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or suas reconhecidas propriedades e sua difusão regional, o cacau ganhou grande

importância econômica na Mesoamérica na era pré-colombiana. Os Maias usavam os


grãos como moeda. Dez favas valiam um coelho e por 100 favas de primeira qualidade
adquiria-se um escravo.[8][10][11] Durante o Império asteca (1325 a 1521 dC),
sementes de cacau eram uma forma importante de divisas e meio de pagamento de
tributos[8][12] Um dos principais objetivos da expansão imperial dos Astecas na
direção sudeste, durante o século XV, havia sido o de controlar as regiões
produtoras de cacau no Istmo de Tehuantepec e no litoral sul da Guatemala. Diz um
cronista quinhentista que os armazéns de Montezuma II, em Tenochtitlán, continham
mais de 40 mil cargas de amêndoas de cacau, algo estimado em torno de 1 200
toneladas. Grande parte desse tesouro destinava-se a pagar o soldo dos guerreiros e
também alimentá-los: Bernal Diaz, o soldado de Cortés e narrador da conquista,
informou que somente a guarda do palácio consumia diariamente mais de 2 000 taças
da bebida.[5] Seu uso como meio de pagamento continuou até ao século XX, pois em
algumas partes da América Central, o cacau ainda era usado como dinheiro.[3]

Da América à Europa chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul,
na Guatemala, sugerem que já era utilizado como bebida por volta do ano 400 d.C.
Documentos maias e astecas relatam que o chocolate era usado tanto para fins
cerimoniais como no cotidiano, sendo, no entanto, consumido apenas pela elite.[8]

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