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Veríssima Dilma
Faculdade de Educação Santa Terezinha
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All content following this page was uploaded by Veríssima Dilma on 26 June 2015.
INCIDÊNCIAS
DA CULTURA
AFRO EM
IMPERATRIZ-
MA
VERÍSSIMA DILMA NUNES CLÍMACO
MILENE VIEIRA SANTOS ROCHA
1. Cultura – Afro-brasileira –
Imperatriz. I. Rocha, Milene
Vieira Santos. II. Título.
1ª Edição
Imperatriz
2012
3 Culinária afro-brasileira
3.1 Pitadas da Culinária afro maranhense
4 A efetivação da Lei nº 10.639/03 nas práticas
educativas
4.1 A efetivação da Lei nº 10.639/03 nas práticas
educativas em Imperatriz-MA
4.2 O Centro de Cultura Negra Negro Cosme
4.3 Educadores/as e personalidades da cidade de
Imperatriz-MA
4.3.1 Herli de Sousa Carvalho
4.3.2 Jorge Diniz de Oliveira
4.3.3 Maria Luisa Rodrigues de Sousa
4.3.4 Maria Francisca Pereira da Silva
4.3.5 Izaura Silva
Paulo Freire
7 Referências
PREFÁCIO A “Dança afro-brasileira em Imperatriz” é uma
temática que assegura certo mapeamento dos grupos de
brincantes em seus gingados sensuais e criativos, guiados
As autoras trazem um pela musicalidade conhecida e identificada nas músicas
colorido especial na capa do cantadas em coro pelos expectadores de tamanha
livro como simbologia dos expressão da beleza coletiva.
afros que carregam a força das A “Culinária afro-brasileira” é contemplada em “pitadas”
cores trabalhadas em adereços da culinária afro maranhense que seduz em deliciosas
receitas que dão “água na boca”, no olhar e mais
Foto: Veríssima Dilma para ornarem seus corpos para
fortemente no paladar.
a festa da alegria que emana da interioridade perpassada
Assim, a “Efetivação da Lei nº 10.639/03 nas
pela ancestralidade legada no jeito de ser.
práticas educativas em Imperatriz” são representadas em
Na epígrafe, bem escolhida em Freire, o gosto do
propostas de como são disseminadas nas escolas e de
inacabamento traduz o ser gente na singeleza de seres que
como podem ser vivenciadas em atividades simples, mas
se constroem em práticas educativas carregadas da
ricas de possibilidades de serem experienciadas no
consciência de estar em crescimento.
cotidiário dos espaços educativos.
Ousadas que são, trilham por caminhos prenhes de
Aqui também se insere a fala de militantes do
descobertas como “Religiosidade afro-brasileira na cidade
Centro de Cultura Negra Negro Cosme – CCNNC para
de Imperatriz no Estado do Maranhão”. Explicitam os
relatar que espaço é esse que congrega pessoas ávidas de
“retalhos” do que compreendem como manifestação de fé
realizarem ideais de lutas e resistências em favor dos
da população negra, com coragem de conhecerem e
direitos da população afro de pensar e agir na valorização
tornarem público o resultado desse empreendimento.
do que são e das construções que realizam com afinco e subsídios para ler e aprender sobre si mesma e demais
determinação em busca da liberdade de serem gente. pessoas interessadas. Igualmente agradeço a escolha de
Compõe ainda este livro, um “Glossário dos Países minha pessoa para expressar a riqueza desta iniciativa
Africanos” com informações importantes na compreensão sensível das autoras e que muito nos enriquecerá na
do que significa o continente, e principalmente num olhar militância ora empreitada com entusiasmo. Que os deuses
pela des)construção de “coisas” negativadas como a e deusas africanas e afro-brasileiras evoquem um forte
imagem real. Segue as “Sugestões de atividades didáticas” AXÉ sobre vós leitores e leitoras.
aliadas a “Projetos didáticos” e “Filmes e Contos
africanos” como leituras e recontagem de histórias que Herli de Sousa Carvalho
contribuem para uma visão da realidade com os “pés no
chão” guiada pela visibilidade de parcela da população
negra.
Diante do exposto, ratifico o valor que este
trabalho centrado em ações de pesquisa e extensão, traz
como espaço de inserção da disciplina História e Cultura
Africana e Afro-Brasileira visando à sistematização dos
conhecimentos que foram construídos em valoração das
atividades pedagógicas realizadas nas turmas do Curso de
Pedagogia.
E, por fim, traduzo aqui a alegria que a população
dos afros descendentes sente ao serem contemplados com
Considerada a “terra natal” da humanidade pelos
historiadores, a África1 se constitui como um continente
onde a vida foi relegada a uma
trajetória histórica social
resultante de conflitos, pobreza,
miséria, doenças, fome, revoltas e
Fátima Quintas
A culinária brasileira é mesclada por diversas uma boa alimentação através das sementes, folhas, raízes e
culturas principalmente a africana que chegou ao Brasil frutos colaborando com sabores distintos dos existentes no
com os negros que para cá foram trazidos, se expandindo Brasil. Percebe-se, portanto, a relevância da culinária
com muita ênfase em vários estados brasileiros como africana na degustação brasileira por meio dos pratos
Maranhão, Bahia, Salvador e Rio de Janeiro. apimentados, adocicados, uso das bananas, feijão verde
Independentemente da variedade presente na misturado com arroz, quiabo e maxixe no feijão.
