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ESTUDO DE IMPACTO

AMBIENTAL

“ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) REFERENTE A


CONSTRUÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO PRIVADO
NO MUNICÍPIO DE SANTA RITA - PB”

ATERRO SANITÁRIO LARA (ASL)

JOÃO PESSOA - PARAÍBA


JULHO DE 2019
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
(EIA)

VOLUME IV

Capítulo 6 – 7 – 8 – 9 – 10 – 11

Proposição de Medidas Mitigadoras – Programas


Ambientais – Recuperação Ambiental e Plano de
Encerramento – Síntese Conclusiva – Bibliografia
Pesquisada.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 6.1. MATRIZ DE LEOPOLD – ATERRO SANITÁRIO DE SANTA RITA. ............................12


FIGURA 6.2. MEMÓRIA DE CÁLCULO – FASE DE PLANEJAMENTO/INSTALAÇÃO. .....................13
FIGURA 6.3. MEMÓRIA DE CÁLCULO – FASE DE INSTALAÇÃO/OPERAÇÃO. .............................14
FIGURA 6.4. MEMÓRIA DE CÁLCULO – FASE DE OPERAÇÃO....................................................15
FIGURA 6.5. MEMÓRIA DE CÁLCULO – FASE DE OPERAÇÃO/FECHAMENTO. ............................16
FIGURA 7.1. LAYOUT PROJETO PAISAGÍSTICO ÁREA TOTAL DA ET. .........................................95
FIGURA 7.2. DETALHE PAISAGISMO DA ÁREA DA GUARITA. ....................................................96
FIGURA 7.3. ÁREA DO BLOCO ADMINISTRATIVO E ESTACIONAMENTO.....................................97
FIGURA 7.4. DETALHAMENTO DA ÁREA DO BLOCO ADMINISTRATIVO E ESTACIONAMENTO. ...98
FIGURA 7.5. ÁREA DO GALPÃO DE MANUTENÇÃO. ..................................................................99
FIGURA 7.6. DETALHE DA ÁREA DO GALPÃO DE MANUTENÇÃO. ...........................................100
FIGURA 9.1. SIMULAÇÃO DO ASPECTO PAISAGÍSTICO DA ÁREA DO ASL APÓS O
ENCERRAMENTO E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL, TRANSFORMANDO-A EM PARQUE RURAL
DESTINADO A VISITAÇÃO, COM ATIVIDADE DE LAZER E CIENTÍFICAS. .............................134
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 6.1. QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS POR FASE. .....................................................62


GRÁFICO 6.2. QUANTIFICAÇÃO TOTAL DOS IMPACTOS. .........................................................63
LISTA DE QUADROS

QUADRO 6.1. TOPOGRAFIA. ....................................................................................................17


QUADRO 6.2. EROSÃO DO SOLO. .............................................................................................18
QUADRO 6.3. EROSÃO DO SOLO. .............................................................................................19
QUADRO 6.4. MOVIMENTAÇÃO DE MASSA. ............................................................................20
QUADRO 6.5. MUDANÇA NA PAISAGEM NATURAL. ................................................................21
QUADRO 6.6. AUMENTO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO. .........................................22
QUADRO 6.7. QUALIDADE DO SOLO. .......................................................................................23
QUADRO 6.8. DRENAGEM. ......................................................................................................24
QUADRO 6.9. ASSOREAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS............................................................25
QUADRO 6.10. RECARGA DOS AQUÍFEROS. .............................................................................25
QUADRO 6.11. AUMENTO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA. .......................................26
QUADRO 6.12. QUALIDADE DA ÁGUA. ....................................................................................27
QUADRO 6.13. NÍVEL DE RUÍDO. ............................................................................................28
QUADRO 6.14. MATERIAL PARTICULADO – AUMENTO DAS EMISSÕES VEICULARES. .............29
QUADRO 6.15. MICROCLIMA...................................................................................................30
QUADRO 6.16. ODORES E VAPORES. .......................................................................................31
QUADRO 6.17. QUALIDADE DO AR. ........................................................................................32
QUADRO 6.18. FLORA TERRESTRE. .........................................................................................33
QUADRO 6.19. ORNITOFAUNA TERRESTRE. ............................................................................34
QUADRO 6.20. MAMÍFEROS. ...................................................................................................35
QUADRO 6.21. HERPETOFAUNA. .............................................................................................36
QUADRO 6.22. VALORES PAISAGÍSTICOS. ...............................................................................38
QUADRO 6.23. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. ...........................................................................39
QUADRO 6.24. NÍVEL DE ENTENDIMENTO. .............................................................................40
QUADRO 6.25. ALTERAÇÃO DA ROTINA DA POPULAÇÃO. .......................................................41
QUADRO 6.26. RISCO DE AUMENTO DE DOENÇAS. .................................................................41
QUADRO 6.27. GERAÇÃO DE EXPECTATIVAS. .........................................................................43
QUADRO 6.28. NÍVEL DE EMPREGO ESPECIALIZADO. .............................................................44
QUADRO 6.29. NÍVEL DE RENDA. ...........................................................................................45
QUADRO 6.30. OPINIÃO PÚBLICA. ..........................................................................................47
QUADRO 6.31. SEGURANÇA PÚBLICA. ....................................................................................47
QUADRO 6.32. QUALIDADE DE VIDA. .....................................................................................48
QUADRO 6.33. DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA REGIONAL. ......................................................49
QUADRO 6.34. SETOR SECUNDÁRIO. .......................................................................................50
QUADRO 6.35. AUMENTO DA ARRECADAÇÃO DOS TRIBUTOS. .................................................51
QUADRO 6.36. ATIVIDADES TERCEIRIZADAS. .........................................................................53
QUADRO 6.37. SERVIÇOS PÚBLICOS........................................................................................54
QUADRO 6.38. TRANSPORTE RODOVIÁRIO..............................................................................55
QUADRO 6.39. SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES. .................................................................55
QUADRO 6.40. SANEAMENTO BÁSICO. ....................................................................................56
QUADRO 6.41. EDUCAÇÃO. .....................................................................................................57
QUADRO 6.42. COMUNIDADE TRADICIONAL. ..........................................................................58
QUADRO 6.43. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. ..............................................................................59
QUADRO 6.44. PATRIMÔNIO MATERIAL. .................................................................................59
QUADRO 6.45.PATRIMÔNIO IMATERIAL. .................................................................................60
LISTA DE TABELAS

TABELA 6.1. ÍNDICES DE VALORAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS. ........................................6


TABELA 6.2. VALORES QUALITATIVOS DO GRAU DE IMPACTO..................................................7
SUMÁRIO

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBINETAIS ................................................................................ 1


6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................................... 2
6.1. PREMISSAS E METODOLOGIA APLICADA................................................................... 2
6.2. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................. 7
6.2.1. Fases do Projeto............................................................................................................ 8
6.2.2. Componentes Ambientais .............................................................................................. 9
6.2.2.1. Meio Físico................................................................................................................ 9
6.2.2.2. Meio Biótico............................................................................................................ 10
6.2.2.3. Meio Antrópico ....................................................................................................... 10
6.3. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS..................................................................... 17
6.3.1. Meio Físico.................................................................................................................. 17
6.3.1.1. Topografia ............................................................................................................... 17
6.3.1.2. Pedologia ................................................................................................................. 18
6.3.1.3. Sedimentologia ........................................................................................................ 19
6.3.1.4. Geotecnia................................................................................................................. 20
6.3.1.5. Paisagem.................................................................................................................. 21
6.3.1.6. Geologia .................................................................................................................. 22
6.3.1.7. Uso E Ocupação Do Solo ........................................................................................ 23
6.3.1.8. Rede De Drenagem Natural .................................................................................... 24
6.3.1.9. Hidrologia................................................................................................................ 25
6.3.1.10. Hidrogeologia .......................................................................................................... 25
6.3.1.11. Água Superficial ...................................................................................................... 26
6.3.1.12. Água Subterrânea .................................................................................................... 26
6.3.1.13. Ar - Ruído................................................................................................................ 27
6.3.1.14. Ar – Poeira Fugitiva ................................................................................................ 28
6.3.1.15. Gases De Combustão De Díesel .............................................................................. 29
6.3.1.16. Ar – Gases Do Aterro .............................................................................................. 30
6.3.1.17. Microclima .............................................................................................................. 31
6.3.2. Meio Biótico ................................................................................................................ 32
6.3.2.1. Flora Terrestre ......................................................................................................... 32
6.3.2.2. Ornitofauna Terrestre .............................................................................................. 34
6.3.2.3. Mamíferos Terrestres .............................................................................................. 35
6.3.2.4. Herpetofauna ........................................................................................................... 36
6.3.3. Meio Antrópico............................................................................................................ 37
6.3.3.1. Valores Paisagísticos ............................................................................................... 37
6.3.3.2. Uso E Ocupação Do Solo ........................................................................................ 38
6.3.3.3. Nível De Entendimento ........................................................................................... 40
6.3.3.4. Alteração Da Rotina Da População ......................................................................... 40
6.3.3.5. Risco de Aumento de Doenças ................................................................................ 41
6.3.3.6. Geração De Expectativas......................................................................................... 42
6.3.3.7. Nível De Emprego - Especializado ......................................................................... 43
6.3.3.8. Nível De Renda ....................................................................................................... 45
6.3.3.9. Opinião Pública ....................................................................................................... 46
6.3.3.10. Segurança Pública ................................................................................................... 47
6.3.3.11. Qualidade De Vida .................................................................................................. 48
6.3.3.12. Dinamização Da Economia Regional...................................................................... 48
6.3.3.13. Setor Secundário ..................................................................................................... 49
6.3.3.14. Aumento Da Arrecadação De Tributo..................................................................... 50
6.3.3.15. Atividades Terceirizadas ......................................................................................... 52
6.3.3.16. Serviços Públicos .................................................................................................... 53
6.3.3.17. Transporte Rodoviário............................................................................................. 54
6.3.3.18. Sistema De Telecomunicações ................................................................................ 55
6.3.3.19. Saneamento Básico ................................................................................................. 56
6.3.3.20. Educação ................................................................................................................. 57
6.3.3.21. Comunidade Tradicional ......................................................................................... 57
6.3.3.22. Educação Patrimonial .............................................................................................. 58
6.3.3.23. Patrimônio Material................................................................................................. 59
6.3.3.24. Patrimônio Imaterial ................................................................................................ 60
6.4. QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................................... 61
6.5. AVALIAÇÃO PONDERAL DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................ 63
PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS ............................................................................. 68
7. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS ................................................................. 69
7.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS............................................................................................. 69
7.2. MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL ...................................................................... 70
7.2.1. Componente Impactante: Limpeza de Terreno e Desmatamento................................ 70
7.2.1.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 70
7.2.2. Componente Impactante: Implantação do Sistema viário .......................................... 70
7.2.2.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 70
7.2.3. Componente Impactante: Instalação e Funcionamento do Canteiro de Obras .......... 71
7.2.3.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 71
7.2.4. Componente Impactante: Escavação, Carregamento e Transporte do Solo .............. 72
7.2.4.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 72
7.2.5. Componente Impactante: Instalação e Funcionamento do Aterro ............................. 73
7.2.5.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 73
7.2.6. Componente Impactante: Utilização no Aterramento do Sedimento Estocado .......... 74
7.2.6.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 74
7.2.7. Utilização e Manutenção de Equipamentos Pesados .................................................. 75
7.2.7.1. Medida Mitigadora .................................................................................................. 75
7.3. MEDIDAS EM RELAÇÃO ÀS ETAPAS E INDICADORES AMBIENTAIS .................. 76
7.3.1. Medidas na Etapa de Instalação do Empreendimento ................................................ 76
7.3.1.1. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Físico .............................................. 76
7.3.1.1.1. Meio Terrestre..................................................................................................... 76
7.3.1.1.2. Meio Aquático .................................................................................................... 78
7.3.1.1.3. Meio Atmosférico ............................................................................................... 78
7.3.1.2. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Biótico ............................................ 79
7.3.1.2.1. Flora .................................................................................................................... 79
7.3.1.2.2. Fauna................................................................................................................... 79
7.3.1.3. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Antrópico ....................................... 80
7.3.2. Medidas de Controle na Etapa de Operacional do Empreendimento......................... 80
7.3.2.1. Meio Físico.............................................................................................................. 80
7.3.2.1.1. Meio Terrestre..................................................................................................... 80
7.3.2.1.2. Meio Aquático .................................................................................................... 81
7.3.2.1.3. Meio Atmosférico ............................................................................................... 81
7.3.2.2. Meio Biótico............................................................................................................ 82
7.3.2.2.1. Flora .................................................................................................................... 82
7.3.2.2.2. Fauna................................................................................................................... 82
7.3.2.3. Meio Antrópico ....................................................................................................... 84
7.4. MONITORAMENTO AMBIENTAL E PLANOS EMERGENCIAIS ............................... 85
7.4.1. Monitoramento da Água Subterrânea ......................................................................... 86
7.4.2. Monitoramento da Água Superficial ........................................................................... 86
7.4.3. Monitoramento do Solo ............................................................................................... 87
7.4.4. Monitoramento do Ar .................................................................................................. 87
7.4.5. Monitoramento da Flora e Fauna ............................................................................... 88
7.4.6. Monitoramento do Tráfego ......................................................................................... 88
7.4.7. Monitoramento do Ruído Ambiental ........................................................................... 89
7.4.8. Monitoramento dos Procedimentos Operacionais ...................................................... 89
7.5. PROPOSIÇÃO DAS MEDIDAS COMPLEMENTARES .................................................. 90
7.5.1. Considerações Gerais ................................................................................................. 90
7.5.2. Implantação do Viveiro de Mudas de Espécies Nativas ............................................. 90
7.5.2.1. Objetivos e Estratégias ............................................................................................ 90
7.5.2.2. Tipo de Viveiro, Dimensões e Compartimentação da Área .................................... 91
7.5.2.3. Produção e Destinação das Mudas .......................................................................... 91
7.5.2.4. Definição de Espécies ............................................................................................. 92
7.5.3. Adensamento da Vegetação da Reserva Legal............................................................ 92
7.5.4. Implantação do Cinturão Arbóreo .............................................................................. 93
7.5.5. Projeto de Paisagismo ................................................................................................ 94
PROGRAMAS AMBIENTAIS ........................................................................................................ 101
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS .............................................................................................. 102
8.1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ..................... 102
8.2. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS ....................... 102
8.3. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS EFLUENTES ........... 107
8.3.1. Programa de Monitoramento da Estação de Tratamento de Chorume –ETC .......... 107
8.3.2. Manutenção e Operação ........................................................................................... 108
8.4. PROGRAMAS AMBIENTAIS PARA FAUNA E FLORA ............................................. 108
8.4.1. Programa Recuperação e Preservação da Flora ..................................................... 108
8.4.2. Programa de Resgate e Relocação da Fauna ........................................................... 109
8.4.3. Programa de Controle de Vetores e Enfermidades................................................... 110
8.5. PROGRAMA DE CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS...................... 110
8.6. PROGRAMA DE UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ............... 111
8.7. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................... 111
8.7.1. Público Alvo .............................................................................................................. 112
8.7.2. Metodologia .............................................................................................................. 113
8.7.3. Educação Ambiental e Conscientização do Público Interno .................................... 115
8.8. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ................................................................ 116
8.8.1. Objetivos.................................................................................................................... 117
8.8.1.1. Objetivos específicos............................................................................................. 117
8.8.2. Etapas ........................................................................................................................ 118
8.9. PROGRAMA DE REUSO/RECICLAGEM DE RESÍDUOS ........................................... 118
8.10. PROGRAMA DE RECOMPOSIÇÃO DA ÁREA DO BOTA-FORA.............................. 119
8.11. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................... 119
8.12. ROGRAMA DE CONTROLE DA QUALIDADE DO AR .............................................. 122
8.13. PROGRAMA DE MONITORAMENTO GEOTÉCNICO ............................................... 122
8.13.1. Programa de Monitoramento das células ................................................................. 124
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E PLANO DE ENCERRAMENTO .......................................... 130
9. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E PLANO DE ENCERRAMENTO ............................. 131
9.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................................... 131
9.2. DADOS TÉCNICOS ......................................................................................................... 132
9.2.1. Levantamentos Planialtimétricos .............................................................................. 132
9.2.2. Isolamento da Área ................................................................................................... 132
9.2.3. Adequação das Declividades..................................................................................... 133
9.2.4. Manutenção do Sistema de Drenagem das Águas Pluviais ...................................... 133
9.2.5. Recomposição Florística ........................................................................................... 133
9.3. SIMULAÇÃO DA ÁREA RECUPERADA ..................................................................... 133
SÍNTESE CONCLUSIVA ................................................................................................................ 135
10. SÍNTESE CONCLUSIVA .................................................................................................. 136
10.1. SOBRE O EMPREENDEDOR E O PROJETO ................................................................ 136
10.2. SOBRE O ASPECTO ECOLÓGICO ................................................................................ 136
10.3. SOBRE A CONCEPÇÃO DO PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO ........................... 137
10.4. SOBRE AS MEDIDAS, PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS ............................. 138
10.5. SOBRE A VIABILIDADE AMBIENTAL DO ASL ........................................................ 138
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA .................................................................................................... 139
11. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 140
ANEXOS ........................................................................................................................................... 145
Capítulo 6

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBINETAIS


6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

6.1. PREMISSAS E METODOLOGIA APLICADA

A Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986 estabelece a


metodologia e os parâmetros específicos para que se possa identificar, avaliar, e analisar os
impactos ambientais, para proposição de respectivas medidas mitigadoras.
Em observância ao estabelecido, na avaliação ambiental do ASL, partiu-se
das seguintes premissas básicas:
- Constitui um projeto de aterro sanitário privado.
- A “ADA” e a ‘AID” já se encontram antropizadas.
- A preexistência da infraestrutura necessária ao funcionamento do aterro
sanitário (rodovias – vias terraplenadas – terreno rural próprio – energia – água).
- Foi projetado para a recepção de “resíduos da triagem do RSU” do
Município de Santa Rita/PB.
- Não estão contemplados na presente análise ambiental, os
procedimentos de “triagem – reciclagem – compostagem” nas operações do ASL, apenas de
recepção de cargas de resíduos já triados e separados previamente, para destinação final
direta nas células. Pressupõe-se dessa forma, que o Gestor Municipal se responsabilizará
pela implantação de “Galpão de Transbordo do RSU de Santa Rita/PB”, para atuação da
“Associação Municipal dos Recicladores” na triagem e condicionamento provisório dos
resíduos desta operação, possibilitando o transporte até as frentes de aterramento, ou
terceirizará tal atividade.
- Não está contemplada na presente análise ambiental, a recepção de
outros resíduos no ASL (de serviços de saúde / industriais / de construção civil / de poda),
mas somente dos resíduos provenientes da prévia triagem de RSU.

A partir do estabelecimento dos parâmetros básicos, sobre os quais o


projeto do ASL foi planejado e quantificado, infere-se os impactos manifestáveis no
preenchimento da matriz, onde são dispostos de forma a possibilitar a ponderação dos
fatores de causa-efeito, quantificando-se essa interação.

2
Através de quadros que permitem a entrada de dados, relacionando as
ações impactantes do projeto sobre no meio natural e social, promove-se a quantificação dos
impactos quanto aos diferentes atributos avaliados por equipe multidisciplinar.
Assim, no método matricial, busca-se a demonstração visual e numérica
dos quantitativos destes impactos, sendo a Matriz de Leopold uma das mais utilizadas, por
permitir correlacionar, de forma direta e ilustrativa, ações impactantes do projeto com os
componentes ambientais (ROCHA, 1997).
Portanto, nesse capítulo, serão identificados, caracterizados e valorados os
impactos ambientais (positivos e negativos) decorrentes de todas as atividades relacionadas
às fases de implantação e operação do ASL.
Para avaliação dos impactos ambientais, a metodologia empregada levou
em conta as etapas a seguir:
1. Identificação e listagem das ações impactantes do projeto;
2. Valoração das potenciais manifestações (impactos adversos e impactos benéficos)
do empreendimento sobre os meios físico, biótico e antrópico, correlacionando-os com as
fases do projeto;
3. Avaliação do caráter do impacto: (positivo ou negativo), sua relação (direta ou
indireta), sua magnitude (pequena, média ou grande), sua importância; sua escala temporal
(imediato, médio ou longo), sua escala espacial (local ou regional), e seu grau de
reversibilidade (irreversível ou reversível). Cada um desses itens da etapa recebe uma
pontuação que será utilizado para valorar os impactos positivos e negativos do
empreendimento.
4. Avaliação do grau de significância do impacto para alguns itens avaliados
(análise ecossistêmica) que identifica se o impacto é prioritário do ponto de vista de ações
para o gerenciamento ambiental do empreendimento,
5. Confecção de uma matriz (Matriz de Leopold) de impactos que gera a integração
dos dados e sua pontuação, de modo que os resultados identifiquem quais são os atributos
mais vulneráveis nos meios físico, biótico e antrópico durante a fase de planejamento,
instalação, operação e fechamento do aterro sanitário.

3
Para atribuição dos valores na matriz, cada indicador recebe os conceitos,
segundo o “Manual de Avaliações dos Impactos Ambientais”, editado em 1988. Na tabela a
seguir, estão listados os critérios de valoração da matriz de impactos com seus respectivos
conceitos:

1. Caráter (Ca): Exprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

 Positivo (1): Quando o impacto de uma determinada ação for benéfico;


 Neutro (0): Impacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do
mesmo;
 Negativo (-1): Quando o impacto de uma determinada ação for adverso.

2. Relação (Re): Indica a fonte do impacto.

 Direta (2): Decorre de ações praticadas pelo empreendedor;


 Indireta (1): Decorre de um impacto direto do projeto em análise.

3. Magnitude (Ma): Exprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual


que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

 Pequena (1): De magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental;


 Média (2): De magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a
característica ambiental considerada;
 Grande (3): De magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica
ambiental considerada.

4. Importância (Im): Indica a importância ou significância do impacto em relação à sua


interferência no meio.

 Não Significativa (1): De intensidade não significativa, com interferência não


implicando em alteração da qualidade de vida;
 Moderada (2): Intensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando
adversa, ou refletindo na melhoria de qualidade de vida, quando benéfica;

4
 Significativa (3): Intensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida,
quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

5. Escala Temporal (Et): Estabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência


espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

 Imediato (1): Ocorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera;


 Média (2): Ocorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera;
 Longo (3): Ocorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

6. Escala Espacial (Ee): Estabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência


espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

 Local (1): Quando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas
imediações;
 Regional (2): Quando o efeito gerado se propaga para além da área de influência
direta ou entorno mais próximo da ação impactante.

7. Reversibilidade (Rv): Indica a capacidade de regeneração do ambiente após ser


impactado.

 Reversível (1): Quando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a
cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas,
 Irreversível (2): Quando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser
reestabelecido.

A Tabela 1 mostrada a seguir, sintetiza o contexto de avaliação de cada


impacto identificado, quanto ao “atributo”, ao “parâmetro de avaliação” e à “valoração”.

5
Tabela 6.1. Índices de Valoração dos Impactos Ambientais.

ATRIBUTO PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO VALORAÇÃO

Positivo 1
Caráter (Ca) Negativo -1
Neutro 0
Direta 2
Relação (Re)
Indireta 1
Pequena 1
Magnitude (Ma) Média 2
Grande 3
Não Significativa 1
Importância (Im) Moderada 2
Significativa 3
Imediato 3
Escala Temporal (Et) Médio 2
Longo 1
Local 1
Escala Espacial (Ee)
Regional 2
Reversível 1
Reversibilidade (Rv)
Irreversível 2
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Utilizando a ferramenta Excel para fazer uma listagem bidimensional da


Matriz de Leopold, correlacionando-se os Componentes Ambientais (X) com as Fases e
Procedimentos Específicos do Projeto (Y), é possível fazer o cruzamento dos eixos das
ordenadas (X) com as abcissas (Y).
A partir desta relação, valora-se o grau do impacto de cada componente,
através da seguinte fórmula:

Grau de Impacto (GI) = Ca x (Re + Ma + Im + Et + Ee + Rv)


Ao final, obtém-se o resultado ilustrado na Tabela 2.

6
Tabela 6.2. Valores qualitativos do Grau de Impacto.

Valores maior que zero Positivo

Valores menor que zero Negativo

Valores igual a zero Neutro

Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Portanto, de acordo com o método da Matriz de Leopold, usando o


programa Excel, no cruzamento dos eixos das ordenadas (x) e abscissas (y), ou correlação da
causa com o efeito, cria-se o valor total dos impactos, evidenciado por cores na matriz de
acordo com sua expressão.

6.2.DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A matriz (Figura 01) demonstra os benefícios e as adversidades na forma


de imagem quantitativa integrada da transformação ambiental prognosticada, constante das
conjunturas atual e visão de futuro dos meios estudados com relação à implantação do
empreendimento. Com o cruzamento de cada impacto (negativo, positivo ou neutro),
elabora-se então a descrição de cada um deles e seu efeito sobre os meios.
Em síntese, esse instrumento fornece à avaliação ambiental, junto com o
conhecimento já consolidado, as seguintes facilidades analíticas:

 Caracterização dos impactos benéficos e adversos, em especial dos relevantes,


decorrentes da manifestação de atividades transformadoras, apontando os respectivos
eventos responsáveis e os processos de oportunidades e ameaças ambientais deles
derivados;
 Definição das ações específicas de monitoramento e controle ambiental dos impactos
adversos, como também de se realçar a relevância dos impactos benéficos
manifestáveis, considerando as conjunturas “atual e tendencial”.

Nas linhas da matriz apresentada, destaca-se separadamente as 04 (quatro)


fases do projeto da ET: (1) Planejamento; (2) Instalação; (3) Operação; e (4) Fechamento.

7
Em cada fase prevista, lista-se a sequência de ações impactantes, que possivelmente
induzirão manifestações de impactos sobre o meio ambiente, a saber:
Assim, padronizando-se as informações, destaca-se os componentes
impactantes do projeto do ASL, como mostrado a seguir:

6.2.1. Fases do Projeto

- Fase 1: Procedimentos Iniciais


. Linha Y1: Levantamento de campo e estudos preliminares;
. Linha Y2: Elaboração de projetos;
. Linha Y3: Aquisição do terreno.

- Fase 2: Instalação
. Linha Y4: Instalação e funcionamento do canteiro de obras;
. Linha Y5: Preparação do terreno;
. Linha Y6: Disposição de bota fora;
. Linha Y7: Abertura de Trincheiras;
. Linha Y8: Utilização do sedimento escavado;
. Linha Y9: Obras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitário;
. Linha Y10: Paisagismo.

- Fase 3: Operação
. Linha Y11: Contratação e capacitação da equipe de funcionários;
. Linha Y12: Manutenção de Equipamentos;
. Linha Y13: Integração das Ações com a Gestão Municipal;
. Linha Y14: Disposição de resíduos;
. Linha Y15: Cobertura dos resíduos;
. Linha Y16: Monitoramento ambiental e do sistema;
. Linha Y17: Manutenção do sistema;
. Linha Y19: Drenagem dos gases;
. Linha Y20: Tratamento do chorume;
. Linha Y21: Produção de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos.

