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Contra Capa
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Conceito ............................................................................................................................ 5
Conclusão ....................................................................................................................... 13
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Introdução
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Conceito
Mercantilismo
É um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre
o século XV e o final do século XVIII.
O termo mercantilismo foi criado a partir da palavra latina mercari, que significa
mercantil, no sentido de levar a cabo um negócio, e que procede da raiz merx que
significa mercadoria.
De início foi usado apenas por críticos, como Mirabeau e o próprio Smith, mas foi logo
adotada pelos historiadores. Hunt, E.(1989).
O mercantilismo é um conjunto de ideias econômicas que considerava a prosperidade de
uma nação ou Estado idenpendentemente do capital que poderia ter.
Caracteristicas do Mercantilismo
Principais características.
Metalismo: defesa do acúmulo de metais e pedras preciosas, como ouro, prata e
diamante, esta característica mercantilista foi aplicada por Portugal e Espanha
enquanto organizavam a exploração de suas colônias na América entretanto os
espanhóis conseguiram explorar ouro logo no início da colonização, enquanto os
portugueses não tiveram a mesma sorte logo após o desembarque no litoral
brasileiro. No século XVIII foi quando as primeiras minas de ouro foram
encontradas pelos bandeirantes..
Colbertismo: incentivo ao desenvolvimento manufatureiro para atrair riqueza
por meio da vinda de moeda estrangeira. Buscava-se também limitar os gastos
internos. Essa característica foi baseada nas ideias do ministro francês Jean-
Baptiste Colbert.
Balança comercial favorável: nas trocas comerciais, uma nação deveria vender
mais mercadorias e comprar menos, ou seja, exportar mais e importar menos.
Dessa forma, sua balança comercial estaria positiva.
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Protecionismo alfandegário: cobranças de impostos sobre produtos
estrangeiros para proteger o mercado interno.
Surgimento do Mercantilismo
O Papel do Estado
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando
novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as
importações, protecionismo, controlando os consumos internos de determinados
produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos
territórios monopólio, entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e
o escoamento de produtos manufaturados. Heckscher (1935).
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A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda
metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.
Principios do Mercantilismo
Os princípios mercantilistas eram os seguintes:
Incentivos às Fabricas
O governo estimulava o desenvolvimento de Fábricas em seus territórios,como o
produto manufaturado era mais caro do que as matérias-primas ou gêneros agrícolas,
sua exportação era certeza de bons lucros.
Protecionismo Alfandegário
O governo de uma nação deve aplicar uma política protecionista sobre a sua economia,
favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a
imposição de tarifas alfandegárias, portanto, a balança comercial positivava com outras
nações.
Eram criados impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do
exterior como uma forma de estimular a indústria e manufaturas nacionais e também
evitar a saída de moedas para outros países.
Balança Comercial Favorável
O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma os ingressos de moeda
seriam superiores às saídas, deixando em boa situação financeira.
Soma Zero
O volume global do comércio mundial é inalterável.
Os mercantilistas viam o sistema econômico como um jogo de soma zero, no qual o
lucro de uma das partes implica a perda da outra.
Colônias de Exploração
A riqueza de um país está diretamente ligada à quantidade de colônias de que dispunha
para exploração. O mercantilismo indiretamente impulsionou muitas das guerras
europeias do período e serviu como causa e fundamento do imperialismo europeu, dado
que as grandes potências da Europa lutavam pelo controlo dos mercados disponíveis no
mundo. Hunt, E.(1989).
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Fig 1
Comércio Colonial Monopolizado pela metrópole
As colônias europeias deveriam comercializar exclusivamente com suas
respectivas metrópoles.
Para as metrópoles tratava-se de vender caro e comprar barato. Dentro desse contexto
ocorreu o ciclo do açúcar no Brasil Colonial
Percursores do Mercantilismo
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Assinalado particularmente Eli Heckscher que, influenciado pelos autores
mencionados, reúne as interpretações destes para logo acrescentar a sua.