culinária brasileira, muito da culinária africana ainda é Partindo deste contexto, pode-se dizer que a
apreciada pela população brasileira exemplo disso é o culinária afro-brasileira é resultado da influência da
quibebe, acarajé, abará, bobó, caruru, cuscuz, mungunzá e culinária indígena, britânica, africana e portuguesa desde o
o vatapá entre outros. Benjamin (2004) relata que mesmo período da colonização. Fruto do trabalho das negras
com a migração dos povos africanos de uma região para escravas cozinheiras da casa grande, que foram coagidas a
outra os costumes que caracterizavam a sua cultura, como obedecer às ordens das patroas em relação à preparação
os sabores foram levados no pensamento, aproximando os dos pratos, o que não era obedecido na sua integralidade,
seus gostos aos tradicionais alimentos. aos poucos elas foram acrescentando a esses pratos
Nessa visão, a emigração dos povos africanos para temperos de sua culinária como a pimenta, maxixe,
terras distantes não fizeram com que se perdessem por inhame, quiabo, capote e a feijoada que foram sendo
completo o sabor das delícias apreciadas em seu país, pois apreciados pelos senhores e senhoras da casa grande,
nas pequenas oportunidades que surgiam nas cozinhas da induzidos pelo cheiro temperado e apimentado e o
casa grande eram acrescentados os gostos africanos. colorido dos pratos que demonstravam o gosto no olhar.
Assim, a marca africana, ao longo de sua historia Assim, a culinária africana se expandiu com grande êxito,
obteve êxitos, trazendo até aos dias de hoje os prazeres de
do cuscuz ao vatapá, fazendo do uso de folhas, raízes, Pitadas da Culinária afro maranhense
massas e sementes, como elementos da alimentação.
Atualmente a comida africana combina aromas e
Na culinária imperatrizense, também é perceptível
sabores, e é apreciada nacionalmente com os doces
a presença da culinária afro, devido a diversidade cultural
açucarados, como a rapadura e o pé de moleque preparado
que há entre seus habitantes,
pelos escravos no período colonial para demonstrar a
dentre os alimentos que se
opulência dos seus senhores valorizando, assim, as festas
assemelham aos pratos africanos
nos engenhos, esses são degustados até os dias de hoje
vale destacar o BOBÓ DE
especialmente nas datas comemorativas.
Foto: Veríssima Dilma CARNE SECA, iguaria da
Dessa forma, as iguarias africanas permanecem na
cozinha brasileira por seus méritos como a galinha com culinária afro-brasileira, espécie de purê de aipim ou
quiabo, jiló, cafezinho quente. Benjamin (2004) ressalta inhame. A origem do vocábulo está em mbombo,
que na mesa brasileira todos os dias os estrangeiros são “mandioca amolecida”, ou ainda prato à base de feijão–
encantados com a comida composta com a colaboração mulatinho, banana-da-terra ou fruta-pão, azeite-de-dendê e
dos africanos, destacando a preparação com métodos pimenta. O resgate histórico trata da culinária afro é
manuais ainda relevantes na atualidade, como o cuscuz retratada através das comidas típicas como tacacá, vatapá,
cozido ao vapor, o torresmo no feijão com pitadas de bobó e o caruru, vendidos em feiras, barracas ou em
pimenta, o mungunzá preparado com milho, leite de coco pequenos espaços na porta da própria casa. Em Imperatriz
ou de vaca podendo ser salgado ou adoçado que deixam a o bobó é mais procurado nas feiras de artesanato e no final
cozinha dos brasileiros com um toque sustentável e do ano na Praça de Fátima.
saudável.
Outro alimento de origem africana, oriundo mais alimento matinal presente na mesa das famílias de todas as
precisamente de Maghreb (região norte da África) é o classes sociais maranhense.
CUSCUZ prato que foi sendo Outro prato bastante
inovado pelas “mãos” das degustado por brasileiros é a
talentosas escravas no Brasil, FEIJOADA que segundo relata
visto que em sua origem os os historiadores foi inventado
4
A EFETIVAÇÃO DA LEI Nº 10.639/03 NAS
PRÁTICAS EDUCATIVAS
Os desafios da qualidade e da
equidade na educação só serão
superados se a escola for um
ambiente acolhedor, que
reconheça e valorize as
diferenças e não as transforme
em fatores de desigualdade.
Brasil
A promulgação da Lei 10.639/2003 revela as discussão mais arraigada, sincera e real a respeito
ações governamentais atuando na conjuntura de dos comportamentos que a humanidade, ao longo
discriminação, desigualdade social e preconceito de sua trajetória social tem legado aos
aos quais estão sujeitos os afrodescendentes no afrodescendentes. No que diz respeito às decisões
Brasil. Busca valorizar todo o trabalho realizado governamentais em relação à educação escolar
pelos negros africanos na construção civil e na merece destaque a Lei Nº 10.639 de 09 de janeiro
cultura no período de colonização até os dias de de 2003 que institui o Ensino de História e Cultura
hoje no território brasileiro. Africana e Afro-Brasileira, nos currículos escolares
A politização dessas ações que asseguram do sistema educacional brasileiro.