8
- Fase 4: Fechamento
. Linha Y22: Monitoramento de gases e água;
. Linha Y23: Fechamento das células de disposição;
. Linha Y24: Recomposição paisagística.
Com relação aos componentes impactados, para simplicidade do projeto,
aliado à relevância em termos de manifestações dos impactos benéficos manifestáveis pela
condução do projeto do aterro sanitário, destaca-os como mostrado a seguir:

6.2.2. Componentes Ambientais

6.2.2.1.Meio Físico

. Meio Terrestre:
. Linha X1: Topografia;
. Linha X2: Pedologia;
. Linha X3: Sedimentologia;
. Linha X4: Geotecnia;
. Linha X5: Paisagem;
. Linha X6: Geologia;
. Linha X7: Uso e Ocupação do Solo.

. Meio Aquático:
. Linha X8: Rede de Drenagem Natural;
. Linha X9: Hidrologia;
. Linha X10: Hidrogeologia;
. Linha X11: Água Superficial;
. Linha X12: Água Subterrânea.

. Meio Atmosférico:
. Linha X13: Ar - Ruídos;
. Linha X14: Ar – Poeira Fugitiva;
. Linha X15: Ar – Gases de Combustão de Diesel;
. Linha X16: Ar – Gases do Aterro;
. Linha X17: Microclima.

9
6.2.2.2. Meio Biótico

. Flora:
. Linha X18: Flora Terrestre;

. Fauna:
. Linha X19: Ornitofauna terrestre;
. Linha X20: Mamíferos terrestres;
. Linha X21: Herpetofauna.

6.2.2.3. Meio Antrópico

. Contexto Social:
. Linha X22: Valores paisagísticos;
. Linha X23: Uso e ocupação do solo;
. Linha X24: Nível de entendimento;
. Linha X25: Alteração da rotina da população;
. Linha X26: Risco de Aumento de doenças;

. População:
. Linha X27: Geração de Expectativas;
. Linha X28: Nível de emprego – Especializado;
. Linha X29: Nível de renda;
. Linha X30: Opinião pública;
. Linha X31: Segurança pública;
. Linha X32: Qualidade de vida.

. Econômico:
. Linha X33: Dinamização da economia regional;
. Linha X34: Setor secundário;
. Linha X35: Aumento da arrecadação de tributo;
. Linha X36: Atividades terceirizadas;
. Linha X37: Serviços públicos.

10
. Infraestrutura:
. Linha X38: Transporte rodoviário;
. Linha X39: Sistema de telecomunicações;
. Linha X40: Saneamento Básico;
. Linha X41: Educação.

. Patrimônio Cultural:
. Linha X42: Comunidade Tradicional;
. Linha X43: Educação patrimonial;
. Linha X44: Patrimônio material;
. Linha X45: Patrimônio Imaterial.

Assim contextualizado, apresenta-se a matriz sintetizada na Figura 01 e as


respectivas memórias de cálculo nas figuras 02, 03, 04 e 05 mostradas a seguir.

11
MEIO FISICO MEIO BIOTICO MEIO ANTROPICO

COMPONENTES Meio Terrestre Meio Aquático Meio Atmosférico Flora Fauna Contexto Social População Econômico Infraestrutura Patrimônio Cultural
AMBIENTAIS

Nível de Entendimento

Transporte Rodoviário

Educação Patrimonial
Gases de Combustão

Valores Paisagísticos
Mamíferos Terrestres
Ornitofauna Terrestre

Risco de aumento de
Uso de Ocupação do

Patrimonial Imaterial
Ar - Gases do Aterro

Saneamento Básico
Uso e Ocupação do

Alteração da Rotina

Economia Regional
Rede de Drenagem

Patrimônio Material
Nível de Emprego -
Ar - Poeira Fugitiva

Segurança Pública

Telecomunicações
Qualidade de Vida
Água subterrânea

Serviços Públicos
Setor Secundario
Dinamização da
Agua superficial

Arrecadação de
Opinião Pública
Sedimentologia

Nível de Renda
Flora Terrestre

Especializado
Hidrogeologia

da População
Herpetofauna

Terceirizadas
Expectativas

Comunidade
Aumento da
Geração de
FASES DO

Sistema de
Ar - Ruídos

Microclima
Topografia

Atividades

tradicional
Geotecnia

Hidrologia
Pedologia

Educação
Paisagem

de Díesel
Geologia

doenças
PROJETO

Natural

Tributo
Solo

Solo
X
Y
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

Levantamento de campo e
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 12 0 0 12 13 13 13 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 13 9 11 9
PLANEJAMENTO

estudos preliminares

Elaboração de projetos 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 11 0 10 0 0 0 0 0 11 13 0 0 0 0 0 0 0 0

Aquisição do terreno 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Instalação e funcionamento
4 0 -10 0 0 -8 0 -9 0 0 0 0 0 -12 -13 0 -11 -9 -8 -11 -11 -11 -9 -11 0 0 0 14 14 11 9 0 0 11 0 13 13 0 0 0 12 0 0 0 -12 0
do canteiro de obras

Preparação do terreno 5 -14 -10 0 -10 -14 0 -14 -14 0 -15 0 -14 -13 -13 0 -12 -9 -14 -14 -14 -14 -14 -14 0 0 0 0 13 14 11 0 0 8 0 11 14 0 12 0 0 0 0 0 -14 0

Disposição de bota fora 6 -13 -13 -13 -13 -11 0 0 0 0 0 0 0 -13 -13 0 -12 -9 0 0 0 0 -14 -14 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 11 0 12 0 0 0 0 0 -14 0
INSTALAÇÃO

Abertura de Trincheiras 7 -14 -14 -14 -14 -12 0 0 -14 0 0 0 0 -13 -13 0 -11 -8 -12 -12 -12 -12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 14 0 0 0 0 0 -14 0

Utilização do Sedimento
8 -14 -14 -14 -14 -14 0 -14 0 0 0 0 0 -14 -14 0 -11 -8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 11 0 0 0 11 0 14 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escavado
Obras de infraestrutura,
construção civil e sistema 9 -14 -12 -14 -14 -14 0 -12 13 0 0 0 12 -13 -12 0 -12 -11 0 0 0 0 -11 14 0 0 14 11 13 13 11 0 0 9 0 11 14 0 13 0 14 0 0 0 0 0
sanitário
Paisagismo 10 -14 -14 -14 -14 -14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 12 11 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Contratação e capacitação da
11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 11 0 14 14 14 12 0 14 14 13 14 14 0 13 14 0 14 13 0 0 0
equipe de funcionários
Manutenção de
12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 11 0 0 0 12 13 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Equipamentos
Integração das Ações com a
13 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 14 14 0 0 0 14 14 0 0 0 0 14 14 0 0 14 11 14 12 0 0 9 14 10 14 14 14 13 0 14 0 0 0 0 0
Gestão Municipal

Disposição de resíduos 14 0 0 0 -14 -13 -13 -9 0 0 0 -12 0 -13 -13 0 -11 -9 0 -11 -11 0 -11 13 13 0 -8 10 0 14 0 0 0 0 12 14 13 0 0 0 14 0 0 0 0 0
OPERAÇÃO

Cobertura dos resíduos 15 14 0 0 -8 0 0 0 0 0 0 0 0 -13 -13 0 0 0 0 11 11 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Monitoramento Ambinetal do
16 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sistema

Manutenção do sistema 17 0 0 0 12 0 9 12 12 0 0 9 12 0 0 0 12 9 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 12 0 0 0 0 0

Drenagem dos gases 19 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -12 -10 0 -9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0

Tratamento do chorume 20 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0

Produção de dados primários


sobre gestão de resíduos 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0
sólidos
Monitoramento de gases e
22 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 9 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0
água
FECHAMENTO

Fechamento das células de


23 13 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 13 9 0 0 0 0 0 12 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 9 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0
disposição

Recomposição paisagística 24 13 0 0 0 13 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 13 10 14 14 14 14 14 13 13 0 0 10 0 0 11 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Figura 6.1. Matriz de Leopold – Aterro Sanitário de Santa Rita.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.
12
Figura 6.2. Memória de Cálculo – Fase de Planejamento/instalação.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

13
Caráter (Ca) - -1 -1 -1 -1 -1 0 0 -1 0 0 0 0 -1 -1 0 -1 -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 -1 0

Abertura de trincheiras
Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 2
Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 2 3 3 3 1 1 2 2 2 2 2 3 3
Importância (Im) - 3 3 3 3 2 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 3 3
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Reversibilidade (RV) - 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 1 2 2
Total - -14 -14 -14 -14 -12 0 0 -14 0 0 0 0 -13 -13 0 -11 -8 -12 -12 -12 -12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 14 0 0 0 0 0 -14 0

Caráter (Ca) - -1 -1 -1 -1 -1 0 -1 0 0 0 0 0 -1 -1 0 -1 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
empréstimo/jazidas minerais

Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 1 2 2
Utilização de área de

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 3 3 3 3 1 1 2 2 2 3 2
Importância (Im) - 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 3 2
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1
Reversibilidade (RV) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 1 1 2 1
Total - -14 -14 -14 -14 -14 0 -14 0 0 0 0 0 -14 -14 0 -11 -8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 11 0 0 0 11 0 14 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - -1 -1 -1 -1 -1 0 -1 1 0 0 0 1 -1 -1 0 -1 -1 0 0 0 0 -1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0
construção civil e sistema
Obras de infraetrutura,

Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2
Magnitude (Ma) - 3 2 3 3 3 2 3 2 3 3 2 2 1 3 3 2 3 3 2 3 2 3 3 3
sanitário

Importância (Im) - 3 2 3 3 3 2 3 3 3 2 2 2 2 3 3 2 3 3 2 2 2 3 3 3
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1
Reversibilidade (RV) - 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 2 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2
Total - -14 -12 -14 -14 -14 0 -12 13 0 0 0 12 -13 -12 0 -12 -11 0 0 0 0 -11 14 0 0 14 11 13 13 11 0 0 9 0 11 14 0 13 0 14 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2
Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2
Paisagismo

Importância (Im) - 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Reversibilidade (RV) - 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1
Total - -14 -14 -14 -14 -14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 12 11 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0
Contratação e capacitação da
equipe de funcionários

Relação (Re) - 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Magnitude (Ma) - 3 2 3 3 3 2 3 3 3 3 3 2 3 3 3
Importância (Im) - 3 2 3 3 3 2 3 3 3 3 3 2 3 3 3
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 1 1 1
Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1
Total - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 11 0 14 14 14 12 0 14 14 13 14 14 0 13 14 0 14 13 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aquisição de equipamentos

Relação (Re) - 2 2 2 2 2
Magnitude (Ma) - 3 2 2 3 2
necessários

Importância (Im) - 3 2 2 3 2
Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3
Escala Espacial (EE) - 1 1 2 1 1
Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1
Total - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 11 0 0 0 12 13 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Figura 6.3. Memória de Cálculo – Fase de instalação/operação.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

14
Planejamento integrado da gestão dos
Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0

resíduos sólidos (municipal e do


Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 2 2 3 2 3 3 3 2 3

consórcio)
Importância (Im) - 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 2 2 3 2 3 3 3 2 3

Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 3 2 3 3 3 3 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 2 1 2 2 2 2 1

Reversibilidade (RV) - 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2

Total - 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 14 14 0 0 0 14 14 0 0 0 0 14 14 0 0 14 11 14 12 0 0 9 14 10 14 14 14 13 0 14 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 -1 -1 -1 -1 0 0 0 -1 0 -1 -1 0 -1 -1 0 -1 -1 0 -1 1 1 0 -1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Relação (Re) - 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2
Disposição de resíduos

Magnitude (Ma) - 3 3 3 2 3 3 3 2 2 3 3 2 3 3 2 2 3 2 3 3 3

Importância (Im) - 3 3 3 2 3 3 3 2 2 2 2 2 3 3 2 2 3 2 3 3 3

Escala Temporal (ET) - 3 3 3 2 1 3 3 3 2 2 2 3 3 2 1 2 3 3 3 2 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1

Reversibilidade (RV) - 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2

Total - 0 0 0 -14 -13 -13 -9 0 0 0 -12 0 -13 -13 0 -11 -9 0 -11 -11 0 -11 13 13 0 -8 10 0 14 0 0 0 0 12 14 13 0 0 0 14 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 1 0 0 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 -1 -1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cobertura diária de resíduos

Relação (Re) - 2 1 2 2 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 2 3 3 2 2 2

Importância (Im) - 3 2 3 3 2 2 2

Escala Temporal (ET) - 3 1 3 3 3 3 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1

Reversibilidade (RV) - 2 1 1 1 1 1 1

Total - 14 0 0 -8 0 0 0 0 0 0 0 0 -13 -13 0 0 0 0 11 11 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


Monitoramento ambiental e do sistema

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Relação (Re) - 2 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3

Importância (Im) - 3 3 3 3

Escala Temporal (ET) - 2 2 2 2

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 2

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1

Total - 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Relação (Re) - 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 2
Manutenção do sistema

Magnitude (Ma) - 3 2 3 3 2 3 3 2 3 3 3

Importância (Im) - 3 2 3 3 2 3 3 2 3 3 3

Escala Temporal (ET) - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Total - 0 0 0 12 0 9 12 12 0 0 9 12 0 0 0 12 9 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 12 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Triagem de materiais recicláveis

Relação (Re) - 2 2 2 1 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 2 3

Importância (Im) - 3 3 3 2 3

Escala Temporal (ET) - 3 3 3 2 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 2 2

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1

Total - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 13 0 13 0 0 0 10 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Figura 6.4. Memória de Cálculo – Fase de operação.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

15
Caráter (Ca) - 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -1 -1 0 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Relação (Re) - 2 2 1 2 2

Drenagem dos gases


Magnitude (Ma) - 3 3 2 1 3

Importância (Im) - 3 3 2 2 3

Escala Temporal (ET) - 2 2 2 2 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1

Reversibilidade (RV) - 1 1 2 1 1

Total - 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -12 -10 0 -9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Relação (Re) - 2 2 2 2 2
Tratamento do chorume

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 3

Importância (Im) - 3 3 3 3 3

Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1

Total - 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0
Produção de dados primários sobre

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gestão de resíduos sólidos

Relação (Re) - 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 3 2

Importância (Im) - 3 3 2

Escala Temporal (ET) - 3 3 2

Escala Espacial (EE) - 1 1 2

Reversibilidade (RV) - 1 1 1

Total - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Monitoramento de gases e água

Relação (Re) - 2 2 2 2 2 2 1 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 2 2 2 3

Importância (Im) - 3 3 3 3 2 2 2 3

Escala Temporal (ET) - 1 1 3 3 3 3 2 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 2

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1 1 1 1

Total - 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 9 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fechamento das células de

Relação (Re) - 2 2 2 1 2 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 2 3 3 2 2
disposição

Importância (Im) - 3 3 3 2 3 3 2 2

Escala Temporal (ET) - 3 1 3 2 2 2 1 2

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 1 1 1 1

Total - 13 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 13 9 0 0 0 0 0 12 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 9 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caráter (Ca) - 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Recomposição paisagística

Relação (Re) - 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Magnitude (Ma) - 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3 2 2 3

Importância (Im) - 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3

Escala Temporal (ET) - 3 3 3 3 2 2 3 3 3 3 3 3 3 2 2 3

Escala Espacial (EE) - 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Reversibilidade (RV) - 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1

Total - 13 0 0 0 13 13 13 0 0 0 0 0 0 0 0 13 10 14 14 14 14 14 13 13 0 0 10 0 0 11 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Figura 6.5. Memória de Cálculo – Fase de operação/fechamento.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

16
6.3.ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

6.3.1. Meio Físico

6.3.1.1. Topografia

Justificativa: Este item do estudo diz respeito diretamente ao formato estrutural da


paisagem e seu sistema de drenagem natural.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Cobertura dos resíduos


Preparação do terreno (Y5)
(Y15)
Fechamento das células
Disposição de bota fora (Y6)
de disposição (Y23)
Recomposição
Abertura de trincheiras (Y7)
Topografia paisagística (Y24)
(X1) Utilização de material de empréstimo
-
(Y8)
Obras de infraestrutura, construção civil e
-
sistema sanitário (Y9)

Paisagismo (Y10) -

Quadro 6.1. Topografia.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante a fase de instalação, haverá uma modificação na estrutura
topográfica do terreno, devido à abertura das vias de acesso, bem como a abertura de
trincheiras, além das obras civis de infraestrutura e sistema de saneamento sanitário,
impactando de forma negativa devido a supressão vegetal do terreno e a implantação do
sistema de impermeabilização do solo o que impossibilita a recarga das águas
subterrâneas devido a redução da área disponível para a infiltração das águas pluviais.

PONTOS POSITIVOS:
Os estudos ambientais se somam à necessidade de conhecer bem o
relevo, suas formas, adotando práticas de extração e demais atividades da empresa,
17
condizentes, de forma a proteger as áreas licenciadas e adjacências, de todo e qualquer
dano recorrente.
Identificou-se as cavidades no interior da propriedade, bem como,
áreas sem a presença de minério e restrições topográficas que não permitem a extração
em toda área, potencializando os esforços nos melhores locais de extração.

6.3.1.2. Pedologia

Justificativa: A erosão, enquanto parte integrante de um ambiente degradado, ou


ecologicamente instável, deve receber atenção por sua peculiaridade de crescimento
desordenado em termos de abertura de profundas ravinas, valas, fissuras e buracos no
solo. Além de comprometer estruturas físicas já instaladas no local, a reabilitação do
solo em certos casos pode representar um custo bastante elevado.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do canteiro de obras


-
(Y4)

Preparação do terreno (Y5) -

Disposição de bota fora (Y6) -


Pedologia
Abertura de trincheiras (Y7) -
(X2)
Utilização de material de empréstimo (Y8) -

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema


-
sanitário (Y9)

Paisagismo (Y10) -
Quadro 6.2. Erosão do Solo.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Com a preparação do terreno para a lavra, ocorre modificação na
paisagem, o que demanda cuidados principalmente com relação à instabilidade do
terreno sedimentar ou inconsolidado. As vias de acesso, pelo aumento nos transportes
em quantidade, peso e tamanho, influenciam diretamente na dinâmica de solo, através
18
da compactação, permitindo o escoamento das águas para locais impróprios ou
indevidos, desestabilizando a geologia local.

PONTOS POSITIVOS:
Os estudos ambientais, enquanto elemento contributivo para o
entendimento dos processos erosivos com suas causas e consequências, torna-se
elemento básico em estudos para desenvolvimento de outras atividades.
Foram executados diversos levantamentos topográficos e geotécnicos
que possibilitaram o correto planejamento da instalação e posterior operação na área em
questão, potencializando seu uso e minimizando ao máximo os impactos nesta fase.

6.3.1.3. Sedimentologia

Justificativa: O carreamento de sedimentos provenientes das obras previstas pode


ocasionar assoreamento da rede de drenagem e o aumento da turbidez das águas
escoadas.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Disposição de bota fora (Y6) -

Abertura de trincheiras (Y7) -

Sedimentologia Utilização de material de empréstimo (Y8) -


(X3)
Obras de infraestrutura, construção civil e sistema
-
sanitário (Y9)

Paisagismo (Y10) -
Quadro 6.3. Erosão do Solo.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante a fase de instalação, poderá ocorrer a sedimentação do solo
com a disposição do bota fora e na abertura de trincheiras, principalmente em épocas de
chuvas, que facilita a abertura de crateras, deixando o solo mais vulnerável para
ocorrência de processos erosivos.

19
Nesta fase, a necessidade de contenção da sedimentação já estará
solucionada pelas obras de engenharia e por processos técnicos especializados, com esta
finalidade.

6.3.1.4. Geotecnia

Justificativa: Os movimentos de massa são decorrentes do processo de desestabilização


da dinâmica de forças que atuam na declividade do solo. Neste caso, a
retirada/transformação de solo durante as obras civis previstas na área do
empreendimento e obras de apoio logístico nos entornos podem provocar deslizamentos
de massa inesperados.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Manutenção do
Preparação do terreno (Y5)
Sistema (Y17)
Drenagem dos Gases
Disposição de bota fora (Y6)
(Y19)

Abertura de trincheiras (Y7) -

Geotecnia Utilização de material de empréstimo (Y8) -


(X4)
Obras de infraestrutura, construção civil e
-
sistema sanitário (Y9)

Paisagismo (Y10) -

Disposição de Resíduos (Y14) -

Cobertura dos Resíduos (Y15) -

Quadro 6.4. Movimentação de Massa.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
A execução de cortes nos maciços pode condicionar movimentos de
massa ou, mais especificamente, escorregamento de taludes, desde que as tensões
cisalhantes ultrapassem a resistência ao cisalhamento dos materiais, ao longo de

20
determinadas superfícies de ruptura. Naturalmente que os taludes provenientes da má
execução de aterros, pode também levar ao movimento de massas de solos.

PONTOS POSITIVOS:
O projeto do aterro implica na consideração das características do
material com o qual vai ser construído, como também das condições de sua fundação.
Nesse aspecto, o projeto e construção do ASL deve obedecer a técnicas adequadas, de
modo a impedir que ocorram recalques exagerados, deixando as pistas com ondulações
e provocando rompimentos ou deslizamentos de canaletas, bueiros e galerias.

6.3.1.5. Paisagem

Justificativa: Paisagem natural é qualquer tipo de ambiente que não sofreu influência
humana, mantendo preservados todos os elementos e características típicas da natureza.
Com a construção do aterro, haverá um impacto sobre esse componente ambiental.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS
Instalação e funcionamento do canteiro de Recomposição
Paisagem
obras (Y4) Paisagística (Y24)
(X5) Preparação do terreno (Y5) -
Disposição de bota fora (Y6) -
Abertura de trincheiras (Y7) -

Utilização de material de empréstimo (Y8) -

Obras de infraestrutura, construção civil e


-
sistema sanitário (Y9)

Paisagismo (Y10) -

Disposição de Resíduos (Y14) -

Quadro 6.5. Mudança na Paisagem Natural.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante as obras de instalação e atividades relacionadas à operação da
disposição e triagem de resíduos, o impacto visual da alteração paisagística na área onde

21
se insere o projeto será intenso. O tamanho do maciço gerado alterará definitivamente a
paisagem, cujo impacto será ainda mais forte por saber que a elevação é formada pela
disposição de resíduos.

PONTOS POSITIVOS:
O planejamento de um projeto paisagístico que contempla uma faixa
circundante do terreno com a implantação de árvores de grande porte irá minimizar o
efeito negativo desse impacto. Mesmo assim, durante os últimos anos de vida útil do
aterro e mesmo após o seu fechamento, a despeito da existência da referida faixa de
proteção visual ou da recuperação paisagística planejada.

6.3.1.6. Geologia

Justificativa: Com a construção do aterro sanitário, haverá um risco aparente de


contaminação do solo provocado pela percolação do chorume. Este problema pode ser
diminuído ou remediado com a aplicação de medidas preventivas ou corretivas.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Disposição de Resíduos
Manutenção do Sistema (Y17)
(Y14)

Geologia - Tratamento do Chorume (Y20)

(X6) Monitoramento de gases e água


-
(Y22)

- Recomposição Paisagística (Y24)

Quadro 6.6. Aumento do Risco de Contaminação do Solo.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante a operação do aterro sanitário haverá uma disposição bastante
volumosa de resíduo, o que aumenta o risco de contaminação do solo através da
percolação do chorume nas fissuras do terreno.

22
PONTOS POSITIVOS:
Devido ao constante monitoramento do sistema de tratamento de
chorume e dos gases produzidos, há uma segurança de que todo contaminante será
drenado e tratado, evitando assim os potenciais riscos de contaminação.

6.3.1.7. Uso E Ocupação Do Solo

Justificativa: Os solos serão submetidos a diversos tipos de processos erosivos e de


sedimentação durante o processo de instalação do aterro.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do Integração das Ações com a


canteiro de obras (Y4) Gestão Municipal (Y13)
Monitoramento ambiental do
Preparação do terreno (Y5)
sistema (Y16)
Utilização de material de
Manutenção do Sistema (Y17)
empréstimo (Y8)
Uso e Ocupação do
Obras de infraestrutura, construção
Solo Tratamento do Chorume (Y20)
civil e sistema sanitário (Y9)
(X7)
Monitoramento de gases e
Disposição de Resíduos (Y14)
água (Y22)
Fechamento das células de
-
disposição (Y23)
Recomposição Paisagística
-
(Y24)
Quadro 6.7. Qualidade do Solo.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante a fase de instalação e operação do aterro sanitário, haverá um
impacto significativo na qualidade do solo, devido as alterações na topografia, criação
de taludes, supressão da vegetação, compactação do solo, tornando a superfície exposta
a processos erosivos e favorecendo e empobrecimento do solo.

23
PONTOS POSITIVOS:
Considerando o planejamento integrado de gestão de resíduos sólidos,
está previsto que haverá um monitoramento periódico da qualidade do solo, na qual
evidencia a eficácia dos sistemas de drenagem do chorume e dos gases produzidos com
a decomposição da matéria orgânica.
Após o encerramento das atividades do aterro sanitário, está previsto
uma recomposição da cobertura superficial do solo, o que ajudará na recuperação das
características físicas e químicas do solo ao longo dos anos.

6.3.1.8. Rede De Drenagem Natural

Justificativa: Na fase de instalação do aterro sanitário, haverá drenagem superficial das


águas acumuladas no solo.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Preparação do terreno Obras de infraestrutura, construção civil e
Rede de Drenagem (Y5) sistema sanitário (Y9)
(X8) Abertura de
Manutenção do Sistema (Y17)
trincheiras (Y7)
Quadro 6.8. Drenagem.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Um dos pré-requisitos para a instalação do sistema de drenagem é
implantação de canaletas, que recebem a água pluvial incidente e a direcionam para a
rede de drenagem.

PONTOS POSITIVOS:
O sistema de drenagem será um componente fundamental para a
estabilidade geotécnica do aterro, já que reduz riscos de instalação de processos
erosivos.

24
6.3.1.9. Hidrologia

Justificativa: A necessidade de preservação de qualquer formação ou curso de água


natural existente no interior da propriedade a ser construída, dada a importância deste
recurso para a sociedade.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Hidrologia
- -
(X9)
Quadro 6.9. Assoreamento dos corpos hídricos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Não havendo corpos hídricos no entorno da área de influência direta


do empreendimento, não foram encontrados possíveis impactos para este componente
ambiental em nenhuma das fases do projeto.

6.3.1.10. Hidrogeologia

Justificativa: Com a impermeabilização do solo para a construção do aterro sanitário,


não haverá interferência direta ou indireta na qualidade das águas subterrâneas.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

hidrogeologia
Preparação do terreno (Y5) -
(X10)
Quadro 6.10. Recarga dos Aquíferos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Devido às alterações na topografia, supressão da vegetação,
compactação e impermeabilização do solo, a área de construção do aterro não poderá
contribuir com a recarga dos aquíferos.

