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Elaborado por Sheila Jorge. Contato: catequistasheila@gmail.

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ÍNDICE

AOS CATEQUISTAS ...........................................................................................................3

A IGREJA CATÓLICA..........................................................................................................4

OS APÓSTOLOS ................................................................................................................7

A PESSOA DE JESUS CRISTO .............................................................................................9

A IGREJA COMO COMUNIDADE E OS COMPROMISSOS COM ELA ....................................... 12

SANTÍSSIMA TRINDADE .................................................................................................. 14

OS DEZ MANDAMENTOS.................................................................................................. 17

OS SACRAMENTOS.......................................................................................................... 22

A EUCARISTIA ................................................................................................................ 24

NOSSA SENHORA............................................................................................................ 25

ESPÍRITO SANTO ............................................................................................................ 26

A BÍBLIA, O LIVRO DA VIDA ............................................................................................ 29

PONTOS PARA SE APROFUNDAR...................................................................................... 30

ORAÇÕES ....................................................................................................................... 31

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AOS CATEQUISTAS

* Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare
a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito
multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

* Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar.
Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

* Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como
qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo
fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o
barco na primeira situação adversa;

* Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com
nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são
participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são
compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

* Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender a doutrina e os
ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de
preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos.
Isso é incoerência das maiores;

* Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos
fora da Igreja. Não precisa ser um “crente”, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A
incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

* Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce
para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos
discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita
a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de
vivência em grupo;

* Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os
jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também
não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

* Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de
conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus catequizandos, deixe claro que você possui comando.
Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando
precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e,
através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser
catequista por inteiro;

* Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário.
Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate
todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e,
através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua
missão.

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A IGREJA CATÓLICA

Todo o período da vida de Jesus, Verbo feito carne, foi para a Igreja o tempo da sua fundação. Jesus reuniu ao
seu redor seguidores que se entregaram completamente a Ele. Antes de escolher seu grupo íntimo - os Doze -
Jesus rezou. Aos Doze revelou o conhecimento pessoal dele próprio, falou da sua futura Paixão e morte, e deu
profunda instrução sobre o que acarretava seguir tal caminho. Só os Doze tiveram permissão de celebrar a sua
Última Ceia com Ele.
Os Doze eram chamados apóstolos, isto é, emissários, cuja missão era serem os representantes pessoais de
Jesus. Deu a esses apóstolos o pleno poder de autoridade que Ele tinha do Pai. A plenitude dessa autoridade
vem indicada nas palavras do Evangelho: "Em verdade, Eu vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no
céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu" (Mt 18,18). O clímax da formação da Igreja por
Jesus foi a Última Ceia. Nesta refeição Ele tomou pão e vinho e disse: "Tomai e comei, isto é meu corpo; tomai
e bebei, isto é meu sangue".
Com essas palavras Ele realmente se deu a eles. Recebendo-o desta forma, os Doze entraram numa intimidade
tão completa com Ele e com os outros, que jamais havia sucedido algo semelhante. Nessa refeição tornaram-se
um só corpo em Jesus. A Igreja primitiva estendeu a profundidade desta comunhão: é o que nos mostra a mais
antiga narração da Eucaristia, onde São Paulo diz: "Porque há um pão, nós que somos muitos, formamos um só
corpo, porque todos nós participamos de um só pão" (1Cor 10,17). Na Ceia, Jesus também falou do "novo
testamento".
Deus estava estabelecendo um novo pacto com a humanidade, uma aliança selada com o sangue sacrificial por
uma nova lei: o mandamento do amor. A mais antiga narração Eucarística, contida na primeira Carta aos
Coríntios, revela o que a Última Ceia significou para o futuro da Igreja. Lá se recorda que Jesus disse: "Fazei
isto em memória de mim" (1Cor 11,24). Jesus previu um longo período no qual sua presença não seria visível
para seus seguidores.
Seu desejo foi que a Igreja repetisse esta Ceia sempre de novo durante este período. Nestas celebrações, Ele
estaria intimamente presente, como Senhor da história, Ressuscitado, conduzindo Seu povo para aquele dia
vindouro, no qual Ele fará "novas todas as coisas", no qual haverá "um novo céu e uma nova terra" (Apoc 21, 1-
5).
A Última Ceia foi a etapa final de Jesus, antes de sua morte, na preparação dos Doze. Esta celebração revelou
como eles e seus sucessores, através dos tempos, deveriam exercer sua missão de ensinar, santificar e
governar. Segundo os Evangelhos (Mt 16, 13-19; Lc 22,31ss; Jo 21, 15-17), a responsabilidade conferida aos
apóstolos, foi conferida de modo especial a São Pedro. No Evangelho de Mateus encontram-se estas palavras de
Jesus: "E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno nunca

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prevalecerão contra ela". Pedro deve ser a rocha, o representante visível de Jesus que é o alicerce da Igreja.
Pedro fornecerá à igreja a liderança inabalável contra "os poderes da morte", contra quaisquer forças que
queiram destruir o que Jesus trouxe ao seu povo. A fundação da Igreja por Jesus foi completada pelo envio do
Espírito Santo. O nascimento efetivo da Igreja teve lugar no dia de pentecostes.
Este envio do Espírito realizou-se publicamente como também se tinha realizado à vista de todos a crucifixão de
Jesus. Desde aquele dia, a Igreja se tem mostrado como uma realidade humano-divina, como a soma da obra
do Espírito e do esforço dos homens, à maneira humana, para cooperar com o dom da sua presença e do
Evangelho de Cristo.

A Igreja como o Corpo de Cristo


A imagem da Igreja como o Corpo de Cristo encontra-se no Novo Testamento, nos escritos de São Paulo. No
cap. 10 da primeira Carta aos Coríntios, Paulo diz que a nossa comunhão com Cristo provém do "cálice de
bênção" que nos une em seu sangue, e do "pão que partimos" que nos une em seu corpo. Já que o pão é um
só, todos nós, embora sendo muitos, somos um só corpo.
O corpo Eucarístico de Cristo e a Igreja são, juntos, o Corpo (místico) de Cristo. No capítulo 12 da primeira
Carta aos Coríntios (e no capítulo 12 de Romanos), Paulo sublinha a dependência e a relação mútuas que temos
como membros uns dos outros. Nas Cartas aos Efésios e aos Colossenses o que se destaca é Cristo como nossa
cabeça. Deus deu Cristo à Igreja como sua cabeça. Através de Cristo, Deus está revelando seu plano, "o
mistério oculto através dos séculos", de unir todas as coisas e reconciliar-nos com Ele. Porque esse mistério está
sendo manifestado na Igreja, a Carta aos Efésios chama a Igreja de "o mistério de Cristo".

A Igreja como o sacramento de Cristo


Nos nossos dias, o Papa Paulo VI expressou a mesma verdade com estas palavras: "A Igreja é um mistério. É
uma realidade impregnada da presença oculta de Deus". Quando São Paulo e Paulo VI chamam a Igreja de
"mistério", a palavra tem o mesmo significado que a palavra "sacramento", Designa um sinal visível da invisível
presença de Deus. Assim como Cristo é o sacramento de Deus, assim a Igreja é para você o sacramento, o sinal
visível de Cristo. Mas a Igreja não é um sacramento "só para seus membros".
Na Constituição Lumen Gentium, sobre a Igreja, o Concílio Vaticano II afirma claramente: "Pela sua relação com
Cristo, a Igreja é um sacramento ou sinal da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano.
Ela é também um instrumento para a realização desta união e desta unidade" (Lumen Gentium, nº 1). No plano
que Deus tem para a raça humana, a Igreja é o sacramento, o primeiro instrumento visível pelo qual o Espírito
Santo vem realizando a unidade total que para todos nós está reservada. Entretanto, este processo de salvação
é uma aventura divino-humana. Nós todos participamos dele.
Nossa cooperação com o Espírito Santo consiste em nos tornarmos uma Igreja que de tal modo vê Cristo nos
outros, que os outros vejam Cristo em nós.

O Povo Católico de Deus


Falando da igreja, o Concílio Vaticano II destaca a imagem do Povo de Deus mais que qualquer outra.
Estritamente falando, todos os povos são de Deus; nos cap. 8 e 9 dos Gêneses, a Bíblia afirma que Deus tem
um relacionamento de aliança com toda a humanidade.
Mas a imagem do Povo de Deus aplica-se de modo especial aos seguidores de Cristo no Novo Testamento e
esclarece importantes traços da comunidade católica. Um fato importante com relação aos católicos é este: nós
temos o senso de sermos um povo. Muito embora sejamos constituídos de grupos nacionais e étnicos os mais
variados, temos a consciência de pertencer à mesma família espalhada por todo o universo. Outra característica
dos católicos é nosso senso de história.
Nossa ascendência familiar remonta até à cristandade primitiva. Poucos de nós conhecem o panorama completo
de nossa história como Igreja. Mas muitos de nós conhecem histórias de mártires e de santos. Sabemos de
grupos, antigos e modernos, que sofreram perseguição por causa da fé. E no fundo nos identificamos com essa
gente e sua história. Todas aquelas gerações que existiram antes de nós são gente sua e minha. Nossa
consciência de sermos um povo tem raízes profundas.
Pode haver católicos que falham e católicos não-praticantes. Mas bons ou maus, eles são católicos. Quando
retornarem, sabem onde é sua casa. E quando, de fato, retornam, são bem-vindos. A Igreja tem suas
imperfeições; mas no seu coração acha-se a inesgotável torrente da misericórdia e do perdão de Deus.
A comunidade católica não é todo o povo de Deus. mas é aquele grupo central, forte e identificável, que sabe
perfeitamente para onde todos estamos indo. Como o povo do Antigo Testamento em marcha para a Terra
Prometida, estamos profundamente para onde todos estamos indo. Como o povo do Antigo Testamento em

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marcha para a Terra Prometida, estamos profundamente conscientes de que "não temos aqui morada
permanente, mas estamos à procura da cidade que está para vir" (Hb 13,14).
Nosso instinto de fé nos diz que Deus está no nosso futuro, e que necessitamos uns dos outros para alcançá-lo.
Isto faz parte de nossa força, é uma faceta do nosso mistério.

A Igreja católica: uma instituição única


No século XVI escreveu o Cardeal Roberto Belarmino: "A única e verdadeira Igreja é a comunidade de homens
reunidos pela profissão da mesma fé cristã e pela comunhão dos mesmos sacramentos, sob o governo dos
legítimos pastores e especialmente do vigário de Cristo na terra, o Romano Pontífice". Como definição da Igreja,
a frase de Berlarmino é incompleta: fala da Igreja apenas como instituição visível.
Uma definição mais completa afirmaria, como o fez Paulo VI, que "a Igreja é um mistério... impregnado da
presença oculta de Deus". Mas a definição de Belarmino acentua um ponto importante: a Igreja é um realidade
social visível: possui um aspecto institucional que a compõe. Desde os primeiros anos da sua história, a
cristandade sempre teve uma estrutura visível: nomeou chefes, prescreveu formas de culto e aprovou fórmulas
de fé.
Vista a partir desses elementos, a Igreja católica é uma sociedade visível. Mas porque é também um mistério, a
Igreja é diferente de qualquer outro grupo organizado. Como sociedade visível, a Igreja católica é única. Outras
Igrejas cristãs possuem em comum com ela alguns "elementos" bem fundamentais, tais como "um Senhor, uma
fé, um batismo, um Deus e Pai de todos nós" (Ef 4,5). Mas, como afirma o Vaticano II, "esses elementos, como
dons próprios à Igreja de Cristo, impelem à unidade católica" (Lumen Gentium, nº 8).
Esta afirmação fundamental ensina que a plenitude básica da Igreja, a fonte vital da completa unidade cristão
no futuro, encontra-se unicamente na Igreja católica visível.

