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Disciplina: Avicultura Curso: Técnico em Agropecuária Turma: 1º C

INTRODUÇÃO AO MANEJO DE FRANGOS DE CORTE

A Avicultura foi um dos setores de produção que mais cresceram nestas últimas
décadas, exigindo, dessa forma constante evolução no que diz respeito a genótipo, nutrição,
sanidade, instalações, equipamentos e manejo das aves.
O manejo de frangos de corte engloba várias fases e começa antes mesmo da
chegada dos pintinhos, quando se deve preparar as instalações e os equipamentos para o seu
recebimento. O manejo é dividido da seguinte forma:

- Manejo antes da chegada dos pintinhos;


- Manejo durante a chegada dos pintinhos;
- Manejo do 1º ao 11º dia;
- Manejo do 12º dia à saída do lote;
- Manejo na retirada do lote.

Outro ponto de grande importância é a escolha dos pintinhos, por isso deve-se optar
por incubatórios idôneos, que apresentam controle sanitário eficiente, visando a aquisição de
pintinhos de boa qualidade. É importante reconhecer que a engorda de frangos não é uma
atividade isolada, mas parte integrante de um sistema de produção de carne. O processo total
engloba granjas de matrizes, incubatórios, unidades de engorda de frangos, frigoríficos,
processadores e consumidores.
Situações extremas em qualquer um desses fatores podem reduzir o desempenho,
causar qualidade inaceitável e falta de uniformidade do lote, como por exemplo, ventilação
inadequada e má qualidade do ar. A ingestão inadequada de nutrientes em certas idades pode
resultar em problemas de perna, empenamento pobre, excesso de gordura e viabilidade
inaceitável.
O objetivo do manejo de frangos é atingir a performance desejada em termos de peso
vivo, conversão alimentar e rendimento de carne, com desenvolvimento ótimo das funções
vitais, como cardiovascular e pulmonar, desenvolvimento do esqueleto e sistema imunológico.
A incubação e as duas primeiras semanas são os períodos críticos para o desenvolvimento
desses sistemas fisiológicos.

MANEJO ANTES DA CHEGADA DOS PINTINHOS

- Limpeza e desinfecção das instalações e equipamento

A limpeza vem em primeiro lugar. Grandes quantidades de matéria orgânica podem


reduzir a eficiência ou inativar completamente alguns desinfetantes. A limpeza cuidadosapode
remover de 90 a 95% do material contaminante que está aderido. A água quente é mais
eficiente que a fria. Após a retirada do lote, deve-se retirar restos de ração,
removerequipamentos, retirar cama, varrer, raspar tetos, telas, paredes e pisos. Lavar com
água (jato sob pressão), se possível com sabão ou detergente, os tetos, as paredes, os
equipamentos fixos e o piso. A desinfecção deve ser realizada com as instalações ainda
úmidas, aplicando-se desinfetantes. Deixar as instalações fechadas e sem uso por
aproximadamente 10 dias (vazio sanitário).
O período que antecede a chegada dos pintinhos é a época mais adequada para a
realização de diversas atividades, como o combate a roedores, manutenção dos
equipamentos, revisão de cortinas, telas e telhados ou qualquer problema impossível de ser
solucionado durante o período de criação.
- Instalação e reparo das cortinas

Normalmente, o material utilizado para as cortinas externas é a ráfia, a qual deve ser
fixada na parte inferior do galpão, no nível superior da mureta. No inverno, em regiões frias,
cortinas laterais internas devem ser instaladas e manejadas em conjunto com as externas.

- Cama do aviário

A cama é um importante fator que interfere nas condições sanitárias e no bom


desenvolvimento do lote. Deve ser de boa qualidade e cobrir o piso do galpão de maneira
uniforme, atingindo 5 a 8cm de altura no verão e 8 a 10cm no inverno. O volume de 1cm 3 pode
cobrir 30m2 de área com altura de 5cm. Deve-se observar as condições da cama para evitar a
formação de placase partes úmidas, causadas pelo acúmulo de fezes e água que cai dos
bebedouros. Quando isso ocorrer, removê-las e substituí-las por material novo. Sempre que
necessário revolver a cama, de preferência pela manhã ou em horários de temperaturas mais
amenas do dia para que a mesma se mantenha seca e fofa. Uma cama de boa qualidade deve
apresentar as seguintes características:
- Ter partículas de tamanho médio;
- Ser homogênea (materia picado ou triturado e livre de partículas estranhas);
- Capacidade de absorver a umidade, evitando empastamento;
- Baixa condutibilidade térmica (bom isolante de piso);
- Capacidade de amortecimento, mesmo sob alta densidade;
- Umidade em torno de 20 a 25%;
- Baixo custo;
- Boa disponibilidade;
- Ausência de fungos e substâncias tóxicas.