qualidade de vida aos cidadãos devem também ir Para tanto, alterou a atual Lei de Diretrizes e
além dos documentos e proporcionar, aos Bases da Educação Brasileira – LDB de Nº 9.394 de
afrodescendentes, as mesmas condições de 20 de dezembro de 1996, acrescendo os artigos 26A
igualdade na sociedade, com direitos respeitados que afirma: “Nos estabelecimentos de ensino
conforme instituiu a Constituição Brasileira de 1988, fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se
Art. 5 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros Brasileira”. No § 1º enfatiza-se que:
e aos estrangeiros residentes no País a
O conteúdo programático a que se refere o
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à caput deste artigo incluirá o estudo da
História da África e dos Africanos, a luta
igualdade, à segurança e à propriedade”. dos negros no Brasil, a cultura negra
No âmbito educacional, percebe-se que as brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a
determinações atuais estão provocando uma contribuição do povo negro nas áreas
social, econômica e política pertinente à
História do Brasil. § 2º Os conteúdos negra e indígena brasileira e o negro
referentes à História e Cultura Afro- e o índio na formação da sociedade
Brasileira serão ministrados no âmbito de nacional, resgatando as suas
todo o currículo escolar, em especial nas contribuições nas áreas social,
áreas de Educação Artística e de econômica e política, pertinentes à
Literatura e História Brasileira. Há ainda o história do Brasil.
artigo 79B: O calendário escolar incluirá o
dia 20 de novembro como “Dia Nacional
da Consciência Negra”.
Com a elaboração dessa Lei, veio o auxílio
Referente às leis que buscam essa equidade para a inclusão dos estudos afros nas práticas
vale ressaltar também que com a Lei 11.645/08 o educativas, restando às escolas incluírem nos seus
Artigo 26A foi novamente alterado e a redação ficou currículos a prática de estudo de temas transversais
dessa forma: para que os assuntos referentes à população negra
sejam discutidos com maior freqüência e seriedade
em sala de aula.
Art. 26A. Nos estabelecimentos de
ensino fundamental e de ensino
médio, públicos e privados, torna-se
obrigatório o estudo da história e
cultura afro-brasileira e indígena. 4.1 A efetivação da Lei nº 10.639/03 nas práticas
(Redação segundo a Lei nº 11.645,
de 2008). § 1º O conteúdo educativas da cidade de Imperatriz-MA
programático a que se refere este
artigo incluirá diversos aspectos da
história e da cultura que
caracterizam a formação da
população brasileira, a partir Na cidade de Imperatriz pode-se registrar
desses dois grupos étnicos, tais
como o estudo da história da África e trabalhos acadêmicos de pesquisa referente à
dos africanos, a luta dos negros e dos
povos indígenas no Brasil, a cultura temática afro nas escolas de Ensino Fundamental e
Médio como apresentações teatrais, desenhos afros,
leitura de para didáticos e poesias e nas IES, os 4.2 Histórico do Centro de Cultura Negra Negro
Rede Pública Municipal do Pólo Bacuri em de Cultura Negra Negro Cosme aconteceram ainda
Imperatriz – MA, e destaca-se também a tese de na década de 1990, quando um pequeno grupo de
doutorado de Herlí de Sousa Carvalho com o tema pessoas, incluindo alguns professores e
A Efetivação da Lei Nº. 10.639/2003 nas Práticas universitários da UEMA (Universidade Estadual do
Brasil. Dentre as instituições que colaboram para se reunir e discutir a temática. Dentre estes,
Centro de Cultura Negra Negro Cosme de Imperatriz de Sousa (presidente da segunda e terceira diretoria
VI Semana Municipal de Consciência Negra (de 13 a VII Semana Municipal de Consciência Negra ( 22 e
20/ 11 de 2006) - Tema: Ações Afirmativas para a 23/11 de 2007) - I Seminário da Região Tocantina:
Promoção da Igualdade Racial. Abertura oficial no Identidade Étnica, Políticas Afirmativas, Preconceito
CE Dorgival Pinheiro de Souza e UNISULMA. Mesa Racial e Social. Contou com a participação de
redonda com Professora Msc. Herli de Sousa conferencistas ilustres como o Prof. Dr. José Jorge
Carvalho, profº Adonilson Lima da Silva e profª Msc. Carvalho (UnB), Prof. Dr. Carlos Benedito Rodrigues
Izaura Silva. Prosseguiu com palestras nas escolas, da Silva (UFMA) e da escritora e pesquisadora
ministradas pelos militantes do CCNNC e Equipe Mundinha Araújo (Arquivo Público do Maranhão,
Coordenação de Educação da Igualdade Racial de autora do livro “Em busca de Dom Cosme Bento das
Imperatriz CEIRI/UREI), onde foram contempladas Chagas – Negro Cosme: Tutor e Imperador das
as escolas públicas municipais e estaduais Liberdades”). Além da participação dos militantes do
Movimento negro de Imperatriz em palestras, em Você”. A programação iniciou-se na UEMA, com
místicas, coordenação de debates, a exemplo da o lançamento do livro “Em busca de Dom Cosme
palestra ministrada pela professora Msc. Maristane Bento das Chagas – Negro Cosme: Tutor e
de Sousa Rosa sobre a temática “Novo objeto da Imperador das Liberdades”, da escritora Mundinha
história: O hino do reggae no Maranhão. Houve Araújo. Em parceria com a UNISSULMA
ainda lançamento dos livros: (Universidade Sul do Maranhão) prosseguiram dois
1 – Ritmos da Identidade Mestiçagem e dias de programação no Auditório da UNISSULMA
Sincretismos na Cultura do Maranhão - Profº Dr. sendo no primeiro, uma mesa redonda “Os 120 anos
Carlos Benedito Rodrigues da Silva – UFMA. de abolição da escravatura” com militantes do CCN
2 – Inclusão Étnica e Racial no Brasil: a questão das Negro Cosme de Imperatriz (professora Msc Izaura
Cotas no Ensino Superior - Profº Dr. José Jorge Silva, o Bacharel em Direito Carlos André Morais