A Infalibilidade na Igreja
Cristo deu à Igreja a tarefa de proclamar sua Boa-Nova (Mt 28, 19-20). Prometeu-nos também seu Espírito, que
nos guia "para a verdade" (Jo 16,13). Este mandato e esta promessa garantem que nós, a Igreja, jamais
apostaremos do ensinamento de Cristo. Esta incapacidade da Igreja em seu conjunto de extraviar-se no erro
com relação aos temas básicos da doutrina de Cristo chama-se infalibilidade.
É responsabilidade do Papa preservar e nutrir a Igreja. Isto significa esforçar-se por realizar o pedido de Cristo a
seu Pai na Última Ceia: "que todos sejam um; como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles sejam um em
nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17,21). O magistério da Igreja tem um aspecto
sacramental: está destinado a ser um sinal e sacramento de unidade. Já que também é responsabilidade do
Papa ser uma fonte sacramental de união, tem ele uma função especial com relação à infalibilidade da igreja.
A infalibilidade sacramental da Igreja é preservada pelo seu principal instrumento de infalibilidade, o Papa. A
infalibilidade que toda a Igreja possui, pertence ao Papa dum modo especial. O Espírito de verdade garante que
quando o Papa declara que ele está ensinando infalivelmente como representante de Cristo e cabeça visível da
Igreja sobre assuntos fundamentais de fé ou de moral, ele não pode induzir a Igreja a erro.
Esse dom do Espírito se chama infalibilidade papal. Falando da infalibilidade da igreja, do Papa e dos Bispos, o
Concílio Vaticano II diz: "Esta infalibilidade, da qual quis o Divino Redentor estivesse sua Igreja dotada... é a
infalibilidade de que goza o Romano Pontífice, o Chefe do Colégio dos Bispos, em virtude de seu cargo... A
infalibilidade prometida à Igreja reside também no Corpo Episcopal, quando, como o Sucessor de Pedro, exerce
o supremo magistério" (Lumen Gentium, nº 25).

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OS APÓSTOLOS

PEDRO O mais velho dos discípulos. Pescador, originário de Betsaida. Seu nome original Simão Bar-Jonas, isto
é, "filho de Jonas", ou "filho de João". Jesus o apelidou como "Cefas", que significa "Pedra". Em grego, foi
traduzido como "Petros", até o original Pedro. Tinha um caráter impetuoso, porém, era o mais apavorado. Era
Pedro que respondia sempre pelos discípulos. Era ligado a Jesus, mais do que todos os outros discípulos. Vivia
em Cafarnaum com o irmão, André, sua mulher e sua sogra. Jesus morou com Pedro por muito
tempo.

ANDRÉ Era irmão de Simão Pedro, e como ele, pescador em Cafarnaum. Dos doze, o primeiro a ser tirado das
tranqüilas e fecundas águas do lago de Tiberíades para receber o título de pescador de homens, foi justamente
André, seguido logo de João. André foi também o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. A respeito
de seu martírio, não há informação certa. Há informações que foi crucificado em uma cruz de braços
iguais.

TIAGO Filho do pescador, Zebedeu e Salomé. Irmão mais velho do evangelista João. Era chamado "Thiago, o
Maior". Os dois irmãos tiveram de Jesus o apelido, entre elogio e reprovação, de "filhos do trovão". Assim como
os outros apóstolos, Thiago também foi vítima de perseguição movida pelas autoridades judaicas. Foi jogado no
cárcere e flagelado, "alegrando-se muito por ter sido digno de sofrer torturas pelo nome de Jesus." Houve uma
segunda perseguição, e uma terceira, ainda mais cruel, desencadeada por Herodes Agripa, para agradar os
judeus. Este Herodes, mostrando-se digno do nome do tio, o assassino de João Batista, e do avô Herodes, dito
o Grande, que tentou matar Jesus logo que nasceu; por um simples cálculo político, durante as festas pascais de
42 começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar 'a espada' Thiago, irmão de João, e vendo
que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro.

JOÃO O mais jovem dos apóstolos. Irmão de Thiago Maior. Ocupa um lugar de primeiro plano no elenco dos
apóstolos, provavelmente por se assemelhar a mãe, Salomé, mulher enérgica de fé sincera, que mais tarde se
uniu aos discípulos de Jesus. Apesar de simples e não instruído, é evidente que o jovem conhecia o
ensinamento dos essênios (ordem religiosa de João Batista), o que acentuou suas tendências apocalípticas.
Ouvindo a pregação do Batista, João se convenceu da aproximação do Reino de Deus. Ele está entre os mais
íntimos de Jesus. Está ao seu lado na hora da ceia. Durante o processo, e o único entre os apóstolos, que
assiste à sua morte junto com Nossa Senhora. Conforme uma tradição unânime ele viveu em Éfeso em
companhia de Nossa Senhora e sob o Imperador Domiciano, foi colocado dentro de uma caldeira de óleo
fervendo, daí saindo ileso, e todavia com a glória de ter dado testemunho. Morreu devido a idade avançada em
Éfeso, durante o império de Trajano, e aí foi sepultado.

MATEUS Seu nome era Levi Bar-Alfeu, ou filho de Alfeu. Matheus era o apelido dado por Jesus, originário de
Matajja, isto é, "dom de Deus". Era o cobrador de impostos dos publicanos. É provável que tenha sido o próprio
Matheus quem primeiro começou a colocar por escrito as palavras de Cristo, mais tarde. Abandonou o dinheiro

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para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. "Não ajunteis para vós tesouros na
terra, onde a traça e o caruncho os destróem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós
tesouros nos céus. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." Matheus, o rico coletor, respondeu ao chamado do
Mestre com entusiasmo. Morreu apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia.

BARTOLOMEU É apresentado com o nome de Natanael Bar-Tholmai, isto é, filho de Tholmai, da cidade de
Caná. Em hebraico, Tholmai quer dizer "arado ou agricultor". Todos os chamavam de "filho de Tholmai", o que
originou o nome Bartolomeu. Bartolomeu viu os prodígios operados pelo Mestre, ouviu a sua mensagem,
assistiu a sua paixão e glorificação, depois se tornou arauto da Boa Nova, aceitando com o mesmo entusiasmo
as conseqüências de um testemunho comprometido. O apóstolo Bartolomeu, que era da Galiléia foi para a
Índia. Pregou para aquele povo a verdade do Senhor Jesus, segundo o evangelho de São Matheus. Depois que
naquela região converteu muitos a Cristo, passou para a Armênia, onde levou a fé cristã ao rei Polímio e sua
esposa, e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos
sacerdotes locais, que por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e
decapitá-lo.

FILIPE Grande amigo de Bartolomeu, morava em Betsaida e sabia grego melhor do que todos. No relato da
milagrosa multiplicação dos pães é a Filipe que Jesus dirige a bem conhecida pergunta: "Onde compraremos
pão, para que esta gente possa comer?" Filipe não entende o significado da pergunta e depois de haver dado
uma olhada para a multidão disse: " Duzentos denários de pão não seriam suficientes para que cada um receba
um pedaço." O resto da vida de Filipe está encoberta na obscuridade, como também a sua morte. A tradição
mais comum afirma que Filipe morreu crucificado em Gerápolis, aos 87 anos.

TOMÉ Mais um pescador. Tinha o apelido de dídimo, em aramaico. Logo em seguida, traduzido para o grego
"Thomé", que significava "gêmeo". Segundo a tradição, seu nome verdadeiro era Judas.

JUDAS TADEU É chamado por muitos "o irmão do Senhor". Dado a notoriedade de Thiago na Igreja primitiva,
Judas era sempre lembrado como irmão de Thiago de Alfeu. O breve escrito de Judas Tadeu é uma severa
advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza e a fé.

TIAGO DE ALFEU São Tiago, que o evangelista Marcos chama " O Mentor" para distingui-lo de Thiago, irmão
de João, entra em cena como bispo de Jerusalém, após o martírio de Thiago, o Maior, no ano 42 D.C., e após o
afastamento de Pedro de Jerusalém. Sobre a morte de Tiago, possuímos informações que o apóstolo teria sido
condenado ao apedrejamento no ano 61 ou 62 do sumo pontífice Anás II.

SIMÃO O Zelote, que para seguir a Cristo, abandonou um partido de extremistas armados, nada sabemos das
circunstâncias que se referem a sua vocação. Simão, o desconhecido, é sempre um apóstolo do Senhor que
trabalha a vida toda na lavoura do Senhor e combate nas trincheiras da fé, não tendo em vista uma menção de
honra, mas para o triunfo do Reino de Deus. Simão percorreu os caminhos do Evangelho "sem mala, sem
dinheiro, pregando o reino dos céus; curou os enfermos, ressuscitou os mortos, limpou os leprosos, expulsou os
espíritos maus." Segundo uma notícia, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, em 107,
com respeitável idade de 120 anos.

JUDAS ISCARIOTES Seu nome verdadeiro era Judas de Simão. Era originário da cidade de Kerioth. Todos os
chamavam de "Ish-Keriot", que significava, "da cidade de Keriot". O que se deu o nome de Judas Iscariotes.

O 13º APÓSTOLO - MATIAS É um nome frequente entre os hebreus e quer dizer "dom de Deus". É o
apóstolo que recebeu como dom o ser agregado aos Doze, tomando o lugar vago deixado pela deserção de
Judas Iscariotes. A sua eleição foi mediante sorteio, após a Ascensão do Senhor, pela proposta de Simão Pedro.
Matias esteve portanto constantemente próximo a Jesus desde o início até o fim de sua vida pública.
Testemunha de Cristo e mais precisamente da sua ressurreição, pois a ressurreição do Salvador é a própria
razão de ser do cristianismo. Nada se sabe de suas atividades apostólicas, nem se morreu como mártir ou de
morte natural. A tradição da morte por decapitação com um machado se liga o seu patrocínio especial aos
açougueiros e carpinteiros.

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A PESSOA DE JESUS CRISTO

Jesus Cristo: sua pessoa e sua mensagem


Comece perguntando a você mesmo(a): porque você é cristão(ã)? É uma pergunta muito séria e que, pelo
menos uma vez na vida, toda pessoa necessita fazer a si mesma(o). Pena que nem todos descobrem isso. A
seriedade da pergunta vem do fato que o cristianismo se constrói a partir da livre adesão ao convite que Jesus
faz a cada ser humano. Veja, por exemplo, como foi o encontro de Jesus com algumas pessoas. Lembre-se de
Pedro, de Zaqueu, da Samaritana.....
O problema é que, para muitas pessoas, o cristianismo não se tornou uma questão de opção; nasceu em família
cristã, educou-se em colégio religioso, casou na igreja, mora do lado da capela. Só que a fé não é uma coisa tão
automática. Ela exige uma resposta livre e consciente. Ela exige adesão. Implica em opção. Jesus chama, nós
ouvimos e, se o coração for tocado, acolhemos, respondemos e mudamos nossa vida. É por isso que vamos
conversar sobre a pessoa e a mensagem de Jesus, procurando recordar os pontos principais do anúncio do
Reino de Deus.
De fato, lembre-se de que Jesus tinha um recado da parte de Deus Pai, uma Boa Notícia (Evangelho) para
anunciar a todos os seres humanos. Por isso se diz que Ele é a própria “Palavra“ do Pai vinda ao mundo (Jo
1,14). “E a palavra se fez homem”. Ele não só diz verdades, mas é a própria Verdade “a luz verdadeira que,
vinda ao mundo, ilumina todos os homens” (Jo 1,9). Durante cerca de trinta anos, Jesus ensinou a viver, não
com palavras, mas com sua própria vida, trabalhando, servindo à sua família e ao povo de Nazaré, orando,
amando, libertando. Depois, durante aproximadamente três anos, Jesus foi de aldeia em aldeia, dando o seu
recado, ensinando e pregando ao povo.
Mas afinal, qual era a mensagem do Mestre de Nazaré ? Sobre o que Ele falava ao povo?
Jesus falou sobre muitas coisas: falou sobre Deus, como Pai que nos ama; sobre o amor fraterno; sobre a vida e
a morte; sobre a libertação e esperança; sobre criança e família, sobre a ação e oração... mas, toda a
mensagem de Jesus pode ser resumida em:

“O REINO DE DEUS”
É esta a idéia central de toda a pregação de Jesus, o centro de todo o Evangelho! Jesus pregava a Boa Notícia
para todos. Todos eram convidados a participar de seu Reino. Mas, de fato, quem acreditava mesmo em Jesus
e, com entusiasmo, aceitava a Boa Notícia do Reino, era o povo humilde da Galiléia. O Reino de Deus começa
com o mundo do jeito que Deus quer, uma “Terra sem males, sem injustiça, sem fome, sem pecado; onde os
seres humanos viviam unidos como irmãos e em profunda comunhão com Deus como filhos do Pai”. Isso não é
utopia! Jesus já trouxe e implantou no mundo o Reino de Deus .
“O Reino de Deus já chegou” (Lc 11,20) e o deixou presente no coração de cada pessoa (Lc 12,31-32). O Reino
de Deus, porém, é como uma pequena semente : “ele vai crescendo, mesmo que ninguém perceba”. (Mc 4,26-
34). É como o trigo semeado no campo: o joio e as ervas daninhas, semeadas pelo inimigo do Reino, crescem
mais rápido e até parecem sufocar o trigo, é preciso ter a paciência e a esperança, na certeza da vitória
definitiva do Reino (Mt 13,24-30;36-43) .