25
6.3.1.11. Água Superficial

Justificativa: Devido a percolação do chorume, haverá um aparente risco de


contaminação dos corpos hídricos subterrâneos.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Disposição de Resíduos Integração das Ações com a Gestão


(Y14) Municipal (Y13)
Água Superficial - Manutenção do Sistema (Y17)
(X11)
- Tratamento do Chorume (Y20)

- Monitoramento de gases e água (Y22)

Quadro 6.11. Aumento do Risco de contaminação da água.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Havendo falha no sistema de drenagem ou nas estruturas de
impermeabilização do solo, as águas subterrâneas estarão propicias a um risco de
contaminação, através do chorume percolado pelas fissuras do solo.

PONTOS POSITIVOS:
No planejamento integrado da gestão de resíduos sólidos, prevê a
manutenção periódica dos sistemas de drenagem e tratamento do chorume, o que cessa a
possibilidade de haver a contaminação das águas subterrâneas.

6.3.1.12. Água Subterrânea

Justificativa: Estes itens representam reservas ou estoques hídricos relevantes, não


somente para empresas e empreendimentos, como também, toda a vida vegetal e
animal, os quais dependem diretamente deste recurso da natureza, se tornando
prioritária sua manutenção e preservação.

26
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Preparação do terreno Obras de infraestrutura, construção civil e


(Y5) sistema sanitário (Y9)
Integração das Ações com a Gestão
-
Municipal (Y13)
Água Subterrânea Monitoramento ambiental e do sistema
-
(X12) (Y16)

- Manutenção do Sistema (Y17)

- Tratamento do Chorume (Y20)

- Monitoramento de gases e água (Y22)

Quadro 6.12. Qualidade da Água.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Havendo falha no sistema de drenagem ou nas estruturas de
impermeabilização do solo, as águas subterrâneas estarão propícias a um risco de
contaminação, através do chorume percolado pelas fissuras do solo.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de operação, o planejamento integrado da gestão de resíduos
sólidos, prevê a manutenção periódica dos sistemas de drenagem e tratamento do
chorume, o que cessa a possibilidade de haver a contaminação das águas subterrâneas, o
que consequentemente preserva a qualidade da água.

6.3.1.13. Ar - Ruído

Justificativa: Alguns equipamentos e serviços, em condições específicas, atuam como


agentes produtores de ruídos em potencial, trazendo à tona a necessidade de
acompanhamento dos níveis emitidos, evitando extrapolar os valores máximos
permitidos pela legislação vigente.

27
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS
AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Instalação e funcionamento do canteiro de obras
-
(Y4)
Preparação do terreno (Y5) -
Disposição de bota fora (Y6) -
Abertura de trincheiras (Y7) -
Ar - Ruído
(X13) Utilização de material de empréstimo (Y8) -

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema


-
sanitário (Y9)
Disposição de Resíduos (Y14) -

Cobertura de Resíduos (Y15) -


Quadro 6.13. Nível de Ruído.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Ocorrerá um aumento do nível de ruído devido a presença de
máquinas que darão início ao processo construtivo e operacional do ASL. As vias de
acesso serão os principais condutores de máquinas e veículos promotores naturais de
ruídos, que no serviço, mesmo que por um curto período de tempo, podendo afugentar a
fauna local, uma vez que não existem aglomerados urbanos nos limites da propriedade.

6.3.1.14. Ar – Poeira Fugitiva

Justificativa: O aumento dos níveis de emissões atmosféricas na área é diretamente


proporcional ao aumento no fluxo de máquinas e veículos durante as fases de instalação
e operação do empreendimento, e estão diretamente ligados. Essa situação influencia na
qualidade do ar, que também é um recurso natural valioso para a qualidade de vida de
uma determinada região.

28
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do canteiro de obras


-
(Y4)

Preparação do terreno (Y5) -

Disposição de bota fora (Y6) -

Ar – Poeira Fugitiva Abertura de trincheiras (Y7) -


(X14)
Utilização de material de empréstimo (Y8) -

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema


-
sanitário (Y9)

Disposição de Resíduos (Y14) -

Cobertura diária de Resíduos (Y15) -


Quadro 6.14. Material Particulado – Aumento das Emissões Veiculares.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
O fluxo de veículos e máquinas movidas por combustíveis fósseis
deverá aumentar consideravelmente durante a fase de instalação do empreendimento,
aumentando, concomitante, o número de particulados emitidos na atmosfera. Esses
particulados podem ser transportados por ação do vento, comprometendo a qualidade do
ar, inclusive, de áreas circunvizinhas.

6.3.1.15. Gases De Combustão De Díesel

Justificativa: Fator que analisa a emissão dos gases emitidos pelos veículos movidos a
diesel que farão parte do processo construtivo e operacional do ASL.

29
IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE AMBIENTAL

NEGATIVOS POSITIVOS

Gases de Combustão de Diesel


- -
(X15)
Quadro 6.15. Microclima.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Tanto a supressão de vegetação como a retirada de elementos
equilibradores do clima, assim como o transporte de materiais, o tráfego de veículos e a
movimentação de maquinário, podem elevar em alguns graus a temperatura local, e o
consequente desequilíbrio na fauna e flora e na qualidade de vida das populações
humanas.
Na fase de operação, os efeitos advindos poderão gerar aumento da
temperatura no local e no entorno, tendendo a ser continuo, caso não sejam aplicados os
métodos de mitigação, aumento na emissão de particulados e poeiras fugitivas.

6.3.1.16. Ar – Gases Do Aterro

Justificativa: Algumas atividades cotidianas do Aterro Sanitário, tanto nas fases de


instalação quanto de operação, são responsáveis por exalar odores ou vapores, os quais,
em certos níveis, podem ser prejudiciais à saúde, e precisam ser controlados.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do
-
canteiro de obras (Y4)

Preparação do terreno (Y5) -


Ar – Gases do Aterro
(X16) Disposição de bota fora (Y6) -

Abertura de trincheiras (Y7) -

Utilização de material de -

30
empréstimo (Y8)

Obras de infraestrutura,
construção civil e sistema -
sanitário (Y9)

Disposição de Resíduos (Y14) -

Drenagem dos Gases (Y19) -


Quadro 6.16. Odores e Vapores.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTO NEGATIVO:
Na fase de instalação, os odores e vapores produzidos são
provenientes da rotina da construção civil, comum a todas as demais obras, sendo
assinalados pela produção veicular e equipamentos de curto período de uso.
Na fase de operação será constante a produção de odores e vapores de
veículos e máquinas de apoio técnico e logístico às operações de reparo. Outra atividade
geradora de odores e vapores, e que merece destaque, é o manuseio dos resíduos nas
frentes de aterramento e a estação de tratamento de efluentes. Todos esses são fatores
negativos que possuem medidas mitigadoras específicas, bastante abordadas na
literatura, e que necessitam ser considerados para a garantia de uma boa qualidade
ambiental da área.

6.3.1.17. Microclima

Justificativa: O ar que circular no local, é fator de destaque, por ser veículo de


transporte tanto para particulados e odores. Sendo necessária sua observância para
manutenção da qualidade e saúde ambiental.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do canteiro Integração das Ações com a


Microclima de obras (Y4) Gestão Municipal (Y13)
(X17) Monitoramento ambiental e
Preparação do terreno (Y5)
do sistema (Y16)

31
Manutenção do Sistema
Disposição de bota fora (Y6)
(Y17)
Fechamento das células de
Abertura de trincheiras (Y7)
disposição (Y23)
Utilização de material de empréstimo Recomposição Paisagística
(Y8) (Y24)
Obras de infraestrutura, construção civil
-
e sistema sanitário (Y9)

Disposição de Resíduos (Y14) -


Drenagem dos Gases (Y19) -
Quadro 6.17. Qualidade do Ar.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
A qualidade do ar no local do empreendimento e seu entorno, pode ser
afetada pela emissão de particulados, iniciando pelo processo de supressão da vegetação
e terminando na atividade de transporte do bota fora, além das emissões de gás metano
durante o processo de decomposição da matéria orgânica.

PONTOS POSITIVOS:
Os estudos ambientais permitem constatar que as alterações na
qualidade do ar na área do empreendimento na fase de instalação não são significativas,
conforme comparativos temporais. Os particulados deverão continuar a ocorrer nesta
fase, porém não deverão sofrer uma grande dispersão, devido ao funcionamento de uma
barreira natural (cortina verde) a ser implantada nos entornos do empreendimento.

6.3.2. Meio Biótico

6.3.2.1. Flora Terrestre

Justificativa: O levantamento da biodiversidade local e de outros patrimônios naturais


permite aplicação de técnicas de manejo, proteção e mitigação dos impactos sobre esses
recursos.

32
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do
Paisagismo (Y10)
canteiro de obras (Y4)
Flora Terrestre
Recomposição
(X18) Preparação do terreno (Y5)
Paisagística (Y24)
Abertura de trincheiras (Y7) -
Quadro 6.18. Flora Terrestre.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
A cobertura vegetal na área de instalação será afetada diretamente pela
ação de limpeza do terreno. A supressão vegetal resultará em prejuízo à cobertura
vegetal e a biodiversidade local, e desencadeará outros impactos, principalmente sobre a
fauna.
A retirada da vegetação resultará na alteração da paisagem da área de
influência direta e junto com a diminuição do potencial ecológico, ocorrerá à fuga da
fauna, para áreas mais seguras. Esses efeitos desencadearão alteração do ecossistema e
instabilidade ecológica. A ação de desmatamento resultará em alteração da paisagem
pela perda do potencial biótico, já que as áreas desnudadas perderão a beleza natural,
prejudicando os valores paisagísticos. Os efeitos da supressão da vegetação nos trechos
de implantação se somarão as outras áreas que já sofreram ou que sofrerão
desmatamento na região, causando um impacto cumulativo e sinérgico, que afetarão a
paisagem, a biodiversidade e a fauna local.

PONTOS POSITIVOS:
Conhecer a composição florística do ambiente permite gerar
informações sobre a biodiversidade local e, por conseguinte, executar programas de
compensação ambiental, com o uso de espécies nativas, contribuindo de forma mais
eficiente pela conservação da biodiversidade da região.

33
6.3.2.2. Ornitofauna Terrestre

Justificativa: As aves podem funcionar como elementos em estudos de Ecologia e


Biologia da Conservação. Além disso, elas também são consideradas potencialmente
como os melhores bioindicadores da qualidade ambiental.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Planejamento integrado da
Instalação e funcionamento do canteiro
gestão dos resíduos sólidos
de obras (Y4)
(Y13)
Monitoramento ambiental e
Preparação do terreno (Y5)
do sistema (Y16)
Manutenção do Sistema
Disposição de bota fora (Y6)
(Y17)
Ornitofauna
Fechamento das células de
Terrestre Abertura de trincheiras (Y7)
disposição (Y23)
(X19)
Utilização de áreas de Recomposição Paisagística
empréstimo/jazidas minerais (Y8) (Y24)
Obras de infraestrutura, construção civil
-
e sistema sanitário (Y9)

Disposição de Resíduos (Y14) -

Drenagem dos Gases (Y19)


-

Quadro 6.19. Ornitofauna Terrestre.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
A intensa mobilização de máquinas e equipamentos na área durante a
realização da supressão vegetal levará ao afugentamento temporário da fauna, pela
emissão de ruídos. A retirada da vegetação provocará a fuga dos animais para áreas
conservadas a procura de abrigo e alimento. Nesta situação poderá ocorrer uma
intensificação na competição intra e interespecífica nos fragmentos vegetados do
entorno.

34
Aumento do tráfego de veículos e máquinas no local e entorno. Ruído
das atividades de funcionamento do empreendimento impede ou diminuem a
possibilidade de uso do local por algumas espécies, mesmo com a reestruturação com o
projeto paisagístico.
Na fase de operação do aterro, haverá uma atração significativa de
determinadas espécies de aves que são engodadas pelo odor do lixo e dos gases por ele
emitidos, que é disposto diariamente na superfície da célula do aterro, o que
consequentemente pode gerar um desequilíbrio no ecossistema local.

PONTOS POSITIVOS:
As informações geradas com o conhecimento da ornitofauna local
permitem elencar as espécies indicadoras de qualidade ambiental e seu monitoramento,
de forma que através de programas de recuperação de áreas se direcionem esforços para
reconstruir ou proteger ambientes no entorno que tenham relevância para a ornitofauna
local.

6.3.2.3. Mamíferos Terrestres

Justificativa: Alterações na composição florestal e em sua continuidade afetam a


biodiversidade, podendo causar o desaparecimento de algumas espécies.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do Cobertura diária de


canteiro de obras (Y4) Resíduos (Y15)
Recomposição Paisagística
Mamíferos Terrestres Preparação do terreno (Y5)
(Y24)
(X20)
Abertura de trincheiras (Y7) -

Disposição de Resíduos (Y14) -


Quadro 6.20. Mamíferos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

35
PONTOS NEGATIVOS:
Para os mamíferos terrestres, os principais impactos negativos
potenciais ocorrem durante a fase de implantação. São eles: 1. A perda de habitat e a
perturbação de hábitos dos mamíferos, gerando fuga, deslocamento de grande parte das
espécies e/ou perturbação dos locais de repouso, alimentação e reprodução das espécies.
São impactos de média magnitude e de caráter temporário ou permanente. 2. O
atropelamento de mamíferos, especialmente os de médio e grande porte, devido ao
aumento da circulação de veículos e maquinário pesado. Impacto de baixa magnitude e
caráter temporário. 3. Aumento da caça. Impacto de baixa magnitude e caráter
temporário.

PONTOS POSITIVOS:
Conhecer a fauna de mamíferos do local é a base para a criação dos
programas de proteção e manejo.

6.3.2.4. Herpetofauna

Justificativa: Répteis e anfíbios ocupam posições importantes em cadeias tróficas,


atuando como controladores de populações de invertebrados, servindo de alimentação
para muitos grupos de invertebrados e outros vertebrados. Muitas das espécies são
caracterizadas por uma estreita associação com o ambiente onde vivem, ocorrendo em
um único habitat. Essa associação pode ser observada através da análise do padrão de
distribuição das espécies nos diferentes ambientes.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do Recomposição


canteiro de obras (Y4) Paisagística (Y24)
Herpetofauna
(X21) Preparação do terreno (Y5) -

Abertura de trincheiras (Y7) -

Quadro 6.21. Herpetofauna.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

36
PONTOS NEGATIVOS:
Na fase de instalação, a retirada da cobertura vegetal, com remoção de
solo, provocará a perda de habitat para esse grupo faunístico, amplo e diversificado que
ocupa os mais variados nichos. Com as obras, o aumento de ruído e um número maior
de pessoas no local, adicionado a maior movimentação de veículos, ocasiona a morte e
atropelamento, e aumento do risco de captura de algumas espécies de valor cinegético.
Já na fase de operação, a perda da cobertura vegetal durante a
construção, os ruídos, movimentação de veículos e o fluxo de pessoas, durante as
atividades rotineiras de funcionamento do empreendimento, afugentam os animais do
entorno.

PONTOS POSITIVOS:
Os estudos ambientais permitem o conhecimento da fauna
herpetológica local, que compreende algumas espécies de alta sensibilidade às
alterações do meio, de forma que podem servir como sentinelas no monitoramento e
programas de recuperação do ambiente.

6.3.3. Meio Antrópico

6.3.3.1. Valores Paisagísticos

Justificativa: Os Valores Paisagísticos representam a percepção que a população tem


do espaço natural, e suas relações com as estruturas edificadas, analisado como o espaço
caracterizado por um tipo de combinação dinâmica e, por conseguinte, instável, sendo a
soma de elementos ambientais diferenciados que ao interagir, fazem da paisagem um
conjunto geográfico indissociável, tanto sob o feito das interações entre os elementos
que o constituem, como sob o efeito da dinâmica própria de cada um dos elementos
considerados separadamente.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do
Paisagismo (Y10)
Valores Paisagísticos canteiro de obras (Y4)
(X22) Integração das Ações com a
Preparação do terreno (Y5)
Gestão Municipal (Y13)

37
Disposição de bota fora (Y6) Cobertura dos resíduos (Y15)

Obras de infraestrutura, construção Recomposição paisagística


civil e sistema sanitário (Y9) (Y24)

Disposição de resíduos (Y14)

Quadro 6.22. Valores Paisagísticos.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Na fase de instalação, a modificação da paisagem irá ocorrer de
maneira sistemática devido à edificação das obras civis. O impacto visual será
percebido de forma mais intensa nos primeiros meses de instalação do canteiro de obras
e dos maquinários de operação que irão edificar as estruturas do aterro sanitário. O
impacto pode ser caracterizado com um impacto negativo, de importância alta com
cobertura local, duração permanente e irreversível.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de operação, será construído um cinturão verde, que é uma
cerca viva com espécies arbóreas, no perímetro da instalação. Essa ação contribui
positivamente no aspecto visual.

6.3.3.2. Uso E Ocupação Do Solo

Justificativa: A construção do aterro sanitário dará uma nova funcionalidade à área


onde será instalado, com o uso e ocupação do solo baseados no planejamento urbano
associado à construção do meio social.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do Levantamento de campo e estudos


canteiro de obras (Y4) preliminares (Y1)
Uso e Ocupação do Preparação do terreno (Y5) Elaboração de projetos (Y2)
Solo
Obras de infraestrutura, construção
(X23) Disposição de bota fora (Y6)
civil e sistema sanitário (Y9)

- Paisagismo (Y10)

38
Integração das Ações com a Gestão
-
Municipal (Y13)

- Disposição de resíduos (Y14)

Fechamento das células de


-
disposição (Y23)

- Recomposição paisagística (Y24)

Quadro 6.23. Uso e Ocupação do Solo.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Para a instalação do empreendimento será dado um novo uso ao
espaço, que anteriormente abrigava uma plantação de cana de açúcar com interações
bióticas bastante antropizada. As alterações no ambiente serão mais significativas na
fase de terraplanagem, corte, aterro e rebaixamento da cota do terreno, sendo a
população do entorno impactada de forma pontual. O impacto na área pode ser
identificado com caráter negativo, de importância alta, cobertura pontual, duração
permanente e irreversível.
A mobilização de solo não irá ocorrer na fase de operação do
empreendimento. Nesta fase a valorização do entorno do empreendimento irá passar por
alterações na configuração urbanística de forma gradativa e positiva, requalificando a
estrutura local.

PONTOS POSITIVOS:
Haverá alterações do uso do solo no Município de Santa Rita/PB
devido à instalação do aterro sanitário, nesta primeira etapa o canteiro de obras irá
seguir as mais modernas tecnologias existentes para evitar a poluição do solo. Fase de
Operação, serão utilizadas as tecnologias mais avançadas e modernas com o intuito de
prevenir a poluição do solo da área do aterro. As estações de tratamento de efluente
percolado, seguirão todos os padrões para operação segura. A reestruturação das vias de
acesso irá seguir as diretrizes do plano diretor do município.

39
6.3.3.3. Nível De Entendimento
Justificativa: Consiste na compreensão referente à importância sobre a instalação do
ASL, a percepção que a população diretamente afetada tem, assim como a compreensão
por parte daqueles que entendem sua importância e o quanto a instalação do aterro irá
impactar o cotidiano.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Levantamento de campo e estudos preliminares
-
(Y1)
Contratação e capacitação da equipe de
-
funcionários (Y11)
Nível de Entendimento
(X24) - Disposição de resíduos (Y14)

- Fechamento das células de disposição (Y23)

- Recomposição paisagística (Y24)

Quadro 6.24. Nível de Entendimento.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Durante essa fase, percebe-se um caráter predominantemente positivo,
cuja importância é vista como alta, de cobertura local (devido à produção de empregos),
de duração média e de uma reversibilidade parcial, demonstrando, contudo que para a
fase de construção o conhecimento sobre as melhorias que o aterro sanitário irá
fomentar é insipiente e não consolidado.

6.3.3.4. Alteração Da Rotina Da População

Justificativa: A dinâmica local diz respeito diretamente ao modo como a população se


comporta mediante a situação atual da implantação e operação do ASL.

40
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Alteração da Rotina da
Contratação e capacitação da equipe de
População -
funcionários (Y11)
(X25)
Quadro 6.25. Alteração da Rotina da População.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Nesta fase do empreendimento espera-se um aumento do número de
moradores, atraídos pelas oportunidades de emprego oferecidas pela construção do aterro.
Neste período o impacto será de caráter positivo, de importância alta, cobertura local,
duração média e reversibilidade parcial.

6.3.3.5. Risco de Aumento de Doenças

Justificativa: Com a implantação do ASL, é gerado um ambiente propício a


proliferação de animais e organismos que são vetores de doenças, aumentando o risco
de contaminação dos transeuntes do ASL e do meio ambiente.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Disposição de resíduos Obras de infraestrutura, construção civil e


(Y14) sistema sanitário (Y9)
Integração das Ações com a Gestão
Risco de aumento de -
Municipal (Y13)
doenças
(X26) - Manutenção do sistema (Y17)

Fechamento das células de disposição


-
(Y23)
Quadro 6.26. Risco de Aumento de Doenças.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

41
PONTOS NEGATIVOS:
Na fase de operação do aterro sanitário, haverá um risco do aumento
de animais que são vetores de doenças, caso haja uma proliferação de animais, como o
rato transmissor da leptospirose.

PONTOS POSITIVOS:
Por se tratar da construção de um aterro sanitário, existe uma
contribuição significativa na redução de doenças que poderiam ser causadas caso os
resíduos do Município de Santa Rita/PB fossem dispostos de forma incorreta,
provocando sérios problemas de contaminação ambiental e aumentando os riscos de
infecção da população, causando um problema de saúde pública.

6.3.3.6. Geração De Expectativas

Justificativa: A geração de expectativas na população ocorre de modo sistemático a


partir das primeiras ações de divulgação da intenção de implantar um empreendimento
de grande porte como o aterro sanitário. Este processo tende a adquirir intensidade
progressivamente maior à medida que se aproxima o licenciamento ambiental e o início
das obras.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Levantamento de campo e estudos preliminares


-
(Y1)
Instalação e funcionamento do canteiro de obras
-
(Y4)

Obras de infraestrutura, construção civil e


-
Geração de Expectativas sistema sanitário (Y9)
(X27)
Contratação e capacitação da equipe de
-
funcionários (Y11)

- Manutenção de Equipamentos (Y12)

Integração das Ações com a Gestão Municipal


-
(Y13)

42
- Disposição de resíduos (Y14)

Produção de dados primários sobre gestão de


-
resíduos sólidos (Y21)

- Recomposição paisagística (Y24)

Quadro 6.27. Geração de Expectativas.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
A partir do desenvolvimento dos estudos ambientais a expectativa da
população sobre o empreendimento tende a aumentar, sendo observado que esta fase
representa a certeza de desenvolvimento do projeto. Esta expectativa se fortalece com
relação à execução das obras de apoio, que deve absolver os trabalhadores que
possivelmente não sejam contratados para as obras civis do aterro sanitário. Nesta fase os
impactos foram considerados positivos, importância alta, cobertura local, duração curta e
reversibilidade parcial.
A População de Santa Rita/PB será beneficiada de forma indireta pela
cadeia produtiva, que se desenvolve para dar suporte a este tipo de empreendimento.
Nesta fase, os aspectos foram considerados de caráter positivo, importância alta,
cobertura regional, duração permanente e irreversível.

6.3.3.7. Nível De Emprego - Especializado

Justificativa: A geração de empregos está associada diretamente ao desenvolvimento


econômico por meio da implantação de grandes empreendimentos. Os empregos diretos
gerados durante a instalação do aterro sanitário para as atividades de construção têm um
impacto positivo na sociedade. Associado a este desenvolvimento, existem os empregos
especializados, que demandam melhor formação técnica, sendo direcionados às
particularidades tecnológicas que as etapas de construção e operação necessitam. É um
aspecto diferenciado pelo desenvolvimento científico e profissional que fomentam na
sociedade.

43
IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Levantamento de campo e estudos preliminares


-
(Y1)

- Elaboração de projetos (Y2)

Instalação e funcionamento do canteiro de


-
obras (Y4)

- Preparação do terreno (Y5)

Nível de Emprego - - Utilização de material de empréstimo (Y8)


Especializado
Obras de infraestrutura, construção civil e
(X28) -
sistema sanitário (Y9)
Contratação e capacitação da equipe de
-
funcionários (Y11)
Integração das Ações com a Gestão Municipal
-
(Y13)

- Recomposição paisagística (Y24)

- Monitoramento de gases e água (Y22)


Quadro 6.28. Nível de Emprego Especializado.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Nesta fase do projeto as principais especialidades contratadas têm
relação direta com o ramo da construção civil, sendo uma mão-de-obra abundante na
região da AID que irá suprir as necessidades do empreendimento. A população de Santa
Rita e municípios próximos deverão suprir essa demanda de forma satisfatória.
Na fase de operação, será necessária a contratação da mão de obra
técnica especializada nesta fase do projeto. A população da AID será impactada de
forma positiva, visto que esses profissionais tendem a estabelecer residência para
desenvolver carreia de trabalho no aterro.

44
6.3.3.8. Nível De Renda

Justificativa: O fator remuneração, além de ser um incentivador muito importante para


a atração de mão-de-obra, é imprescindível para a alavancagem e dinamização da
economia local por ser um meio direto de investimento. Como o mercado gerado
absorverá uma boa parcela dos trabalhadores locais e regionais, e dado o relativo
ineditismo de um empreendimento de grande porte na região, a massa salarial média dos
trabalhadores aumentará sensivelmente, pelo menos num primeiro momento.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Levantamento de campo e estudos preliminares
-
(Y1)
Instalação e funcionamento do canteiro de obras
-
(Y4)

- Preparação do terreno (Y5)

- Utilização de material de empréstimo (Y8)

Obras de infraestrutura, construção civil e


-
Nível de Renda sistema sanitário (Y9)
(X29) Contratação e capacitação da equipe de
-
funcionários (Y11)

- Manutenção de Equipamentos (Y12)

Integração das Ações com a Gestão Municipal


-
(Y13)

- Disposição de resíduos (Y14)

- Monitoramento de gases e água (Y22)

Quadro 6.29. Nível de Renda.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
O impacto previsto na maioria dos componentes do projeto tem um
inequívoco caráter positivo e cuja importância é tida como alta, de abrangência local, de
45
média duração, porém de efeitos parcial ou imediatamente reversível. Como se trata da
fase inicial do projeto é natural supor uma queda na geração dos empregos ao término
da obra.
Em contrapartida, na fase de operação os efeitos previstos nesta fase
têm uma abrangência maior (regional), é de caráter irreversível, com os mesmos níveis
de importância e visto como um impacto positivo, com ressalvas as etapas de tratamento
de efluentes, que apresentam resultados dissonantes (De caráter neutro, importância
média, de curta duração e reversível). Vê-se aí uma deficiência na oferta de mão-de-
obra qualificada para esta área específica e a falha na conscientização ambiental da
população.