Carvalho (UnB). Anchieta) e a escritora e pesquisadora Mundinha
3 – Insurreição de Escravos – Pesquisadora Araújo. No segundo dia na UNISSULMA
Mundinha Araújo (Arquivo Público do Maranhão). aconteceram duas palestras: Saúde Afro (com
A semana foi concluída com a “Festa África Belezas Elizabeth Teixeira) e Educação Afro (com Mariléia
e Riquezas” – Concurso da Beleza Afro: Desfile para Cruz). No último dia da programação da semana,
escolha da garota afro. durante a manhã aconteceu, na Praça de Fátima, a
“I Exposição Afro-Brasileira” com amostragem de
VIII Semana Municipal de Consciência Negra (de 17 trabalhos feitos por estudantes das escolas públicas
a 20 de 2008) – Tema: O Despertar da Identidade de Imperatriz. A programação foi finalizada com uma
em Imperatriz – “Desperte o(a) Negro(a) que Existe
Noite Cultural, na Praça de Fátima, com realizada a Festa África Belezas e Riquezas II com
apresentações de grupos culturais afros. repertório musical afro-brasileiro, comidas típicas e
Concurso da Beleza Afro: Desfile para escolha do/a
IX Semana Municipal de Consciência Negra (de 16 Garoto/a Afro-Estudantil (Ensino Médio) e do/a
a 21/11 de 2009) – Tema: Do Reino de Daomé a Garoto/a Afro-Universitário/a. A semana foi
Imperatriz: Os encantos da África Ocidental. concluída com um ato público, onde foi feito uma
Constou de palestras ministradas por militantes do panfletagem na Praça de Fátima e ruas próximas.
CCN Negro Cosme de Imperatriz nas escolas e
universidades: Escola Municipal Santa Maria, Escola X Semana Municipal de Consciência Negra (de 16 a
Municipal João Silva; na Faculdade Atenas 20/11 de 2010) – Tema: Negros(as): Resistência
Maranhense (FAMA). Além de apresentação cultural Sim! Para Fortalecer a Existência!. A abertura oficial
do Grupo de dança “Quilombagem” de Açailândia da semana aconteceu em dois momentos, no turno
(na UNISSULMA) e palestra sobre “O trabalho matutino, iniciaram-se as atividades da semana na
escravo” ministrada por representantes do Centro de Escola Municipal Paulo Freire com a palestra
Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (na “Negros(as): Resistência Sim! Para Fortalecer a
UNISSULMA). No dia da Consciência Negra pela Existência!.”ministrada pelos membros do CCN
manhã aconteceu a “II Exposição Afro-Brasileira” Negro Cosme e Coordenação da Igualdade Racial
com amostragem de trabalhos feitos por estudantes de Imperatriz - CEIRI ( Antônia Gisêuda Pereira da
das escolas públicas de Imperatriz, onde houve Costa e Doralice de Assunção Mota) e no turno
também um desfile afro para a escolha do/a noturno na UNISSULMA, com mesa redonda (com o
Garoto/a Afro-Estudantil Mirim, sendo que à noite foi doutor Carlos Benedito Rodrigues (UFMA),
professora Msc. Izaura Silva (UEMA/IFMA), e o feitos por estudantes das escolas públicas de
advogado Lula Almeida (UNISSULMA). No dia Imperatriz. No dia do encerramento desta semana,
seguinte, a programação constou duas palestras: à realizou-se uma panfletagem na Praça de Fátima e
tarde, integrantes do CCN e da CEIRI (Antônia ruas próximas.
Gisêuda Pereira da Costa e Doralice de Assunção
Mota, Eronilde dos Santos Cunha, Maria Luísa XI Semana Municipal de Consciência Negra (de 14 a
Rodrigues de Sousa) ministraram palestra no 19/11 de 2010) – Tema: Ano Internacional dos
auditório do IFMA e à noite, no auditório da UEMA, o Afrodescendentes: Lutas, Conquistas e Desafios do
professor geógrafo Vodunsi Neto de Azile discutiu o Povo Negro Brasileiro. A programação foi vasta e
tema “Direitos de quem é de axé: Contra a diversificada: Festival de Cinema “Curta Imagem
intolerância e pela liberdade religiosa”. No dia Negra” no Teatro Ferreira Gullar, com exibição de
seguinte aconteceu o “Dia D da Consciência Negra curta metragem criado por estudantes da escola
na UFMA”, coordenado pela professora Dra. Herli de estadual CE Edson Lobão; palestra no IFMA, sobre
Sousa Carvalho, juntamente com o Programa a temática da semana, ministrada por militantes do
Conexões de Saberes e o Projeto Alma, momento CCN e integrantes da CEIRI; palestra na UEMA,
em que houve vasta programação: apresentações com o professor Dr. Dernival Venâncio Ramos
artístico-culturais, palestras, debates, oficinas e (UFT); I Seminário de Ações Afirmativas da UFMA,
apresentação de trabalhos de pesquisa. No onde houve a palestra sobre “O Ano Internacional
penúltimo dia da programação aconteceu a “III dos Afrodescendentes: Um olhar sobre o
Exposição Afro-Brasileira” , na Praça da Cultura preconceito, a discriminação racial e os direitos
(manhã e tarde), com amostragem de trabalhos humanos do povo negro”, ministrada por Policarpo
Tchangai (de Togo/África); “IV Exposição Afro- do Vale. A programação constou de palestra,
Brasileira”, na Praça da Cultura (manhã e tarde), exibição de vídeo documentário sobre João do Vale,
com amostragem de trabalhos feitos por estudantes em diversas escolas e universidades, cujos
das escolas públicas de Imperatriz. No último dia, palestrantes foram: Paulo Roberto Riva Rodrigues
encerrou-se a programação com duas palestras Vale (filho de João do Vale) e sua esposa, a
simultâneas, à noite, nas escolas estaduais CE jornalista Maria Benedita Freire, além de
Dorgival Pinheiro de Sousa (com Doralice de apresentação musical com artistas locais com
Assunção Mota e Eronilde dos Santos Cunha – CCN repertório musical de João do Vale. Em cada noite
e CEIRI) e CE Estado de Goiás (com Antonia apresentava-se um cantor/intérprete diferente, sendo
Gisêuda Pereira da Costa, do CCN e CEIRI, e que na última houve também a apresentação do
professora Msc. Maristane de Sousa Rosa, do CCN grupo de dança Kizomba, com danças a partir do
e do NEAI/UEMA). repertório João do Vale.