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Jesus deixa bem claro que a realidade do Reino, já presente e atuante no mundo, realizar-se-á plenamente só
no “fim dos tempos”, quando “serão destruídas todas as forças do mal e Deus será tudo em todos!” (1 Cor1
5,24-28), quando haverá novo céu e nova terra, e Deus habitará com os homens e eles serão o seu povo, e ele
enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca haverá mais morte, nem dor...” (Ap 21,14 ). Mas disse,
“ninguém sabe nem o dia e nem a hora!” ( Mt 13,32). Por enquanto, nos resta a esperança e a certeza de que o
Reino de Deus há de crescer, que o mal será vencido e o mundo será melhor, mas também uma enorme
responsabilidade:
Jesus nos chamou para sermos seus colaboradores, para o crescimento de seu Reino no mundo. É esta a
missão dos cristãos, como Igreja de Jesus Cristo: “ser semente, sinal e instrumento do Reino; ser como o
fermento na massa ( Mt 13,33), como o sal que dá sabor (Mt 5,13), como a luz que ilumina”. ( Mt 5,4) E,
enquanto lutamos para o crescimento do Reino em nós e no mundo, continuamente invocamos: “Pai, venha a
nós o Vosso Reino!”.

Mas que amor é esse?


É o amor do jeito que Jesus viveu e ensinou e que assim resumiu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O
segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!”. (Mt 22,36-39).
Nas bem-aventuranças (Mt 5,6-7) ao apresentar o amor como nova Lei do Reino, Jesus se refere
constantemente à Lei dos 10 Mandamentos que Deus, por meio de Moisés, tinha dado ao Povo de Israel para
ser um povo livre, povo justo e irmão, povo de Deus. Aconteceu que para muitos (fariseus, etc...), os
mandamentos não foram visto como caminho para prosseguir.
Os judeus pensavam que eram bons e seriam salvos só porque não matavam, não roubavam, freqüentavam o
templo. Jesus diz bem claramente que Ele não veio para acabar com a Lei de Moisés, mas sim para dar-lhe
pleno cumprimento (Mt 5,17).
Para Jesus os “Dez Mandamentos” são ponteiros que indicam o caminho do amor, são como os primeiros e
indispensáveis passos, numa “longa e difícil estrada que conduz ao amor”. Se alguém diz: - Eu amo a Deus e,
no entanto, odeia seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá
amar a Deus, a quem não vê. Este é justamente o mandamento que recebemos de Jesus: “quem ama a Deus
ame também o seu irmão” (Jo 4,20-21).

Mas como amar?


Jesus diz: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei!” (Jo 15,12) .
Está aí (“como eu”) o exemplo, a fonte inesgotável do verdadeiro amor. Amor com “A” maiúsculo. Amor que só
aprendemos na escola de Jesus e num único livro: o Evangelho. Por isso é hora de pegar a Bíblia e começar a
meditar sobre algumas parábolas contadas por Jesus acerca do Reino de Deus:
Mt 13,1-23 (os diversos tipos de terreno) Mt 13,24-30 (a semente boa e o joio) Mt 13,31-32 (o Grão de
mostarda) Mt 13,33 (o fermento) Mt 13,44-46 (o tesouro e a pérola preciosa) Mt 13,13-47 (a rede) Quando
começamos a meditar em todas essas coisas, uma pergunta vem logo à nossa mente:

Afinal quem é Jesus de Nazaré?


A pergunta estava na boca de todos: discípulos, adversários, povo, autoridades. Que tipo de homem era Jesus
que os adversários temiam, que o povo exaltava com entusiasmo e que todos os discípulos amavam, mesmo
sem ainda saber exatamente o que pensar diante das coisas incríveis que Ele fazia e dizia?
Que fenômeno era esse homem que, praticamente sozinho, em questão de meses e sem nenhum veículo de
comunicação, a não ser a boca do povo, tornara-se conhecido em toda a Galiléia, Judéia e até em outras
regiões? O que havia neste homem de tão extraordinário para que milhões de pessoas continuassem
acreditando Nele, vivendo com Ele, dispostas a dar a vida por Ele? Com certeza, vale a pena conhecer um pouco
mais sobre a vida e a personalidade do Nazareno .
Sobre a infância de Jesus, pouco sabemos, a não ser o que Mateus e Lucas nos conta nos seus Evangelhos. Em
Nazaré, pobre e esquecido lugarejo da Galiléia, havia uma moça chamada Maria, prometida em casamento a um
jovem chamado José. Deus revelou a Maria que ela se tornaria mãe de um menino, cujo nome seria Jesus e que
isso aconteceria de um modo extraordinário, não por obra de uma relação sexual, mas obra do Espírito Santo.
Para José não foi nada fácil entender isso, mas ajudado por Deus, ele soube respeitar a gravidez de sua noiva e
acolheu Maria em sua casa como esposa. Depois de nove meses o menino nasceu... mas esta é uma história
que todos já conhecem!!! O menino nasceu como todos os bebês, foi amamentado e foi crescendo, ajudado por
seus pais. O garoto crescia em tamanho, em sabedoria, em amor para com Deus e para com todo o mundo.

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Aprendeu a ler, a escrever, a conhecer as Sagradas Escrituras, a orar. Era conhecido por todos como o filho do
carpinteiro José e é bem provável que tenha trabalhado junto a ele, durante toda a juventude, até os trinta
anos. Jesus não era um super-homem!!! Era um homem que teve de se esforçar para crescer, aprender e a
desenvolver-se em todos os sentidos. Um homem que se cansava, chorava, sofria, tinha momentos de alegria,
mas também de tentação e de “fossa” e que se aborrecia com as coisas erradas e a falsidade. Jesus era gente,
igual a nós em tudo, menos no pecado.
Nada sabemos sobre a aparência de Jesus. Sabemos contudo da personalidade humana incrível que ele tinha!
Manso e humilde de coração, carinhoso com os pequeninos que acorriam a ele, cheio de ternura para com seus
amigos (Lázaro, Maria e Marta, Pedro e João), paciente e bondoso com os pecadores, Jesus era também
enérgico e corajoso. Sabia sustentar suas convicções contra tudo e contra todos, enfrentou seus adversários,
chamando os chefões religiosos de hipócritas, mentirosos, opressores do povo e expulsou com um chicote os
que faziam do templo de Deus e da religião um comércio.
Jesus era também sábio e prudente: evitava discussões inúteis, não provocava os adversários e nunca caiu em
suas armadilhas. Para não ser mal interpretado e para não atiçar a ira dos que queriam a sua cabeça, Jesus
questionava, exigia mudança de vida, renúncias e sacrifícios. Enfim, Jesus é o homem perfeito, o homem
paradigma, o homem cheio do Espírito de Deus! Conforme Isaías tinha dito: “sobre ele repousará o Espírito do
Senhor; Espírito de sabedoria e inteligência, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de ciência e temor de
Deus” (Is 11,2-3).
Lendo os Evangelhos, refletindo com amor sobre essa personalidade tão completa de Jesus, dá mesmo para
concluir que “humano assim, só Deus mesmo!” As obras de Jesus que provam que é Filho de Deus vivo, são
toda a sua vida de amor e seus inúmeros milagres. Quem não se lembra da lista enorme de milagres e do poder
de Jesus? E a prova suprema?

JESUS RESSUSCITA DOS MORTOS!


Muitos não aceitaram nem a vida, nem as palavras, nem as obras de Jesus de Nazaré. Preferiam eliminá-lo!
Muitos continuam não acreditando. Mas milhões de seres humanos acreditam firmemente que Jesus é o Filho de
Deus que se fez gente (“se encarnou”), verdadeiro Deus. Durante mais de dois mil anos inúmeros seguidores de
Jesus apostaram e continuam apostando toda a sua vida neste Filho de Deus e naquilo que Ele propôs ao
mundo.
Em Jesus de Nazaré podemos saber o que é e como age o Deus verdadeiro! Deus é tão próximo, tão amigo, tão
ocupado e preocupado com a vida da gente, tão implicado em nossa luta contra o mal, a injustiça, a miséria, a
falsidade, tão profundamente humano quanto Jesus manifestou sê-lo, lá na Palestina. “Jesus é o sacramento do
Pai” , a “cara do Pai” .
Não foi à toa que Ele disse “QUEM ME VIU, VIU O PAI” ( Jo 14,9).
Em Jesus podemos saber quem é o ser humano. Deus se encarnou, se fez gente, para nos mostrar o que é ser
gente. Jesus é o modelo perfeito para o ser humano, desde o começo criado “à imagem e semelhança de
Deus”. É a imagem do “homem novo” a que todos somos chamados a ser (Col. 3,10).
E mais uma coisa: com a encarnação, Deus uniu-se de modo especial a toda a humanidade e cada ser humano
é, assim, um valor imenso, divino. Por isso, Jesus nos diz: “Tudo o que fizerem ou deixarem de fazer, sobretudo
aos mais pequeninos e sofredores, é a mim que vocês farão ou deixarão de fazê-lo” (Mt 25,31-46).

Textos indicados para meditação - Jesus ama o povo:


Mt 9,35; Jo 6,1-11 (partilha dos pães); Lc 19,47-48 Jesus ama seus discípulos e amigos: Jo 11,17-44
(ress.Lázaro); Jo 13,1-17 (lava pés); Jo 15-17 (chamo vocês de amigos) Jesus ama os pobres e as crianças: Mt
11,25-30 (meu fardo é leve); Mc 10,46-52 (cura de Bartimeu); Lc 6,20-23 (o Reino de Deus é dos pobres); Lc
18,15-17 (deixem as crianças) Jesus é paciente e bondoso com os pecadores: Mt 9,9-13 (come c/pecadores); Lc
15,1-7 (a ovelha perdida); Jo 8,1-11 (a adúltera) Jesus é corajoso, livre, bom, pobre: Mt 21,12-13 (expulsa os
vendedores do templo); Mt 12,9-14; Mt 11,29; Mt 8,20 Jesus é cheio do Espírito de Deus: Mt 3,16-17;4,1; Mt
12,28; Lc 4,14-21 (o “programa” de Jesus); Lc 10,21

Outros textos para reflexão:


Mt 9, 35-38; Mt 10,1 (Jesus vê o povo perdido e lhes dá pastores); Lc 20,20-26 (A César o que é de César...);
Mt 12,9-14 (Jesus cura no Sábado); Mt 3,16-17; Mt 4,1-11 (tentação); Mt 12,22-32 (pecado s/perdão); Mt
12,33-37 (se plantarmos árvore boa, o fruto será bom); Jo 4,5-15 (samaritana).

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A IGREJA COMO COMUNIDADE E OS
COMPROMISSOS COM ELA

Enquanto andava fazendo o bem e anunciando a todos a Boa Notícia do Reino, Jesus acabou por reunir, em
torno de si, um grupo de seguidores , dispostos a viver o seu Evangelho e a continuar sua missão . A este
grupo, chamamos : “Igreja” .
Nesta etapa de nossa caminhada vamos procurar conhecer um pouco mais sobre a Igreja de Jesus Cristo, nossa
Igreja.
Vamos fazer com fé e com amor: aceitar, amar e viver sua Igreja!