6.3.3.9. Opinião Pública

Justificativa: A opinião pública tem um papel importante na consolidação positiva para


a instalação de qualquer empreendimento. O entendimento dos benefícios e a
compreensão dos atrativos econômicos, sociais e culturais que serão adicionados à
comunidade impactada, cria um universo de convergência de interesses, que otimiza os
processos de consolidação e desenvolvimento do aterro sanitário.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Levantamento de campo e estudos preliminares


-
(Y1)

- Elaboração de projetos (Y2)

Instalação e funcionamento do canteiro de obras


-
(Y4)

- Preparação do terreno (Y5)


Opinião Pública
(X30) - Disposição de bota fora (Y6)

Obras de infraestrutura, construção civil e


-
sistema sanitário (Y9)

- Paisagismo (Y10)

Contratação e capacitação da equipe de


-
funcionários (Y11)

46
- Recomposição paisagística (Y24)
Quadro 6.30. Opinião Pública.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
A comunidade local será a principal beneficiaria nesta fase do projeto,
tendo conhecimento das etapas de desenvolvimento deste, é a principal beneficiada com
as mudanças estruturais urbanas, desde a construção e melhoria das vias de acesso,
infraestrutura básica de saneamento e empregos, diretamente ligados ao
desenvolvimento econômico. Sendo esta fase identificada como de caráter positivo,
importância alta, cobertura local, duração média e reversível.
Na fase de operação, o fortalecimento das relações sociais e comercias
entre o empreendimento e a população local será incrementada nesta fase do projeto,
baseado na transparência das informações sobre os processos que serão desenvolvidos
nesta fase. As alterações ambientais já estarão consolidadas e as melhorias incorporadas
ao cotidiano.

6.3.3.10. Segurança Pública

Justificativa: Alterações de grande significância no meio físico acarretam uma série de


mudanças no modo e na qualidade de vida da população, principalmente aquela
residente em áreas onde as relações com as modificações sejam diretas.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Segurança Pública
- -
(X31)
Quadro 6.31. Segurança Pública.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Na área em que o empreendimento está situado, não foram


encontrados assentamentos habitacionais dentro de um perímetro de dois quilômetros de
distância. Dessa forma, os impactos, sendo positivos ou negativos, não possuirão efeitos
sobre a segurança pública.

47
6.3.3.11. Qualidade De Vida

Justificativa: A qualidade de vida de uma população é reflexo da soma de uma série de


componentes que variam desde a presença/ausência de infraestrutura básica na
comunidade, chegando ao grau de qualificação e empregabilidade da população.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS

Contratação e capacitação da equipe de


-
funcionários (Y11)
Qualidade de Vida Integração das Ações com a Gestão Municipal
-
(X32) (Y13)

- Recomposição paisagística (Y24)

Quadro 6.32. Qualidade de Vida.


Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTO POSITIVO:
Além da geração direta de emprego e renda que trazem melhoria na
qualidade de vida da população, outras obras relacionadas à presença do
empreendimento, afetam positivamente não somente aquela parcela da população ligada
ao empreendimento, mas sim a todos os moradores do entorno, com a melhoria de
serviços básicos e da infraestrutura do município. Tais benefícios serão proporcionados
principalmente durante a fase de operação e no fechamento do aterro sanitário.

6.3.3.12. Dinamização Da Economia Regional

Justificativa: A existência do aterro sanitário em questão significará o surgimento de


uma nova teia de relações com setores empresariais e industriais basilares da economia
regional. Além de ser um novo ponto de escoamento de produção, que vai possibilitar
toda uma reestruturação na malha viária, mobilizando empresas da área de construção
civil.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS
Dinamização da Instalação e funcionamento do canteiro de obras,
-
Economia Regional inclusive contratação de pessoal (Y4)

48
(X33) - Preparação do terreno (Y5)

- Utilização de material de empréstimo (Y8)

Obras de infraestrutura, construção civil e


- sistema sanitário (Y9)
Contratação e Capacitação da Equipe de
- Funcionários (Y11)

Manutenção de Equipamentos (Y12)


-
Integração das Ações com a Gestão Municipal
- (Y13)

Monitoramento de gases e água (Y22)


-
Quadro 6.33. Dinamização da Economia Regional.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de instalação, a contratação de mão de obra local será o
primeiro aspecto associado ao desenvolvimento do projeto, este efetivo dará suporte
direto ao estabelecimento, desde a implantação dos canteiros de obra às atividades
relacionadas aos processos de logística de empreendimento.
Na fase de operação, a partir do funcionamento do aterro, além da
empresa responsável pelo gerenciamento de resíduos sólidos, diversas empresas irão
atuar nas etapas internas de monitoramento, desenvolvendo atividades complementares
ao processo. O beneficiamento dos insumos produzidos irá desencadear um fluxo de
desenvolvimento econômico em toda a região da AII contribuindo para a dinamização
da economia regional.
No fechamento do aterro sanitário, será necessária a contratação de
mão de obra especializada para realizar o monitoramento dos gases e da água
produzidos na área do empreendimento.

6.3.3.13. Setor Secundário

Justificativa: O aterro sanitário será responsável pelo desenvolvimento econômico e


mudanças estruturais na sociedade. Desta forma interagindo com todos os setores das

49
estruturas públicas e culturais de uma comunidade, fomentando o desenvolvimento
intelectual, científico econômico e social.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS
Contratação e Capacitação da Equipe de
-
Funcionários (Y11)

- Aquisição de Equipamentos Necessários (Y12)

Setor Secundário Integração das Ações com a Gestão Municipal


-
(X34) (Y13)

Disposição de resíduos (Y14)


-

Monitoramento de gases e água (Y22)


-
Quadro 6.34. Setor Secundário.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de instalação, o desenvolvimento econômico irá atrair um
número significativo de trabalhadores para residir no município de Santa Rita, em busca
de oportunidades de emprego.
Associado ao desenvolvimento do aterro, outras unidades industriais
serão atraídas na região da AII contribuindo para o desenvolvimento do Município, a
população será beneficiada com as modificações relacionadas às mudanças do uso e
ocupação do solo, aumentando assim a demanda de serviços de saneamento básico,
incremento do tráfego nas rodovias de acesso e com o aumento significativo da
população residente no Município de Santa Rita/PB e na circunvizinhança.

6.3.3.14. Aumento Da Arrecadação De Tributo

Justificativa: A arrecadação de impostos deve passar por um incremento significativo a


partir da instalação do empreendimento. O Município de Santa Rita/PB, segundo dados
do IBGE, obteve arrecadações tributárias no total R$ 16.084.455,21 no ano de 2014.
Desta forma, o alcance na arrecadação de tributos varia de componente para
componente, levando em consideração a hierarquia e a distribuição dos impostos por
50
setor e esfera administrativa. Algumas deficiências estruturais que foram identificadas
na pesquisa de campo podem ser explicadas, devido ao poder limitado da administração
municipal em suprir as demandas municipais por serviços de infraestrutura e suporte
socioeconômico.

IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Instalação e funcionamento do canteiro de


- obras, inclusive contratação de pessoal
(Y4)

- Preparação do terreno (Y5)

- Utilização de material de empréstimo (Y8)


Aumento da
Obras de infraestrutura, construção civil e
Arrecadação dos
- sistema sanitário (Y9)
Tributos
Contratação e Capacitação da Equipe de
(X35)
- Funcionários (Y11)
Integração das Ações com a Gestão Municipal
- (Y13)

Disposição de resíduos (Y14)


-
Fechamento das células de disposição
- (Y23)
Quadro 6.35. Aumento da arrecadação dos tributos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de instalação, o município será beneficiado com o incremento
na arrecadação fiscal que irá capitalizar para o munícipio, mediante investimentos em
infraestrutura de suporte e melhorias para a população. Este componente foi avaliado
como de caráter positivo, importância alta, cobertura regional, duração permanente e
irreversível.

51
Na fase de operação, a arrecadação de imposto nessa fase será
impactada de forma significativa em diversas regiões da AID e AII. Além do aterro, as
empresas terceirizadas e prestadoras de serviços devem gerar um incremento tributário
aos municípios de origem, desta forma desenvolvendo uma cadeia produtiva de forma
associada à implementação do aterro.

6.3.3.15. Atividades Terceirizadas

Justificativa: A implantação do empreendimento irá criar uma demanda por


profissionais e serviços das mais diversas áreas. A cadeia produtiva de suporte será
desenvolvida tanto para atender as demandas do aterro, assim como para dar suporte às
empresas e profissionais que deverão prestar serviços ao empreendimento. Criando
desta forma um ciclo de desenvolvimento econômico e social nas áreas da AID e AII.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS
- Elaboração de Projetos (Y2)
Instalação e funcionamento do canteiro de
-
obras (Y4)
- Preparação do terreno (Y5)

- Disposição de bota fora (Y6)

- Abertura de trincheiras (Y7)

-
Utilização de material de empréstimo (Y8)
Atividades
Obras de infraestrutura, construção civil e
Terceirizadas
- sistema sanitário (Y9)
(X36)
- Paisagismo (Y10)
Contratação e Capacitação da Equipe de
- Funcionários (Y11)

-
Manutenção de Equipamentos (Y12)

Integração das Ações com a Gestão Municipal


- (Y13)

Disposição de Resíduos (Y14)


-

52
- Monitoramento ambiental e do sistema (Y16)

Manutenção do Sistema (Y17)


-
Produção de Dados Primários sobre Gestão
- de Resíduos Sólidos (Y21)

Monitoramento de gases e água (Y22)


-

Fechamento das células de disposição (Y23)


-
Quadro 6.36. Atividades Terceirizadas.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de planejamento e na instalação, a contratação de pessoal por
empresas prestadoras de serviços terá maior impacto nesta fase do projeto, sendo
observadas atividades transversais ao empreendimento. Observando as deficiências do
Município, no setor de serviços e pessoal para atividades terceirizadas, serão
necessários novos profissionais para dar suporte à cadeia produtiva em
desenvolvimento. Para este período os impactos serão de caráter positivo, importância
alta, cobertura regional, duração média e reversível.
Na fase de operação, com a consolidação do aterro, empresas de
segmentos comerciais e de serviços especializados, deverão auxiliar o desenvolvimento
das atividades transversais, criando assim uma cadeia produtiva associada ao
empreendimento.
Trabalhadores com qualificação técnica diversificada deverão ser
contratados para dar suporte às demandas associadas, criadas pelas empresas que
trabalharão diretamente na operação do aterro.

6.3.3.16. Serviços Públicos

Justificativa: O incremento populacional trazido pelo aumento da atividade do aterro


irá gerar o aumento da demanda por serviços públicos em todo o Município. Os serviços
públicos estão relacionados à infraestrutura.

53
COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS
AMBIENTAL NEGATIVOS POSITIVOS
Levantamento de campo e estudos
-
preliminares (Y1)
Serviços Públicos
- Elaboração de Projetos (Y2)
(X37)
Integração das Ações com a Gestão
-
Municipal (Y13)
Quadro 6.37. Serviços Públicos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de instalação, a partir do levantamento de campo, estudos
preliminares e elaboração de projetos, percebem-se benefícios para o setor público, no
que tange ao conhecimento técnico-científico da área do empreendimento.
Na fase de operação, a implantação do aterro sanitário de Santa Rita,
atende ao Projeto de Lei 2289/2015 que determina: “Todos os municípios brasileiros
que possuírem população entre 50 mil e 100 mil habitantes, devem destinar
corretamente os rejeitos produzidos pelos processos produtivos presentes no contexto
socioeconômico municipal até o prazo de 31 de julho de 2021”.

6.3.3.17. Transporte Rodoviário

Justificativa: O acesso ao ASL é realizado através da PB-025 e PB-019 que fazem


entroncamento com a BR-101, principal acesso rodoviário ao município. Devido ao
constante tráfego de veículos transportadores de resíduos para o aterro.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

- Preparação do terreno (Y5)

Transporte Rodoviário
- Disposição de bota fora (Y6)
(X38)

- Abertura de trincheiras (Y7)

54
Obras de infraestrutura, construção civil e
-
sistema sanitário (Y9)
Contratação e Capacitação da Equipe de
-
Funcionários (Y11)
Integração das Ações com a Gestão Municipal
-
(Y13)
Quadro 6.38. Transporte Rodoviário.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Devido ao aumento da demanda de veículos para transporte dos
resíduos para o ASL, serão realizadas a pavimentação das vias de acesso, melhorando a
passagem de veículos nos arredores do empreendimento.

6.3.3.18. Sistema De Telecomunicações

Justificativa: Os sistemas de telecomunicações são componentes importantes, visto que


durante a instalação e a operação do aterro será necessária a transmissão de informações
tanto internamente como no meio externo.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Sistema de
Contratação e Capacitação da Equipe de
Telecomunicações -
Funcionários (Y11)
(X39)
Quadro 6.39. Sistema de Telecomunicações.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de operação, o sistema de telecomunicação será de grande
utilidade, de forma que otimize a transmissão de informações internamente como
também como o meio externo. Caso haja necessidade, poderá ser instalada uma antena
de radiodifusão para melhoram o sinal naquela região.

55
6.3.3.19. Saneamento Básico

Justificativa: Segundo a legislação federal Lei nº. 11.445/2007, o saneamento básico


corresponde ao conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana,
manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Instalação e funcionamento do canteiro de
-
obras (Y4)

- Abertura de trincheiras (Y7)

Obras de infraestrutura, construção civil e


-
sistema sanitário (Y9)
Integração das Ações com a Gestão
Saneamento Básico -
Municipal (Y13)
(X40)
- Disposição de Resíduos (Y14)

- Manutenção do Sistema (Y17)

Drenagem dos Gases (Y19)


-

Tratamento do Chorume (Y20)


-
Quadro 6.40. Saneamento Básico.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
O saneamento básico constitui um conjunto formado pelos sistemas de
abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, gerenciamento de resíduos
sólidos e drenagem de água de chuvas. Na fase de instalação, o aterro contará com um
sistema de coleta do chorume e tratamento sanitário. Outro sistema será implantado para
a captação de gases que são gerados com a decomposição da matéria orgânica no aterro.

56
Todo esse sistema de saneamento básico no aterro sanitário influencia positivamente no
empreendimento.

6.3.3.20. Educação

Justificativa: Através da educação, as mudanças sociais ocorrem de maneira real e


efetiva. A qualificação profissional modifica a realidade social transformando a vida do
indivíduo capacitado e a cadeia produtiva associada ao seu desenvolvimento.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Educação Contratação e Capacitação da Equipe de
-
(X41) Funcionários (Y11)
Quadro 6.41. Educação.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Na fase de operação, as políticas internas de gestão dos resíduos
deverão gerar na população local, que vier a trabalhar no canteiro de obras, a
consciência ambiental e destinação correta dos resíduos sólidos e hidrossanitários,
formando a mentalidade necessária para que este trabalho seja desenvolvido nas
residências, de maneira que seja estabelecido um comportamento ambiental consciente
na população de Santa Rita.
Devido à procura por profissionais, com o fim de atender às demandas
da infraestrutura de apoio, devem ser instaladas no município de Santa Rita: Escolas
técnicas e profissionalizantes para formar mão de obra capacitada para as atividades
profissionais necessárias para o aterro sanitário, desenvolvendo assim, as redes de
ensino particular e público da região, baseando-se na demanda gerada pelo
empreendimento.

6.3.3.21. Comunidade Tradicional

Justificativa: As comunidades tradicionais apresentam rituais e cerimônias derivadas


de seus predecessores o que caracteriza uma herança cultural. Tais práticas podem ser

57
afetadas pelo empreendimento proposto, aterro sanitário, pela inclusão de novos
empregados de outros estados que podem causar um conflito com os atuais nativos. Os
novos empregados de cidades e regiões vizinhas trazem simbologias e tradições
alóctones. Por outro lado, o aterro sanitário pode melhorar a saúde e o bem-estar local,
trazendo uma mudança de hábitos que pode melhorar a saúde da população.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL

NEGATIVOS POSITIVOS
Comunidade Tradicional Levantamento de Campo e Estudos
-
(X42) Preliminares (Y1)
Quadro 6.42. Comunidade Tradicional.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS NEGATIVOS:
Invasão de cultura alóctone que pode se instalar por incorporação de
funcionários de outros estados e cidades que não tem uma leitura sobre as práticas e
rituais locais.

PONTOS POSITIVOS:
Melhora na saúde da população por saneamento básico. Registro das
práticas culturais locais e seus mestres.

6.3.3.22. Educação Patrimonial

Justificativa: Atividades educativas são essenciais para mitigar o efeito de entrada de


funcionários, empreendimentos e tecnologias alóctones. As atividades de educação
patrimonial são aplicadas tanto no ambiente escolar, como fora dele em associações e
centros de vivência. Alguns atores locais agem como multiplicadores fazendo com que
a informação chegue no maior número de pessoas do Município.

58
IMPACTOS AMBIENTAIS
COMPONENTE
AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Educação Patrimonial Levantamento de Campo e Estudos


-
(X43) Preliminares (Y1)
Quadro 6.43. Educação Patrimonial.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
Estudo e valorização do patrimônio arqueológico, cultural e
arquitetônico acautelados pelas esferas federal, estadual e municipal.

6.3.3.23. Patrimônio Material

Justificativa: O patrimônio material apresenta-se como importante para resgatar a


história perdida de populações pretéritas. O patrimônio material revela facetas da pré-
história de mais de dez mil anos antes do contato com os portugueses invasores, como
também exibe retalhos de uma história recente de 518 anos. Dentre os materiais que
poderão ser evidenciados e registrados temos líticos, cerâmica, adornos, ossos, vidros,
metais, sementes, pólen, dentre outros vestígios.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS

AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS

Levantamento de Campo
Instalação e funcionamento do
e Estudos Preliminares
canteiro de obras (Y4)
(Y1)
Patrimônio Material
Preparação do terreno (Y5)
(X44) -

Disposição de bota fora (Y6) -

Abertura de trincheiras (Y7)


-
Quadro 6.44. Patrimônio Material.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
59
PONTOS POSITIVOS:
Na fase de levantamento de campo e estudos preliminares serão
realizados acompanhamentos arqueológicos para possíveis resgates, o que permite o
estudo de populações pretéritas. Dentre os materiais que foram evidenciados e
registrados temos líticos, cerâmica, adornos, ossos, vidros, metais, sementes, pólen,
dentre outros vestígios.

PONTOS NEGATIVOS:
Durante a instalação do canteiro de obras, a preparação do terreno,
disposição do bota fora e abertura de trincheiras, haverá um possível dano ao patrimônio
material que estiver localizado no subsolo sempre que houver revolvimento de terra.

6.3.3.24. Patrimônio Imaterial

Justificativa: O levantamento do patrimônio imaterial requer uma minúcia de detalhes


incluindo a pesquisa nos inventários, livros de mestres, dos saberes e das formas de
expressão. O patrimônio imaterial compreende as atividades cotidianas que são
relacionadas aos rituais e cerimônias que porventura ocorram em determinada
comunidade, incluindo danças e artesanato.

COMPONENTE IMPACTOS AMBIENTAIS


AMBIENTAL
NEGATIVOS POSITIVOS
Patrimônio Material Levantamento de Campo e Estudos
-
(X45) Preliminares (Y1)
Quadro 6.45. Patrimônio Imaterial.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

PONTOS POSITIVOS:
O levantamento de campo proporcionará um conhecimento minucioso
a respeito dos saberes e costumes nas comunidades instaladas na AID do
empreendimento. O patrimônio imaterial compreende atividades cotidianas que são
relacionadas com rituais e cerimonias que porventura façam parte da cultura local.

60
6.4. QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Sintetizando a matriz, inicialmente foi realizado o somatório dos


impactos ambientais levando em consideração as fases do projeto de construção do
aterro sanitário do município de Santa Rita-PB. Feito o somatório obtivemos o seguinte
resultado:

Fase de Planejamento:
 16 (Dezesseis) impactos positivos;
 0 (Zero) impactos negativos;
 119 (Cento e dezenove) impactos neutros.
Fase de Instalação:
 43 (Quarenta e três) impactos positivos;
 86 (Oitenta e seis) impactos negativos;
 186 (Cento e oitenta e seis) impactos neutros.
Fase de Operação:
 76 (Setenta e Seis) impactos positivos;
 19 (Dezenove) impactos negativos;
 355 (Trezentos e trinta e cinco) impactos neutros.
Fase de Fechamento:
 32 (Trinta e dois) impactos positivos;
 0 (zero) impactos negativos;
 103 (Cento e três) impactos neutros.

61
Gráfico 6.1. Quantificação dos Impactos por Fase.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Posteriormente, com os resultados das somatórias obtidos no gráfico


01 acima, foi possível totalizar os impactos ambientais positivos, negativos e neutros do
ASL, obtendo ao todo, 1035 correlações através do cruzamento do eixo x
(componentes ambientais) com o eixo y (fases do projeto), destes 167 impactos
positivos, 105 impactos negativos e 763 impactos neutros (gráfico 02), o que
significa que com a construção do empreendimento, tem-se mais efeitos positivos do
que negativos, considerando principalmente o crescimento da qualidade ambiental, com
a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos do município, o desenvolvimento
socioeconômico com a geração de empregos diretos e indiretos e a movimentação
econômica no âmbito local e regional.

62
Gráfico 6.2. Quantificação Total dos Impactos.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

6.5. AVALIAÇÃO PONDERAL DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Para uma melhor avaliação dos impactos gerados pela atividade


mineira, adaptou-se aos modelos adotados e já citados, o modelo desenvolvido por
Bianchi, et al., 1989. Dessa forma são assim reformuladas as valorações dos atributos:
a. Quanto ao Caráter: Exprime o caráter da modificação causada por uma
determinada ação.
- Positivo [1] – Quando o impacto de uma determinada ação for benéfico;
- Neutro [0] – Impacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do
mesmo;
- Negativo [-1] – Quando o impacto de uma determinada ação for adverso.

b. Quanto a Relação: Indica a fonte do impacto.


- Direto [2] – Decorre de ações praticadas pelo empreendedor;
- Indireto [1] – Decorre de um impacto direto do projeto em análise;

63
c. De acordo com a Magnitude: Exprime a extensão do impacto, através de uma
valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do
projeto.
- Grande [3] – De magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica
ambiental considerada;
- Média [2] – De magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a
característica ambiental considerada;
- Pequena [1] – De magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental.

d. De acordo com a importância: Indica a importância ou significância do impacto


em relação à sua interferência no meio.
- Significativa [3] – Intensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida,
quando adversa, ou ganho, quando benéfica;
- Moderada [2] – Intensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando
adversa, ou refletindo na melhoria de qualidade de vida, quando benéfica;
- Não significativa [1] – De intensidade não significativa, com interferência não
implicando em alteração da qualidade de vida.

e. De Acordo com a Escala temporal: Estabelece a relação entre a ação geradora e


o aparecimento do impacto.
- Imediato [3] – Ocorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera;
- Médio [2] – Ocorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera;
- Longo [1] – Ocorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

f. De Acordo com a Escala Espacial: Estabelece a extensão da interferência, ou


seja, a referência espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.
- Local [1] – Quando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas
imediações;
- Regional [2] – Quando o efeito gerado se propaga para além da área de influência
direta ou entorno mais próximo da ação impactante;

64
g. Quanto a Reversibilidade: Indica a capacidade de regeneração do ambiente após
ser impactado.
- Reversível [1] – Quando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a
cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas;
- Irreversível [2] – Quando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser
reestabelecido.

I - Com relação ao Caráter:


a- 167 são considerados positivos (16,14%);
b- 105 são considerados negativo (10,14%);
c- 763 são considerados neutros (73,72%).

II – Quanto à Relação:
a - 159 positivos e 13 negativos de Relação direta (Di);
b – 94 positivos e 11 negativos de Relação indireta (In).

III – Com relação à Magnitude:


a – 7 positivos e 12 negativos de Magnitude Pequena (MP)
b – 58 positivos e 29 negativos de Magnitude Média(MM)
c – 107 positivos e 64 negativos de Magnitude Grande (MG)

IV – Com relação à Importância:


a - 2 positivos e 5 negativos de importância não significativa (NS)
b – 50 positivos e 37 negativos de importância moderada (MO)
c – 120 positivos e 63 negativos de importância significativa (SI)

V – Com relação à Escala Temporal:


a – 129 positivos e 88 negativos de Escala Temporal Imediata (Imed)
b – 34 positivos e 12 negativos de Escala Temporal Média (Med)
c – 9 positivos e 5 negativos de Escala Temporal Longa (Long)

VI – Com relação à Escala Espacial:


a – 135 positivos e 104 negativos de Escala Local (Loc)

65
b – 37 positivos e 1 negativo de Escala Regional (Reg)
VII – Quanto à Reversibilidade:
a – 143 positivos e 51 negativos Reversíveis (Rev)
b – 29 positivos e 54 negativos Irreversíveis (Irev)

De acordo com os dados anteriores, a maioria dos impactos benéficos


e adversos se apresenta com magnitude moderada, significando que a variação ainda
que expressiva, não tem alcance para descaracterizar os fatores ambientais
considerados. Por conseguinte, a maioria dos impactos em relação à magnitude é
positiva, portanto constitui-se numa atividade que viabiliza a sustentabilidade da
operação do aterro sanitário.
Considerando o grau de importância, ou seja, quanto cada impacto é
importante em relação à sua capacidade de interferência com o meio ambiente quando
comparado com outros impactos. Nessa avaliação, a maioria dos impactos benéficos é
significativamente importante, ou seja, a intensidade da interferência dos aspectos
positivos do empreendimento se configurará como ganhos para a ADA, a AIA e AID.
Quanto à duração, que é o registro de tempo de permanência do
impacto, depois de concluída a ação que o gerou, pode-se descrever que, a maioria dos
impactos tanto benéficos quanto adversos é de longa duração, ou seja, assumem um
caráter permanente no meio ambiente, mesmo após o término da atividade geradora.
A avaliação ponderal demonstra que mais da metade dos impactos
estudados, tem caráter neutro (73,72%), ou seja, 763 dos 1035 eventos analisados não
tem nenhuma significância sobre os meios estudados enquanto que os positivos e
negativos juntos correspondem a 26,28%.
Os impactos negativos (adversos), de acordo com o meio estudado
podem ser assim descritos:
 Potencialização de processos erosivos;
 Alterações da topografia e relevo;
 Perda da cobertura vegetal;
 Modificações no lençol freático;
 Risco de alteração da qualidade de corpos de água,
 Risco de perda de patrimônio geologicamente importante (cavidades naturais), caso
seja encontrado na área.

