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FUESPI/ NEAD Licenciatura Plena em Letras Português

2 O SISTEMA FONOLÓGICO DA LÍNGUA LATINA: VOCÁLICO E


CONSONANTAL

Para iniciarmos o estudo sobre sistema fônico do latim, recorremos


ao nosso conhecimento sobre a noção de fonema, que é a menor unidade
fônica da língua capaz de estabelecer um valor fônico diferenciador entre
dois vocábulos. Assim, toda língua tem os seus próprios fonemas e cada
um deles é portador de particularidades fônicas que se opõem a outro. É o
que podemos constatar nas tipologias fônicas a seguir:

Figura 01: Sistema vocálico latino

/ī/ /ĭ/ / ŭ/ / ū/
/ē/ / ō/
/ ĕ/ / ŏ/
/ ā/ / ă/

Como podemos perceber visualmente, na figura 01, os


segmentos vocálicos em Latim distinguem-se entre si não só pelo grau
de sua altura prosódica mas também pela sua quantidade durativa que
pode ser longa ou breve (FURLAN; BUSSARELLO,1997). Vamos entender
melhor, em latim, quantidade é a duração de pronunciação de uma vogal
ou de uma sílaba. Conhecer a quantidade de uma vogal ou de uma sílaba
é saber se ela é breve ou longa.
A vogal breve é indicada pelo sinal ˇ, chamado de braquia; a
longa, pelo sinal -, chamado de mácron, colocados acima da vogal. Assim:
Ícaro Icărus; amar amāre; destruo delěo; segredo secrētum; história
historǐam; ouvir audīre; caracol cocheǒlam; sabor sapǒrem; olho ocŭlus e
seguro secŭrum.
A duração da vogal depende da posição que ela ocupa na
palavra. Assim:
a) Será breve a vogal seguida por outra vogal, ainda que se
interponha um h, e por um ditongo: Glória glorǐa; puxo para baixo detrăho;
caminhos viae.

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b) Será longa a vogal que contém um ditongo (ae, au e oe)


ou está seguida de duas ou mais consoantes: Judeu Judaeus; muralhas
moenĭa; tesouro thesaurus; menina puēlla; professor magīster.
Uma sílaba é considerada breve quando a vogal que ela contém
é breve: Fábula fabŭla, senhora domǐna. Será longa se a vogal que ela
contém for longa ou fizer parte de um ditongo: Amigo amīcus; céu caelum.

Figura 02: Sistema consonantal latino

/p/ /b/
/t/ /d/
/k/ /g/
/f/ -
/s/ -
/l/ /r/ /m/ /n/

O sistema consonantal latino, na figura 02, mostra-nos que


inicialmente era composto por apenas doze fonemas. Notamos, porém
algumas lacunas, pois dos pares que se agrupam por similaridades
articulatórias o /f/ não apresenta seu par opositivo que seria o /v/, esse
som era representado pela semiconsoante /u/, como na palavra uīuo para
vivo. Mais tarde passa a corresponder o segmento consonantal /v/.
Segundo Furlan; Bussarelo (1977, p.02) “a geminação das
consoantes multiplicou o número de oposições fonológicas e, portanto, de
fonemas.” Exemplo:

/r/ - curo cuido de /rr/ - curro corro


/l/ - stella estela /ll/ - stella estrela
/n/ - anus ânus /nn/ - annus ano

2.1 A GRAFIA DOS FONEMAS

O alfabeto latino é de origem fenícia e foi formado através do grego.


À época de Cícero, compunha-se de 21 letras, que podiam ser maiúsculas

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e minúsculas: a, b, c, d, e, f, g, h, i, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, x.
O j e o v foram introduzidos no século XVI pelo humanista francês
Pierre de la Ramée.
O y e o z foram introduzidos no fim do século I a.C. para possibilitar
a transcrição de palavras oriúndas do grego que continham estas letras.
Os textos latinos hoje são escritos usando-se 25 letras: a, b, c, d, e,
f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, y, z.

