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Memorex PM CE – Rodada 05

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 15
ATUALIDADES..................................................................................................................... 22
HISTÓRIA DO CEARÁ...................................................................................................... 30
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA ........................................................................ 36
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 40
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 46
DIREITO PENAL MILITAR ............................................................................................ 53
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ............................................................. 59
DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL ................................................................. 66
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 76
SEGURANÇA PÚBLICA .................................................................................................... 82

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PREDICATIVO
Predicativo é uma CARACTERÍSTICA.
Predicativo do sujeito: é uma característica momentânea do sujeito, normalmente
está dentro do predicado. Geralmente, é representado pela classe dos adjetivos.
Ex.: Eles correram entusiasmados a maratona. “Entusiasmados” é o pred. do suj.

Predicativo do objeto: é uma característica momentânea do objeto.

Ex.: Comprei uma camisa furada. “Furada” é característica (pred. do obj.) de


“camisa” que é objeto direto.
DICA 02
APOSTO E VOCATIVO
É um termo responsável em explicar ou justificar um elemento anterior a ele.
Ex.: Gabriela, professora de matemática, deu várias aulas no ano.

O aposto pode ser dos tipos:

Aposto especificativo,

Enumerativo,

Resumitivo; e

Explicativo.

Especificativo: É o tipo de aposto que INDIVIDUALIZA, coloca à parte um


substantivo de sentido genérico.

Ex.: Nasci na cidade de Gravataí, Rua Leopoldina.

Enumerativo: Enumera os termos citados anteriormente.

Ex.: Sexta-feira irei à casa de meus avós: José e Maria.

Resumitivo: Resume em um substantivo ou pronome substantivo os termos ANTES


citados.

Ex.: Comprei boné, touca e manta, tudo em liquidação.

Explicativo: Explica o substantivo anteriormente citado. Esse aposto pode vir isolado
na frase por vírgulas, dois pontos, travessões ou parênteses.

Ex.: Gabriela, professora de matemática, deu várias aulas no ano.

Vocativo: termo que evoca, chama algo ou alguém, sempre separado por vírgula.

Ex.: Maria, lave a louça!

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DICA 03
VOZES VERBAIS

Voz ativa: É quando o sujeito faz a ação na oração.

Ex.: Roberta comeu torta de morango. “Roberta” é o sujeito que pratica a ação
de “comer”.

Voz passiva: É quando o sujeito sofre a ação na oração.

Ex.: A torta foi comida pela Roberta. “Pela Roberta” é agente da passiva.

→ A voz passiva pode ser analítica ou sintética:

VOZ PASSIVA ANALÍTICA VOZ PASSIVA SINTÉTICA

Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no
estar, ficar) + verbo principal da ação singular ou no plural) + pronome
conjugado no particípio + agente da apassivador "se" + sujeito paciente.
passiva.
Ex.: Comeu-se a maçã.
Ex.: A maçã foi comida pelo cão.

Voz reflexiva: É quando o sujeito sofre e faz a ação ao mesmo tempo.

Ex.: Roberta machucou-se.


DICA 04
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal faz com que substantivos concordem com pronomes,
numerais e adjetivos, etc.
Regras:

ADJETIVO + SUBSTANTIVO: o adjetivo deverá concordar com substantivo em


gênero e número.

Ex.: Que homem elegante!

Dois ou + substantivos e um adjetivo:

Adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.

Ex.: Que maravilhosa carne e frango!

Adjetivo vier DEPOIS do substantivo, concordará com o substantivo +


próximo ou com os todos.

Ex.: Que carne e frango maravilhoso!


Que carne e frango maravilhosos!

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Dois ou + adjetivos e um substantivo: quando o substantivo possuir adjetivos, a


concordância será:

Inserindo o artigo ANTES do último adjetivo.

Ex.: Odeio a comida japonesa e a chinesa.

Colocando o substantivo e seu respectivo artigo no PLURAL.

Ex.: Odeio as comidas japonesa e chinesa.

Algumas expressões importantes que podem cair na prova:

Menos: será MENOS meninos e MENOS meninas. “MENAS” NÃO EXISTE!

Anexo: ANEXA a foto e ANEXO o recibo.

Meio: MEIO copo e MEIA caneca.

Bastante: BASTANTES (se der para substituir por “muitos” está certo) CARROS na
rua; Os desenhos eram BASTANTE (não dá p/ trocar por “muitos”, então fica no
singular) feios.

É proibido/é necessário/é permitido: expressões que variam só quando


acompanhadas por determinantes que as transformam.

Ex.: É proibido entrada de menores de 18 anos. (CORRETO)

Ex.: É proibida a entrada de menores de 18 anos. (CORRETO)

Números ordinais:

Se os números ordinais estiverem ANTES do substantivo, este poderá ficar no


SINGULAR ou no PLURAL.

Ex.: O segundo e o quarto apartamento(s).

Se os números ordinais estiverem DEPOIS do substantivo, substantivo →


PLURAL.

Ex.: Os apartamentos segundo e quarto.


DICA 05
CONCORDÂNCIA VERBAL
Sujeito simples: a concordância se dá em pessoa e número com o núcleo.

Ex.: A menina gritou alto.


Sujeito coletivo: o verbo pode ficar no singular ou plural.

Ex.: A alcateia possui visão apurada.

Ex.: A alcateia de lobos possui visão apurada. (CORRETO)


A alcateia de lobos possuem visão apurada. (CORRETO)

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Coletivos partitivos: com “a maioria de”, “grande número de”, “a maior parte
de” → os verbos podem ficar no singular ou plural.
Ex.: A maioria dos alunos reprovaram. (CORRETO)
A maioria dos alunos reprovou. (CORRETO)

“Mais de”, “menos de”, “cerca de”: verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de uma pessoa faltou.


Nomes próprios: verbo deve concordar com o artigo, caso ele apareça.

Ex.: Os Estados Unidos são uma potente nação. (CORRETO)


Estados Unidos é uma potente nação. (CORRETO)
“Que” e “Quem” (pronomes relativos): o verbo concorda com o antecedente do
“que”.

Ex.: Foi ela que mordeu a língua.

Com o “quem”, o verbo pode estar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o


antecedente do "quem".

Ex.: Fui eu quem faz/faço o bolo.


DICA 06
CONCORDÂNCIA VERBAL
Sujeito posposto: sujeito está depois do verbo. Existem 2 maneiras de
concordâncias:
O verbo fica no plural: Dormiram em casa a mãe e as filhas.

O verbo fica no singular e concorda com o núcleo que se encontra mais


próximo: Dormiu em casa a mãe e as filhas.

CUIDADO! Se o verbo vier com o pronome SE e houver RECIPROCIDADE, a


concordância será feita no PLURAL!

Ex.: Abraçaram-se Maria e Júlia.

Sujeito composto por pessoas gramaticais distintas: Verbo → plural. Porém, há


hierarquia no que tange à escolha da pessoa. 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e 3ª
pessoas. 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª.

Ex.: Eu e você corremos muito hoje.

No caso de “ou/nem”: Se a conjunção tiver sentido de EXCLUSÃO, o verbo


concorda com o núcleo mais próximo.

Ex.: João ou Mateus ganhará mais tempo.

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Se indicar INCLUSÃO → verbo no PLURAL.


Ex.: Nem o aluno nem a aluna foram aprovados no concurso.

Núcleos sinônimos no singular: verbo poderá ficar no plural ou no singular (daí


deverá concordar com o núcleo mais próximo).

Ex.: A raiva e fúria tomou/tomaram conta dele.

Aposto recapitulativo: o verbo concorda com a palavra que resume os termos da


oração (isso, tudo, ninguém…), e fica no singular.

Ex.: Os familiares, os amigos, ninguém presenciou minha vitória.


DICA 07
REGÊNCIA VERBAL
A regência é a relação entre o verbo e o nome e os termos os quais se ligam a eles.
Saber quando o verbo pede preposição (e qual preposição) é o que se estuda na
regência verbal. Abaixo, uma tabela com os verbos que são mais cobrados em prova:

CHEGAR (lugar)

Com esse verbo se usa a preposição “a” e não a preposição “em”.


Ex.: Mari chegou a São Paulo.

OBEDECER ou DESOBEDECER

Usa-se a preposição “a”.


Ex.: Os filhos de Marcos obedecem aos avós.

NAMORAR

Não se usa com preposição.


Ex.: Paula namora o Carlos.

PREFERIR

Usa-se dois complementos. Um é usado sem preposição, e o outro com a


preposição “a”.
Ex.: Prefiro estudar Português a estudar Matemática.

CUIDADO! É errado usar este verbo com as palavras: antes, mais...


Ex.: Prefiro mais estudar Português a estudar Matemática. (ERRADO)

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ESQUECER

Quando não forem pronominais → sem preposição.


Ex.: Mauro esqueceu o livro.

Quando forem pronominais → preposição “de”.


Ex.: Lembrei-me do nome livro de Machado de Assis.

DICA 08
REGÊNCIA NOMINAL
Geralmente, a relação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu
complemento é estabelecida por preposição. Deve-se identificar a preposição correta
a cada caso.

Exemplos de regência nominal: adepto de; alheio a; ansioso por/para; apto


a/para; ciente de; contente com/por/de; desprezo a/por; favorável a; impróprio
para; imune a/de; junto a/de; paralelo a; próximo a/de; referente a; relativo a;
simpatia a/por; união com/entre/a; etc.
DICA 09
ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente INDEPENDENTES.
Classificam-se em:

Assindéticas: sem conjunção.

Ex.: Joana estuda, trabalha, viaja.

Sindéticas: com conjunção.

Ex.: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.

ADITIVAS: ideia de soma.


Ex.: e, também, nem, bem como.

Ex.: Eu e minha filha caminhamos no parque e fomos jantar em um belo restaurante.

ADVERSATIVAS: ideia de oposição.

Ex.: mas, porém, todavia, entretanto.

ALTERNATIVAS: ideia de alternância.

Ex.: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.

Ex.: Ora você me ama, ora não ama.

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CONCLUSIVAS: ideia de conclusão.

Ex.: portanto, logo, por isso.

Ex.: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais
colegas.

EXPLICATIVAS: ideia de explicação.

Ex.: porque, porquanto, que.

Ex.: Reprovou porque não estudou muito.


DICA 10
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são DEPENDENTES
entre si (uma se subordina a outra).

Ex.: É necessário que todos lavem as mãos.


O que é necessário? Veja que precisa de uma complementação, “que todos lavem as
mãos”. A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa
“que”.

As orações subordinadas podem se dividir em:

Substantivas: neste caso, exercem a função de substantivo. Podem ser orações


subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais, predicativas e apositivas.

Adjetivas: neste caso, exercem a função de adjunto adnominal.

Adverbiais: neste caso, exercem a função de adjunto adverbial.


DICA 11
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS)

OSS Subjetiva: Terá a função de SUJEITO para a oração principal.


A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é
aquela que tem a conjunção.
As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada
(se/que).

Ex.: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte em “azul” é a oração subordinada substantiva subjetiva (OSS Subjetiva).

→ ela é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.

OSS Objetivas Diretas: Terão função de OBJETO DIRETO (não tem preposição) do
verbo presente na oração principal.

Ex.: A aluna disse que odeia matemática.

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Sobre o exemplo acima, veja: O que a aluna disse? “que odeia matemática” (é o
OD do verbo DISSE).

OSS Objetivas Indiretas: Terão a função de OBJETO INDIRETO (é aquele que tem
preposição) do verbo presente na oração principal.

Ex.: Ninguém desconfiava de que a receita desandasse. (OSS Obj. Ind.)


Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.

OSS Completivas Nominais: Elas complementam o nome (substantivo abstrato


com preposição) que está na oração principal.

Ex.: Eu tenho certeza de que eles passarão na prova.


Veja que “de que eles passarão na prova” complementa “certeza” que é um
substantivo abstrato com preposição.

OSS Predicativas: Terão função de predicativo do sujeito para a oração principal.

Ex.: O problema é que o prazo já expirou. (OSS Predicativa)


Veja que a OSS Predicativa acima se liga ao sujeito da oração principal por meio do
verbo de ligação “é”.

OSS Apositivas: Terão a função de aposto (termo explicativo da oração principal).

Ex.: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (OSS Apositiva) 


explica qual é o desejo.
DICA 12
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

TOME NOTA: A dica abaixo ajudará você a identificar uma oração subordinada
substantiva na sua prova, mas a classificação (se ela é uma OSS subjetiva, objetiva
direta, objetiva indireta, apositiva, predicativa...) deverá se analisada posteriormente.

DICA: Substituir a oração subordinada por “ISSO”.

Ex.: É provável que Juca coma mais tarde hoje.


É provável ISSO.

Note que “que Juca coma mais tarde hoje” é uma ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA, pois é possível substituir por “ISSO”. Após, você precisará saber a
classificação dessa OSS. “Que Juca coma mais tarde hoje” funciona como sujeito da
oração principal. Então, é uma OSS Subjetiva.
DICA 13
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas recebem esse nome, pois exercem uma função
sintática de adjunto adnominal.

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São introduzidas por um pronome relativo, o qual é um elemento de coesão que vai
retomar um antecedente.

Ex.: O homem que é sedentário vive menos. → “que é sedentário” é a ORAÇÃO


SUBORDINADA ADJETIVA e está no meio da oração principal “O homem vive menos.”

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


Após identificar a oração subordinada adjetiva, faz-se necessário identificar se ela é
restritiva ou explicativa. Restritiva: SEM vírgula.
Veja que na frase: “O estudante que se dedica passa” é possível substituir o pronome
“que” por “O estudante”. O “que” faz referência ao termo anterior “O estudante”,
exercendo função de pronome relativo.
Então, “que se dedica” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois não
possui vírgula.

TOME NOTA: A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA → DELIMITA de


modo mais preciso o seu referente. Ela restringe o tipo de estudante que passa 
o que se dedica. Há vários tipos de estudantes, mas apenas o estudante que se dedica
passa.

Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o


seu referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.
As vírgulas introduzem uma informação que é ADICIONAL. Isso significa que a
informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Ex.: A Terra, que é um planeta, é coberta por 70% de água.

Note que “que é um planeta” é uma informação acessória da Terra, uma


explicação, uma ampliação de sentido.

CUIDADO:

Meu filho, que mora em São Paulo, estuda Direito. → EXPLICATIVA


Meu filho que mora em São Paulo estuda Direito. → RESTRITIVA
Na oração 1 entende-se que existe apenas 1 filho e “, que mora em SP,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de um filho e apenas aquele que mora em SP estuda Direito.
DICA 14
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal.
Ela desempenha as funções um advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa
oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a qual indicará a circunstância
que a oração expressa. Então, a oração subordinada adverbial pode ser do tipo:

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Causal: indica uma causa, um motivo.


Exemplos de conjunções causais: porque, como, na medida em que, visto que, uma
vez que, porquanto...

Ex.: Ela não foi ao parque porque estava doente. → Note que a conjunção causal
“porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela
não ter ido ao parque (porque estava doente).

Comparativa: exprime uma comparação.


Exemplos de conjunções comparativas: tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ...
qual, como (no sentido de comparação, normalmente vem acompanhado com
“quem”).

Ex.: O guepardo é mais veloz do que o leão. → Note que há uma comparação
entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.

Concessiva: indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas


circunstâncias. Exemplos de conjunções concessivas: apesar de, conquanto, embora,
ainda que, se bem que, por mais que...

Ex.: Por mais que Júlia não esteja bem, ela irá ao casamento. → Note que é
inesperado que Júlia vá ao casamento, já que ela não está bem... Mas, ela irá.

Condicional: indica uma condição.


Exemplos de conjunções condicionais: caso, a menos que, salvo se, exceto se...

Ex.: Se chover, não iremos ao show. -> Note que somente iremos ao show se o dia
estiver bom, sem chuva. Há uma condição para irmos ao show: não chover, pois se
chover, não iremos.

Conformativa: indica conformidade, acordo entre um fato e outro.


Exemplos de conjunções conformativas: conforme, segundo, de acordo com,
consoante, como (no sentido de conformidade)...

Ex.: A monografia deverá ser redigida de acordo com as regras da ABNT.

Consecutiva: indica uma consequência, um resultado do que foi dito na oração


principal. Exemplos de conjunções consecutivas: tão que, tanto que, tal que, que...

Ex.: Márcia gritou tanto que ficou sem voz.


DICA 15
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Final: exprime finalidade. Exemplos de conjunções finais: a fim de, por que (= para
que)...

Ex.: A aluna Manoela estudou muito a fim de que não reprovasse. → Note que
Manoela estudou com a finalidade de não reprovar.

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Proporcional: exprime proporcionalidade com o acontecimento da oração principal.


Exemplos de conjunções proporcionais: ao passo que, à medida que, à proporção
que, à maneira que...

Ex.: Lucas ficava mais musculoso à medida que treinava.

Temporal: indica uma ideia de tempo.


Exemplos de conjunções temporais: logo que, quando, enquanto, agora que, depois
que...

Ex.: Quando ouço Marília Mendonça, penso em você. → Note que “quando”
indica uma ideia de tempo.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 16
COMPREENSÃO E ANÁLISE DA LÓGICA DE UMA SITUAÇÃO, UTILIZANDO AS
FUNÇÕES INTELECTUAIS: RACIOCÍNIO VERBAL, RACIOCÍNIO MATEMÁTICO,
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL, FORMAÇÃO DE
CONCEITOS, DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS E RACIOCÍNIO LÓGICO
ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Progressão geométrica (PG): é qualquer sequência de números reais ou complexos,
em que cada termo a partir do segundo, é igual ao anterior, multiplicado por uma
constante denominada razão.