66
Para o meio biótico, os impactos adversos estão relacionados à perda
da biodiversidade local e afugentamento da fauna, devido à retirada da cobertura
vegetal.
No meio antrópico, os impactos adversos estão relacionados à
possibilidade de ocasionar acidentes de percurso e acidentes de trabalho, além das
ocorrências de perturbações resultantes pelo tráfego de equipamentos ao longo das vias
terraplenadas funcionais e nas rodovias. Também, pela possibilidade de interações
adversas, possivelmente incidentes no Patrimônio Histórico e no sítio arqueológico, se
for identificado na área, na hipótese de ineficiente gerenciamento ambiental.
Os impactos de Caráter Benéfico representam 16,14% do total
percentual e caracterizam-se pela predominância daqueles de magnitude moderada,
estando ligados ao meio biótico como proteção da fauna e flora terrestre, pelas ações
compensatórias a serem executadas e o beneficiamento de resíduos posterior a linha
triagem.
Os impactos de Caráter Benéfico de Magnitude Moderada incidem de
forma positiva no meio antrópico, ao nível local, através da otimização da ocupação do
solo, além de promover uma maior absorção da mão de obra direta e indireta. Também,
estão previstos os impactos benéficos incidentes sobre o Patrimônio Histórico e no sítio
arqueológico, considerando-se o eficiente gerenciamento ambiental, em consonância
com as ações propostas.
Os demais impactos previstos são os neutros, que estão estimados
em um total percentual de 73,72%, correspondendo em geral a eventos irrelevantes.
Os impactos de forma geral são mais expressivos sobre o meio físico,
uma vez que se altera o ambiente com a supressão da vegetação, entretanto, se trata de
atividade de suma importância para a sociedade atual, gerando bens (produtos)
indispensáveis para várias atividades humanas ligadas ao beneficiamento de resíduos
sólidos urbanos , ainda que o impacto negativo local seja exista, destacam-se os
impactos positivos tanto localmente refletindo também ao menos na região de inserção
do empreendimento, na geração de produtos e contribuindo para o desenvolvimento da
economia local, na geração de impostos e outros serviços.

67
Capítulo 7

PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS


7. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

7.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

As Medidas Mitigadoras visam amenizar os impactos ambientais


adversos causados pela aplicação dos procedimentos nas diferentes etapas do ASL, nas
suas áreas de influência direta e indireta. Para tanto, são propostas medidas de
atenuação e compensação dos impactos adversos durante todas as etapas do projeto,
constituindo um elemento de suporte no planejamento, execução, orientação e
monitoramento ambiental.
Previamente à etapa de instalação, está incluído o componente
"Procedimentos Iniciais, Estudos, Projetos e Planejamento", que se encontra concluído
em todas as suas fases. Os demais componentes ainda serão instalados, após a obtenção
da necessária Licença de Instalação (LI-SUDEMA), a partir da qual dar-se-á início a
tais atividades.
Na sua elaboração, tomou-se como base os levantamentos de campo,
os elementos constitutivos do empreendimento, aliadas ao estudo de identificação dos
impactos ambientais adversos, cumprindo-se o que determina o TR-SUDEMA.
Como forma de acompanhamento de sua efetiva execução, serão
elaborados e apresentados aos órgãos ambientais licenciadores e fiscalizadores o
“Relatório de Execução do Plano de Controle Ambiental”. Neste documento técnico a
ser apresentado em período semestral, o empreendedor listará os procedimentos
específicos já executados, os em execução, assim como os que serão implantados no
subsequente período semestral. Os relatórios de acompanhamento da execução dos
procedimentos deverão ser assinados e rubricados pelos responsáveis técnicos pela
execução das atividades de monitoramento ambiental, nas suas respectivas áreas
técnicas.
Destaca-se que todos os procedimentos e planos de controle
ambiental, tratados no presente capítulo, serão melhor quantificados e apresentados na
versão de detalhamento, no ato do Requerimento da Licença de Instalação (SUDEMA).

69
7.2. MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL

7.2.1. Componente Impactante: Limpeza de Terreno e Desmatamento

7.2.1.1. Medida Mitigadora

Promover a retirada seletiva da vegetação arbórea, arbustiva, herbácea


e da camada de serapilheira, com equipamentos pesados, na área da infraestrutura do
ASL (edificações, vias, células e lagoas), destinando-se em pilhas diferenciadas no
Bota-Fora.
 Natureza da Ação: Preventiva, constituindo atividade plenamente controlável
devido a total utilização de mecanização na execução da ação, mediante retroescavação
com escavadeira hidráulica e simultâneo carregamento de caminhões com caçamba do
tipo basculante, que direcionarão a carga para a área de estocagem provisória. Esta ação
conduz à eficiência do processo, considerando-se o controle de manutenções
preventivas e controle operacional dos equipamentos envolvidos.
 Fase do Empreendimento: Instalação da infraestrutura do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meio Físico e Meio Biótico.
 Parâmetros de Controle: “Qualidade do Solo” (adensamento, contaminação
por resíduos oleosos, instalação de processos erosivos e vibrações); “Qualidade do Ar”
(poeiras, ruídos e gases da combustão de óleo diesel) e da “Qualidade da Água
Superficial” (alteração da qualidade).
 Prazo de Permanência: Curto Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações em Campo,
Obtenção da autorização junto a SEMAM/PMSR ou SUDEMA (Uso Alternativo do
Solo), Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Adensamento do Solo / Afugentamento da Fauna.

7.2.2. Componente Impactante: Implantação do Sistema viário

7.2.2.1. Medida Mitigadora

O sistema viário pavimentado deverá ser implantado por empresa


especializada em obras rodoviárias, planejado previamente de forma a não interromper
70
o sistema natural de drenagem, onde será colocada a sinalização de orientação e de
educação ambiental.
 Natureza da Ação: Preventiva, constituindo totalmente mecanizada, que
conduz à eficiência do processo, considerando-se o controle operacional.
 Fase do Empreendimento: Instalação do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meios Antrópico, Físico e
Biótico
 Parâmetros de Controle: “Qualidade do Solo” (adensamento, dispersão de
agregados e resíduos de asfalto, contaminação por resíduos oleosos e vibrações);
“Qualidade do Ar” (poeiras, ruídos e gases da combustão de óleo diesel) e da
“Qualidade da Água Superficial” (alteração da qualidade).
 Prazo de Permanência: Curto Prazo.
 Corresponsabilidade da Implementação: Empreendedor e Empresa
Terceirizada.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações em Campo,
Obtenção da autorização junto a SEMAM/PMSR ou SUDEMA (Uso Alternativo do
Solo), Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Adensamento do Solo / Afugentamento da Fauna.

7.2.3. Componente Impactante: Instalação e Funcionamento do Canteiro de


Obras

7.2.3.1. Medida Mitigadora

Será implantada infraestrutura para funcionamento de canteiro de


obras no interior do ASL, cujas atividades de implantação e funcionamento serão
executadas por Engenheiro Civil qualificado e responsável técnico perante do
CREA/PB, como também monitoradas por equipe técnica multidisciplinar.
 Natureza da Ação: Preventiva, cujo planejamento, implantação e
funcionamento sob responsabilidade de profissional credenciado, conduzirá à eficiência
do processo, em termos de otimização dos procedimentos específicos e custos, controle
e segurança do trabalho e salubridade do ambiente, considerando-se que parte da
infraestrutura necessária já se encontra implantada.

71
 Fase do Empreendimento: Instalação do ASL
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meios Físico e Biótico
 Parâmetros de Controle: “Qualidade do Solo” (adensamento, dispersão de
agregados e materiais de construção, contaminação por resíduos sólidos e
hidrossanitários); “Qualidade do Ar” (poeiras e ruídos) e da “Qualidade da Água
Superficial” (alteração da qualidade).
 Prazo de Permanência: Curto Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações em Campo e
Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Adensamento do Solo / Afugentamento da Fauna /
Alteração da Paisagem.

7.2.4. Componente Impactante: Escavação, Carregamento e Transporte do


Solo

7.2.4.1. Medida Mitigadora

Promover a escavação, carregamento e transporte do solo utilizando-


se equipamentos pesados (escavadeira hidráulica e caminhões com caçamba
basculante), destinando-o para a área de estocagem provisória de sedimentos, a partir do
prévio planejamento e demarcação de campo, definindo-se os limites horizontais e de
profundidades, de forma a remover apenas a quantidade necessária para a implantação
das células do aterro sanitário.
 Natureza da Ação: Preventiva, a ser executada por equipamentos pesados, o
que confere o perfeito controle operacional da atividade, mediante retroescavação com
escavadeira hidráulica e simultâneo carregamento de caminhões com caçambas do tipo
basculante, que direcionarão os sedimentos escavados para a área de estocagem
provisória. Esta ação é conduz à eficiência do processo, considerando-se o controle de
manutenções preventivas e controle operacional dos equipamentos envolvidos.
 Fase do Empreendimento: Instalação da infraestrutura do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meio Físico e Meio Biótico.

72
 Parâmetros de Controle: “Qualidade do Solo” (adensamento, contaminação
por resíduos oleosos, instalação de processos erosivos e vibrações); “Qualidade do Ar”
(poeiras, ruídos e gases da combustão de óleo diesel) e da “Qualidade da Água
Superficial” (alteração da qualidade).
 Prazo de Permanência: Curto Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações em Campo e
Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Adensamento do Solo / Afugentamento da Fauna /
Alteração do Relevo.

7.2.5. Componente Impactante: Instalação e Funcionamento do Aterro

7.2.5.1. Medida Mitigadora

Será implantada infraestrutura do aterro sanitário (camada de base,


geomembranas, sistema de captação e queima de gases, sistema de captação de
chorume, sistema de tratamento do chorume, sistema de drenagem das águas pluviais),
cujos procedimentos de instalação e operação serão executados por Engenheiro
Sanitarista qualificado e responsável técnico perante do CREA/PB, como também
monitorados por equipe técnica multidisciplinar.
 Natureza da Ação: Preventiva, cujo planejamento, implantação e
funcionamento sob responsabilidade de Engenheiro Sanitarista, conduzirá à eficiência
do processo, em termos de otimização dos procedimentos específicos e custos, controle
e segurança do trabalho e salubridade do ambiente.
 Fase do Empreendimento: Instalação e Funcionamento do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meios Antrópico, Físico e
Biótico.
 Parâmetros de Controle: “Interações adversas resultantes do incremento do
tráfego local”, “Qualidade do Solo” (adensamento, dispersão de resíduos sólidos,
contaminação por efluentes); “Qualidade do Ar” (poeiras, ruídos e gases da combustão
de óleo diesel) e da “Qualidade da Água Superficial” (alteração da qualidade); Meio
Biótico (afugentação da fauna nativa e atração de vetores).

73
 Prazo de Permanência: Longo Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações em Campo e
Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Contemplados na “Compensação
Ambiental”.
 Impactos Não Mitigáveis: Fluxo de caminhões / Adensamento do Solo /
Afugentamento da Fauna Nativa / Alteração da Qualidade do Ar (poeiras, ruídos e gases
da combustão do óleo diesel) / Alteração da Qualidade da Água Superficial / Alteração
da Paisagem.

7.2.6. Componente Impactante: Utilização no Aterramento do Sedimento


Estocado

7.2.6.1. Medida Mitigadora

Utilizar os sedimentos argiloarenosos no aterramento das frentes na


célula, aproveitando-se estes na respectiva pilha de estocagem no Bota-Fora já existente
na Fazenda Nova Vida, evitando-se a abertura de outras áreas de empréstimo e
evitando-se assim os impactos adversos resultantes.
 Natureza da Ação: Preventiva, a ser executada utilizando-se equipamentos
pesados, o que confere o perfeito controle operacional da atividade, mediante
retroescavação com escavadeira hidráulica e simultâneo carregamento de caminhões
com caçambas do tipo basculante, que direcionarão os sedimentos argiloarenosos
empilhados na área de estocagem provisória, em direção à frente de aterramento na
célula. Esta ação é conduz à eficiência do processo, já que evita a abertura de jazidas em
áreas inexploradas, eliminando-se assim os impactos adversos resultantes.
 Fase do Empreendimento: Funcionamento do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meio Físico e Meio Biótico.
 Parâmetros de Controle: “Qualidade do Ar” (poeiras, ruídos e gases da
combustão de óleo diesel) e da “Qualidade da Água Superficial” (alteração da
qualidade).
 Prazo de Permanência: Longo Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.

74
 Procedimentos Relacionados: Planejamento, Demarcações na Área do bota-
Fora das Diferentes Pilhas de Materiais Estocáveis (Restolhos Vegetais / Serapilheira /
Areia / Sedimento Argiloarenoso) e Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Adensamento do Solo / Afugentamento da Fauna.

7.2.7. Utilização e Manutenção de Equipamentos Pesados

7.2.7.1. Medida Mitigadora

Serão utilizados equipamentos pesados, onde serão executadas as


manutenções dos equipamentos utilizados, amenizando riscos de derramamento de
óleos e lubrificantes no solo, mediante cumprimento de rotinas de manutenção
preventiva (MP) e de manutenção corretiva (MC), quando necessário, sob a
responsabilidade de profissional habilitado. Esta atividade será acompanhada pela
equipe multidisciplinar de monitoramento ambiental.
 Natureza da Ação: Preventiva e Corretiva, cujo planejamento, implantação e
funcionamento sob responsabilidade profissional habilitado, conduzirá à eficiência.
 Fase do Empreendimento: Instalação e Funcionamento do ASL.
 Fatores Ambientais Adversamente Impactados: Meios Físico e Biótico.
 Parâmetros de Controle: “Interações adversas resultantes do incremento do
tráfego local”, “Qualidade do Solo” (adensamento, dispersão de resíduos sólidos e
oleosos, contaminação por efluentes); “Qualidade do Ar” (poeiras, ruídos e gases da
combustão de óleo diesel) e da “Qualidade da Água Superficial” (alteração da
qualidade); Meio Biótico (afugentação da fauna nativa).
 Prazo de Permanência: Longo Prazo.
 Responsabilidade da Implementação: Empreendedor.
 Procedimentos Relacionados: Planejamento e Operações Otimizadas, além de
Monitoramento Ambiental.
 Procedimentos Compensatórios: Não Contemplados.
 Impactos Não Mitigáveis: Fluxo de Equipamentos / Adensamento do Solo /
Afugentamento da Fauna Nativa / Alteração da Qualidade do Ar (poeiras, ruídos e gases
da combustão do óleo diesel) / Geração de Resíduos e Efluentes Oleosos.

75
7.3. MEDIDAS EM RELAÇÃO ÀS ETAPAS E INDICADORES

AMBIENTAIS

As medidas de controle ambiental estão discriminadas em função do


respectivo componente impactante gerador de efeitos adversos, cujas aplicações os
amenizarão ou eliminarão as respectivas manifestações. Algumas são reportadas ao
Projeto Executivo, que determina e quantifica procedimentos operacionais específicos.

7.3.1. Medidas na Etapa de Instalação do Empreendimento

7.3.1.1. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Físico

7.3.1.1.1. Meio Terrestre


O meio terrestre é formado basicamente pela presença e formação de
solos, toda formação geológica e comportamento topográfico do terreno em
determinada região.
Alguns impactos ocorrerão de forma direta no período de instalação
neste meio, porém algumas medidas são estabelecidas de forma a mitigar os mesmos:
 Não utilizar nem permitir o método de queimadas em pilhas de restolhos
vegetais;
 Promover o espraiamento das pilhas de material sedimentar arenoso e
arenoargiloso, com o objetivo de se executar os serviços de terraplenagem da superfície
atual, dever-se-á utilizar equipamentos pesados para execução deste procedimento,
espalhando-se as pilhas de sedimentos homogeneamente ao longo do terreno,
conformando-o com a superfície natural, para a posterior e progressiva utilização desses
sedimentos para o recobrimento diário das células de resíduos dispostos.
Na utilização de equipamentos pesados, deve-se observar as medidas
específicas:
 O impacto visual do aterro é um impacto que pode ser minimizado, porém não
pode ser evitado durante seu funcionamento. Neste sentido, deve-se realizar o
recobrimento diário dos resíduos destinados ao aterro, além de promover a retirada de
entulhos de construção, com intuito de se reduzir esse impacto visual, além de odores
sejam reduzidos na região;

76
 No que diz respeito à instalação do canteiro de obras e outros elementos do
aterro, estes, deverão ser precedidos pela devida demarcação topográfica, para locação
exata dos elementos do ASL em campo, segundo resultados dos trabalhos de campo. O
impacto deste tipo de atividade é inevitável, porém deve ser reduzido com um correto
gerenciamento dos resíduos das contrições e obras destes ambientes;
 Todas as atividades construtivas e operacionais deverão ser executadas e
monitoradas por Engenheiro Civil qualificado a fim de se ter maior ciência dos
possíveis impactos e mitigação dos mesmos in locu;
 Comunicar a Agência Nacional de Mineração (ANM) o posicionamento
geográfico do ASL, solicitando o bloqueio da área para oficialização de requerimentos
por terceiros;
 Todo material resultante da construção dos elementos da ASL terão destinação
correta dos seus resíduos. Os mesmos serão monitorados e gerenciados pelo Engenheiro
Civil responsável pela implantação do aterro;
 Os procedimentos na disposição de bota fora deverão ser precedidos pela devida
demarcação topográfica, para locação exata das células e valas. Esta ação possibilitará a
diminuição de erros de execução e diminuição de possível impacto;
 Todos os procedimentos a serem executados na disposição de bota fora deverão
obedecer o Projeto Executivo, sob responsabilidade técnica de Engenheiro
Ambiental/Sanitarista a fim de se minimizar erros/impactos;
 No processo de abertura de trincheiras, será necessário delimitar em campo os
limites da área a ser escavada (extensão e cortes em profundidade), correspondente a
área da C1 e da área da Estação de Tratamento de Chorume - ETC.
 O sistema viário no setor operacional do aterro (célula e ETC) deverá ser
implantado/ampliado/mantido de forma a não interromper o sistema natural de
drenagem;
 As estradas deverão se adequar ao tráfego de equipamentos pesados;
 As estradas terraplenadas deverão receber manutenção sempre que necessário,
evitando-se trechos alagados e esburacados, amenizando-se riscos de acidentes de
percurso, que resultarão em congestionamento do tráfego. Estas deverão ter um sistema
de drenagem afim de evitar os alagamentos;
 Conservar/implementar a vegetação às margens do sistema viário, visando-se
evitar riscos de instalação de focos erosivos;

77
 Deverão ser ampliados os raios de curvas críticas;
 Implantar a sinalização de orientação, da situação legal do empreendimento e de
educação ambiental;
 Para evitar a geração excessiva de poeira nos acessos terraplenados de uso
contínuo, em épocas de estiagem, deve-se promover a aspersão de água ao longo do
percurso, utilizando-se caminhão pipa.

7.3.1.1.2. Meio Aquático


O meio aquático é caracterizado por ser um ambiente
predominantemente composto de água, este engloba os oceanos, mares, rios, lagos,
córregos, e etc., além de incorporar toda biodiversidade que habita estes ambientes. Pelo
fato da área do aterro não estar próxima a corpos hídricos, os impactos relacionados a
este meio são mais restritos a possível contaminação do lençol freático. No entanto,
durante a instalação, a única atividade potencialmente poluidora será advindas do uso
doméstico da água para fins sanitários, neste sentido algumas medidas serão
estabelecidas de forma a mitigar os mesmos:
 Introdução de um sistema de drenagem nos arredores do aterro, devido a
mudança na compactação do solo. Esta medida além de contribuir para a infiltração em
locais mais propícios, também contribuirá para não ocorrência de deslizamentos em
taludes devido à alta saturação do solo nas proximidades do aterro;
 Manutenção dos sistemas de esgotamento hidrossanitário, possibilitando seu
funcionamento de forma.

7.3.1.1.3. Meio Atmosférico


No ASL, a poluição atmosférica se dará basicamente por meio da
decomposição da matéria contida nas células. Este material, quando se decompõe libera
gases como metano, dióxido de carbono, dentre outros.
Porém, na fase de instalação do aterro, não haverá disposição desses
resíduos, logo o impacto no meio atmosférico será único e exclusivamente por meio da
emissão de gases, ruídos e poeiras advindos da utilização de carros e caminhões, que
serão usados na instalação e funcionamento do aterro. Neste sentido, tal impacto não
poderá ser mitigado ou evitado nesta fase.

78
Com relação aos níveis de ruídos, estes provavelmente devem ficar
acima dos níveis normais do ambiente durante o período de instalação, isso se dá devido
a presença de máquinas, veículos e presença de trabalhadores na fase inicial das obras.
Por sua vez, este aumento na fase inicial não deverá prejudicar as
comunidades locais devido a distância em que o ASL está em relação as mesmas. Já
referente a biota local, é recomendável a presença de um biólogo para que este, faça o
monitoramento das espécies e possível aumento de estresse nas mesmas.

7.3.1.2. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Biótico

7.3.1.2.1. Flora
Neste meio haverá um impacto mais significativo na fase de instalação
devido à necessidade de supressão vegetal de parte da área do aterro. Neste caso,
algumas medidas podem ser adotadas para minimizar tais impactos.
 Será monitorada e gerenciada a área destinada a reserva legal localizada nas
proximidades do aterro;
 A área do aterro será cercada de forma a preservar e manter suas dimensões
originais, além de se delimitar a reserva legal;
 Monitorar e documentar as espécies vegetais existentes, além de realizar estudos
a fim de preservar estas espécies.

7.3.1.2.2. Fauna
Os impactos relativos a este ambiente se dá em cadeia pela perca de
seus habitats em função a supressão vegetal e níveis de ruído gerados no ASL.
 Será realizado o monitoramento e controle de pragas nos arredores do aterro de
forma a estas populações não desequilibrarem a biota existente nas redondezas do
aterro;
 Monitorar e documentar as espécies animais existentes nas proximidades do
aterro, além de realizar estudos afim de preservar essas espécies e seu habitat;
 O ASL deverá contar com a presença de um Biólogo. Este terá como função
monitorar biota local, além de verificar possíveis impactos (estresse) das populações de
animais, devido ao aumento dos níveis de ruído, fluxo de pessoas e/ou maquinários
pesados;

79
 Se necessário, realocar espécies encontradas nas proximidades para áreas mais
propícias.

7.3.1.3. Medidas Relacionadas aos Impactos no Meio Antrópico

No meio Antrópico são abordados os aspectos históricos, locacionais e


populacionais, de infraestrutura física, social e cultural, e ainda aspectos econômicos e a
estrutura fundiária da área de influência direta e indireta do empreendimento.
Na fase de instalação do aterro, a problemática neste meio se dá principalmente a
questões paisagísticas, e de uso e ocupação do solo. Neste sentido algumas medidas
podem estabelecidas a fim de minimizar tais impactos:
 O impacto visual do aterro é um impacto temporário e que é inevitável. O
impacto visual irá ocorrer até o fim da vida útil do mesmo, visto que em fase de
encerramento a área deverá ser recuperada, ou passará a ter outro uso;
 A construção de uma infraestrutura física e local para o aterro é uma medida
indispensável, porém como forma de redução dos impactos causados, toda obra deverá
possuir um PGRS além da necessidade do acompanhamento de um Engenheiro Civil
qualificado para monitoramento e gerenciamento dessas obras;
 Caso sejam encontrados na fase de instalação e começo das obras materiais de
estudo arqueológicos na área do aterro, serão realizados estudos arqueológicos em seu
entorno com a presença de uma equipe de Arqueólogos qualificados, sob a supervisão
do IPHAN;
 Deve ser respeitada toda delimitação da área do aterro sanitário de acordo com a
normativa de uso e ocupação do solo.

7.3.2. Medidas de Controle na Etapa de Operacional do Empreendimento

7.3.2.1. Meio Físico

7.3.2.1.1. Meio Terrestre


 O caráter litólico e pouco profundo do solo, associado a pouca permeabilidade
do horizonte arenoargiloso subjacente e ao relevo em suave declive da área, pode
resultar em movimentações em massa, devendo ser cuidadosamente pensado em formas
de drenagem subsuperficial das águas pluviais;

80
 Deve-se evitar a escavação de solo e movimentação de terra durante o período
chuvoso, evitando que os sedimentos sejam carreados para os corpos d’água;
 Evitar áreas de solo expostas diretamente à ação erosiva, devendo recobrir com
gramas ou arbustos;
 Recuperação da vegetação das áreas de preservação permanente ao longo da área
do aterro. Tal medida possibilita uma redução do escoamento superficial na área em
períodos chuvosos, evitando a erosão e carreamento de partuculas de solo para corpos
hídricos próximos;
 O lançamento das águas pluviais nos corpos receptores deverá evitar a formação
de voçorocas, adotando solução de engenharia adequada para diminuir a força da água
(gravidade) sobre o solo: as águas pluviais deverão ser conduzidas às caixas de coleta,
aos tubos de concreto e às estruturas de dissipação de energia, para posteriormente
serem lançadas na drenagem natural.

7.3.2.1.2. Meio Aquático


 Garantir a manutenção adequada do sistema de drenagem de águas pluviais, em
especial dos taludes e maciços formados pela disposição de resíduos;
 Recomenda-se que sejam instalados sistemas de captação de águas pluviais, como
exemplo, cisternas para armazenamento e uso para irrigação de áreas verdes, lavagem
de veículos e máquinas e aspersão de pátios e vias internas;
 Em toda a área em que o solo fique exposto devem ser implantados jardins para
evitar o escoamento superficial e facilitar a infiltração.

7.3.2.1.3. Meio Atmosférico


 As estradas carroçáveis de acesso devem ser qualificadas com recobrimento
adequado para evitar a emissão de materiais particulados;
 Verificar e promover a regulagem e manutenção de todos os equipamentos
(veículos, geradores, tratores, etc.) envolvidos na implantação e operação do projeto
 Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente
fechados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;
 Deverão ser analisados os principais componentes do gás drenado pelos tubos do
aterro bem como aquele escapado diretamente pelo recobrimento dos resíduos: CH4,
CO2, CO, H2, N2, O2

81
 O Aterro Sanitário Lara do município de Santa Rita contará com drenos verticais
de gases que queimarão os gases gerados no próprio aterro. Este processo reduz a carga
poluidora dos gases (como metano), além de diminuir a periculosidade relativa a
explosões destes.

7.3.2.2. Meio Biótico

7.3.2.2.1. Flora
 A empresa responsável pelo ASL, deverá tomar todas as medidas possíveis para
que haja apenas a supressão necessária da vegetação herbácea e arbustiva, visando
restringir às áreas diretamente afetadas a partir de um planejamento antecipado das
atividades relacionadas a manutenção da pista de rolamento e das vias de acesso ao
aterro sanitário;
 A área destinada a reserva legal localizada nas proximidades do aterro deverá ser
monitorada periodicamente, por meio de um Biólogo, Engenheiro Ambiental ou
Florestal qualificado;
 A empresa responsável pela instalação do aterro sanitário deverá produzir mudas
ou formar um banco genético da vegetação nativa ou mesmo, terceirizar o serviço para
que o ambiente seja recuperado e tenha características semelhantes a mata original;
 As áreas de solo exposto não utilizadas, nas proximidades do aterro, deverão ser
recobertas com vegetação nativa;
 Dar-se-á preferência para o plantio de espécies vegetais nativas, frutíferas e
ameaçadas de extinção a fim de contribuir para a recuperação da área, manutenção do
ecossistema, ocorrência e nidificação neste local de espécies da fauna silvestre;
 Sempre que possível, realizar o transplante de árvores maduras ameaçadas de
extinção para outras áreas dentro do terreno;
 Buscar parcerias com os centros acadêmicos, ONG’s e pesquisadores a fim de
somarem esforços para recuperação da área degradada.

