AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO

CORPORAL
Avaliação da Composição Corporal

2
Composição Corporal

O organismo humano é composto de :

água
minerais gordura
proteína

Massa de gordura
Massa livre de gordura

Modelo bicompartimental
3
Composição Corporal

Peso corporal

4
Técnicas de medidas da composição corporal

• Procedimentos:
Dissecação de
cadáver
✔ Direto
✔ Indiretos
✔ Duplamente indiretos

5
Técnicas de medidas da composição corporal

• Indiretos:
✔ Pesagem hidrostática

6
Técnicas de medidas da composição corporal

• Indiretos:
✔ DEXA
o densitometria por emissão de raios X de dupla
energia
o Considerado padrão ouro para avaliação da
composição corporal
o Fornece os dados de massa óssea, massa magra
e massa de gordura
7
Técnicas de medidas da composição corporal

• Indiretos:
✔ DEXA

8
Técnicas de medidas da composição corporal

• Duplamente Indireto:
✔ BIA = bioimpedância elétrica

ÁGUA

Água é uma boa

Corrente Elétrica condutora de
corrente elétrica
9
Técnicas de medidas da composição corporal

Massa muscular

Tecido
gorduroso

10
Técnicas de medidas da composição corporal

✔ BIA = bioimpedância elétrica

o Fornece valores de massa gorda, porcentagem de gordura,
massa magra, água corporal total, metabolismo
energético basal, recomendação de peso ideal e gordura
total
o É um método indicado principalmente para o
acompanhamento das alterações da composição corporal,
auxiliando a compreensão de uma situação clínica ou
nutricional.
11
Técnicas de medidas da composição corporal

• Duplamente Indiretos:
✔ BIA = bioimpedância elétrica
o Mede a passagem de uma corrente elétrica de baixa
intensidade e frequência fixa pelo corpo do indivíduo,
determinando valores de impedância (Z), resistência (R) e
reactância (Xc).

12
Técnicas de medidas da composição corporal

• Resistência(R) :
– materiais orgânicos e não orgânicos oferecem
determinada resistência ao fluxo da corrente elétrica
– Os principais responsáveis pela resistência no
organismo são: água corporal total, gordura corporal
e massa magra.
– A resistência é inversamente proporcional ao nível
de hidratação e eletrólitos.
– Assim, a água é boa condutora elétrica, o que implica
baixa impedância e resistência.
13
Técnicas de medidas da composição corporal

Principais fatores que influenciam os valores de resistência e

reactância
• Resistência (R):
– Grau de hidratação: quanto maior o grau de hidratação, menor
a resistência;
– Gordura corporal: o tecido adiposo é praticamente isento de
água, portanto, quanto maior a quantidade de gordura, maior a
resistência;
– Tecido muscular: possui grande porcentagem de água,
facilitando a passagem da corrente elétrica, implicando baixa
resistência.

14
Técnicas de medidas da composição corporal

• Ângulo de fase:
– É o ângulo formado entre a resistência e a
reactância, o qual varia entre 0 e 9o .
– Quando aumentado, indica boas condições e
saúde.
– Quando diminuído, associa-se com existência ou
agravamento da doença.

15
Técnicas de medidas da composição corporal

✔ BIA = bioimpedância elétrica

Preparo para o exame
• Jejum de 4 h de alimentos e bebidas (inclusive de água);
• por 24h antes do exame não praticar atividade física;
• urinar um pouco antes para o realizar o exame de “bexiga vazia”;
• retirar todos adornos metálicos antes de realizar o exame (ex. relógio, anel,
pulseira, colar, tornozeleira)
• ingerir uma média de 2 litros de água no dia anterior ao exame;
• evitar o uso de medicação diurética no dia anterior ao exame;
• não ingerir bebidas alcoólicas ou que contenham cafeína;
• não estar gestante ou no período menstrual.

Qualquer preparo não realizado impede a realização do exame por risco de

resultado impreciso

16
Técnicas de medidas da composição corporal

QUAL BIA É A MELHOR??