Principais materiais utilizados: sabugo de milho triturado, cepilha de madeira, bagacinho de


cana, capim triturado e desidratado, fenos de gramíneas em geral, casca de arroz.

- Instalação do círculo de proteção

O círculo de proteção tem como função proteger os pintos das correntes de ar e limitar
a área disponível a estes, próxima da fonte de aquecimento, da água e da ração. Na
montagem, são usadas chapas de eucatex, duratex, compensado ou folhas metálicas. A altura
do círculo varia de 0,40 a 0,60m, possuindo 3m de diâmetro para alojar 500 pintinhos. No
inverno, recomenda-se a utilização de círculos duplos, ou seja, dois círculos, com capacidade
para 500 pintinhos, os quais passarão a alojar 1000 pintinhos.

- Sistemas de aquecimento

Pode ser feito por campânulas a gás, elétricas ou aquecedores de infravermelho, que
são muito utilizados quando se cria frangos com equipamentos definitivos. O aquecimento deve
ser iniciado pelo menos 3 horas antes da chegada dos pintinhos. No inverno, como a
temperaturaambiente é muito diferente da temperatura ideal para os pintinhos, deve-se manter
o aquecimento nas horas mais frias do dia por pelo menos 15 a 20 dias de vida, podendo variar
em função do clima. Mo verão, o aquecimento pode ser dispensado a partir da segunda
semana de vida ou usado apenas nas horas mais frias. O controle da temperatura pode se feito
por um termostato ligado à campânula, com um termômetro a 5cm acima da cama e a 30cm da
lateral interna do círculo, ou ainda, com base no comportamento dos pintinhos, baixando ou
levantando as campânulas em relação à cama.

- Sistemas de água

É essencial que a água esteja à disposição das aves a todo momento. Suprimento
inadequado de água, seja em volume ou em número de bebedouros, reduzirá a taxa de
crescimento. Normalmente, estoca-se uma quantidade que supra a falta de água por 24 horas
de consumo máximo.

Consumo médio diário de água para 1000 frangos


Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Litros/dia 38 57 76 99 129 160 186 208 227 246

Água muito fria ou muito quente (30ºC) diminuirá o consumo e o ganho de peso da ave.
A temperatura ideal da água fornecida aos frangos deve ser de 10 a 12ºC.

Princiapais tipos de bebedouros: pressão, pendular, tipo calha, nipple.

Instalação de bebedouros – devem ser instalados igualmente por todo o aviário, de


maneira que nenhum frango esteja a mais de 2 metros de distância de algum bebedouro.

-Sistemas de Alimentação

No período inicial de cria, deve ser fornecida ração farelada em comedouros tipo
bandeja ou sobre folhas de papel, de modo que os pintinhos tenham fácil acesso à ração. Os
pintos devem ser gradualmente transferidos ao sistema principal de arraçoamento a partir do
terceiro dia.

Principais tipos de comedouros: bandeja, tubular, tipo calha, automático.


Sugestão para montagem do círculo de proteção para 500 pintos:

Comedouro

Bebedouro

Campânula

Círculo de
proteção

- Transporte dos pintinhos para a granja

Sem dúvida, um fator que concorre para o sucesso de uma criação é a qualidade dos
pintos ao chegarem à granja. Para que eles cheguem em bom estado, o transporte é um fator
fundamental. Com raras exceções, a maioria do transporte dos pintos em nosso país é feito por
via rodoviária. Os fatores preponderantes devem ser: viaturas com condições adequadas para
viagens longas, cujo ambiente interno da carroceria seja semelhante ao de uma sala de pintos,
ou seja: temperatura de 28 a 32ºC e umidade relativa de 70%.
Na ausência de veículos com condições adequadas, deve-se, dentro do possível,
favorecer que as aves viajem nas melhores condições possíveis. Deve-se evitar horários
críticos para a entrega das aves. Os motoristas devem ser preparados, a fim de que estes se
preocupem com a carga que estão transportando, controlando as entradas de ar de acordo
com a temperatura, ou mesmo abrindo portas do caminhão e, até tirar as caixas de dentro da
carroceria, em função do trânsito ou de acidentes que paralisem o tráfego. Por outro lado, a
manutenção dos caminhões transportadores deve ser rigorosa, evitando-se transtornos durante
as viagens. Outros cuidados que não devem ser esquecidos é evitar mandar pintos
provenientes de ovos pequenos para longas distâncias e evitar ventilações excessivas durante
o transporte de pintos pequenos, que provocará desidratação e alta mortalidade na fase inicial,
além de acentuar a refugagem no plantel.

