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Contração do músculo estriado

esquelético
Anatomia fisiológica do
músculo estriado
esquelético

Constituído por inúmeras


fibras e cada uma destas é
formada por subunidades
sucessivamente menores.

Na maioria dos músculos


esqueléticos, cada fibra se
estende por todo o
comprimento do músculo.

Alessandra Beirith – Fisiologia


 Sarcolema
Membrana celular da fibra muscular. O sarcolema consiste em uma membrana
plasmática e um revestimento externo de polissacarídeos com inúmeras e finas fibrilas
de colágeno. Na extremidade da fibra, essa camada superficial do sarcolema se funde
com uma fibra tendinosa e estas se juntam em feixes para formar tendões dos
músculos e inserirem-se nos ossos.

 Miofibrilas, filamentos de actina e miosina


Cada fibra muscular contém centenas a milhares de miofibrilas, formadas por cerca de
1.500 filamentos de miosina e 3.000 filamentos de actina. Os filamentos de actina e
miosina se interdigitam parcialmente. Pontes cruzadas: projeções dos filamentos de
miosina que, interagindo com os filamentos de actina, promovem a contração
muscular.

 Sarcoplasma
Matriz intracelular da fibra muscular, rica em potássio, magnésio, fosfato, enzimas e
mitocôndrias.

 Retículo sarcoplasmático
Retículo endoplasmático mais extenso, presente nas fibras musculares.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Alessandra Beirith – Fisiologia
Mecanismo geral da contração do músculo estriado esquelético

A contração muscular ocorre nas seguintes etapas:


1) Um potencial de ação dirige-se ao longo de um neurônio motor até suas
terminações.
2) Nas terminações, o neurônio secreta uma pequena quantidade de uma
substância transmissora, a acetilcolina.
3) A acetilcolina atua sobre áreas específicas da membrana, abrindo canais de
sódio regulados por ela.
4) A abertura destes canais permite a entrada de grande quantidade de sódio
para o interior da fibra muscular, desencadeando um potencial de ação.
5) O potencial de ação propaga-se ao longo da membrana da fibra muscular.
6) A eletricidade do potencial de ação se propaga profundamente para dentro da
fibra muscular, induzindo o retículo sarcoplasmático a liberar íons cálcio.
7) O cálcio gera forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina,
fazendo-os deslizarem uns sobre os outros, gerando a contração muscular.
8) O cálcio é rapidamente bombeado de volta para o retículo
sarcoplasmático pela bomba de cálcio: fim da contração muscular.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Mecanismo molecular da contração do músculo estriado esquelético

Mecanismo de deslizamento da
contração

Resultado das forças mecânicas


geradas pela interação das pontes
cruzadas, presentes nos filamentos
de miosina, com os filamentos de
actina.

Alessandra Beirith – Fisiologia


FILAMENTO DE MIOSINA

Formado por 200 ou mais moléculas de miosina, constituídas por 6 cadeias de


polipeptídeos: 2 cadeias leves e 4 cadeias pesadas.

As cadeias leves se unem em feixe para formar o corpo do filamento, além de


projetarem-se formando um braço que se afasta do corpo.

O conjunto de braços e cabeças das moléculas de miosina é chamado de pontes


cruzadas. As dobradiças permitem que as cabeças se afastem ou aproximem do corpo
do filamento de miosina.

As cabeças das moléculas de miosina têm atividade de ATPase, fornecendo energia


para a contração.

Alessandra Beirith – Fisiologia


FILAMENTO DE ACTINA

Formado por 3 componentes:


Actina F: 2 filamentos em hélice com moléculas de ADP presas à superfície
(“locais ativos”).
Tropomiosina: formam hélices, juntamente com a actina F, sobrepondo os
locais ativos.
Troponina: I, afinidade pela actina; T, afinidade pela tropomiosina; C,
afinidade pelo cálcio.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Alessandra Beirith - Fisiologia
A TEORIA DA “CATRACA” DA CONTRAÇÃO
Interação entre o filamento de actina “ativado” e as pontes cruzadas de miosina. Logo
que e actina é ativada pelo cálcio, as cabeças das pontes cruzadas dos filamentos de
miosina são atraídas para os “locais ativos” dos filamentos de actina.