Todas essas ações tornaram-se mais
Na semana de 13 de maio de 2009, de 11 a consistentes a partir da Lei 10.639/2003, que tornou
14 foi realizada a “Semana João do Vale: uma voz obrigatório o ensino de História e Cultua Afro-
que não pode calar”, quando foi homenageado o Brasileira e Africana no currículo escolar, o Centro
ilustre e saudoso poeta popular, cantor e compositor de Cultura Negra Negro Cosme passou a ser
maranhense João do Vale. A finalidade do evento foi referência regional ao dar suporte aos educadores,
promover a reflexão e o fortalecimento da identidade estudantes e Secretarias de Educação, bem como
negra em Imperatriz, através da reflexão e difusão reivindicando do poder público o comprometimento
da vida e obra do artista popular maranhense João com a implementação da lei. Nesse sentido, o
acervo bibliográfico da entidade, voltado à temática participação, como formador, Professor Doutor
afro-brasileira, foi disponibilizado à comunidade. O Paulino de Jesus Francisco Cardoso da
Centro de Cultura Negra, através de parcerias Universidade do Estado de Santa Catarina
realizou várias formações continuadas para (UDESC).
professores/as da rede pública, tanto municipal - Em 2009, o CCN Negro Cosme foi parceiro
quanto estadual, visando a implementação da da CEIRI (Coordenação da Educação da Igualdade
referida lei, como por exemplo,: Racial de Imperatriz) em uma formação continuada
- Em 2007, em parceria com a Faculdade de sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,
Educação Santa Terezinha (FEST), através da ministrada pelas integrantes desta coordenação
professora Herli de Sousa Carvalho, foi realizada (Antonia Gisêuda Pereira da Costa, Doralice de
uma formação continuada, que contemplou 60 Assunção Mota, Eronilde dos Santos Cunha e Maria
(sessenta) professores/as da rede estadual em Luísa Rodrigues de Sousa), da qual participaram
Imperatriz, onde a temática afro-brasileira foi 196 (cento e noventa e seis) professores/as da rede
trabalhada por meio de palestras, discussões, estadual de Imperatriz e região.
oficinas de dança e de máscaras, dentre outras - Em 2010, em parceria com a Secretaria
metodologias. Municipal de Educação de Imperatriz, foi realizada
- Em 2007, em parceria com a Secretaria uma formação continuada para os/as professores de
Municipal de Educação de Imperatriz, foi realizada História e Geografia da rede municipal de educação,
uma formação continuada dentro da referida a qual aconteceu inserida na semana pedagógica.
temática, da qual participaram 90 (noventa) O Centro de Cultura Negra Negro Cosme
professores/as da rede municipal, tendo a ilustre estimulou e reivindicou a criação de outros
organismos voltados para a temática étnico-racial. É Amadou, da Universidade Cheikh Anta Diop (Dakar,
o caso do NEAB/FEST (Núcleo de Estudos Afro- no Senegal), o qual ministrou palestra no auditório
Brasileiros da Faculdade de Educação Santa da UFMA, no dia 06 de setembro de 2011, foi
Teresinha); do NEAI/UEMA (Núcleo de Estudos abordada a temática “Um olhar imperdível sobre a
Afro-Indígenas da UEMA) e da CEIRI (Coordenação literatura africana”. O escritor internacional, com seu
da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz). jeito simples, encantou a todos/as que tiveram
Ressalta-se que a CEIRI tem uma ação que visa à contato com ele, mas também ficou maravilhado
implementação da Lei 10.639/03 (Ensino de História com a receptividade e com a cultura do Maranhão e
e Cultura Afro-Brasileira e Africana) nas escolas da prometeu voltar outras vezes.
rede estadual de ensino, tanto de Imperatriz, quanto Uma das ações fundamentais do CCN Negro
dos municípios da UREI (Unidade Regional de Cosme são as palestras nas escolas e comunidade.
Educação de Imperatriz). Após anos de As mesmas abordam temas direcionados à
reivindicação por parte desta entidade, a Secretaria valorização e respeito aos afrodescendentes e ao
Municipal de Educação de Imperatriz também criou, combate ao preconceito e discriminação racial.
no ano de 2012, uma coordenação voltada para a Inicialmente, apenas as escolas solicitavam
implementação da Lei 10.639/03. palestras, até mesmo em função da Lei 10.639/03.