MANEJO NA CHEGADA DOS PINTINHOS À GRANJA

- Avaliação da qualidade dos pintos

Deve-se optar por incubatórios idôneos, que apresentem controle sanitário eficiente,
visando a aquisição de pintos saudáveis e de boa qualidade.
Principais características a serem observadas nos pintos: serem ativos e terem olhos
brilhantes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cor uniformes. Caso haja desuniformidade,
alojar os menores separadamente. As canelas devem ser brilhantes e lustrosas, livres de
deformidades. A plumagem deve ser seca e macia, sem empastamento na cloaca.

- Alojamento dos pintos

Antes da chegada dos pintos deve ser feita uma checagem final, verificando-se a
disponibilidade e distribuição de água e ração. Deve-se determinar a hora prevista de chegada
dos pintos e estar preocupado para descarregar o mais rápido possível. Quanto maior o tempo
de permanência nas caixas, maior será a desidratação, a qual causará mortalidade inicial
acima do normal e irá reduzir o potencial de crescimento final. Na chegada dos pintos à granja,
estes devem ser soltos sob as campânulas, que devem estar acesas com pelo menos três
horas de antecedência e com um termômetro a 7cm do piso, aferindo a temperatura em 32ºC.

MANEJO DO 1º AO 11º DIA DE VIDA

- Controle da temperatura

Nas primeiras semanas de vida é imprescindível que os pintos tenham uma boa fonte
de aquecimento, sendo que nos primeiros dias, a necessidade é maior, diminuindo à medida
que as aves crescem.

Temperatura para frangos de corte


Idade (dias) Temperatura ºC
1–7 32
8 – 14 29
15 – 21 26
22 – 28 23
29 - 35 20

À proporção que os dias vão passando e os pintinhos adquirindo maior peso, é


necessário aumentar o espaço a eles oferecido e também o número de comedouros e
bebedouros. Uma prática que facilita bastante o manejo é colocar em cada círculo um
bebedouro pendular e um comedouro tubular, o que também tem como vantagem acostumar
os pintinhos a este tipo de equipamento, evitando estresse. A abertura do círculo de proteção é
feita gradativamente, a partir do 3º dia de vida, podendo ser aberto diariamente. Os círculos
devem ser retirados após 10 dias. Deve-se observar o comportamento dos pintinhos no interior
do círculo e corrigir eventuais falhas de manejo.

Comportamento dos pintos em relação ao aquecimento:


Muito quente Muito frio Presença de Situação
vento normal

- Manejo de cortinas

O manejo é determinado de acordo com a temperatura ambiente, umidade e,


principalmente de acordo com a idade das aves. Recomenda-se deixá-las levantadas, ou seja,
fechadas nos primeiros dias de vida, para manter a temperatura, baixando-a nos dias mais
quentes. Nunca baixá-las de uma só vez, para evitar mudanças bruscas de temperatura e a
excessiva incidência de sol no interior do galpão. Se o aviário estiver abafado ou cheirando
amônia, principalmente durante a manhã, deve-se baixar as cortinas preferencialmente do lado
que não recebe vento, para que se realize a troca de ar sem prejudicar os pintinhos.

- Regulagem dos bebedouros

A altura dos bebedouros deve ser diariamente checada e ajustada de maneira que a
sua borda esteja ao nível dos olhos do frango. O nível da água nos bebedouros deve ser
regulado para prevenir seu derramamento e consequente umedecimento da cama. O nível da
água deve estar a 0,5cm abaixo da borda do bebedouro durante o período de 7 a 10 dias de
idade. A partir do 10º dia deve haver 0,5cm de água no fundo do bebedouro.

- Regulagem dos comedouros

Deve ser feita a cada dois a três dias, para acompanhar o crescimento das aves.
Aconselha-se que a borda superior do comedouro coincida com o dorso das aves. Em lotes
desuniformes, considerar a altura do dorso das aves de porte médio. De maneira geral, a ração
deve ocupar até 1/3 da altura da borda dos comedouros para evitar o desperdício de ração,
que pode atingir até 25% quando estes estiverem completamente abastecidos.