A Igreja vem de Jesus Cristo


Andando na beira da praia, com os pescadores, ou passando pelas ruas das pequenas aldeias da Galiléia, Jesus
foi escolhendo e chamando seus discípulos, um por um, pelo nome : “João, André, Pedro, Tiago, Mateus... Vem
e segue- me!“, disse Ele.
A este primeiro núcleo de 12 seguidores, a quem Jesus chamou de apóstolos, isto é, “enviados“ (Lc 6,12-16),
foram ajuntando-se outros discípulos, homens e mulheres, crianças, jovens e adultos (Lc 10,1). Eram todos
gente do povo, humildes, que vibravam com a mensagem de Jesus e que nele depositavam toda a sua
esperança: gente em busca de algo mais. Com este grupo de discípulos, a quem chamava “meus irmãos“, Jesus
fez vida em comum, durante três anos. Partilhavam o mesmo pão, andavam juntos, de aldeia em aldeia,
fazendo o bem a todos e levando a todos a Boa Notícia do Reino de Deus.
Durante três anos de convivência, os discípulos aprenderam a conhecer a fundo a pessoa de Jesus, a amá-lo e a
viver do jeito como ele vivia e amava. Com Jesus aprenderam a viver como verdadeiros filhos do Pai do Céu, a
orar e buscar sempre a sua vontade. Com Jesus, aprenderam que amar é servir e que, para viver em
comunidade com irmãos, ninguém deve querer ser mais do que ninguém. Com Jesus, aprenderam a enxergar e
a preocupar-se com os problemas e sofrimentos do povo, dos pobres, dos pequenos.
Jesus confiava em seus amigos e valorizava cada um. Desde o começo deu-lhes responsabilidades e pequenas
missões: mandava-os aos bairros e nas casas para falar ao povo e anunciar sua chegada e seu Evangelho, para
curar doentes, expulsar qualquer tipo de mal e para distribuir pão aos famintos. Enfim, foram três anos de
aprendizagem de vida cristã, de vida comunitária, de trabalho pelos outros: três anos na escola de Jesus !
No final de três anos de convivência, quando o Ressuscitado tirou sua presença visível (ascensão), deixando aos
discípulos a tarefa de continuar sua missão, já estavam bem claros os princípios, os objetivos e as esperanças
que deveriam orientar, para sempre, a Igreja de Jesus.

Há uma profunda relação de união-amor- identificação entre Jesus e sua Igreja


• “Eu estarei com vocês todos os dias, até o final do mundo ! “ (Mt 28,20)
• “Não os deixarei órfãos. Vocês estão em mim e eu em vocês ! (Jo 14,18)
• “Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali no meio deles! “(Mt 18,20).
• “Eu sou o tronco e vocês os ramos : permanecei unidos a mim “. (Jo 15,1-6)
• “Simão, você me ama? Então cuide de minhas ovelhas ! (Jo 21,17)

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• “Os que ouvem vocês, é a mim que ouvem; quem rejeita vocês, é a mim que rejeita! (Lc 10,16). 1.2. É
indispensável que os discípulos permaneçam unidos entre si
• “Pai, que todos sejam um, a fim de que o mundo reconheça que tu me enviaste e que o amaste, como amaste
a mim”. (Jo 17,23): foi a prece e o testemunho de Jesus durante a última Ceia.
1.3. A Igreja tem a missão de anunciar Cristo e de continuar sua obra no mundo todo
• “Como o Pai me enviou, assim eu envio vocês “. (Jo 20,21).
• “Sejam minhas testemunhas, até os extremos da terra ! “ (At 1,8). 1.4. O Espírito Santo vai levar à frente a
obra começada por Jesus e será a luz e força para a caminhada da Igreja
• “Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos enviará tudo e vos ensinará tudo o que
eu vos disse ! (Jo 14,26).

Foi no Dia de Pentecostes que nasceu a Igreja


Jesus fundou a Igreja, mas era como pequena semente que o agricultor lança na terra. A semente da Igreja
brotou e começou a crescer no dia de Pentecostes, pelo Dom do Espírito Santo, que Jesus tinha prometido. Já
conhecemos o que aconteceu naquele dia: a experiência incrível da ação do Espírito, como fogo e vento
impetuoso, a transformação dos discípulos, gente simples e medrosa em ardorosos missionários de Jesus
Cristo... aquela multidão de pessoas de diferentes línguas e raças, que começam a entender e a falar a mesma
linguagem (linguagem do Evangelho e o do Amor) e que são batizadas para formar um só povo, o povo de
Deus.
Foi neste dia de Pentecostes que a Igreja nasceu e começou sua caminhada, tornando visível sua missão de ser
o sinal e o instrumento da comunhão e da fraternidade universal (Reino). Naquele começo da Igreja houve uma
presença muito especial e que continuaria marcando toda a longa história da verdadeira Igreja de Jesus: lá
estava Maria, reunindo os discípulos de seu Filho, com seu coração de mãe e, junto com eles, implorando o
Dom do Espírito Santo.
Assim como Maria faz parte indispensável da vida de Cristo, faz parte também da Igreja, desde o dia de seu
nascimento, como mãe e modelo. Não se pode falar de Igreja, se Maria não está presente! Logo após
Pentecostes, a Igreja, cheia do Espírito Santo do Senhor, começou sua caminhada ; vivendo como Jesus tinha
ensinando, organizando- se e levando à frente a missão que Jesus lhe tinha confiado. Vejam o que diz o livro
Atos dos Apóstolos (Capítulo 2 e 4) sobre a vida desta primeira Igreja
Os seguidores de Jesus preservaram-se fiéis aos ensinamentos dos apóstolos; — Viviam bem unidos, eram um só
coração e tinham em comum todas as coisas; — Rezavam juntos no templo e reuniam- se também nas casas,
para celebrar a Ceia (fração do Pão); — Partilhavam seus bens com os necessitados e curavam os doentes; —
Davam um bonito testemunho de vida e, assim, atraíram à fé muitas outras pessoas.
A Igreja de Jesus Cristo é isso ! Hoje, depois de mais de vinte séculos, espalhada no mundo todo, há milhões de
pessoas que dizem “sim“ ao chamado de Jesus Cristo e, cheias de seu Espírito, procuram viver como os
primeiros Cristãos: são a Igreja de Jesus Cristo, a mesma Igreja dos Apóstolos! E Jesus continua com eles! Nós
somos, hoje, a Igreja fundada por Jesus e nascida no dia de Pentecostes, no fogo do Espírito Santo! E Jesus
conta conosco !

Para leitura e meditação:


ATOS DOS APÓSTOLOS, do Cap. 1 ao Cap. 5
Importante: Ler com bastante calma, procurando ver o conjunto de textos. Trata-se de uma espécie de “carteira
de identidade da Igreja”, por isso é muito importante perceber quais são as características que Lucas, autor dos
Atos dos Apóstolos, indica e que não podemos perder.
Afinal de contas, é com essas características que queremos nos comprometer?

13
SANTÍSSIMA TRINDADE

Primeiramente, cabe contar uma pequena história que nos ajudará a entender a posterior explicação.
Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um
Deus em três pessoas distintas...
Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar,
trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito. Após ver repetidas vezes o menino
fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia.
O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade:
-"estou querendo colocar a água do mar neste buraco".
Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe:
-"mas você não percebe que é impossível?".
Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe:
"ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser
entendido por um homem!".
E continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria.
Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse
em os perscrutar perderia totalmente a fé" (Sto. Agostinho).
Só poderíamos compreender perfeitamente a Santíssima Trindade se nós fossemos 'deus'. Podemos, contudo,
por meio da razão iluminada pela fé, chegar a um conhecimento muito útil dos mistérios, considerando certas
analogias da natureza. Citemos algumas: o raio branco de luz, sendo apenas um, pode ser decomposto em
vermelho, amarelo e azul; a ametista brilha de três cores diferentes, segundo o lado em que se observa: é
purpúrea, violeta e rósea, sem ser mais do que uma pedra. O fogo queima, ilumina e aquece, sendo apenas
fogo, etc.
Bem, a Santíssima Trindade é superior à capacidade humana de entendimento, mas não contraria a razão. Dizer
que existe "um Deus em três pessoas" é superior à capacidade de compreensão humana, mas não é o mesmo
que dizer que é "um Deus em três deuses", que seria contrariar a razão humana.
Ou seja, o mistério é conhecido, mas não é compreendido em sua totalidade. Sabendo disso, a Igreja aconselha
muita cautela na busca de conhecer certos mistérios superiores à nossa compreensão, conforme ensina o
Catecismo Romano, transcrevendo a Bíblia: "Quem quer sondar a majestade, será oprimido pelo peso de sua
glória" (Prov. 25, 27).

14
O Conhecimento através da Revelação
Portanto, a Santíssima Trindade só é conhecida através da Revelação, através das palavras de Nosso Senhor
Jesus Cristo, que era Deus e Homem verdadeiro. Disse Nosso Senhor: "Ensinai todas as gentes, e batizai-as em
nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28, 19). Na sua última prece, o Salvador pede que seus
discípulos sejam um como seu Pai e Ele não são mais que um (S. Jo., 17, 21).
Também afirma: "Meu Pai e eu somos um" (Jo., 10, 30), deixando clara a unidade de natureza entre o Pai e o
Filho. Em diversas passagens, os apóstolos reconhecem Nosso Senhor como "Filho de Deus", que prometeu
enviar o "Espírito Santo" sobre eles, que ressuscitou dos mortos ao terceiro dia pelo seu próprio poder, etc.
Na promessa de enviar o Espírito Santo, Nosso Senhor, antes de se elevar ao Céu, anunciou aos Apóstolos que
o Pai lhes enviará o Espírito Santo, que os ensinaria e os fortaleceria na fé: "Rogarei a meu Pai e Ele vos
mandará outro consolador" (Jo 14, 16, 26), "o espírito da verdade" que "vos ensinará tudo" (Jo, 14, 26).
Ora, como não há ninguém senão Deus (a verdade), capaz de ensinar tudo, resulta dessas palavras que tal
consolador é Deus, como o Pai e o o Filho que hão de mandá-lo. S. Pedro repreende Ananias que procurou iludir
o Espírito Santo, e acusa-o de ter assim mentido a "Deus", não aos homens (Act. 4, 5, 11) Na mesma passagem
sobre o Espírito Santo, fica claro que as pessoas são distintas: O Pai que envia, o Filho que roga ao Pai, o
Espírito Santo que será enviado. Em II Cor, 13, 13 está escrito: "Estejam com todos vós a graça de Nosso
Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo"!.
No "batismo" de Nosso Senhor, ao sair da água, os céus se abriram e o "Espírito, como uma pomba", desceu
sobre Nosso Senhor e uma voz "veio dos Céus: "Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo".
Em São Mateus, lemos: "Só o Pai conhece o Filho e o Filho conhece o Pai"(Mt 11, 27; Lc. 10, 22). Em S. João,
está que o Espírito Santo "procede do Pai", que é "enviado pelo Filho" (Jo 15, 26; 16, 7). Respondendo a Felipe,
que lhe havia pedido para ver o Pai: "Filipe, quem me viu, viu também o Pai.
Como é que dizes: Mostra-nos o Pai?
Então não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim" (Jo, 14, 9 e 10). O mesmo que Jesus Cristo
explica da sua união com o Pai, afirma-o igualmente do Espírito Santo. "Quando tiver vindo o Consolador que eu
vos mandarei de junto de meu Pai, o Espírito de verdade que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim" (Jo,
15, 26). Ora, o que procede de Deus tem, forçosamente, natureza idêntica à de Deus.
Dessa forma, fica clara a distinção de três pessoas em um só Deus, ou seja, três pessoas de mesma natureza,
poder e glória. Já no Antigo Testamento a Trindade estava implícita.