7.3.2.2.2. Fauna
 É recomendável que o tempo necessário para instalação do Aterro Sanitário seja
o mais otimizado possível, de maneira que se possa reduzir o tráfego de máquinas, bem
como veículos e pedestres, de maneira que sejam reduzidos os níveis de ruídos e

82
dispersão de poeira no empreendimento e assim, minimizar o estresse sobre a fauna
local;
 É necessário que sejam adotados procedimentos educativos visando à orientação
e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os para evitar o confronto com
os animais e, consequentemente, contribuir para manutenção das espécies;
 Os procedimentos educativos implantados devem também, incluir
procedimentos de manejo, caso necessário, para com a fauna local;
 Tendo em vista a existência da reserva legal próxima a ASL, destinar-se-á uma
parcela da área para conservação da biodiversidade local e fortalecimento do conceito
de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e contribuindo para o fluxo
gênico entre as populações das espécies que ocorrem na região;
 O tráfego de caminhões e veículos deve ser realizado de forma mais otimizada
possível a fim de promover a redução do trânsito e tempo de funcionamento dos
veículos, consequentemente, os impactos referentes à produção de ruídos;
 É recomendado que seja realizada de forma periódica, inspeções e manutenções
nos equipamentos para que os mesmos não produzam ruídos excessivos;
 É recomendado a implantação um programa de monitoramento da
biodiversidade local para se conhecer o comportamento intra e interespecífico das
espécies que ocorre no local, bem como seus nichos ecológicos;
 Toda via de circulação de automóveis deve ser sinalizada de forma a orientar o
tráfego de máquinas e veículos, respeitando os limites de velocidade e as placas de
sinalização a fim de reduzir os níveis de ruído, bem como as manobras dos veículos fora
da área de atividade do aterro sanitário;
 Deve ser instaladas placas de sinalização alertando para a presença de animais
próximos a ASL e para a redução de velocidade quando adentrarem no limite do
mesmo;
 A empresa responsável pelo ASL deverá manter, seja ela própria ou de forma
terceirizada, as vias de acesso limpas (sem a presença de resíduos sólidos ou orgânicos)
para não atrair os animais e/ou pragas para a faixa de trânsito de veículos e o ASL como
todo;
 É recomendado que trabalhadores da ASL passem por um processo de
capacitação (procedimentos educativos) de forma a orienta-los para eventuais

83
procedimentos de socorro ou tomadas de ação em caso de acidentes com algumas
espécies da fauna silvestre;
 Caso seja diagnosticado uma incidência frequente de tráfego, passagem ou fluxo
de animais para dentro da área do aterro, é recomendada a contratação de um Biólogo
capacitado, para um manejo e monitoramento mais eficaz destas espécies;
 É recomendado que sejam formadas parcerias com Universidades, Institutos
e/ou ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco nas proximidades
da ASL, ou até mesmo da área de reserva localizada nas proximidades, identificando
locais para encaminhar os animais feridos.
 Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais
silvestres);
 Deverão ser adotados procedimentos educativos visando à orientação e
sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a
fauna para a manutenção das espécies locais;
 Comunicar e denunciar aos órgãos ambientais federais ou estaduais, qualquer
prática ilegal ou crime ambiental praticado por pessoas físicas ou jurídicas que venham
a degradar ou causar impactos ao meio ambiente.

7.3.2.3. Meio Antrópico

 Realizar aspersão de águas nas superfícies durante a execução da obra, por meio
de aspersores ou caminhão pipa, desse modo minimizando o lançamento de material
particulado (poeira) para regiões circunvizinhas;
 Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente
lacrados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro, de forma a
reduzir odores para comunidades próximas;
 A empresa responsável pelo ASL deverá realizar manutenções periódicas em
seus equipamentos utilizados no aterropara evitar ruídos;
 Garantir o funcionamento do aterro sanitário durante o horário comercial e em
dias da semana, a fim de evitar transtornos sociais;
 Deverá ser realizado o recobrimento diário dos resíduos do aterro de modo a
evitar a proliferação de doenças e odores;
 Será criada uma faixa arbórea protegendo os limites do terreno, de modo a
diminuir o impacto visual e a dissipação de ruídos e odores, além de minimizar
84
impactos visuais negativos ao público externo e também otimizar a dispersão de forma
vertical do biogás assim como odores;
 O Plantio do “cinturão verde” deverá ser constituído com plantas nativas com 02
linhas alternadas de árvores com distância de 1,20 m da cerca de contorno do terreno e
com 1,20 m de distância entre árvores ao longo da área de preservação que circunda o
terreno, e que deverão plantadas no início do período chuvoso.

7.4. MONITORAMENTO AMBIENTAL E PLANOS EMERGENCIAIS

Esta etapa do projeto ocorre no seu início, ou seja, na instalação dos


elementos do ASMJP, por todo período de operação do empreendimento, seguindo-se
mesmo após seu fechamento.
Objetiva conduzir a atividade de forma racional, detectando-se a
instalação dos possíveis impactos já previstos e atenuando-se seus efeitos, nas áreas de
influência do empreendimento.
O Monitoramento Ambiental fica a cargo do empreendedor, que
deverá formar uma equipe mínima permanente, composta pelos seguintes profissionais:
 01 (um) Biólogo;
 01 (um) Eng. Sanitarista;
 01 (um) Geólogo;
 01 (um) Técnico em Saneamento.
Integrando-se os procedimentos de monitoramento ambiental,
destacam-se as seguintes abordagens e peculiaridades das situações emergenciais,
destacando-se o contingenciamento envolvido:
 Água Subterrânea;
 Água Superficial;
 Solo;
 Ar;
 Flora e Fauna;
 Tráfego, Operação e Manutenção de Equipamentos Pesados;
 Procedimentos Operacionais do Aterro Sanitário.
Detalha-se a seguir, os procedimentos específicos de cada parâmetro a
ser enfocado no monitoramento ambiental, destacando-se os respectivos planos

85
emergenciais, para o cada de constatações de manifestação de impactos adversos
relevantes, no funcionamento do aterro sanitário.

7.4.1. Monitoramento da Água Subterrânea

Objetivos:
- Detectar a infiltração de líquidos percolados no lençol freático.
Equipamentos e Definições:
- 05 (cinco) poços de monitoramento a serem perfurados.
Procedimentos Gerais:
- Codificação dos poços de monitoramento e captação;
- Coleta de amostras antes do início da operação do ASL;
- Coleta de amostras durante a operação do ASL;
- Análise de parâmetros específicos e Emissão de Relatórios das Análises.
Plano Emergencial (no caso de constatação de contaminação do aquífero por
percolados):
- Verificar o poço anômalo, inferindo-se a(s) célula(s) a serem reavaliadas;
- Reavaliar a espessura e compactação de argila e a integridade da
geomembrama no fundo da(s) célula(s);
- Promover a manutenção corretiva/reavaliação do dimensionamento do sistema
de captação de líquidos percolados na área anômala e nas demais células;
- Como este impacto (contaminação do aquífero por percolados) é acumulativo,
não existem medidas mitigadoras passíveis de serem executadas, a não ser a interrupção
do seu processo de manifestação pela aplicação dos procedimentos citados nos itens
anteriores. A eliminação dos efeitos adversos demanda longo prazo, mediante a lenta e
gradual dispersão pelo fluxo subterrâneo. A correta execução da impermeabilização da
base das células, além do constante monitoramento da qualidade da água subterrânea,
constituem os procedimentos de controle ambiental mais eficientes para este caso.

7.4.2. Monitoramento da Água Superficial

Objetivos:
- Detectar possível contaminação da água superficial por líquidos percolados,
óleos e sedimentos em suspensão.
Procedimentos Gerais:
86
- Codificação e localização geográfica das áreas de coleta regular de amostras;
- Coleta de amostras antes do início da operação do ASL;
- Coleta de amostras durante a operação do ASL;
- Análise de parâmetros específicos;
- Emissão de Relatórios das Análises e Conclusões.
Plano Emergencial (no caso de constatação de contaminação das águas superficiais):
- Verificar o ponto amostrado, inferindo-se os setores contaminados;
- Promover a remoção de óleos e/ou outros agentes poluidores dos setores
contaminados, ou;
- Recuperar a área degradada, eliminando-se focos de erosão, ravinamentos, etc,
que induzem o processo de assoreamento e de sedimentos em suspensão.

7.4.3. Monitoramento do Solo

Objetivos:
- Detectar possibilidades de contaminação do solo por óleos, resíduos e
percolados, assim como de instabilidade geotécnica, focos de erosão, ravinas, setores
em assoreamento e alagamentos.
Procedimentos Gerais:
- Codificação e localização geográfica das áreas impactadas;
- Emissão de Relatórios.
Plano Emergencial (no caso de constatação de contaminação do solo):
- Remoção dos resíduos e promover a disposição na frente em aterramento, ou;
- Remoção do solo contaminado e sua disposição na frente em aterramento, ou;
- Promover o reequilíbrio da variável geológica impactada.

7.4.4. Monitoramento do Ar

Objetivos:
- Detectar possibilidades de contaminação do ar pelo excesso de poeira fugitiva,
gerada pelo fluxo de caminhões, equipamentos e veículos; controle da emissão de
ruídos e gases por motores a explosão e na incineração.
Procedimentos Gerais:
- Otimizar o trajeto do caminhão pipa, aspergindo água ao longo dos pontos
críticos, para redução da poeira fugitiva;
87
- Manutenção preventiva nos equipamentos e caminhões, para a redução dos
níveis de ruídos e gases da combustão de óleo diesel gerados.
- Emissão de Relatórios.

Plano Emergencial (na constatação de formas excessivas de poluição do ar):


- Aplicação dos itens listados nos "procedimentos gerais" e reavaliação dos
procedimentos em execução

7.4.5. Monitoramento da Flora e Fauna

Objetivos:
- Detectar possibilidades de dispersão de resíduos pela ação do vento, induzindo
a focalização de impacto visual adverso e contaminando a ambiência; vigilância na
prevenção contra a ação de caçadores e lenhadores, no interior Fazenda Nova Vida;
monitoramento dos procedimentos de adensamento da Reserva Legal, do cinturão
arbóreo e do viveiro de mudas de espécies nativas.
Procedimentos Gerais:
- Coletar resíduos dispersos pelo vento, dispondo-os na frente em aterramento;
- Monitoramento dos procedimentos de preparação do solo a ser reflorestado,
coleta de sementes germinadas de espécies nativas locais (mata de tabuleiro), produção
de mudas, plantio, e desenvolvimento das mudas transplantadas;
- Promover a vigilância da área do ASL;
- Promover programas de Educação Ambiental, junto ao pessoal diretamente
envolvido;
- Incentivar e financiar pesquisas científicas;
- Emissão de Relatórios.
Plano Emergencial:
- Aplicação dos itens listados nos "procedimentos gerais".

7.4.6. Monitoramento do Tráfego

Objetivos:
- Detectar falhas na sincronização do fluxo de caminhões, gerando-se
congestionamentos desnecessários no ASL; controle do fluxo na rede viária.

88
Procedimentos Gerais:
- Otimizar o fluxo de caminhões, evitando-se congestionamentos na rede viária;
- Seguir procedimentos específicos discriminados no Projeto Executivo;
- Emissão de Relatórios.

Plano Emergencial:
- Aplicação dos itens listados nos "procedimentos gerais".

7.4.7. Monitoramento do Ruído Ambiental

Objetivos:
- Detectar as interferências sonoras ocasionadas pelo tráfego e pelas atividades
de operação do aterro sobre a biota na área de influência direta do ASL.
Procedimentos Gerais:
- Realizar laudo de ruído ambiental;
- Realizar relatórios periódicos com os níveis de pressão sonora da AID.
Plano Emergencial:
- Aplicação dos itens listados nos "procedimentos gerais".

7.4.8. Monitoramento dos Procedimentos Operacionais

Objetivos:
- Detectar falhas nos sistemas e elementos do projeto.
Procedimentos Gerais:
- Monitorar a implantação e funcionamento dos sistemas e elementos do projeto;
- Execução de manutenção preventiva e, quando necessário, corretiva.
Plano Emergencial (no caso de constatação de operação inadequada):
- Aplicação dos itens listados nos "procedimentos gerais" e reavaliar a execução
dos procedimentos operacionais do aterramento dos resíduos da triagem.

89
7.5. PROPOSIÇÃO DAS MEDIDAS COMPLEMENTARES

7.5.1. Considerações Gerais

O documento técnico ora apresentado, objetiva complementar os


projetos operacionais de instalação e operação do ASL, mediante a execução das
Medidas Complementares.
As medidas ora descritas, são parte integrante dos procedimentos de
instalação e operação dos elementos do aterro.
As medidas a serem executadas, de compensação dos impactos
adversos, possivelmente gerados pela execução do projeto do ASL, são as listadas
abaixo:
 Implantação do Viveiro de Mudas de Espécies Nativas;
 Adensamento da Reserva Legal;
 Implantação do Cinturão Arbóreo;
 Implantação do Projeto de Paisagismo.
Detalha-se nos subitens seguintes, as medidas complementares a
serem executadas, que efetivamente contribuirão para o incremento da “qualidade
ambiental” almejada no interior do ASL e no interior da AID.

7.5.2. Implantação do Viveiro de Mudas de Espécies Nativas

7.5.2.1. Objetivos e Estratégias

Esta medida complementar, objetiva a compensação dos impactos


adversos possivelmente gerados pelo ASL, integrando os procedimentos específicos de
implantação do viveiro de mudas de espécies nativas, presentes na Mata de Tabuleiro e
nas encostas adjacentes à área do projeto, assim como da flora regional.
O Viveiro de Mudas será implantado no interior da área do projeto,
objetivando-se a produção de mudas destinadas a implantação do projeto de paisagismo,
do cinturão arbóreo no entorno da Fazenda Nova Vida, para o adensamento da
vegetação na reserva Legal, como também a distribuição de mudas em serviços de
plantio da Prefeitura Municipal de Santa Rita/PB e para a distribuição a visitantes e
interessados.

90
7.5.2.2. Tipo de Viveiro, Dimensões e Compartimentação da Área

O viveiro para produção de mudas será do tipo “viveiro suspenso”,


com as bandejas móveis apoiadas em bancadas, mantendo-as a uma altura de 1,0 metro.
Será destinada uma área cercada com 40 x 25 metros (1.000 m²), no
interior da qual serão construídos os seguintes compartimentos:
 Um galpão de apoio com 10 x 5 metros (50 m2), que servirá como almoxarifado
de equipamentos, ferramentas, materiais de consumo, servindo também de espaço
coberto para execução das atividades de enchimento dos tubetes e semeio direto nas
bandejas;
 Um setor sombreado (casa de sombra), mediante a instalação de sombrite, com
área de 10 x 20 metros (200 m2), destinada a germinação de algumas espécies e
desenvolvimento e aclimatação de outras sensíveis a insolação. O piso será recoberto
com uma camada de 0,10 m de pedrisco, mantendo-se as necessárias condições
sanitárias neste ambiente de trabalho;
 Um setor aberto à insolação, destinado a produção e aclimatação das mudas,
com área útil de 20 x 20 metros (400 m2). O piso será recoberto com uma camada de
0,10 m de pedrisco, mantendo-se as necessárias condições sanitárias neste ambiente de
trabalho;
 Um setor com espaço livre, com área 300 m2, destinada a condicionamento de
insumos e material de consumo e manutenção; além de uma cisterna com capacidade de
armazenamento de 15 m3 de água e uma caixa d’água suspensa em pilares com
capacidade de 1 m3 de água, enchimento automático por motor bomba.

7.5.2.3. Produção e Destinação das Mudas

Na produção de mudas, serão utilizadas tanto sementes compradas, de


espécies nativas na flora regional, como de sementes germinadas, coletadas nas áreas a
serem desmatadas.
As mudas aí produzidas serão utilizadas no adensamento da vegetação
da Reserva Legal, na formação do Cinturão Arbóreo e do Projeto de Paisagismo, como
também a distribuição de mudas em serviços de plantio da Prefeitura Municipal de
Santa Rita/PB e para a distribuição a visitantes e interessados.

91
7.5.2.4. Definição de Espécies

Dentre as espécies nativas presentes nas adjacências e na Reserva


Legal do ASL, como as de ocorrência regional, comporão as mudas a serem produzidas
no viveiro do ASL. Serão preferencialmente produzidas mudas de espécies frutíferas
nativas, visando-se induzir a atração a fauna nativa (pássaros, por exemplo), como
forma de compensar o afugentamento da fauna nativa pelos ruídos a serem produzidos.
Dentre as espécies arbóreas frutíferas mais freqüentes na área de
estudo, destacam-se:- Anacardium occidentale (cajú) e Hancornia speciosa (mangaba),
além de outras a serem produzidas mudas no viveiro.
Destaca-se também a importância da produção de mudas de frutíferas
exóticas, como mangueira, bananeira, etc.

7.5.3. Adensamento da Vegetação da Reserva Legal

Neste item são traçadas as diretrizes para a execução do florestamento


da área da Reserva Legal da Fazenda Nova Vida.
Os procedimentos específicos, abrangem os seguintes itens:
A. Eliminação de Focos Erosivos:
- Estabilização geotécnica;
- Criação de barreiras de contenção de sedimentos em suspensão;
- Total eliminação de focos erosivos, com a introdução de solo e composto
orgânico;
- Florestamento, mediante plantios e tratos culturais.

B. Preparação e Florestamento da Reserva Legal:


Coveamento e Adubação para o Plantio das Mudas
Conforme mencionado, o espaçamento entre plantas é de 4 x 4 metros,
e as covas que serão abertas para execução do plantio, devem possuir as dimensões de
40 x 40 x 40 cm.
Promover a adubação com composto orgânico, nas covas abertas,
visando uma melhor interação do solo com o adubo.

92
Sistema de Plantio
Visando uma redução do impacto da área já degradada a curto prazo,
será utilizado o sistema de cultivo mínimo, onde o plantio é executado em covas de 40 x
40 x 40 cm.
A execução da operação de plantio propriamente dita deve ocorrer em
qualquer período, prevendo-se irrigações nos períodos mais secos do ano.
 Replantio, Manutenção e Adubação Complementar
Após a execução do plantio, deverá ser iniciado o procedimento de
replantio de mudas que não vingaram, de carpina e adubação complementar, onde as
operações a serem executadas estão relacionadas a seguir:
- Primeira Capina: Esta operação deverá ser executada em coroa de 1,00 metro
de diâmetro e em coroa, um mês após ter sido realizado o plantio. O objetivo desta
operação visa deixar a muda livre do mato – competição, para ocorrer um crescimento
livre e sem competição por nutrientes, água e luminosidade. Esta operação deverá
ocorrer a cada trinta dias até o sexto mês após a execução do plantio.
- Adubação Complementar: Esta adubação deverá ser realizada um mês após a
execução do plantio, devendo aplicar por planta, em média, 200 gramas do composto
produzido na unidade de compostagem. Após a aplicação do composto, deve-se
proceder a incorporação com terra para uma melhor assimilação desta fertilização. No
sexto mês após a execução do plantio deverá ser repetida esta operação na mesma
dosagem recomendada.

7.5.4. Implantação do Cinturão Arbóreo

Neste item são traçadas as diretrizes para a implantação do cinturão


arbóreo no entorno da Fazenda Nova Vida, como forma de se isolar a área do projeto,
além de proporcionar o controle da ação das correntes de ar (ventos).
Os procedimentos específicos, abrangem os seguintes itens:
A. Preparação e Plantio das Mudas:
Coveamento e Adubação para o Plantio das Mudas
Serão formadas 04 (quatro) fileiras, sendo uma fileira interna de
espécies de alto porte, uma fileira intermediária próxima de espécies secundárias (que
atingem médio porte), uma fileira intermediária distante com espécies arbóreas de
pequeno porte e uma fileira externa de espécies arbustiva e herbáceas.
93
Será realizada a adubação com composto orgânico, nas covas abertas,
visando uma melhor interação do solo com o adubo.

Sistema de Plantio
Visando uma redução do impacto da área já degradada a curto prazo,
será utilizado o sistema de cultivo mínimo, onde o plantio é executado em covas de 40 x
40 x 40 cm.
A execução da operação de plantio propriamente dita deve ocorrer em
qualquer período, prevendo-se irrigações nos períodos mais secos do ano.
 Replantio, Manutenção e Adubação Complementar
Quanto ao replantio, a manutenção e a adubação complementar, os
respectivos procedimentos são similares aos descritos no item anterior.

7.5.5. Projeto de Paisagismo

Tendo em vista o uso do solo que será para a implantação de uma


Estação de Transbordo (ET), viu – se a necessidade da implementação paisagística nas
áreas que serão de acesso e permanecia dos funcionários como áreas de entorno da
guarita, balança e administração desta forma também foi pensada uma proposta
paisagística para o caminho que interligam os setores.

94
Figura 7.1. Layout projeto paisagístico área total da ET.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

95
Figura 7.2. Detalhe paisagismo da área da guarita.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Para a apreciação e uso do meio vegetal no local, foi criada uma área
de convivência comum aos funcionários, o empraçamento traz simetria em sua estrutura
(na forma de hexágono regular).
A praça traz em seu centro uma fonte, com quatro canteiros
triangulares. Canteiros estes com Ipê –Roxo e Ipê – Amarelo.
No centro de cada quadrado formado pela simetria da praça, foi
proposto um canteiro menor com uma Pitangueira, sombreando os bancos ao redor.

96
Figura 7.3. Área do bloco administrativo e estacionamento.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

97
Figura 7.4. Detalhamento da área do bloco administrativo e estacionamento.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

Por fim aproveitou – se o caminho de inicio do empraçamento para


percorrer por um via ao lado da arborização compostas por espécies nativas da Paraíba,
usando Ipê – Roxo, Ipê – Amarelo , Sucupira , Pitanga, Craibeira, Murta e Ixara
coccínea.

98
Figura 7.5. Área do galpão de manutenção.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

99
Figura 7.6. Detalhe da área do galpão de manutenção.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.

100
Capítulo 8

PROGRAMAS AMBIENTAIS
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS

Descreve-se neste capítulo o panorama dos “Programas Ambientais


Básicos”, destacando-se que, assim como os procedimentos de controle ambiental e
planos discriminados no capítulo anterior, tais programas ambientais serão melhor
quantificados e apresentados na versão de detalhamento, no ato do Requerimento da
Licença de Instalação (SUDEMA).

8.1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

O monitoramento ambiental das águas subterrâneas será desenvolvido


a partir da coleta de amostras das águas em 05 (cinco) poços de monitoramento, para a
realização de análises físico-químicas e microbiológicas para verificar possíveis
contaminações geradas pela operação do aterro.
Os poços de monitoramento serão definidos na versão detalhada do
PBA, a ser apresentada no ato do Requerimento da Licença de Instalação (LI-
SUDEMA).
Estas análises terão como objetivo detectar possíveis contaminações
da água subterrânea por líquidos advindos do ASL.

8.2. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

O monitoramento das águas superficiais será desenvolvido por meio


da coleta de amostras de água em corpos hídricos próximos ao ASL.
Os pontos de coleta serão definidos na versão detalhada do PBA, no
ato do Requerimento da Licença de Instalação (LI-SUDEMA).
Estas análises terão como objetivo detectar possíveis contaminações
da água superficial por líquidos advindo do ASL. Estas análises, descritas a seguir,
resultarão em relatórios periódicos a respeito destas condições.
Observação:
O monitoramento ambiental das águas subterrâneas e superficiais,
mediante coleta e análises laboratoriais de amostras, objetivará a aferição dos
parâmetros a seguir, a exceção do item “o”:

102
a) Turbidez
O termo turvo é aplicado ao líquido contendo matéria suspensa que
interfere na passagem da luz ou em que a profundidade visual é restrita. A turbidez pode
ser causada por uma ampla variedade de materiais suspensos que podem ser orgânicos
ou inorgânicos. Esta disparidade na natureza dos materiais causadores de turbidez torna
impossível estabelecer-se regras rígidas e rápidas para removê-los. A turbidez pode
estar associada a compostos tóxicos e organismos patogênicos, reduz a penetração da
luz, prejudicando a fotossíntese, sendo importante a sua determinação.

b) Temperatura
O controle da temperatura a fim de proporcionar condições favoráveis
para as reações bioquímicas de remoção de poluentes. Elevações de temperatura
aumentam a taxa das reações químicas e biológicas, diminuem a solubilidade dos gases
(ex: oxigênio dissolvido) e aumentam a taxa de transferência de gases (o que pode gerar
mau cheiro, no caso da liberação de gases com odores desagradáveis).

c) pH
O Potencial Hidrogeniônico (pH) representa a concentração de íons
Hidrogênio H (em escala anti logarítmica), dando uma indicação sobre a condição de
acidez, neutralidade ou alcalinidade do efluente. O pH está relacionado a sólidos e gases
dissolvidos. O controle do pH é de extrema importância porque valores afastados da
neutralidade afetam negativamente o metabolismo dos microrganismos responsáveis
pelo tratamento biológico do efluente.

d) Alcalinidade
A alcalinidade é uma medida da capacidade do líquido de neutralizar
os ácidos (capacidade de resistir às mudanças de pH: capacidade tampão). Os principais
constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos, carbonatos e os hidróxidos. É
importante determinar a alcalinidade no tratamento de chorume, quando há evidências
de que a redução do pH pode afetar os microrganismos responsáveis pela depuração, já
que alguns processos oxidativos (como a nitrificação) tendem a consumir alcalinidade, a
qual, caso atinja baixos teores, pode dar condições a valores reduzidos de pH, afetando
a própria taxa de crescimento dos microrganismos responsáveis pela oxidação.

103
e) Nitrogênio
O nitrogênio alterna-se entre várias formas e estados de oxidação,
como resultado de diversos processos bioquímicos. No meio aquático o nitrogênio pode
ser encontrado nas seguintes formas: nitrogênio molecular (N2) (escapando para a
atmosfera), nitrogênio orgânico (dissolvido e em suspensão), amônia (livre e ionizada,
nitrito e nitrato). No chorume as formas predominantes é o nitrogênio orgânico e a
amônia. Estes dois são determinados em laboratório pelo método Kjeldahl, constituindo
assim o denominado Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK). O nitrogênio é um elemento
indispensável para o crescimento de microrganismos, porém ao atingir corpos d’água
em quantidades superiores as permitidas causas a eutrofização, isto é, crescimento
exagerado de organismos aquáticos, que tem como consequência o consumo do
oxigênio dissolvido do meio. O nitrogênio na forma de nitrato está associado a doenças
como a metahemoglobinemia (síndrome do bebê azul) e a amônia é tóxica aos peixes.

f) Fósforo
Os dados de fósforo tornam-se mais e mais importantes na engenharia
ambiental prática porque os engenheiros entendem seu significado como primordial nos
processos vitais. As determinações de fósforo são extremamente importantes na
avaliação do potencial de produtividade biológica das águas superficiais onde têm sido
estabelecidos limites nas quantidades de fósforo que podem ser descarregados nos
corpos aquáticos receptores. Portanto, as determinações de fósforo constituem uma
rotina na operação de estações de tratamento de efluentes.

g) Oxigênio Dissolvido — OD
A presença do oxigênio dissolvido é essencial para a sobrevivência
dos seres aquáticos aeróbios. O OD é o principal parâmetro de caracterização dos
efeitos da poluição por despejos orgânicos. É o fator que determina se as mudanças
biológicas foram realizadas por organismos aeróbios ou anaeróbios. Baixos teores de
oxigênio dissolvido no líquido indicam que receberam matéria orgânica. Durante a
estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus
processos respiratórios acompanhado pelo consumo e redução do oxigênio dissolvido
no líquido.