2.2 PADRÕES ACENTUAIS DA LÍNGUA LATINA

Diferentemente do português, o Latim apresenta um sistema acentual


de caráter quantitativo. A posição do acento na palavra é determinada
pela estrutura interna da penúltima sílaba. Ao observamos a distribuição
posicional do acento na maioria das línguas românicas, quer na última,
penúltima ou antepenúltima sílaba, atestaremos que esse fenômeno
prosódico já estava definido no proto-romance e que sofreu pouquíssimas
alterações nas línguas atuais. Pereira(In. ARAÚJO;ABAURRE et al,2007).
Observe, então, os princípios estruturadores do sistema acentual latino:

a) Em latim, o acento tônico nunca recai sobre a última sílaba e


pode-se afirmar que nesta língua não há palavras oxítonas.
b) As palavras de duas sílabas, em princípio, são paroxítonas:
Rosa rosa; jogo ludus.
c) As palavras de três ou mais sílabas podem ser paroxítonas
ou proparoxítonas.
• Serão paroxítonas se a penúltima sílaba for longa, pois nela
fica o acento: Alegrar-se gaudēre; amado amātus.
• Serão proparoxítonas se a penúltima sílaba for breve, pois o
acento tônico recua para a sílaba anterior: Senhora domĭna, criada famŭla.

Agora reflita um pouco sobre esses padrões e coteje esse


sistema acentual com o do nosso português brasileiro. Tente visualizar as
características que o português manteve no seu processo evolutivo!!!

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2.3 A PRONÚNCIA

Em latim, todas as letras são pronunciadas em profundidade;


contudo a pronúncia desta língua variou ao longo de sua história. Assim,
têm-se três pronúncias:

a. A romana, que mantém a pronúncia corrente entre os séculos


V e VI da era cristã, com algumas modificações. É a pronúncia usada em
Roma nos dias atuais.
b. A reconstituída ou restaurada, que tem bases científicas. Seus
seguidores esforçam-se para reproduzir a pronúncia usada pelas camadas
mais cultas de Roma, à época de Cícero e de Virgílio.
c. A tradicional, cujos cultores pretendem ler o latim com uma
pronúncia até certo ponto portuguesa. É bastante comum nas escolas
de Portugal e do Brasil, e será esta a pronúncia adotada neste curso.
Passemos, então, a conhecê-la.

2.3.1 A pronúncia tradicional

Por esta pronúncia, todas as letras são bem pronunciadas e têm,


mais ou menos, o mesmo som que em português; exceção feita às vogais,
que devem ter sempre o seu timbre específico e às consoantes finais, que
serão sempre muito bem pronunciadas.
Você observar então o seguinte:
a) Os ditongos ae e oe soam e: O céu caelum; de Roma Romae;
castigo poena.
Obs: Quando os grupos ae e oe não formarem ditongos, pode-se
colocar o trema sobre o e: O ar aër; o poeta poëta.
b) O c dobrado, seguido de e ou i soa ks: Ir para accedo; recebo accipĭo.
c) Ch, ph e th soam, respectivamente, k, f, t: Braço brachĭum;
filósofo philosǒphus; tesouro thesaurus.
d) LL, NN e TT devem ter som reforçado: Serva ancilla; ciranda
vannus; atento attentus.

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e) M e N podem dar som nasal às vogais: Campo, campus;


monte mons.
f) S impuro (s inicial seguido de consoante que não seja c) deve
ser pronunciado de tal forma que não se ouça a vogal e: Esperança spes;
base statumen.
g) O grupo ti, em sílaba interior, seguido de vogal e não precedido
de s, t, x, tem valor de ci: Ação, actio; mensageiro nuntǐus; porém Hóstia
hostǐa; mistura mixtĭo; Ácio, poeta romano Attius.
h) U soa sempre: Cobra anguis; Quinto Quintus.
i) X soa ks: Rei rex; noite nox.
j) Consoantes finais são sempre bem pronunciadas: Em frente
de coram; rio flumen.