17
Técnicas de medidas da composição corporal

O equipamento de bioimpedância multifrequencial

segmentar que utilizam 8 eletrodos são os mais
indicados para avaliação da composição corporal,
podendo ser considerados dentre os aparelhos, o
mais preciso. Os demais aparelhos podem ser
utilizados devendo ser avaliados de acordo com a
resistência e a reactância informada conforme
fabricante.

Diretriz, AMB 18
19
20
Exemplos de resultados BIA

21
Conclusão

• Conhecer a composição corporal é importante para a tomada de decisões

no atendimento nutricional e para avaliarmos se os objetivos traçados
estão sendo alcançados;
• Procedimentos indiretos possuem alta acurácia, contudo o seu uso não é
viável para o dia-dia,
• Procedimentos duplamente indiretos : BIA, é uma ferramenta útil, mais
simples, de menor custo, que também nos fornece bons resultados.

22
 Antropometria

● Estuda as medidas de tamanho e proporções do

corpo humano.

● A antropometria vem da Antiguidade, os egípcios

e gregos já observavam e estudavam a relação das
diversas partes do corpo.
ANTROPOMETRIA

• Vantagens:
– Baixo custo
– Simplicidade de equipamentos
– Facilidade na obtenção de resultados
– Confiabilidade do método
• Contudo, deve ser executado e interpretado
por pessoas experientes.

24
ANTROPOMETRIA

• Desvantagens:
✔ Tabelas de score de normalidade não
representativas;
✔ Jellif: militares em serviço na Turquia,
Grécia e Itália. Mulheres de classe
social baixa nos EUA, em diversos
momentos e avaliadas por diversos
observadores
25
ANTROPOMETRIA

• Desvantagens:
✔ Frisancho: estudo tranversal com
homens e mulheres brancas com idade
entre 1 a 74.

26
Antropometria

Altura Peso

IMC

Circunferê
Pregas
ncias
 Medidas - Altura
● A medida deve ser realizada com o indivíduo
descalço (ou com meias) e vestindo roupas leves de
modo que se possa observar o contorno do corpo;
● O indivíduo deve ficar em pé com as pernas e pés
paralelos, peso distribuído em ambos os pés, braços
relaxados ao lado do corpo e palmas das mãos
voltadas para o corpo;
● As costas do indivíduo devem estar voltadas para a
parede;
● Encostar calcanhar, panturrilhas, nádegas, costas e
a parte posterior da cabeça na parede;
Medidas - Altura

● Posicionar a cabeça do indivíduo no

plano de Frankfurt (alinhar
horizontalmente a borda inferior da
abertura do orbital com a margem
superior do condutor auditivo externo).
Medidas - Altura
Medidas - Peso

● Retirar os sapatos e "roupas pesadas" (casacos, jaquetas, blusas

grossas);
● Remover acessórios (óculos, cinto, colares) e objetos dos bolsos da calça,
saia, camisa (celular, caneta, dinheiro, moedas, carteira, lenço, papéis);
● Posicionar a balança em superfície regular e firme;
● Evitar colocar o equipamento sobre tapetes, carpetes,etc;
● A balança é ligada automaticamente ao subir nela, esperar aparecer o
“zero” e peça para entrevistada subir;
● O paciente não deve estar olhando para o visor da balança, e sim para a
linha do horizonte
Medidas - Peso
Medidas - Peso
MEDIDAS - IMC

• IMC: índice de massa corpórea

IMC = peso (Kg)
Altura 2 (cm)
• Seu resultado deve ser comparado aos
escores de normalidade, ou seja, do peso
ideal.