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Músculo liso

Alessandra Beirith - Fisiologia


Contração do músculo liso

As células musculares lisas


têm diâmetro cerca de 30
vezes menor e comprimento
cerca de 1.000 vezes menor
do que as fibras musculares
esqueléticas.

Alessandra Beirith – Fisiologia


TIPOS DE MÚSCULO LISO

Músculo liso multiunitário:


 Constituído por fibras musculares
lisas distintas que operam
independentemente umas das
outras.
 Frequentemente são inervadas por
uma uma só terminação nervosa,
como as fibras esqueléticas.
 São cobertas por uma mistura de
fibrilas de colágeno e glicoproteínas
que ajuda a isolar umas das outras.
 Raramente têm contrações
espontâneas.
 Ex.: músculo ciliar do olho, da íris e
piloeretores.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Músculo liso unitário:
 Constituído por uma massa de
centenas a milhares de fibras
musculares lisas que se contraem
juntas, como uma só unidade
 Geralmente agregadas em lâminas
ou feixes, e as membranas celulares
aderem em múltiplos pontos para
transmitir a força
 Membranas possuem junções
abertas através das quais os íons
podem fluir livremente
 Conhecido também como músculo
liso sincicial (interconexões) ou
visceral (parede das vísceras)
 Ex.: intestino, ductos biliares,
ureteres, útero e vasos sanguíneos

Alessandra Beirith – Fisiologia


Mecanismo da contração do músculo liso
→ Possui filamentos de actina e miosina e
não contém troponina.
→ A contração também é ativado por cálcio.
→ A energia para a contração também é
fornecida pela clivagem de trifosfato de
adenosina (ATP) em difosfato de adenosina
(ADP).

Organização física do músculo liso


→ Filamentos de actina são unidos aos
corpúsculos densos (participam da
transmissão da força de contração).
→ Filamentos de miosina são mais espessos.
→ As pontes cruzadas dos filamentos de
miosina tem “polaridade lateral”,
articulando-se para direções opostas em
cada lado.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Comparação da contração do músculo liso com a do músculo esquelético

Regulação da contração pelos íons cálcio


O aumento dos íons cálcio pode ser causada por:
➔ Estimulação nervosa
➔ Estimulação hormonal
➔ Alongamento (estiramento) da fibra
➔ Alterações no ambiente químico

O músculo liso não tem a proteína reguladora troponina, como o


esquelético, quem exerce esse papel é outra proteína, a calmodulina.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Ativação da calmodulina e subsequente contração do músculo liso

a) Os íons cálcio combinam-se com a calmodulina.


b) O complexo calmodulina/cálcio ativa a cinase miosínica.
c) Uma das cadeias leves da miosina, denominada cadeia reguladora,
fica fosforilada em resposta à ativação pela cinase miosínica.
d) Quando a cadeia reguladora está fosforilada, pode se unir à miosina
e iniciar a contração.
e) Para terminar a contração e iniciar o relaxamento, a cadeia
reguladora é defosforilada (perde um fosfato) pela fosfatase
miosínica.

Alessandra Beirith – Fisiologia


Ca++
Ca++ associa-se à calmodulina

Ca++ calmodulina

complexo cálcio/calmodulina ativa a CINASE MIOSÍNICA

miosina Pi

miosina fosforilada interage com actina

CONTRAÇÃO

defosforilação, pela FOSFATASE MIOSÍNICA,


da miosina dá fim à contração

Célula de bomba
músculo liso de Ca++

Ca++

Alessandra Beirith – Fisiologia


Controle neural e hormonal da contração do músculo liso

Fibras nervosas autonômicas: difusamente ramificadas, não fazem contato


direto com as células musculares, formam as junções difusas que secretam
substâncias transmissoras sobre a matriz que reveste o músculo.

Axônios das fibras nervosas autonômicas: não tem botões terminais


ramificados, possuem varicosidades (interrupções nas células de Schwann) através
das quais secretam acetilcolina, noradrenalina ou outros transmissores.

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