→ (1,2,4,8,16, 32, ...) é uma PG de razão 2;


→ (100,50, 25, ...) é uma PG de razão ½;

Fórmula do Termo Geral: 𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 . 𝐪𝐧−𝟏 ; em que 𝐚𝟏 =1º termo, n=quantidade de


termos da PG e q=razão,

Ex.: Dada a PG (2,4, 8,16,), Calcule o décimo termo:

Resposta: Temos: 𝐚𝟏 = 2, q = 4/2 = 8/4 = … = 2.

Para calcular o décimo termo, ou seja, 𝐚𝟏𝟎 , vem pela fórmula:


𝟗 𝟗
𝐚𝟏𝟎 = 𝐚𝟏 . 𝐪 = 2. 𝟐 = 2. 512 = 1024.

Propriedades principais:

Em toda PG, um termo é a média geométrica dos termos imediatamente anterior e


posterior.

Ex.: PG (A, B, C, D, E, F, G);


Temos então: B x B = A x C; C x C = B x D; D x D = C x C; ExE=DxF

O produto dos termos equidistantes dos extremos de uma PG é constante.

Ex.: PG (A, B, C, D, E, F, G)
Temos então: A x G = B x F = C x E = D x D=K
DICA 17
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
𝐚𝟏 .(𝐪𝐧 −𝟏)
Soma dos Termos de uma PG Finita: 𝐒𝐧 = ;
(𝐪−𝟏)
Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4, 8,…);
𝟏.(𝟐𝟏𝟎 −𝟏)
𝐒𝐧 =
(𝟐−𝟏)
𝟏.(𝟏𝟎𝟐𝟒−𝟏)
𝐒𝐧 =
𝟏
𝐒𝐧 = 1023

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𝐚𝟏
Soma dos Termos de uma PG Infinita: 𝐒𝐧 =
(𝟏−𝐪)

X X X X
Ex.: Resolva a equação: x + + + + + ⋯ = 100. Ora, o primeiro membro é uma PG
2 4 8 16
1 X
de primeiro termo x e razão . Logo, substituindo na fórmula, vem 1=100.
2 1−
2
1
Daí, vem: x = 100. = 50
2
DICA 18
GEOMETRIA BÁSICA

Polígonos: São as figuras geométricas figuras planas fechadas.

POLÍGONOS

3 lados: Triângulo

4 lados: Quadrilátero

5 lados: Pentágono

6 lados: Hexágono

7 lados: Heptágono

8 lados: Octógono

9 lados: Eneágono

10 lados: Decágono

11 lados: Undecágono

12 lados: Dodecágono

15 lados: Pentadecágono

20 lados: Icoságono

DICA 19
GEOMETRIA BÁSICA

Perímetro é a medida do comprimento de um contorno de uma figura plana, ou seja,


é a soma das medidas de todos os lados de uma figura ou objeto.
O cálculo do perímetro de qualquer figura geométrica plana é feito pela soma de seus
lados.

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Área é a medida equivale a medida de uma dimensão determinada, ou seja, serve para
calcular uma superfície plana.
As figuras, ou seja, as formas mais comuns são: Triângulo, Quadrado, Retângulo,
Paralelogramo, Losango, Trapézio e Círculo.
DICA 20
GEOMETRIA BÁSICA

FÓRMULAS

O Perímetro de um triângulo de lados a, b e c igual:


𝐏= 𝐚+𝐛+𝐜

O Perímetro de um retângulo de lados a e b é:


𝐏= 𝐚+𝐛

O Perímetro de um quadrado/Losango de lado a:


𝐏 = 𝐚 + 𝐚 + 𝐚 + 𝐚 = 𝟒𝐚

O Perímetro de um círculo de raio r é:

𝐏 = 𝟐𝛑. 𝐫 (π=3,1416...)

A Área de um triângulo de base b e altura h é:


𝐛. 𝐡
𝐀=
𝟐

A Área de um retângulo de lados a e b é:


𝐀 = 𝐚. 𝐛

A Área de um quadrado de lado a:


𝐀 = 𝐚. 𝐚

A Área de um círculo de raio r é:

𝐀 = 𝛑. 𝐫. 𝐫 (π=3,1416...)

A Área de um Losango de diagonais D e d de lado a:


𝐃. 𝐝
𝐀=
𝟐

A Área de um Trapézio de Base Maior B, base menor b e altura h é:


(𝐁 + 𝐛). 𝐡
𝐀=
𝟐

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DICA 21
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
Para resolver problemas aritméticos de raciocínio lógico é necessário o conhecimento de
aritmética, ou seja, operações com números, ou seja, operações de adição, subtração,
multiplicação, divisão, frações, múltiplos e divisores e números pares e ímpares.

Ex.: Sabe‐se que 100 celulares foram testados e verificou‐se que 40 aparelhos
apresentavam problemas na bateria, 28 apresentavam problemas no display e 35 não
apresentavam nenhum desses dois tipos de problemas. O número de aparelhos que
apresentavam problemas na bateria e no display é:
Resposta: Número de celulares=100, Problemas na bateria=40, Problemas no display=
28.
Celular sem problemas = 35
100 (total dos celulares) – 35 (celulares sem problema) = 65 celulares com problema.
Vamos agora somar os celulares que tem problema:
40 (Problemas na bateria) + 28 (Problemas no display)= 68
Então, 68 (celulares com problemas) – 65 (com um ou outro problema) = 3 celulares
tem os dois problemas.
DICA 22
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
Usamos operações com números, operações de adição para resolver problemas com
idades e resolver problemas em que devemos encontrar algum padrão de repetição, ou
seja, situações que se repetem.

Ex.: Lia e Ana são amigas e suas idades são 20 e 26 anos, respectivamente. Daqui a
quantos anos a soma de suas idades será igual a 100 anos?
Resposta: Primeiro, somas as idades: 20 + 26 = 46
Segundo, subtrai este valor de 100; 100 – 46 = 54
54
Agora é só dividir o resultado por 2; = 27
2

Ex.: A soma dos algarismos do número 𝟏𝟎𝟏𝟎 – 3 é igual a:

Resposta: Sabemos que:


𝟏𝟎𝟏 –3=7; 𝟏𝟎𝟐-3=97; 𝟏𝟎𝟑 -3=997; 𝟏𝟎𝟒-3=9.997; ...
Para o expoente 2 temos 1 número 9, para o expoente 3 temos 2 números 9, para o
expoente 4 temos 3 números 9, logo para o expoente 10 teremos 9 números 9.
Daí 9x9+7=81+7=88
DICA 23
PROBLEMAS ARITMÉTICOS

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Para resolvermos problemas relacionados a intervalo de números, precisamos observar o


comando da questão e usá-lo a nosso favor. Observe:

Ex.: Quantos números naturais são maiores do que 238 e menores do que 452?
Resposta: 452-238=214 e como não estamos interessados nos extremos 238 e 452,
vamos excluir 1 número, 214-1=213.
Observe: Quando o exemplo diz maiores e menores exclui os números indicados.

Ex.: Em certa cidade de Minas Gerais, foi terminada em 1832 a construção de uma
igreja dedicada a São José. O padre que inaugurou a igreja decretou que, a cada 7 anos
os fiéis deveriam fazer uma grande festa em homenagem ao santo. Como esta tradição foi
mantida, o próximo ano de realização da festa será?
a) 2010.
b) 2011.
c) 2012.
d) 2013.
e) 2014.
Resposta: Já que a festa acontece de 7 em 7 anos, a diferença entre o próximo ano de
festa e 1832 deve ser múltiplo de 7.
Observe: O exemplo diz a cada 7 anos, logo a resposta precisa ser um número múltiplo
de 7.
2010 – 1832 = 178 (não é múltiplo de 7).
2011 – 1832 = 179 (não é múltiplo de 7).
2012 – 1832 = 180 (não é múltiplo de 7).
2013 – 1832 = 181 (não é múltiplo de 7).
2014 – 1832 = 182 (é múltiplo de 7).
Portanto, a próxima festa será em 2014.
DICA 24
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
O conhecimento de aritmética ajuda a montar uma equação simples, para encontrar um
valor desconhecido a partir de dados do problema. E saber a definição de números
primos que são os números naturais que podem ser divididos por apenas dois fatores: o
número um e ele mesmo;

Ex.: A quantidade de xícaras da coleção de Marcela é igual à metade da quantidade


xícaras da coleção de Laura. Se somarmos a quantidade de xícaras das duas coleções,
essa soma pode ser qual número?
a) 64.
b) 65.
c) 66.
d) 67.
e) 68.

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Resposta: Se a quantidade de xícaras de marcela for N, a quantidade de Laura será igual


a 2N. A soma dessas quantidades é N + 2N = 3N. A quantidade de xícaras é um número
inteiro.
Portanto, o total de xícaras, 3N, tem que ser um múltiplo de 3. Dentre as alternativas, a
única que é divisível por 3 é 66.

Ex.: Determine o produto dos cinco primeiros números primos, quando dispostos em
ordem crescente?
Resposta: Os cinco primeiros números primos são 2,3,5,7,11. O produto deles é 2 x 3 x
5 x 7 x 11 = 2.310

Ex.: Um médico atende diariamente 5 clientes com hora marcada e um número x de


clientes sem hora marcada. Dos clientes que marcam hora para ser atendido, ele cobra R$
70,00 a consulta e dos clientes que não marcam hora R$ 55,00. Ao final de um
determinado dia ele contabilizou R$ 735,00. O número de clientes atendidos neste dia foi
de?
Resposta: Os cinco clientes com hora marcada pagaram juntos 5 x 70 = 350 reais. Como
o total contabilizado foi de R$ 735,00, então 735 – 350 = 385 reais foram pagos pelos
clientes sem hora marcada. Como cada um deles paga R$ 55,00 pela consulta, então
385
foram atendidos = 7 clientes.
55
DICA 25
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
Para solucionar problemas aritméticos é importante saber como é encontrado a
quantidade de algarismos de um determinado número, de 1 a 9 sabemos que são 9
algarismos, de 10 ao 99=2x90=180 algarismos, de 100 ao 999=900x3=2.700 algarismos.
E a definição de uma operação de divisão, sabendo que o número que será dividido é
chamado Dividendo (D), o número pelo qual o dividendo será dividido é chamado de
divisor (d) e o resultado dessa divisão é chamado de Quociente (q). Em alguns casos, uma
parcela chamada Resto (r) é formada no processo de divisão.

Ex.: Considere que na numeração das X páginas de um manual de instruções foram


usados 222 algarismos. Se a numeração das páginas foi feita a partir do número 1, então
X é igual a?
Resposta: Da página 1 até a página 9 são utilizados 9 x 1 = 9 algarismos.
Da página 10 até a página 99 são utilizados 90 x 2 = 180 algarismos.
Da página 100 até a página de número P, temos P – 100 + 1 = P – 99 páginas.
Como cada página tem 3 algarismos, são utilizados 3(P – 99) algarismos. O total de
algarismos A é igual a 9 + 180 + 3(P – 99). A=189+3(P-99) 222=189+3(P-99) daí
P=X=110 páginas;

Ex.: A soma de três números inteiros positivos é igual ao maior número inteiro de 5
algarismos distintos. Se adicionarmos a cada um dos números o maior número inteiro de
3 algarismos, a nova soma será igual a?

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Resposta: O maior número de 5 algarismos distintos é 98.765. Vamos assumir que os


três números inteiros positivos considerados são iguais a X, Y, Z. Portanto, X+Y+Z =
98.765
O maior número inteiro de 3 algarismos é 999 (observe que aqui os algarismos não
devem ser distintos).
Vamos adicionar a cada um dos 3 números o número 999.
X + 999 + Y+ 999 + Z+ 999 = X+Y+Z + 3 ∙ 999 = 98.765 + 2.997 = 101.762;

Ex.: Considere o número natural A e o número natural B. Sabe-se que B é divisor de A,


e que o quociente entre A e B é igual a 24. O quociente entre o dobro do número A e o
triplo do número B é igual a?
Resposta: O quociente entre A e B é igual a 24. Como B é divisor de A, então o resto da
divisão de A por B é zero.
A
= 24
B
Queremos calcular o quociente entre o dobro de A e o triplo de B.
2A 2 A 2
= X = X 24 = 16.
3B 3 B 3

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ATUALIDADES

DICA 26
MUNDO CONTEMPORÂNEO: ELEMENTOS DE POLÍTICA INTERNACIONAL E
BRASILEIRA; CULTURA INTERNACIONAL E CULTURA BRASILEIRA (MÚSICA,
LITERATURA, ARTES, ARQUITETURA, RÁDIO, CINEMA, TEATRO, JORNAIS,
REVISTAS E TELEVISÃO); ELEMENTOS DE ECONOMIA INTERNACIONAL
CONTEMPORÂNEA; PANORAMA DA ECONOMIA BRASILEIRA.
RETIRADA DAS TROPAS NORTE AMERICANAS DO AFEGANISTÃO- FOCO NA VOLTA
DO TALEBAN AO PODER
O Afeganistão foi ocupado pelos EUA em 2001, após os atentados de 11 de setembro. O
Afeganistão é um país localizado na Ásia Central e não no Oriente Médio.
Por qual motivo os estados unidos ocuparam o afeganistão? Como já comentado, o
país servia de base para o grupo terrorista Al-Qaeda, que era liderado na época por
Osama Bin Laden, que era mentor dos atentados de 11 de setembro. O Afeganistão era na
época governado pelo Taleban.
Ironicamente, o Taleban nasceu quando mujahideens afegãos e guerrilheiros islâmicos se
uniram para combater a ocupação da União Soviética no Afeganistão. A própria CIA
(Agência de Inteligência Central) dos EUA é apontada como uma das apoiadoras da
formação do grupo na época, pois estavam em plena Guerra Fria, contra os soviéticos. Ou
seja, o Taleban contou com o apoio dos EUA e depois se voltou contra o mesmo.
Na época que o Taleban chegou ao poder pela primeira vez, os homens afegãos deveriam
deixar a barba crescer e as mulheres eram obrigadas a se cobrir da cabeça aos pés. Estas
não podiam sair de suas casas sozinhas sem um homem, não podiam trabalhar ou sequer
frequentar escolas.
Fique por dentro: O grupo Taleban fundamentalista que faz um governo dentro de
regras extremistas, onde grupos minoritários e mulheres são as principais vítimas. O
modus operandi do Taleban é muito parecido com o de outros grupos extremistas, como o
Estado Islâmico e Boko Haram.
O presidente dos EUA foi criticado, principalmente pelo ex-presidente, o republicano
Donald Trump. Joe Biden, assumiu a responsabilidade pela tumultuada saída das forças
norte-americanas do país, onde este afirmou que esta era melhor opção disponível. Mais
de 123 mil pessoas foram retiradas da capital.
Lembrando: Um dos maiores críticos da gestão Biden é o ex-presidente Donald Trump,
que diversas vezes contestou os resultados das eleições, onde foi vencido pelo democrata.
Ele afirmou certa vez em sua conta no Twitter: “Os fiscais não foram permitidos na sala
de apuração. Eu venci a eleição. Recebi 71 milhões de votos legais. Aconteceram coisas
erradas que nossos fiscais não puderam ver. Isso nunca aconteceu antes. Milhões de
cédulas de votação foram enviadas por correio sem que as pessoas tivessem solicitado!”
Importante: A famosa MALALA YOUSAFZAI sofreu no seu país, o Paquistão um
atentado, onde os combatentes do Taleban atiraram em um ônibus escolar com alunas
dentro. Entre as vítimas estava Malala Yousafzai, que foi baleada na cabeça por defender
o direito à educação para meninas. Ao contrário do que muitos pensam, o Taleban atua
em outros locais fora do Afeganistão, como o Paquistão. Malala venceu o Nobel
da Paz em 2014.
Crise humanitária: Infelizmente a saída das tropas gerou uma verdadeira crise, onde
muitas pessoas entraram em pânico. Pessoas com medo de represálias do grupo
extremista. Um exemplo de grupo de pessoas que entraram em desespero foram os

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colaboradores e tradutores que auxiliaram o exército dos EUA. Esse pânico levou muitas
pessoas a tentarem literalmente fugir se pendurando nos aviões que levavam os soldados
americanos para fora do território afegão, fazendo com que estas pessoas caíssem e
morressem. Dentre as pessoas que faleceram estava o jovem jogador de futebol Zaki
Anwari, que chegou a ser da seleção de base do país e caiu de um Boeing C-17 da Força
Aérea dos EUA.

Como foi a retirada? O presidente atual dos EUA, o democrata Joe Biden
anunciou esse ano (2021) a retirada das tropas
americanas, que estavam lá desde 2021. A retirada das
tropas foi duramente criticada, pois muitos consideraram
que ela foi na verdade precipitada, deixou o povo afegão
à mercê dos terroristas e jogou fora todo o esforço de
anos de pacificação e ocupação.

Afeganistão Localizado na Ásia Central, sua capital é Cabul e a


maioria da população é islâmica.

Taleban O Taleban é um grupo extremista, que impõe uma lei


dura, principalmente para mulheres e minorias
religiosas. O Taleban foi apoiado pelo EUA, durante o
conflito com a URSS.

