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Resumos de Geografia A
Resumos de Geografia A
Índice de conteúdos:
Tema 0: Portugal: a sua posição na Europa e no mundo
1. Um território: pouca terra e tanto mar!
2. Distribuição da população
1. Recursos do subsolo
2. Radiação solar
3. Recursos hídricos
4. Recursos marítimos
Território português:
Coordenadas geográficas:
Latitude: entre 30º e 42º N
Longitude: entre 6º e 32º O
Arquipélagos (características):
- de origem vulcânica;
- topos emersos do relevo submarino constituído na maior parte por uma cordilheira que se
estende desde o extremo norte ao extremo sul do Atlântico.
Organização de Portugal:
Administrativa:
- Distritos - 18
- Municípios ou Concelhos - 308
- Freguesias - 3090
Objetivo: através da divisão das NUTS III, que serve de base territorial às associações de
municípios, facilitar a gestão de projetos e fundos comunitários e cooperar entre si para resolver
assuntos comuns.
A União Europeia
Mercado Comum
Benefícios:
comércio de mercadorias sem taxas aduaneiras
acesso e prestação de serviços pelos e para os cidadãos e as empresas
investimento, poupança, compra e venda de ações, etc.
viagens, estudo, emprego, residência, etc. em qualquer estado-membro
Facilitado por:
Moeda única (Euro): agiliza as relações financeiras e comerciais; é uma moeda forte e
competitiva a nível mundial, fortalecendo a economia europeia.
Convenção de Schengen: implementa a livre circulação no que respeita as viagens,
frequência do ensino superior e mercado de trabalho.
Organizações lusófonas:
Principais ações:
- esforços diplomáticos nas organizações internacionais e na mediação de conflitos;
- implementação do português como língua de trabalho nos organismos internacionais – por
exemplo, instituição do Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio) pela UNESCO;
- Promoção da cooperação no plano económico, político e cultural;
- difusão de programas de formação, informação e lazer em Língua Portuguesa.
- ajuda portuguesa e comunitária ao desenvolvimento dos restantes países.
10000
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1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2019
Década de 50:
(Crescimento moderado da população)
– Crescimento natural elevado: fraca presença da mulher no mercado de trabalho; forte influência
da religião.
– Movimentos emigratórios para a Europa Ocidental.
Estatísticas:
- TCN positiva: TN alta e TM decresce;
- TCM negativa: I < E;
- TCE positiva: TCN compensa valores negativos da TCM.
Década de 60:
(Decréscimo da população)
– Forte vaga emigratória: fuga à Guerra Colonial e ao regime ditatorial de Salazar e procura de
melhores condições de vida.
– Diminuição do crescimento natural devido ao decréscimo da taxa de natalidade.
Estatísticas:
- TCN positiva: TN desce e TM muito baixa;
- TCM muito negativa;
- TCE negativa: TCN não compensa valores muito negativos da TCM.
Década de 70:
(Crescimento acelerado da população)
– Regresso de milhares de portugueses emigrantes na Europa e residentes das antigas colónias
após a revolução do 25 de Abril de 1974.
– Diminuição da emigração devido ao choque petrolífero de 1973 e consequentes restrições à
emigração por parte dos países recetores.
Estatísticas:
- TCN positiva: TN alta e TM decresce.
- TCM positiva: I > E;
- TCE positiva: TCN + TCM positivas.
Década de 80:
(Estagnação demográfica)
– Diminuição do crescimento natural devido aos valores baixos da natalidade.
– Saldo migratório negativo, devido à saída de muitos emigrantes para o espaço da comunidade
europeia, em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho.
Estatísticas:
- CN diminui: N baixa.
- SM negativo.
Década de 90:
(Crescimento lento da população)
– Crescimento natural reduzido.
– Saldo migratório positivo. O ligeiro aumento populacional deste período deve-se, sobretudo, à
entrada de imigrantes.
Estatísticas:
- TCN baixa: TN desce e TM é baixa.
- TCM nula ou negativa;
- TCE praticamente nula.
2000 – 2010:
(Crescimento lento da população)
– Crescimento natural negativo, compensado por um saldo migratório positivo, ainda que em
desaceleração, que impediu a diminuição da população.
– Grande vaga de imigração dos PALOP e da Europa de Leste, devido à desagregação da URSS.
Estatísticas:
- TCN aumenta ligeiramente: TN cresce um pouco (devido a I) e TM é baixa;
- TCM positiva;
- TCE positiva: TCN + TCM positivas.
2010 – 2020:
(Decréscimo da população)
– Crescimento natural negativo.