- Programa de alimentação

Do ponto de vista econômico, a alimentação é um fator de grande importância, não


somente porque é a principal responsável pela melhor resposta das aves, mas sobretudo
porque representa o maior custo da atividade. Normalmente, formulam-se rações para três ou
quatro fases de vida do frango de corte. Hoje, há empresas trabalhando com rações semanais,
sendo esta a forma mais econômica de alimentaçõ de frangos. Quanto ao aspecto físico da
ração, ela pode ser peletizada, triturada ou farelada. Se peletizada, deve-se observar o
tamanho do pelet de acordo com a idade da ave. A ração deve ser balanceadade forma a
tender as necessidades das aves em todos os nutrientes e possuir, quando possível,
ingredientes alternativos, visando reduzir seu custo. A ração deve ser distribuída diariamente e
peneirada todos os dias, retirando as fezes.

- Manejo da cama
O trabalho com a cama nos primeiros dias está direcionado no sentido de evitar que ela
se torne úmida e, em decorrência, ocorra a formação de placas. Para isso, ela deve ser
revolvida todos os dias.

- Manejo sanitário

Devido à grande densidade e às exigências do frango de corte numa criação intensiva,


é essencial evitar qualquer possibilidade de doenças no plantel. Deve-se evitar o trânsito de
pessoas, animais e veículos nas proximidades do galpão. Recomenda-se o uso de rodolúvios e
pedilúvios, que devem conter produtos comerciais à base de amônia quaternária ou fenóis nas
diluições prescritas pelo fabricante. É aconselhável criar frangos no sistema “todos dentro,
todos fora”, ou seja, alojar num mesmo galpão somente frangos da mesma idade.

- Programas de vacinação

Doenças comuns, incluindo doença de Marek, Bouba aviária, Newcastle, Bronquite


infecciosa e doença de Gumboro devem ser consideradas quando um programa de vacinação
é elaborado. Entretanto, as vacinas necessárias rão variar de granja para granja e um
programa adequado para cada unidade deverá ser planejado. Em condições de bom manejo, a
única vacina obrigatória para frangos de corte é a vacina contra Marek, aplicada no incubatório.

- Descartes

São denominados descartes ou refugos as aves que se encontram fora do padrão


médio de desenvolvimento do lote e também aquelas que apresentam problemas de ordem
esquelética. Quanto mais cedo essas aves forem descartadas, menores serão as perdas com
ração. Um descarte de refugos bem feito irá proporcionar lotes mais uniformes, com
aproveitamento em nível de abatedouro e também melhores níveis de peso e conversão.

- Registros

Registros precisos de produção são essenciais para um efetivo e eficiente manejo de


frangos. A análise e interpretação dos dados de produção são de grande importância para
elevar os níveis de qualidade e produtividade, bem como monitorar a higiene. Os registros
básicos de um lote são:
a) Número inicial de pintos, origem do lote e hora de chegada;
b) Peso vivo;
c) Uniformidade;
d) Número de mortos na chegada;
e) Mortalidade diária;
f) Data de vacinação, tipo de vacina e nº de partida;
g) Média de peso semanal;
h) Quantidade e data de cada entrega de ração e consumo diário;
i) Consumo diário de água;
j) Temperatura;
k) Umidade relativa.

MANEJO DO 12º DIA À SAÍDA DO LOTE

Nesta fase o frango de corte atinge seu potencial máximo de desenvolvimento.


Também nesta fase ocorre o máximo consumo de ração e isso exige maior atenção quanto a
regulagem dos comedouros.

- Cuidados na troca dos equipamentos

A troca de equipamentos de primeira idade para os de segunda idade, ou seja, os


equipamentos definitivos, deverá ser realizada de maneira lenta e gradual. A partir do 3º
dia,deve-se substituir os comedouros pelos definitivos. Ajustar adequadamentea altura dos
comedouros e bebedouros para evitar desperdícios de ração e umidade na cama.
Manter sempre limpos comedouros e bebedouros, evitando acúmulo de ração, pó,
excretas das aves no fundo dos bebedouros.

- Programa de luz

Deve-se manter o programa iniciado no princípio da criação, tendo o cuidado de manter


as lâmpadas limpas. Verificar diariamente se as lâmpadas estão queimadas, substituindo-as de
imediato. É importante lembrar que uma iluminação acima de 22 lúmens/m2 pode,
contrariamente ao pretendido, deprimir o crescimento e provocar canibalismoe,
consequentemente, contusões na carcaça.