34
 MEDIDAS - IMC
IMC ADULTOS: OMS 1995/1997 IMC IDOSOS: OPAS, 2002

IMC (kg/m²) Classificação IMC (kg/m²) Classificação

<23 BAIXO PESO

<16 Magreza severa – grau III

16-16,9 Magreza moderada – grau II ≥23 A 28 PESO NORMAL

17-18,49 Magreza leve – grau I

Peso adequado ≥28 A 30 RISCO DE OBESIDADE

18,5-24,9

25-29,9 Excesso de peso – grau I ≥30 OBESIDADE

30-39,9 Excesso de peso – grau II

≥ 40 Excesso de peso – grau III

35
IMC

• Até os 40 anos o IMC é mais preciso, contudo

ele pode ser influenciado por fatores como
atividade física, presença de edema, entre
outros;
• A partir dos 40 anos o depósito de gordura ↑
e a ↓reserva de massa de massa muscular

Assim, a manutenção do peso e do

IMC pode levar a falsa impressão da
manutenção do estado nutricional.
36
IMC

• Apesar de não representar a composição corporal dos indivíduos, a

facilidade de obtenção de dados de peso e estatura bem como sua
boa correlação com morbidade e mortalidade justificam a utilização
do IMC em estudos epidemiológicos e na prática clínica, desde que se
usem pontos de corte específicos para a idade, especialmente
associados a outras medidas antropométricas que expressem a
composição e a distribuição da gordura corporal.

37
IMC

A requiem for BMI in the clinical setting Gonzalez et al

Volume 20 Number 00 Month 2017
38
CIRCUNFERÊNCIAS

• Do braço:
– braço direito relaxado, paralelo ao lado do corpo,
formando um ângulo de 90º com o cotovelo;
– Marcar o ponto médio entre o acrômio e o
olecrano.

39
CIRCUNFERÊNCIAS

• Da coxa:
– O individuo fica em pé com os
pés ligeiramente afastados e com
o peso igualmente distribuídos
nos dois pés;
– A fita é colocada horizontalmente
no ponto intermediário entre a
dobra inguinal e o sulco posterior
da patela.

40
CIRCUNFERÊNCIAS

• Da panturrilha:
– Com o indivíduo de pé, a medida é feita com a fita
colocada horizontalmente na circunferência
máxima da panturrilha.

41
CIRCUNFERÊNCIAS

• É, segundo a OMS, um indicador sensível de

alteração muscular em idosos;
• Medida de reserva do tecido muscular, pois é
uma área de pouco tecido gorduroso;
• De fácil e rápida aplicação;
Já é um indicativo
importante para o
<31cm diagnóstico da
sarcopenia
42
CIRCUNFERÊNCIAS

• Diversos estudos sugerem que a

circunferência abdominal e a relação
numérica entre ela e a do quadril permitem
prever o risco de doenças cardiovasculares, de
forma mais precisa do que o peso ou o índice
de massa corpórea;

43
 CIRCUNFERÊNCIAS

● Existem várias sugestões de locais e padrões para avaliar a

circunferência abdominal.
● Solicita-se ao paciente em posição supina, que inspire
profundamente, e, ao final da expiração deve ser realizada
a medida.
● Pode-se realizar a medida no maior perímetro abdominal
entre a última costela e a crista ilíaca, segundo
recomendações da OMS.
● Já a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da
Síndrome Metabólica recomenda medir a circunferência
abdominal no ponto médio entre o rebordo costal inferior
e a crista ilíaca.
● Toma-se a medida do quadril, no seu maior diâmetro, com
afita métrica, passando sobre os trocânteres maiores.

44
CIRCUNFERÊNCIAS

FONTE: Pesquisa Nacional de

Saúde, Manual de Antropometria,
2013.
CIRCUNFERÊNCIAS

FONTE: Pesquisa Nacional de Saúde, Manual de

Antropometria, 2013.
PREGAS CUTÂNEAS

• A medida da prega cutânea, considerando-se suas limitações,

constitui o método mais conveniente para estabelecer
indiretamente a massa corpórea de gordura.
• Podem ser úteis para avaliar mudanças a longo prazo nas reservas
do tecido adiposo subcutâneo.
• A determinação de mudanças agudas na composição corpórea não
pode ser feita com confiança.
• Essa limitação do método de mensuração das pregas cutâneas
ocorre por causa da redistribuição corpórea de fluidos, causando
edemas. Ex. insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática
ou renal.