Citemos algumas passagens:


Os sacerdotes judeus deviam, ao abençoar o povo, invocar três vezes o nome de Deus (Num. 6, 23). Isaías diz-
nos (6, 3) que os Serafins cantam nos céus: Santo, santo, santo é o Deus dos exércitos. Notemos sobretudo o
estranho plural empregado por Deus na criação do homem: "façamos o homem à nossa imagem e
semelhança"(Gen. 1, 26).
No momento da confusão de Babel: "Vinde, diz o Senhor, confundamos a sua linguagem" (Gen. 11, 7). Por que
esse plural? Já, depois da culpa de Adão, o mesmo livro sagrado representa Deus dizendo ironicamente:
"Portanto eis Adão que se tornou com um de nós, vamos agora impedir-lhe que levante a mão à árvore da
vida"(Gen. 3, 22). E David escrevia no Salmo CIX: "Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta-te à minha direita".
Encontram-se, no Antigo Testamento, duas expressões para designar a divindade: uma é "Jehováh", outra é
"Eloim".
Pelo parecer de todos os hebraizantes, a primeira se aplica ao mesmo ser de Deus, à sua suprema essência:
está sempre no singular. A segunda exprime a idéia da presença de Deus e do seu poder: vem sempre no plural
e significa "os deuses"; mas, o que não deixa de surpreender é que esta palavra sempre no plural, rege sempre
no singular o verbo que a segue.
Assim o primeiro versículo da Bíblia traduzir-se-ia literalmente: "No princípio, "os deuses" fez o céu e a terra".
Os sábios não duvidam em ver, nesta palavra "Eloim" e no modo de se usar dela, uma expressão que deixa
entender a existência de várias pessoas em Deus.

Na Tradição da Igreja encontramos várias provas da Santíssima Trindade.


a) Testemunho dos Mártires. Era para confessar a sua fé na divindade das três pessoas e particularmente em
Nosso Senhor, que numerosos mártires sofriam os suplícios mais cruéis. Assim, para citarmos um exemplo
apenas, S. Policarpo (166), discípulo de S. João, exclamava em frente da fogueira acesa: "Eu vos glorifico em
todas as coisas, a vós, ó meu Deus, com vosso eterno e divino Filho, Jesus Cristo, a quem, com o Espírito Santo,
seja honra, agora e para sempre".

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b) Testemunho dos Padres da Igreja. Nos escritos de certos Padres, encontram-se testemunhos valiosíssimos
desta nossa crença. Santo Inácio de Antioquia fala do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo três pessoas
às quais devemos respeito igual. Santo Irineu diz que "a Igreja, espalhada pelos Apóstolos até os confins do
universo, crê em Deus Pai todo-poderoso, em Jesus Cristo, seu Filho, encarnado por nossa salvação e no
Espírito Santo que falou pelos profetas". Claríssimas são, também, na sua conclusão, as palavras de Tertuliano:
"O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito-Santo é Deus e Deus é cada um deles".

c) Prática da Igreja. De acordo com sua crença, a Igreja sempre administrou o batismo em nome das três
pessoas. Ocupa o primeiro lugar na liturgia, o mistério da Santíssima Trindade. Dela fazem menção todas as
bênçãos, todas as orações, todas as cerimônias, quer por meio do sinal da cruz, quer pela dexologia: "Glória ao
Pai ao Filho e ao Espírito Santo". Ademais, sem a divindade de Nosso Senhor, não haveria a redenção, que
consiste na crucifixão e morte de Nosso Senhor sobre a Cruz. Se Cristo não fosse Deus, o "pecado original" e os
nossos "pecados atuais" não poderiam ter sido remidos, visto terem um valor infinito (pois foram praticados
contra Deus, que é infinito) e precisarem de um ser infinito para os expiar.

Uma pequena explicação filosófica


Para dar uma explicação mais simples, sendo Deus onipotente e sendo o existir próprio à eternidade de Deus e
à sua natureza: "Eu sou aquele que é", a imagem que Deus tem de si mesmo é o seu Filho, o verbo de Deus. A
este pensamento vivo em que Deus se expressa perfeitamente a si mesmo chamamos Deus Filho. Deus Pai é
Deus conhecendo-se a si mesmo; Deus filho é a expressão do conhecimento que Deus tem de si.
Assim, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade é chamada Filho, precisamente porque é gerada desde toda a
eternidade, engendrada na mente divina do Pai. Também a chamamos Verbo de Deus, porque é a "palavra
mental" em que a mente divina expressa o pensamento sobre Si mesmo. Depois, Deus Pai (Deus conhecendo-
se a Si mesmo) e Deus Filho (o conhecimento de Deus sobre Si mesmo) contemplam a natureza que ambos
possuem em comum.
Ao verem-se (falamos, naturalmente, em termos humanos), contemplam nessa natureza tudo o que é belo e
bom - quer dizer, tudo o que produz amor - em grau infinito. E assim, a vontade divina origina um ato de amor
infinito para com a bondade e a beleza divinas. Uma vez que o amor de Deus por Si mesmo, tal como o
conhecimento de Deus sobre Si mesmo, é da própria natureza divina, tem que ser um amor vivo. Este amor,
infinitamente intenso, que eternamente flui do Pai e do Filho, é o que chamamos Espírito Santo, que procede do
Pai e do Filho.
É a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Para deixar mais claro o assunto, ainda é necessário fazer uma
distinção entre a pessoa (personalidade), e a natureza (que em Deus se confunde com a e essência e a
substância).
O Mistério da Santíssima Trindade consiste propriamente no fato de uma essência ou natureza única que
subsiste em três pessoas. Pessoa é a substância completa dotada de razão individual e autônoma. Na verdade,
possuem todos os homens a mesma natureza: todos têm corpo e alma racional. Entretanto, esta natureza
comum existe em cada um deles de modo diferente.
Ora, o que distingue um homem de outro homem, o que cada um tem de especial, é que constitui sua
autonomia, seu "eu" e chama-se "personalidade", a "pessoa". Desta forma, Deus Filho tinha a mesma natureza
de Deus Pai, mas não era a mesma Pessoa.

Uma explicação mais acessível


Suponha que você se olha em um espelho de corpo inteiro. Você vê uma imagem perfeita de si mesmo, com
uma exceção: não é senão um reflexo no espelho. Mas se a imagem saísse dele e se pusesse ao seu lado, viva e
palpitante como você, então sim, seria a sua imagem perfeita. Porém, não haveria dois 'vocês', mas um só
'você', uma natureza humana.
Haveria duas 'pessoas', mas só uma mente e uma vontade, compartilhando o mesmo conhecimento e os
mesmos pensamentos. Depois, já que o amor de si (o amor de si bom) é natural em todo ser inteligente,
haveria uma corrente de amor ardente e mútuo entre você e a sua imagem.
Agora, dê asas à sua fantasia e pense na existência desse amor como uma parte tão de você mesmo, tão
profundamente enraizado na sua própria natureza, que chegasse a ser uma reprodução viva e palpitante de
você mesmo.
Este amor seria uma 'terceira pessoa' (mas, mesmo assim, nada mais que um 'você', lembre-se; uma só
natureza humana), uma terceira pessoa que estaria entre você e a sua imagem, e os três, de mãos dadas: três

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pessoas numa só natureza humana. Esse exemplo, muito imperfeito, pode nos ajudar um pouco a entender a
relação entre as três Pessoas da Santíssima Trindade:
Deus Pai "olhando-se" a Si mesmo em sua mente divina (criadora) e mostrando ali a Imagem de Si, tão
infinitamente perfeita que é uma imagem viva: Deus Filho; e Deus Pai e Deus Filho amando como amor vivo a
natureza divina que ambos possuem em comum: Deus Espírito Santo. Três pessoas divinas, uma natureza
divina.
É claro, é só um exemplo, muito imperfeito, mas que nos ajuda a compreender o grande mistério que é a
Santíssima Trindade, base de nossa Fé, fundamento de nossa Redenção, sustentáculo de nossas vidas e no
qual, todos os dias, através do sinal da Cruz, nós afirmamos a nossa fé:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

OS DEZ MANDAMENTOS

Como saber se estou desobedecendo a Deus?


Deus nos deixou algumas regras entregues à Moisés, sinais para seguirmos. As regras, as leis existem para
facilitar a nossa vida. Quais são essas leis?
OS DEZ MANDAMENTOS são as leis que Deus nos deixou para sabermos se estamos seguindo a Sua vontade e
desta forma O estamos obedecendo.
OS DEZ MANDAMENTOS são normas para conduta humana. São prescrições morais resumidos em dez itens. Os
mandamentos são força libertadora, ao invés de ser coisa que aprisiona. Na medida em que você tem um
indicador para seguir, você evita cometer erros que o afastam do plano de Deus. O que Deus manda, torna-o
possível pela Sua graça.
OS DEZ MANDAMENTOS descrevem as exigências do amor de Deus e do próximo: Os três primeiros se referem
aos deveres do homem para com Deus, e pode ser resumido em "Amarás o Senhor teu Deus de todo teu
coração, de toda tua alma e de todo o entendimento" (Mt 22,37). Os outros sete mandamentos se referem ao
amor ao próximo.
E foi resumido assim: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12,31). Entendendo os Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos não visam somente o melhoramento do comportamento individual, mas querem atingir a
situação do povo, para ser um povo livre e fraterno. Os Dez Mandamentos são a Constituição do Povo de Deus,
em vista de uma sociedade justa e igualitária.
Cada mandamento quer combater uma das causas que fazia o povo sofrer na opressão do Egito, e quer mostrar
o que o povo deve fazer para manter-se verdadeiramente livre. Para entender todo o sentido dos Dez
Mandamentos é fundamental ver como Jesus observou e explicou a Lei.

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Jesus não veio tirar ou modificar os mandamentos, mas dar-lhe sentido pleno. Prometeu também: " Quem
praticar os mandamentos e os ensinar, será considerado grande no Reino do Céu" (Mt 5, 17-20).
Vamos falar de cada um dos DEZ MANDAMENTOS ensinados pela Igreja Católica Apostólica Romana. Existem
divergências entre as diversas religiões, pois algumas delas não aceitam Cristo como O SALVADOR e ainda se
mantém esperando pelo Messias que ainda virá, outras porém se baseiam nos textos e palavras exatamente
como estão nas Escrituras, sem qualquer interpretação ou atualização e não entendendo os ajustes que o
próprio Jesus Cristo efetuou, mas nós católicos devemos seguir e catequizar a todos ensinando as leis gravadas
por Deus nas tábuas de pedra que entregou a Moisés no Monte Sinai.
Estas são as leis de Deus que devem ser seguidas e ensinadas pelos Cristãos
Católicos.

Eis os mandamentos de Deus:

1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS (Ex 20,2-5)

"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forcas" (Dt 6,5).
O primeiro mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo. "Adorarás
o Senhor teu Deus" (MT 4,10).
Adorar a Deus, orar-lhe, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos
a ele são os atos da virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento.
O dever de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente como em sociedade. O
homem deve poder professar livremente a religião, tanto em particular como em público. A superstição é um
desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas
diferentes formas de adivinhação e de magia.
A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio, a simonia são pecados de irreligião proibidos
pelo primeiro mandamento. Enquanto rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o
primeiro mandamento. Este mandamento se encontra na Bíblia assim:
"Não terás outros deuses além de mim! Não farás para ti imagem, com semelhança alguma... não te inclinarás
diante desses deuses e não os servirás..." (Ex 20,3-6). No Egito, na "casa da escravidão", a religião dos deuses
era usada para reforçar o sistema e o poder do faraó.
Ele fazia grandes estátuas e templos para impressionar o povo e mandava que o povo dobrasse os joelhos
diante dele próprio, como se fosse um deus. Este mandamento, portanto, quer combater essa situação,
convidando o homem a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-lo acima de tudo.
O culto às imagens sagradas está fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Além disso, o
uso de imagens de santos se iguala ao uso dado às fotografias de nossos entes queridos. Não contraria o
primeiro mandamento.

2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO (Ex 20,7)

"Senhor nosso Deus. quão poderoso é teu nome em toda a terra"( Sl 8.11). O segundo mandamento prescreve
respeitar o nome do Senhor. O nome do Senhor é santo. O segundo mandamento proíbe todo uso impróprio do
Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos
de maneira injuriosa.
O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira. 0 perjúrio é uma falta grave contra o Senhor,
sempre fiel a suas promessas. "Não jurar nem pelo Criador, nem pela criatura, se não for com verdade,
necessidade e reverência". No Batismo o cristão recebe seu nome na Igreja.
Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece
um modelo de caridade e garante a sua oração. O cristão começa suas orações e suas ações pelo sina-da-cruz
"em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém" Deus chama cada um por seu nome. Este mandamento
prescreve respeitar o nome do Senhor.
O nome do Senhor é SANTO. Com isto, é proibido o uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em
usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa. O juramento falso
invoca Deus como testemunha de uma mentira. O perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a
suas promessas.