DICA 27
OLIMPIADAS E PARAOLIMPÍADAS DE TÓQUIO
As Olimpíadas foram adiadas. O evento deveria ter ocorrido no ano de 2020, mas por
causa da pandemia, não ocorreram. Sendo assim, acabaram por ocorrer no ano de 2021.
Lembrando que o Japão já sediou as Olimpíadas, no ano de 1964.
O Brasil conquistou 21 medalhas nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020: 8 de ouro, 6 de
prata e 8 de bronzes.
Uma delas foi a do surf: A primeira medalha de ouro do Brasil no surf, pelo surfista
potiguar Ítalo Ferreira.
Também houve a medalha da jovem Rayssa Leal, prata no skate street, que se
tornou a medalhista mais jovem do Brasil, com apenas 13 anos.
Importante: O governo japonês foi altamente criticado pela madeira usada como
molde para a estrutura de concreto do Estádio Nacional do Japão, de Kengo Kuma. Ou
seja, o estádio estaria ligado ao desmatamento.
Já nas paraolimpíadas, o Brasil conquistou 72 medalhas.
Um momento muito marcante durante as paraolimpíadas foi protesto do paratleta
Thiago Paulino. Após um recurso da China junto ao júri, fez dois arremessos do
brasileiro serem invalidados, tirando do mesmo a medalha de ouro e lhe concedendo a
medalha de bronze. Em protesto, sinalizou negativamente várias vezes. No momento das
fotos, abaixou a cabeça e ergueu o punho direito.
Quando as paraolimpíadas foram criadas? Os Jogos Paraolímpicos foram feitos em
Roma, na Itália, no ano 1960, contando com 23 países. A primeira Paraolimpíada de que
o Brasil participou foi em 1976, na Alemanha.

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Fique por dentro: As paraolimpíadas trouxeram uma discussão muito saudável e


interessante sobre o capacitismo, que é a discriminação que se baseia na deficiência do
indivíduo.
DICA 28
POLÊMICA JAPÃO (BANDEIRA)
O Japão sediou as Olimpíadas deste ano. Mas o país enfrentou uma polêmica bastante
forte: Com relação à sua bandeira nas Olimpíadas.
Qual foi o motivo que levou a bandeira do japão a ser foco de uma polêmica? O
Japão tem uma bandeira nacional oficial apenas desde 1999, quando foi estabelecida pelo
Parlamento japonês. Ela é chamada de Hinomaru, que significa literalmente "círculo
solar". Como o Japão é uma grande ilha no extremo oeste do oceano Pacífico, o sol nasce
sobre o mar. Essa é a inspiração para o desenho da bandeira. Só que o Japão tem uma
outra bandeira, muito difundida no país: A bandeira do Sol Nascente, ou Kyokujitsu-
ki, seu nome em japonês, tem um disco vermelho semelhante, mas com 16 raios
da mesma cor saindo dele. Está é a bandeira alvo de toda polêmica.
Essa bandeira era utilizada na expansão imperialista do Japão, que ocupou a Coreia e
parte da China. Durante este período, houveram casos de estupros, sequestros e
escravidão das populações nativas dos locais ocupados pelos japoneses, na época.
Importante: Caso sua prova traga uma questão sobre este tema, ela pode trazer a
expressão “mulheres de conforto”. Essa expressão se refere às várias mulheres de
países ocupados pelo Japão na Segunda Guerra Mundial que foram violentadas e
obrigadas a serem escravas sexuais dos soldados japoneses. Este assunto já foi tema de
vários documentários. Caso tenha interesse em estudar mais profundamente o tema, no
Youtube há um documentário (legendado) com o título de: “Vida como uma "Mulher de
Conforto": História de Kim Bok-Dong | ASIAN BOSS”.
O país que mais manifestou descontentamento com o uso da bandeira japonesa nas
Olimpíadas foi a Coreia do Sul. Alguns políticos sul-coreanos chegaram a comparar a
bandeira do Japão à suástica nazista.
O massacre mais famoso feito pelo exército japonês na época da Segunda Guerra Mundial
é o Massacre de Nanquim, na China.
Segundo estudiosos, algumas pessoas da Coréia do Sul associam a bandeira do Sol
Nascente como os crimes de guerra. O sentimento também é compartilhado por pessoas
de outras nacionalidades, como vietnamitas, chineses, filipinos entre outros.
DICA 29
XENOFOBIA – FOCO CORONAVÍRUS
A xenofobia é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade, repúdio ou
ódio por estrangeiros ou estranhos à comunidade.
O aumento da pandemia, seguido das mortes e fechamentos de comércios, fez com que
uma parcela da população começasse a procurar supostos culpados para isto. Como a
epidemia teve seus primeiros casos na província chinesa de Hubei, muitos
passaram a considerar os chineses e seus descendentes como culpados, sendo
tal pensamento errado e preconceituoso.
O preconceito também chegou até pessoas de origem asiática de outros países, como
japoneses, coreanos, tailandeses dentre outros.

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Importante: Sua prova pode apresentar o termo sinofobia. A sinofobia é um de


preconceito contra a China e seu povo. Ou seja, é um sentimento antichinês.
A xenofobia contra chineses tem aparecido também em outros países, como os EUA.
Lembrando: Há 150 anos, Los Angeles presenciou o primeiro massacre contra asiáticos
nos EUA. 18 homens foram brutalmente linchados e a Chinatown (bairro chinês) foi
destruída.
A lei n. 9.459 fez a inclusão no artigo 140 do Código Penal da normatização no
sentido da aplicação medidas de punição contra crimes de discriminação ou preconceito de
cor, religião, procedência nacional ou etnia.
A discriminação contra pessoas de origem asiática também chegou ao âmbito político.
Uma crise diplomática entre o Brasil e a China foi desencadeada com uma fala do
deputado Eduardo Bolsonaro, que culpou a China pela disseminação do vírus no mundo.
Simplificando: A pandemia pegou todo o mundo de surpresa, e muitas pessoas
começaram a procurar “culpados”. Como a China foi o epicentro da pandemia de covid-19
muitos casos de preconceito e discurso de ódio contra pessoas asiáticas e de origem
asiática começaram a ser registrados. Essa situação já foi vista em uma série de situações
da história da humanidade, como por exemplo a imensa perseguição contra os judeus na
Alemanha nazista, pois muitos criam que eles eram culpados pela crise econômica que o
país enfrentava.
DICA 30
MANIFESTAÇÕES BRASILEIRAS
Um forte clima de polarização política tem tomado conta do Brasil nos últimos tempos. E
seria impossível adentrar neste assunto sem abordar as manifestações de 07 de setembro
e 12 de setembro.

MANIFESTAÇÕES DE 07 DE SETEMBRO

Onde ocorreram? Em diversas cidades brasileiras, principalmente nas capitais,


incluindo Brasília-DF.

Quem estava lá? Apoiadores do Presidente Jair Messias Bolsonaro, que


manifestavam, além do apoio ao Presidente da República,
repúdio ao STF.

Crise com o STF: A Presidência da República e o STF estão com o relacionamento


bastante abalado. Um exemplo de situação que agravou este abalo foi quando o ex-
deputado bolsonarista Roberto Jefferson, foi preso em 13 de agosto por determinação do
ministro Alexandre de Moraes. Uma semana depois, Bolsonaro protocolou o pedido de
impeachment de Moraes.
Alguns especialistas e representantes de partidos de esquerda e centro demostraram
preocupação, temendo um golpe.
Fique por dentro: Na recentíssima abertura da 76ª Assembleia-geral das Nações
Unidas (ONU), em um discurso do Presidente Jair Bolsonaro afirmou que “No último 7 de
setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma
pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história”
(...).

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Em contrapartida, foram marcadas para o dia 12 de setembro manifestações contrários ao


atual governo presidencial. O Movimento Brasil Livre (MBL) liderou as manifestações, que
pediam dentre outras coisas o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Lembrando que
o MBL teve uma participação considerável nos pedidos de impeachment contra a ex-
presidente Dilma Rousseff.
Importante ressaltar que boa parte das pessoas que foram até as manifestações de 12 de
setembro eram contrárias tanto ao ex-presidente Lula quanto ao atual presidente Jair
Bolsonaro, desejando uma terceira via. Alguns nomes como o do ex-ministro da saúde
Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o do ex-governador do Ceará Ciro Gomes tem ganhado
força para ser a representação desta terceira via.

Onde ocorreram? Em várias cidades, incluindo capitais dos estados e Brasília.

Quem estava lá? Lideranças de movimentos com o MBL e pessoas que


desejavam expressar sua indignação com o atual presidente Jair
Bolsonaro.

Importante: Sobre a polarização política no Brasil, esta já vem de muito tempo. O


antipetismo cresceu com bastante força de 2014 a 2018, e este cenário criou uma
polarização, que foi ainda mais acentuada com as redes sociais. Segundo especialistas na
área, o Brasil terá certa dificuldade em superara polarização política em meio a pandemia.
DICA 31
O ASSASSINATO DO PRESIDENTE DO HAITI
Como já falado em uma rodada anterior, o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi morto
em sua residência oficial, nas proximidades de Porto Príncipe, capital do Haiti, em 7 de
julho, depois que um grupo de homens fortemente armados invadiu a casa ao amanhecer.
A primeira dama, Martine, ficou ferida no atentado, mas sobreviveu e foi levada para se
tratar em Miami, nos Estados Unidos.
Segundo a primeira dama, os homens falavam em espanhol, o que destoa da figura do
povo haitiano, que fala francês.
A polícia haitiana trabalha com a hipótese de que alguns haitianos que residem fora do
país, juntamente com um grupo de ex-militares da Colômbia foram os responsáveis pela
barbárie.
Também há uma linha de investigação que trabalha com a hipótese de o assassinato do
presidente ter sido planejado na República Dominicana.
Lembrando que o Haiti fica localizado em uma ilha e faz fronteira terrestre apenas com a
República Dominicana.
Importante: A sua prova, caso aborde este tema, pode trazer a expressão
“magnicídio”, que significa o assassinato de uma pessoa célebre.
É extremamente importante que se saiba que o Haiti enfrenta uma série de problemas
graves: Além de ter enfrentado esta crise de instabilidade política, a maioria dos haitianos
não tem acesso à saúde básica, inclusive a luta para barrar avanço da Covid começou
muito atrasada, pois somente no último mês recebeu suas primeiras doses de vacina.
Também houve um terremoto e uma tempestade tropical no país, já faladas em uma
rodada anterior.

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Fique por dentro: O falecido Jovenel Moïse havia dissolvido o Parlamento haitiano e
estava na época dos fatos governando por meio de um decreto há mais de um ano, depois
da nação caribenha não conseguir fazer suas eleições legislativas, e desejava promover
uma reforma constitucional muito polêmica.
DICA 32
LOCKDOWN
A pandemia trouxe uma série de mudanças, dentre elas a mais polêmica é o lockdown,
que significa confinamento.
Qual foi motivo que levou o lockdown a ser decretado? O aumento de casos de
coronavírus levou alguns governos a decretarem o confinamento de suas populações, com
o intuito de barrar a circulação do vírus. Aqui no Brasil foram decretados lockdown’s, pelos
governos locais.
Durante a pandemia, termos como isolamento social, lockdown e quarentena foram
utilizados, confundindo a muitos:

ISOLAMENTO SOCIAL A priori seria uma sugestão de prevenção para todos


fiquem em suas residências. Geralmente feita por
campanhas educativas.

LOCKDOWN É uma medida de bloqueio total que geralmente inclui


também o fechamento de vias e faz a proibição de
deslocamentos e viagens consideradas não essenciais.

QUARENTENA Trata-se de uma determinação de cunho oficial de


isolamento decretada por um governo.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se mostrou contrário desde sempre com a adoção
de medidas de lockdown. Inclusive recentemente em seu discurso na 76ª Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, fez declarações em defesa
do tratamento precoce e contrárias ao lockdown.
Fique por dentro: A cidade australiana de Melbourne enfrentou protestos intensos
contra o lockdown imposto na região. Já a cidade chinesa de Putian ordenou testes de
Covid-19 em 3,2 milhões de pessoas e decretou o fechamento de escolas, temendo um
novo surto.

❗️O STF garantiu autonomia aos prefeitos e governadores, para que estes determinem as
medidas para o enfrentamento ao coronavírus. A decisão veio após o ajuizamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.341, de autoria do PDT, contra a medida
provisória do presidente Jair Bolsonaro, que restringia a liberdade de prefeitos e
governadores na tomada de ações contra a pandemia.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE = AÇÃO DE CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO.
DICA 33
LEI ROUANET
Sancionada em 1991, o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) é mais conhecido
popularmente como Lei Rouanet (Lei 8.313/91).

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Com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, houveram algumas mudanças na lei. Uma das
mudanças, por exemplo, 10% dos ingressos das atrações contempladas pela lei não
poderão passar de R$50,00. Na legislação original, os ingressos populares poderiam ter o
custo de até R$ 70,00.
Importante: Uma atualização muito importante nesta temática é o projeto de lei
chamado Lei Paulo Gustavo. Paulo Gustavo era um ator, que infelizmente morreu em
decorrência do coronavírus. A ideia deste projeto de lei é a captação de R$ 4,3 bilhões
para o setor cultural até o fim do ano 2022. R$ 2,8 bi ficam destinados para o setor
audiovisual e o resto para outras áreas do setor cultural.
DICA 34
POPULARIZAÇÃO DO APLICATIVO TIK TOK
O Tik Tok é um aplicativo chinês, que no começo se chamava Musical.ly que permite a
criação de vídeos com conteúdo divertido e com uma série de efeitos, trilhas sonoras,
tudo isto com uso da inteligência artificial.
A quarentena, juntamente com o isolamento social trazido pelo Covid-19, fez o aplicativo
estourar. Ele foi o aplicativo mais baixado em 2020, deixando para trás outros aplicativos,
como o Instagram e Facebook.
Com intuito de não ficar longe do sucesso, o Instagram criou uma nova função, chamada
de Reels, temendo perder público.
Importante: Recentemente os EUA e a China tiveram uma tensão diplomática por
causa do aplicativo Tik Tok. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que alegava que as
empresas ameaçavam a segurança do país e por isso, poderiam repassar os dados dos
usuários para a China. Tanto empresas quanto governo chinês negam. O aplicativo chegou
a ser também vetado temporariamente em países como Índia e Bangladesh.
O atual presidente dos EUA, Joe Biden, revogou o decreto de Trump que bloquearia Tik
Tok no país.
DICA 35
AUKUS - PACTO MILITAR
O AUKUS se trata de uma aliança militar muito recente entre os Estados Unidos, Reino
Unido e Austrália, com o intuito de conter os avanços da China. A ideia também é garantir
a segurança no Indo-Pacífico , que inclui os oceanos Índico e Pacífico.

AUKUS → AU (Austrália) + UK (United Kingdom) + US (USA)


*A embaixada da China na capital americana acusou os países de "mentalidade de Guerra
Fria e preconceito ideológico".
Importante: A França se sentiu “traída” pela Austrália, visto que um acordo celebrado
entre eles para construção de uma frota de submarinos elétricos a diesel para a Marinha
australiana, porém agora o acordo não está mais valendo.
Um ponto que chama bastante atenção há anos a China vem construindo ilhas artificiais
no meio do mar, com o intuito de ocupar parte do território que reivindica, o que para
muitos é considerado uma violação à lei internacional.
Fique por dentro: As polêmicas no que se refere às ocupações chinesas não se
limitam só aos participantes desta aliança. Taiwan é uma figura de extrema importância
neste estudo.

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TAIWAN: China e Taiwan tem uma relação bastante tensa. A China reivindica a ilha como
parte de seu território e a considera uma província rebelde. Já Taiwan se intitula uma
nação soberana dentro do cenário internacional.

TAIWAN CHINA

República democrática, que tem como País comunista sob o comando de um partido
capital Taipei. único. Sua capital é Pequim.