47
PREGAS CUTÂNEAS

48
PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea do
tríceps

• Medir a dobra sobre o ponto médio marcado para a circunferência do braço

direito;
• Pinçar 1 cm acima do ponto médio marcado previamente;
• Tirar 3 medidas e fazer a média.
49
PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea do
bíceps:

• Levantar a prega cutânea da face anterior do braço, no mesmo

nível da prega cutânea do tríceps e da circunferência do braço.
• O braço pende relaxadamente ao lado do corpo do paciente, e a
crista da prega deve estar paralela ao eixo longo do braço.

50
PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea
subscapular:

• A pele é levantada 1cm abaixo do ângulo inferior da

escapula, com o braço e o ombro do paciente relaxados.
51
PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea supra

ilíaca:

• A prega deve ser pega 2cm acima da crista ilíaca na linha

axilar média.

52
PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea da
coxa:

• Pinçar a prega na face posterior e medir no mesmo nível

da circunferência da coxa.
53
ANTROPOMETRIA

• É importante:
– Treinamento dos observadores por profissionais qualificados;
– Utilizar somente um observador para o mesmo indivíduo no decorrer
do tempo;
– Aprenda as referencias anatômicas, como segurar a prega cutânea,
quanto comprimir o local da prega, e como utilizar o paquímetro
adequadamente;
– Periodicamente, verificar as diferenças de medição entre os
membros da equipe, tanto entre os observadores iguais em
diferentes períodos, quanto entre observadores diferentes.

54
CONCLUSÃO

• Nem sempre é possível realizar as medidas de peso e altura

de forma correta;

• O IMC, sofre influencia nas medidas feitas incorretamente

(peso e altura), presença de edema e atividade física;

• Utilizar cortes específicos para a idade (idoso x adultos);

• As circunferências e pregas são boas ferramentas para
avaliação da gordura corporal e interações eu ocorrem ao
longo prazo na composição corporal;
CONCLUSÃO

• NENHUMA FERRAMENTA (PESO, IMC, PREGAS,

CIRCUNFÊRENCIAS) DEVE SER UTILIZADA ISOLADAS PARA SE
DEFINIR O DIGANÓSTICO NUTRICIONAL;

• Todas as técnicas de medida de composição corporal devem ser

acompanhadas de uma cuidadosa anamnese alimentar.
OBRIGADA
 Referências

• Kiebzak GM, LeamybLJ, Pierson LM, Nord RH, Zhang ZY. 2000
Measurement precision of body composition variables using the Lunar DPX-L
densitometer. J Clin Densitometry 3: 35-41.
• Buckinx F et al. Concordance between muscle mass assessed by BIA and DEXA BMC
Musculoskeletal Disorders.2015;16(60):1- 7. 23.
• Malavolti M et al. Cross-calibration of eight-polar bioelectrical impedance analysis versus
DEXA for the assessment of total and appendicular body composition in healthy subjects
aged 21–82 years. Annals of Human Biology.2013;30(4):380-391.
• Fox KM, Magaziner J, Hawkes WG, YU-Yahiro J, Hebel JR, Zimmerman SI, Holder L,
Michael R . 2000 Loss of bone density and lean body mass after hip fracture.
Osteoporos Int 11: 31-35.
• Biller BMK, Sesmilo GM, Baum HBA, Hayden D, Schoenfeld D, Klibanski A.
2000 Withdrawal of long-term physiological growth-hormone administration:
differential effects on bone density and body composition in men with adult-onset GH
deficiency. J Clin Endocrinol Metab 85: 970-976.

58
Referências

• Alizadehkhaiyat O et al. Muscle strength and its relationship with skeletal muscle mass
indices as determined by segmental bio-impedance analysis. Eur J Appl Physiol.
2014;114(1):177-85.
• Sites CK, Calles-Escandon J, Brochu M, Butterfield M, Ashiga T, Poehlman ET.
2000 Relation of regional fat distribution to insulin sensitivity in post-menopausal
women. Fertil Steril 73: 61-65.

59