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3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA (Ex 20,8-11)

"Guardarás o dia de sábado para santificá-lo"( Dt 5,12). "No sétimo dia se fará repouso absoluto cm honra do
Senhor" (Ex 31,15). O sábado, que representava o término da primeira criação, é substituído pelo domingo, que
lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou
domingo. No domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa,
evitando as atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do
Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.
A instituição do domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes
permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. Todo cristão deve evitar de impor sem necessidade
aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor. "O domingo... deve ser guardado em toda a
igreja como o dia de festa por excelência ". No domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a
obrigação de participar da missa e das celebrações litúrgicas.

4°) HONRAR PAI E MÃE (Ex 20,12)

"Honra teu pai e tua mãe"(Dt 5.I6; Mc 7,8). "Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, porque isso é justo.
Este é o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e
tenhas longa vida sobre a terra" (Ef 6,1-3). De acordo com o quarto mandamento, Deus quis que, depois dele,
honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso bem, investiu de autoridade.
A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão
ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos. Os filhos devem a seus pais respeito,
gratidão, justa obediência e ajuda.
O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. Os pais são os primeiros responsáveis pela
educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Têm o dever de prover em toda a medida do
possível as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
Os pais devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos, ensinando que a primeira vocação do cristão
consiste em seguir a Jesus. "A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-
estar da comunidade conjugal e familiar." Lembrem-se e ensinem que a primeira vocação do cristão consiste em
seguir a Jesus.
A autoridade pública deve respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de
sua liberdade. É dever dos cidadãos trabalhar com os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito
de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade.
O cidadão está obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando contrárias as
exigências da ordem moral. "E preciso obedecer antes a Deus do que aos homens "(At 5,29) Toda a sociedade
baseia os seus juízos e a sua conduta numa visão do homem e do seu destino. Sem as luzes do Evangelho a
respeito de Deus e do homem, as sociedades facilmente se tornam totalitárias.

5°) NÃO MATAR (Ex 20,13)

"Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal" ( Jó 12,10). Toda vida
humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi criada por si
mesma à imagem e á semelhança do Deus vivo e santo.
A vida humana é sagrada porque desde a sua origem ela encerra a ação criadora de Deus, e permanece para
sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim;
ninguém em nenhuma circunstância pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano
inocente.
O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. A
proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima
defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum. Desde a concepção a
criança tem o direito á vida.
O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma "prática infame" gravemente
contrária à lei moral. A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana.

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Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua
integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano.
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente
contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. O suicídio é gravemente
contrário à justiça, à esperança e à caridade. E proibido pelo quinto mandamento.
O escândalo constitui uma falta grave quando por ação ou por omissão leva deliberadamente o outro a pecar.
Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível
para evitá-la. A igreja ora: "Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor".
A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As
práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes. "A
corrida armamentista é a praga mais grave da humanidade, que lesa intoleravelmente os pobres". "Bem-
aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9).

6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE (Ex 20,14)

"O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano". Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus
dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada um, homem e mulher, deve chegar a
reconhecer e aceitar sua identidade sexual. Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar
uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.
A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal. Entre os
pecados gravemente contrários a castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as
práticas homossexuais.
A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu
casamento indissolúvel. A fecundidade é um bem, um dom, um fim do casamento. Dando a vida, os esposos
participam da paternidade de Deus. A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da
maternidade responsáveis.
A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por
exemplo: a esterilização direta ou a contracepção). O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são
ofensas graves à dignidade do casamento.

7°) NÃO ROUBAR (Ex 20,15)

"Não roubarás"(Dt 5,19). "Nem os ladrões, nem os avarentos... nem os injuriosos herdarão o Reino de
Deus"(1Cor 6,10). O sétimo mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade da administração dos
bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens. Os bens da criação são destinados a todo o gênero
humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação universal dos bens.
O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável
do proprietário. Toda a forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo
mandamento. A injustiça cometida exige reparação.
A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado. A lei moral proíbe os atos que, visando a fins
mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como
mercadorias. O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não
pode ser separado do respeito às obrigações moraislusive para com as gerações futuras.
Os animais são confiados à administração do homem que lhes deve benevolência. Podem servir para justa
satisfação das necessidades do homem. A Igreja emite um juízo em matéria econômica e social, quando os
direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem. Preocupa-se com o bem comum temporal
dos homens em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, no fim último.
O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão
social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da
caridade. O valor primordial do trabalho despende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Através de
seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.
O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada
pessoa de responder à sua vocação, portanto ao chamamento de Deus. A esmola dada aos pobres é um
testemunho de caridade fraterna e é também uma prática de justiça que agrada a Deus.
Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da
parábola? Como não ouvir Jesus que diz: "Foi a mim que o deixastes de fazer" (Mt 25,45)

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8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO (Ex 20,16)

"Não levantarás falso testemunho contra teu próximo"( Ex 20,16). Os discípulos de Cristo "revestiram-se do
homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade" (Ef 4, 24). A verdade ou veracidade é a
virtude que consiste em mostra-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da
hipocrisia.
O cristão não deve "se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor" (2Tm 1,8) em atos e palavras. O
martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé. Este mandamento proíbe falsear a verdade nas
relações com os outros. Essa proibição moral decorre da vocação do povo santo a ser testemunha de seu Deus,
que é e quer a verdade.
O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia. A
mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade. Toda
falta cometida contra a verdade exige reparação. A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se
convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.
"O sigilo sacramental é inviolável". Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais
a outros não devem ser divulgadas. A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na
liberdade e na justiça. E conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de
comunicação social.
As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, "por natureza, exprimir de alguma forma nas obras
humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem
outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos de
Deus".

9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO (Ex 20,17)

"Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (
Mt 5,28). O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal. A luta contra a cobiça carnal
passa pela purificação do coração e a prática da temperança. A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e
nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.
A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar. A pureza do
coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

10°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS (Ex 20,17)

"Onde está teu tesouro, aí estará teu coração"( Mt 6,21). O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada,
nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. A inveja é a tristeza sentida diante do bem de
outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar é um vício capital. O batizado combate a inveja pela
benevolência, a humildade e abandono nas mãos da Providencia divina.
Os fiéis de Cristo "crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências" (Gl 5,24); são conduzidos pelo
Espírito e seguem seus desejos. O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-
aventurados os pobres de coração ". Eis o verdadeiro desejo do homem: "Quero ver a Deus". A sede de Deus é
saciada pela água da Vida Eterna.

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OS SACRAMENTOS

O conhecimento humano começa pelos sentidos e, para chegar a conhecer as coisas que os ultrapassam, temos
de utilizar imagens, símbolos ou comparações, que desvelam um pouco o desconhecido. Deus procedeu conosco
do mesmo modo, instituindo os sinais sensíveis que chamamos de sacramentos, para expressar as realidades
sobrenaturais da graça.

Mas a onipotência divina faz mais do que nós podemos fazer. Deus concedeu a estes sinais sensíveis
SIGNIFICAR e PRODUZIR a graça.

Para entender melhor o efeito dos sacramentos podemos compará-los com a vida natural, vendo que na ordem
da graça:
* nascemos para a vida sobrenatural pelo Batismo,
* nos fortalecemos pela Confirmação,
* mantemos a vida com o alimento da Eucaristia,
* se perdemos a vida da graça pelo pecado, a recuperamos pela Reconciliação e Penitência,
* e com a Unção dos Enfermos nos preparamos para a viagem que acabará no céu.
* Para socorrer as necessidades da Igreja como sociedade, temos o sacramento da Ordem sacerdotal, que
institui os ministros da Igreja,
* e temos o Matrimônio que, com os filhos, perpetua a sociedade humana e faz crescer a Igreja quando estes
são regenerados pelo batismo.

O que são os sacramentos?


Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja,
através dos quais nos é dispensada a vida divina. Sinal sensível é uma coisa conhecida que manifesta outra
menos conhecida; se vejo fumaça, descubro que existe fogo. Mas dizemos também sinal eficaz porque o
sacramento não só significa, mas que produz a graça (a fumaça só significa fogo, mas não o produz).

O porque da instituição dos sacramentos:


Podemos nos perguntar por que Cristo quis fazer assim as coisas. Ele pode comunicar a graça diretamente, sem
recorrer a nenhum meio sensível, ainda que tenha querido acomodar-se a nossa maneira de ser, dando-nos os
dons divinos por meio de realidades materiais que usamos, para que fosse mais fácil para nós consegui-los.
No batismo, por exemplo, assim como a água purifica naturalmente, o sacramento purifica: o sacramento lava e
limpa sobrenaturalmente a alma, tirando o pecado original e qualquer outro pecado que possa existir, mediante
a infusão da graça. Esta foi a pedagogia de Cristo durante sua vida pública, servindo-se de coisas naturais, de
ações externas e de palavras. Tocou com sua mão o leproso e lhe disse; "Quero, fica limpo" (Mateus 8,3); untou

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com barro os olhos do cego de nascimento e ele recuperou a vista (cf. João 9,6-7); para comunicar aos
Apóstolos o poder de perdoar os pecados, soprou sobre eles e pronunciou umas palavras (cf. João 20,22).
Assim como a Santíssima Humanidade de Cristo é o instrumento único à Divindade de que se serve o Verbo
para realizar a Redenção da humanidade, assim as coisas ou ações dos sacramentos são os instrumentos
separados pelos quais Deus nos santifica, acomodando-se a nossa maneira de ser e de entender.

Jesus Cristo instituiu os sete sacramentos


Todos os sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo -que é o autor da graça e pode comunica-la por meio
de sinais sensíveis- e eles são sete:
Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio.
Nos sete sacramentos estão atendidas todas as necessidades da vida sobrenatural do cristão.

Os sacramentos da Igreja
Cristo confiou os sacramentos a sua Igreja, e podemos dizer que são "da Igreja" em um duplo sentido:
a Igreja faz ou administra ou celebra os sacramentos, e os sacramentos constroem a Igreja (o batismo gera
novos filhos da Igreja, etc..). Existem, pois, por ela e para ela.

Os sacramentos da fé
Os sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e, em definitivo, a
dar culto a Deus, mas como sinais, tem também uma finalidade instrutiva. Não só supõem a fé, também a
fortalecem, a alimentam e a expressam com palavras e ações; por isso são chamados sacramentos da fé.

Efeitos dos sacramentos


Os sacramentos, se são recebidos com as disposições requeridas, produzem como fruto:
* Graça santificante. Os sacramentos dão ou aumentam a graça santificante. O batismo e a penitência dão a
graça; os outros cinco aumentam a graça santificante e só se devem recebe-los estando na graça de Deus.
Aquele que os recebe em pecado mortal comete pecado de sacrilégio.
* Graça sacramental. Além da graça santificante que concedem os sacramentos, cada um outorga algo especial
que chamamos graça sacramental. É um direito de receber de Deus, no momento oportuno, a ajuda necessária
para cumprir as obrigações contraídas ao receber aquele sacramento. Assim, o batismo dá a graça especial para
viver como bons filhos de Deus; a confirmação concede a força e o valor para confessar e defender a fé até a
morte, se for preciso; o matrimonio, para que os cônjuges sejam bons esposos e eduquem de forma cristã os
filhos; etc..
* Caráter. O batismo, confirmação e ordem sacerdotal concedem, além disso, o caráter, que é um sinal
espiritual e indelével que confere uma peculiar participação no sacerdócio de Cristo. Por isso, estes sacramentos
só se recebem uma única vez.

De que se compõe um sacramento


Um sacramento se compõe de matéria, forma e o ministro que o realiza com a intenção de fazer o que faz a
Igreja.
* A matéria é a realidade ou ação sensível, como a água natural no batismo, os atos do penitente na confissão
(contrição, confissão e satisfação).
* A forma são as palavras que, ao faze-lo, se pronunciam.
* O ministro é a pessoa que faz ou administra o sacramento.