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HISTÓRIA DO CEARÁ

DICA 36
JK E O NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO

O Governo Juscelino Kubitscheck – caracterizado pelo esforço para a


industrialização do país;

Era ligado ao getulismo, mas possuía uma outra linha de pensamento, que via com
bons olhos a participação do capital internacional na economia;

Objetivo de desenvolver o Brasil, e a industrialização e o desenvolvimento eram vistos


como sinônimos;

Teoria conhecidas como “nacional desenvolvimentismo”- ou seja, desenvolver a


qualquer custo;

O nacional desenvolvimentismo pregava, então, que deveríamos abrir os mercados


brasileiros;

Conceder incentivos às grandes corporações, para que, dessa forma, pudéssemos gerar
empregos na indústria;
Criação do “Plano de Metas”, que prometia desenvolver o país “50 anos em 5”;

As cincos principais metas: Indústria, energia, transportes, educação e saúde;

Realizou uma abertura de capital retirando barreiras alfandegárias e protecionistas;

Investiu em infraestrutura construindo usinas hidrelétricas e também rodovias que


integravam o Brasil;

Importante lembrar → quanto mais o desenvolvimento industrial, maior a demanda


energética;
O Estado se alinhou à burguesia nacional num grande projeto de modernização através de
capitais e tecnologias estrangeiros, que seriam controlados e disciplinados pelo governo
federal;

Meta do Plano de Metas, a qual projetou a imagem de JK, foi a construção de


Brasília;

A ideia de construção de uma cidade no centro de nosso território (buscando integrar o


país e contra invasões estrangeiras);

Razões para a construção de Brasília:

Centralizar a administração política do país;

Levar o desenvolvimento ao interior;

Ser estrategicamente mais seguro para o Estado em caso de conflitos


internacionais;

Afastar a capital das tensões políticas do RJ, pois era corrente as manifestações;

Predomínio do modelo rodoviário: Construção da rodovia Belém-Brasília, que


estimulou a imigração de trabalhadores para as obras da capital;

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Os imigrantes que construíram Brasília são chamados de “candangos” e


predominaram cearenses entre eles;
DICA 37
JK E O NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO
JK O PRESIDENTE BOSSA NOVA

Modelo Rodoviarista → Ford, Volks, GM;


Rodovia Belém → Brasília;
Integração Nacional → Construção de uma nova Capital – Brasília;
Superintendências de Desenvolvimento → Sudene;
Anos de Otimismo e Euforia → Anos Dourados, Bossa Nova, Brasil ganha a Copa de
1958;

Plano de Metas → 50 anos em 5;


Investimento em Infraestrutura;

Binômio: “Desenvolvimento com Estabilidade;

Apoio do General Lott;

Capital Estatal

Capital Privado Internacional


Modelo Tripé Economia
(Multinacionais)

Capital Privado Nacional

DICA 38

GOVERNOS MILITARES E O “NOVO” CORONELISMO

Os governos militares foram de 1964 a 1985 (quase 21 anos), coma a ditadura


que ser instalou, com o golpe (para alguns, contragolpe), em 31 de março de 1964,
derrubando o governo de João Goulart;

João Goulart
“Jango” assumiu a presidência do Brasil em 1961 após a renúncia de Jânio
Quadros;

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O projeto político de Jango incluía promover reformas de base com o objetivo de


reduzir desigualdades, como:

Reforma agrária;

Reforma fiscal;

Reforma administrativa.
DICA 39
ANTECEDENTES DO GOLPE

Contexto mundial de Guerra Fria e o medo da expansão socialista para os países da


América Latina;

Insatisfação com o projeto político de Jango;

Pela proximidade com sindicatos e trabalhadores, Jango passa a ser considerado um


“perigo comunista”;

O governo dos Estados Unidos se aproxima dos militares e da elite econômica


brasileira;
DICA 40
A NOVA DITADURA

Representou a centralização do Poder no governo federal e a restrição de


direitos e garantias individuais, via a Constituição Federal de 1967;

Os atos institucionais, sobretudo o nº 05 em 1968 e a emenda nº 01 de 1969 (para


alguns uma Carta Magna);

A Al 5 foi o mais autoritário dos atos institucionais, porque: possibilitava, sem


prazo, ao Presidente, o fechamento do Poder Legislativo em todo o Brasil (federal,
estadual e municipal);

Cassação de mandatos e de cargos públicos, nomeação de interventores, suspensão de


direitos e garantias individuais e decretar estado de sítio sem a aprovação do Legislativo;

Surge o “Milagre Econômico” (1968-1973), no qual houve um aumento


exponencial do PIB (Produto Interno Bruto);
- Criação de centenas de estatais (empresas públicas), como: Telebrás, Embratel e
Infraero, além do Banco Central, o SFH (Sistema Financeiro Habitacional) e BNH (Banco
Nacional de Habitação);

Aumento da população urbana (migração do campo para as cidades);


DICA 41
1973 A 1985

Declínio do regime de exceção, houve crise econômica, com contribuição da


crise mundial do Petróleo em 1973;

Aumento da inflação;

Tabelamento de preços e dívida externa em virtude do endividamento anterior, que,


diante da recessão, concentração de rendas nas mãos de poucos e a desigualdade social,
ocorreram insatisfações populares e políticas;

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População vai às ruas clamando por redemocratização, via eleições diretas;

Exigência de eleições diretas;

Revogação do Al 5 (1978);

Anistia geral e irrestrita, possibilitando a liberdade de presos políticos e o retorno das


pessoas que estavam exiladas no estrangeiro;

Pluripartidarismo, eleições para governadores e a campanha em 1983 e 1984 das


“Diretas-já”;

Emenda Constitucional Dante de Oliveira- Proposta de Emenda Constitucional (PEC


nº 05/1983 – reinstaurar as eleições diretas para presidente da República no Brasil);
DICA 42
PRESIDENTES MILITARES

1964 – Início da Ditadura Militar


Declaração do Ato Institucional nº1 (Al-1) que convoca eleições indiretas para
presidente e possibilita a perseguição política da oposição;

1964-1967- Castelo Branco


O Al-2 extingue todos os partidos políticos e altera o funcionamento do Poder
Judiciário;
O Al-3 estabelece o bipartidarismo no Brasil;
O Al-4 abre espaço para a criação de uma nova Constituição

1967-1969- Costa e Silva


Os “anos de chumbo” da ditadura, por conta da violência e repressão;
A passeata dos 100 mil contra as medidas antidemocráticas;
O Al-5 fecha o Congresso por tempo indeterminado;

1969-1974- Médici
Intensificação da censura dos meios de comunicação;
Crescimento econômico conhecido como “milagre econômico”;
Criação do Departamento de Operações internas (DOI) e o Centro de Operação da Defesa
interna (CODI), os centros de aprisionamento e tortura;

1974-1979 Geisel
Desgaste das Forças Armadas;
A crise econômica se agrava e inicia o maior ciclo de greves do país;
O Al-5 é revogado;
Início da abertura política lenta e gradual

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1979-1985- Figueiredo
É promulgada a Lei da Anistia;
Uma reforma partidária possibilita a criação de novos partidos;
O movimento civil das “Diretas Já”
1985 Tancredo Neves é eleito, por voto indireto encerrando o período da Ditadura
Militar.
DICA 43
“NOVO” CORONELISMO

O novo coronelismo, como contrapeso conservador e reacionário a quaisquer


mudanças políticas sempre esteve presente, acentuando-se ainda mais no interior do
Brasil, mas propriamente no Nordeste;

Concentração de grandes áreas em reduzidos proprietários, mantendo


estagnada por exemplo a economia e as relações sociais vigentes;

Nesse contexto, destaca-se a ausência de reformas de base, como a reforma agrária,


mantendo a estrutura de poder, calcada nos grandes latifúndios;

Propriedades dos coronéis, que, em virtude de seu poder econômico, pressionavam (e


pressionam desde de sempre) politicamente, não tendo sido diferente no período dos
governos militares;

Nordeste era o reduto da Arena (Aliança Renovadora Nacional, criada em 1985),


partido conservador e de sustentação do governo militar;

Em seguida, criação do PDS (Partido Democrático Social);


DICA 44
MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA

O coronelismo moderno se identifica, como sempre em seu germe, com a formação de


clãs familiares;

Grandes famílias que se apropriaram do poder no Brasil, principalmente nas regiões


mais pobres, rateando a máquina pública entre seus representantes;

Rateiam o poder, colocando seus representantes nas posições decisórias;

O Nordeste é um bom exemplo. Tanto proporcionalmente quando em números


absolutos;

De cada dez parlamentares que assumiram o mandato por um dos nove estados
nordestinos, seis têm algum parentesco com outras figuras do mundo político;

A prática da política em família é comum a 97 dos 161 deputados da região;

Esse novo coronelismo moderno ajuda a forma as maiores bancadas hoje existentes,
quais sejam: a do boi, a da bala, que se aliam a chamada bancada da bíblia;

Conservadores e apoiadoras do status quo, adotam a tese de que é preciso


mudar sem que nada mude;

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DICA 45
VIRGÍLIO TÁVORA

Foi governador do Ceará nos anos de 1963-1966 e 1979-1982 coligação UDN-


PSD-PTN;

Implantou um moderno planejamento de estado, considerado vanguarda no país, à


época, e instituiu e consolidou instrumentos de incentivo fiscal e obras de infraestrutura
que permitiram a vinda de indústrias para o estado;

Tentou modernizar a máquina estatal, formou e colocou técnicas no governo,


quando foram elaborados grandes projetos de infraestrutura, que previam a criação de
distritos industriais, de uma siderúrgica e de uma refinaria de petróleo, além da
construção de um porto;

O TRIUNVIRATO CEARENSE
Durante o regime militar, coronéis das oligarquias tiveram participação por meio de um
triunvirato composto por César Tals (1971-1975), Virgílio Távora (1963-1966, e,
posteriormente, voltando em 1978) e Adauto Bezerra (1976-1978);

Eram coronéis literalmente, devido aos seus postos militares, e coronéis na concepção
do coronelismo político;

Dominando a política cearense durante esse período tinham, em comum costumes


oligárquicos, como o apadrinhamento em cargos públicos e continuidade no poder, que é
chamado na sociologia de fisiologismo, isto é, essa forma estranhada nas práticas
políticas brasileiras, em que as oligarquias regionais controlam fisiologicamente o aparelho
de Estado;

Através da prática patrimonialista, ou seja, tratavam o patrimônio público como


privado, uma herança portuguesa.

IMPORTANTE!!

Patrimonialismo: Desde 1500, permanecendo com o golpe da República (1889),


Constituição Federal de 1891, República da Espada (1889/1894) e República Velha
(1895/1930).
Práticas nefastas: Corrupção, nepotismo, clientelismo e fisiologismo (Coronelismo)

Burocrática: 1º reforma – Era Vargas (1930/1945): Golpe do Estado Novo (1937; e


Criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público- 1938).
2º Reforma – Descentralização com intenção gerencial: Ditadura Militar (1964-1985:
Decreto-Lei 200/67; e PRND- Programa Nacional de Desburocratização- 1979.
Formalismo, controle e burocracia

Gerencial: 3º Reforma – FHC - PDRAE (Plano Diretor da Reforma do Aparelho do


Estado) 1995 – Preocupação com resultados.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA

ATENÇÃO! O conteúdo relativo à ÉTICA será abordado a partir desta


rodada.

DICA 46
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICA
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA

Os Serviços de utilidade pública são úteis, mas não apresentam a essencialidade dos
denominados "essenciais". Podem ser prestados diretamente pelo Estado ou por terceiros.
São também chamados de serviços pró-cidadão (exemplo: transporte, telefonia,
energia elétrica)
DICA 47
SERVIÇO INDUSTRIAL

O Serviço industrial produz renda para aquele que o presta, nos termos do que
estabelecido no artigo 173 da Constituição Federal de 1988. Referida remuneração
decorre de tarifa ou preço público. O Estado presta o serviço industrial de forma
subsidiária e estratégica.
DICA 48
SERVIÇO DE FRUIÇÃO GERAL (UTI UNIVERSI)

O Serviço de fruição geral (uti universi) é o serviço remunerado por tributos, não
possuindo, portanto, usuários definidos. A doutrina entende que esta espécie de serviço
não é passível de corte, suspensão, má-prestação ou interrupção.
DICA 49
SERVIÇO INDIVIDUAL (UTI SINGULI)

O Serviço individual (uti singuli) diferentemente do serviço de fruição geral, o serviço


individual, na dicção de parte da doutrina, pode ser suspenso ou cortado se o usuário, por
exemplo, não realizar o pagamento da tarifa correspondente, na medida em que seus
usuários são individualizados (conhecidos e predeterminados).
DICA 50
FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Os serviços públicos podem ser centralizados, que são aquele que o Poder Público
presta por seus próprios órgãos, em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade.
Portando, é o serviço prestado pela Administração Pública.

Porém, esses serviços também podem acontecer de maneira descentralizada, que


ocorrem quando o Poder Público transfere a sua titularidade ou apenas a execução, por
outorga ou delegação. Essa transferência acontece para autarquias, fundações, empresas
estatais, empresas privadas.

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DICA 51
DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS

Delegação de serviços a terceiros é quando a Administração pública transfere por contrato


(Concessão) ou ato unilateral (Permissão ou Autorização) e execução do serviço, para que
o delegado o preste ao público em seu nome e por sua conta e risco. O serviço é
delegado por contrato.

Palavra-chave: transitoriedade.

DICA 52
OUTORGA

A Outorga, que é um meio de descentralização, acontece quando o Estado na sua


entidade, e a ela transfere, por lei, determinado serviço. O serviço é outorgado por lei.

Outorgar é o ato ou efeito de consentir, podendo ser a concessão de um serviço. Ou seja,


conferir o direito na prestação do serviço. Usaremos como exemplo a prestação de
serviços de telecomunicações, que foi outorgada à ANATEL.

Vale lembrar: O serviço é outorgado por lei.

DICA 53
CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS ADMINISTRATIVO

Os Convênios e Consórcios Administrativos são instrumentos que permitem a


uma determinada pessoa de direito público, conjugar esforços com outros entes,
com o intuito de realizar um determinado objetivo de interesse público.

“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os


consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando
a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal, bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.”

Constituição Federal de 1988.

DICA 54
CONSÓRCIO PÚBLICO X CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

Ambos são formas de cooperação federativa e visam à realização de objetivos de


interesse comum; a diferença entre eles reside no fato de que os convênios são
despersonalizados, não possuem personalidade jurídica. Enquanto os consórcios sim.

DICA 55
CONVÊNIOS

Os convênios administrativos são acordos firmados entre partes que buscam a


realização de um objetivos comum. As partes do convenio podem ser tanto de uma
entidade pública com outra, ou com uma entidade pública e uma entidade particular.

Vale lembrar: Os Convênios envolvem entes políticos e entes federados. São


marcados pelo interesse recíproco e mútua cooperação pelas partes.

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DICA 56
CONSÓRCIOS

Consórcio Público consiste na união entre dois ou mais entes da federação (União,
Estado, Municípios, DF), sem fins lucrativos, com a finalidade de prestar serviços e
desenvolver ações conjuntas que visem o interesse coletivo e benefícios públicos.

O consórcio envolve entidades públicas e privadas e pessoas físicas ou jurídicas. E será


constituído por contrato.

CARACTERÍSTICAS DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS A PARTIR DA LEI 11.107 DE


2005

Posição jurídica idêntica dos partícipes

Liberdade de ingresso e de retirada dos partícipes

Subsistência das responsabilidades assumidas durante a vigência do ajuste

DICA 57
RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO

Modernamente, entende-se com relações humanas uma atitude que deve prevalecer no
estabelecimento e na manutenção dos contatos entre pessoas. E deve ser baseada no
princípio do reconhecimento dos seres humanos como entes possuidores de personalidade
própria que merece ser respeitada.

Dessa forma, as relações humanas no trabalho ocorrem de maneira ininterrupta, a partir


da interação entre duas ou mais pessoas. E essa habilidade é essencial para obter um
clima organizacional produtivo e harmonioso, pois gera empatia, colaboração e,
principalmente, alinhamento de objetivos.

DICA 58
IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO

As Relações Humanas no Trabalho estão intimamente ligadas à construção de um


ambiente positivo, de condições favoráveis de trabalho e ao exercício da profissão.
Algumas atitudes são importantes para essas boas relações aconteçam, como por
exemplo:

Respeito aos colegas e superiores;

Fofocas são erradicadas do dia a dia;

Paciência para saber ouvir;

Colaboração dos colegas;

Respeito e acolhimento de uma cultura de respeito às diferenças.

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Portanto, podemos dizer que quando essas relações são bem trabalhadas e alinhadas, a
instituição e os funcionários têm vários benéficos.

DICA 59
INTRODUÇÃO À ÉTICA

A Ética pode ser definida com a “ciência do ethos” e está relacionada ao comportamento
humano. A palavra grega “ethos” na pluralidade dos seus conceitos pode também
significar o conjunto de hábitos ou costumes fundamentais de determinada sociedade.
Esta palavra “ethos” deu origem aos termos latinos “mos”, “moris”, traduzidos como
moral.

E assim, podemos dizer que a Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é
moralmente bom ou mau, certo ou errado. As palavras ética e moral têm a mesma
base etimológica, a palavra grega “ethos” e a palavra latina “moral”, ambas significam
hábitos e costumes.

DICA 60
FUNDAMENTOS DA ÉTICA E MORAL

A moral está contida na ação e a ética, por sua vez, está contida na reflexão. Isso
significa dizer que a moral se preocupa diretamente com a ação, ou seja, com o
comportamento humano em si, exteriorizado pela pessoa. Já a ética procura refletir
criticamente sobre esse comportamento.

Vale lembrar:

→ A moral é pragmática.
→ A ética é teórica.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 61
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA;
UNIÃO; ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL
O Poder Legislativo estadual/distrital é exercido pelos Deputados Estaduais/Distritais.
A Casa Legislativa é denominada Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa, no Distrito
Federal.
O número de deputados estaduais e distritais corresponde ao TRIPLO da representação
do Estado ou DF na Câmara dos Deputados, até o número de 36. Passado esse
número, será acrescido de tantos quantos forem os deputados Federais acima de 12.

Ex.: o Estado do Ceará elegeu 15 deputados federais. A representação na Assembleia


Legislativa será de 12 x 3 = 36, somados de +3 (que é o número que excede a 12). Então
o Estado do Ceará terá 39 Deputados Estaduais.
Os Deputados Estaduais gozam das mesmas garantias dos Deputados Federais.
A CF prevê que a lei disciplinará a iniciativa popular para o processo legislativo
estadual.
DICA 62
PODER EXECUTIVO ESTADUAL
O Poder Executivo estadual é composto pelos Governadores e Secretários de Estado.
A eleição dos Governadores segue as mesmas regras para a eleição do Presidente da
República, inclusive regras de votação (eleição majoritária), período de eleição (primeiro e
último domingo de outubro).
DICA 63
MUNICÍPIOS
O Município rege-se por Lei Orgânica, que é a “Constituição Municipal”.
A Lei Orgânica será votada em DOIS TURNOS, com intervalo de 10 (dez) dias entre as
votações, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal.
A eleição para PREFEITO segue as regras do sistema majoritário. Mas haverá segundo
turno apenas nos municípios que tiverem MAIS DE 200 MIL ELEITORES (não é
população).
DICA 64
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal é um dos entes federados, ao lado da União, Estados e Municípios.
É vedada a divisão do DF em municípios.
O DF rege-se por Lei Orgânica, que funciona como a “Constituição do DF”. A Lei Orgânica
será votada em DOIS turnos, com intervalo de 10 (dez) dias entre as votações, e
aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa.

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Por ser vedada a divisão em municípios, o DF exerce as competências referentes aos


estados e aos municípios. Uma competência HÍBRIDA.
A eleição do Governador e dos Deputados Distritais seguem as mesmas regras aplicadas
aos estados. Os deputados distritais gozam das mesmas garantias dos deputados
federais.

ATENÇÃO!

Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil,
da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. → EMENDA
104/2019.

DICA 65
TERRITÓRIOS
Territórios são porções de terra pertencentes à União, sem autonomia política (art.
18, §2º, CF/88).
Atualmente o Brasil não tem NENHUM território federal. Com a CF/88 foram abolidos os
últimos três existente: Roraima e Amapá tornaram-se estados, e Fernando de Noronha
passou a integrar o estado de Pernambuco.
Os TERRITÓRIOS poderão ser divididos em MUNICÍPIOS.
Nos territórios com mais de 100 mil habitantes, além do governador, terão órgãos do
poder judiciário de 1ª e 2ª instâncias; membros do Ministério Público e da
Defensoria Pública.
Cada território elegerá 4 deputados (art. 44, §2º).
DICA 66
PODER EXECUTIVO
NOÇÕES GERAIS
O Poder Executivo do Brasil adota o sistema Presidencialista, sendo que o Presidente
da República exerce as funções de CHEFE DE ESTADO e CHEFE DE GOVERNO.
Ao contrário do que ocorre no Parlamentarismo, na situação em que o Chefe de Estado é o
presidente/monarca e o Chefe de Governo é o Primeiro-Ministro.
Nesses casos, o Primeiro-Ministro é vinculado ao programa de governo aprovado pelo
Parlamento e a ligação entre o Executivo e o Parlamento é mais íntima que no
Presidencialismo.
O Presidente da República, como o nome diz, segue a Forma de Governo REPÚBLICA, na
qual há a responsabilização do Presidente pelos seus atos e há eleições periódicas
para a sua escolha, não predominando a hereditariedade.
DICA 67
REQUISITOS PARA O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE

São requisitos para o cargo de Presidente da República:


Ser brasileiro NATO;

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Idade mínima de 35 anos;

Filiação partidária;

Gozo dos direitos políticos (não incidir nas hipóteses de perda ou suspensão dos
direitos políticos);
Não ser inelegível (inalistável ou analfabeto).
DICA 68
ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE
A eleição do Presidente da República implica, automaticamente, na eleição do
Vice-Presidente. Essa situação, apesar de hoje em dia ser lógica, é uma inovação da
atual Constituição.
O Presidente da República e o Vice são eleitos segundo o critério majoritário, o que
significa que será eleito o candidato com a MAIORIA ABSOLUTA dos votos válidos, ou
seja, NÃO SE COMPUTAM VOTOS EM BRANCO E OS NULOS.
A eleição ocorrerá no primeiro domingo de outubro e, se não houver candidato que
obtenha a maioria absoluta, o segundo turno ocorrerá no último domingo de outubro.
Serão votados no segundo turno os dois candidatos mais votados. No segundo turno,
não será necessário a obtenção da maioria absoluta dos votos, basta a maioria simples.
DICA 69
POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE
O Presidente da República e o Vice tomarão posse em sessão conjunta do Congresso
Nacional.
Se decorridos 10 dias da data fixada para a posse, o Presidente e o Vice não tiverem
assumido o cargo, salvo motivo de forca maior, o cargo será declarado VAGO.
Caso o Presidente ou o Vice não tenham tomado posse, serão convocadas NOVAS
ELEIÇÕES no prazo de 90 dias da vacância.
O CONGRESSO NACIONAL que possui a competência para declarar os cargos vagos,
não é o TSE e nem o STF.
DICA 70
SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A Substituição do Presidente da República ocorre nos casos de impedimento, que são
causas TEMPORÁRIAS (viagens, férias, etc.).

São SUBSTITUTOS do Presidente, nesta ordem:

Vice-Presidente;

Presidente da Câmara;

Presidente do Senado;

Presidente do STF.
ESSA ORDEM É DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA.

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ATENÇÃO!

O Presidente da Câmara vem antes do Presidente do Senado na ordem de


substituição, tendo em vista que a Câmara dos Deputados é a Casa representante do
povo, e o Senado a Casa que representa os estados e DF.

DICA 71
SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A SUCESSÃO ocorre nos casos de vacância, que é uma situação definitiva (morte,
renúncia, etc.)
SOMENTE o Vice-Presidente poderá SUCEDER o Presidente da República. Os
outros substitutos do presidente não podem sucedê-lo de forma definitiva.
Se o Vice-Presidente suceder, ele assumirá o cargo de Presidente da República. Foi o que
aconteceu quando o Vice-Presidente Michel Temer assumiu a presidência, após a
condenação da então Presidenta Dilma por crime de responsabilidade.

Se ocorrer a vacância tanto do presidente quanto do vice-presidente, o próximo


substituto, Presidente da Câmara, não poderá assumir o cargo de forma definitiva. Nesses
casos:

Dois PRIMEIROS anos do mandato – eleições diretas (eleições da população) no


prazo de 90 dias da última vacância.

Dois ÚLTIMOS anos do mandato – eleições indiretas (Congresso Nacional) feita


em 30 dias depois da última vacância.
DICA 72
DIFERENÇAS ENTRE SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO

SUBSTITUIÇÃO SUCESSÃO

Temporário; Definitivo

Situação que impede o exercício do Situação que conduz a extinção do


cargo; mandato;

Situação do Presidente. Situação relacionada ao cargo.

DICA 73
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Entre as competências do Presidente da República, destacam-se algumas:

Nomear e exonerar os Ministros de Estado;

Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração


federal;

Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para sua fiel execução;

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Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

Dispor, mediante decreto, sobre: (DECRETO AUTÔNOMO)

organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;

Prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

Editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

PROPOR ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de


âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta
Constituição → EMENDA 109/2021.

Das competências do Presidente da República, o DECRETO AUTÔNOMO é recorrente em


provas, tendo em vista que não depende de lei para existir. Em regra, os decretos são
formas de regulamentar o disposto em lei.

Por fim, as competências para elaborar o DECRETO AUTÔNOMO, CONCEDER


INDULTO E COMUTAR PENAS E PROVER E EXTINGUIR CARGOS PÚBLICOS
FEDERAIS podem ser objeto de DELEGAÇÃO do Presidente da República para:

Ministros de Estado;

Procurador-Geral da República;

Advogado-Geral da União.
DICA 74
CRIME DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Os crimes de responsabilidade, embora tenham o nome de crime, são infrações
político-administrativas que ensejam o famoso IMPEACHMENT.
Então, NÃO são crimes, embora o tenha o nome.

Os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República estão dispostos


na Constituição Federal no art. 85. E são eles:

A existência da União;

O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público


e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

A segurança interna do País;

A probidade na administração;

A lei orçamentária;

O cumprimento das leis e das decisões judiciais.

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ATENÇÃO!

O STF editou súmula vinculante nº 46, dizendo que é COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA


UNIÃO LEGISLAR sobre a definição de CRIMES DE RESPONSABILIDADE e sobre as
respectivas normas de processo e julgamento.

DICA 75
PROCESSO POR CRIME COMUM E DE RESPONSABILIDADE
CRIME COMUM
A CÂMARA DOS DEPUTADOS autoriza por 2/3 a instauração do processo contra o
Presidente da República.
Após a autorização da Câmara dos Deputados, ele será submetido a julgamento no STF.
O Presidente ficará AFASTADO das suas funções se for recebida a denúncia ou queixa
pelo STF.
O afastamento durará 180 dias e, se não tiver sido concluído o julgamento, o
Presidente volta ao exercício das suas funções, mas o processo continua.
O presidente apenas se sujeitará a prisão, se houver sentença condenatória.

CRIME DE RESPONSABILIDADE
A Câmara dos Deputados autoriza por 2/3 a instauração do processo.
O processo vai para o SENADO FEDERAL que deverá instaurar o processo por crime de
responsabilidade e, uma vez instaurado, o presidente ficará suspenso das atividades
por 180 dias.
Se não tiver sido concluído o julgamento, o Presidente volta ao exercício das suas funções,
mas o processo continua.
O crime de responsabilidade é julgado pelo Senado Federal e a condenação dependerá
do voto de 2/3 dos membros do Senado.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 76
DIREITOS DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DO ESTADO

A RESPONSABILIDADE DO ESTADO E OS DIREITOS DAS VÍTIMAS


O Estado possui responsabilidade pelos atos de seus agentes, que, por sua vez, não se
limita a eventuais reparações de cunho material, ante a possibilidade de indenizações por
danos morais.
Princípios e garantias materializadas na Constituição Federal, podemos destacar a
dignidade da pessoa humana, o direito à vida, e o acesso à justiça.
Constitui direito das vítimas:

Direito à justiça: obrigação do Estado de iniciar uma investigação pronta e imparcial


sobre fatos alegados;

Identificação dos responsáveis identificados e sancionados e a consequente reparação


civil dos danos causados;

Direito de conhecer as circunstâncias dos crimes;

Dignidade, respeito à diferença, privacidade e confidencialidade, informação e proteção;

Direito a um processo e julgamento livres de estereótipos e preconceitos.


DICA 77
HOMOFOBIA, DISCRIMINAÇÃO POR ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE
GÊNERO E O CRIME DE RACISMO

DISCRIMINAÇÃO POR ORIENTAÇÃO SEXUAL


São condutas que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero
de alguém, traduzem expressões de racismo, ajustando-se, por identidade de razão e
mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº
7.716/89.
A lei brasileira não tipifica penalmente a discriminação por orientação sexual, porém, é
VEDADA, no plano civil, por violar a dignidade da pessoa humana e o direito à intimidade.
DICA 78
HOMOFOBIA
Termo usado para se referir ao preconceito, intolerância e à discriminação em razão da
orientação sexual.
Não há legislação específica que puna atos de preconceito, intolerância e discriminação
em razão de identidade de gênero e orientação sexual.
Supremo Tribunal Federal, permitiu aplicação da Lei n. 7.716/1989 (que define os
crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por
orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante
subsunção, ou seja, atos de homofobia e transfobia são considerados racismo social,
devendo, as condutas serem enquadrados na Lei n. 7.716/1989.

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DICA 79
DIVERSIDADE SEXUAL

Conceito amplo que envolve expressões de sexualidade, sexo biológico, identidade de


gênero e orientação sexual.

Sexo biológico é entendido como um elemento da natureza, sendo um conjunto de


informações cromossômicas, órgãos genitais e reprodutores, com características
fisiológicas secundárias distinguidas pela medicina, diferenciando os corpos entre
“machos” e “fêmeas”.

No caso em que seres humanos nascem com fatores biológicos e características


anatômicas de ambos os sexos, são chamados de intersexos/intersexuais (OBS: termo
hermafrodita não é mais utilizado).

Orientação Sexual trata-se de uma atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa se
manifesta em relação à outra. Vejamos:

Heterossexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do
sexo/gênero oposto.

Homossexual (Gays e Lésbicas): pessoa que se sente atraída afetiva e/ou


sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.

Bissexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas de
ambos os sexos/gêneros.

Assexual: É um indivíduo que não sente nenhuma atração sexual, seja pelo
sexo/gênero oposto ou pelo sexo/gênero igual.

Pansexual: O prefixo PAN vem do grego e se traduz como “tudo”. Significa que as
pessoas pansexuais podem desenvolver atração física, amor e desejo sexual por outras
pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico, ou seja,
rejeita a noção de dois gêneros e até de orientação sexual específica.

Gênero: é uma construção social, é uma forma que os indivíduos se identificam,


podendo estar ou não de acordo com seu sexo.

DICA 80
IDENTIDADE E EXPRESSÃO DE GÊNERO

Expressão de gênero é como a pessoa se manifesta publicamente, independente da sua


orientação sexual e identidade de gênero, por meio do seu nome, da vestimenta, dos
comportamentos, da forma de falar e/ou linguagem corporal.

Identidade de gênero é a percepção subjetiva que a pessoa tem de si mesmo, podendo


identificar-se como do gênero masculino, feminino, ou alguma combinação entre os
gêneros.

São exemplos:

Cisgênero: pessoa cuja identidade de gênero está alinhada ao seu sexo biológico.

Transgênero: terminologia normalmente utilizada para descrever pessoas que


transitam entre os gêneros.

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Travesti: pessoa que nasce com o sexo masculino e tem identidade de gênero
feminina.

Agênero: Pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero.

Crossdresser: Pessoa que se veste com roupas do sexo oposto para vivenciar
momentaneamente papéis de gênero diferentes daqueles atribuídos ao seu sexo biológico,
mas, em geral, não realiza modificações corporais e não chega a estruturar uma
identidade transexual ou travesti.

Drag Queen: Homem que se veste com roupas femininas extravagantes para a
apresentação em shows e eventos, de forma artística, caricata, performática e/ou
profissional.

Drag King: Mulher que se veste com roupas masculinas com objetivos artísticos,
performáticos e/ou profissionais.
DICA 81
O RACISMO E SUAS CARACTERÍSICAS
Ato previsto na Lei 7.716/1989 e para sua caracterização é necessário que haja ofensa à
dignidade de alguém, com base em elementos referentes à raça, cor, etnia, religião,
idade ou deficiência. Foi elaborada para regulamentar a punição de crimes resultantes de
preconceito de raça ou de cor.
Não confunda racismo com injúria racial, o primeiro está previsto na Lei n.7716/1989
e é a ofensa contra uma coletividade, ao passo que o segundo, tem previsão legal no
Código Penal e ocorre quando a ofensa é direcionada a um indivíduo específico.
A Constituição Federal trata o racismo como imprescritível e inafiançável, além do
combate a discriminação racial, ao dispo sobre o repúdio ao racismo como um dos
princípios que regem as relações internacionais brasileiras.
DICA 82
ATOS ENSEJADORES DE CRIMINALIZAÇÃO DE RACISMO
Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos, ou
obstar a promoção funcional.
→ Pena: Reclusão de 2 a 5 anos;
Negar ou obstar emprego em empresa privada, deixar de conceder os equipamentos
necessários ao empregado, impedir a ascensão funcional ou obstar outra forma de
benefício ou tratamento diferenciado no ambiente de trabalho.
→ Pena: Reclusão de 2 a 5 anos;
Anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
aparência próprios de raça ou etnia para emprego.
→ Pena: Multa e de prestação de serviços à comunidade;
Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino
público ou privado de qualquer grau.
→ Pena: Reclusão de 3 a 5 anos;

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Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer


estabelecimento similar.
→ Pena: Reclusão de 3 a 5 anos;
Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais
semelhantes abertos ao público.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de
diversões, ou clubes sociais abertos ao público.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas
ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou
escada de acesso aos mesmos.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Impedir o acesso ou uso de transportes públicos.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos;
Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.
→ Pena: Reclusão de 2 a 4 anos;
Impedir ou obstar, o casamento ou convivência familiar e social.
→ Pena: Reclusão de 2 a 4 anos;
Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
→ Pena: Reclusão de 1 a 3 anos e multa.
DICA 83
DO DIREITO AO ESPORTE, AO TURISMO E AO LAZER

A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em


igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
A bens culturais em formato acessível;

A programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas


em formato acessível; e

A monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou


eventos culturais e esportivos.

É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em formato acessível à pessoa com


deficiência, sob qualquer argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos de
propriedade intelectual.

O poder público deve promover a participação da pessoa com deficiência em


atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu
protagonismo, devendo:

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Incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em


igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
Assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pessoa ou
entidade envolvida na organização das atividades de que trata este artigo; e

Assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas,


esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de
condições com as demais pessoas.

Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de


conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa
com deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da edificação.

Os espaços e assentos, devem ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de


boa visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores, devidamente sinalizados;

Se não haver comprovada procura pelos assentos reservados, esses podem,


excepcionalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham
mobilidade reduzida;

Devem situar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 (um)


acompanhante da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
Deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis,
conforme padrões das normas de acessibilidade, a fim de permitir a saída segura;

Salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para


a pessoa com deficiência;
O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá ser superior ao valor
cobrado das demais pessoas.
Os hotéis, pousadas e similares devem ser construídos observando-se os princípios do
desenho universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade.

Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar, pelo menos, 10% (dez


por cento) de seus dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade
acessível.
DICA 84
DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
O direito será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por
meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu
acesso.
São integrantes desses serviços:

Veículos;
Terminais;

Estações;

Pontos de parada;

Sistema viário; e
Prestação de serviço.

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Em todas as áreas de estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado de uso


coletivo e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de
circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem
pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente
identificados.
As vagas devem equivaler a 2% (dois por cento) do total, garantida, no mínimo, 1
(uma) vaga devidamente sinalizada e com as especificações de desenho e traçado de
acordo com as normas técnicas vigentes de acessibilidade.
Veículos estacionados nas vagas reservadas devem exibir, em local de ampla
visibilidade, a credencial de beneficiário.
O poder público incentivará a fabricação de veículos acessíveis e a sua utilização
como táxis e vans, de forma a garantir o seu uso por todas as pessoas.
As frotas de empresas de táxi devem reservar 10% (dez por cento) de seus veículos
acessíveis à pessoa com deficiência.
É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de valores adicionais pelo serviço
de táxi prestado à pessoa com deficiência.
O poder público é autorizado a instituir incentivos fiscais com vistas a possibilitar a
acessibilidade dos veículos.
As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1 (um) veículo adaptado para uso
de pessoa com deficiência, a cada conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota.
Deverá ter, no mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e
comandos manuais de freio e de embreagem.
A acessibilidade é um direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de
participação social.
É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede
ou representação comercial no País ou por órgãos de governo.
DICA 85
TECNOLOGIA ASSISTIVA, PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA, ACESSO
À JUSTIÇA
É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas,
processos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia,
mobilidade pessoal e qualidade de vida.
O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a
oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada.
O poder público promoverá a participação da pessoa com deficiência, inclusive quando
institucionalizada, na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade
de oportunidades.
O poder público deve fomentar o desenvolvimento científico, a pesquisa e a inovação
e a capacitação tecnológicas, voltados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da
pessoa com deficiência e sua inclusão social.