– Saldo migratório negativo, com exceção dos anos 2017-2018, mas que não anula a tendência
de decréscimo demográfico (devido, também, à crise económica nacional).
– O ano 2019 rompe com a tendência de decréscimo da população portuguesa devido ao
contributo do saldo migratório, já que o crescimento natural continua negativo.
– A partir de 2019, dá-se uma diminuição notável no saldo migratório e um considerável aumento
da taxa de mortalidade, devido à pandemia do COVID-19.
Estatísticas:
- TCN negativa: TN diminui e TM baixa.
- TCM negativa: aumento de E diminuição de I;
- TCE negativa: TCN + TCM negativas.
Situação do ISF:
Tendência geral para o decréscimo da TBN e da TFG, que se começou a desenhar já na
segunda metade do século XX.
Impossibilidade de assegurar o IRG, que reforçará a tendência de declínio e envelhecimento
demográfico do país.
Causas:
Desenvolvimento da medicina preventiva e curativa;
Aumento do nível de vida da população:
Proporcionou a melhoria das condições alimentares, de higiene e de habitabilidade.
Melhoria das condições de higiene, saúde e segurança no trabalho;
Melhoria da assistência médica;
Maior número de médicos por habitante;
Diminuição da taxa de analfabetismo:
Favoreceu a melhoria dos hábitos de higiene pessoal, bem como um maior acesso à
informação sobre os mecanismos de prevenção e combate das doenças.
Gráfico da TBM
Causas:
Tendência generalizada de diminuição da taxa bruta de mortalidade (TBM).
Nos últimos anos, o acréscimo da TBM deve-se ao forte envelhecimento da população
portuguesa, já que a maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas.
Pirâmides Etárias:
Classes Etárias: cada parcela da pirâmide etária (ex: 0-4; 15-19; 70-74)
Grupos Etários:
- Idosos: 65 e mais anos (topo)
- Adultos: 15 a 64 anos (meio)
- Jovens: 0 a 14 anos (base)
Géneros:
- Homens: lado esquerdo da pirâmide etária
- Mulheres: lado direito da pirâmide etária
1990:
- base diminui (devido a uma diminuição da TBN, que
diminui o nº de jovens);
2020: *
- base diminui ainda mais (devido a uma diminuição
considerável da TBN, que diminui o nº de jovens);
Mudanças gerais:
- aumento drástico do nº de
idosos;
- diminuição drástica do nº de
jovens;
- diminuição acentuada da TBN e TBM;
- prolongamento da EMV.
* dá-se o fenómeno de duplo envelhecimento – diminuição do nº de jovens (devido a uma
menor TBN), em simultâneo, com um aumento do nº de idosos (devido a um prolongamento da
EMV e diminuição da TBM); redução da base e aumento do topo da pirâmide etária.
Declínio da fecundidade
Índice Sintético de fecundidade:
- apresenta valores inferiores ao Índice de Renovação
de Gerações (2,1), logo as gerações futuras não asseguram
a sua renovação.
Taxa de Fecundidade:
- redução entre as mães mais jovens;
- aumento das mães com 30 e mais anos.
Causas:
- generalização do planeamento familiar e do uso de
Índice Sintético de Fecundidade (1990 – 2019)
métodos contracetivos;
- aumento da taxa de atividade feminina e valorização
profissional da mulher;
- alargamento da escolaridade obrigatória, que faz adiar
a entrada na vida ativa e eleva a idade média ao
nascimento do primeiro filho (30 anos, em 2019);
- aumento da exigência e das despesas com a educação
dos filhos e dificuldade em conciliar a vida familiar com
a vida profissional;
- dificuldade de inserção na vida ativa e aumento do
trabalho precário entre os jovens;
- falta de habitação a preços acessíveis, o que dificulta
a autonomia dos jovens e limita a dimensão das famílias. Taxa de Fecundidade por grupo etário
feminino (2005 – 2019)
Envelhecimento
Causas:
- declínio da fecundidade;
- prolongamento da Esperança Média de Vida.
População Ativa
Evolução da Taxa de atividade:
- 1974: início do aumento da atividade,
tanto em homens, como em mulheres.
Razão: Revolução do 25 de Abril
(retorno de população das ex-colónias e
emancipação da mulher).
- 1989: aumento acentuado da atividade,
principalmente nos homens.
Razão: aumento da escolaridade obrigatória
(até ao 9ºano).
- 1999: aumento da atividade tanto masculina,
como feminina, após um período de recessão.
Razão: aumento da imigração.
- 2008-2015: diminuição da atividade, em geral.
