Professional Documents
Culture Documents
Articulação de Orações-185-206
Articulação de Orações-185-206
Introdução
mão e não uma mão, pro cara do lado de lá da escrita não achar que
a gente estava querendo papaia.
(Fernandes, M. A língua, abaixo e acima da superfície. Jornal
do Brasil. Rio de Janeiro, 4 set. 2002.)
Há, nessa obra, um capítulo específico para cada tipo de oração su-
bordinada e para as coordenadas, configurando uma visão mais com-
partimentada da construção do período. As adjetivas são tratadas no
capítulo oito, incluindo uma breve alusão às adjetivas reduzidas. O mé-
todo empregado para abordar o conteúdo é o dedutivo uma vez que
a obra parte do uso para chegar à teoria. A partir de uma construção
relativa presente em um anúncio publicitário e de perguntas propostas
sobre esse exemplar do referido gênero textual, os autores chegam ao
conceito de oração subordinada adjetiva: “... aquela que tem valor de
adjetivo, pois cumpre o papel de determinar um substantivo (nome ou
pronome) antecedente” (Cereja e Magalhães, 2005, p.76). No inven-
tário dos pronomes relativos apresentado, estão incluídos que, o qual,
quem, cujo e onde. A vírgula é mencionada como o sinal de pontuação
típico da oração adjetiva explicativa na escrita, e, no referido capítulo,
não há nenhuma alusão a aspectos prosódicos. Também não se encontra
nenhuma referência a variações decorrentes das diferenças de modali-
dade e/ou de registros no que concerne à relativização.
As atividades propostas envolvem a descrição e a produção lin-
guísticas, com bastante ênfase nas funções sintáticas desempenhadas
pelos pronomes relativos, além de haver uma preocupação com a pres-
crição mesmo que de uma forma sutil. Merece destaque o exercício
Considerações finais
Referências bibliográficas
2, n. 4, p. 23-38, 2º sem.,1999.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.
GARCIA, Luiz (org.). Manual de redação e estilo. 29 ed. São Paulo:
Globo, 2005.
HALLIDAY, M. A. K. Text as semantic choice in social contexts. In:
DIJK, Teun van; PETÖFI, János S. (eds.) Grammars and descriptions
(studies in text theory and text analysis). Berlin/New York: Walter de
Gruyter, 1977. p. 176-225.
_________. An introduction to functional grammar. 2 ed. London:
Edward Arnold, 1994.
HEINE, Bernd. Grammaticalization. In: JOSEPH, B.; JANDA, R.
(eds.). A handbook of historical linguistics. Oxford: Blackweel, 2003.
p. 575-601.
LEHMANN, C. On the typology of relative clauses. Linguistics: an
interdisciplinary journal of the language sciences. Amsterdam, v. 24,
n. 4, p. 663-680, 1986.
_________. Towards a typology of clause linkage. In: HAIMAN, J.;
THOMPSON, S. A. (eds.) Clause combining in grammar and discourse.
Amsterdam: John Benjamins Publishing, 1988. p.181-225.
LIBERATO, Yara G. A estrutura interna do SN em português. In: DECAT,
M. B. do N. et al. Aspectos da gramática do português – uma abordagem
funcionalista. Campinas: Mercado das Letras, 2001. p. 41-102.
MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da língua portuguesa. 4 ed.
Coimbra: Caminho, 1989.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros
Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Ensino Médio. 1999.
MORAES, João Antônio de. As funções da entoação. Texto inédito.
[s/d]
NEVES, M. H. de M. A gramática funcional. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.