Articulado internacionalmente, sobretudo Atualmente, essas palestras se estenderam a outros
através da militante e professora Msc. Maristane de setores da sociedade, como associações de bairros,
Sousa Rosa (UEMA), o CCN Negro Cosme, numa igrejas e até mesmo empresas privadas. Tudo isso é
espécie de intercâmbio, trouxe a Imperatriz, o fruto de um árduo trabalho desta entidade que
renomado professor de literatura, Dr. Ndoye El Hadji tornou visível a existência do preconceito e
discriminação raciais em Imperatriz e região, bem Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que
como a necessidade de combatê-los. você pode usar para mudar o mundo”
O Centro de Cultura Negra Negro Cosme de
Imperatriz, dentro das suas possibilidades tem 4.3 Educadores/as e personalidades da cidade de
apoiado grandes eventos relacionados à educação Imperatriz-MA
das relações etnicorraciais, a exemplo das ações
promovidas pela CEIRI (Coordenação da Educação Dentre os educadores imperatrizenses já é
da Igualdade Racial de Imperatriz) que já fazem perceptível práticas pedagógicas que revelam a
parte do calendário escolar anual das escolas necessidade de envolvimento da educação em
públicas, como por exemplo o Concurso de ações que primam o combate ao preconceito, à
Desenhos Afros, o Festival de Interpretação da discriminação, ao racismo e, a convivência
Música Negra, o Festival de Interpretação da harmônica entre os povos de diferentes culturas.
Literatura Negra (Poesia, conto e crônica) – Essa práticas já estão sendo difundidas nos
FESTIAFRO e a Exposição Afro-Brasileira na projetos didáticos e de pesquisa, exposições,
Semana Municipal de Consciência Negra. desfiles, que aos poucos estão sendo realizadas nas
Como se pode perceber, o Centro de Cultura escolas, praças e ruas da cidade de Imperatriz-MA,
Negra Negro Cosme tem suas ações mais voltadas divulgando e valorizando a cultura afrodescendente,
para o campo educacional, até mesmo pelo fato da afim de revelar a contribuição deste povo para a
maioria dos/as militantes ser composta por ascensão do Brasil, bem como gerar ações que
educadores/as, universitários e estudantes. Além do culminem em inclusão destes que desde a
mais, acredita-se na célebre frase de Nelson colonização foram colocados à margem da
sociedade e, continuam na luta pela igualdade e 4.3.1 HERLI DE SOUSA CARVALHO
representatividade da sua identidade.
Lopes (2008) descreve que em 1930 a luta Mulher, negra, livre e incentivadora das
contra o racismo começa a tomar corpo, quando na manifestações culturais de
cidade de São Paulo, identidades negras lutam pela raízes negras, nascida aos
valorização da multiculturalidade. E, buscando esta 13 de maio de 1964, na
valorização é que apresentamos alguns educadores
que abraçam esta luta e, se prontificaram a Foto: Veríssima Dilma cidade de Governador
socializar vivências pessoais e pedagógicas. Archer - MA, filha de família pobre, mãe lavandeira
Na pessoa destes educadores aqui citados de características indígenas e negras e pai agricultor
queremos homenagear a todos que praticam uma de cor clara e cabelo bastante ondulado. Viúva e
educação mais democrática na cidade de Imperatriz- mãe de dois filhos, desde pequena carrega na cor
MA. da pele e no tipo de cabelo os traços do povo negro.
Dos recortes de cenas de sua infância relata que
“pentear o cabelo era um desafio”, momento que
preanunciava os preconceitos e discriminações que
a sociedade lhe reservava e que a fariam olhar de
forma diferenciada para estas questões.
Na adolescência a discriminação surge com
maior intensidade relacionada à cor e condição
financeira “preta velha”, “negra do cabelo duro”,
“nossa, como você é cheirosa”, devido esta situação de Juventude na cidade de Imperatriz-MA. Casou-se
formulou para si algumas metas e comportamentos em 1988, teve dois filhos e separou-se em 1998.
como meio de sobrevivência social: andar sempre É pedagoga pela Universidade Federal do
com o cabelo amarrado ou com um lenço na cabeça. Maranhão, mestre em História Social pela
Estudar muito, ler muito, pois, já percebia que o Universidade Severino Sombra em Vassouras/RJ,
estudo seria o viés para a superioridade de sua trazendo reflexões sobre a “Construção da
auto-estima. Desde os nove anos de idade trabalhou Identidade Étnica Afro em Vassouras/RJ”, doutora
como faxineira em casa de família e, também lavava em Ciências da Educação pela Universidad Del
e passava roupas. Precisou morar em casas alheias Norte/UNINORTE em Assunção/PY abordando
durante dois anos para concluir os estudos e seus sobre a “Efetivação da Lei Nº 10.639/2003 nas
pais viam essa saída para outra família como Práticas Educativas em Imperatriz/MA” e doutoranda
possibilidade para aprender mais coisas, porque o em Saúde Pública pela Universidad Americana/PY
que sabiam já havia ensinado. pesquisando sobre “A Saúde das Mulheres
Durante seus estudos, sempre em escola Quilombolas das Comunidades de Cajueiro e
pública era destacada como a melhor aluna da sala, Itamatatiua em Alcântara – MA”.
