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SEMÂNTICA

A semântica (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal) refere-se ao estudo do significado, em
todos os sentidos do termo. A semântica opõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira
se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões
formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da
concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a
semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, por exemplo, estudam o mesmo
fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil /
Distante - afastado, remoto.
Exemplos: 1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A menina recusou energeticamente ao pedido para que comesse.
3. A mocinha rejeitou impetuosamente ao pedido para que comesse.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Exemplos: 1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A senhora aceitou passivamente ao pedido para que comesse.
Polissemia ou Homonímia
Uma mesma palavra na língua pode assumir diferentes significados, o que dependerá do contexto
em que está inserida. Observe: 1. A menina fez uma bola de sabão com o brinquedo.
2. A mãe comprou uma bola de basquete para o filho.
3. O rapaz disse que sua barriga tem formato de bola.
4. A professora falou para desenhar uma bola.
Constatamos que uma mesma palavra, “bola”, assumiu diferentes significados, a partir de um
contexto (situação de linguagem) diferente nas frases, respectivamente: o formato que a bolha de
sabão fez; o objeto usado em jogos; o aspecto arredondado da barriga e ainda o sentido de círculo,
circunferência na última oração.
Polissemia (poli=muitos e semos= significados) é o estudo, a averiguação das significações que
uma palavra assume em determinado contexto linguístico.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
As palavras podem ser usadas com o seu significado original, real (denotação) ou com um significado
novo, diferente do original (conotação).
Exemplos: - O gato da minha vizinha sempre brinca comigo. (denotação – animal de estimação)
- Eu acho aquele ator o maior gato. (conotação - bonito)
Quando usamos a linguagem em seu sentido figurado, estamos fazendo uso das diversas figuras de
linguagem que existem (metáfora, metonímia, prosopopéia, hipérbole, etc).
Certas vezes, o falante desconhece algumas normas gramaticais e comete alguns erros, em outras
ocasiões, ele simplesmente é descuidado e acaba (ao falar ou escrever) unindo sílabas que formam
um som desagradável ou obsceno.
Todos estes desvios são chamados vícios de linguagem.
Os principais são: barbarismo, solecismo, cacofonia, ambigüidade e redundância.
BARBARISMO: são desvios na grafia, na pronúncia ou na flexão.
Exemplos: - Pograma (em vez de programa)
- Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica)
- Etmologia (em vez de etimologia, com – i -)
- Quando eu pôr o vestido. (o certo seria - Quando eu puser o vestido)
- O policial interviu. (O certo seria interveio)
Observação: quem abusa das palavras estrangeiras grafando-as como na língua original, também
comete barbarismo.
Exemplos: Abajur: e não “abat-jur”.
Coquetel: e não “cocktail”.
SOLECISMO: Desvio na sintaxe.
Exemplo: “Houveram eleições para representante de turma.”
O certo é “Houve....” (erro de concordância)
- Assisti esse filme no cinema.
O certo é “Assisti a esse.....” (erro de regência)
CACOFONIA: Som desagradável ou obsceno.
Exemplos: - Hilca ganhou um prêmio.
- A boca dela está sangrando.
AMBIGÜIDADE: Duplo sentido.
- O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro pode ser o animal (cão), ou uma
qualidade (vagabundo, assanhado) para irmão
REDUNDÂNCIA : é a repetição de idéias.
- Maria subiu lá em cima para ver o balão.
- José inventou novos brinquedos para o filho.
OBS: Não há redundância em “intrometer-se no meio” e “voltar-se para trás”.
Uma pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma conversa, assim como alguém pode
voltar-se para o lado.

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