104
h) Demanda Bioquímica de Oxigênio — DBO
A decomposição da matéria orgânica, pelos microrganismos, é a causa
de um dos principais problemas de poluição de líquidos: o consumo de oxigênio
dissolvido (CD) nos processos metabólicos de estabilização. O teste de DBO retrata a
quantidade de CD requerida para estabilizar, através de processos bioquímicos, a
matéria orgânica, sendo, portanto, uma indicação do potencial do consumo OD e do
grau de poluição no efluente.

i) Demanda Química de Oxigênio — DQO


O teste de DQO é amplamente utilizado como um recurso para
medição de concentração poluidora de despejos domésticos e industriais.
Conjuntamente com o teste de DBO, o teste de DQO é útil na indicação de condições
tóxicas e de presença substâncias orgânicas biologicamente resistentes.

j) Sólidos
Os sólidos representam toda matéria contida no material líquido.
Podem ser voláteis ou fixos. Os sólidos voláteis representam uma estimativa da matéria
orgânica, enquanto que os sólidos não voláteis (fixos) representam a matéria inorgânica
ou mineral. Os sólidos sedimentáveis representam a fração dos sólidos orgânicos e
inorgânicos que sedimentam em 1 hora no cone Imhoff. Os sólidos causam problemas
estéticos, abrigam os microrganismos patogênicos, propiciando condições ao seu
desenvolvimento, afetam o pH, são responsáveis pela adsorção de contaminantes,
aumentam os depósitos de lodo entre outros. É importante a determinação dos sólidos
para se conhecer o grau de contaminação e também a eficiência de remoção da matéria
orgânica das unidades de tratamento.

k) Sulfetos/Sulfatos
Durante o processo de degradação da matéria orgânica, realizado por
enzimas produzidas pelas bactérias, são liberadas para o meio partículas orgânicas
solubilizadas para que possam ser ulteriormente assimiladas pelas células bacterianas.
Em seguida observa-se a gaseificação desse material solúvel, absorvido pelas células,
através de uma ação enzimática no interior das próprias bactérias (liberando
principalmente gás carbônico, metano e gás sulfídrico). Portanto, a presença de teores

105
elevados de sulfetos e sulfatos gera um dos maiores inconvenientes que é a formação de
gás sulfídrico, que além de cheiro repugnante, apresenta uma considerável demanda
imediata de DBO.

l) Coliformes Totais
Os microrganismos desempenham diversas funções de fundamental
importância, principalmente as relacionadas com a degradação da matéria orgânica,
porém também podem transmitir doenças. Os coliformes totais são indicadores de
contaminação fecal. Fora do intestino de animais homeotérmicos, sua capacidade de
reprodução é favorecida por condições adequadas de matéria orgânica, pH, umidade
entre outros. A sua presença indica contaminação e a potencialidade de transmitir
doenças. A estação deverá descarregar no corpo d’água receptor quantidades aceitáveis
pela legislação em vigor.

m) Estreptococos Fecais
São bactérias indicadoras de contaminação fecal no ambiente
analisado, porém mais resistentes que os coliformes fecais.
Podem representar contaminação fecal humana e contaminação por
fezes de bois e cavalos. A sua presença indica riscos dessa água de transmitir doenças.
A descarga de efluentes de estações de tratamento deve obedecer a legislação vigente.

n) Metais Pesados
Uma grande parte dos micropoluentes inorgânicos são tóxicos. Entre
estes, têm especial destaque os metais pesados. Vários desses metais se concentram na
cadeia alimentar, resultando num grande perigo (entre eles alguns tipos de câncer) para
os organismos situados nos degraus superiores.
No caso do tratamento adotado no Aterro Sanitário são necessárias
análises do teor de metais pesados a cada 30 dias, a fim de avaliar a eficiência na
remoção dos mesmos no sistema adotado.
As análises deverão ocorrer mensalmente não apenas no efluente
como nas plantas e no solo utilizado na fito remediação, tendo como objetivo averiguar
a capacidade de absorção de metais do conjunto solo/planta.

106
o) Vazão
O controle da vazão em sistemas de tratamento de efluente por lagoas
é de primordial importância visto que, um aumento ou uma diminuição excessiva da
vazão afeta parâmetros de extrema importância para o funcionamento eficaz do sistema.
O aumento da vazão produz a sobrecarga e, consequentemente,
diminui oxigênio dissolvido e o pH, além de provocar maus odores.
A diminuição da vazão facilita o surgimento algas, assim sendo, há
um aumento de sólidos em suspensão que além de aumentar a turbidez atrai insetos.

8.3. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS

EFLUENTES

A eficiência do sistema de tratamento de efluentes será aferida através


da coleta de percolado em 04 (quatro) pontos distintos, a saber:
 Na entrada do stripping de amônia;
 Na entrada do reator de lodos ativados;
 Na saída do decantador secundário;
 Lagoa de contenção.

8.3.1. Programa de Monitoramento da Estação de Tratamento de Chorume –


ETC

O Plano de Monitoramento proposto consta de 6 pontos de


amostragem referente ao sistema de tratamento projetado:
PP (afluente) — ponto de amostragem do poço de captação referente ao chorume
coletado de todo o sistema de drenagem do aterro e bombeado para a ETC;
 PD — ponto de saída da lagoa de contenção;
 PT — ponto de saída do tratamento físico-químico;
 PTA — ponto de saída do tanque de aeração;
 PDS — ponto de saída do decantador secundário;
 PF — ponto de saída sistema de membrana.
Os parâmetros analisados nestes pontos constam no programa de
monitoramento realizado no aterro e a frequência será semestral.

107
O plano de monitoramento proposto consiste na determinação dos
parâmetros a serem analisados in situ e em laboratório e frequência destas análises em
cada unidade do sistema.

8.3.2. Manutenção e Operação

O tratamento de chorume através de lagoas de estabilização é um


método bastante simples, porém uma série de procedimentos operacionais e de
manutenção deve ser executada rotineiramente de forma que não ocorram problemas
ambientais e redução na eficiência do tratamento.
São aspectos relacionados com a operação e manutenção das lagoas:
 Equipe de trabalho;
 Programação de coletas, medições e inspeções;
 Problemas operacionais;
 Limpeza.

8.4. PROGRAMAS AMBIENTAIS PARA FAUNA E FLORA

8.4.1. Programa Recuperação e Preservação da Flora

O programa recuperação da flora consiste basicamente no plantio de


mudas nativas em áreas de solo exposto, criação do cinturão verde, vigilância e
monitoramento das espécies locais. Estas medidas buscam minimizar os impactos
ambientais na região devido a supressão da vegetação nativa nos arredores da ASL. A
seguir é demonstrado algumas medidas atribuídas a este programa:
 Plantio de mudas nativas em áreas não utilizadas e de solo exposto nos arredores
do ASL;
 Detectar possibilidades de dispersão de resíduos pela ação do vento, induzindo a
focalização de impacto visual adverso e contaminando a ambiência;
 Vigilância na prevenção contra a ação de caçadores e lenhadores, no interior da
área de reserva legal, bem como, no entorno do ASL;
 Monitoramento dos procedimentos de reflorestamento da APP degradada, do
cinturão arbóreo e do viveiro de mudas de espécies nativas.

108
 Monitoramento dos procedimentos de preparação do solo a ser reflorestado,
coleta de sementes germinadas de espécies nativas locais (mata de tabuleiro), produção
de mudas, plantio, e desenvolvimento das mudas transplantadas;
 Promover a vigilância da toda área verde nos arredores do ASL;
 Promover programas de Educação Ambiental visando a preservação da flora
local, junto ao pessoal diretamente envolvido, a escolas e a comunidade em geral;
 Incentivar e financiar pesquisas científicas a respeito da recuperação e/ou
reflorestamento na área;

8.4.2. Programa de Resgate e Relocação da Fauna

O programa de resgate e realocação da fauna tem como principal


objetivo a proteção das espécies animais existentes nas redondezas do ASL bem como
na área de Reserva Legal. As medidas que podem ser atribuídas a este programa são:
 Criação e implantação de procedimentos educativos que visem incluir
procedimentos de manejo dos trabalhadores da ASL, para com a fauna local;
 Construção de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e
contribuindo para o fluxo gênico entre as populações das espécies que ocorrem na
região;
 Realização do monitoramento da biodiversidade local a fim de se conhecer o
comportamento intra e interespecífico das espécies que ocorre no local, bem como seus
nichos ecológicos;
 É recomendado que sejam formadas parcerias com Universidades, Institutos
e/ou ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco nas proximidades
da ASL, ou até mesmo da área de reserva localizada nas proximidades, identificando
locais para encaminhar os animais feridos.
 Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais
silvestres);
 Deverão ser adotados procedimentos educativos visando à orientação e
sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a
fauna para a manutenção das espécies locais;

109
8.4.3. Programa de Controle de Vetores e Enfermidades

Caso seja necessário, será realizada a desratização e outros


procedimentos específicos para a eliminação de vetores transmissores de enfermidades,
com a aplicação semestral de venenos e raticidas.
Deve-se realizar a cobertura diária dos resíduos sólidos dispostos no
Aterro Sanitário, visando inibir a presença de urubus, moscas, ratos, baratas, além do
cercamento de toda a área do aterro, para evitar o acesso de animais domésticos,
principalmente cães e porcos.

8.5. PROGRAMA DE CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS

Durante o processo de recrutamento e seleção de pessoal pela empresa


responsável pela execução dos serviços, é fundamental que haja perfeita interação com
os programas do meio sócio-econômico e cultural, em especial, com Programas de
Capacitação de Mão de Obra, repassando aos colaboradores, informações acerca das
características, necessidades e mudanças decorrentes das obras e sobre os programas
ambientais a serem implantados, minimizando, desta forma, processos de choques
culturais, tensões sociais e riscos de acidentes ambientais. Todo o pessoal contratado
deverá ser submetido previamente aos exames médicos previstos no Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e o início dos trabalhos após
treinamento admissional de prevenção de acidentes do trabalho e preservação
ambiental, nos termos estabelecidos no Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT e instruções de meio ambiente –
Análise Preliminar de Riscos (APR), Diálogo Diário de Segurança e Meio Ambiente
(DDSMA) e Código de Conduta do Colaborador, visando a garantia da execução das
atividades com segurança. O treinamento admissional deverá ter carga horária mínima
de 02 (duas) horas e ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes do colaborador
iniciar suas atividades, constando de:
 Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;
 Informações visando a preservação e proteção ambiental;
 Riscos inerentes à função;
 Uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI.

110
 Informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) existentes no
canteiro de obra e instalações de apoio.
 O treinamento periódico deverá ser ministrado:
1. Sempre que se tornar necessário;
2. Ao início de cada fase da obra.

8.6. PROGRAMA DE UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

O programa de utilização e manutenção de equipamentos visa


gerenciar da melhor forma possíveis estas atividades, de forma a melhorar tanto a vida
útil quanto a qualidade de seus respectivos usos. Para tal, é recomendado o seguinte:
 Manter os acessos na área de influência funcional em bom estado de uso;
 Promover a manutenção preventiva dos equipamentos, amenizando riscos de
derramamento de óleos e lubrificantes no solo e na água superficial;
 Otimizar o funcionamento dos equipamentos, mediante os programas de
manutenção e planejamento racional da execução dos procedimentos, de forma a se
amenizar a emissão de gases e ruídos;
 Manter e ampliar os procedimentos específicos de manutenção do sistema viário
na área de influência funcional, sempre que necessário;
 Manter programas de treinamento de pessoal envolvido;
 Fornecer e monitorar o uso de EPI's.

8.7. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Programa de Educação Ambiental no âmbito da obra visa ensinar,


mostrar, conscientizar e prover as ferramentas necessárias para que os colaboradores,
inspetores, líderes e gerentes envolvidos na obra possam cumprir todas as medidas de
proteção ambiental planejadas para a construção do ASL. O Programa deve cobrir todos
os tópicos ambientais, exigências e problemas potenciais do início ao término da
construção. Este programa deve adequar-se às diretrizes estabelecidas na Lei que
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, e o Decreto que a regulamenta.

111
O Programa de Educação Ambiental tem como objetivos específicos,
a partir da obtenção das Licenças, os itens listados a seguir:
 Divulgar os aspectos ambientais associados ao empreendimento;
 Informar, sensibilizar e desenvolver o hábito da conduta ambiental de
trabalhadores do empreendimento, buscando a compreensão da interdependência e
consequência de seus hábitos e saberes para os diversos componentes do ambiente
natural;
 Conscientizar a população da região considerada, no sentido de orientar quanto
ao desenvolvimento de atividades essenciais à vida, em consonância com a preservação
do ambiente e o controle da utilização dos recursos naturais.
 Disponibilizar para os colaboradores e comunidades integrantes da região
considerada, ciclos de palestras educativas com conteúdo de “incentivo pessoal” e
“auxílio na identificação de aptidões profissionais”, como também de enfoque
“sanitário” (água/esgoto/lixo) e de enfoque “ambiental” (consumo consciente/
preservação de vegetação e fauna nativas / preservação e recuperação ambiental de mata
no entorno das nascentes);
 Orientar e sensibilizar os colaboradores e público em geral, para que os
processos de educação ambiental possam fazer parte do cotidiano, na observância da
relação com a comunidade local, tornando a interação positiva e construtiva em base
socioambiental aceitável no contexto futuro próximo;
 Informar e sensibilizar a população migrante advinda do processo de
industrialização regional, sobre o seu novo contexto socioambiental.

8.7.1. Público Alvo

O Programa de Educação Ambiental tem como preceito o


estabelecimento de uma via de parceria entre o empreendedor com a empresa contratada
para execução da obra (e seus funcionários), na interação com as comunidades
circunvizinhas identificadas e classificadas por caráter de interação, com o objetivo de
prover esclarecimentos necessários sobre a obra, as ações realizadas, as mudanças
ecológicas, medidas preventivas, monitoramento nas questões ambientais, planejamento
e divulgação de palestras e cursos, entre outras medidas.
As populações identificadas que venham a se relacionar com o
empreendimento de forma indireta, serão atendidas dentro do Plano de Comunicação
112
Social, que irá abordar além de informações técnicas sobre o empreendimento,
informações sobre os impactos ambientais associados ao desenvolvimento da obra, e as
formas como essas populações poderão se relacionar de maneira benéfica com
empreendimento.
O intuito de prestar esclarecimentos a comunidade se faz necessário
para esclarecer os impactos causados pelo o empreendimento, esses esclarecimentos
serão feitos tendo como conteúdo de discussão as medidas preventivas, mitigadoras e
compensatórias dos impactos identificados, e o monitoramento das ações desenvolvidas
nesses âmbitos. Essas medidas têm o objetivo de aproximar o empreendedor e a
comunidade tendo como perspectiva a realidade do local e do contexto do licenciamento
ambiental do empreendimento comercial.
Na formação inicial dos colaboradores que irão trabalhar no canteiro
de obras, teremos a identificação do público alvo que irá se relacionar de maneira direta
com o empreendimento, este público será capacitado sendo abordados os mesmos
aspectos que forem abordados com o público indireto, tendo como diferencial o foco de
relação dos impactos, ações de mitigação e a atuação do colaborador nesse processo.
A identificação dos padrões de operação e dos fatores determinantes
para implantação e funcionamento do empreendimento, são elementos decisivos para
iniciar a mudança da consciência ambiental das partes envolvidas. Com estas avaliações
organizacionais efetuadas, o processo de educação ambiental pode ser iniciado, tendo
como “pano de fundo” o conhecimento dos fatores motivadores.
Desta forma, o programa da Educação Ambiental busca a
conscientização sustentável da população do entorno da ASL, visando à melhoria do
ambiente de trabalho junto aos colaboradores, gestores e a própria comunidade.
Assim, o público-alvo do presente Programa de Educação Ambiental
se distribui em 03 (três) partes integrantes, a saber:
 Gestores e equipes técnicas responsáveis pelo planejamento, implantação e
operação do empreendimento;
 Trabalhadores envolvidos na obra de implantação do ASL;
 População residente nas proximidades da ASL.

8.7.2. Metodologia

113
Para iniciar um processo de educação ambiental no empreendimento é
necessário ter conhecimento das relações entre os operadores, a direção da empresa e a
comunidade circunvizinha. Ajustes normalmente são necessários para tornar possível a
efetiva implantação deste processo. O processo de educação ambiental implica na
realização de atividades ou avaliações organizacionais para facilitar a fixação das
questões ambientais.
O trabalho de Estabilização de Processos da Educação Ambiental tem
como consequência direta a melhoria do ambiente de trabalho e a diminuição efetiva de
perdas de produtos diminuindo o impacto no meio ambiente e reduzindo os custos da
obra. O trabalho envolve diretamente o trabalhador que precisa ser informado e treinado
sobre aspectos do processo, exigências ambientais e custos de produção.
O processo de conscientização para o empreendimento sobre as
questões ambientais depende de campanhas educativas e envolve aspectos
motivacionais e gerenciais. O colaborador precisa ser convencido, pelos gestores
devidamente capacitados na área, da importância dos aspectos ambientais para a
empresa.
Para implantar um programa de educação ambiental na obra é
necessário conhecer os valores tanto do operador como da empresa executora, assim
como quais as mudanças necessárias a serem implementadas na área. A metodologia
desse Programa de Educação Ambiental tem o objetivo em reduzir as perdas de matéria-
prima, energia, água e tempo, tornando o ambiente da construção menos impactante a
partir da elevação da consciência ambiental dos colaboradores e do seu envolvimento na
procura por melhores condições de operação na obra.
Para a elaboração do presente programa de Educação Ambiental,
baseia-se no que está estabelecido na Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental.
Este programa indica uma lista de ações que serão executadas durante
a fase de implantação e operação do empreendimento e deverá contemplar 04 (quatro)
etapas, a saber:
 A primeira etapa estará voltada para a capacitação dos aspectos e restrições
ambientais, no planejamento, implantação e operação do empreendimento;

114
 A segunda etapa estará voltada para a capacitação de todos os trabalhadores
recém ingressados no empreendimento, através de treinamentos introdutórios e cíclicos,
abordando aspectos e conceitos ambientais;
 A terceira etapa prevê a realização de palestras, a serem ministradas com
profissionais com formação e qualificação adequadas para trabalharem com os temas
sugeridos, para os diferentes públicos interessados;
 A quarta etapa se refere à execução de Oficinas junto a comunidades e escolas,
abordando conceitos simples, práticos e objetivos de melhoria da qualidade ambiental
no cotidiano das pessoas.
A relação do sujeito com o ambiente será mediada e construída nas
relações interpessoais. Da implantação desta proposta de educação ambiental são
obtidos resultados, tanto em nível de melhoria do processo como mudanças de
comportamento na equipe de trabalho. Assim, uma equipe consciente traz benefícios
para empresa titulando-a em um empreendimento sustentável.

8.7.3. Educação Ambiental e Conscientização do Público Interno

Entende-se como público interno todos os técnicos e trabalhadores


que faz parte da execução da obra, trabalhadores que vão trabalhar na operação da ASL,
ou empresas contratadas para execução do projeto de engenharia.
As ações de treinamento inicial e de orientação permanente prevista
nesta linha de ação visam fornecer aos trabalhadores as informações sobre o
empreendimento; sensibilizar sobre um Manual de Educação Ambiental com destaque
para as normas de segurança, meio ambiente e saúde e as regras de interação com a
população local.
Esta fase do programa deverá ser desenvolvida na etapa de
contratação e treinamento dos colaboradores, visando estabelecer uma base de
entendimento padrão para todos os envolvidos no desenvolvimento do empreendimento.
Este treinamento irá unificar o entendimento dos colaboradores sobre os aspectos
ambientais relacionados à obra, identificando agentes multiplicadores e colaboradores
para o desenvolvimento dos trabalhos.
Com este trabalho será desenvolvido o habito no colaborador de
pensar e refletir sobre as interferências ao meio ambiente que a atividade desenvolve,

115
fomentando a reflexão e o desenvolvimento de novos processos e metodologias visando
otimizar as práticas ambientais disciplinadas.

8.8. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

É importante para a comunidade interessada, conhecer a política


ambiental das empresas que ali se instalarão, seja qual for o seu segmento, sua filosofia,
suas diretrizes, suas metas e seu programa de minimização de impactos.
Essa comunicação, geradora de relacionamentos, é específica e
orientada a cada um dos principais públicos da empresa e à constituição de uma via de
mão-dupla (consulta e feedback) eficiente. A base para sua efetivação é o
estabelecimento do diálogo e da confiança entre os envolvidos, através de ações de
médios e longos prazos. A comunidade começa a ter elementos para avaliar o
comprometimento real e potencial da sua qualidade de vida.
Ainda, comunicação social também faz com que as empresas passem
a ter conhecimento dos anseios das comunidades presentes na região em foco e do nível
de suportabilidade do ambiente explorado.
O bom relacionamento entre empresas e comunidade não só traz
benefícios para ambos, mas diminui a vulnerabilidade socioambiental das empresas e
aumenta a segurança na viabilização socioeconômica dos empreendimentos.
Consequentemente, a busca da excelência empresarial precisa
abranger os aspectos sociais, humanos e ambientais particulares de cada realidade.
Sob essa perspectiva, as empresas têm percebido a importância de se
investir na construção de relacionamentos consistentes e duradouros com os públicos e
comunidades com os quais interagem.
O objetivo é agregar maior valor à sua imagem coorporativa,
potencializar seus investimentos e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável
das regiões onde atuam.
Assim, o presente PBA enfoca e explicitam os procedimentos
específicos do Plano Geral de Comunicação e Inserção Social (PGCIS) através de TV,
rádio, jornais de circulação nesta região e material impresso a ser distribuído para
públicos específicos, a ser efetuado pelo grupo controlador do empreendimento.

116
8.8.1. Objetivos

O Plano Geral de Comunicação e Inserção Social (PGCIS) objetiva o


fortalecimento da ação coletiva e organizada para a efetiva execução das ações
socioambientais catalisadoras da qualidade ambiental que se objetiva correspondente a
implantação e funcionamento do ASL.

8.8.1.1. Objetivos específicos

O PGCIS tem como objetivos específicos, os itens listados a seguir:


 Destacar os aspectos positivos sobre a implantação do empreendimento,
divulgando as contribuições positivas à comunidade;
 Divulgar os aspectos ambientais associados aos empreendimentos;
 Identificar os públicos de relacionamento direto e indireto com o empreendedor
e as empresas contratadas;
 Desenvolver canais de comunicação para estabelecer e consolidar
relacionamentos com os públicos identificados de forma a torná-los contínuos,
integrados e dinâmicos;
 Implementar canais específicos de comunicação para cada segmento de público
identificado, adequando o discurso e a mensagem para informar de maneira satisfatória
os interlocutores;
 Mensurar as expectativas dos diferentes públicos frente à chegada do novo
empreendimento, identificando possibilidades de atender a essa demanda, destacando as
contribuições dessas mudanças na vida dos indivíduos e grupos sociais;
 Desenvolver atividades de comunicação visando disponibilizar informações
básicas consistentes acerca do projeto, visando uniformizar o entendimento dos públicos
acerca do projeto;
 Incentivar o comprometimento dos diversos públicos de relacionamento para
obter integração, conscientização e colaboração da população para estabelecer uma
comunicação de mão dupla efetiva e consolidada;
 Maximizar a percepção dos aspectos positivos do empreendimento e sobre as
ações mitigadoras dos impactos negativos;

117
 Capacitar multiplicadores de informação sobre as contribuições positivas do
empreendimento a comunidade, visando difundir a importância do estabelecimento do
empreendimento;
 Divulgar amplamente em todas as comunidades já citadas, pelos meios citados, o
material de incentivo pessoal junto a segmentos vulneráveis;
 Desenvolver matérias de fomento junto às comunidades já citadas, destacando a
relevância e importância das oportunidades, a serem oferecidos de forma permanente.

8.8.2. Etapas

As etapas deste PGCIS são as seguintes:


 Escolha e preparação da equipe responsável pela comunicação e envolvimento
de todos os funcionários com o projeto.
 Diagnóstico socioambiental da área de influência, incluindo análise de riscos
socioeconômicos e identificação de eventuais passivos socioeconômicos e de
relacionamento.
 Identificação, Segmentação, análise e categorização dos públicos para
fundamentar o desenvolvimento dos materiais e atividades oriundos a cada segmento.
 Interação com as partes interessadas na elaboração de alternativas
socioeconômicas e ambientais prioritárias e viáveis.
 Implantação das ações do plano de comunicação com os diversos públicos.
 Ações de suporte, orientação e acompanhamento das atividades de
desenvolvimento social.
 Estabelecer avaliações para identificar os impactos sobre os públicos-alvo, de
forma a mensurar o desenvolvimento das atividades implementadas.

8.9. PROGRAMA DE REUSO/RECICLAGEM DE RESÍDUOS

Juntamente com o PGRS será criado um programa de reuso e


reciclagem de materiais. Esta medida contemplará materiais utilizados nas áreas
administrativas do empreendimento e terá como principal finalidade a redução da
geração de resíduos melhorando assim a gestão dos materiais utilizados.
Este programa abordará os seguintes aspectos:
 Promoção da reciclagem de papeis;
118
 Promover dentro das acomodações do empreendimento a concientização no uso
de papeis e materais plasticos;
 Promover a não utilização de copos descartáveis na área adminstrativa do
empreendimenro. Concinetizando sobre o uso de materiais reutilizaveis;
 Criação de oficinas de educação ambiental e habitos sustentaveis para os
funcionários do ASL.

8.10. PROGRAMA DE RECOMPOSIÇÃO DA ÁREA DO BOTA-FORA

Na concepção do projeto, tem-se que todo material sedimentar


escavado para construção de células, serão reutilizados no próprio processo de
funcionamento do empreendimento. Estes serão utilizados para realizar o recobrimento
dos resíduos nas células do aterro. Assim, todo material argiloarenoso (material de
empréstimo) terá uma destinação, esta que por sua vez é a própria área de empréstimo,
evitando assim a abertura de jazidas de empréstimo.
Porém, caso seja necessário, pode ser adotada metodologias para
recuperação do Bota-Fora pela reconformação do terreno, plantio de mudas e aplicação
do processo de hidrossemeadura.