Razão: Crise económica, que aumento o desemprego. Taxa de Atividade (1974-2019)
- 2019: aumento da atividade, em geral, após
um período de recessão.
Razão: retorno da economia, que diminuiu o desemprego.
Conclusão: Portugal tem de continuar a elevar os níveis de escolaridade, que ainda são
inferiores aos da União Europeia, uma vez que constituem um fator fundamental para o
desenvolvimento económico e social do país.
Causas:
Redução da desigualdade de género no acesso ao ensino;
Alargamento da escolaridade obrigatória (para 12ºano), requisitada na maioria dos
empregos;
Democratização do acesso ao ensino superior;
Reforço e ampliação da oferta de cursos de formação profissional no ensino público (3º ciclo,
secundário e pós-secundário), o que ajuda a reduzir o abandono escolar;
Ensino recorrente, que permitiu a muitos adultos concluir o ensino básico ou secundário, em
horário pós-laboral;
Programa “Novas Oportunidades”, substituído desde 2017 pelo Programa “Qualifica”, com
uma oferta diversificada, que capitaliza as formações realizadas e as competências
adquiridas ao longo da vida, permitindo completar um nível de ensino e obter uma
qualificação integrada no Sistema Nacional de Qualificações, que dá acesso a todo o
mercado de trabalho comunitário.
Políticas Natalistas:
- alargamento da rede pública da educação pré-escolar, com horários compatíveis com o
emprego dos pais;
- aumento dos subsídios familiares e redução dos impostos em função ao nº de filhos;
- apoio às famílias nas despesas da educação dos filhos;
- alargamento do período de licença parental e maior diversidade de modalidades da sua
partilha no casal;
- regulamentação da adoção de crianças de outros países;
- incentivo às empresas em serem mais “amigas das famílias”: criação de creches nas
empresas, que facilitam as deslocações diárias e fomentam o contacto entre pais e filhos em
hora de pausas; flexibilização do horário de trabalho, que visa facilitar a conciliação do
trabalho com a vida profissional.
- promoção de empregabilidade, maior segurança laboral e salários mais adequados ao nível
atual das despesas familiares.
Políticas Imigratórias:
- criação de salários e oportunidades de progressão na carreira idênticas às dos países
europeus mais desenvolvidos, para evitar a perda de jovens profissionais portugueses pela
emigração;
- atração de estudantes e jovens ativos estrangeiros, promovendo a imigração legal e
planeada, e a fixação de refugiados, com programas de apoio ao emprego, habitabilidade e
integração social.
Benefícios da Imigração:
- rejuvenescimento da população residente;
- dedução do declínio da natalidade pelo aumento da população em idade reprodutiva;
- aumento e rejuvenescimento da população ativa;
- maior contribuição para as receitas fiscais;
- maior contributo para a sustentabilidade financeira dos sistemas de pensões e proteção
social;
- maior riqueza e diversidade cultural / humana.
Programa “Qualifica”:
- diversificar os percursos escolares, para responder à real diversidade de alunos (inclusão),
e combater o abandono escolar;
- continuar a melhorar a oferta educativa profissional, para jovens e adultos, tornando-a mais
adequada às necessidades da economia nacional e internacional;
- aumentar uma maior ligação cooperativa entre o ensino e o mundo empresarial, facilitando
a inserção dos jovens na vida profissional e melhorando a qualificação dos ativos;
- promover a inovação tecnológica nas escolas e universidades, para preparar os alunos
para as exigências do mercado de trabalho;
- apoiar as empresas no reforço da formação escolar e na promoção da aprendizagem ao
longo da vida, promovendo o desenvolvimento de competências profissionais, facilitando a
reconversão profissional e aumentando a empregabilidade.
Situação atual: marcada por assimetrias regionais em que se pode verificar uma
litoralização (ao longo da costa ocidental desde Viana do Castelo até Setúbal; Sines –
porto marítimo - e Algarve - zona de turismo balnear), uma bipolarização (concentração de
população nas A.M. de Lisboa e Porto) e uma
macrocefalia (a A.M. de Lisboa é o centro
populacional com maior destaque e relevância
perante os outros centros populacionais) da
população.
Assimetrias regionais:
- todo o litoral a norte de Setúbal com maior
densidade populacional (destacando a A.M. de
Lisboa e do Porto);
- todo o Alentejo com baixa densidade populacional
(á exceção de Sines);
- todo o interior do Norte e Centro com baixa
densidade populacional;
- toda a R.A. dos Açores com baixa densidade
populacional (à exceção de S. Miguel e Sta. Maria
(Grupo Oriental) e da Terceira (Grupo Central));
- R.A. da Madeira mais povoada na vertente sul (Funchal).