2.4 A MORFOSSINTAXE LATINA: ASPECTOS GERAIS

Corroborando as palavras de Gomes (2009), ao estudarmos a


MORFOLOGIA inevitavelmente estudamos a SINTAXE, pois o próprio
desvendamento das estruturas morfológicas revela que a palavra latina
é portadora da indicação de sua função sintática. Daí preferirmos,
didaticamente, tratar os dois níveis de forma una com o objetivo de
chamarmos atenção para o fato de a estrutura das línguas serem
visualizadas desta forma. Todavia, algumas características em um e outro
nível estrutural devem ser ressaltadas isoladamente.
No que respeita à MORFOLOGIA da língua latina, identificamos as
seguintes peculiaridades mórficas:
a) Não existem artigos.
b) Os pronomes pessoais do caso reto são pouco empregados.
c) As preposições são menos empregadas que em português,
como se verá ao longo deste curso.
d) As palavras, como no português, dividem-se em variáveis e
invariáveis.
e) As variáveis são: substantivo, adjetivo, pronome e verbo.
f) As invariáveis: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

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Em Latim, segundo Almeida (1999); Furlan;Bussarela (1977),


os elementos morfológicos que incidirão nos substantivos marcarão as
seguintes gramaticais:
a) Categoria de nominais: Os gêneros são três: masculino,
feminino e neutro -pertencem ao gênero masculino: 1º- Os nomes
próprios de homens (gênero natural): Cícero Cicěro; Virgílio Vergilĭus;
Horácio Horatĭus. 2º- Ou os que figuram como nomes referendados a
homens: Anjos: Miguel Michăel; Gabriel Gabrĭel. Demônios: Satã Satan;
Lúcifer Lucĭfer. Deuses: Netuno Neptúnus; Saturno Saturnus.Ventos: Vento
norte borěas; vento do sul auster. 3º- Os nomes apelativos que designam
homens: Rei rex; cocheiro aurīga; pirata pirāta. 4º- Os nomes dos animais
que significam o macho da espécie: Cavalo equus; jumento asĭnus; mulo
mulus. 5º- Os nomes de meses: Maio Maius; dezembro december; de rios:
Sena Sēna; Ródano Rhodănus; de montes: Parnaso Parnāsos; Hélicon
Helĭcon. Pertencem ao gênero feminino: 1º- Os nomes próprios de
mulheres (gênero natural): Ana Anna; Lívia Livĭa; Júlia Iulĭa. 2º- Os nomes
apelativos que designam mulheres: Rainha Regina; sogra socrus. 3º- Os
nomes de animais que significam a fêmea da espécie: Égua eqŭa; jumenta
asĭna; mula mula. 4º- Os nomes de ilhas: Sicília Sicilĭa; Córsega Corsĭca;
cidades: Atenas Athēnae; Tebas Thēbae.5º- Os nomes de árvores: Pereira
phyrus; macieira malus. Pertencem ao gênero neutro: 1º- Os nomes que
indicam frutos de árvores, metais e os indeclináveis: Maçã malum; pêra
pirum; prata argentum; ferro ferrum; de manhã mane; maná manna. 2º- As
palavras empregadas como objeto de referência gramatical sem nenhuma
significação: Lago é um dissílabo Lacus est disyllăbum. Bom e mau são
adjetivos. Bonum et malum sunt adjectiva. 3º- As letras do alfabeto: O i é
minúsculo I est minuscŭlum.
Obs: A língua portuguesa não agasalha o gênero neutro. Deste
gênero latino, existem apenas vestígios no português, como: a) Nos pronomes
demonstrativos: isto, isso, aquilo, o (igual a isto ou aquilo) em frases como
estas: O que digo, é verdade. b) Nos pronomes indefinidos: tudo, nada, algo.
c) Nas formas adjetivas substantivadas: O impossível acontece. Todas as
artes têm como objetivo o belo. d) Nos casos de infinitivos substantivados.