melhor nota. Como não tinha condição financeira No ano de 1981 na cidade de Imperatriz,
para comprar os livros, pedia-os emprestado às inicia sua carreira de profissional, trabalhando como
amigas e, durante o fim de semana estudava em auxiliar de professora na rede privada. No ano
casa para entender os conteúdos que iam ser seguinte foi morar no Convento das Irmãs
trabalhados na semana. Na adolescência foi Beneditinas da Divina Providência na cidade de
vocacionada, catequista e jovem atuante na Pastoral Carolina - MA na condição de aspirante. No ano de
1983 retorna a Imperatriz e conclui o Magistério no para a implementação da Lei de Nº 10.639/2003, e,
Centro de Ensino Graça Aranha enquanto ministra a disciplina Educação e Diversidade
trabalhava na Escola Dom Marcelino. Sua vida de Cultural, e Educação das Relações Étnicas na
professora percorre todos os níveis da educação, UFMA.
desde o maternal ao mestrado, somando vinte e Como militante do Centro de Cultura Negra
nove anos dedicados à educação, trabalhando Negro Cosme - CCNNC, atua como secretária de
durante dezesseis anos na rede estadual como formação desde 2002. Já participou, de palestras
concursada na função de técnica pedagógica e na com pessoas de Senegal, Togo, Cabo Verde e
rede municipal como supervisora. Nigéria. Atualmente participa como avaliadora na
Durante este período foi coordenadora do Comissão de Validação de Cotas para pessoas
Núcleo de Educação, Pesquisa e Extensão (NEPE) negras. Coordenadora do Grupo de Pesquisa
de uma faculdade em Imperatriz, realizou Memórias, Diversidades e Identidades Culturais com
capacitação de professores com temáticas dos atividades de pesquisa e extensão no Projeto ALMA:
afrodescendentes, e, orientação de trabalhos Re)escrevendo as Histórias das Comunidades
científicos na área. Quilombolas em Alcântara - MA e pesquisadora da
Em 2009, foi aprovada no concurso para Comunidade Afrodescendente Kamba Cuá em
professores na Universidade Federal do Maranhão - Fernando de La Mora - PY.
UFMA. Na sua trajetória profissional participou de Suas experiências pessoais cultivadas nas
vários eventos que discutiam a temática afro, dentre relações intra e interpessoais, assim como as
eles cita-se aqui o 2º, 3º e 4º Congresso de profissionais, ratificam as informações que geram
Pesquisadores Negros, Capacitação de professores
conhecimentos e colaboram com o processo de 4.3.2 JORGE DINIZ DE OLIVEIRA
libertação pessoal e coletiva da população negra.
Professor, nasceu em Santa Rita povoado de
Alcântara-MA, logo após o
seu nascimento a sua mãe
mudou-se para o Bairro da
Madre de Deus em São
M
GRUPOS ÉTNICOS: uolofes, tucolores,
soninqueses,peúles
Moçambique (República de Moçambique) Q
LOCALIZAÇÃO: África oriental Quênia (República do Quênia)
GRUPOS ÉTNICOS: xonas, xanganes, senas, LOCALIZAÇÃO: África oriental
nianjas,macuas, macondes GRUPOS ÉTNICOS: kikuyu , luhya e luo
Mayotte (Dzaydzi)
R
N República Centro-Africana (Bangui)
LOCALIZAÇÃO: centro da África
Namíbia (República da Namíbia)
GRUPOS ÉTNICOS: bayas, bandas, bumbakas, azandes
LOCALIZAÇÃO: sudoeste africano
República Democrática do Congo (Kinshara)
GRUPOS ÉTNICOS: bosquímanos, hotentotes, namas,
LOCALIZAÇÃO: centro-oeste africano
banto
GRUPOS ÉTNICOS: bacongos, bateques, mbochis e
Nigéria (República Federal da Nigéria)
sangas, pigmeus e bosquímanos
LOCALIZAÇÃO: África ocidental
República do Congo (Brazzaville)
GRUPOS ÉTNICOS: hauçás, iorubas, ibos, peúles,
Ruanda (República Ruandesa)
ibibios, canuris, edos, twis
LOCALIZAÇÃO: centro-leste da África
Níger (República do Níger)
GRUPOS ÉTNICOS: hutus, tutsis, pigmeus tuas
LOCALIZAÇÃO: centro-oeste africano
GRUPOS ÉTNICOS: hauçás, songais, peúles
LOCALIZAÇÃO: sul da África
GRUPOS ÉTNICOS: suazis, zulus
S Sudão (República democrática do Sudão)
Saara Ocidental LOCALIZAÇÃO: centro-leste da África
LOCALIZAÇÃO: África Setentrional GRUPOS ÉTNICOS: dincas, nubsa, nuers, zandes
GRUPOS ÉTNICOS: Marroquinos e Sahrawis São Tomé e Príncipe (Ilhas de São Tomé e Príncipe)
Senegal (República do Senegal) LOCALIZAÇÃO: duas ilhas no golfo do Guiné
LOCALIZAÇÃO: África ocidental GRUPOS ÉTNICOS: angolares
GRUPOS ÉTNICOS: uolofes, peúles, sereres, mandingas,
diolas, tucolores
Serra Leoa (República da Serra Leoa) T
LOCALIZAÇÃO: África ocidental Tanzânia (República Unida da Tanzânia)
GRUPOS ÉTNICOS: Mendes, temnés LOCALIZAÇÃO: África oriental
Seychelles GRUPOS ÉTNICOS: sucumas, chagas, macondes, haias,
LOCALIZAÇÃO: oceano índico ocidental massais
GRUPOS ÉTNICOS: Africano, francesa, indiana, chinesa Togo (República Togolesa)
Somália (República Somaliana) LOCALIZAÇÃO: África ocidental
LOCALIZAÇÃO: chifre da África, nordeste do continente GRUPOS ÉTNICOS: euês, cabiês, uatis, cotocolis, lambas
africano Tunísia (República Tunísia)
GRUPOS ÉTNICOS: somalis LOCALIZAÇÃO: beira do Mar Mediterrâneo
Suazilândia (Reino da Suazilândia) GRUPOS ÉTNICOS: Árabe-berbere e europeu
U
Uganda (República do Uganda)
LOCALIZAÇÃO: África oriental
GRUPOS ÉTNICOS: gandas, tesos, sogas, niancoles,
acholis, nioros, ruandas
6
Z SUGESTÕES DE ATIVIDADES DIDÁTICAS
TÍTULO: Conhecendo a cultura afro Leitura de textos informativos que falem sobre o
conteúdo selecionado para cada equipe.