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O poder público deve assegurar o acesso da pessoa com deficiência à justiça, em


igualdade de oportunidades com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos,
adaptações e recursos de tecnologia assistiva.
Deve capacitar os membros e os servidores que atuam no Poder Judiciário, no Ministério
Público, na Defensoria Pública, nos órgãos de segurança pública e no sistema penitenciário
quanto aos direitos da pessoa com deficiência.
A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos
processuais de seu interesse, inclusive no exercício da advocacia.
A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal
em igualdade de condições com as demais pessoas.
Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela;
É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.

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DIREITO PENAL MILITAR

DICA 86
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR
PECULATO
Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo
em proveito próprio ou alheio:

→ Pena: reclusão, de três a quinze anos.


Peculato-furto: § 2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora não tendo a posse ou
detenção do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de
militar ou de funcionário.

Trata-se de crime impropriamente militar → previsto de modo diverso na


legislação penal comum e pode ser cometido por civil;
Sujeito Ativo: militar ou funcionário público, trata-se de um crime próprio;

Sujeito Passivo: a Administração Militar e o particular proprietário do material;

Bem Jurídico Tutelado: patrimônio público e particular; ordem administrativa militar;

Consumação: quando o agente manifesta a vontade de dispor do bem móvel de que


tem a posse ou detenção em razão do cargo OU quando o agente dá destinação diversa a
que foi determinada pela Adm. Militar;
Admite-se a tentativa;

O dano patrimonial deve ser efetivado, admitindo-se a modalidade dolosa conforme o §


3º : “Se o funcionário ou o militar contribui culposamente para que outrem subtraia ou
desvie o dinheiro, valor ou bem, ou dele se aproprie”
Importante: A reparação do dano pode ser pela restituição da coisa ou pela
indenização correspondente ao valor do dano, promovida pelo agente ou por terceiro.
DICA 87
CONCUSSÃO

Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

→ Pena: reclusão, de dois a oito anos.


Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal
comum (art. 316);
Sujeito ativo: militar ou funcionário público (crime próprio);

Sujeito passivo: Administração Militar ou o particular;

Bem Tutelado: patrimônio militar, dever funcional, probidade, liberdade individual do


particular;

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Consumação: quando o agente EXIGE a vantagem indevida. Exemplo: “se não me


pagar um lanche, o seu veículo será rebocado”.
DICA 88
EXCESSO DE EXAÇÃO

Art. 306. Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido,
empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

→ Pena: detenção, de seis meses a dois anos.


Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal
comum (art. 316, §1º CP);

Sujeito ativo: militar ou funcionário público (crime próprio);

Sujeito passivo: Administração Militar ou o particular;

Bem Tutelado: patrimônio militar, dever funcional, probidade, liberdade individual do


particular;

Consumação: quando o agente compele a cobrança de tributo indevido ou, ainda que
devido, empregue meio vexatório para fazê-lo.

Não cabe a modalidade culposa;


DICA 89
CORRUPÇÃO PASSIVA

Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:

→ Pena: reclusão, de dois a oito anos.


Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal
comum (art. 317 CP);

Sujeito ativo: militar ou funcionário público (crime próprio);

Sujeito Passivo: A Administração Militar;

Bem Jurídico Tutelado: ordem administrativa militar, dever funcional, probidade;

A vantagem pode ser recebida pelo próprio agente (forma direta) ou por pessoa
interposta por ele (forma indireta);

A corrupção não é um crime contra o patrimônio, mas sim contra a ADMINISTRAÇÃO


MILITAR.

Consumação: a corrupção passiva ocorre quando o agente recebe a vantagem


indevida. Trata-se de um crime material. Cabe tentativa, embora difícil de ocorrer.
DICA 90
CORRUPÇÃO ATIVA
CPM, art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática,
omissão ou retardamento de ato funcional:

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→ Pena: reclusão, até oito anos.


A pena mínima é de 1 ano – art. 58 do CPM;

Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal


comum (art. 333 CP);
Importante: caso o civil cometa esse crime perante as instituições militares
estaduais, responderá por corrupção ativa, mas pelo o art. 333 do CP e não pelo o 309,
pois as JUSTIÇAS MILITARES ESTADUAIS NÃO JULGAM CIVIS;

Sujeito ativo: militar ou funcionário público (crime próprio);

Sujeito Passivo: A Administração Militar;

Bem Jurídico Tutelado: ordem administrativa militar, dever funcional, probidade dos
agentes;

Consumação: quando o agente dá, oferece ou promete a vantagem indevida. Cabe


tentativa, quando o ato é interceptado por terceiro, bem como se a oferta não chega ao
conhecimento do militar ou funcionário público por circunstâncias alheias à vontade do
autor
DICA 91
CRIMES CONTRA O DEVER FUNCIONAL
Prevaricação

Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo


contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

→ Pena: detenção, de seis meses a dois anos


Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal
comum (art. 319 CP);

Sujeito ativo: militar ou funcionário público (crime próprio);

Sujeito Passivo: A Administração Militar;

São três modalidades:

Retardar, indevidamente, ato de ofício → omissão. Caso o atraso seja justificado, é


causa excludente da ilicitude da conduta e afasta a incidência do tipo;

Deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício → omissão. O agente deveria


fazer algo e não fez.

Praticar ato contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou


sentimento pessoal → crime comissivo. O agente substitui a vontade da lei pelo seu
livre arbítrio e convencimento.

Não há modalidade culposa;

Consumação: quando for omissivo, se consuma quando o agente deixar de fazer algo
que era seu dever de ofício, sendo omissivo puro NÃO ADMITE TENTATIVA. Quando for
comissivo, o crime ocorre com a efetiva realização do ato contra disposição legal
expressa, e – nesse caso – admite-se tentativa.

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DICA 92
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

CPM, art. 336. Obter para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em militar ou assemelhado ou funcionário de repartição militar, no
exercício de função:

→ Pena: reclusão, até cinco anos;


Como é pena de reclusão, tem-se a que o tempo mínimo é de 1 ano – art. 58 do CPM;
Como é cediço, a figura do assemelhado não existe mais;

Aumento de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o agente alega ou insinua que a vantagem é
também destinada ao militar ou assemelhado, ou ao funcionário.
O juiz irá analisar na segunda fase da dosimetria da pena, trata-se de uma circunstância
agravante (se 1/5 a 1/3);

Crime impropriamente militar – civil pode cometer, previsto na legislação penal


comum;

Sujeito ativo: O CIVIL. Mas em tese, o militar da ativa também pode cometer, caso
pratique o crime na qualidade de particular;

Sujeito passivo: A Administração Militar e a vítima que foi enganada;

Obter: conseguir;

Bem Jurídico Tutelado: o correto funcionamento da Administração Militar. O objetivo


é punir o explorador de prestígio que põe a ordem administrativa militar em descrédito;

Não se faz necessário que o funcionário supostamente a ser influenciado seja


identificado. Ele pode ser imaginário ou incompetente para o ato;

Consumação: o dolo é conferido com o recebimento da vantagem OU ao menos a


promessa de recebê-la. Admite-se a tentativa;
Não admite a forma culposa;
Importante: Caso o prestígio que o autor do fato anuncie não for capaz de enganar a
vítima, se tratará de CRIME IMPOSSÍVEL – art. 32 do CPM.
DICA 93
CRIMES EM TEMPO DE GUERRA
ASPECTOS INICIAIS

Equiparação a militar da ativa


Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-
se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. Se o
militar aposentado voltar a trabalhar, estará equiparado ao militar da ativa.

Crimes praticados em prejuízo de país aliado

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Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os crimes praticados em prejuízo de
país em guerra contra país inimigo do Brasil:
se o crime é praticado por brasileiro;
em qualquer lugar se for brasileiro.
se o crime é praticado no território nacional, ou em território estrangeiro, militarmente
ocupado por força brasileira, qualquer que seja o agente.
mesmo que o agente não seja brasileiro.
DICA 94
ASPECTOS INICIAIS
Crimes praticados em tempo de guerra
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se
as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um terço.

Infrações disciplinares
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares.
Significa que Código Penal Militar traz em seu bojo apenas a previsão de crimes militares,
ele não possui a previsão de transgressões à disciplina, pois estas estão previstas em
regulamento próprio.
DICA 95
TEMPO DE GUERRA:
Começa: com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o
decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento.

Termina: quando ordenada a cessação das hostilidades.

Regra de cômputo da pena: tempo de paz + 1/3;


Se o Civil cometer um Crime Militar em tempo de guerra, poderá cumprir a sua pena no
todo ou em parte em penitenciária militar → AO BENEFÍCIO DA ORDEM → tem que estar
previsto na sentença.
Não se aplica SUSPENSÃO CONDICIONAL da pena ao condenado por crime cometido em
tempo de guerra – art. 88, I, CPM.

QUESTÃO, 2020 – ADAPTADA.


De acordo com o Código Penal Militar, assinale a opção correta.
a) Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial,
aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um
terço.
b) O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a
declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização,
se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando celebrado o
tratado de paz.  pegadinha comum.
Gabarito: a

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QUESTÃO FGV, 2021.


Com base no disposto no Código Penal Militar, assinale a afirmativa correta.
a) A suspensão condicional da pena não se aplica aos crimes militares.
b) Considera-se praticado o crime, o momento da ação ou omissão, desde que seja o
mesmo do resultado.
c) O Código Penal Militar compreende, além dos crimes militares, as infrações aos
regulamentos disciplinares.
d) Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade
do objeto, é impossível consumar-se o crime, o juiz deve atenuar a pena em 1/3.
e) O tempo de guerra, para efeitos de aplicação da lei penal militar, começa
com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra e termina quando
ordenada a cessação das hostilidades.
Gabarito: e

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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DICA 96
PENAS: APLICAÇÃO DA PENA; SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA;
LIVRAMENTO CONDICIONAL; PENAS ACESSÓRIAS; EFEITOS DA CONDENAÇÃO

APLICAÇÃO DA PENA
O juiz deve levar em consideração a gravidade do crime praticado, a personalidade do
réu, a intensidade do dolo ou grau da culpa, a extensão do dano ou perigo de dano, os
meios empregados, o modo de execução, os motivos determinantes, as circunstâncias de
tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude de insensibilidade, indiferença ou
arrependimento após o crime.

Limites da pena:

Regra: Pena cominada ao tipo penal;

Exceção → Quando a lei prever causas especiais de aumento ou diminuição de pena,


o juiz deverá observar os limites da espécie de pena aplicável (Reclusão: Mínimo 1 ano e
Máximo 30 anos; Detenção: Mínimo 30 dias e Máximo 10 anos) e não do tipo penal
apenas;

Circunstâncias agravantes;

Circunstâncias atenuantes;

ATENÇÃO!

Com a finalidade de complementação dos estudos, sugere-se a leitura do artigo 70,


do CPM (Circunstâncias agravantes) e artigo 72, do CPM (Circunstâncias
atenuantes).

Quando o juiz se deparar com mais de uma agravante ou mais de uma atenuante, poderá
limitar-se a uma agravação ou uma atenuação;
Se houver equivalência entre agravantes e atenuantes é como se não tivessem ocorrido
para o cômputo da pena.
Criminoso por tendência: A Constituição Federal não recepcionou esse instituto;

Reincidência: O agente comete um novo crime, depois de transitar em julgado a


sentença que, no país ou no estrangeiro, o tenha condenado por um crime anterior;
Se passar mais de 5 anos entre a sentença e o cometimento do novo crime, não se
considera a reincidência;
Para efeito de reincidência, não se consideram os crimes anistiados.

Concurso de Crimes: se as penas forem da mesma espécie → pena única (soma de


todas); se forem de espécies diferentes → a pena única é a mais grave com aumento à
metade do tempo das menos graves.

LIMITE DAS PENAS UNIFICADAS → 30 anos se for de reclusão e 15 anos se for


de detenção;

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Penas não privativas de liberdade → são aplicadas distinta e integralmente, ainda


que previstas para um só dos crimes concorrentes.
DICA 97
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA E LIVRAMENTO CONDICIONAL
A execução da pena privativa da liberdade, não superior a 2 (dois) anos, pode ser
suspensa, por 2 (dois) anos a 6 (seis) anos, mediante condições.

Pressupostos:

Os sentenciado não haja sofrido no País ou no estrangeiro, condenação irrecorrível por


outro crime a pena privativa da liberdade, salvo o disposto no 1º do art. 71;

Os seus antecedentes e personalidade, os motivos e as circunstâncias do crime, bem


como sua conduta posterior, autorizem a presunção de que não tornará a delinquir.
O agente não fica no cárcere, a execução está suspensa;
O período de prova é de 2 a 6 anos;

Livramento Condicional:

A pena precisa ser de 2 ou mais;

O agente cumpre parte da pena e, depois, é livre mediante condições (livramento


condicional);

Aplicado para as penas em decorrência de condenações de crimes comuns e de crimes


militares.
DICA 98
EFEITOS DA CONDENAÇÃO

Art. 109. São efeitos da condenação:

tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;

Perda em favor da Fazenda Nacional

a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de


boa-fé:

Dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

Do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a sua prática.
O art. 109 do CPM é igual ao art. 91 do Código Penal Comum;
Para usufruir de benefícios como a reabilitação, suspensão condicional (...), o condenado
deve cumprir essas obrigações;
Quando houver o trânsito em julgado da Ação Penal e a pessoa for condenada, poderá ter
as obrigações citadas a serem cumpridas.

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Obrigações: reparação do dano civil; perda dos instrumentos ilícitos utilizados no crime;
perda do produto auferido do crime.
DICA 99
MEDIDAS DE SEGURANÇA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Medidas de Segurança não é muito cobrada em provas;

Trata-se de uma sanção penal para o inimputável que cometeu crime militar;

A sanção penal é o gênero que tem como espécies: a pena (imputáveis) e a medida de
segurança (inimputáveis);
Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira
espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação
em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao
manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de
outro. As não detentivas são a cassação de licença para direção de veículos motorizados,
o exílio local e a proibição de frequentar determinados lugares. As patrimoniais são a
interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco.
As medidas de segurança para o CPM podem ser divididas em PESSOAIS (detentivas e
não detentivas) e PATRIMONIAIS (patrimônio);

Conceito: Trata-se da restrição de liberdade para fim de tratamentos dos inimputáveis


ou semi-imputáveis que cometeram crimes militares e a sua periculosidade justifique a
intervenção.
A medida de segurança deve ser imposta por sentença, que estabelecerá as condições
conforme previsão na lei penal militar;
Apesar do CPM não prever expressamente o tratamento ambulatorial, o STM (Superior
Tribunal Militar) admite;
Não se pode aplicar uma pena + uma medida de segurança, pois inimputáveis não
cumprem pena → sistema vicariante: ou uma pena ou uma medida de segurança;

A medida de segurança não tem caráter retributivo, pois a finalidade saber se o infrator é
perigoso ou não.
DICA 100
APLICAÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA
Inicialmente, para aplicar a medida de segurança, deve-se analisar a imputabilidade;
Posteriormente, se analisa a periculosidade do agente. Se for perigoso, aplica-se a medida
de segurança;
A imposição da Medida de Segurança não impede a expulsão de estrangeiro;
E quem são os inimputáveis aos quais a medida de segurança pode vir a ser aplicada em
caso de restar demonstrada a periculosidade do agente?
Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não possui a
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento, em virtude de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou
retardado.

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DICA 101
CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA : PESSOAIS

Pessoais: detentivas e não detentivas

Detentivas: internação.
A internação não pode ser eterna ou até que o agente se cure, o seu limite máximo é o da
pena prevista para o ilícito penal cometido;
Caso o agente tenha cometido um crime e após a prisão sobrevier a doença mental e ele
seja considerado perigoso, cumprirá o restante do tempo previsto a título de medida de
segurança;
O CPM fala da internação por tempo indeterminado, mas o STF e o STJ não concordam
com isso. O máximo seriam 30 anos.

Não Detentivas: cassação de licença para direção de veículos motorizados, o exílio


local e a proibição de frequentar determinados lugares.
Cassação de licença para dirigir veículos motorizados;
Art. 115. Ao condenado por crime cometido na direção ou relacionadamente à
direção de veículos motorizados, deve ser cassada a licença para tal fim, pelo prazo
mínimo de um ano, se as circunstâncias do caso e os antecedentes do condenado
revelam a sua inaptidão para essa atividade e consequente perigo para a incolumidade
alheia.

O prazo da interdição se conta do dia em que termina a execução da pena privativa de


liberdade ou da medida de segurança detentiva, ou da data da suspensão condicional da
pena ou da concessão do livramento ou desinternação condicionais.

Se, antes de expirado o prazo estabelecido, é averiguada a cessação do perigo


condicionante da interdição, esta é revogada; mas, se o perigo persiste ao termo do
prazo, prorroga-se este enquanto não cessa aquele.

A cassação da licença deve ser determinada ainda no caso de absolvição do réu em


razão de inimputabilidade.
O prazo mínimo da cassação da licença é de 01 ano. A contagem começa do dia que
termina a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança detentiva
ou ainda da data do sursis penal ou da concessão do livramento;
A cassação deve ser determinada ainda no caso de absolvição do réu, em razão da sua
inimputabilidade.

Exílio Local
Art. 116. O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como medida
preventiva, a bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na proibição de
que este resida ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na localidade, município ou
comarca em que o crime foi praticado.
Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa
condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade.