Tendências demográficas:
- nas regiões autónomas, salienta-se o aumento populacional em Sta. Cruz (madeira) e no
Corvo, Praia da Vitória, Ribeira Grande, Lagoa e Sta. Maria (Açores);
- os municípios de Lisboa e Porto tendem a perder população, devido principalmente ao
elevado custo de habitação, passando para municípios mais afastados das áreas
metropolitanas;
- a partir dos anos 60, êxodo rural e crescimento da imigração para áreas urbanas litorais;
Humanos:
- condições naturais de relevo, clima e disponibilidade de águas menos propícias à
agricultura – menor disponibilidade de alimento;
- menos cidades e de menor dimensão, com menor oferta de serviços especializados;
- menor implantação da indústria e do setor terciário, que reduz a oferta de emprego;
- redes e infraestruturas de transporte e comunicação menos densas e, muitas vezes,
com fraca ligação interligação das redes principais às estradas que servem as povoações.
- águas engarrafadas (para consumo): lisas (sem gás), gasificadas (com gás adicionado
artificialmente) e gasocarbónicas naturais (com gás natural)
Principais
Rochas ornamentais e Industriais
Combustíveis fósseis
Predominância: a norte do Tejo, mais na zona do Maciço Hespérico, devido a um relevo mais
acidentado.
Efeito Multiplicador:
A radiação solar
A atmosfera
Funções:
- fornecer oxigénio, essencial à vida dos seres
vivos;
- protege a superfície terrestre de corpos
celestes e radiações nocivas vindas do
Espaço;
- permite a obtenção de um equilíbrio térmico
na Terra, em que a quantidade de energia
solar recebida é a mesma da que é refletida
(temperatura média global: 15 ºC), através dos
gases de efeito de estufa natural (GEEs);
A radiação solar
Outros conceitos:
- Gradiente térmico vertical (aplicável apenas na troposfera): corresponde à descida
progressiva da temperatura global, à medida que a altitude aumenta (6 ºC por cada 1000 metros).
- Contrarradiação: radiação solar que é absorvida pela nebulosidade, sendo refletida para a
camada terrestre, que a vai absorver. Depois, esta é novamente refletida, sendo depois absorvida
novamente pelas nuvens, que a voltam a refletir.
Esquema: Sol emite a radiação para a atmosfera > as nuvens absorvem a radiação > as nuvens
refletem a radiação > a camada terrestre absorve a radiação > a camada terrestre reflete a
radiação > as nuvens absorvem de novo a radiação > as nuvens refletem de novo a radiação
(efeito de “ricochete”)
- Efeito de estufa: fenómeno natural, por ação de GEEs (como o metano, o dióxido de carbono,
o vapor de água), que permite ao planeta reter o calor proveniente do Sol, assim como refleti-lo,
quando este é em demasia – equilíbrio térmico.
- Aquecimento global: resposta natural a impactes que o Homem exerce sobre o planeta
(emissão excessiva e artificial de GEEs) e que faz com que este armazene calor do Sol em
excesso, aumentando a temperatura média global (o que põe em risco a existência de todos os
seres vivos.
- Dia natural: período de tempo em que o Sol se encontra acima da linha do horizonte.
- Dia polar: só ocorre nos polos, durante os solstícios, e corresponde à persistência ou não
existência de Sol acima da linha do horizonte durante cerca de 3 meses. Esquema: Solstício de
Dezembro – PS- sempre de dia; PN- sempre de noite. Solstício de Junho – PS- sempre de noite;
PN- sempre de noite.
- Radiação terrestre: energia calorífica emitida pela superfície terrestre, em grande comprimento
de onda.
- Radiação direta: radiação que atinge diretamente a superfície terrestre.
- Radiação difusa: parte da radiação solar dispersa que atinge, indiretamente, a superfície
terrestre.
- Balanço energético: saldo entre a energia solar recebida pela superfície terrestre, direta e
indiretamente.
- Radiação solar: energia emitida pelo Sol, em ondas eletromagnéticas de pequeno comprimento
de onda.
- Regime térmico: variação normal (média de pelo menos 30 anos) dos valores médios de
temperatura.
- Amplitude térmica: diferença entre um valor máximo e um valor mínimo de temperatura.
-Temperatura média anual: média aritmética da TMM dos meses do ano.
- Normais climatológicas: média dos valores médios anuais de um elemento climatológico de
uma região, ao longo de 30 anos.
- Isotérmicas: linhas que unem pontos de igual temperatura média.