Diversidade de sacramentos
Seguindo a analogia entre vida natural e etapas da vida sobrenatural, podem-se distinguir nos sacramentos, três
grupos distintos:
a) Sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia, que põem os fundamentos da vida cristã
e comunicam a vida nova em Cristo;
b) Sacramentos de cura: Penitência e Unção dos Enfermos, que curam o pecado e as feridas da nossa
debilidade;
c) Sacramentos a serviço da comunidade: Ordem sacerdotal e Matrimônio, estabelecidos para socorrer as
necessidades da comunidade cristã e da sociedade humana.

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Os sacramentos formam um organismo no qual cada um deles tem sua função vital. A Eucaristia ocupa um
lugar único, enquanto "sacramento dos sacramentos". Podemos dizer com Santo Tomás de Aquino que "todos
os outros sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como seu fim".

Os sacramentos são necessários para a salvação


Os sacramentos não só são importantes, mas necessários, se queremos viver a vida cristã e aumenta-la em nós.
São como os canais que conduzem a água, e, neste caso, trazem para a nossa alma a graça da redenção de
Cristo na cruz.
E são necessárias também as nossas disposições para receber -ou receber com maior abundância- a água limpa
da graça. Dão sempre a graça se são recebidos com as devidas disposições, e se não se recebe mais graça, não
é por culpa do sacramento, mas por falta de melhor preparação.
É preciso aproximar-se, portanto, para receber os sacramentos, com a melhor disposição possível, para
podermos receber a graça com abundância.

Propósitos de vida cristã


* Agradecer ao Senhor a instituição dos sete sacramentos e demonstrar a estima por eles, preparando-se muito
bem para recebe-los.
* Receber com freqüência os sacramentos da Penitência e da Eucaristia.

A EUCARISTIA

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja
Católica, a Eucaristia é "o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para
perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o
memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que
se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271) Segundo o papa
João Paulo II, em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, a Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se
abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem
iluminar o nosso caminho.

Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos
Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do lava-pés, gesto que
mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço; em seguida o papa atenta para o fato de que mais tarde o
apóstolo Paulo qualifica como indigna duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se
verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres. Comungar ou receber a Comunhão é nome
dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado,
especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada
Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem
consciência de pecado mortal.

Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da
Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito

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pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291). A
transubstanciação do pão em Corpo de Cristo, na missa de canonização do Frei Galvão, em 11 de maio de 2007.

A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a
transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se
modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo. Eucaristia também pode ser usado como sinônimo de
hóstia consagrada, no Catolicismo. "Jesus Eucarístico" é como os católicos se referem a Jesus em sua presença
na Eucaristia. "Comunhão" é como o sacramento é mais conhecido. As crianças farão a sua Primeira comunhão.
"Comunhão Eucarística" é a participação na Eucaristia. Também há uma adoração especial, chamada "adoração
ao Santíssimo Sacramento" e um dia especial para a Eucaristia, o Dia do Corpo de Cristo (em lat. Corpus
Christi).

Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, a devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a
primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós. Para a Igreja, a presença de
Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa perdura enquanto subsistirem as espécies do
pão do vinho. Um dos grandes fatores que contribuíram para se crer na presença real de Cristo e adorá-lo,
foram os "milagres Eucarísticos" em várias localidades do mundo, entre eles, um dos mais conhecidos foi o de
Lanciano (Itália). São João Crisóstomo destaca o efeito unificador da Eucaristia no Corpo de Cristo, que é
identificado pelos cristãos como a própria Igreja: Com efeito, o que é o pão? É o corpo de Cristo. E em que se
transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo.

De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia
estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua perfeita e recíproca fusão, assim
também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo. João Paulo II ensinou que à
desagregação enraizada na humanidade é contraposta a força geradora de unidade do corpo de Cristo.

Segundo a igreja católica a consagração da Hóstia pode ser feita apenas por presbíteros(ou padres) ou por
sacerdotes de maior grau hierárquico (bispos, cardeais, ou papa) os diáconos não ministram este sacramento.

NOSSA SENHORA

Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de
Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso
Senhor Jesus Cristo.

A devoção a Virgem Maria é um ardor em serví-la para melhor servir a Deus

Maria mulher, virgem, mãe cumulada de dons por Deus e que se associa plenamente à obra do Filho de maneira
particular, até ser chamada a partilhar sua glória.

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Maria é para nós um sinal. Situar-se em relação a Maria é dizer algo de Deus e algo de nós!

Foi, sobretudo a partir do concilio de Éfeso, que o culto do povo de Deus a Maria cresceu admiravelmente na
veneração, no amor, na invocação e na imitação (Lumen Gentium, 66).

Esta veneração e amor nos orientam para Deus. A invocação de Maria situa no interior da comunhão dos
santos. Aquela que é a mais próxima de Deus e de nós, como já nos dizia o Papa Paulo VI. A imitação de Maria
conduz não a um serviço normal, mas nos leva a um louvor e ao serviço a Deus e aos irmãos.

Assim, ao longo da história, Maria tem sido para a Igreja Aquela que convida ao louvor (Lc 1,46-55) e à
devoção. Como em Jo 2,5 é também Aquela que mostra, junto da Cruz, até onde deve ir a fidelidade. Ela
mostra no Cenáculo que a oração tende primeiramente a pedir o Espírito Santo sobre a Igreja, na comunidade
dos discípulos.

A verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas deve nascer e ser conservada pela
fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos indica a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as
Suas virtudes (Lumen Gentium, 67).

Encerramos com as palavras do Concílio: “na sua vida, deu a Virgem Maria exemplo daquele afeto maternal de
que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar aos
homens” (Lumen Gentium, 65).

ESPÍRITO SANTO

A promessa do Espírito

Era noite de quinta-feira e Jesus estava reunido com seus discípulos, ao redor de uma mesa. Tinha acabado de
lavar os pés de seus amigos, num gesto–testamento: Ele disse: “Como eu sempre fiz, façam vocês também:
sirvam uns aos outros!” (Jo 13,15). Depois, com enorme tristeza, Jesus anunciara que um deles iria traí-lo e que
chegara a sua hora de glória e que estaria junto com eles por pouco tempo (Jo 13,31–33).
Ao mesmo tempo, ele buscou consolar a todos: “não se perturbe o vosso coração!” (Jo 14,1). Com aquelas
palavras de Jesus os discípulos ficaram perturbados! Depois de três anos de profunda amizade com aquele
amigo extraordinário, depois de ter deixado tudo para segui-lo, em busca de algo mais, não era nada fácil
aceitar a idéia de sua morte!
E depois? Tudo ia acabar? Quem os ajudaria a continuar a obra que Jesus tinha começado?
Ainda existia tanta confusão na cabeça daqueles homens a respeito da pessoa e da mensagem de Jesus! Quem
os orientaria? Jesus, amigo, conversa, consola e faz uma grande promessa: “Não fiquem tristes e preocupados!
Confiem em Deus, confiem também em mim...
se vocês me amam de verdade, obedeçam os meus mandamentos. Então, eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês
outro Paráclito, para que permaneça sempre com vocês... Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode

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acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês, porém, o conhecem, porque ele mora em vocês e vive em
vocês... Eu não os deixarei órfãos, mas voltarei...
O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará
vocês lembrarem de tudo o que lhes disse!” ( Jo 14,1–26). Em outra ocasião, logo antes da ascensão, Jesus
confirmou esta promessa: “Esperem que se realize a promessa do Pai, da qual vocês já ouviram falar: dentro de
poucos dias serão batizados com o Espírito Santo... O Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força
para serem minhas testemunhas até os extremos da terra!” (At 1,4– 8).

A realização da promessa
Com a sua morte e ressurreição, Jesus expande sobre o mundo o seu Espírito. Já no dia de Páscoa, ao se
apresentar a seus discípulos, o Ressuscitado lhes dá seu Espírito (Jo 20,22). Há, porém, um acontecimento
especial que manifesta publicamente o Dom de Cristo e o novo tempo do Espírito Santo. Foi no dia de
Pentecostes, uma festa Judaica, cinqüenta dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado já tinha tirado definitivamente
sua presença visível (ascensão) e seus discípulos estavam reunidos naquele mesmo salão onde Jesus tinha feito
a grande promessa.
Maria também estava lá com os amigos de seu Filho Jesus, esperando e invocando o Dom prometido. Caixa de
texto: “De repente, veio do céu um ruído como de um vento que irrompe impetuoso. A casa onde estavam
reunidos foi por ele preenchida. E ao mesmo tempo lhes apareceram como que línguas de fogo, que se dividiam
e pousavam sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito lhes dava o poder de exprimir-se”. (At 2,2–4 ).
Foi uma experiência fantástica, indescritível! O Espírito do Senhor foi para eles como o fogo que tudo purifica,
abrasa, transforma, ilumina! Foi como o vento impetuoso que, com força, tudo impulsiona para frente! E aí
estava o primeiro resultado da ação do Espírito: aquele grupo de gente simples e medrosa sai à praça para
começar a missão que Jesus lhes tinha confiado, pregando a todos cheios de coragem e sabedoria. É que agora
o Espírito de Cristo está com eles! É que agora têm amor no peito, muito amor para dar! E ainda tem mais!
Naquela praça havia uma multidão de pessoas de diferentes nações e línguas: por obra do Espírito, todos
entendem os apóstolos falarem em sua própria língua! E três mil deles aceitam a mensagem de Cristo e são
batizados. É o nascimento da Igreja, novo Povo de Deus, onde não há distinções de raça ou nação, onde todos
são irmãos. É o nascimento simbólico de uma nova humanidade, onde os homens, por obra do Espírito,
começam a se entender, a falar a mesma “língua” (a linguagem do amor), a viver unidos conforme aquele
projeto de Deus, do qual os homens tinham se afastado desde o começo da humanidade (ver a história
simbólica da torre de Babel e da confusão das línguas

Mas, afinal, quem é o Espírito Santo?


Jesus diz claramente: o Espírito Santo é um outro (Jo 14,16). Alguém intimamente ligado com ele e com o Pai. É
Deus como o Pai e o Filho. O Espírito Santo é a terceira divina pessoa da Santíssima Trindade. É o amor do Pai e
do Filho que nos é comunicado. É o mesmo Espírito sempre presente na vida de Jesus.
É o Espírito Santo que transformou pobres homens em profetas, que fez a Virgem Maria ser mãe de Jesus, que
impulsionou os apóstolos a serem intrépidos missionários de Cristo. É o Espírito Santo que leva a frente o Reino,
a Salvação de Cristo: no mundo e em cada um de nós. É o Espírito Santo que faz nascer e crescer, que defende
a pequena semente do Reino plantada por Jesus: a Igreja. É o Espírito Santo que nos torna “homens novos” no
Batismo e na Crisma, que nos torna capazes de conhecer e amar Jesus Cristo para vivermos do jeito dele e
como suas testemunhas no mundo. É o mesmo Espírito de Deus que mora em nós (1Cor 3,16), que nos
impulsiona a sermos santos (não se espante, mas foi Jesus quem pediu isso: “Sejam santos, como santo é meu
Pai que está no céu" ).

Os frutos do Espírito
A árvore e os frutos Uma vez Jesus contou esta parábola: “Certo homem havia plantado uma figueira em sua
roça. Um dia, foi lá para colher figos, mas não encontrou. Então disse ao lavrador: Olhe! Hoje faz três anos que
venho buscar figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a! Ela só fica aí esgotando a terra! Mas, o
lavrador respondeu: “Senhor, deixa a figueira mais um ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe,
no futuro, ela dará fruto. Se não der então a cortarás! (Lc 13,6-9).
Outra vez Jesus usou uma outra comparação, bem parecida com a da figueira. Foi durante a última ceia,
quando daquela conversa-testamento em que prometeu o Dom do Espírito. Jesus disse: “Eu sou a verdadeira
videira, e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que não dá fruto em mim, o Pai cortará! Fiquem unidos a mim, e

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eu ficarei unido a vocês! Vocês não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim! Eu sou a videira e vocês os
ramos. Quem fica unido a mim e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada.
Quem não fica unido a mim, será jogado fora, como um ramo seco que só serve para ser queimado! Vocês
permanecerão em meu amor, se obedecerem aos meus mandamentos. O meu mandamento é este : amem-se
uns aos outros, assim como eu amei vocês!...
Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. E eu os destinei para ir dar fruto e para que
o fruto de vocês permaneça... Eu disse isso a vocês, para que minha alegria esteja em vocês e a alegria de
vocês seja completa! “ ( Jo 15,1-17).