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O amar e o sofrer são próprios do homem. e) Em frases do tipo: Água é bom


para matar a sede. É proibido saída de veículo.
c) Categorias verbais: O verbo na língua latina apresenta as seis
pessoas gramaticais – três no singular e três no plural. Tem três tempos:
presente, passado e futuro. Três modos finitos: indicativo, subjuntivo,
imperativo; Vozes: ativa e passiva. Aspecto: para a ação inacabada o
INFECTUM; para a ação ACABADA o PERFECTUM e, ainda o SUPINO
base de formação para os tempos de ação acabada na voz passiva.
d) Categorias verbo-nominais: infinitvo (presente, passado
e futuro); gerúndio (no genitivo, dativo e ablativo); gerundivo;
particípio(presente, passado e futuro) e supino.

No que respeita à sua SINTAXE, observamos que em Latim posição


das palavras na frase não é ditada por sua função. Assim, uma mesma frase
pode ser escrita de várias maneiras, mudando-se a ordem das palavras. A
frase: O menino ama a amiga – pode ser reescrita de vários modos: Puěr
amicam amat. Amicam amat puěr. Amat puěr amicam. Amicam puěr amat.
Isto só é possível porque em latim é a terminação que indica, de
acordo com a espécie de palavra, o gênero, o número, a pessoa e a função
sintática que ela exerce. Assim:
Puěr – substantivo, masculino, singular, sujeito.
Amicam – substantivo, feminino, singular, objeto direto.
Amat – verbo, singular, 3ª pessoa.

Diante disso, reiteramos aqui as palavras de Gomes(2009, p.08) ao


afirmar que:

“Por ser o latim uma língua de sintaxe livre, isto é, a


função sintática dos termos da oração não é dada a partir
da relação destes termos com o verbo, mas da marcação
de caso, é que, no momento de fazer a versão (passar
do português para o latim), a posição do sintagma em
relação ao verbo é uma questão secundária, por que a
função sintática de determinado termo em latim é dada
pela flexão de caso.”

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Desta forma, para se determinar a função sintática (quer de sujeito,


objeto, complemento e outras) que um nome (substantivo, adjetivo, numeral)
ou um pronome exercem na frase, a língua latina diferentemente da língua
portuguesa, vale-se de um sistema de flexões denominado MORFEMAS
DE CASO (FURLAN; BUSSARELA, 1977).

2.5 AS FUNÇÕES SINTÁTICAS EXERCIDAS PELOS CASOS LATINOS

Em Latim, os substantivos, os adjetivos, os pronomes e alguns


numerais apresentam uma terminação ou forma variável conforme a função
sintática que exercem na frase em que aparecem, levando em consideração
ainda algumas categorias gramaticais, como as de gênero e número.
Parece estranho, não? Mas vamos à confirmação do que se está
afirmando. Tomemos o nome Ana, em latim, Anna, formemos frases com
ele, fazendo-o exercer as mais diferentes funções sintáticas. Assim:

a) Sujeito: Ana é boa aluna – Anna discipŭla bona est.


b) Predicativo: Aquela menina é Ana - Illa puēlla, Anna est.
c) Vocativo: Ana, por que não louvas tua amiga? Anna, cur amicam
tuam non laudas?
d) Adjunto adnominal restritivo: O livro de Ana é novo. Annae liber
novus est.
e) Objeto indireto: Pedro obedece a Ana. Petrus Annae obtempěrat.
f) Complemento nominal: A amizade é agradável a Ana. Amicitĭa Annae
grata est.
g) Adjunto adverbial: Pedro passeia com Ana. Petrus cum Annā
ambŭlat.
h) Agente da passiva: Pedro é amado por Ana. Petrus ad Annā amatur.
i) Objeto direto: Pedro ama a Ana. Petrus Annam amat.