- Manejo de Cama

A cama deve ser livre de empastamentos (problemas de calos). Prevenindo esta


possibilidade, checar o nível de água dos bebedouros e possíveis vazamentos. No entanto, a
cama ainda deverá ser removida diariamente.

- Manejo de ventilação

A ventilação conveniente é fator muito importante, com diversas funções na vida e no


bem-estar do frango de corte: fornece oxigênio, renova o dióxido de carbono e outros gases
tóxicos (amônia), regula a temperatura e auxilia no controle das enfermidades e da umidade.
Basicamente, tem-se dois tipos de ventilação: a ventilação natural é feita através do manejo
das cortinas e pode ser afetada pela vegetação próxima dos galpões e, na ventilação forçada,
dependendo do tipo de construção, do telhado, da região e proteção do aviário, é necessário o
uso de ventiladores, que só podem ser determinados após análise de cada caso. Além da
ventilação, outras medidas podem ser tomadas para diminuir a temperatura no interior dos
galpões, como os sistemas de nebulização direta sobre as aves e a aspersão de água sobre o
telhado.

- Destino das aves mortas

Recomenda-se remover rotineiramente do aviário as aves descartadas ou mortas, a fim


de evitar a multiplicação de microrganismos patogênicos e a possível transmissão de doenças
para as aves saudáveis. Todas as aves descartadas ou mortas devem ser removidas
imediatamente e suas carcaças eliminadas o mais rápido possível. Os métodos mais
satisfatórios de eliminação são a incineração ou a deposição em fossas sépticas. Incineração a
gás, queimadores a óleo ou combustíveis sólidos são efetivos e higiênicos, porém,
dispendiosos, já que as carcaças demoram a queimar completamente. Não é recomendada a
remoção da mortalidade diária para valas abertas ou parcialmente cobertas de terra. As valas
estão sujeitas a atrair animais silvestres que irão se alimentar das carcaças das aves e podem
agir como fontes de contaminação e vetores de doenças.
As fossas para destino das aves mortas constituem um dos métodos mais acessíveis e
eficazes quando construídas adequadamente, com um telhado sólido e uma tampa de encaixe
firme e exata. As carcaças entrarão em decomposição sem a adição de qualquer produto
químico, desde que as fossas sejam mantidas secas. Áreas com lençóis freáticos próximos à
superfície não são adequadas para fossas.

MANEJO NA SAÍDA DO LOTE

O frango processado é o conjunto harmonioso dos trabalhos realizados com o


desenvolvimento genético, a nutrição, a sanidade, o manejo e o abate. Ele será mais produtivo
quanto mais eficientes forem cada um desses setores. Algumas horas (6 a 10) antes da saída
do lote deve-se retirar a ração e tomar o máximo de cuidado na apanha propriamente dita e no
transporte dos frangos para o abatedouro. A água só deve ser retirada no momento da apanha
dos frangos.

- Apanha dos frangos


Esta etapa é a de maior potencial de estresse para o frango. Muitas contusões
observadas no abatedouro ocorrem durante as últimas 24 horas de vida do frango. Por isso, a
operação de captura deve ser cuidadosamente planejada e supervisionada de perto durante
todos os estágios. O manuseio dos frangos deve ser limitado a pessoal competente e treinado,
a fim de evitar “lutar” com as aves e, consequentemente, minimizar os arranhões, hematomas
ou outros machucados.
Deve-se reduzir a luz do aviário a um mínimo de intensidade que permita a captura
segura e cuidadosa. Quando os frangos forem apanhados pelas pernas, deve-se segurá-los
pelos pés e canelas, nunca pelas coxas. Com o objetivo de minimizar prejuízos, danos e lesões
causados quando as aves se debatem, é recomendado que elas sejam seguras uma a uma,
pelas costas e gentilmente acondicionadas nos engradados, usando nesta técnica, as duas
mãos simultaneamente. Nunca apanhe o frango pelas asas.
O número de frangos por engradado vai depender das condições climáticas, devendo
ser reduzido, a fim de evitar alta mortalidade no verão.

- Carregamento

A maioria dos galpões possui acesso para estacionamento nas suas laterais, facilitando
a utilização do método tradicional. Atualmente, porém, diversas empresas vem construindo
galpões com grandes portões, que permitem acesso interno do veículo, facilitando e agilizando
o carregamento pelo método tradicional. Outras empresas estão utilizando sistemas mecânicos
para apanha dos frangos, porém a prática ainda é pouco utilizada no Brasil.

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