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Manejo de Frangos de Corte
Manejo de Frangos de Corte
A Avicultura foi um dos setores de produção que mais cresceram nestas últimas
décadas, exigindo, dessa forma constante evolução no que diz respeito a genótipo, nutrição,
sanidade, instalações, equipamentos e manejo das aves.
O manejo de frangos de corte engloba várias fases e começa antes mesmo da
chegada dos pintinhos, quando se deve preparar as instalações e os equipamentos para o seu
recebimento. O manejo é dividido da seguinte forma:
Outro ponto de grande importância é a escolha dos pintinhos, por isso deve-se optar
por incubatórios idôneos, que apresentam controle sanitário eficiente, visando a aquisição de
pintinhos de boa qualidade. É importante reconhecer que a engorda de frangos não é uma
atividade isolada, mas parte integrante de um sistema de produção de carne. O processo total
engloba granjas de matrizes, incubatórios, unidades de engorda de frangos, frigoríficos,
processadores e consumidores.
Situações extremas em qualquer um desses fatores podem reduzir o desempenho,
causar qualidade inaceitável e falta de uniformidade do lote, como por exemplo, ventilação
inadequada e má qualidade do ar. A ingestão inadequada de nutrientes em certas idades pode
resultar em problemas de perna, empenamento pobre, excesso de gordura e viabilidade
inaceitável.
O objetivo do manejo de frangos é atingir a performance desejada em termos de peso
vivo, conversão alimentar e rendimento de carne, com desenvolvimento ótimo das funções
vitais, como cardiovascular e pulmonar, desenvolvimento do esqueleto e sistema imunológico.
A incubação e as duas primeiras semanas são os períodos críticos para o desenvolvimento
desses sistemas fisiológicos.
Normalmente, o material utilizado para as cortinas externas é a ráfia, a qual deve ser
fixada na parte inferior do galpão, no nível superior da mureta. No inverno, em regiões frias,
cortinas laterais internas devem ser instaladas e manejadas em conjunto com as externas.
- Cama do aviário
O círculo de proteção tem como função proteger os pintos das correntes de ar e limitar
a área disponível a estes, próxima da fonte de aquecimento, da água e da ração. Na
montagem, são usadas chapas de eucatex, duratex, compensado ou folhas metálicas. A altura
do círculo varia de 0,40 a 0,60m, possuindo 3m de diâmetro para alojar 500 pintinhos. No
inverno, recomenda-se a utilização de círculos duplos, ou seja, dois círculos, com capacidade
para 500 pintinhos, os quais passarão a alojar 1000 pintinhos.
- Sistemas de aquecimento
Pode ser feito por campânulas a gás, elétricas ou aquecedores de infravermelho, que
são muito utilizados quando se cria frangos com equipamentos definitivos. O aquecimento deve
ser iniciado pelo menos 3 horas antes da chegada dos pintinhos. No inverno, como a
temperaturaambiente é muito diferente da temperatura ideal para os pintinhos, deve-se manter
o aquecimento nas horas mais frias do dia por pelo menos 15 a 20 dias de vida, podendo variar
em função do clima. Mo verão, o aquecimento pode ser dispensado a partir da segunda
semana de vida ou usado apenas nas horas mais frias. O controle da temperatura pode se feito
por um termostato ligado à campânula, com um termômetro a 5cm acima da cama e a 30cm da
lateral interna do círculo, ou ainda, com base no comportamento dos pintinhos, baixando ou
levantando as campânulas em relação à cama.
- Sistemas de água
É essencial que a água esteja à disposição das aves a todo momento. Suprimento
inadequado de água, seja em volume ou em número de bebedouros, reduzirá a taxa de
crescimento. Normalmente, estoca-se uma quantidade que supra a falta de água por 24 horas
de consumo máximo.
Água muito fria ou muito quente (30ºC) diminuirá o consumo e o ganho de peso da ave.
A temperatura ideal da água fornecida aos frangos deve ser de 10 a 12ºC.
-Sistemas de Alimentação
No período inicial de cria, deve ser fornecida ração farelada em comedouros tipo
bandeja ou sobre folhas de papel, de modo que os pintinhos tenham fácil acesso à ração. Os
pintos devem ser gradualmente transferidos ao sistema principal de arraçoamento a partir do
terceiro dia.