DISCIPLINAS: Geografia; Ciências; História; Língua Recorte de gravuras ou desenhos que retratem o
OBJETIVOS: Desenvolver o hábito de leitura, escrita e AVALIAÇÃO: Exposição oral do resultado da pesquisa.
pesquisa. Conhecer a cultura afro brasileira. Organização do painel com os dados da pesquisa.
Projeto 2 Manuseio dos livros paradidáticos dos contos
selecionados
TEMA: África Leitura coletiva e dramatizada dos contos.
Recorte de gravuras ou desenhos que reportam o
TÍTULO: A literatura infantil nos contos e lendas assunto em estudo.
africanas Montagem de um painel com os personagens dos
contos lidos que será exposto no mural da escola.
DISCIPLINAS: Língua Portuguesa; Artes Desenhar cenas dos contos e escrever frases sobre
os personagens principais
ANO/SÉRIE: 1º ano/ Alfabetização
METODOLOGIA:
Apresentar os contos selecionados a partir de
gravuras
Projeto 3
MATEMÁTICA
Sistema
Monetário
TEMA: África LÍNGUA
GEOGRAFIA
PORTUGUESA
Localização Idiomas
TÍTULO: A história da cultura africana
CULTURA CIÊNCIAS
DISCIPLINAS: Matemática, Literatura, Educação HISTÓRIA
DA
Artística, História, Ciências, Geografia, Língua Origem e Alimentação
ÁFRICA
tradições
Portuguesa, Ética
OBJETIVOS: Conhecer a história dos personagens AVALIAÇÃO: Organização grupal para as atividades
negros no Brasil. Resgatar a memória e formação cultural. Exposição oral do resultado da pesquisa.
Perceber as contribuições histórico-sociais dos negros no Organização da apresentação artística
Projeto 5 O professor de cada disciplina trabalhará a temática
referente à cultura africana buscando convergir
TEMA: África interdisciplinarmente as atividades conforme sugestões
abaixo, podendo ser desenvolvidas através de aulas
TÍTULO: Vivenciando a Cultura africana expositivas, estudos, pesquisas, debates, passeios,
dinâmicas, filmes, músicas, palestras e exposições.
DISCIPLINAS: Interdisciplinar
DISCIPLINA
Artes Manifestações culturais (moda, adereços,
ANO/SÉRIE: 1º ao 5º ano/ alfabetização à 4ª série música, máscaras, jogos, pinturas).
Danças de origem africana
Produção de vídeos
Pinturas em telas.
CONTEÚDO: Conhecimentos relativos à matriz de Símbolos africanos
cultura africana. Ciências A beleza do afro descendente
A pele negra
Cuidado com a saúde negra (propensão às
doenças associadas)
OBJETIVOS: Promover o diálogo entre educador e Educação Física Atletas negros
educandos. Compreender as diferenças entre os indivíduos Filosofia Racismo, Preconceito e Discriminação
Promover a construção de conhecimentos, habilidades e Mitos da cultura africana
Geografia Continente africano através dos mapas
competências com Incentivar as práticas das relações O fenômeno social preconceito
Contribuições histórico-sociais dos negros
interpessoais não discriminatórias e éticas. História Diáspora negra
Identidade e auto estima
Cenário econômico, social e político do
negro
METODOLOGIA:
Inglês Idiomas e dialetos dos países africanos
Músicas como Reggae, Hip-Hop,
Língua Leitura de livros, poemas e biografias. 6.2 Filmes
Portuguesa/Literatura Produções textuais literárias
papel, cartolinas, aparelho de TV e DVD, Computadores A massai branca. Ano 2005. Direção: Hermine
considerando o envolvimento, mudanças de posturas em As montanhas da lua. Ano 1989. Direção: Bob
BRASIL. Constituição da República Federativa do ______. Educação das relações étnicos raciais: ensino
Brasil. 10. Ed. São Paulo: Rideel, 2004. de história e cultura afro-brasileira e africana. Ensino
fundamental I. São Paulo; Suplegraf, 2010.
BRASIL. Estatuto da igualdade racial. Brasília:
LOPES, Nei. História e cultura africana e afro-
Senado Federal, Subsecretaria de Edições brasileira. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
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BUENO, Silveira. Mini dicionário da língua São Paulo: Selo Negro, 2004.
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MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. O negro
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