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Proibição de frequentar determinados lugares


Art. 117. A proibição de frequentar determinados lugares consiste em privar o condenado,
durante um ano, pelo menos, da faculdade de acesso a lugares que favoreçam, por
qualquer motivo, seu retorno à atividade criminosa.
Parágrafo único. Para o cumprimento da proibição, aplica-se o disposto no parágrafo único
do artigo anterior.
DICA 102
CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA: PATRIMONIAIS

Patrimoniais: interdição de estabelecimento e confisco

Interdição de estabelecimento, sociedade ou associação


Art. 118. A interdição de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou
associação, pode ser decretada por tempo não inferior a quinze dias, nem superior a seis
meses, se o estabelecimento, sociedade ou associação serve de meio ou pretexto para a
prática de infração penal.

A interdição consiste na proibição de exercer no local o mesmo comércio ou indústria,


ou a atividade social.

A sociedade ou associação, cuja sede é interditada, não pode exercer em outro local as
suas atividades.

Confisco
Art. 119. O juiz, embora não apurada a autoria, ou ainda quando o agente é inimputável,
ou não punível, deve ordenar o confisco dos instrumentos e produtos do crime, desde que
consistam em coisas:

Cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitui fato ilícito;

Que, pertencendo às forças armadas ou sendo de uso exclusivo de militares, estejam


em poder ou em uso do agente, ou de pessoa não devidamente autorizada;

Abandonadas, ocultas ou desaparecidas.


Parágrafo único. É ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, nos casos de
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitui fato ilícito e pertencendo às forças
armadas ou sendo de uso exclusivo de militares, estejam em poder ou em uso do agente,
ou de pessoa não devidamente autorizada.
DICA 103
AÇÃO PENAL
PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL
Conforme o artigo 121 do CPM, a ação penal somente pode ser promovida por denúncia
do Ministério Público da Justiça Militar;
Em regra, a ação penal militar é pública incondicionada, ou seja, o MPM pode agir de
oficio, sem qualquer necessidade condicional anterior;
Caso o MPM verifique situação de crime militar, ele é OBRIGADO a oferecer ação penal
militar e NÃO PODE DESISTIR DELA. Entretanto, pode solicitar o seu arquivamento.

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Nos crimes previstos dos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o agente for militar,
depende da requisição do Ministério Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do
art. 141, quando o agente for civil e não houver coautor militar, a requisição será do
Ministério da Justiça.
DICA 104
CONCEITO E PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL MILITAR

Conceito: Trata-se do direito de pedir ao Estado a aplicação da Lei Penal Militar em


face de um possível cometimento de crime militar Jus Puniendi

Princípios da Ação Penal Militar:

Obrigatoriedade  caso seja reconhecido o crime militar, a ação penal deve ser
proposta (regra);

Oficialidade  um órgão oficial deve mover a ação penal militar (MPM);

Indisponibilidade  o MPM não pode desistir da ação penal (apesar de poder pedir o
seu arquivamento).
DICA 105
TIPOS DE AÇÃO PENAL MILITAR

Ação Penal Militar Pública Incondicionada

Ação Penal Militar Pública Condicionada

Ação Penal Militar Pública Incondicionada → é a regra. O MPM oferece a denúncia sem
a necessidade de condições de procedibilidade;

Ação Penal Pública Condicionada → trata-se da EXCEÇÃO prevista nos artigos 136 a
141 do CPM (crimes contra segurança externa). Nesses casos, o MPM oferece denúncia
mediante requisição.

Medidas de
Segurança

Pessoais Patrimoniais

Não Confisco
Detentivas Detentivas Internação de
Estabelecimento

Proibição
Internação Cassação de
Exílio Local
em de Licença Frequentar
Manicômio para Dirigir Certos
Judicial Locais

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Qualquer crime militar em tempo de guerra, se o autor for Comandante do Teatro de


Operações, a requisição é do Presidente da República;

Arts. 136 a 140 – sendo o autor um militar, a requisição é do Ministério da Defesa;

Art. 141 (entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil) – se o autor é
um civil e não havia coautoria militar, a requisição deve ser do Ministério da Justiça;
No CPM, fala-se apenas da REQUISIÇÃO, é diferente do CPB que também traz a figura
da representação;

Importante: Sobre a ação penal privada subsidiária da pública → NÃO ESTÁ


PREVISTA NO CPM, mas sim no artigo 5º, LIX da CF/88. Dessa forma, a vítima pode
oferecer a Queixa-crime se o MPM for inerte, decorridos 05/15 dias da chegada do
Inquérito Penal Militar, caso o MPM não tenha oferecido a denúncia, não tenha requisitado
novas diligências ou não tenha solicitado o arquivamento.

QUESTÃO, 2020.
Nos termos do Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que a ação penal
militar é:
a) pública e incondicionada, sendo VEDADA a ação penal pública condicionada e a
ação penal privada.
b) em regra, pública e incondicionada, admitindo-se, em determinados casos, ação
penal pública condicionada e ação penal privada subsidiária da pública.
c) pública condicionada e incondicionada, dependendo da exigência no tipo penal de
representação, sendo VEDADA a ação penal privada subsidiária da pública.
d) em regra, pública condicionada e incondicionada, dependendo da exigência no tipo
penal de representação, admitindo-se ação penal privada subsidiária da pública.
e) em regra, pública e incondicionada, sendo VEDADA a ação penal pública
condicionada, admitindo-se, em determinados casos, a ação penal privada subsidiária
da pública.
Gabarito: b

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DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL

DICA 106
INQUÉRITO POLICIAL
REQUISIÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES CADASTRAIS DE VÍTIMAS E SUSPEITOS
Em quais crimes:
Sequestro e cárcere privado;
Redução a condição análoga à de escravo;
Tráfico de Pessoas;
Extorsão mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para
a obtenção da vantagem econômica;
Extorsão mediante sequestro e envio de criança ou adolescente para o exterior com
inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro;

Quem pode requisitar e de quais órgãos:


O Ministério Público ou o delegado de polícia podem requisitar de quaisquer órgãos do
poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos.

Prazo
A requisição será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas

OBS: No crime de tráfico de pessoas o membro do Ministério Público ou o delegado


de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. Deverá ser
fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta)
dias, renovável por uma única vez, por igual período;

O inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas)


horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. Não havendo
manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e
outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com
imediata comunicação ao juiz.
DICA 107
PRISÃO
PRISÃO PREVENTIVA
Prisão preventiva e excludentes de ilicitude e de culpabilidade
Não se admite a decretação da prisão preventiva quando o juiz verificar das provas
colhidas nos autos que o agente praticou o crime acobertado por uma causa excludente da
ilicitude, ou seja, em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de
dever legal e no exercício regular de direito.

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Duração da prisão preventiva e excesso de prazo na formação da culpa


O Código de Processo Penal não prevê prazo determinado para a duração da prisão
preventiva.

Fundamentação da decisão que decreta a prisão Preventiva


A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada
e fundamentada no qual o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos
novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
relação com a causa ou a questão decidida;
empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos;
deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.

Revogação da prisão preventiva


O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade
de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de
ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
DICA 108
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTIDOS NO CÓDIGO PENAL
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

→ Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.


Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:

→ Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

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OBS: Conhecida como prevaricação imprópria.

Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

→ Pena: detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

→ Pena: detenção, de um a três meses, ou multa.


Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

→ Pena: detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Violência arbitrária
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

→ Pena: detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
DICA 109
O HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO
PROCEDIMENTO DO HABEAS CORPUS
Legitimidade ativa

Paciente: é aquele que sofre a violência ou coação. O paciente pode ser o impetrante.
Impetrante: é aquele quem intenta a ação penal. Pode ser qualquer do povo, pessoa
física ou jurídica, não se exigindo atuação de advogado (art. 654, CPP).

Impetrado: é a parte passiva da ação, responsável pelo ato ilegal. O impetrado pode
ser, inclusive, um particular.

Há possibilidade de Habeas corpus coletivo?


Sim, tendo por paciente uma coletividade determinada ou, ao menos determinável.

Há possibilidade de Pessoa jurídica impetrar Habeas Corpus?


Sim, mesmo que não esteja regularmente constituída. No entanto, a pessoa jurídica não
pode ser paciente em habeas corpus.

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Legitimação passiva
A legitimidade passiva é do responsável pela ilegalidade ou abuso de poder que embaraça
a liberdade de locomoção.

Autoridade coatora ou coator – é a pessoa responsável pela violência ou coação


ilegal à liberdade de locomoção do paciente. Ex: se a autoridade policial determinar a
prisão em flagrante de pessoa que não estava em situação de flagrância (CPP, art. 302,1,
II, III e IV), será a autoridade coatora.

Particular como coator


O particular também possui legitimação para ocupar o polo passivo na ação de habeas
corpus. Ex: habeas corpus para assegurar a liberdade de locomoção de paciente impedido
de deixar hospital em virtude do não pagamento das despesas referentes à internação.
DICA 110
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI N. 13.869/2019 (ABUSO DE
AUTORIDADE)
DOS CRIMES E DAS PENAS

ATENÇÃO!

Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se


pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a
imagem do investigado ou acusado:
→ Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação


preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção
de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que
indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
→ Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive


rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a
acusação:
→ Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
DICA 111
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 11.343/2006 (ENTORPECENTES) E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Consumo Pessoal: Art. 28, caput e §1º
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar.
A novidade trazida pela Lei nº 11.343/06 corresponde na proibição da aplicação de
pena privativa de liberdade.

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OBS: Tratando-se de delito de posse de droga para consumo pessoal em


ambiente castrense, não há que se falar em aplicação do princípio da
insignificância. (STF: HC 119.458/AM).

Conforme o art. 50, §1º da Lei de Drogas, é necessário o laudo de constatação da


natureza e quantidade da droga. Para oferecimento da denúncia e lavratura do termo
circunstanciado, basta o laudo provisório (STJ).

Ação penal: pública incondicionada.

→ Penas: há três modalidades de penas, conforme o que dispõe o artigo 42 da Lei de


Drogas:
advertência sobre os efeitos das drogas;
prestação de serviços à comunidade; e
medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

ADVERTÊNCIA SOBRE OS Corresponde à admoestação verbal sobre os


EFEITOS DAS DROGAS efeitos maléficos do consumo de entorpecentes,
seja para a saúde do particular ou para a saúde
pública, reduzida a termo e assinada, caso seja
aplicada em sede de transação penal.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À “a prestação de serviços à comunidade será


COMUNIDADE cumprida em programas comunitários,
entidades
Educacionais ou assistenciais, hospitais,
estabelecimentos congêneres, públicos ou
privados sem fins lucrativos, que se ocupem,
preferencialmente, da prevenção do consumo
ou da recuperação de usuários e dependentes
de drogas.”
A sanção será aplicada pelo prazo máximo de 5
meses, salvo se o condenado for reincidente,
hipótese em o prazo máximo se eleva a 10
meses.

MEDIDA EDUCATIVA DE Prevenção do consumo ou a recuperação de


COMPARECIMENTO A PROGRAMA usuários e dependentes químicos.
OU CURSO EDUCATIVO A sanção deverá ser aplicada pelo prazo
máximo de 5 meses, exceto se o condenado for
reincidente, caso em que o prazo máximo se
alargará para 10 meses.

OBS: Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz


atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à
conduta e aos antecedentes do agente.

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OBS: Não é cabível pena privativa de liberdade para os crimes previstos no


artigo 28, caput e §1º da Lei nº 11.343/06. As sanções penais anteriormente
mencionadas poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa, bem como ser
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.

JECRIM: Os crimes previstos no artigo 28, caput e §1º da Lei de Drogas são de
menor potencial ofensivo, de sorte que a competência para seu julgamento é do
Juizado Especial Criminal (artigo 61 da Lei nº 9.099/95).
DICA 112
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 11.343/2006 (ENTORPECENTES) E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
DOS CRIMES EM ESPÉCIE

Tráfico de drogas propriamente dito e por equiparação (art. 33, caput e §1º)
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

→ Pena: reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a


1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
O bem jurídico tutelado é a saúde pública. As condutas descritas no artigo 33, caput e
§1º são equiparadas a crime hediondo.

OBS: Apreensão de drogas mantidas em depósito no interior de residência


invadida por policiais, sem autorização judicial, É VÁLIDA por se tratar de crime
permanente, desde que as circunstâncias do caso concreto permitam aos agentes
públicos concluírem, antes do ingresso no imóvel, que a situação de flagrante estava
ocorrendo (STF - RE 603.616/RO).

Induzimento, instigação ou auxílio ao uso indevido de droga (art. 33, §2º)


Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

→ Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos)
dias-multa
Na Lei nº 6.368/76 (antiga lei de drogas), a conduta de induzir, instigar ou auxiliar
alguém ao uso indevido de drogas configurava tráfico por equiparação, com pena de
reclusão de 03 (três) a 15 (quinze) anos e multa. Desta forma, observa-se que se operou
uma novatio legis in mellius, de forma que a nova lei retroagirá para alcançar fatos
pretéritos.
Não se trata de tráfico de drogas, logo, não é crime hediondo por equiparação.

JECRIM: Cabe suspensão condicional do processo, uma vez que a pena mínima
cominada é de 01 (um) ano de detenção, desde que preenchidos os demais requisitos do
artigo 89 da Lei nº 9.099/95.

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Cessão eventual de droga para consumo conjunto (art. 33, §3º)


Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,
para juntos a consumirem

Não é crime equiparado a hediondo.


Para que não configure tráfico de drogas propriamente dito, é necessário o preenchimento
de quatro requisitos cumulativos:
oferecimento eventual da droga;
sem objetivo de lucro;
a pessoa do relacionamento do ofertante;
consumo conjunto.

JECRIM: Uma vez que a pena máxima cominada ao delito é de 01 (um) ano de
detenção, cabe transação penal e suspensão condicional do processo, na forma da
Lei nº 9.099/95, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo.

Tráfico privilegiado (art. 33, §4º)


Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo (TRÁFICO PROPRIAMENTE DITO), as
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização
criminosa.

Tem natureza jurídica de CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA, (redução de 1/6 a


2/3) aplicada aos delitos previstos no caput e §1º do artigo 33, desde que
presentes, cumulativamente os seguintes requisitos legais:
o agente deve ser primário;
de bons antecedentes;
não se dedicar a atividades criminosas e;
não integrar organização criminosa.

SÚMULA 630-STJ

A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de


entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a
mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio.

DICA 113
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 11.343/2006 (ENTORPECENTES) E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
Maquinismos e outros objetos destinados ao tráfico (art. 34)
Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho,
instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou
transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

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→ Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos)


a 2.000 (dois mil) dias-multa.
Trata da utilização do maquinário para fabricação, preparação, produção ou transporte da
droga.

OBS: Se o agente praticar o tráfico de maquinário e também o tráfico de drogas, o


crime de tráfico absorverá o crime do art. 34.

→ É equiparado a crime hediondo.


DICA 114
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO) E ALTERAÇÕES POSTERIORES
DO PORTE
É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria.

QUEM PODE PORTAR

Os integrantes das Forças Armadas; 1. Os integrantes do quadro efetivo de


agentes e guardas prisionais poderão
Polícia federal; portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela
Polícia rodoviária federal;
respectiva corporação ou instituição,
Polícia ferroviária federal; mesmo fora de serviço, desde que
estejam:
Polícias civis;
submetidos a regime de dedicação
Polícias militares e corpos de exclusiva;
bombeiros militares;
sujeitos à formação funcional, nos
E os da Força Nacional de Segurança termos do regulamento; e
Pública (FNSP).
subordinados a mecanismos de
fiscalização e de controle interno.
Obs: Estes têm direito de portar arma de
Aos integrantes das guardas municipais
fogo de propriedade particular ou
dos Municípios que integram regiões
fornecida pela respectiva corporação ou
metropolitanas será autorizado porte
instituição, mesmo fora de serviço.
de arma de fogo, quando em serviço.

A autorização para o PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO, em todo o


território nacional, é de competência da POLÍCIA FEDERAL e somente será concedida
após autorização do SINARM.

A autorização poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial


limitada, e dependerá de o requerente:

demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou


de ameaça à sua integridade física;

atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;

apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido


registro no órgão competente.

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OBS: A autorização de porte de arma de fogo perderá automaticamente sua eficácia


caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.

DICA 115
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO) E ALTERAÇÕES POSTERIORES
DOS CRIMES E DAS PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

→ Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

TESES STJ: O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição


de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) é de perigo abstrato, prescindido
de demonstração de efetiva situação de perigo, porquanto o objeto jurídico
tutelado é a segurança pública e a paz social – incolumidade pública.
É inaplicável o princípio da insignificância.
A APREENSÃO DE ÍNFIMA QUANTIDADE DE MUNIÇÃO DESACOMPANHADA DE
ARMA DE FOGO, excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode
levar ao reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de
exposição de risco ao bem jurídico tutelado pela norma.

Omissão de cautela
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que
esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

→ Pena: detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.


O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois
de ocorrido o fato.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:

→ Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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TESES STJ: O crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de


uso permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/2003) é de perigo abstrato e de mera conduta,
bastando para sua caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo
desnecessária a realização de perícia.
O art. 14 da Lei nº 10.826/2003 é norma penal em branco, que exige complementação
por meio de ato regulador, com vistas a fornecer parâmetros e critérios legais para a
penalização das condutas ali descritas.

OBS: A pena é aumentada da metade se:

Forem praticados por integrante dos órgãos e empresas (forças de segurança,


empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores e entidades
desportivas; ou

O agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

Disparo de arma de fogo


Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha
como finalidade a prática de outro crime:

→ Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

TESES STJ: O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003)


é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e
prescinde, para sua caracterização, de comprovação da lesividade ao bem jurídico
tutelado.

