As diretrizes propostas pela Área Técnica de Saúde da Criança e que direcionam
as ações voltadas à saúde integral das crianças em nossa Rede de Atenção Básica têm como base à “Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil”, do Ministério da Saúde. A população infantil do Município, do nascimento até os 11 anos de idade, é de 48.886, o que corresponde a aproximadamente 20% da população da cidade de Embu das Artes. (Fonte IBGE 2012). O principal objetivo do Programa é definir ações que garantam o atendimento da criança, visando principalmente: Diminuição do índice de mortalidade infantil; Incentivo ao Aleitamento Materno; Acompanhamento adequado do crescimento e desenvolvimento infantil; Imunização adequada; Acompanhamento adequado para as crianças com patologias de risco, tais como: recém-nascidos em situação de risco, portadores de patologias respiratórias, desnutrição, sobrepeso, obesidade e anemia; Promoção e prevenção de saúde.
Ações e Compromissos das Unidades Básicas de Saúde:
Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-nascido; Realização de Triagem Neonatal; Promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno; Qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; Incentivo a alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil; Combate à desnutrição e anemias carenciais; Imunização adequada; Atenção a doenças prevalentes; Atenção à Saúde Bucal; Atenção à Saúde Mental; Prevenção de acidentes, maus-tratos, violência e trabalho infantil. Programas e Projetos que estão sendo desenvolvidos pela Área Técnica de Saúde da Criança: Atendimento de Enfermagem Mãe/Bebê
O primeiro atendimento ao recém-nascido e a puérpera nas Unidades Básicas
deve ser realizado pela equipe de enfermagem, preferencialmente na primeira semana de vida ou no máximo até o décimo dia de vida da criança, como estratégia de atenção à mãe e ao bebê, fundamental para a diminuição da morbidade e mortalidade materno- infantil. Este período é especial e de maior vulnerabilidade na vida da mulher e da criança. O pós-parto é um momento de cuidado especial e os serviços de saúde estão organizados para garantir esse atendimento de forma prioritária. Programa Bolsa Família O Setor Saúde tem o compromisso de garantir as ações básicas de saúde consideradas como condicionalidades a serem cumpridas pelas famílias beneficiárias pelo Programa Bolsa Família, ou seja, garantir o pré-natal, a vacinação, o acompanhamento do crescimento por meio da vigilância alimentar e nutricional e atividades de educação em saúde.
As 16 Unidades Básicas de Saúde do Município acompanham as mulheres em
idade fértil, gestantes e crianças pertencentes às famílias beneficiadas pelo Programa nos 2 semestres do ano. Programa de Vigilância de Violência e Maus Tratos na Infância
Desde o ano de 2002 as Unidades Básicas de Saúde do Município utilizam a
Ficha de Notificação de Suspeita ou Confirmação de Maus-Tratos contra a Criança e o Adolescente, que deve ser preenchida por profissionais das Unidades de Saúde e encaminhada para o Conselho Tutelar e o setor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem a toda criança e adolescente com absoluta prioridade, a efetivação de direitos fundamentais, assegurando-lhes a primazia em receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias. O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, dos seus direitos fundamentais”. A violência contra criança e adolescentes se dá através de agressões físicas, agressões psicológicas, maus tratos, negligência, abandono, abuso sexual e exploração sexual. Todas as crianças e adolescentes vitimizados demandam atendimento e proteção. Quando a violência ou suspeita for detectada pela família, escola, comunidade ou serviço de saúde, deve ser notificado o Conselho Tutelar e a Unidade de Saúde de referência, para que sejam tomadas as medidas pertinentes, que garantam a proteção à criança e adolescente, seu acompanhamento médico e psicológico, assim como as medidas jurídicas cabíveis.