Comedouro
Bebedouro
Campânula
Círculo de
proteção
Sem dúvida, um fator que concorre para o sucesso de uma criação é a qualidade dos
pintos ao chegarem à granja. Para que eles cheguem em bom estado, o transporte é um fator
fundamental. Com raras exceções, a maioria do transporte dos pintos em nosso país é feito por
via rodoviária. Os fatores preponderantes devem ser: viaturas com condições adequadas para
viagens longas, cujo ambiente interno da carroceria seja semelhante ao de uma sala de pintos,
ou seja: temperatura de 28 a 32ºC e umidade relativa de 70%.
Na ausência de veículos com condições adequadas, deve-se, dentro do possível,
favorecer que as aves viajem nas melhores condições possíveis. Deve-se evitar horários
críticos para a entrega das aves. Os motoristas devem ser preparados, a fim de que estes se
preocupem com a carga que estão transportando, controlando as entradas de ar de acordo
com a temperatura, ou mesmo abrindo portas do caminhão e, até tirar as caixas de dentro da
carroceria, em função do trânsito ou de acidentes que paralisem o tráfego. Por outro lado, a
manutenção dos caminhões transportadores deve ser rigorosa, evitando-se transtornos durante
as viagens. Outros cuidados que não devem ser esquecidos é evitar mandar pintos
provenientes de ovos pequenos para longas distâncias e evitar ventilações excessivas durante
o transporte de pintos pequenos, que provocará desidratação e alta mortalidade na fase inicial,
além de acentuar a refugagem no plantel.
Deve-se optar por incubatórios idôneos, que apresentem controle sanitário eficiente,
visando a aquisição de pintos saudáveis e de boa qualidade.
Principais características a serem observadas nos pintos: serem ativos e terem olhos
brilhantes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cor uniformes. Caso haja desuniformidade,
alojar os menores separadamente. As canelas devem ser brilhantes e lustrosas, livres de
deformidades. A plumagem deve ser seca e macia, sem empastamento na cloaca.
Antes da chegada dos pintos deve ser feita uma checagem final, verificando-se a
disponibilidade e distribuição de água e ração. Deve-se determinar a hora prevista de chegada
dos pintos e estar preocupado para descarregar o mais rápido possível. Quanto maior o tempo
de permanência nas caixas, maior será a desidratação, a qual causará mortalidade inicial
acima do normal e irá reduzir o potencial de crescimento final. Na chegada dos pintos à granja,
estes devem ser soltos sob as campânulas, que devem estar acesas com pelo menos três
horas de antecedência e com um termômetro a 7cm do piso, aferindo a temperatura em 32ºC.
- Controle da temperatura
Nas primeiras semanas de vida é imprescindível que os pintos tenham uma boa fonte
de aquecimento, sendo que nos primeiros dias, a necessidade é maior, diminuindo à medida
que as aves crescem.
- Manejo de cortinas
A altura dos bebedouros deve ser diariamente checada e ajustada de maneira que a
sua borda esteja ao nível dos olhos do frango. O nível da água nos bebedouros deve ser
regulado para prevenir seu derramamento e consequente umedecimento da cama. O nível da
água deve estar a 0,5cm abaixo da borda do bebedouro durante o período de 7 a 10 dias de
idade. A partir do 10º dia deve haver 0,5cm de água no fundo do bebedouro.
Deve ser feita a cada dois a três dias, para acompanhar o crescimento das aves.
Aconselha-se que a borda superior do comedouro coincida com o dorso das aves. Em lotes
desuniformes, considerar a altura do dorso das aves de porte médio. De maneira geral, a ração
deve ocupar até 1/3 da altura da borda dos comedouros para evitar o desperdício de ração,
que pode atingir até 25% quando estes estiverem completamente abastecidos.
- Programa de alimentação
- Manejo da cama
O trabalho com a cama nos primeiros dias está direcionado no sentido de evitar que ela
se torne úmida e, em decorrência, ocorra a formação de placas. Para isso, ela deve ser
revolvida todos os dias.
- Manejo sanitário
- Programas de vacinação
- Descartes
- Registros
- Programa de luz
- Manejo de Cama
- Manejo de ventilação
- Carregamento
A maioria dos galpões possui acesso para estacionamento nas suas laterais, facilitando
a utilização do método tradicional. Atualmente, porém, diversas empresas vem construindo
galpões com grandes portões, que permitem acesso interno do veículo, facilitando e agilizando
o carregamento pelo método tradicional. Outras empresas estão utilizando sistemas mecânicos
para apanha dos frangos, porém a prática ainda é pouco utilizada no Brasil.