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Unidade 4: Objetivo
Unidade 4: Objetivo
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Descrever as
principais funções das
associações de classe
em engenharia.
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Introdução à Engenharia
4 CONSELHO REGIONAL -
CREA
Após as discussões relativas à profissão de engenheiro, às suas aptidões e à estrutura
curricular do curso, esta unidade volta-se à apresentação e ao debate da sua principal
entidade de classe: o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA.
Ao longo desta unidade, você será apresentado e aos poucos vai se familiarizar um
pouco melhor com o trabalho do conselho e como você, enquanto profissional, pode
vir a se relacionar e interagir com alguma de suas instâncias. Você também será apre-
sentado a algumas das principais atividades realizadas pelo conselho, bem como os
requisitos e benefícios em se tornar um engenheiro credenciado.
Apesar do termo CREA já ser um pouco mais próximo da realidade da maior parte
dos engenheiros e estudantes de engenharia, é preciso ressaltar que a sigla refere-se
a uma subdivisão de um sistema ainda mais complexo. Para explicar melhor, vamos
detalhar as siglas envolvidas.
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cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=906)
É a partir desta estrutura que derivam as atuações dos CREAs. Com base nas diretrizes
do CONFEA, os Conselhos Regionais em cada estado do país idealizam suas ações e
desdobram estas atividades em nível estadual. Analogicamente, a interlocução entre
os CREAs e o CONFEA acontece na medida em que delegados ou representantes de
cada unidade estadual são designados para as eventuais reuniões e assembleias para
defenderem os interesses das regionais e/ ou apresentarem propostas de trabalho.
Esta estrutura de atuação regional dos órgãos de engenharia é similar àquela encon-
trada nos Estados Unidos. De acordo com Hotzapple e Reece (2006, p. 17), “cada esta-
do da federação tem poderes para licenciar e registrar engenheiros profissionais. O
objetivo é proteger a sociedade, assegurando um padrão mínimo de qualidade por
meio de exames, experiências e cartas de recomendação”.
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Hotzapple e Reece (2006, p.19 ) apresentam ainda uma lista contendo diversas
sociedades profissionais em engenharia e seus respectivos endereços eletrôni-
cos. Você pode conhecer um pouco mais sobre estas associações acessando os
sites apresentados na Tabela 1.2 do livro que está disponível no Minha Biblioteca.
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Além disso, segundo o autor, as associações são locais adequados para se conhecer
um pouco mais sobre as áreas de especialização da engenharia. Muitas destas asso-
ciações partilham interesses comuns e fornecem um gama de serviços diferencia-
dos para engenheiros de diferentes habilitações. Na prática, as associações oferecem
como benefícios (MOAVENI, 2016, p. 39):
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Já para o consumidor, a ART atua como um elemento de defesa dos seus direitos,
uma vez que “formaliza o compromisso do profissional com a qualidade dos servi-
ços prestados” (CONFEA, 2019). Para aquelas situações que fogem ao acordado em
contrato, a ART possibilita a identificação individual dos responsáveis e suas respecti-
vas responsabilidades junto ao Poder Público. Para o cenário de trabalhos multidisci-
plinares ou em equipe, cada profissional deve registrar individualmente a ART, como
responsável, coautor ou corresponsável, em sua área de atuação (CONFEA, 2019).
Apesar da clara definição do papel da ART para cada uma das partes envolvidas,
profissional de engenharia e contratante, operacionalmente a adoção do registro
enfrenta alguns percalços. É possível observar um lapso de tempo entre a edição e a
revisão dos normativos relativos à ART e ao acervo técnico. Com isso, verificou-se uma
falta de uniformidade de ação pelos CREAS . Neste sentido, empresas ou profissionais
que atuavam em diferentes regiões enfrentavam a situação de adoção de “diferentes
critérios, exigências e documentos requeridos, bem como o atendimento da legisla-
ção federal por meio de entendimentos diversificados e muitas vezes antagônicos”
(CONFEA, 2019).
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Assim, a partir de uma série de parcerias, o sistema CONFEA/ CREA passou a propor
procedimentos operacionais normatizados com o objetivo de uniformizar os proces-
sos de emissão das ART sem desconsiderar as peculiaridades dos estados e dos seus
respectivos CREAS.
Uma vez que tenha concluído sua graduação, o profissional de engenharia pode soli-
citar o seu registro profissional e sua carteira de identificação junto a um CREA. Este
vínculo também está disponível para profissionais que tenham realizado sua forma-
ção no exterior.
Para solicitar sua carteira profissional, é preciso que engenheiro compareça ao CREA
do estado em que pretende atuar, preencha o formulário específico e apresente
originais e cópias dos seguintes documentos:
• Histórico escolar com indicação das cargas horárias das disciplinas cursadas.
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• Comprovante de residência.
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Neste sentido, o sistema CONFEA/ CREA realiza, a partir do seu Sistema de Consulta
Pública, um processo de coleta de manifestações de profissionais, estudantes e da
sociedade em geral sobre projetos de lei e de normativos do próprio sistema que
possam afetar a vida do profissional e a segurança pública.
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• Projeto de Lei do Senado – PLS 0011/2014 - Lei das Licitações - Alterar a Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos),
para dispor sobre os custos unitários das obras e serviços de engenharia contra-
tados por órgãos e entidades da Administração Pública Federal ou com recur-
sos dos Orçamentos da União. Alterar o mesmo diploma legislativo para esta-
belecer que, para os fins da lei, o Projeto Básico deverá conter a anotação de
responsabilidade técnica pelo orçamento detalhado, o qual deverá ser compa-
tível com os custos do sistema de referência, na forma da lei. Até 05/01/2019
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CONCLUSÃO
Nesta unidade você tomou conhecimento da principal associação de classe de enge-
nharia no país, o sistema formado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agrono-
mia (CONFEA) e suas sucursais, os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia
(CREA). Mais especificamente, você foi apresentado ao histórico das recentes mudan-
ças ocorridas no conselho (com a saída das áreas de Arquitetura e Urbanismo da
autarquia), suas principais funções e vantagens para os seus associados.
Você também pode observar como a atuação do CONFEA/ CREA é ampla e complexa.
Figurando não só como um legislador das atividades dos profissionais de engenharia,
mas também como uma entidade que garante legitimidade aos serviços prestados
pelos seus profissionais devidamente credenciados (através da carteira profissional e
da ART).
Agora você pode inclusive, pesquisar como a classe dos engenheiros (devidamente
representada pelos CREAs em todo o país) se posiciona e dialoga com a socieda-
de frente a questões diversas. Você, enquanto estudante e futuro profissional, pode
iniciar diálogos com estas entidades e outros profissionais e levar à discussão aspec-
tos técnicos e contributivos para a sociedade, sob o prisma do posicionamento da sua
entidade de classe. Você pode discordar ou concordar integralmente com a posição
do órgão, mas o mais importante, é que você desenvolva um senso crítico apoiado
nos seus conhecimentos técnicos e efetivamente, possa contribuir para um melhor
cenário nacional. Bons estudos e até a próxima!
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