,
devemos aceitar o salvador e invocar o seu nome olhando para a cruz.
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós,
que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a
sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste
século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua
sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque
os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a
Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
(1 Coríntios 1:18-23)
Os judeus rejeitam o Messias pedindo sinais e provas que Jesus é Deus
entre nós, e os gregos fomentam a busca pela perfeição e pela sabedoria, mas
ambos erraram o caminho, pois a pedra fundamental é Jesus,
“A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.
Da parte do Senhor se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos.
Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.”
(Salmos 118:22-24)
Esta pedra diz respeito a pedra fundamental da edificação da nossa casa
espiritual e do nosso templo, a casa que não é edificada na rocha não suporta
os vendavais da vida.
Somos de fato o templo de Deus e ele é o arquiteto, mas isso nada tem a
ver com a maçonaria e seus graus iniciáticos.
“Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto,
o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre
ele.
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o
qual é Jesus Cristo.
(1 Coríntios 3:10,11)
Estas seitas iniciáticas rejeitam a pedra fundamental e apresentam um
monte de alegorias que procuram apresentar alguma aparência ilusória de
sabedoria, mas que são sutilezas da antiga serpente, negando a obra de Deus
através de Jesus.
“Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio
neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é
loucura diante de Deus; pois está escrito:
Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor
conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
(1 Coríntios 3:18-20)
A sabedoria deste mundo é vaidade, quando o Apóstolo Paulo começou a
pregar, ele que era um homem muito culto e cheio de conhecimento, mas ele
renunciou sua sabedoria e exaltou o poder do Messias, veja o que ele
declarou:
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de
Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me
propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a
minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas
de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que
a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.

Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria


deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos
a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos
séculos para nossa glória;
A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a
conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está
escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra
todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe
as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim
também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós
não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus,
para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” (1
Coríntios 2:1-12)
Considerações Finais

Neste livro eu procurei apresentar uma síntese sobre a Cabala e o


misticismo judaico para que fosse possível chegar a uma conclusão sobre as
práticas cabalistas tão divulgadas hoje em dia, que são proclamadas ser um
conhecimento divino para a ajuda da humanidade.
Ficou Claro que as práticas da Cabala estão relacionadas a sedução da
serpente, para que o homem coma do fruto do conhecimento do bem e do mal
com a promessa de vida eterna e obtenção de algum pode místico. A Cabala é
uma ciência com princípios dualistas e seu fruto pode ser tanto usado para o
bem quanto para o mal, portanto é obvio que isso nada tem em comum com
as verdades do evangelho, é um retrocesso a vitória de Cristo sobre a antiga
serpente.
Ela foi derrotada na cruz, mas novamente a humanidade é seduzida por
ela através de sofismas e homens que convertem a verdade de Deus em uma
mentira e honram mais a criatura do que ao criador.

A serpente é considerada por muitas culturas um símbolo de sabedoria e


de cura, mas embora Jesus tenha dito que ele seria erguido tal como a
serpente do deserto por Moisés, a serpente simboliza maldição. Somos
curados ao olhar para Ele, pois Cristo fez maldição na lei para resgatar todos
que estavam debaixo da maldição.
Cabala é ocultismo apostata e está relacionada as práticas de magia e
astrologia da Babilônia que os judeus apostatas trouxeram para a cultura
judaica.
Sobre o Autor

Ricardo Max é professor, pesquisador autodidata, formado em artes


visuais, e entre suas várias atividades adora escrever sobre espiritualidade e
religião.
Mas seu interesse não se restringe ao campo da religião e espiritualidade,
escreve também contos poesias e outros textos diversificados.

OUTRAS OBRAS DO AUTOR

Matrix o Despertar
A Física Quântica de Jesus
A Seita Secreta
Os Sete Pecados
Viagens Astrais
Vampiros Atrais

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