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Textos de Filosofia - 2011
Textos de Filosofia - 2011
- O que é o conhecimento?
- conhecimento religioso
- conhecimento filosófico
- conhecimento científico
Passos:
Reflexão:
A religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações
foram perdendo força – não convenciam nem satisfaziam a quem desejava conhecer a
verdade sobre o mundo.
O Nascimento da Filosofia
O final do século VII e início do século VI a. C. foi marcado por um “novo” processo
histórico, decorrente da passagem do saber mítico ao pensamento racional, ou seja, a
filosofia grega nasceu procurando desenvolver o logos
( saber racional ) em contraste com o mito ( saber alegórico )
Período que abrange o conjunto das reflexões filosóficas desenvolvidas desde Tales de
Mileto até o aparecimento de Sócrates.
A FILOSOFIA NA ANTIGUIDADE
Tanto o mito quanto a filosofia são explicações que visam responder aos
questionamentos sobre o sentido da vida, a natureza do homem e do universo, assim
como justificar as normas políticas, éticas e religiosas da própria comunidade.
Muito se tem falado sobre a filosofia. Nem sempre o que se ouve a respeito dela
corresponde a realidade. Uns a definem como filosofia de vida, outros como sabedoria
e outros ainda como sendo uma coisa que não nos leva a nada. Raras vezes ouvi alguém
falar dela com paixão ou amor. Qual a razão de tamanha aversão à filosofia? Podemos
responder a esta indagação de várias maneiras:
Primeira, pensar, é um ato que não foi incorporado ao nosso dia-a-dia. Isto
muito nos entristece, porque não existe nada mais humano em nossa vida o que o ato
de pensar. Pensar constitui-se na nossa principal característica, ou melhor, caracteriza
nossa essência. Pensamos para poder escolher, deliberar, opinar, mudar o rumo da
história, de nossa vida. Posso afirmar sem nenhum constrangimento, que existe muitas
pessoas que ganham com nossa resistência ao pensar. Mas se há ganho para uns, há
perdas para muitos.
Segunda, pensar é um ato que para muitos, só deve ser executado frente a uma
atividade que possa nos trazer respostas ou melhor, um resultado prático e imediato de
preferência, em forma de ganho, lucros. Nossa cultura nos ensinou a valorizar o
pragmatismo, o imediatismo, melhor dizendo.
Terceira, pensar é um ato que demanda tempo. “Tempo é dinheiro”. Não posso
perder tempo com devaneio, ou seja, não posso perder dinheiro.
Li um artigo na revista Veja, de autoria de Roberto Pompeu de Toledo, não
lembro agora o número, em que o autor fazia algumas colocações muito pertinentes.
Ele reconhecia o esforço da sociedade na busca de melhorar a educação, seja por
exigência da Globalização, onde ou você se informa ou não consegue acompanhar a
evolução; seja ainda por uma questão de competitividade, como a oferta de mão de
obra qualificada. Uma coisa ele deixava bastante claro, que a educação estava
melhorando, principalmente em relação ao aspecto quantitativo. Ele apontava o
significativo aumento do número de escolas e porque não dizer, até mesmo de
instituições de nível superior, mas segundo ele, no que concordamos plenamente,
ainda falta muito, falta ensinar o homem a pensar. Nesse aspecto, podemos afirmar
sem medo de errar, a filosofia é uma ótima aliada. Precisamos incentivar, ensinar
nossos alunos a pensar a realidade, pensar o mundo e os problemas que nos rodeia,
pois somente assim sairemos dessa atitude passiva e contemplativa que em nada
enaltece nossa posição de ser pensante e partir em busca de nossas realizações, de
nossa felicidade. Mas isso só será possível quando nos conscientizarmos de somos nós
mesmos os maiores beneficiados com essa atitude.
Aristóteles, filósofo grego, já afirmava que todos os homens têm por natureza o
desejo de conhecer. Mas não é bem isso o que se tem observado. A filosofia tem sido
“esquecida” ao longo do tempo. Aliás, a prática do filosofar em nosso país, é restrita a
um pequeno grupo de estudiosos de filosofia o que, diga-se de passagem, nem sempre
é bem visto pelos estudiosos de outras ciências. Várias são as razões que justificam
esse “esquecimento”, entre elas podemos citar: Primeira, nossa tradição cultural.
Fomos colonizados pelos portugueses, e entre esses povos, a filosofia não era
valorizada; segunda, no mundo competitivo em que vivemos, a ação tem sido mais
valorizada do que a reflexão; terceira, a filosofia em detrimento das ciências exatas,
não nos fornece uma resposta imediata, única e/ou objetiva; quarta, a falta de
incentivo dos educadores para o exercício da leitura, do pensar o mundo, a realidade.
Não estamos aqui nos referindo a leitura de livros ou textos filosóficos, pois
acreditamos estar filosofia embutida ou implícita em todas as leituras que visam a
compreensão da realidade.
A filosofia é a busca do sentido e explicação da realidade. Aliás, a primeira
pergunta que o homem fez, ao abandonaras explicações mitológicas ao as verdades
prontas ou do senso comum, foi questionar-se sobre a origem das coisas ( “Qual a
origem de todas as coisas?”) Essa pergunta marcou o surgimento da filosofia,
distinguindo o homem pensante do não pensante. Portanto, é inconcebível hoje, que o
homem fique a margem da realidade, preso ao imediatismo das explicações prontas.
Em novembro de 2001, a revista Você, veiculou uma entrevista com o consultor
americano Abraham Chachamovits, engenheiro de computação, filosofo e pós-
graduado em lógica e inteligência artificial, com o título: SOCRATES CORPORATIVO..
Entre outras idéias, ele afirma ser o filosofo a profissão do futuro. “O filosofo, é aquele
profissional capaz de fazer as pessoas terem uma compreensão mais elevada do
mundo (...) o objetivo do filosofo é conseguir fazer com que a pessoa transcenda seus
limites”. Quando o entrevistado é questionado sobre quem é esse filosofo que ele
tanto defende dentro das empresas, ele responde: “quando falo em filosofo, não estou
fazendo alusão a alguém que tenha necessariamente formação acadêmica em
filosofia, refiro-me, isso sim, a pessoa que não está totalmente presa às questões
mundana em uma organização, como a produção e o lucro. Defendo a tese de que os
lideres devem ter uma formação mais humanista, pois quanto mais completo for o
homem, maior a chance de ele liderar as pessoas com sucesso”. O filosofo pensa na
satisfação do ser humano, na sua transcendência e não apenas no excelente resultado
financeiro da empresa. Nesse sentido. O filosofo é a pessoa mais indicada para chefiar
uma empresa, por ser um profissional sensível e com conhecimento de ética
desenvolvimentista.
Ficamos muito feliz quando lemos esta entrevista. Isto, de certa forma vem a
reforçar nossa idéia de que a filosofia não somente é necessária a todas as pessoas
desejosas de saber, como também ela está sendo reconhecida e valorizada em outros
campos do saber. Nenhum conhecimento, nenhuma atividade ou profissão teria
sentido, ou existiria se não existisse o homem. Este é um convite que fazemos a todos
os nossos alunos, não se prendam ao objetivismo ou ao imediatismo do saber sem
fundamento. Ou fundamentamos nosso conhecimento, ( e é justamente nessa busca de
sentido que a filosofia se faz presente) ou ele se perderá ao longo do tempo. O homem
é um filosofo, porque seu papel é realizar atos que o engrandeça, que o faça
transcender-se.
Os pré-socráticos e a ciência