Podemos resumir assim esta belíssima comparação de Jesus:


— Um ramo unido ao tronco: alguém unido a Cristo;
— Um ramo unido aos demais ramos: um cristão que vive em comunidade;
— Quando alguém está unido ao tronco de Cristo e ‘a árvore da Igreja, hão de florescer, crescer e amadurecer
nele muitos frutos: os frutos do Espírito de Cristo.

Quais são os frutos do Espírito ?


Diz São Paulo na Carta aos Gálatas: “Vivam segundo o Espírito e, assim, não farão mais o que os instintos
egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que são contra o Espírito. Vocês serão
verdadeiramente livres!”
As obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria,
ódio, discórdia, ira, rivalidade , inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Os que fazem tais coisas
não herdarão o Reino de Deus!
Mas, os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, bondade , compreensão, fidelidade, mansidão, domínio de si.
Os que pertencem a Cristo, crucificam os instintos egoístas, junto com suas paixões e desejos. Se vivermos pelo
Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito! (Gl 5,16-25 ). São Paulo não pretende fazer uma lista
completa, nem dos vícios do homem egoísta, nem das virtudes do homem que se deixa dirigir pelo Espírito de
Deus. Podemos, porém, re-agrupar estas virtudes citadas como fruto do Espírito, em quatro categorias:
— Liberdade e domínio de si - Manter - se livre dos instintos egoístas;
— Amor ao próximo – Algumas manifestações concretas são a paciência, a compreensão, a bondade, etc...
— Alegria e paz – são os sinais da presença de Deus em nós; — Fidelidade e perseverança – na fé e nos
compromissos assumidos.
São estes alguns dos frutos mais importantes que Cristo e a sua Igreja esperam de vocês confirmados pelo Dom
do Espírito: liberdade, amor, alegria, fidelidade.
SEJAM FIRMES, FIÉIS, PERSEVERANTES ! “
Corramos com perseverança na corrida que nos é proposta, mantendo os olhos fixos naquele que é o autor e o
realizador de nossa fé: Jesus. Para que vocês não se cansem e não percam o ânimo, pensem atentamente em
Jesus que suportou tudo, submetendo-se à cruz, mas venceu!” (HB 12,1-4). Pensem nos milhões de santos que
lutaram e venceram! Pensem em tantos outros jovens cristãos que, como você, descobriram o “algo mais“ da
vida e que, apesar de toda dificuldade, continuam firmes e fiéis na caminhada cristã.

Condições para preservar e produzir frutos


Voltando à comparação da videira, não é suficiente o ramo querer dar fruto, é preciso que existam
determinadas condições. Assim acontece em nossa vida de Cristão!

O ramo deve estar unido ao tronco


Assim, o cristão deve estar profundamente unido a Cristo: por meio da oração diária, constante e amorosa; por
meio da leitura do evangelho; por meio do amor a Maria (ela é inseparável de seu Filho!).

O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore


Assim o cristão deve estar unido aos irmãos de sua comunidade .
Ame sua Igreja, custe o que custar!
Participe ativamente de uma comunidade concreta, de um grupo ou pastoral da Igreja. Um sinal indispensável
para continuar unido a árvore da Igreja, é a participação fiel na missa dominical!

O ramo precisa de raízes


Assim, o cristão precisa da eucaristia, raiz e fonte de vida cristã e de perseverança.

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“Eu sou o Pão da Vida: quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele...Quem
come deste pão, viverá para sempre!” (Jo 6,56–58).
É na comunhão com Cristo-Eucaristia, que ele renova em nós o Dom de seu Espírito, alimento e força
indispensável para a nossa caminhada. 2.3.4 . O ramo precisa de água Assim, o cristão precisa de momentos
especiais para reavivar sua fé e sua vida cristã.
“Eu sou a água viva”, diz Jesus. Retiro espiritual, semanas de formação, cursos de aprofundamento, encontro
de oração, etc., podem ser fontes de água viva.
Outro momento (indispensável!) é o Sacramento da Penitência: água que purifica e que dá vida nova!

O ramo precisa de ar e luz


Assim, o cristão precisa estar constantemente em contato com a realidade que o rodeia, com os problemas e as
lutas do povo, com o sofrimento dos pobres, com as esperanças e as angústias dos homens de hoje. O cristão
não pode ser um alienado mas, sim, deve estar por dentro de tudo: para poder ser fermento na construção de
um mundo mais justo e fraterno.
Este é o programa mínimo de vida espiritual para a perseverança de qualquer cristão que quer viver no Espírito
de Cristo e dar muito fruto.

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO


- 1. Sabedoria (1 Cor 2,1-12)
- 2. Entendimento (Jo 6,60-69)
- 3. Conselho (Rm 16,17-20)
- Fortaleza (At 7,54-60)
- Ciência (Lc 10,21-24)
- Piedade (Mc 3,1-5)
- Temor de Deus (Mt 10,37-39).

A BÍBLIA, O LIVRO DA VIDA

O que significa a palavra Bíblia?


Bíblia é uma palavra grega que significa Livros. Realmente, a Bíblia é uma coleção de 73 livros. Estes livros se
distinguem nisto de outros livros, embora religiosos: são inspirados por Deus. Seus autores humanos receberam
um influxo sobrenatural para escrever tudo aquilo, e somente aquilo que Deus queria manifestar. Esses
escritores, mais de cinqüenta pessoas, são chamados hagiógrafos.

Divisão e conteúdo da Bíblia


Divide-se em duas partes: Antigo e Novo Testamento. Ou: Primeiro e Segundo Testamento.
O AT contem os livros escritos antes da vinda de Cristo ao mundo.
O NT contém os livros escritos depois de Cristo, i.é, durante o I século DC (depois de Cristo).
O AT tem 46 livros que tratam da Historia, das doutrinas e profecias do povo israelita. O NT tem 27 livros que
relatam a vida e os ensinamentos de Jesus e dos Apóstolos, e a historia dos trinta primeiros anos da Igreja
nascente.
O AT anuncia o Messias futuro, enquanto o NT narra sua vida e suas obras...

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Numa palavra, a Bíblia descreve a Historia da salvação da humanidade.

ABREVIATURAS BÍBLICAS

Gn - Génesis 1Mc - 1º dos Macabeus Ab - Abdias Fl - Filipenses


Ex - Êxodo 2Mc - 2º dos Macabeus Jn - Jonas Cl - Colossenses
Lv - Levítico Jó - Jó Mq - Miqueias 1Ts - 1ª aos
Nm - Números Sl - Salmos Na - Naum Tessalonicenses
Dt - Deuterónimo Pr - Provérbios Hab - Habacuc 2Ts - 2ª aos
Js - Josué Ecl - Eclesiastes Sf - Sofonias Tessalonicenses
Jz - Juízes Ct - Cântico dos Cânticos Ag - Ageu 1Tm - 1ª a Timóteo
Rt - Rute Sb - Sabedoria Zc - Zacarias 2Tm - 2ª a Timóteo
1Sm - 1º de Samuel Sir - Ben Sirá (ou Ml - Malaquias Tt - Tito
2Sm - 2º de Samuel Eclesiástico) Mt - Mateus Flm - Filémon
1Rs - 1º dos Reis Is - Isaías Mc - Marcos Hb - Hebreus
2Rs - 2º dos Reis Jr - Jeremias Lc - Lucas Tg - Tiago
1Cr - 1º das Crónicas Lm - Lamentações Jo - João 1Pe - 1ª de Pedro
2Cr - 2º das Crónicas Br - Baruc At - Atos dos Apóstolos 2Pe - 2ª de Pedro
Esd - Esdras Ez - Ezequiel Rm - Romanos 1Jo - 1ª de João
Ne - Neemias Dn - Daniel 1Cor - 1ª aos Coríntios 2Jo - 2ª de João
Tb - Tobite Os - Oseias 2Cor - 2ª aos Coríntios 3Jo - 3ª de João
Jt - Judite Jl - Joel Gl - Gálatas Jd - Judas
Est - Ester Am - Amós Ef - Efésios Ap – Apocalipse

PONTOS PARA SE APROFUNDAR


AS SETE OBRAS DE MISERICORDIA

Corporais: Espirituais:
- 1. Dar de comer a quem tem fome. - 1. Dar bons conselhos.
- 2. Dar de beber a quem tem sede. - 2. Ensinar os que não sabem.
- 3. Vestir os nus. - 3. Corrigir os que erram.
- 4. Dar pousada aos peregrinos. - 4. Consolar os aflitos.
- 5. Visitar os enfermos e encarcerados. - 5. Perdoar as ofensas.
- 6. Libertar os cativos. - 6. Suportar as fraquezas do próximo.
- 7. Sepultar os mortos. - 7. Orar pelos vivos e defuntos.

AS TRES VIRTUDES TEOLOGAIS


1. Fé - 2. Esperança - 3. Caridade

AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS


1. Prudência - 2. Justiça - 3. Fortaleza - 4. Temperança

OS SETE PECADOS CAPITAIS


1. Soberba - 2. Avareza - 3. Luxúria - 4. Ira – 5. Gula - 6. Inveja - 7. Preguiça.

OS SETE PASSOS DA PAIXÃO


1 - Agonia de Jesus no Horta (Lc 22,39-46).
2 - Prisão de Jesus (Lc 22,47-53).
3 - Diante dos Juizes (Lc 23,1-12).
4 - Flagelação e Coroação de espinhos (Mt 27,26-30).
5 - Carregando a cruz para o Calvário (Lc 23,26-32).

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6 - Crucifixão e morte na cruz (Lc 23,33-46).
7 - Sepultamento (Lc 23,50-56)

AS SETE DORES DE MARIA


1. A profecia de Simeão (Lc 2,35)
2. A fuga para o Egito (Mt 2,14)
3. A perda do Menino Jesus (Lc 2,48)
4. O encontro com Jesus carregando a cruz
5. A morte de Jesus na cruz (Jo 19,25-27)
6. A descida de Jesus da cruz (Lc 23,53)
7. O sepultamento de Jesus (Lc 23,55)

AS SETE PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ


1 - Pai, perdoai-Ihes, porque não sabem o que fazem. (Lc 23,24)
2 - Em verdade te digo: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43)
3 - Mulher, eis aí teu filho! Filho, eis aí tua Mãe! (1019,26-27)
4 - Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? (Mt 23,46)
5 - Tenho sede! (Jo 19,28)
6 - Está tudo consumado. (Jo 19,30)
7 - Pai, em tuas mãos entrego meu espírito. (Lc 23,46)

ORAÇÕES
Sinal da Cruz
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Pelo Sinal
Pelo sinal da santa cruz , livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos.
(Usando a mão direita, com o polegar, faz-se uma pequena cruz na testa, outra nos lábios e outra no peito).
Mais propriamente, denominamos este sinal: Benzer-se ou persignar-se.

Pai Nosso
Pai nosso , que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na
terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a
quem nos tenha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém.

Ave Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre,
Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.

Credo
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi
concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e
sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-
poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.

Glória
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.

Ato de Contrição

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Meu Deus , eu me arrependo de todo o coração de vos Ter ofendido , porque sois tão bom e amável. Prometo , com a vossa
graça , esforçar-me para não pecar mais.
Meu Jesus, misericórdia !

Santo Anjo
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde governe,
ilumine.
Amém.

Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A
vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos
a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce
sempre Virgem Maria. Rogai por nós Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Oração ao Divino Espírito Santo


Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração do Catequista

Senhor,
chamaste-me a ser Catequista
na Tua Igreja
e na minha Paróquia.
Confiaste-me a missão
de anunciar a Tua Palavra,
de denunciar o pecado,
de testemunhar,
com a minha vida,
os valores do Evangelho.
É pesada, Senhor,
a minha responsabilidade,
mas confio na Tua graça.
Faz-me Teu instrumento
para que venha o Teu Reino,
Reino de amor e de Paz,
de Fraternidade e Justiça.

Amém.

Fontes:
http://www.blog-da-familia.com/catequese/
http://www.boletimpadrepelagio.org
http://www.npdbrasil.com.br
http://semeandopaz.wordpress.com
Imagens: internet

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