OBS: A pena é aumentada da metade se:


Forem praticados por integrante dos órgãos e empresas (forças de segurança,
empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores e entidades
desportivas; ou
O agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

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CRIMINOLOGIA

DICA 116
PRONASCI
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA (PRONASCI)
A GESTÃO do PRONASCI será exercida pelos MINISTÉRIOS, pelos órgãos e demais
entidades federais nele envolvidos, bem como pelos ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS
participantes, sob a COORDENAÇÃO do MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, na forma
estabelecida em regulamento.

PARCEIROS DO PRONASCI:

Casa Civil Ministério do Trabalho e Emprego

Ministério da Fazenda Ministério do Desenvolvimento Social e


Combate à Fome

Ministério do Planejamento Ministério da Cultura

Ministério da Educação Ministério do Esporte

Ministério da Saúde Ministério das Cidades

Ministério da Ciência e Tecnologia Gabinete de Segurança Institucional /


Secretaria Nacional Antidrogas

Secretaria Geral da Presidência da Secretaria de Relações Institucionais


República / Secretaria Nacional de
Juventude

Secretaria Especial dos Direitos Secretaria Especial de Políticas de


Humanos Promoção da Igualdade Racial

Secretaria Especial de Políticas para Caixa Econômica Federal.


Mulheres

DICA 117
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA (PRONASCI)
Projetos criados pelo PRONASCI:
A escolha dos participantes dar-se-á por meio de SELEÇÃO PÚBLICA, pautada por
critérios a serem estabelecidos conjuntamente pelos entes federativos conveniados,
considerando, OBRIGATORIAMENTE, os aspectos SOCIOECONÔMICOS DOS
PLEITEANTES;

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O PODER EXECUTIVO é AUTORIZADO A CONCEDER, nos limites orçamentários


previstos para o projeto de que trata este artigo, INCENTIVOS FINANCEIROS a
mulheres socialmente atuantes nas áreas geográficas abrangidas pelo PRONASCI, para a
capacitação e exercício de ações de justiça comunitária relacionadas à mediação e à
educação para direitos.

Reservista cidadão:

É destinado à capacitação de JOVENS RECÉM-LICENCIADOS DO SERVIÇO MILITAR


OBRIGATÓRIO, para atuar como AGENTES COMUNITÁRIOS nas áreas geográficas
abrangidas pelo PRONASCI;

O trabalho desenvolvido pelo Reservista Cidadão, que terá duração de 12 (doze)


meses, tem como foco a articulação com jovens e adolescentes para sua inclusão e
participação em AÇÕES DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA.

Proteção de jovens em território vulnerável – projeto

Destinado à formação e inclusão social de JOVENS E ADOLESCENTES EXPOSTOS À


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU URBANA OU EM SITUAÇÕES DE MORADORES DE RUA,
nas áreas geográficas abrangidas pelo PRONASCI;

O trabalho desenvolvido pelo PROTEJO terá duração de 1 (um) ano, podendo ser
prorrogado por igual período, e tem como foco a formação cidadã dos jovens e
adolescentes a partir das PRÁTICAS ESPORTIVAS, CULTURAIS E EDUCACIONAIS que
visem a resgatar a AUTOESTIMA, a CONVIVÊNCIA PACÍFICA e o incentivo à
reestruturação do seu percurso sócio formativo para sua INCLUSÃO em uma vida
saudável.

Mulheres da paz

Destinado à CAPACITAÇÃO DE MULHERES SOCIALMENTE ATUANTES nas áreas


geográficas abrangidas pelo PRONASCI;

Tem como foco a mobilização social para a afirmação da cidadania, tendo em vista a
EMANCIPAÇÃO das mulheres e PREVENÇÃO e ENFRENTAMENTO da violência contra
as mulheres e a articulação com jovens e adolescentes, com vistas na sua participação e
inclusão em programas sociais de promoção da cidadania e na rede de organizações
parceiras capazes de responder de modo consistente e permanente às suas demandas por
apoio psicológico, jurídico e social.

Bolsa-formação

Destinado à QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL dos integrantes das Carreiras já


existentes das:

Polícias Militar e Civil;

Corpo de Bombeiros;

Agentes penitenciários;

Agentes carcerários;

Peritos.

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DICA 118
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA (PRONASCI)

A questão da segurança pública é:

Ampla;

Profunda;

Complexa;

Diversa,

Urgente.

A solução é de TODOS:

Não de um OU de outro;

Mas de um E de outro.
DICA 119
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
OBJETO DA CRIMINOLOGIA

Crime

Incidência massiva;

Incidência aflitiva;

Persistência espaço temporal;

Consenso social.

Controle social

Formal;

INFORMAL.

Vítima

Idade de ouro;

Neutralização;

Revitalização.

Delinquente

Vários tipos de delinquente.

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Mnemônico: C. CO. VI. D.

C Crime

CO Controle social

VI Vítima

D Delinquente

DICA 120
CRIME
Indicência massiva

Condutas reiteradas na sociedade.


Ex.: Estupro de crianças.

Incidência aflitiva

Condutas que causa dor e sofrimento à sociedade.

Consenso social

Deve haver concordância da sociedade em que determinada conduta seja considerada


crime.
Ex.: A sociedade não concorda que o consumo de bebida alcoólica seja crime.

DICA 121
CONTROLE SOCIAL
É o conjunto de INSTITUIÇÕES e a SOCIEDADE que submetem o indivíduo às normas
de convivência pública e comunitária.

Formal

Polícia Judiciária;

Ministério Público;

Judiciário;

Administração Penitenciária.

Informal

Família;

Escola;

Associações;

Igreja;

Opinião pública.

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DICA 122
MÉTODOS

A criminologia se vale dos MÉTODOS, abaixo descritos, para avaliar e constatar as


causas da criminalidade:

EMPIRISMO;

INTERDISCIPLINARIEDADE.

Empirismo

INDUÇÃO, pois parte da análise de CASOS CONCRETOS, verificando o contexto, as


pessoas envolvidas, os problemas sociais elencados;

EMPÍRICO é o conhecimento obtido pelos sentidos humanos;

A experiência humana sensorial é a base para a compreensão do mundo;

Baseia-se na EXPERIÊNCIA, na OBSERVAÇÃO.

Interdisciplinar
A criminologia se realiza com a cooperação de várias disciplinas (sociologia, psicologia,
medicina, direito, biologia etc.).

DICA 123
INSTITUIÇÕES SOCIAIS RELACIONADAS COM O CRIME
JUSTIÇA CRIMINAL
SISTEMA FORMAL
A ATUAÇÃO INTEGRADA entre as Instituições, respeitando obviamente a divisão
constitucional de atribuições (o papel e os limites de cada órgão), é crucial para o controle
da delinquência, tanto em sua faceta de prevenção quanto de repressão.

Poder judiciário;

Ministério público;

Polícia;

Administração penitenciária.

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DICA 124

Sistemas de
Controle Social

Controle Social
Controle Social
Informal
Formal
(Desvinculado
(Vinculados ao
do Estado-
Estado)
Criminal)

1ª Seleção 2ª Seleção 3ª Seleção Ex.: Família,


Ex.: Polícias Ex.: Ministério Ex.: Poder igreja, amigos,
Civis e Federal Público Judiciário etc.

DICA 125
FINALIDADES DA CRIMINOLOGIA

Compreensão e prevenção do delito;

Intervenção na pessoa do delinquente;

Valoração dos diferentes modelos de respostas à criminalidade.

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SEGURANÇA PÚBLICA

DICA 126
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL
LEI Nº 12.850/2013 – LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
Inicialmente, é importante destacar que, além de apresentar a definição de organização
criminosa, a Lei nº 12.850/2013 dispõe sobre a investigação criminal, meios de obtenção
da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal adotado em situações
envolvendo organizações criminosas.

Evolução Legislativa - anteriormente à Lei nº 12.850/2013, diversas legislações


trataram deste tema, vejamos:

Lei nº 9.034/95;

Convenção de Palermo (Dec. 5.015/04);

Lei nº 12.694/12;

Lei nº 12.850/13.

Conceito - Atualmente, a definição de Organização criminosa está inserida no artigo


1º, § 1º, da Lei nº 12.850/13, qual seja: “Considera-se organização criminosa a
associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada
pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional”.
DICA 127
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Elementos constitutivos da organização criminosa:

Extrai-se da dicção do artigo 1º, § 1º, da Lei nº 12.850/13, alguns elemento que,
juntos, constituem o conceito de Organização Criminosa, vejamos:

Pessoal - mínimo de 04 pessoas.

Estrutural - estruturada + divisão de tarefas, ainda que informalmente


(fungibilidade dos agentes).

Finalístico/Teleológico - obtenção de vantagem proveniente de infração com


pena máxima superior a 04 anos ou de caráter transnacional
Destaca-se que, a Lei nº 12.850/13 também se aplica aos crimes previstos em tratados e
convenções internacionais, quando iniciada a execução do crime no Brasil, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no exterior, ou o contrário, quando a execução do crime se
inicia no exterior e o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no Brasil.

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DICA 128
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Distinções entre Organização Criminosa e Associação criminosa:

Associação Criminosa Organização Criminosa

Previsão legal Artigo 288 do Código Penal Lei nº 12.850/2013

Quantidade de 3 ou mais pessoas 4 ou mais pessoas


Integrantes

Outras A associação deve ter a Estrutura ordenada;


características finalidade específica de
cometer crimes Divisão de tarefas, ainda
que informalmente;

Objetivo de obter, direta


ou indiretamente, vantagem
mediante a prática de crimes
com penas máximas
superiores a 4 anos OU que
sejam de caráter
transnacional.

Regras adicionais afetas aos Funcionários Públicos - para fins de investigação e


instrução processual, para evitar que o servidor influencie de qualquer forma na produção
de provas, existe a possibilidade de que o servidor seja afastado cautelarmente de suas
funções. Neste caso, por ser afastamento cautelar, a remuneração do servidor é mantida,
eis que não há qualquer condenação sobre o servidor.
Se houver participação de policial na organização criminosa, a Lei nº 12.850/13
determina que a Corregedoria de Polícia deve instaurar inquérito policial e
comunicar o fato ao Ministério Público;
DICA 129
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Meio de obtenção de prova previstas na Lei nº 12.850/13:


Além de apresentar a definição de organização criminosa (visto acima), a Lei nº
12.850/2013 dispõe sobre a investigação criminal, meios de obtenção da prova, infrações
penais correlatas e o procedimento criminal adotado em situações envolvendo
organizações criminosas.

O artigo 3º da Lei nº 12.850/13, prevê alguns meios de obtenção de prova, que


podem ser produzidos qualquer fase da persecução penal, leia-se durante á fase de
Inquérito Policial até a fase processual, vejamos:

Colaboração premiada;

Captação ambiental de sinais de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

Ação controlada;

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Acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes


de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação
específica;
Afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação
específica;
Infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
Cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na
busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.
DICA 130
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL
Colaboração Premiada:
A colaboração premiada, meio de obtenção de prova, nada mais é do que um benefício
legal, também chamada de “pentitismo”.
Trata-se de um meio de obtenção de prova em que coautor ou partícipe, além de
assumir sua responsabilidade na infração, fornece aos investigadores informações
relevantes para os fins previstos na lei, recebendo, em contrapartida, determinado
benefício (prêmio) legal.
Esse benefício legal tem previsão em diversas leis no ordenamento jurídico brasileiro, com
regras específicas a depender do caso.
A colaboração Premiada visa uma solução mais rápida e efetiva aos processos
criminais.

MEDIDAS QUE PODEM SER CONCEDIDAS (PRÊMIOS)

Prêmios ANTES da sentença:


Perdão Judicial;
Redução da pena em até 2/3;
Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos;

Prêmio DEPOIS da sentença:


Redução da pena em até metade;
Progressão de regime (Colaboração Tardia)

Prêmio ANTES do processo:


O Ministério Público pode deixar de oferecer a denuncia se o colaborador não for o
líder da organização criminosa E for o primeiro a prestar efetiva colaboração.
É possível a suspensão por 06 meses, prorrogáveis por igual período, do prazo para
o oferecimento da denúncia ou o próprio processo (o prazo da prescrição também fica
suspenso).
Em todos os casos, a concessão de qualquer dos prêmios legais deve levar em conta a
personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a
repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração.

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COLABORAÇÃO

Deve ser: efetiva E voluntária com a investigação, trazendo pelo menos um dos
seguintes resultados:

Identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das


infrações penais por eles praticadas (Colaboração delatora)

Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa


(Colaboração delatora)

Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa


(Colaboração preventiva)

Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais


praticadas pela organização criminosa (Colaboração para recuperação de ativos)

Localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada


(Colaboração para libertação)

ACORDO

O juiz não participa das negociações, eis que apenas homologa o acordo firmado entre
o colaborador com o Ministério Público ou com o Delegado de Polícia responsável (com
manifestação do Ministério Público).

DIREITOS DO COLABORADOR

Usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica;

Ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados;

Ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes;

Participar das audiências sem contato visual com os outros acusados;

Não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado
ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;

Cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais


corréus ou condenados.

ELEMENTOS DO TERMO DE ACORDO

O termo de acordo de colaboração premiada deve ser escrito e conter:


o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
as condições da proposta do Ministério Público ou do delegado de polícia;
a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor;
as assinaturas do representante do Ministério Público ou do delegado de polícia, do
colaborador e de seu defensor;
a especificação das medidas de proteção ao colaborador e à sua família, quando
necessário.

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LEGITIMIDADE

Somente possuem legitimidade para efetivar o acordo de colaboração premiada:

Delegado de Policia;

Ministério Público.

DICA 131
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Distinções entre Deleção Premiada e Colaboração Premiada:

Colaboração Premiada Deleção Premiada

Gênero Espécie

Podem ser prestadas outras informações Pressupõe a incriminação de terceiros


relevantes (coautores/partícipes)

DICA 132
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Ação Controlada:
A Ação controlada, meio de obtenção de prova, também chamada de “flagrante
retardado” ou “flagrante diferido”.
Trata-se de técnica especial de investigação em que a intervenção dos agentes
policiais é postergada (diferida) para momento mais oportuno sob o ponto de vista de
produção de provas.
É uma autorização legal concedida ao agente POLICIAL para, diante da prática de uma
infração penal, em vez de efetuar a prisão em flagrante delito, aguardar o momento
mais adequado, de forma a permitir a produção de provas mais robustas.

Ex.: prender mais criminosos; desestruturar toda a organização criminosa, etc.


O retardamento da intervenção policial deve ser comunicado previamente ao Juiz, e
este, se for o caso, estabelecerá seus limites e comunicará ao Ministério Público.
Se houver travessia de fronteiras, somente poderá haver o retardamento, com cooperação
das autoridades dos países que sejam considerados o provável itinerário do investigado.
DICA 133
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Infiltração de agentes:
A infiltração de agentes, meio de obtenção de prova, é o procedimento por meio do qual o
agente de policia age como se fosse membro da organização criminosa, com o
objetivo de colher provas dos crimes cometidos.
Trata-se de uma técnica especial, excepcional E subsidiária de investigação criminal,
dependente de prévia autorização judicial, sendo marcada pela dissimulação e

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sigilosidade, onde o agente de polícia judiciária é inserido no bojo de uma organização


criminosa com objetivo de desarticular sua estrutura, prevenindo a prática de novas
infrações penais e viabilizando a identificação de fontes de provas suficientes para
justificar o início do processo penal.
A autorização judicial da infiltração de agentes somente deve ser concedida quando
houver indícios de crimes cometidos pela organização criminosa E a prova não pode ser
produzida por outros meios.
Prazo: 6 meses, sendo possível novas prorrogações, sendo necessário
comprovar a necessidade.

Requisitos:

Prévia autorização judicial;

Indícios da existência de organização criminosa;

A prova não puder se produzida por outros meios disponíveis.

Infiltração VIRTUAL de agentes – é admitida a ação de agentes de polícia infiltrados


virtuais, obedecidos os requisitos acima, na internet, com o FIM DE investigar os crimes
previstos nesta Lei e a eles conexos, praticados por organizações criminosas, desde que
demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou
apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais
que permitam a identificação dessas pessoas. Trata-se de novidade legislativa, inserida
pela Lei nº 13.964/2019.
Prazo da Infiltração VIRTUAL de agentes – 6 meses, sendo possíveis novas
prorrogações, sendo limitado ao prazo de 720 dias.
DICA 134
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Infiltração VIRTUAL de agentes:


É admitida a ação de agentes de polícia infiltrados virtuais na internet, obedecidos os
requisitos.

Finalidade - investigar os crimes previstos na lei de organizações criminosas (Lei nº


12.850/2013) e a eles conexos, praticados por organizações criminosas, desde que
demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os
nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou
cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas.
A infiltração VIRTUAL de agentes é uma novidade legislativa, inserida pela Lei nº
13.964/2019.
Prazo: De forma similar a infiltração comum de agentes, a VIRTUAL tem prazo de
6 meses, sendo possível prorrogações, contudo, o prazo é limitado a 720 dias.
DICA 135
ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL

Limites da infiltração de agentes:


Importante: Este assunto é recorrente em concursos policiais.

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Durante a infiltração de agentes, seja na forma comum ou na virtual, o agente policial


deve atuar de forma proporcional a situação vivenciada durante a infiltração em
organizações criminosas. Contudo, caso o agente infiltrado cometa algum crime, ele não
será punido quando INEXIGÍVEL CONDUTA DIVERSA, ou seja, o agente precisa ser
razoável em suas ações, podendo até cometer crimes, quando não houver como evita-los.
Previsão legal (art. 13 da Lei nº 12.850/2013): “Art. 13. O agente que não guardar, em
sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá
pelos excessos praticados. Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a
prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta
diversa”.

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