Fala do mercantilismo do ponto de vista da sua política protecionista e as suas atitudes
monetárias como já refere o pensador Smith, como uma doutrina na construção do
estado como um sistema de poder (propugnado por Cunningham) e acrescenta a sua tese
a estas quatro: descreve o mercantilismo como uma concepção social que quebrou com
as formas, tanto morais quanto religiosas, que determinavam o comportamento
dos agentes econômicos.
Destaca-se Cantillon entre os autores que acreditam que o mercantilismo é a
antecipação da doutrina clássica. Este autor, entre o pensamento mercantilista e clássico,
aperfeiçoa o conceito de "balança de comércio" em termos de trabalho.
A primeira escola que recusou completamente o mercantilismo foi a da Fisiocracia,
na França.
Contudo, as suas teorias também apresentavam uma série de importantes problemas, e a
substituição do mercantilismo não se produziu até que Adam Smith publicou a sua
famosa obra "Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações"
em 1776 .Hunt, E.(1989)
Keynes e outros economistas do período também retomaram a importância que tinha
a balança de pagamentos, e visto que desde a década dos anos 1930 todas as nações
controlaram as entradas e saídas de capital, a maioria dos economistas está de acordo
em que uma balança de pagamentos positiva é melhor que uma negativa para a
economia de um país
Metalismo ou Bulionismo
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O metal era valorizado como moeda de troca, muitas vezes sendo confundido como
moeda ou capital.
A Espanha foi o país que mais se comprometeu ao por em prática o ideal do metalismo;
ao invés de investir em outras actividades.
Por ano, a Espanha trazia mais de 200 toneladas de prata e 150 toneladas de ouro,
garantindo-se apenas no estoque e não na produção.
De fato, os espanhóis queriam comercializar com os metais que possuíam em
abundância para importar os produtos que achavam necessários dos países europeus.
O excesso de metal na Europa gerou uma queda do valor de exportação do produto no
século XV, gerando a inflação. Heckscher (1935)
Esse processo ficou conhecido historicamente como “Revolução dos preços”. A partir
deste momento, todo o comércio de mercadoria entre países tinha um preço definido.
Entretanto, ele poderia ser reduzido ou aumentado conforme as condições de cada
nação. Heckscher (1935)
Apesar de deter o monopólio do minério extraído de suas colônias americanas, Espanha
e Portugal tiveram que reduzir a circulação de metais preciosos como moeda e
defenderam o entesouramento de seus metais, para que não tivesse prejuízos
econômicos.
Fig.2
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Bullion, que significa “pequenos lingotes de ouro”.
A doutrina do bulionismo aconselhava um Estado a ter em seus cofres a maior
quantidade de metais nobres, ouro e prata, possível. A crença era a de que isso daria
estabilidade econômica à nação, haja vista que esses metais representam uma riqueza
não perecível.
Movidas por essa doutrina, nações como Portugal e Espanha procuravam em suas
colônias esses metais nobres.
Outras nações, como Holanda, Inglaterra e França, que não tiveram o pioneirismo das
nações ibéricas no que se refere às grandes navegações, acabaram por contratar piratas,
chamados de corsários, para assaltar os navios alheios. Muitos navios espanhóis tiveram
o ouro roubado por corsários.
A ideia do metalismo, ou bulionismo, só passou a ser refutada no século XVIII.
Primeiro com os fisiocratas que defendiam ser os bens naturais, como aqueles advindos
da agricultura, a real fonte da riqueza das nações. HUNT, E.(1989)
Consequências do Mercantilismo
O mercantilismo durou aproximadamente 300 anos, entrando em decadência a partir do
surgimento das teorias liberais e do desenvolvimento das indústrias na Inglaterra no
século 18, o que gerou a Revolução Industrial.
A busca da burguesia por maior espaço político e econômico, assim como as
reivindicações dos povos oprimidos pelo Antigo Regime, querendo acabar com os
privilégios da nobreza e do clero também podem ser listadas entre as causas sociais que
trouxeram a superação do sistema. HUNT, E.(1989)
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
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