Observe que o nome Ana tomou quatro formas diferentes: Anna,


Annae, Annā e Anam. Estas formas dizem respeito à função sintática que
o nome Ana exerceu em cada uma das frases. Ainda podia ser usado no

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plural, quando mais três novas formas apresentariam: Annārum, Annis e


Annas, perfazendo um total de sete formas.
Ao conjunto das formas apresentadas pelo antropônimo Anna, no
singular e no plural, dá-se o nome de DECLINAÇÃO. A cada uma destas
formas, associada à sua função sintática, dá-se o nome de CASO.
Então, em latim, há seis casos, assim denominados, conforme
quadro abaixo:

Quadro 01: Os casos latinos

CASOS FUNÇÃO SINTÁTICA EXERCIDA

Nominativo caso do sujeito e do predicativo do sujeito

Vocativo caso do vocativo

Genitivo caso do adjunto adnominal restritivo, que dá idéia de posse,


ainda que uma posse “virtual”.

Dativo caso do objeto indireto e do complemento nominal

Ablativo caso do adjunto adverbial e do agente da passiva

Acusativo caso do objeto direto

Cada CASO é portador de uma desinência para o singular e outra


para o plural, consoante a função sintática exercida pela palavra, detentora da
desinência, na oração. Todavia, chamamos atenção para o fato de que seguindo
o mesmo princípio matemático das operações: “a ordem dos fatores não altera
o produto”, metaforicamente a ordem dos casos não tem importância! Tais
formas serão estudadas estruturalmente na próxima Unidade.
Você está começando a penetrar no “gênio” da língua latina e isto
é muito importante!!

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SAIBA MAIS
Aguce mais a sua curiosidade sobre a estrutura interna do Latim
consultando os seguintes sites:

http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/gramhist/morfologia.html
http://www.filologia.org.br/revista/49/07.pdf
http://www.uff.br/lingualatina/pdfs/morfologia_latina.pdf

PARA VOCÊ NÃO ESQUECER

Nesta Unidade, vimos que são as desinências de casos que


indicam as funções sintáticas das palavras e não a posição que estas
ocupam dentro da oração. Ao tratar sobre a ordem das palavras em
latim, Garcia(2008, pág. 30) afrma: “ A ordem das palavras em latim é
uma ordem natural própria da índole da língua”. Vejamos a ordem
natural em latim, quando dizemos em português “a menina conta fábulas”
em latim o verbo preferencialmente(ordem regular) encerrará a oração,
portanto puella fabulas narrat, ou seja, “a menina fábulas conta”. Outra
particularidade da língua latina é a posição do determinante, precedendo
ou sucedendo o determinado, por exemplo: “menina bonita” vertendo
para o latim ficará “pulchra puella” ou “puella pulchra”. O complemento de
interesse, também, tem a sua ordem regulamentada na oração, pois se
em português dizemos: “ a menina dá uma rosa à amiga” em latim será “
puella amicae rosam dat” porque o objeto indireto(dativo) precede o objeto
direto(acusativo) e ambos precedem o verbo. Observamos, também, que a
preposição ou adjunto restritivo(genitivo) ao determinarem dois termos que
se relacionam,preferencialmente, encaixar-se entre eles como em: “até
que ponto” em latim será “quem ad finem”. Entretanto, essa ordem regular
pode sofrer uma queda aparente quando estamos diante de sequências
fixas, porém com significados distintos, como em: “res publica” para coisa
pública em oposição aos interesses particulares e, “publica res” significando
qualquer assunto(GARCIA, 2008).

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EXERCÍCIOS

1. Caracterize as vogais latinas quanto à duração ou à sua quantidade


prosódica.
2. Como em qualquer sistema de língua natural, o latim apresentou
variação na sua pronúncia. Sintetize-as.
3. Em latim, vimos que a morfologia induz à sintaxe, pois as desinências
indicam a função sintática do termo na frase. Apresente as desinências de
cada caso com as suas respectivas funções sintáticas.

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