8.11. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Sólidos (PGRS) é o


documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que
corresponde às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final. Deve considerar as características e riscos dos
resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da
biossegurança de empregar medidas técnicas administrativas e normativas para prevenir
acidentes.
O PGRS deve abranger os procedimentos necessários e
responsabilidades para a coleta, a segregação, a classificação, o armazenamento
temporário na área do empreendimento, o transporte e a destinação final dos resíduos
sólidos gerados e visa atender as exigências previstas pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos - Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010 e Política Estadual De

119
Resíduos Sólidos - Lei n° 14.528, de 16 abril de 2014, atendendo aos requisitos legais
aplicáveis, do estado da Paraíba.
No contexto do ASL, o PGRS terá um planejamento compatível com
o período de funcionamento do ASL e as atividades desenvolvidas no empreendimento.
Neste sentido, o PGRS terá foco nas atividades administrativas relacionadas ao
empreendimento, visto que as outras áreas do empreendimento já contemplam a
definição da coleta seletiva e gerenciamento de resíduos.
O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) no empreendimento
deverá prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a
prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar
o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor
econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente
adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
Sua elaboração e execução deve ser compatível com as normas locais
relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de
saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas.
 MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os
resíduos em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a
disposição final, incluindo as seguintes etapas:
 SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento e local
de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu
estado físico e os riscos envolvidos.
 ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de
punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
 IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações
ao correto manejo dos RSS.
 TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos pontos
de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento
externo com a finalidade de apresentação para a coleta.

120
 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Consiste na guarda temporária dos
recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento
entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não
poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o
piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
 TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo
que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio
ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em
outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o
transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para
tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento
ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/1997 e são passíveis de
fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.
 ARMAZENAMENTO EXTERNO - Consiste na guarda dos recipientes de
resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores.
 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS - Consistem na remoção dos RSS
do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente,
devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
 DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e
operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº
237/97.
Em última análise, com o PGRS virá a fim de obter o
comprometimento da empresa para a redução da geração de resíduos, incentivando
sempre para que todos os colaboradores estejam engajados com esta atitude.

121
8.12. ROGRAMA DE CONTROLE DA QUALIDADE DO AR

Deverá ser realizado um inventário das fontes de poluição do ar,


determinando a proximidade de indústrias, vias de tráfego, entre outros. Além da
caracterização da qualidade do ar através de análise semestral de material particulado,
metano, S02, NO2 e amônia.
O gás oriundo da decomposição da matéria nas células do aterro, antes
de chegarem a atmosfera, passarão por um processo de queima (combustão) por meio de
drenos, afim de se reduzir suas cargas poluidoras, a exemplo da queima do metano e sua
transformação em dióxido de carbônico e água.

8.13. PROGRAMA DE MONITORAMENTO GEOTÉCNICO

Basicamente os estudos de estabilidade geotécnica serão executados


através dos seguintes instrumentos:
 Marcos Superficiais;
 Medidores de Recalque;
 Medidores de Temperatura;
 Piezômetros;
 Pluviômetro;
 Medidores de vazão.
O acompanhamento das atividades descritas acima, será composto de
duas etapas: definição de parâmetros de referência e acompanhamento dos parâmetros
de controle.

ETAPA I: DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS DE REFERÊNCIA

Os ensaios in situ e de laboratório serão realizados nos resíduos


sólidos e nos líquidos, para definição dos parâmetros de referência, tanto em relação às
células, quanto em relação à área circunvizinha.

Célula
 Determinação da composição dos resíduos sólidos: densidade gravimétrica,
densidade volumétrica, teor de umidade, teor de sólidos voláteis.

122
 Determinação da temperatura do interior da célula.
 Ensaios físico-químicos, bacteriológicos e de metais pesados nos líquidos, para
determinação dos parâmetros de: aspecto, cor, odor, pH. Turbidez, arsênio, bário,
cádmio, chumbo, cianetos, cloretos, cloro residual, cobre, colimetria total e fecal, cromo
hexavalente, ferro, fluoreto, manganês, nitrogênio, nitrato, oxigênio consumido, selênio,
sólidos totais, sulfato, zinco, demanda química de oxigênio, demanda bioquímica de
oxigênio.
 Ensaios dos gases emitidos.
 Acompanhamento dos recalques.
 Sondagem profunda (SPT).

Área circunvizinha
Na área circunvizinha serão realizadas coletas e ensaios nos líquidos.
 Ensaios físico-químicos, bacteriológicos e de metais pesados em águas
superficiais;
 Ensaios físico-químicos, bacteriológicos e de metais pesados na água dos poços
existentes no local;
 Medições da vazão.

ETAPA II: ACOMPANHAMENTO DOS PARÂMETROS DE CONTROLE

Nesta etapa, serão realizadas coletas de material para ensaios em


laboratório, bem como ensaios in situ, para monitorar o processo de remediação e o grau
de contaminação da área circunvizinha e constará das seguintes atividades:

Célula
 Determinação da temperatura no interior da célula.
 Ensaios físico-químicos, bacteriológicos e de metais pesados nos líquidos;
demanda bioquímica de oxigênio.
 Acompanhamento dos recalques.
 Ensaios dos gases emitidos.
 Sondagem profunda (SPT).

123
Área circunvizinha
 Ensaios físico-químicos, bacteriológicos e de metais pesados na água dos poços
existentes no local.
 Medições da vazão.
 Determinação do Balanço Hídrico.

8.13.1. Programa de Monitoramento das células

O programa de monitoramento visa obter informações de cada célula,


tanto em sua área quanto em sua profundidade, ao longo do tempo, para acompanhar as
mudanças que ocorrem nas várias fases do processo de decomposição dos resíduos. Para
tanto, a instrumentação será distribuída na célula, de forma a abranger toda a sua área.

Recalques
Os aterros de resíduos sólidos sofrem grandes recalques, podendo
chegar à ordem de 30% da altura inicial (Sowers, 1973). No entanto, recalques totais na
ordem de 25% a 50% da altura inicial são também citados por Wall e Zeis, 1995. Com
isto, o seu volume diminui e sua capacidade de armazenamento aumenta, estando aí
uma das principais causas de se quantificar os recalques, o tempo em que este ocorrerá e
sua velocidade, não apenas para aproveitar sua real capacidade de armazenamento, bem
como, para se poder fazer “previsões” na etapa de projeto. A necessidade de se
determinar os recalques remanescentes está no fato de se projetar a utilização do aterro
depois de encerrada sua vida útil (Mariano, 1999).
Segundo Green e Jamnejad (1997), a heterogeneidade do material que
constitui um aterro de resíduos sólidos e o fato de que uma parcela significativa dos
seus recalques serem decorrentes de processos físico-químicos e biológicos, os
recalques diferenciais também são grandes. A importância de se poder prever os
recalques diferenciais reside em fatos operacionais, como danificação dos sistemas de
drenagem de gases e líquidos no interior do aterro.
As principais causas de recalques em aterros de resíduos sólidos
urbanos podem ser influenciadas pelos seguintes fatores: compactação, deformação
devido ao carregamento estático ou dinâmico, degradação biológica da matéria
orgânica, drenagem dos líquidos e gases, além da composição e idade do lixo.

124
Os principais fatores que influenciam no processo de decomposição
da matéria orgânica, são: o teor de umidade, composição dos resíduos, teor de sólidos
voláteis, temperatura, grau de compactação e oxigênio presente no meio. A
biodegradação de um aterro é um processo complexo, onde a partícula sólida
biodegradável é solubilizada, através de uma sequência de reações bioquímicas, onde se
destaca a metanogênese, e finalmente, convertida em metano e dióxido de carbono. A
hipótese de redução de sólido está diretamente ligada ao aumento da magnitude e
velocidade da compressão secundária. Uma vez transformada em líquido, que é o
produto intermediário da decomposição, estes ou são drenados para fora do aterro ou
convertidos (através da metanogênese) em metano e dióxido de carbono. Sendo então a
velocidade global do processo de decomposição governada pela metanogênese. O
acompanhamento dos recalques em cada célula, será realizado através da instalação de 6
placas de recalque com base quadrada de 0,60 m, e de um marco de referência de nível
(Bench Mark). As leituras serão realizadas, semanalmente, por Nivelamento
Geométrico de Precisão utilizando-se, basicamente, referência de nível, pontos de
passagem e estações de nivelamento. Os recalques medidos ao longo do tempo são
devido à decomposição dos resíduos. Neste sentido, a medição dos recalques sofridos
no aterro é de fundamental importância para o monitoramento do mesmo.
No ASL, serão instalados medidores superficiais de recalque (marcos
superficiais), os quais através de levantamento topográfico semanal poderemos calcular
os recalques e suas respectivas velocidades.

Placas de Recalque
São instrumentos incorporados ao aterro, superficialmente, que tem
como função servir como orientadores dos deslocamentos ao qual o aterro está sujeito.
São constituídos de uma base de concreto e de um pino de referência para as medições
topográficas, além de receberem uma placa de identificação para um melhor
acompanhamento e registro da movimentação deste local.
As mesmas serão distribuídas de forma a caracterizar linhas de estudo,
com direções de deslocamento esperados, para possibilitar um monitoramento da
evolução da movimentação ao aterro e, portanto, nortear as ações preventivas que se
façam necessárias para se manter o controle do maciço. Para efetuar este
monitoramento, serão implantados, fora da área do aterro, marcos fixos, irremovíveis,

125
de referência de nível e de posição relativa. Baseado nestes, serão observados por
levantamento topográfico, os deslocamentos verticais e as velocidades de recalque de
cada célula que compõe o aterro, após o encerramento de sua operação.
Em cada Célula, serão instaladas 05 (cinco) Placas de recalque,
conforme apresentado na Planta de Monitoramento do Aterro
As leituras de recalques serão realizadas por nivelamento topográfico
com frequência semanal e com precisão de ± 0,01 cm.
A análise dos deslocamentos verticais será realizada com base em
planilhas e gráficos, onde os parâmetros analisados, serão:

Recalque Total
Estes deslocamentos estão baseados na cota de leitura topográfica
atual e na cota de leitura topográfica inicial. São observados deste o início da instalação
dos instrumentos, servindo como um histórico do mesmo, o que possibilita se analisar,
em conjunto com o restante do monitoramento da Célula, em que fase de decomposição
o aterro se encontra e se estes caminham para uma situação estável ou se possuem
movimentos considerados de risco.

Recalque Parcial
Estes deslocamentos estão baseados na cota de leitura topográfica
atual e na cota de leitura topográfica anterior. São observados em períodos menores,
semanalmente, o que permite a avaliação dos deslocamentos verticais em situações
imediatas às suas ocorrências, permitindo assim, a definição de ações de caráter
emergencial no caso da ocorrência de deslocamentos que se julguem serem anormais
para este local.

Velocidade de Recalque
Segundo Palma Gonzalez (1995), a determinação dos valores de
recalques em um aterro de resíduos sólidos é realizado a partir de uma data
preestabelecida, consequentemente, o recalque medido não corresponde ao valor do
recalque total sofrido pelo aterro, até porquê a medição dos recalques durante o período
de construção é uma atividade muito difícil e não se deve fixar uma idade única de lixo
depositado, já que o recalque é bastante influenciado pelo tempo, por este motivo, é

126
mais simples analisar a evolução dos recalques em função da velocidade de recalques. A
velocidade de recalque é a diferença entre os recalques ocorridos, dividido pelo tempo
transcorrido entre as leituras.

Poço de Monitoramento
Para a garantia da estabilidade de um aterro é de fundamental
importância que não existam pressões neutras de grande magnitude, pois elas diminuem
as tensões efetivas e favorecem os mecanismos de escorregamento.
O nível de líquido no interior da célula será acompanhado através de
01 piezômetro com diâmetro de 2”. Este diâmetro permite que a coleta de líquidos da
célula seja realizada com amostrador tipo caneca, e que as leituras do nível do chorume
não sejam falseadas devido às bolhas de gás. Para a instalação destes poços serão
executadas sondagens SPT.

Sondagens SPT
Por ser um ensaio de baixo custo, podem ser realizados de maneira
periódica, onde pode-se avaliar de maneira qualitativa a variação da resistência do
aterro em relação ao tempo, bem como coletar amostras de solo (abaixo da camada de
lixo) e lixo para ensaios de laboratório (umidade, teor de sólidos voláteis e pH). Os
furos de sondagens, também servirão para a instalação dos medidores de temperatura,
descritos no item abaixo.
Os ensaios serão realizados de acordo com as normas NBR-8036,
NBR-6484 e NBR6 502 da ABNT — Normas Gerais de Sondagem de Reconhecimento
para Fundações de Edifícios, Método de Sondagem e Terminologia de Rochas e Solos
respectiva mente.
Em cada célula serão realizados três furos de sondagem SPT até
atingir o solo natural. Nestes furos serão realizados ensaios de perda d’água, coleta de
amostras de lixo ao longo da profundidade e do solo natural abaixo da camada de lixo,
para realização de ensaios.

Temperatura
A temperatura tem importante significado no processo de
decomposição de resíduos, pois atua na cinética das reações bioquímicas responsáveis

127
pela conversão de resíduos em gases, líquidos e compostos bioestabilizados. Poucos
estudos práticos, em condições de campo, foram conduzidos no sentido de uma melhor
compreensão, apesar da evidência da importância da temperatura no processo.
O monitoramento da temperatura do interior da célula será realizado,
medindo-se a temperatura do líquido (chorume) e da massa sólida. A temperatura do
líquido será medida coletando-se chorume do piezômetro, enquanto que para a medida
da temperatura da massa sólida será instalado o equipamento de medição de temperatura
(termopares) no furo de sondagem SPT, em profundidades diferentes.

Gases
A amostragem de gases permitirá, através da medida de sua
composição estequiométrica, o monitoramento qualitativo dos mesmos. Serão coletadas
amostras nas saídas dos drenos de gás e na camada de cobertura, para se determinar o
conteúdo de metano e outros gases emanados em cada uma delas, e a partir do
crescimento da concentração do gás calcular a taxa de desprendimento e o nível de
contaminação provocado por este desprendimento. A frequência de amostragem deverá
ser mensal, e realizada em cada dreno de gás e na camada de cobertura do aterro.

Líquidos
Será instalado 01 piezômetro em cada Célula, no qual será coletado
amostra de chorume para a realização de ensaios físico-químicos, para determinação de:
pH, alcalinidade, condutividade, cloretos, DQO, DBO, sólidos totais, sólidos voláteis,
nitrogênio, fósforo, zinco, chumbo, cádmio, cromo, cobre, cobalto, níquel, manganês,
ferro, alumínio, magnésio, cálcio, sódio e potássio; além de ensaios bacteriológicos,
para determinação de coliformes totais e fecais, além da contagem padrão de bactérias.

Resíduos sólidos
Serão realizados estudos com os resíduos sólidos no interior da célula,
para se verificar a remoção da carga orgânica presente. A coleta de amostras será
realizada em diferentes locais e a diferentes profundidades, de acordo com as sondagens
realizadas. Serão realizados ensaios de umidade e sólidos voláteis para a determinação
do teor de matéria orgânica presente no aterro.

128
Solos
Durante a realização da sondagem SPT na célula, será coletado o solo
abaixo da camada de lixo no próprio amostrador do SPT. Nestas amostras serão
realizados ensaios microbiológicos, físico-químicos, incluindo ensaios para
determinação de metais, com o objetivo de verificar o nível de contaminação provocada
pelo lixiviado.

129
Capítulo 9

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E
PLANO DE ENCERRAMENTO

130
9. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E PLANO DE ENCERRAMENTO

9.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS

Sabe-se que áreas utilizadas para aterros sanitários não são adequadas
para construção de edificações de grande porte, pela presença de emanações de biogás
bem como pelo elevado recalque diferencial no solo. No entanto, desde que os gases
sejam definitivamente canalizados por drenos adequados, e que a cobertura final seja
adequada para isolar os resíduos sólidos dispostos no terreno, as áreas poderão ser
utilizadas para fins de recreação, pois não há impedimentos no sentido de se utilizar as
áreas encerradas para a implantação de parques com atividades de lazer.
Para garantir a segurança da população vizinha ao aterro, recomenda-
se a realização de acompanhamento sistemático da estabilidade do maciço, além da
avaliação das pressões internas de gases e do percolado, mesmo após o encerramento da
vida útil do ASL. Após o encerramento da disposição dos resíduos sólidos, devem ser
realizadas atividades de manutenção e controle ambiental, para viabilizar a utilização da
área e garantir da segurança da vizinhança do aterro. A recuperação da área degradada
do ASL será efetuada em toda sua extensão efetivamente ocupada, que totaliza
aproximadamente 40,0 ha (quarenta hectares), cujas atividades são simultâneas a
operação do projeto. Isso significa que o próprio recobrimento diário do lixo integra os
procedimentos de recuperação ambiental, pois facilita a aplicação das atividades de
recobrimento final no encerramento da célula. No encerramento de cada célula, serão
executados procedimentos peculiares de recuperação ambiental ora descritos, que
culminarão no plantio de vegetação gramínea sobre a conformação final, após a vida útil
do aterro.
No entanto, visando-se o controle do processo erosivo, na área não
ocupada da C1, durante a progressiva ocupação da área, poderá ser plantado capim, que
auxilia na fixação do horizonte superficial arenoso.
O Plano de Recuperação de Área Degradada do ASL tem como
embasamento os levantamentos de campo, com a posterior síntese das informações,
com as devidas medidas corretivas visando minimizar os impactos adversos gerados
pela operação.

131
Descreve-se neste capítulo o contexto do “Plano de Fechamento”,
destacando-se que, assim como os procedimentos citados nos capítulos 8 e 9, tais
procedimentos de recuperação ambiental serão melhor quantificados e apresentados na
versão de detalhamento, no ato do Requerimento da Licença de Instalação (SUDEMA).

9.2.DADOS TÉCNICOS

Trata-se dos aspectos técnicos gerais, dos procedimentos a serem


adotados para se realizar a recuperação ambiental da área utilizada como aterro
sanitário.
Como os procedimentos de recuperação ambiental serão executados
de forma progressiva, na medida em que as células vão sendo encerradas e outras sendo
preparadas, a cada célula totalmente preenchida e fechada, deve-se executar os
seguintes procedimentos específicos:

9.2.1. Levantamentos Planialtimétricos

Serão executados os seguintes trabalhos, quando do encerramento de


um conjunto de células, a ser iniciada a recuperação ambiental:
 Levantamento faixa a ser recuperada, mostrando-se sua localização dentro da
área do ASL. e adjacências, inclusive os pontos de coleta de amostras para o
monitoramento ambiental;
 Levantamento dos furos de sondagens, caracterizando-se parâmetros internos
das células a serem recuperadas.
Estes trabalhos serão realizados e apresentados em mapa com escala
de 1:500 e curvas de nível de um metro. A topografia também acompanhará os
trabalhos de adequação das declividades, estabilização das laterais do aterro, drenagem
das águas pluviais e drenagem dos percolados e gases.

9.2.2. Isolamento da Área

O isolamento da área a ser recuperada restringirá o acesso de pessoas


e resíduos de quaisquer naturezas, que deverá ocorrer após o encerramento das células,
a partir do qual serão iniciados os procedimentos de recuperação ambiental.

132
9.2.3. Adequação das Declividades

Esta fase tem por objetivo suavizar e promover a conformação do


relevo a ser recuperado, visando a estabilização da área degradada, evitando se que o
material proveniente da decomposição dos resíduos possa atingir e contaminar o
ambiente.
Está diretamente relacionado ao processo de disposição de resíduos na
célula e respectivo recobrimento diário e deverá ser realizado sempre com o
acompanhamento da equipe responsável pelo levantamento topográfico, para que não
ocorra erros na adequação das declividades.
Portanto, este trabalho deve ser efetuado desde o início das atividades
do aterro até o final da vida útil do mesmo. Torna-se necessário que todo o trabalho de
adequação das declividades tenha sido efetuado, para que se inicie o plantio de
gramíneas, que contribuirão para o início efetivo da estabilização das laterais.

9.2.4. Manutenção do Sistema de Drenagem das Águas Pluviais

Os procedimentos de manutenção do sistema de drenagem das águas


pluviais, nas células em recuperação ambiental, serão reiniciados após o término da
adequação das declividades superficiais. A função básica é o perfeito funcionamento
deste sistema de drenagem, facilitando o escoamento de águas pluviais que, se ocorrer
de forma caótica, promove instalação de focos erosivos, expondo o material em
decomposição.

9.2.5. Recomposição Florística

Sobre cada célula já preenchida e fechada, será executado o plantio de


gramíneas, que auxilia eficazmente na fixação e estabilização da área aterrada,
prevenindo o surgimento de focos erosivos.

9.3. SIMULAÇÃO DA ÁREA RECUPERADA

Sabe-se que, em se tratando de áreas de aterros sanitários encerrados,


quanto ao uso futuro, não são adequadas para construção de edificações de grande porte,

133
pela presença de emanações de biogás bem como pelo elevado recalque diferencial no
solo.
No entanto, desde que os gases sejam definitivamente canalizados por
drenos adequados, e que a cobertura final seja adequada para isolar os resíduos sólidos
dispostos no terreno, as áreas poderão ser utilizadas para fins de recreação, pois não há
impedimentos no sentido de se utilizar as áreas encerradas para a implantação de parque
com atividades de lazer e científicas.
A imagem simulada na FIGURA 01, retrata a paisagem futuro, após o
encerramento e a recuperação ambiental, no citado uso futuro.

Figura 9.1. Simulação do aspecto paisagístico da área do ASL após o encerramento e recuperação
ambiental, transformando-a em parque rural destinado a visitação, com atividade de lazer e científicas.
Fonte: Google

134
Capítulo 10

SÍNTESE CONCLUSIVA

135
10. SÍNTESE CONCLUSIVA

10.1. SOBRE O EMPREENDEDOR E O PROJETO

O empreendimento pertence ao Grupo Lara (“Lara Central de


Tratamento de Resíduos Ltda”), fundado em 1966, que constitui empresa brasileira
prestadora de serviços de limpeza pública e de destinação final de resíduos sólidos,
atuando na região da Grande São Paulo, Baixada Santista e o Sul Mineiro.
Como forma de buscar novos empreendimentos, o Grupo Lara
expandiu seu ramo de negócios para a região Nordeste, mediante a viabilização do
Aterro Sanitário Lara (ASL), correspondendo a um aterro privado, que objetiva
proporcionar uma opção de destinação final dos resíduos da triagem dos resíduos
sólidos urbanos (RSU) do Município de Santa Rita/PB.

10.2. SOBRE O ASPECTO ECOLÓGICO

Inicialmente foram realizados levantamentos regionais para a aferição


do potencial de terrenos previamente escolhidos, para implantação de um aterro
sanitário.
Chegou-se à conclusão que a área da Fazenda Nova Vida, na zona
rural de Santa Rita/PB, foi a mais favorável tendo em vista o passivo já manifestado
pelo uso da área no cultivo de cana, dentre outros fatores, tendo por isso a empresa
interessada comprado esta propriedade rural.
Dessa forma, os principais fatores que motivaram o Grupo Lara na
escolha da área para instalação do ASL, foram os abaixo listados:
 A logística favorável, em termos de acesso rodoviário;
 Por se tratar de uma área antropizada e livre de ocupação;
 Pelo relevo em declive suave;
 A área não apresenta relevância ecológica.

136
10.3. SOBRE A CONCEPÇÃO DO PROJETO DO ATERRO

SANITÁRIO

No “Capítulo 5 – Projeto Executivo”, foram descritos os resultados


dos estudos de projeção das células, com o objetivo de dimensionar o projeto do ASL,
visando-se o dimensionamento dos parâmetros específicos e o cálculo da vida útil do
aterro.
Como premissa da avaliação, considerou-se que a triagem dos
resíduos sólidos coletados em Santa Rita/PB, será realizada em unidade de transbordo a
ser implantada nos limites da zona urbana, por iniciativa da Prefeitura Municipal, seja
diretamente, seja terceirizado.
Esta abordagem induzirá relevante impacto benéfico na sócio-
economia local, já que atualmente o RSU de Santa Rita/PB segue bruto para o ASMJP
e, com a unidade de transbordo e triagem em Santa rita/PB, haverá incremento de
emprego, renda, tributos e impostos.
Estimou-se que a atual área projetada do ASL, terá capacidade de
receber os resíduos da triagem de Santa Rita/PB por um período de 37 anos e sete
meses.
O ASL contará com as seguintes estruturas:
 Guarita de entrada, para identificação e controle do;
 Balança rodoviária, para o controle da quantidade de resíduos;
 Administração, para as atividades relativas ao gerenciamento do aterro;
 Galpão de Manutenção;
 Cerca ao longo do perímetro do terreno;
 Cinturão verde;
 Sistema de drenagem de águas pluviais;
 Sistema de captação, transporte e tratamento de lixiviado;
 Sistema de captação, transporte e queima de biogás;
 Sistema viário, para a circulação no interior do aterro.

137
10.4. SOBRE AS MEDIDAS, PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

O controle ambiental será realizado através da atuação de equipe


multidisciplinar, responsável técnica pelo monitoramento ambiental da implantação e
operação do ASL.
Conforme descrito no presente EIA, no ato do Requerimento da
Licença de Instalação (LI-SUDEMA), será apresentada a versão detalhada e
quantificada das medidas de controle ambiental, compondo os “Programas Básicos
Ambientais” (PBA), assim como o detalhamento dos procedimentos específicos de
encerramento e recuperação ambiental do aterro sanitário.

10.5. SOBRE A VIABILIDADE AMBIENTAL DO ASL

Os estudos realizados indicaram que o projeto do aterro sanitário na


Fazenda Nova Vida é viável ambientalmente, tendo em vista que os impactos adversos
relevantes são mitigáveis e compensáveis e os benéficos relevantes são de maior
magnitude.
Destaca-se a expressiva economia de recursos financeiros, além da
geração de emprego, renda, tributos e impostos, com a triagem do RSU sendo realizada
na zona urbana, de forma a se destinar dos resíduos da triagem do RSU no ASL, em
grandes cargas devidamente condicionadas, otimizando-se a “qualidade ambiental”
almejada.
Dentre os impactos benéficos relevantes, destaca-se ainda que os
produtos da triagem, ou seja, os resíduos sólidos recicláveis, composto orgânico e
agregados produzido na reciclagem dos resíduos da construção, serão fonte de renda
para grande número de associados recicladores. Decorrerá daí, o incremento da
arrecadação de impostos e tributos em ambas as esferas, federal, estadual e municipal.

138
Capítulo 11

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

139
11. BIBLIOGRAFIA

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144
ANEXOS
ANEXOS

ANEXO I – TERMO DE REFERÊNCIA (TR – SEMMA)

ANEXO II – ART’s DA EQUIPE TÉCNICA

ANEXO III – DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

1. MAPA DE DISTÂNCIA ATÉ O AEROPORTO


2. MAPA GEOLÓGICO
3. MAPA DE SOLOS
4. MAPA GEOMORFOLÓGICO
5. MAPA DE DECLIVIDADE
6. MAPA HIDROGRÁFICO
7. MAPA HIPSOMÉTRICO
8. MAPA DE SUSCEPTIBILIDADE A EROSÃO
ANEXO I

TERMO DE REFERÊNCIA (TR – SUDEMA)


ANEXO II

ARTs DA EQUIPE TÉCNICA


ANEXO III

DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

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